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Capítulo 2

ENERGIA E RESSONÂNCIA

I. Energia no Movimento Harmônico Simples


II. Movimento Harmônico Amortecido
III. Experimento de Movimento Harmônico Amortecido
IV. Ressonância
V. Experimento de Ressonância
VI. Oscilações Forçadas e Ressonância

I. Energia no Movimento Harmônico Simples

Para estudar a energia mecânica do oscilador harmônico vamos tomar, como


exemplo, um sistema corpo-mola num referencial fixo na superfície horizontal sem
atrito (Fig.1). Nesse referencial, o corpo de massa m tem um MHS com amplitude A.

Tomando o nível de referência para a energia potencial gravitacional na altura


do centro de gravidade do corpo de massa m, a energia potencial gravitacional do
sistema é nula. Contudo, existe uma energia potencial elástica, associada e localizada
na mola, dada por:

E P = 21 kx 2

Por outro lado, a mola não tem energia cinética porque é uma mola ideal que,
além de obedecer a lei de Hooke, tem massa desprezível. Assim, a energia cinética do
sistema está no corpo de massa m e se v representa o módulo da sua velocidade,
temos:

E C = 21 mv 2

Levando em conta que, para um oscilador harmônico:

x( t ) = A cos ωt
e
v( t ) = −Aωsen ωt

e que, para o sistema corpo-mola, em particular, k = mω2, segue-se que:

E P = 21 kA 2 cos 2 ω t
e
E C = 21 kA 2 sen 2 ωt
Além disso, da Trigonometria, sabemos que:

sen 2 ωt + cos 2 ωt = 1

de modo que a soma da energia cinética com a energia potencial elástica, isto é, a
energia mecânica total do sistema corpo-mola, fica:

E = 21 kA 2

Esta expressão mostra que a energia mecânica total do sistema corpo-mola


depende da constante de elasticidade da mola e do quadrado da amplitude do
movimento do corpo.
A energia cinética do corpo preso à mola e a energia potencial elástica da mola
variam com o tempo. Contudo, a energia mecânica total do sistema corpo-mola não
depende do tempo, ou seja, é constante.

A Fig.2 mostra os gráficos da energia cinética (linha contínua), da energia


potencial elástica (linha pontilhada) e da energia total (linha tracejada) em função de
ωt. Uma vez que 2π = ωT, a figura apresenta os referidos gráficos para o intervalo de
tempo correspondente ao período do movimento. A partir daí, as formas dos gráficos
se repetem periodicamente.
Se existe atrito entre o corpo e a superfície horizontal em que ele se apóia,
uma parte da energia mecânica total do sistema corpo-mola se transforma em energia
interna do corpo e da superfície horizontal a cada oscilação. A temperatura do corpo e
a temperatura da superfície aumentam. Desta forma, o movimento do corpo é
amortecido. Para que o movimento do corpo não seja amortecido, isto é, para que a
energia mecânica do sistema corpo-mola seja constante, deve existir uma fonte
externa que forneça energia mecânica para o sistema a uma taxa igual à taxa com que
sua energia mecânica se transforma em energia interna.
No sistema corpo-mola, a energia cinética, quando existe, está localizada no
corpo e a energia potencial elástica, quando existe, está localizada na mola. No
pêndulo simples, a energia cinética, quando existe, está localizada na partícula que faz
parte do pêndulo, mas não podemos dizer que a energia potencial está associada a
esse ou àquele corpo. Ela deve estar associada ao sistema partícula-Terra como um
todo, distribuída entre as partes que o constituem, já que depende da massa da
partícula, da massa da Terra e da distância relativa entre elas.
Exercício 1

Com base na Fig.2, discuta a energia cinética e a energia potencial para


algumas configurações do sistema corpo-mola como, por exemplo, para ωt = 0,2 π e
para ωt = 0,4 π.

Exercício 2

Faça uma discussão análoga aquela do exercício anterior para o caso do


pêndulo simples.

