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Ano XLIII • Nº 328 - 2022

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 Leia nesta edição

IPESI METAL MECÂNICA

ANO XLIII - REVISTA N°702 - EDIÇÃO Nº 328 - ABRIL - 2022

Revistas

Re­da­ção:
Editor-geral
Franco Hiroyoshi Tanio - MTb 15.353
redacaomm@ipesi.com.br

COLABOROU NESTA EDIÇÃO:

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alberto@ipesi.com.br

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OPE­RA­ÇÕ­ES:
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04 A indústria de transformação no mundo registrou forte recuperação em 2021:
+9,4%, de acordo Iedi que, partir de dados divulgados pela United Nations
ATEN­DI­MEN­TO AO CLIENTE:
Fone: (11) 3862-9849
Industrial Development Organization (Unido), desenvolveu um ranking
Endereço: Rua Fábia, 415 - CEP 05051-030 para o desempenho da produção da indústria de transformação em
Vila Romana - São Paulo - SP - Brasil um conjunto de 113 países. O Brasil ficou na metade inferior
www.ipesi.com.br - mktipesi@ipesi.com.br
do ranking para o agregado do ano

REPRESENTANTE - EUROPA:
Christian Hölscher
Fone: +49 (0) 89 95737542 • +49 (0) 151 20155885
christian.hoelscher@elektronikpro.de 06 A indústria brasileira de máquinas e equipamentos começou o ano de 2022
www.elektronikpro.de com desempenho abaixo do observado em 2021 e também frustrou
as expectativas, segundo a Abimaq. Porém, a entidade mantém a previsão
REPRESENTANTE - TAIWAN de crescimento de 6% no ano, com incremento de 3% no mercado interno
JK Media CO. e 15% nas exportações. A projeção é de crescimento 0,7%
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Izil­da Fran­ça Mo­rei­ra

IPESI Metal Mecânica - ISSN 0103-0299

• Não é permitida a reprodução das matérias

publicadas sem prévia autorização dos editores.
• As opiniões expressas nesta edição são de responsabilidade dos autores,
não sendo necessariamente a opinião da IPESI METAL MECÂNICA.
As REVISTAS IPESI não se responsabilizam pelo conteúdo 08 MÁQUINAS-FERRAMENTA 32 INDÚSTRIA AUTOMOTIVA
dos anúncios, incluindo textos, marcas e imagens,
estes são estritamente responsabilidade dos anunciantes. 23 EMPRESAS 35 SIDERURGIA

Preço de exemplar avulso: R$ 21,50 + Despesas Postais

24 FERRAMENTAS DE CORTE 36 ARTIGO JURÍDICO
26 TRANSPORTES 38 REGISTRO
30 INFRAESTRUTURA 42 ÍNDICE DE ANUNCIANTES

Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 


INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO
Brasil perde posições
Com base em dados da Unido, o Iedi fez um ranking para o desempenho
da produção da indústria global de transformação em 2021,
abrangendo 113 países. O Brasil fica na metade inferior
A indústria de transformação no
mundo, depois ter recuo de 4,2% na
produção em 2020, registrou forte
recuperação em 2021: +9,4%, com
ajuste sazonal, de acordo Iedi que,
partir de dados recentemente divul-
gados pela United Nations Industrial
Development Organization (Unido)
desenvolveu um ranking para o
desempenho da produção da indústria
de transformação em um conjunto de
113 países. Veja trechos editados do
que diz a “Carta Iedi Edição 1137”.
O Brasil, além ter obtido, em 2021,
uma recuperação industrial bem mais
fraca que a do mundo como um todo
(+4,9% ante +9,4%, respectivamente),
ficou na metade inferior do ranking
para o agregado do ano. Além disso, o
país regrediu fortemente no último tri-
mestre e passou a figurar entre os últi-
mos colocados. Este é um quadro que
pondera negativamente o desempenho
industrial do país no ano passado.
A retomada da brasileira foi parcial
porque perdeu dinamismo ao longo
do ano. Realidade totalmente distinta
foi verificada na indústria de transfor-
mação mundial. A alta foi expressiva
em todos os grupos de países e, embo-
ra tenha assinalado desaceleração, à
medida que as bases de comparação
foram se tornando mais robustas, em
nenhum trimestre voltou ao vermelho
 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
Manufatura
Franco Tanio
como ocorreu no Brasil.
A indústria brasileira, conside-
rada apenas a de transformação e
com ajuste sazonal, de acordo com a
Unido, mal chegou a cobrir a queda
provocada pelos primeiros impac-
tos da pandemia: -4,8% em 2020 e
+4,9% em 2021. E em 2019 o setor
tinha ficado estagnado (+0,1%).
Embora o Brasil tenha caído em
2020 tanto quanto a indústria global,
a recuperação teve quase metade da
intensidade do restante do mundo.
Também o Brasil ficou longe dos
países industrializados, cuja produção
industrial avançou +7,3% em 2021 e
ainda mais distante da China (+12,3%)
e mesmo dos demais emergentes exce-
to China, que registraram +10%.
Olhando somente para a América
Latina, o resultado de 2021 foi de
crescimento +9,3%. É verdade que,
segundo o relatório da Unido no ano
passado, a queda do agregado da
região em 2020 foi mais intensa que
a do Brasil, chegando a -7,3%, mas
é preciso reconhecer que ao menos o
conjunto dos países latino-americanos
conseguiu compensar as perdas.
Entre os emergentes, o único grupo
identificado pela Unido que se apro-
xima do ritmo de crescimento da pro-
dução industrial brasileira em 2021
foi a África, que registrou +4,9%.
Como resultado, a indústria de
transformação do Brasil ocupou, em
2021, a 82ª posição no ranking de 113
países que o Iedi construiu a partir
da base de dados da Unido. Ficou na
metade inferior do ranking, entre os
que menos cresceram no ano passado.
A divergência foi ainda maior no
4º trimestre de 2021. A indústria
de transformação mundial cresceu
+3,3%, menos do que nos trimestres
anteriores, já que em muitos países
o nível de produção pré-pandemia
já havia sido superado, enquanto no
Brasil o setor caiu -6,6%, frente ao
mesmo período do ano anterior, com
ajuste sazonal.
Deste modo, o Brasil recuou ainda
mais no ranking de países, aparecendo
na 107ª colocação entre os 113 países
identificados pela Unido na compa-
ração do 4º trimestre de 2021 com o
4º trimestre de 2020. Piores do que
o Brasil, só ficaram alguns poucos
países, entre os quais, Moçambique,
Irlanda e Uganda.
América Latina - A evolução bra-
sileira foi fator importante para que,
segundo a Unido, a América Latina
apresentasse o resultado mais fraco
entre as regiões pesquisadas no último
quarto do ano passado: +1,6% ante o
4º trimestre de 2020. Amenizaram
o quadro, as indústrias do México
(+2,0%), Argentina (+7,9), Uruguai
(+11,9) e Colômbia (+12,6%).
Cresceram acima do agregado
mundial no final de 2021 os países
desenvolvidos da América do Norte
(+4,2% ante o 4º trimestre de 2020)
e da Ásia e Pacífico (+4,1%), assim
como os emergentes e em desenvol-
vimento desta última região exceto
China (+6,3%). A indústria chinesa
(+3,1%), por sua vez, cresceu em
linha com o total mundial.
Os dados da Unido também mos-
tram que as indústrias de média-alta
e alta tecnologia (+4,7% ante o 4º
trimestre de 2020) lideraram o cresci-
mento da indústria de transformação
mundial no último trimestre de 2021.
Esta parcela da indústria se recu-
perou mais rapidamente dos efeitos
iniciais da pandemia, com taxas
de crescimento elevadas desde o
4° trimestre de 2020, devido ao
desempenho dos setores produto-
res de computadores, produtos ele-
trônicos e ópticos, equipamentos
elétricos e produtos farmacêuticos.
Muitos de seus ramos já atingiram
níveis pré-pandemia.
Na média-alta tecnologia, a produ-
ção de veículos motorizados seguiu
sendo exceção, prejudicada pelos
gargalos persistentes em sua cadeia
de suprimentos. Isso tem sido um
obstáculo a recuperações industriais
mais robustas em economias com
grande setor automobilístico, como
Alemanha e Coréia do Sul.
No Brasil, segundo a Carta Iedi
n. 1131 “Reação industrial em 2021:
só nos grupos tecnológicos interme-
diários”, apesar de dados não dire-
tamente comparáveis aos da Unido,
não houve recuperação em nossa
indústria de alta tecnologia, que acu-
mulou perda de -2,9% em 2021,
agravada no quarto trimestre: -11,9%
ante o 4º trimestre de 2020. Já são
três anos seguidos que este grupo
está no vermelho.
O relatório da Unido revela que,
embora a um ritmo moderado, a
indústria manufatureira mundial, no
4º trimestre de 2021, continuou se
recuperando dos impactos negativos
provindos da pandemia de Covid-19.
Recuperação - Embora genera-
lizada, a recuperação industrial no
mundo continua ocorrendo em velo-
cidades bastante distintas entre as
regiões e os grupos de países, devido
à assincronia dos surtos de Covid-19,
às formas particulares de se lidar com
a pandemia e à distribuição desigual
das vacinas dentro e entre países.
Na China, o setor manufatureiro
retornou ao seu nível de produção pré-
crise no segundo semestre de 2020 e
está agora mais de 10% acima do
nível relatado antes do início da pan-
demia. As economias industrializadas,
por sua vez, superaram seus níveis
pré-pandemia no início de 2021. Por
outro lado, a produção nos países
emergentes exceto a China registrou
maior volatilidade, perdurando mais
tempo abaixo do pré-pandemia.
Além disso, para a entrada de
2022, sobretudo, no caso da Europa,
o desempenho industrial deve ser pre-
judicado pelo conflito armado entre
Rússia e Ucrânia, que trouxe grandes
incertezas, já no curto prazo, sobre
os recursos energéticos e acesso a
demais commodities.
Economias emergentes - No 4°
trimestre de 2021 ante mesmo tri-
mestre de 2020, os dados ajustados
sazonalmente do setor manufatureiro
chinês apontam para o menor cresci-
mento (+3,1%) desde 2006, quando
teve início a série de dados do relató-
rio da Unido, excluindo os trimestres
relacionados à pandemia da primeira
metade de 2020. Frente ao trimestre
imediatamente anterior, a China tam-
bém assinalou baixo crescimento, de
apenas +0,9%.
Já o grupo dos emergentes exceto
a China obteve expansão da produ-
ção industrial de +2,6% no 4° trimes-
tre de 2021, após uma variação de
+1,7% no 3º trimestre de 2021 ante
trimestre imediatamente anterior. Foi
o melhor resultado nesta comparação
em 2021, em grande devido aos paí-
ses asiáticos (+3,8%).
Todas as economias observadas
registraram crescimento anual consi-
derável no 4º trimestre de 2021, exce-
to Brasil, que sofreu uma redução
de produção de -6,6%. Ao contrário
da tendência de outras economias, o
Brasil teve perdas agudas em indús-
trias de média-alta e alta tecnologia,
como computadores, produtos farma-
cêuticos e máquinas e equipamentos.
O México, por sua vez, registrou um
crescimento de produção de +2,0%,
enquanto Argentina, Colômbia, Costa
Rica, Peru e Uruguai lograram taxas
mais elevadas de crescimento anual,
de pelo menos +5,0% no 4° trimes-
tre de 2021 ante o mesmo período
do ano anterior.
O Chile, único país do grupo lati-
no-americano classificado como
economia industrializada, teve um
aumento da produção manufatureira
de +3,1%.
No caso das economias emergentes
da África, houve variação de +2,6% no
4º trimestre de 2021, comparativamen-
te ao mesmo período do ano anterior.
No trimestre atual foram observadas
variação negativa na África do Sul
(-3,5%), enquanto Senegal (+4,4%),
Costa do Marfim (+6,4%), Nigéria
(+2,4%) e Ruanda (+6,5%) assinala-
ram aumento de produção industrial.
Brasil - A indústria de transfor-
mação no Brasil ficou na 82ª posição
no ranking em 2021. Em 2020, apesar
da variação negativa (-4,8%), o Brasil
tinha ficado na posição 57°.
Ainda assim, o desempenho
do Brasil superou o resultado de
alguns países importantes, como o
da Alemanha (+4,1), entre os países
industrializados. Nenhum país emer-
gente de destaque ficou abaixo do
Brasil no ranking.
O último trimestre de 2021 con-
tribuiu muito para a queda de colo-
cação do Brasil no ranking, visto
que no acumulado de janeiro a
setembro de 2021, ocupava a 51ª
posição. Esta perda de dinamismo
já vinha patente, como alertou o Iedi
em diversas ocasiões.
Considerado apenas o desempenho
do 4º trimestre de 2021 frente ao 4º
trimestre de 2020, o Brasil ficou nas
últimas posições. Aparece na 107ª
colocação entre os 113 países identi-
ficados pela Unido.
E a contar pela divulgação recente
do desempenho do setor em janei-
ro de 2022 pelo IBGE, quando a
indústria de transformação brasileira
recuou de -7,6% ante janeiro de 2021,
já descontados os efeitos sazonais, o
Brasil não deve ter melhorado muito a
posição com a virada do ano.
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 
 Bens de capital

