Você está na página 1de 3

Princípio de tratamento com Gás de

Ozônio

 Home

 Princípio de tratamento com Gás de Ozônio

Vantagens de uso do Gás de Ozônio

O ozônio é gerado quando uma corrente alternada de alta voltagem é


descarregada na presença de oxigênio. O maior exemplo é o que ocorre na
natureza, quando em dias de tempestade há grande produção de ozônio na
atmosfera devido às elevadas descargas elétricas provenientes dos
relâmpagos.

O gerador de ozônio basicamente reproduz, de forma controlada e eficaz, este


fenômeno natural, aliando alta tecnologia na área de materiais à
eletroeletrônica avançada.

Desta forma, a geração de ozônio ocorre pelo princípio de descarga elétrica


que acelera elétrons o suficiente para partir, através do impacto, as ligações da
molécula de oxigênio. Os átomos livres reagem com outras moléculas de
oxigênio para a formação do ozônio.

Diagrama básico de instalação


O ozônio é utilizado no tratamento de efluentes industrial e domésticos para
reduzir a concentração de DQO (Demanda Química de Oxigênio), DBO
(Demanda Bioquímica de Oxigênio), além da destruição de compostos
químicos orgânicos e inorgânicos, principalmente dissolvidos na água, através
da mineralização dos mesmos, reduzindo também a concentração de Carbono
Orgânico Total (COT).

Dessa forma, evidenciamos que a interação entre o ozônio e o efluente traz


vantagens e benefícios como aumento da biodegrabilidade, redução de
turbidez e devido à mineralização dos compostos dissolvidos atuando também
como um auxiliar de precipitação e coagulação/floculação.

Características do Ozônio

• O ozônio é um poderoso oxidante;


• É mais rápido do que o cloro na inativação de bactérias;
• Não produz toxinas;
• Decompõe-se em oxigênio;
• Gás instável, incolor nas condições atmosféricas, com odor característico
mesmo a baixas concentrações;
• Fórmula química: O3 (Forma triatômica do oxigênio);
• Massa molecular: 48,0;
• Ponto de ebulição a 1 atm: - 111,9 ºC;
• Ponto de fusão a 1 atm: - 192,5 ºC;
• Massa específica do gás: 2,14 g/litro;
• Meia-vida em água a 20 ºC: 20 minutos.

Podemos destacar ainda que na oxidação por ozônio não há formação de lodo
como temos nos processos físico-químicos e biológicos. Somente são
formados sólidos em suspensão devido à mineralização dos contaminantes
dissolvidos, que conforme são oxidados, transferem-se da fase dissolvida para
fase não dissolvida e se precipitam juntamente com os materiais em
suspensão. Esses sólidos precipitados e em suspensão são gerados em
pequenas quantidades, pois são provenientes somente da oxidação dos
poluentes naturalmente presentes nos efluentes, não ocorrendo adição de
nenhum coagulante, sendo posteriormente removidos através de filtração.

Isso somente é possível pelo fato de que o ozônio altera as características


físico-químicas do efluente, favorecendo o processo de precipitação e
coagulação naturalmente, sem que seja necessária adição de produtos
químicos para este auxílio e por possuir uma alta eficiência na remoção de
DQO.

Devido a todas essas características o ozônio pode ser aplicado com eficiência
para o tratamento de quaisquer efluentes, domésticos ou industriais, obtendo
resultados excelentes.

Quando comparamos o processo de tratamento biológico com o processo de


tratamento por Ozônio (Oxidação Avançada), podemos enumerar uma série de
vantagens como:
• Redução de Área Útil do Sistema: Enquanto uma lagoa de aeração pode ter
margens quilométricas, o sistema de tratamento com todas as etapas além do
ozônio ocupa área menores (100 – 200 m²);

• Redução de Consumo de Energia: São necessários aeradores robustos, de


alta potência que consomem muita energia para aeração da lagoa. O consumo
de um sistema de ozônio é bem menor quando comparado a sistemas
biológicos. Temos geradores de ozônio com consumo de 200 W, por exemplo;

• Redução de Insumos: Nos processos biológicos podem ser necessárias


adições de enzimas para acelerar a decomposição e auxiliar o processo
biológico. No tratamento com ozônio não temos necessidade de utilização de
enzimas, reduzindo custos com insumos;

• Redução na formação de lodo: Conforme explicado acima, devido a


mineralização dos compostos e alterações nas características físico-químicas
dos efluentes, o processo de ozonização favorece a coagulação e precipitação
natural, sem necessidade de utilização de coagulantes e floculantes artificiais,
este que aumentam astronômicamente a quantidade de lodo. Dessa forma,
temos economia com insumos, equipamentos, processos para
separação/secagem de lodo e destinação do lodo seco;

• Não sofre com mudança de temperatura: O processo biológico e muito


sensível ao parâmetro temperatura, perdendo eficiência. A eficiência do
sistema de ozônio não é função da temperatura;

• Não há necessidade de cloração para desinfecção do efluente: O ozônio


é um forte oxidante e agente desinfetante. Dessa forma não há necessidade de
etapas de desinfecção posterior. Além disso possui velocidade de reação 3.125
vezes maior que a do cloro na reação de desinfecção;

• Não há geração de subprodutos tóxicos: O sistema de desinfecção mais


utilizado é através da cloração. Porém o cloro ao reagir com matéria orgânica
dos efluentes gera subproduto tóxico como as cloroaminas. O ozônio (O3)
realiza oxidação e desinfecção, e o subproduto gerado é oxigênio (O2).

Você também pode gostar