Exercício 3

Um corpo com massa de 2 kg oscila sobre uma mesa horizontal, sem atrito,
preso a uma mola horizontal com constante elástica de 200 N/m. A amplitude das
oscilações é de 10 cm. A partir desses dados, calcule (a) a energia cinética máxima do
corpo e (b) a energia potencial elástica máxima da mola.

Exercício 4

Um bloco preso a uma mola e apoiado sobre uma superfície horizontal sem
atrito tem um MHS com amplitude de 0,5 m ao redor do ponto 0 de equilíbrio (Fig.3).

Considere que o comprimento da mola está diminuindo na situação mostrada.


(a) Desenhe flechas para indicar a velocidade e a aceleração do corpo e a força que a
mola exerce sobre ele. (b) Indique as posições do corpo em que são máximas a
energia cinética e a energia potencial.

Exercício 5

Discuta como as seguintes propriedades de um oscilador harmônico simples


são afetadas pela duplicação da amplitude: (a) período, (b) módulo máximo da
velocidade, (c) módulo máximo da aceleração e (d) energia mecânica total.

Energia Média

Definimos o valor médio de uma função f(x) no intervalo que vai de x 1 até x2
pela expressão:

1 x2
f ( x) =
x 2 − x1 ∫
x1
f ( x ) dx

A partir dessa definição podemos calcular o valor médio ao longo do tempo da


energia cinética e da energia potencial de um corpo em MHS. Como o movimento é
periódico, basta, para isso, calcular o valor médio sobre um período.
Dessa forma, para a energia cinética podemos escrever:

1 T  kA 2 1 T
EC (t) =
T ∫ 0
E C ( t ) dt =
 2


T


0
sen 2 ωt dt

Como temos, de uma tabela de integrais:

t sen 2ωt
∫ sen
2
ωt dt = −
2 4ω

segue-se que:

t =T
1 T 1 t sen 2ωt  1
T ∫
0
sen 2 ωt dt = 
T 2
− 
4ω  t =0
=
2

Assim, o valor médio do quadrado da função seno é igual a ½. Portanto:

kA 2
E C (t ) =
4

Um cálculo análogo para a energia potencial leva ao mesmo resultado:

kA 2
E P (t ) =
4

Portanto, o valor médio ao longo do tempo da energia cinética é igual ao valor


médio ao longo do tempo da energia potencial e, claro, cada uma delas é igual à
metade da energia total.

Exercício 6

Mostre que o valor médio da energia potencial ao longo das posições é:

kA 2
EP (x) =
6

de modo que:

E
EP (x) =
3

Além disso, explique por que:

EP ( x) ≠ EP (t)

II. Movimento Harmônico Amortecido

Consideremos um recipiente preenchido por um fluido e um corpo em


movimento através desse fluido. Num referencial fixo no recipiente, o fluido está em
repouso e o corpo tem velocidade não nula. Além da força de empuxo, o fluido exerce,
sobre o corpo, uma força de arraste, com sentido contrário ao da velocidade do corpo.
Se o corpo é muito menor do que o recipiente e se move longe de suas
paredes, o módulo da força de arraste depende das propriedades do fluido, da forma
do corpo, das propriedades da superfície externa do corpo e do módulo da velocidade
do corpo no referencial em que o fluido está em repouso. De modo geral, o módulo da
força de arraste aumenta quando o módulo da velocidade do corpo aumenta. Por isso,
é usual escrever o módulo da força de arraste como uma potência inteira do módulo
da velocidade do corpo:

F = bv n (b constante, n = 1, 2, 3 ...)

A constante b é chamada de coeficiente de amortecimento. Se o corpo se


move através do fluido com velocidade de módulo pequeno, vale a lei de Stokes:

F = bv (b constante)

Para estudar o movimento harmônico amortecido, podemos considerar um


corpo de massa m, suspenso por um fio de comprimento L, inextensível e de massa
nula (Fig.4(a)), ou um corpo de massa m, suspenso por uma mola vertical, de
constante elástica k e de massa nula (Fig.4(b)), ambos oscilando ao longo do eixo X
através de um fluido em repouso no referencial escolhido.