Salto nas
exportações
Com aumento de mais de 22% nas vendas externas, indústria
de máquinas cresce 8,5% de janeiro para fevereiro

Franco Tanio

A indústria brasileira de máqui-
nas e equipamentos começou o ano
de 2022 com desempenho abaixo
do observado em 2021 e também
frustrou as expectativas, segundo a
Abimaq. Tal avaliação foi feita na
divulgação dos resultados de feve-
reiro, no dia 30 de março, em cole-
tiva de imprensa virtual. Apesar do
desempenho menor que o espera-
do, a entidade mantém a previsão
de crescimento de 6% no ano,
com incremento de 3% no mercado
interno e 15% nas exportações, de
acordo com José Velloso, presiden-
te executivo da Abimaq, que traba-
lha com a projeção de crescimento
0,7% no PIB brasileiro.
A receita líquida total de R$
21.836,85 milhões em fevereiro
de 2022 é 8,5% maior que a de
janeiro, mas 2,9% menor que
a do mesmo mês de 2021. No
acumulado do primeiro bimestre,
o faturamento de R$ 41.967,53
milhões é 3,9% menor que no
mesmo período de 2021.
A receita líquida interna em
fevereiro de 2022 no valor de R$
17.271,62 milhões é 7,5% maior
que a de janeiro, mas 5,4% menor
que a do mesmo mês de 2021.
No acumulado dos dois primeiros
meses, a receita de R$ 33.334,35
milhões é 6,1% menor que no
mesmo período do ano passado.
“Os números observados no pri-
meiro bimestre do ano indicam que
a desaceleração da atividade indus-
trial, iniciada no último trimestre de
2021, principalmente nos setores
ligados ao consumo das famílias,
continua impactando negativamen-
te os investimentos produtivos de
alguns segmentos. Na análise inte-
ranual (1º bimestre em relação ao
1º bimestre de 2021), a queda se
deu principalmente nas vendas de
máquinas no mercado doméstico
(-6,1%). As exportações no mesmo
período registraram crescimento de
12,1% em reais. Os investimen-
tos ligados aos setores agrícolas
de construção civil continuam em
crescimento”, diz o relatório divul-
gado pela Abimaq.
Exportações - As vendas para
o mercado externo andam aqueci-
das. Em fevereiro, as exportações
de US$ 878,51 milhões são 22,3%
maiores que as de janeiro e 37,8%
superiores a do mesmo mês de
2021. No acumulado do primeiro
bimestre, as exportações somam
US$ 1.596,76 milhões, 31,7% a mais
que no mesmo período de 2021.
“O setor fabricante de máqui-
nas e equipamentos, com tradição
exportadora, recuperou com a des-
valorização do real parte da com-
petitividade anulada pelo “Custo
Brasil”, e registrou importante
crescimento das suas exportações”,
diz o relatório da Abimaq.
A recente valorização do real
frente ao dólar pode prejudicar os
planos de exportações. “O câm-
bio pode atrapalhar as exportações.
A valorização do real não esta-
va no radar de ninguém”, afir-
ma Velloso, frisando que ainda é

 • Metal-Mecânica - Abril - 2022

cedo para rever as projeções.
Em fevereiro de 2022, o único
segmento a registrar queda nas
exportações, foi o fabricante de
bens para infraestrutura e indústria
de base (-1,7%). Todos os demais
registraram crescimento. Os prin-
cipais incrementos ocorrerem nos
setores de componentes (42,1) e
no fabricante de máquinas para
agricultura (31%). No acumulado
do ano o crescimento foi generali-
zado. A maior taxa de crescimento
ocorreu entre os fabricantes de
máquinas para petróleo e energia
renovável, mas a maior contribui-
ção veio do setor de máquinas agrí-
colas, cujas exportações saltaram
de US$ 175 milhões para US$ 287
milhões (+63%).
No primeiro bimestre do ano de
2022, ocorreu aumento das expor-
tações na maioria dos países. Em
média o aumento para países da
América Latina foi de 41,1%, para
os Estados Unidos houve incre-
mento de 24,1% e para os países
europeus o aumento das expor-
tações foi de 50,5%. No período
as exportações para a Rússia con-
tinuaram elevadas. Passaram de
US$ 22,7 milhões em 2021 para
US$ 70,5 milhões em 2022, um
aumento de 211%, como reflexo
do incremento na comercialização
de diversas máquinas para agricul-
tura, para construção civil e outros
bens de menor valor.
Importações - O volume de
importações de US$1.917,85
milhões em fevereiro é 4,1% maior
que a de janeiro e 27,3% acima do
mesmo mês de 2021. No bimes-
tre, as importações totalizaram
US$ 3.760,48 milhões, 19% acima
do mesmo período de 2021. Em
média, o Brasil importa cerca de
US$ 1,9 bilhão por mês em máqui-
nas e equipamentos.
O crescimento das importações
em fevereiro foi concentrado em
poucos segmentos. Houve aquisi-
ção de caldeira pelo setor infraes-
trutura e indústria de base no valor
de US$ 174 milhões. Além disso,
o setor agrícola apresenta boa per-
formance. A maior parte das ativi-
dades (5 de 7) registrou queda na
aquisição de máquinas importadas:
petróleo e energia renovável (-
37,9%); logística e construção civil
(-27,7%); indústria de transforma-
ção (-9,4%); e setor fabricante de
bens de consumo (-10%).
Consumo aparente - Em feve-
reiro, o consumo aparente somou
R$ 28.093,59 milhões, 2,1% acima
do observado em janeiro e 2,8% a
menos que o verificado em feve-
reiro do ano passado. No bimestre,
totalizou R$ 55.604,39 milhões,
4,1% menos que no mesmo período
de 2021. No mês de fevereiro de
2022 houve recuperação no nível
de utilização da capacidade instala-
da, com crescimento de 1,6 p.p em
relação a janeiro, anulando parte da
perda observada no mês anterior. O
setor atuou com 79% da sua capa-
cidade instalada no mês.
A carteira de pedido voltou a
registrar queda (-10,7%) após cres-
cimento (8,8%) em janeiro de 2022.
Em fevereiro, a carteira atingiu 11,1
semanas. A indústria de máquinas
e equipamentos fechou o mês de
fevereiro de 2022 com 390.479
pessoas empregadas, 0,8% a mais
que em janeiro e 10,6% a mais que
em fevereiro de 2021.