Ignorando a força de empuxo e considerando a força de arraste sobre o corpo


como sendo dada pela lei de Stokes, em ambos os casos a segunda lei de Newton
permite escrever a seguinte equação de movimento:

d2 x dx
m 2
= − kx − b
dt dt

Nesta equação, k representa a constante elástica da mola no caso do sistema


corpo-mola e no caso do pêndulo:
mg
k =
L

Podemos verificar facilmente, por substituição, que a solução da equação de


movimento é:

x( t ) = Ae −bt / 2m cos( ωt + δ)
com:
2
 b 
ω= ω02 −  
 2m 

Nesta última expressão, ω0 representa a freqüência angular do sistema não


amortecido. Apenas para relembrar, para o pêndulo e para o sistema corpo-mola
temos, respectivamente:

g
ω0 =
L
e
k
ω0 =
m

Por conveniência, a solução apresentada pode ser escrita da seguinte forma:

x( t ) = Λ( t ) cos( ωt + δ)
com:
Λ( t ) = Ae −bt / 2m

Assim, a solução representa um movimento oscilatório [termo cos(ωt+δ)] com


uma amplitude Λ(t) que decresce exponencialmente com o tempo (Fig.5).

Exercício 7

Verifique, por substituição, que a solução da equação do movimento harmônico


amortecido é:
x( t ) = Ae −bt / 2m cos( ωt + δ)

III. Experimento de Movimento Harmônico Amortecido

Pelo que já discutimos sobre o módulo da força de arraste, o coeficiente de


amortecimento depende do fluido, da forma do corpo e das propriedades da superfície
externa do corpo. Um pêndulo formado por uma bolinha de tênis de mesa e um fio
comprido permite verificar a solução apresentada para a equação do movimento
harmônico amortecido e determinar o coeficiente de amortecimento da bolinha no ar.
Suspenda a bolinha (de massa conhecida) por um fio (de comprimento L) preso
no teto (Fig.6).

Escolha uma amplitude inicial Λ1 << L e abandone a bolinha.


Meça as distâncias de máximo afastamento da bolinha relativamente ao ponto
de equilíbrio do pêndulo nas porções positiva e negativa do eixo X, ou seja, meça as
amplitudes Λ2, Λ3, Λ4, etc. Você deve medir pelo menos cinco amplitudes em cada
porção do eixo X.
Faça o gráfico da posição da bolinha em função do tempo.
Faça o gráfico do valor absoluto das amplitudes em função do tempo. Esse
gráfico deve ser descrito pela equação:

Λ( t ) = Λ1 e −bt / 2m

Linearize esse gráfico e determine o valor do coeficiente de amortecimento.

IV. Ressonância

Quando a freqüência com que um agente externo perturba um corpo é igual à


freqüência própria (ou uma das freqüências próprias) de vibração ou de oscilação
desse corpo, ele passa a oscilar com amplitude cada vez maior. Este fenômeno é o
que se chama de ressonância.
Se o agente externo perturba continuamente o corpo com o qual está em
ressonância, a amplitude das vibrações ou oscilações pode ficar extraordinariamente
grande a ponto de destruir o corpo, desde que os módulos das forças de resistência
ou de dissipação sejam pequenos. Além disso, o fluxo de energia do agente externo
para o corpo é máximo quando eles estão em ressonância.
Um exemplo cotidiano de ressonância ocorre quando uma criança anda de
balanço. Para movimentar a si mesma e ao balanço, num referencial fixo no solo, a
criança encolhe as pernas quando ela e o balanço se movem para trás e estica as
pernas quando ela e o balanço se movem para frente. Se a freqüência do movimento
das pernas da criança é igual à freqüência própria do pêndulo constituído por ela e o
balanço, a amplitude das oscilações aumente cada vez mais.

V. Experimento de Ressonância

Um experimento simples, com quatro pêndulos, permite discutir o fenômeno da


ressonância.
Consiga quatro corpos pequenos, de mesma massa, formados por uma
substância de densidade grande.
Com esses quatro corpos e conforme indica a Fig.7, construa os pêndulos A, B,
C e D, os três primeiros de comprimentos diferentes e o quarto, com comprimento
igual ao primeiro, todos suspensos em um fio bem esticado.