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Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 
 Máquinas-ferramenta

Potencial de
bons negócios
Transição energética traz oportunidades
para a indústria de máquinas-ferramenta e de usinagem

Franco Tanio

A transição energética traz opor-
tunidades para a indústria de máqui-
nas-ferramenta. Entre as áreas pro-
missoras estão a produção de cai-
xas de engrenagens e rolamentos
para energia eólica, de componen-
tes essenciais como compressores,
bombas e válvulas para eletrólise,
de células de combustível e de um
grande número de bombas de calor,
de acordo com estudo da VDW, a
Associação Alemã de Construtores
de Máquinas-ferramenta), em par-
ceria com a empresa de consultoria
Strategy Engineers.
O estudo analisa toda a cadeia
de valor da energia elétrica -
desde a geração, passando pela
distribuição, até o armazenamen-
to. Também são considerados
o hidrogênio, células de com-
bustível estacionárias e móveis,
bombas de calor e recuperação e
armazenamento de carbono.
O setor elétrico é responsável por
um quarto das emissões de CO2.
Portanto, tem um papel importan-
te a desempenhar na redução de
poluentes. Muitos países industria-
lizados se comprometeram com a
meta de limitar o aquecimento glo-
bal a 1,5 grau até 2050, mas serão
necessários investimentos maciços
para atingi-la. As principais solu-
ções incluem expandir as fontes de
energia de baixa emissão, atualizar
a rede elétrica e desenvolver uma
economia de hidrogênio.
Grandes investimentos estão
sendo feitos em tecnologias de
emissão zero, como energia solar
e eólica, bem como em tecnolo-
gias facilitadoras para a transição
energética, como expansão da
rede elétrica, redução de emis-
sões de carbono, estabelecimento
de uma economia do hidrogênio e
bombas de calor.
O desenvolvimento de fontes
de energia renováveis ​​(energia
eólica, solar, hidrelétrica) repre-
senta atualmente 288 bilhões
de euros de investimento, valor
que deverá aumentar para 569
bilhões de euros até 2040.
O investimento precisará ser
feito para garantir o fornecimento
global de energia em face da cres-
cente volatilidade. Como resulta-
do, o investimento na rede elétrica
aumentará de cerca de 220 bilhões
de euros atualmente para mais de
600 bilhões de euros em 2040.
Da mesma forma, espera-se um
grande crescimento no desenvolvi-
mento de uma economia de hidro-
gênio e na expansão das tecno-
logias de captura/armazenamento
de carbono, incluindo tecnologias
power-to-X, ou seja a conversão de
energia elétrica em outra forma de
energia armazenável, combinando
todas as opções disponíveis para
o uso efetivo e flexível de ener-
gia excedente a partir de energias
renováveis. Os sistemas de energia
são projetados para gerar energia
quando necessário. Com o aumento
da produção de energias renováveis,
como solar e eólica, muitas vezes
há situações em que se gera mais
energia do que o que o necessário.
Essa situação aumentará a demanda
por armazenamento de energia tor-
nando o processo power-to-X uma
forma de converter essa energia em
outra forma de energia armazenável
(gás, combustível sintético, mobili-
dade etc). Claro, para promover as
tecnologias power-to-X será neces-

 • Metal-Mecânica - Abril - 2022

sária vontade política.
Há uma grande demanda por
“tecnologias de transição”, como
usinas nucleares e a gás, para garan-
tir a capacidade de carga de base
e de pico. O investimento nestas
tecnologias dependerá dos desen-
volvimentos políticos regionais.
Haverá uma diminuição significa-
tiva em todo o mundo no investi-
mento em tecnologias intensivas
em emissões, como geração de
energia a carvão até 2040.
“Mas isso não é tudo; a varie-
dade de aplicações e tecnologias
torna necessário considerar as áreas
individuais em detalhes para iden-
tificar as áreas potenciais de uso
da máquina-ferramenta”, explica
Franz-Xaver Bernhard, presidente
da VDW. O estudo entidade faz
isso analisando a demanda pelas
FABRICAÇÃO INTELIGENTE
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punção e roteamento com alta economia e eficiência.
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máquinas-ferramenta necessárias
para usinar os componentes rele-
vantes nos segmentos individuais.
Componentes metálicos que envol-
vem um alto grau de usinagem e têm
tolerâncias exatas e exigências de
qualidade de superfície são necessá-
rios especialmente para conversão
mecânica em usinas de gás, vapor e
água, bem como em turbinas eólicas e
sistemas de armazenemanto flywheel
(volante de inércia), peça de engenha-
ria mecânica em forma de disco que
gira em grande velocidade, armaze-
nando energia durante o processo.
Assim, o maior potencial é ofe-
recido por componentes de turbi-
nas eólicas que envolvem reduto-
res sofisticados, sistema de rastre-
amento e processos de produção de
grandes rolamentos. Isso é ainda
mais reforçado pela tendência
para plantas cada vez mais pode-
rosas. Também relevante é a
construção de turbinas a gás para
geração de energia em usinas a
gás e a vapor. Finalmente, são
necessários grandes volumes de
muitos componentes periféricos
sobrepostos (como bombas, com-
pressores, geradores, rolamentos,
válvulas, tanques e tubulações).
As bombas de calor utilizadas
para o aquecimento de edifícios
são de particular interesse devido
aos grandes volumes envolvidos.
No futuro, o foco mudará para
componentes para a expansão da
economia de hidrogênio, como
compressores e pacotes de baterias
para eletrólise e células de com-
bustível móveis e estacionárias.
Além da geração, armazenamento
e distribuição de energia em si,
ARRANJO
CONTROLE
INTEGRAÇÃO
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 
o potencial também está na tec-
nologia de automação para a
produção de módulos fotovol-
taicos, células de bateria e célu-
las de combustível ou eletrólise.
Os requisitos de distribuição de
energia, por exemplo, em veícu-
los de transporte ou navios espe-
ciais, bem como máquinas para
a produção de componentes para
a implementação do ambiente de
Geração de energia eólica e solar
deslancha no Brasil
O Plano Decenal de
Expansão de Energia 2031,
um estudo produzido por téc-
nicos do governo federal,
sugere a redução participação
das hidrelétricas de 58%, em
2021, para 45%, em 2031. A
queda seria compensada pelo
aumento da participação das
fontes eólica e solar.
A julgar pelo crescimento da
capacidade instalada de gera-
ção eólica e solar no Brasil,
não deverá ser muito difícil. No
caso da geração eólica, estudo
da Global Wind Energy Council
(GWEC) indica que o Brasil
subiu mais uma posição no
Ranking de Capacidade Total
Instalada de Energia Eólica
Onshore e passou a ocupar a 6ª
posição. Em 2012, o país ocu-
pava o 15º lugar e, de lá para
cá, o país foi subindo de forma
consistente. Em 2021, o Brasil
foi o terceiro país que mais ins-
talou eólicas, repetindo o feito
de 2020, e ficou atrás apenas de
10 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
energia completam a demanda.
No geral, o setor de energia
atualmente não tem grande parti-
cipação nas vendas de máquinas-
ferramenta. No entanto, o cresci-
mento real projetado de 3,6% ao
ano do segmento de mercado será
relevante até 2040 e está signifi-
cativamente acima do crescimento
médio do mercado global de longo
prazo para máquinas-ferramenta
China e Estados Unidos.
O Brasil tem atualmente 21,5
GW e 795 parques eólicos. Já
são mais de 9.000 aerogera-
dores em operação e a energia
gerada pela força dos ventos é a
segunda fonte da matriz elétri-
ca. Considerando os contratos
assinados, o país chegar a 2026
com pelo menos 36 GW.
Em geração de energia solar,
o Brasil ultrapassou a marca de
14 gigawatts (GW) de potên-
cia operacional, somando as
usinas de grande porte e os
sistemas de geração própria de
energia elétrica em telhados,
fachadas e pequenos terrenos.
A fonte solar supera a potência
instalada da usina hidrelétri-
ca de Itaipu, segundo mapea-
mento da Associação Brasileira
de Energia Solar Fotovoltaica
(Absolar).
O Brasil possui 4,7 GW de
potência instalada em usinas
solares de grande porte, o
equivalente a 2,4% da matriz
(1,1%). “O estudo mostra que o
crescimento considerável previsto
para o setor de energia até 2040
oferece um claro potencial para os
fabricantes”, resume o presidente
da VDW, Bernhard, que recomen-
da aos fabricantes de máquinas-fer-
ramenta que já atuam no segmento
ou desejam diversificar sua base de
clientes olharem cuidadosamente
para o setor de energia.
elétrica do país. Atualmente,
as usinas solares de grande
porte são a sexta maior fonte
de geração do Brasil e estão
presentes em todas as regiões
do país, com empreendimen-
tos em operação em dezenove
estados brasileiros e um por-
tfólio de 31,6 GW outorgados
para desenvolvimento.
No segmento de geração
própria de energia, são 9,3 GW
de potência instalada da fonte
solar. A tecnologia solar é uti-
lizada atualmente em 99,9% de
todas as conexões de geração
própria no país, liderando com
folga o segmento.
Ao somar as capacidades
instaladas das grandes usinas
e da geração própria de ener-
gia solar, a fonte solar ocupa
o quinto lugar na matriz elé-
trica brasileira. A fonte solar
já ultrapassou a potência insta-
lada de termelétricas movidas
a petróleo e outros fósseis na
matriz elétrica brasileira.
 Especial