Faça oscilar o pêndulo A com certa amplitude A* no referencial fixo nos


suportes e observe o que acontece.
Os outros pêndulos, que estavam parados, começam a oscilar. Os pêndulos B
e C, nem bem começam a oscilar, param novamente ou mantêm oscilações com
amplitudes muito pequenas. O pêndulo D, ao contrário, com o passar do tempo, oscila
com uma amplitude cada vez maior enquanto que o pêndulo A oscila com uma
amplitude cada vez menor. Quando a amplitude do pêndulo D chega a um valor
máximo próximo de A*, o pêndulo A está praticamente imóvel. Então, os movimentos
se repetem, com os pêndulos A e D trocando seus papéis e assim, sucessivamente,
até que a energia mecânica associada ao movimento inicial tenha se transformado em
outro tipo de energia. O fio esticado atua como intermediário na troca de energia entre
os pêndulos.
Nesse experimento, o pêndulo A, oscilando com sua freqüência própria, faz
com que o fio esticado oscile com a mesma freqüência. Em outras palavras, o fio
esticado entra em vibração forçada. Então, o fio esticado faz com que os pêndulos B,
C e D oscilem na mesma freqüência do pêndulo A já que esta é, agora, também a
freqüência do fio. Como o fio não pode oscilar com uma freqüência diferente de
qualquer uma de suas freqüências próprias, ele termina por parar. O mesmo acontece
com os pêndulos B e C. Os pêndulos A e D são idênticos e, por isso, têm freqüências
próprias iguais. O pêndulo D, portanto, é forçado a oscilar com uma freqüência igual à
sua freqüência própria e pode absorver toda a energia disponível, aumentando sua
amplitude de oscilação. Com o passar do tempo, os movimentos se repetem com os
papéis dos pêndulos A e D trocados e, assim, sucessivamente. Os pêndulos A e D
estão em ressonância.
Faça oscilar o pêndulo B ou o pêndulo C, observe e procure explicar o que
acontece.

Exercício 8

Discuta um fenômeno em que ocorre algum tipo de ressonância. Explique o


processo de troca de energia nesse caso.

VI. Oscilações Forçadas e Ressonância

Em todo sistema real em que se desenvolvem oscilações por efeito de uma


perturbação externa inicial, aparece um ou outro processo de atrito que amortece
essas oscilações. Se as perdas de energia mecânica pelo atrito são compensadas por
uma fonte externa, as oscilações do sistema podem ser mantidas.
Quando uma força externa periódica atua sobre o sistema, desenvolve-se um
movimento transiente que, ao desaparecer, deixa um movimento estacionário no qual
o sistema vibra com a freqüência da força externa.
A amplitude das vibrações depende, entre outros fatores, da freqüência da
força externa. Por exemplo, se um impulso periódico é dado numa criança num
balanço, a amplitude do movimento será tanto maior quanto mais ajustada estiver a
freqüência do impulso com a freqüência natural do sistema formado pela criança e
pelo balanço.

Oscilações Naturais

Para uma discussão mais profunda do fenômeno de ressonância, vamos


considerar novamente um sistema corpo-mola, isto é, o sistema formado por um corpo
de massa m apoiado sobre uma superfície horizontal sem atrito e preso a uma mola
de massa desprezível e de constante elástica k (Fig.8).

Se o corpo é abandonado com a mola esticada ou comprimida, ele passa a se


mover, sob o efeito da força da mola, num movimento harmônico simples (MHS) num
referencial fixo na superfície horizontal. Sobre o corpo existem três forças: a força
peso, a força normal e a força da mola. Como as forças peso e normal se cancelam
mutuamente, a força resultante sobre o corpo é a própria força que a mola exerce
sobre ele. Como já discutimos, a freqüência angular e a freqüência do MHS do corpo
são, respectivamente:

k
ω0 =
m
e
ω0
f =

Se o corpo não é forçado por qualquer outro agente externo além da força da
mola, ele só pode oscilar com a freqüência f. Por isso, esta freqüência é chamada
freqüência natural ou freqüência própria de oscilação desse corpo preso a essa mola.