Mercado animado
Mais de 900 marcas expositoras confirmam participação no evento
que será realizado entre 3 a 7 de maio, em São Paulo, de forma
presencial e recheado de novidades e atrações imperdíveis

A Feimec - Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos,

em sua terceira edição, considerada a mais completa feira de
máquinas e equipamentos da América Latina, será realizada de
forma presencial no Centro de Exposições São Paulo Expo, em associação, que tem como objetivo
São Paulo (SP), de 3 a 7 de maio de 2022. apresentar, na prática e em tempo
Iniciativa da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de real, os principais conceitos e tec-
Máquinas e Equipamentos, com promoção e organização da nologias aplicadas à Indústria 4.0.
Informa Markets Brasil, o evento ocorre num momento em que a Neste ano, o espaço traz uma pro-
indústria de máquinas e equipamentos retoma o crescimento – a posta ainda mais inovadora: solu-
Abimaq prevê para este ano um crescimento de 6% na receita. ções serão apresentadas por meio
“Faltando apenas um mês para a realização, a Feimec, que é de cinco clusters, integrando tecno-
considerada um evento fundamental para as empresas e indústrias logias de empresas para a aplicação
que se preparam para o reaquecimento econômico do país em nas necessidades reais do setor.
2022, já está com praticamente 100% dos mais de 60 mil metros Outros destaques serão as
quadrados de área de exposição comercializados. Ao todo, já são Rodadas Tecnológicas, em que a
mais de 900 marcas expositoras na feira deste ano, para atender os Abimaq traz como novidades diver-
mais diversos segmentos industriais do Brasil”, diz a show direc- sas soluções em tecnologias para
tor do evento, Liliane Bortoluci. empresas interessadas em conhe-
Atrações confirmadas - Dentro do conceito de feira idealizada cer resultados de investimentos em
para promover o desenvolvimento comercial, econômico, tecno- inovação, com potencial impacto
lógico e profissional do setor, a Feimec 2022 oferece diversas no mercado e na criação de novos
atrações e experiências exclusivas aos visitantes. negócios. O ambiente também pro-
Uma delas é o Parque de Ideias, espaço destinado a conteúdos moverá oportunidades e tendências
de relevância sobre o setor industrial, para a atualização profissio- do setor, que poderão ser aplicadas
nal da audiência de pequenas, médias e grandes indústrias. Nesta em diferentes áreas, segmentos e
edição, o ambiente conta com o apoio de renomadas instituições usos da indústria.
do setor, como a própria Abimaq, o IQA - Instituto de Qualidade Fechando a variedade de atra-
Automotiva, o Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa e a VDI - ções do evento em 2022, esta edi-
Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha. ção contará também com o Abinfer
Haverá ainda o Demonstrador de Tecnologias da Indústrias 4.0, Business Center ABC, realiza-
desenvolvido pela Abimaq e por diversas empresas parceiras da do em parceria com a Abinfer -

12 • Metal-Mecânica - Abril - 2022


Visitantes fazem fila para
entrar na Feimec 2018
Associação Brasileira da Indústria
de Ferramentais, onde serão apre-
sentadas empresas de ferramentarias
com soluções industriais inovadoras.
“Tudo isso será realizado pensan-
do na saúde e no bem-estar de cada
um. Estamos preparando um evento
seguro para todos, seguindo rigoro-
sos protocolos de proteção, como os
estabelecidos no Informa AllSecure.
Trata-se de um conjunto de proces-
sos de saúde e segurança desenvol-
vidos pela Informa Markets para
seus eventos, de forma que dê toda
a tranquilidade e confiança a todos
os envolvidos, para que se sintam
parte de um ambiente controlado.
Tanto é que, entre as medidas deter-
minadas, será obrigatória a apresen-
tação do comprovante do esquema
vacinal completo contra a Covid-19
para acesso ao evento. Além disso,
seguimos também os protocolos fir-
mados pelas autoridades estaduais e
municipais”, afirma Liliane.
Indústria Xperience - A Feimec
será o ponto alto de interações
da Jornada Híbrida do evento em
Divulgação
2022, que contará com conteúdos e experiências exclusivas no
ambiente presencial e digital. Na semana seguinte à feira física,
de 9 a 13 de maio, será compartilhada a cobertura das principais
atrações da Feimec presencial para a audiência digital, por meio
da plataforma online Indústria Xperience.
“E não para por aí. Manteremos a nossa comunidade Indústria
Xperience ativa em nossas ações digitais, programadas para o ano
todo, de maneira que o setor industrial se mantenha conectado os
365 dias do ano”, finaliza a show director da Feimec 2022.
Novos webinars serão disponibilizados mensalmente na plata-
forma, com temas relevantes e nomes de peso do setor, que trarão
muitas atualizações, networking e insights exclusivos de mercado
aos profissionais da indústria. Haverá também diversas outras
ações digitais no decorrer de 2022, como entrevistas, palestras e
muito mais. A programação completa pode ser conferida neste link
- https://bit.ly/3M6hjLa
A seguir, confira as novidades e destaques que os expositores
exibirão nos estandes
SERVIÇO
Feimec - Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos
Data: 03 a 07 de maio de 2022
Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center
Horário: 3ª a 6ª das 10h às 19h e sábado das 9h às 17h
Iniciativa: Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos
Promoção e organização: Informa Markets
Mais informações: www.feimec.com.br
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 13

ACTION
A Action Technology apresenta-
rá nova linha de servo motores mais
compactos e leves, mas que apre-
sentam mais eficiência energética,
desempenho aprimorado e IP 65/IP
67. Também exibirá servo drivers
com mais desempenho, com avan-
çado algoritmo de controle, posicio-
namento interno, além de elevada
eficiência e precisão.
No estande, também haverá
opções para motores de passo e
drivers com ajustes automáticos,
baseados em DSPs de última gera-
ção, que aumentam o desempenho
dos motores de passo, e reduzem
o ruído, a vibração e permite que
trabalhem com temperaturas meno-
res. Motores de passo com encoder
também estarão em exposição.
AUTONICS
A Autonics, empresa de origem
sul-coreana que atua com siste-
mas de automação industrial desde
1977, apresentará nova linha de
produtos de segurança. “Composta
por uma série de soluções de alta
flexibilidade e praticidade, a nova
14 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
linha traz várias opções de produtos
e funções, que podem ser aplicadas
em diversos ambientes industriais,
onde pessoas e máquinas devem
coexistir”, pontua a analista de
Marketing, Juliana Carpinelli.
Entre os destaques estarão as cor-
tinas de luz de segurança, elabora-
das para proteger as pessoas contra
ferimentos em áreas ou máquinas
potencialmente perigosas. “Com
este sistema, a operação é desligada
imediatamente quando um objeto
ou pessoa é detectado entre o emis-
sor e o receptor da máquina. Isso
porque essa solução é composta por
tecnologia comprovada de sensores
de área da Autonics e de sensores
de mapeamento”, afirma a analista.
BLASER SWISSLUBE
A Blaser Swisslube estará com
representantes do seu corpo técnico,
preparado para apresentar a oferta
de “Análise sem custo” do processo
produtivo do visitante. Esta análise é
feita com base na visão holística dos
processos de produção das empresas,
do ponto de vista dos fluidos para
usinagem. Nesta análise são avalia-
dos não só os fatores relacionados
diretamente aos fluidos de usinagem
(compatibilidade com a máquina,
estabilidade do produto etc.), mas
também todos aqueles que podem ser
afetados por eles, desde a manutenção
das máquinas até a máxima produtivi-
dade a ser alcançada.
A empresa também exibirá pro-
dutos como o Blasogrind GTS 15 e
Synergy 905. O primeiro é um produ-
to de base GT “Gas to Liquid“, des-
tinado à retificação de engrenagens e
possibilita atingir alta produtividade
com riscos reduzidos de queima de
retífica. O último é um fluido de
usinagem de base sintética, destinado
à usinagem de materiais como ferro
fundido, aço, ligas de difícil usinabi-
lidade dentre outras.
CAMBRIO
A Cambrio, que se destaca na
indústria de fabricação CAD/CAM,
apresentará a suíte SigmaNEST, que
inclui melhorias gerais em todas as
áreas e expandem o portfólio de
produtos SigmaSUITE, incluindo o
arranjo CAD/CAM para roteadora,
chanfro, puncionadeira e corte no
comprimento, e também expande
as capacidades do ‘negócio conec-
tado’, que ajudarão tanto os grandes
quanto os pequenos fabricantes.
A empresa garante que os usuários
notarão a diferença desde o início
com um instalador redesenhado que
detecta todos os produtos existentes
para atualização. Os programadores
recebem um salto inicial com recur-
sos de importação aprimorados para
os mais recentes forma-
tos CAD nativos, como
a associação de esboços
às operações SigmaNEST
para NX, e o mapeamento
de propriedades de peças
3D para SolidWorks. Além
disso, a biblioteca de for-
mas foi melhorada para
permitir edições rápidas
de geometria paramétri-
ca para uma programação
CAD mais eficiente.
O SigmaNEST Versão
22 introduz uma série de
melhorias de interface,
tais como opções para
alterar os nomes das cha-
pas na árvore de carac-
terísticas, controle sobre
a densidade de hachuras
para relatar a visibilidade,
e sequenciamento de layout multivistas.
Os usuários também podem selecionar
o desenho correto da mesa da máquina
diretamente do menu de configuração
de parâmetros da máquina para ver seu
estoque em relação ao tamanho da mesa
e localização das grelhas.
CAMSERV
ACamserv Solutions exibirá soluções da
Autodesk, como o Autodesk Powershape,
software CAD para modelamento 3D de
produtos e projetos de moldes de apoio à
manufatura. Com ferramentas dedicadas
para modelamento em superfícies, sóli-
dos, malhas de triângulos etc., é adaptável
a outros softwares da marca.
Em exibição também estará o
Autodesk Fusion 360, software CAD/
CAM/CAE que proporciona a criação
de várias interações de design, podendo
ser utilizado em projetos mecânicos,
programação CAM e simulações.
Os visitantes poderão conhecer de
perto o Autodesk Powermill, software
CAM especializado na fabricação de mol-
des, matrizes e componentes de baixa
a alta complexidade, além do Autodesk

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Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 15


Powerinspect , software para realizar
medições em modelos complexos,
porém de forma mais simplificada.
CGTECH
A CGTech apresentará Vericut
9.2.2, sistema que detecta colisões
e erros em programas NC’s antes
de executá-los nas máquinas reais.
O sistema aumenta a eficiência e a
capacidade de fabricação, preser-
vando as máquinas e as ferramentas
de corte, e reduz os custos de reparo
e refugo de peças.
Os usuários ganham, por exemplo,
aumentos de velocidade na verifica-
ção de colisão em cavidades côncavas
de alta profundidade, operações de
torneamento (especialmente os traba-
lhos em diâmetros interno em peças
grandes), verificação de colisão entre
modelos altamente detalhados, como
aqueles com alto número de triangu-
lação. A simulação de remoção de
material em resoluções de corte aper-
tadas é até 30% mais rápida.
A interface 3DLive simplifica o
processo de construção de sua máqui-
na virtual no Vericut , permitindo a
criação de configurações mais realis-
tas em segundos, importando dados
do 3DLive. Permite importar arqui-
16 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
vos no formato GDML, contendo
geometria 3D, incluindo cores para
máquinas CNC, componentes de
fixação e porta ferramentas - junto
com informações das cinemáticas,
limites de deslocamento dos eixos,
taxas de avanço mín. / máx. para os
eixos e posição inicial da máquina.
DARDI
A Dardi vai expor sua linha de
máquinas. Entre os destaques estará
a máquina de corte laser Dardi. De
acordo com a empresa, é a máquina
de corte laser fibra mais vendida no
Brasil em 2021. Com tecnologia
totalmente de fibra ótica, a máqui-
na realiza cortes até 3 vezes mais
rápidos que as máquinas conven-
cionais, além de reduzir custos de
energia em até 90%.
Outra novidade é a solda a laser,
que já vem substituindo os atuais pro-
cessos de solda, como MIG e TIG. A
grande vantagem é a qualidade aliada
à velocidade e facilidade de soldar.
Na feira, a companhia vai ofere-
cer financiamento em até 60 vezes,
aluguel com opção de compra e con-
dições de parcelamento direto com a
Dardi, exclusivo para os visitantes.
A Dardi foi fundada em 1996,
em Nanjing, na China. Em 2010
chegou ao Brasil, com sede em
São Paulo (SP), com showroom de
máquinas, equipe técnica, peças de
reposição e consumíveis.
DDDROP
A DDDROP, marca holandesa
de impressoras 3D, apresentará
nova linha de impressoras, chama-
da “Rapid One”. O equipamento
vem disponível em tamanhos de
até um metro cúbico, algo inédito
no Brasil, e permite a fabricação
de peças funcionais em tamanhos
industriais ou em grandes séries.
Desde 2014, a companhia ofere-
ce a seus clientes também o “Open
Filament Source”, que permite a seus
usuários escolherem o fornecedor de
filamentos de sua preferência. “Isso
não apenas dá mais liberdade na esco-
lha de uma maior oferta de mate-
riais, mas também reduz custos e
torna a produção mais competitiva”,
comenta o CEO da empresa, Alfred
Uytdewilligen, que também estará no
país durante a abertura do evento.
Empresas brasileiras já usam
soluções da companhia. Entre
elas, estão a WEG S/A e Jacto
Máquinas Agrícolas.
ERGOMAT
A Ergomat apresentará diver-
sas máquinas. Um dos destaques
será a A25 E, novo modelo de
torno, com pacote de acionamen-
to inteiramente remodelado, com
monitor touch screen de 7” para
programação e supervisão, rota-
ções programáveis e velocidades
de avanço ajustáveis.
O TND 140, caçula entre os tornos
universais fabricados pela empresa,
será apresentado em modelo super
compacto. É destinado a produzir
peças de médias dimensões, com
ciclos de usinagem mais curtos e
baixos custos. Destaque também
para o torno automático de carros
múltiplos TBA Next, com passa-
gem para barras de até 65 mm e 5
eixos programáveis.
FLEXTECH
A Flextech Soluções Industriais
e Comércio, fabricante de equipa-
mentos eletromecânicos e painéis
elétricos e fornecedora de soluções
customizadas de proteção mecânica
para máquinas operatrizes, lança-
rá o Minor Aer. Segundo o dire-
tor Comercial e de Planejamento,
Edilson Gonçalves, “trata-se de uma
proteção para placa do torno desli-
zante, feita de chapa metálica, apre-
sentando como diferencial grandes
janelas com telas de policarbonato
na parte superior e frontal, que per-
mitem total visibilidade”, explica.
Ainda de acordo com Gonçalves, o
novo equipamento possui completo
sistema micro-interruptor de segu-
rança com ruptura positiva.
Outra novidade é a linha de botoei-
ras de comando pendente para diver-
sos tipos de aplicações. O produto é
caracterizado por um design ergo-
nômico e intuitivo, com alta con-
fiabilidade de funcionamento, com
diferentes configurações e possibili-
dade de coluna simples ou dupla, de
02 a 14 botões. Possui, ainda, inter-
travamento mecânico, botões gra-
vados a laser, conexões acionadas
por mola ou parafuso e isolamento
duplo IP65, em conformidade com
as mais rígidas normas de segurança
nacionais e internacionais.
A empresa ainda exporá a pro-
teção mecânica para fresadora com
microinterruptor de segurança tri-
pla. Atendendo a NR-12, a proteção
garante maior flexibilidade no manu-
seio da máquina, devido ser montada
em braço articulado, com dobragem
vertical e suportado por mola de gás,
com cúpula em aço tubular e poli-
carbonato. O produto está disponível
com ou sem iluminação (20 W) e
fixação direita ou esquerda.
FRESADORA
SANT’ANA
A engrenagem cônica helicoi-
dal, projetada para trabalhar em
situações que oferecem condições
rigorosas, como no transporte de
minérios, além de máquinas uti-
lizadas em serviços de fundição,
fabricação de papel e extrusão, e
guindastes, estará em exposição no
estande da Fresadora Sant’Ana.
A empresa exibirá também os
impellers, um rotor usado para
aumentar a pressão e o fluxo de um
fluido, de produção e tecnologia
nacionais, com até 1.250 mm em
diversos materiais.
Redutores planetários de baixa
capacidade térmica, alta capacidade
de torque e excelente precisão de
trabalho, também poderão ser con-
feridos no estande.
HERCULES
A Hercules Motores Elétricos
exporá a linha de motores elétricos
padrões, especiais e inversores de
frequência, que podem ser usados em
diversos segmentos, como: industrial,
automação, agronegócio, construção
civil, alimentício, entre outros.
Segundo Drauzio Menezes, dire-
tor da empresa, a retomada dos
eventos é uma ótima oportunidade
para o posicionamento da marca e
geração de novos negócios. “Ainda
que a pandemia tenha levado a
migração de acontecimentos para o
formato digital, o contato pessoal e
o aperto de mão ainda são as melho-
res formas de gerar bons negócios.
Sempre marcamos presença em fei-
ras e não poderíamos ficar de fora
da mais completa feira de máquinas
e equipamentos da América Latina,
uma vitrine muito importante no
segmento industrial”, conta.
No estande, os visitantes da feira
poderão conferir de perto toda a
linha de motores elétricos da fabri-
cante, que são monofásicos, trifási-
cos, especiais e inversores de frequ-
ência. “É uma ótima oportunidade de
eles conhecerem mais sobre a nossa
marca e fábrica, que é 100% brasilei-
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 17