Oscilações Forçadas

Agora, vamos considerar que, sobre o corpo preso na mola, atua, além das
forças já discutidas, uma força externa que varia periodicamente no tempo com uma
freqüência angular ω (Fig.9).

O módulo dessa força externa é dado por:

Fe = F0 cos ωt

Por efeito dessa força externa, o corpo desenvolve oscilações forçadas com
freqüência angular ω. A elongação do movimento oscilatório forçado, como função do
tempo, pode ser escrita:

x( t ) = A cos ( ωt − φ)

em que A representa a amplitude das oscilações forçadas e φ, a diferença de fase


entre a força externa e as oscilações forçadas.
Os módulos da velocidade e da aceleração do corpo em função do tempo são,
respectivamente:

v( t ) = −Aωsen ( ωt − φ)
e
a( t ) = −Aω2 cos ( ωt − φ)

Pela segunda lei de Newton podemos escrever, em módulo:

ma = − kx − bv + Fe
em que − kx representa o módulo (e o sentido) da força exercida pela mola (força
restauradora) e − bv representa o módulo (e o sentido) da força de atrito. Aqui
tomamos o módulo da força de atrito como sendo proporcional ao módulo da
velocidade do corpo. Isto é verdade, de modo geral, para corpos que se movimentam
em um fluido com velocidades de módulos pequenos.
Dividindo os termos da expressão acima pela massa do corpo, lembrando que
ω0 = k/m e escrevendo γ = b/2m, obtemos:
2

Fe
a = −ω02 x − 2γ v +
m

que, com as respectivas expressões dadas acima para a, v e Fe fica:

F 
− Aω2 cos ( ωt − φ ) = − ω02 A cos ( ωt − φ ) + 2γAω sen ( ωt − φ ) +  0  cos ωt
m

Agora, levando em conta a identidade trigonométrica:

sen α = cos (α − 21 π)
vem:
F 
A( ω02 − ω2 ) cos ( ωt − φ ) = 2γAωcos [( ωt − φ ) − 21 π] +  0  cos ωt
m

Estamos interessados numa expressão matemática que nos forneça a


amplitude A das oscilações forçadas.

A Fig.10 sugere interpretar a expressão acima como a igualdade entre a


projeção, sobre o eixo horizontal, de um vetor de módulo A (ω02 − ω2) e a soma das
projeções, sobre o mesmo eixo, dos vetores de módulos F0/m e 2γAω. Sendo assim,
observando que o triângulo OP2P3 é um triângulo retângulo com ângulo reto no ponto
O, o teorema de Pitágoras permite escrever:
2
F 
( 2γAω ) 2 + A 2 (ω20 − ω2 ) 2 =  0 
m

e daí, a amplitude das oscilações forçadas fica:

 F0 
 
m
A=
( ω 02 − ω 2 ) 2 + 4 γ 2 ω 2

Esta expressão mostra que a amplitude das oscilações forçadas é proporcional


à amplitude F0 da força externa periódica e depende consideravelmente da relação
entre a freqüência angular ω dessa força externa e a freqüência angular ω0 das
oscilações próprias do sistema.
Dados γ e F0, o denominador da expressão acima é grande se ω é muito
diferente de ω0. Nesse caso, a amplitude do movimento forçado é pequena (Fig.11).
Quando ω se aproxima de ω0, o denominador se torna menor e a amplitude, maior. A
freqüência angular ω para a qual a amplitude é máxima se chama freqüência angular
de ressonância e dizemos que o agente da força externa está em ressonância com o
sistema.

Por outro lado, quanto menor o atrito, isto é, quanto menor a constante de
amortecimento γ, tanto mais próximos estão os valores de ω e ω0 para que a amplitude
das oscilações alcance o valor máximo.
Além disso, dada a freqüência angular ω, a amplitude das oscilações forçadas
será tanto maior também quanto menor o atrito. Por isso, na ressonância, não se pode
desprezar o atrito do sistema, mesmo que ele seja pequeno. Caso contrário, a
amplitude máxima tende ao infinito e, na verdade, antes disso, o sistema já estaria
destruído.

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