ra e desenvolve motores conforme a
necessidade de qualquer fabricante
de máquinas e equipamentos, melho-
rando assim o custo-benefício na
compra de um motor dedicado para
sua aplicação”, finaliza Menezes.
HYPERTHERM
A Hypertherm exibirá soluções
em corte de metal a plasma: a tec-
nologia X-Definition, considerada
a mais precisa de todo o setor, tanto
em metais ferrosos quanto em não-
ferrosos, e comparada até ao corte
a laser; e o novo sistema Powermax
Sync de cortadores a ar, que conta
com inteligência integrada e car-
tucho de peça única. Os visitantes
poderão testar o Powermax Sync e
ver as diversas opções de torque e
cartucho disponíveis no mercado.
Outro destaque será o Plate Saver,
uma nova tecnologia SureCut, que
combina a estabilidade do arco
do plasma XPR da Hypertherm
com softwares especializados em
reduzir o desperdício de material
e, assim, ajudar as empresas a
aumentarem os lucros.
“Estamos muito empolgados com
a possibilidade de apresentar ao Brasil
os muitos avanços tecnológicos feitos
18 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
pela Hypertherm durante os últimos
dois anos”, diz Stephen Bruner, dire-
tor de Marketing Americas. “Desde
o PowerMax Sync, que minimiza o
desperdício, o tempo de inatividade
da máquina e mesmo a necessidade
de profissionais extremamente treina-
dos na operação, até o X-Definition e
o Plate Saver, capaz de otimizar o uso
de materiais e reduzir a emissão de
carbono na atmosfera”, acrescenta.
JUNKER
Com setup rápido para produção
seriada de pequenos lotes, operação
flexível e inúmeras possibilidades
de aplicação, a retificadora cilíndri-
ca externa CNC Zema Numerika
G800 Plus, um dos carros-chefes do
Grupo Junker no Brasil, será exibido
em destaque no estande da empresa .
Os visitantes poderão conhecer tam-
bém outras tecnologias do grupo.
A retificadora de rebolos conven-
cionais é especializada na produção
em série de uma grande variedade de
peças. No comando CNC podem ser
arquivados diversos programas, para
as mais variadas famílias de peças.
Como resultado, o processo de pro-
dução de uma peça poderá ser troca-
do com rapidez para o de outra peça.
A máquina pode ser utilizada com um
sistema automático opcional de carga
e descarga, permitindo um processo
de produção sem interferências. Com
as suas robustas retificadoras de rebo-
los convencionais, a Numerika G800
Plus representa um excelente com-
plemento às linhas de retificadoras de
alta velocidade CBN da Junker.
A Numerika processa de forma pre-
cisa e várias peças, flanges e espigas
de virabrequins, turbocompressores e
eixos de transmissão. Além disso, os
clientes se beneficiam da assistência
técnica mundial de Grupo Junker.
Os rebolos de retificação da G800
Plus podem ser facilmente substitu-
ídos para a usinagem de materiais
duros. A troca de rebolos convencio-
nais para diamantados é bem-sucedi-
da após passos simples. Em sua con-
figuração standard, essa retificadora
cilíndrica externa possui uma base
de máquina robusta, guias hidrostá-
ticas e cabeçotes de retificação com
mancais hidrostáticos ou rolamentos
de alta precisão. Comando de fácil
utilização com todos os seus menus
intuitivos permitem uma retificação
precisa com rebolos convencionais.
O resultado são peças com excelente
qualidade de superfície.
IGUS
A igus apresentará novidades
em produtos para movimenta-
ção. Entre os destaques, estarão
os robôs cartesianos (também
conhecidos como pórticos ou
gantries), braços robóticos e a
solução do 7º eixo. Na linha elé-
trica novidades como o sistema
autoglide5, um sistema para a
condução de mídias e dados em
centros logísticos, cabos híbri-
dos e muitas outras soluções
para robôs industriais serão
demonstradas.
Os robôs cartesianos da linha
drylin consistem em vários atu-
adores lineares, que realizam
movimentos lineares XYZ.
Esses portais são projetados
para operação suave e silen-
ciosa, isentos de manutenção e
resistentes a corrosão.
A grande vantagem desses sis-
temas de gantries é que eles cus-
tam até 60% menos que os robôs
lineares convencionais.
NEDERMAN
A Nederman do Brasil, espe-
cializada em produtos e soluções
para tratamento do ar industrial,
apresentará novidades em produtos
e sistemas para captação, filtragem
e tratamento do ar industrial.
“A Feimec é uma feira muito
importante e expressiva para nosso
principal público alvo, as indústrias
de transformação, por isso, estar
entre os expositores faz a diferença.
Esperamos que com a retomada dos
eventos possamos encontrar parcei-
ros, trocar experiências com os visi-
tantes e principalmente gerar novos
negócios”, afirma José Maurício
Sampaio, diretor geral da empresa.
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 19

Dentre as soluções que serão
apresentadas, como destaque estará
o lançamento, que é a nova linha
de filtros SmartFilters, conectados
à plataforma IIoT Insight Ready da
Nederman. Estarão expostos também
equipamentos para controlar e reduzir
os efeitos dos fumos de solda dentro
do ambiente de produção das empre-
sas, assim como particulado seco
oriundo da manipulação de pós.
Durante o evento, a Nederman
fará demonstrações e simulações em
tempo real da nova tecnologia Insight
Ready e também oferecerá apresen-
tações gratuitas aos visitantes, com o
tema “Automação e tecnologia apli-
cadas a sistemas de exaustão e filtra-
gem industrial”. Para participar, basta
o visitante ir até o estande da empresa
nos horários: 11h, 13h, 15h e 17h.
PILZ
A Pilz do Brasil exibirá o relé myP-
NOZ. De acordo com a companhia, é
o primeiro do mundo a ser produzido
para atender às necessidades do usu-
ário, de forma individual e persona-
lizada. É voltado para aplicações de
segurança em áreas de complexidade
simples a média, com duas a dezes-
20 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
seis funções seguras de entrada, sem
a necessidade do uso de software de
engenharia na aplicação. Monitora
botões de emergência, sistemas de
portas de segurança, cortinas de luz,
entre outros e o cliente pode definir
as funções de segurança necessárias
através do myPNOZ creator e receber
o relé de segurança myPNOZ perso-
nalizado que atenda sua necessidade.
Outro produto em exibição será
o PSENradar, sensor de radar para
monitoramento seguro em ambien-
tes industriais, como no processa-
mento de madeira, de minerais e
aço, bem como na indústria pesada
e nas áreas de transporte e logística
e, inclusive, aplicações robóticas.
RAYFLEX
A Rayflex, fabricante nacio-
nal de portas rápidas, apresentará
alguns dos produtos que compõem
seu catálogo, tais como: niveladora
eletrohidráulica, Seccional, AL-01
e janela de segurança.
Os produtos trazem agilidade,
segurança e maior eficiência nas
atividades de indústrias, dos mais
variados segmentos. Equipamentos
serão expostos para demonstração.
“A nossa participação reforça essa
presença de mercado no segmento
de máquinas e equipamentos, além
de nos permitir estabelecer novos
contatos comerciais com público
qualificado. Ao lado de outros gran-
des players, vamos apresentar a
Rayflex como uma forte aliada da
indústria, auxiliando na redução de
custos e facilitando a automatização
de processos”, afirma Giordania R.
Tavares, CEO da Rayflex.
SCHUNK INTEC
A Schunk Intec Brasil vai exibir
uma série de produtos em seu estan-
de. Entre eles, estará a lixadeira
orbital pneumática AOV, indicada
para processos robotizados de lixa-
mento e polimento. Com inúmeras
possibilidades de utilização, possui
troca automática de lixas ou discos
de polimento, além de uma conexão
de sucção que permite a redução de
contaminação do ambiente.
A FDB, um fuso rebarbador fle-
xível para trabalhos com robô em
diversos tipos de peças também
estará em exposição. A rigidez do
fuso é ajustada pneumaticamente
e trás ainda mais flexibilidade
para o processo. Outro destaque é
a CDB, uma ferramenta de rebar-
bação universal que conta com
eixos ajustáveis.
SIMCO
A Simco apresentará máquinas
da linha Euron Smart - fabricadas
na Ásia, mas com projeto de enge-
nharia desenvolvido pela Simco no
Brasil - destinadas a atender prin-
cipalmente crescente demanda de
pequenas e médias indústrias do
país. Em evidência estarão o torno
CNC Smart Turn ST1 e o centro de
 MAY 03�07, 2022
ESTANDE: D080 | SÃO PAULO

Precisão redefinida
Retificadoras do Grupo JUNKER
Ao longo de toda a cadeia produtiva, o Grupo
JUNKER está comprometido com a precisão
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O extenso portfólio de produtos do líder em
tecnologia inclui retificadoras com rebolos CBN,
convencionais ou de diamante para cada tarefa,
tamanho de lote e exigência. O Grupo JUNKER
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usinagem Smart Mill SM800.
“São máquinas que atendam a
alta demanda do mercado com
preços competitivos, com foco
total na tecnologia, qualidade e
eficiência, juntamente com todo
suporte de peças de reposição
e assistência técnica oferecida
pela Simco”, destaca o diretor
Comercial João Luiz Pavan.
Os modelos iniciais da linha
Smart Turn têm como diferencial
a realização de operações de alta
complexidade em 2 eixos. Essas
máquinas estão adequadas para
atender a alta demanda: usinagem
de pequenos lotes e torneamento
para ferramentarias.
As máquinas dessa linha tam-
bém contam com CNC Siemens
808DA. Possuem capacidade de
volteio máximo de 470 mm de
diâmetro sobre o barramento, curso
do eixo X 300mm e curso do eixo
Z 440 mm. Contam com capaci-
dade de barras com diâmetro até
51mFm, rotação máxima de 3.000
rpm, além de torre com 8 posi-
ções, placa hidráulica, contra ponto
hidráulico e muito mais opções.
Os centros de usinagem Smart
22 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
Mill são indicados para usinagens
complexas com precisão e quali-
dade em acabamento de superfície.
Eles apresentam alto desempenho
produtivo com cooler de refrigera-
ção para spindle, trocador automá-
tico de ferramentas Arm Type ATC,
e interface RS 232. Contam com
servo motor, conectividade com a
indústria 4.0, podendo ser integrado
com robôs.
A empresa também apresentará
a linha de impressoras Kings 3D
SLA, além do centro de furação
Feeler TC20A, do centro de usina-
gem vertical Feeler VMP 40A, do
centro de torneamento DMC DL6T
e a máquina injetora LOG 170-S9.
TRUMPF
A Trumpf promete surpreender
os visitantes com as máquinas mais
avançadas de corte a laser, dobra
e puncionamento. Entre os desta-
ques no estande da companhia estão
as novas máquinas de corte laser
TruLaser 1030 fiber e TruLaser
3030 fiber. A nova TruLaser Série
1000 é robusta e econômica, pode
ser facilmente automatizada ou
interligada a outras máquinas, com-
pondo uma linha de produção no
conceito da Industria 4.0 - ideal para
quem está entrando no segmento de
corte a laser.
Totalmente intuitivo, os progra-
mas de corte podem ser ajustados
em poucos passos diretamente
na máquina. Elas possuem várias
funções opcionais que visam
a melhoria da produtividade e
da qualidade, dentre elas estão:
HighSpeed e HighSpeed Eco,
agora disponível para a Série
1000. O Highspeed garante o
dobro da velocidade de corte com
economia de 40 % no consumo de
gás de corte. Já o Highspeed Eco
garante o dobro da velocidade de
corte com 70% de economia no
consumo de gás de corte.
Outras máquinas que estarão
expostas são a nova TruLaser Série
3000, uma máquina intermediária
que alcança a produtividade das top
de linha da concorrência.
A série de dobradeiras TruBend
7050 também estará em exposi-
ção. São máquinas ergonômica de
alta velocidade, que dobram peças
pequenas e médias sob as melhores
condições de trabalho, com econo-
mia de espaço e alta produtividade.
Para puncionamento, a empre-
sa reserva a TruPunch 2000, que
facilita o acesso à automação dos
processos, o que a torna a máquina
de entrada que faz bastante sucesso
entre os empresários do setor.
TECHNOS PRIME
A empresa apresentará a Waterjet
Technos Prime, equipamento de
corte a jato de água, com relação
de custo/benefício vantajoso para o
usuário, que realiza corte até 30%
mais rápido e com menor custo
operacional.
 Empresas

Vantagens do

Divulgação
metal duro
Ceratizit oferece soluções de carboneto
de tungstênio para mobilidade elétrica

O crescimento no número de veículos movidos a eletricidade

exige que seus motores sejam produzidos com extrema eficiên- O metal duro atende aos exigentes
cia. O metal duro é atualmente o melhor material para a produ- requisitos de material para
ção mais econômica de peças de rotor e estator. Além disso, o a mobilidade elétrica
material possui vantagens relacionadas ao desgaste e à dinâmica
de vibração, em comparação ao aço. em uma nova prensa isostática
A Ceratizit fornece uma ampla gama de soluções de carboneto de no departamento de produção em
tungstênio para mobilidade elétrica, incluindo blanks de metal duro Empfingen, na Alemanha, que lhe
para matrizes progressivas para produção de rotor e estator, classes permite produzir peças com diâ-
de ligas de níquel para produção de ímãs, bem como peças de des- metros de até 350 mm.
gaste para a produção em massa de baterias de íons de lítio. Além Quando usados​para compacta-
disso, oferece soluções de cerâmica, como esferas e pinos, incluindo ção de pó magnético, as classes de
rolamentos híbridos para motores elétricos. Se necessário, empresa metal duro de níquel (por exem-
pode também fornecer soluções compostas de metal duro. plo, CTS17R NM) são garantidas
Os melhores resultados são alcançados combinando a classe como não magnéticas e apresentam
de metal duro adequada para sua aplicação com um pacote de maior resistência ao desgaste. Para
serviços consistente, que inclui conselhos sobre características materiais magnéticos, as classes de
e seleção de classes, otimização de processos de usinagem por níquel oferecem excelente resistên-
meio dos produtos que a companhia oferece e seminários espe- cia à fratura, além da alta dureza
cíficos para o cliente. necessária. O usuário irá se bene-
O metal duro atende aos exigentes requisitos de material para ficiar do aumento substancial da
a produção de rotor e estator - excelente resistência ao desgaste, vida útil da ferramenta e, em com-
graças aos altos níveis de dureza combinados com alta resistência paração com as ferramentas de aço,
à fratura e resistência à ruptura transversal - criando as condições o tempo de inatividade da máquina
adequadas para atingir a vida útil máxima da ferramenta. O metal é consideravelmente reduzido.
duro usado para as partes ativas também deve oferecer elevada A corrosão elétrica pode ocorrer
proteção contra corrosão, a fim de permitir que as peças resistam ao usar rolamentos de aço conven-
a longos tempos de permanência no fluido dielétrico durante o cionais em motores elétricos. Isso
processo de erosão, sem sofrer danos corrosivos. não é um problema com rolamentos
Os principais fabricantes de ferramentas e fornecedores de híbridos, pois os componentes de
ferramentas usam os blanks de metal duro da Ceratizit para cerâmica não são eletricamente con-
matrizes progressivas para perfuração de placas de rotor e esta- dutores. A Ceratizit oferece esferas
tor para motores elétricos. e rolos feitos de nitreto de silício
Para atender o crescente mercado, a companhia investiu para rolamentos híbridos.

Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 23

 Ferramentas de corte

Ferramentas para
usinagem de titânio
Mapal apresenta novas brocas e fresas
para usinar esse material que é considerado
de processamento difícil
Franco Tanio

onde nenhum lubrificante de res-

Divulgação
friamento ou apenas uma pequena
quantidade de MQL pode ser usada
devido às montagens já finalizadas,
o lubrificante de resfriamento pode
ser usado na produção de peças em
centros de usinagem para usinar
titânio de forma eficiente.”
A Mapal equipou a broca com
quatro chanfros-guia para uma
ótima circularidade. Arestas de
A Mapal lança novas brocas e fresas com insertos intercambiá- corte convexas e um revestimento
veis para usinagem de titânio. Ao projetar as ferramentas, a com- eficiente permitem aumentos na
panhia seguiu os requisitos de usinagem de titânio estabelecidos vida útil da ferramenta em até
pelos mercados-alvo. A gama de diâmetros disponíveis é ampla, 30%. Para obter o fluxo máximo de
começando com tamanhos pequenos de 3 mm, como muitas vezes refrigeração para aresta principal, o
exigido na tecnologia médica, passando pelos tamanhos médios canal de refrigeração não é aberto
para componentes de carros esportivos até as ferramentas grandes na direção do canal de cavacos,
para construção de aeronaves e tecnologia de energia. Em testes, mas a refrigeração é guiada ao
a empresa registrou vida útil de 25 a 35% mais longa para suas longo da superfície externa para
ferramentas em comparação com os concorrentes. trás. Desta forma, os chanfros de
Broca - O foco no desenvolvimento da Mega-Speed-Drill-Titan guia experimentam o resfriamento
foi na eficiência de custos com a máxima produtividade possível. máximo, dissipando o calor gerado
“Nosso objetivo era desenvolver uma broca de metal duro que de forma eficaz. A empresa usa
pudesse operar com uma taxa de avanço muito alta em materiais de um novo design para o canal de
titânio, resultando em custos de ciclo muito baixos”, explica Jens cavacos para produzir os menores
Ilg, da Unidade de Negócios Aeroespacial da companhia. “Em cavacos possíveis e descarregá-los
contraste com as áreas de montagem, na construção de aeronaves, através do canal. As peças típicas

24 • Metal-Mecânica - Abril - 2022

que podem ser criadas com a broca, que atinge uma velocidade de
corte de até 40 m/min, são peças estruturais na indústria aeroespa-
cial, por exemplo, suportes para a caixa da asa ou o trem de pouso
com seus numerosos furos.
Fresa - A fresa de desbaste-acabamento OptiMill-Titan-HPC
é uma ferramenta versátil. Também é indicada para fabricantes
menores, que preferem não ter uma única fresa para cada tipo de
usinagem. A ferramenta de metal duro pode realizar operações de
desbaste e também pode ser usada para corte de acabamento. A
preparação especial da aresta de corte produz superfícies limpas e
permite o acabamento até uma profundidade de trabalho de 2xD.
Em conjunto com o mandril de fresamento Mapal, é possível o
fornecimento de refrigerante através da haste. O núcleo desta fresa
com quatro arestas de corte se eleva da aresta de corte até a haste,
proporcionando maior estabilidade.
O espaçamento das arestas de corte e o passo das espirais são
irregulares para obter um funcionamento suave. O revestimento,
que contém silício, e as ranhuras de cavacos polidas são altamente
resistentes ao calor, neutralizam a tendência à adesão e, portan-
to, garantem bom escoamento de cavacos. As fresas OptiMill-
Titan-HPC estão disponíveis na faixa de diâmetro de 4 a 25 mm.
Dimensões especiais também estão disponíveis. de cavacos transportam os cavacos
Inserto - A família de ferramentas NeoMill-Titan com inser- para fora da zona de cisalhamento.
tos intercambiáveis ​​para usinagem de titânio consiste em fresas O refrigerante é alimentado axial-
de facear de topo nas versões de encaixe e haste, bem como mente diretamente através do man-
fresas de canto no portfólio padrão. A companhia desenvolveu dril de fresagem. O espaçamento
a topografia do inserto intercambiável a partir do zero para uma desigual das pastilhas proporciona
ótima formação e evacuação de cavacos. Um conceito de mate- estabilidade adicional e funciona-
rial de corte igualmente novo minimiza o desgaste e evita que o mento suave. A fresa inteira é basi-
titânio grude. Os raios de canto disponíveis de 0,8 mm a 4 mm camente um corpo oco com uma
são adaptados para peças estruturais na indústria aeroespacial. grande câmara no centro, de onde o
Para economizar peso, vários bolsões são fresados, e seu con- refrigerante é conduzido para cada
torno final já deve ser obtido por pré-desbaste da melhor forma inserto. As saídas de refrigerante
possível. Na fabricação de estruturas de estabilizador vertical,​​ são projetadas de forma variável.
cerca de 90% do material é removido. Ao trocar um pino rosqueado, o
A companhia oferece os insertos intercambiáveis ​​com dois operador pode regular a vazão para
substratos diferentes. Uma classe é projetada para aplicações uni- cada aresta de corte individual.
versais e destina-se a clientes cujo foco é mais no preço do produto A empresa fornece as fresas de
e menos no custo por peça. A segunda classe é mais resistente à canto para titânio em diâmetros
temperatura, permitindo velocidades de corte mais altas e a usina- de 40 mm a 125 mm. As fresas
gem de material de titânio mais recozido. Velocidades de corte de de facear estão disponíveis com
até 70 m/min podem ser alcançadas. diâmetro de 32 mm a 80 mm.
O corpo da ferramenta também foi recentemente desenvolvido Dimensões especiais também estão
para as pastilhas de alta tecnologia. Com formas fluidas, os canais disponíveis mediante solicitação.

Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 25

 Transportes

Será que agora vai?

Prometido para entrar em operação antes da Copa de 2014,
o monotrilho paulistano recebeu seu primeiro carro.
Os testes devem começar em 2023
Alberto Mawakdiye

Divulgação

Primeiro carro da Linha 17-Ouro produzido pela BYD

Projeto marcado por atrasos,
disputas judiciais e até aciden-
tes nas obras, a Linha 17-Ouro
da Companhia Paulista de Trens
Metropolitanas (CPTM) - o tão
aguardado Monotrilho - parece
que finalmente vai deslanchar.
Pelo menos, o governo de São
Paulo, ao qual a CPTM é subor-
dinada, recebeu o primeiro carro
para circular na linha. A unidade
foi fabricada pela chinesa BYD,
e é a primeira de um lote de
14 carros a serem entregues até
dezembro de 2023.
O monotrilho deveria ter sido
entregue à população de São
Paulo antes da Copa do Mundo
de Futebol de 2014, quando o
projeto era bastante diferente
do atual - pois era muito mais
ambicioso, embora sempre tenha
contemplado regiões da zona sul
da cidade.
O projeto inicial contemplava
17,7 km de trilhos, com 19 estações
entre o Jabaquara, o Aeroporto de
Congonhas e a região do Estádio
do Morumbi, passando pela área
de Paraisópolis. O valor orçado

26 • Metal-Mecânica - Abril - 2022

em 2010 era de R$ 2,64 bilhões.
Mas, agora, a linha só terá 7,7
km e 8 estações entre o Aeroporto
de Congonhas e a Estação
Morumbi. E o custo ficará em
torno de R$ 5 bilhões. Apenas a
compra dos trens chineses consu-
mirá cerca de R$ 1 bilhão.
O governo paulista estima
que o primeiro trem do mono-
trilho, que será um sistema de
média capacidade (160 mil pes-
soas por dia), já circule, a títu-
lo de testes sem passageiros,
no início de 2023. A linha deve
entrar em operação comercial
até meados de 2024. A ideia é
que a linha tenha trens passan-
do a cada 180 segundos.
Modernidade - Produzidos no
Parque Industrial da BYD em
Guang’an, Sichuan, na China,
os carros que serão usados no
monotrilho paulistanos destacam-
se pelo arrojo tecnológico e pelo
conforto e segurança oferecidos
aos passageiros.
Cada composição terá 5 carros,
tendo 60,8 m de comprimento
por 3,25 m de largura. Os trens
operarão com tração elétrica, sus-
tentados por pneus que andarão
sobre vigas de concreto de 80 cm
de largura.
Em seu interior, o trem terá
72 assentos e capacidade de
transportar cerca de 600 pessoas
em condições bastante confortá-
veis. Contará também com pas-
sagem livre entre os 5 carros,
sistema de ar-condicionado e
câmeras de monitoramento com
gravação de imagens.
As portas das composições
terão 1,60 m de largura e os trens
não terão operadores. Os veí-
culos ainda terão ventilação de
emergência quando necessário, e
intercomunicadores.
Outro item de destaque serão
as baterias de tração, capazes de
gerar energia extra e garantir que
o trem chegue até a próxima esta-
ção, mesmo sem energia na rede,
para evitar que as composições
parem entre uma estação e outra.
Contará ainda com um siste-
ma identificador e de combate a
incêndios por névoa de água e
extintor de pó seco, sistema de
monitoramento da pressão dos
pneus, dispositivo de absorção de
energia de impacto com disposi-
tivo antiescalada e dispositivo de
detecção que identifica obstácu-
los na viga guia.
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 27
 Transportes

Reciclagem logística
Plano do governo do estado de São Paulo prevê o
reaproveitamento de ferrovias subutilizadas para desafogar
o trânsito em regiões metropolitanas

Alberto Mawakdiye

Um plano gerado pela equipe de planejamento de transportes

do governo paulista prevê a transformação de ferrovias desa-
tivadas, com baixa capacidade ou ociosas em linhas de trajeto
curto, as chamadas “shortlines”.
A ideia é de que essas linhas voltem a operar plenamente, e malha ferroviária subutilizada,
equilibrem a matriz de transporte de cargas no estado, hoje alta- abandonada, verdadeairas cicatri-
mente dependente das rodovias. zes urbanas no interior”.
De fato, apenas 11% do transporte de cargas em São Paulo Segundo ele, alguns trechos se
é feito hoje por meio de ferrovias, diante dos 84% de partici- mostrarão extremamente úteis,
pação das rodovias e 5% de outros modais, índice inferior à principalmente aqueles localiza-
média brasileira, de 23%. dos no entorno de regiões metro-
Quando se pensa que São Paulo tem 2.530 km de trilhos sem politanas que apresentam satu-
ou quase sem utilização, ou seja, uma extensão maior até do que ração da malha rodoviária, com
a própria malha ativa do estado, de 2.390 km, vê-se facilmente o caminhões que poderiam ser subs-
tamanho do desperdício. tituídos tranquilamente pelo trans-
Essa malha subutilizada equivale ainda a quase 10% da porte sobre trilhos.
malha total brasileira, cuja extensão é de pouco menos do que “Através do modelo das linhas
30 mil km de linhas férreas. curtas, poderão ainda ser criados
Além das shortlines, o plano inclui a promoção de rodadas terminais intermodais, fazendo
de concessões ao setor privado de linhas ociosas espalhadas com que haja trânsito de cargas de
pelo estado, com a participação do governo federal. Projeto uma forma muito mais equilibra-
nesse sentido, aliás, já foi enviado pelo governo paulista à da, especialmente nas bordas das
Assembleia Legislativa do estado. metrópoles”, sublinha Machado.
“O plano se tornou possível devido ao novo marco ferroviá- Passageiros - Segundo o secre-
rio, que abriu a possibilidade de usar um sistema mais simpli- tário, o plano é de médio prazo e
ficado para a implantação de novas ferrovias”, explica o secre- transcenderáa gestão atual. E cor-
tário de Logística e Transportes de São Paulo, João Octaviano rerá paralelamente aos novos proje-
Machado Neto. “Não faz sentido continuarmos a ter uma vasta tos ferroviários para o transporte de

28 • Metal-Mecânica - Abril - 2022

passageiros, modalidade que está
contemplada nos estudos com os
Trens Intercidades (TIC), inicial-
mente entre a Capital e Campinas.
O TIC São Paulo-Campinas,
comandado pela Secretaria dos
Transportes Metropolitanos,
está, segundo o secretário, na
fase de discussões sobre o com-
partilhamento de vias no trecho
entre as duas metrópoles.
O governo do estado reviu,
inclusive, a previsão de investi-
mento no projeto. De um valor de
R$ 8,6 bilhões, agora a concessão
deverá ter um Capex (despesas de
capital) de R$ 10,2 bilhões, um
aumento de quase 19%.
Para compensar o incremento,
a gestão atual decidiu ampliar o
prazo de concessão do Trem São
Paulo-Campinas de 30 para 35 anos. As outras rotas anali-
sadas são entre São Paulo e São José dos Campos e de São
Paulo a Sorocaba.
No total, o plano logístico do governo paulista, de passageiros e
cargas, contempla investimentos privados que podem chegar a R$
70 bilhões até 2040, sendo 77% para o setor ferroviário.
O plano prevê linhas de expresso de cargas, trens intercidades e
obras rodoviárias e ferroviárias na macrometrópole paulista, que
compreende os arredores da capital e dos municípios de Campinas,
Sorocaba, Baixada Santista e São José dos Campos.
Um estudo finalizado em julho pelo consórcio PRO-TL, formado
por seis empresas vencedoras de um edital em 2018, está servindo
de base para as discussões. Ele estrutura alternativas para desafogar
o trânsito e acelerar o transporte de cargas ao Porto de Santos.
Diga-se que a implantação de ferrovias curtas e trens intercidades
já é uma realidade em outros países. O México, por exemplo, anun-
ciou no ano passado um investimento de R$ 8 bilhões numa rota de
passageiros de 1.525 km e 19 estações.
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 29

Carência logística
Segundo maior estado exportador do Brasil,
Minas Gerais tem apenas 5 portos secos em funcionamento,
enquanto São Paulo, o primeiro, já conta com 27
Uma pesquisa coordenada pelo
professor do Instituto de Geociências
da Escola de Engenharia da
Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG), Rodrigo Affonso
Nóbrega, apontou a necessidade
de pelo menos mais três portos
secos no estado. Segundo Nóbrega,
a quantidade de portos secos hoje
em funcionamento em Minas - 5 -,
tem se mostrado insuficiente para a
interiorização do desenvolvimento.
O Brasil conta hoje com 63 por-
tos secos, distribuídos por 15 esta-
dos, mas 27 deles, ou seja, quase
um terço do total, estão implan-
tados no estado de São Paulo. De
qualquer modo, os portos mineiros
estão geograficamente bem distri-
buídos pelo estado: Betim (Grande
Belo Horizonte, região central),
Uberlândia e Uberaba (Triângulo
Mineiro, no oeste do estado), Juiz
de Fora (Zona da Mata, a leste) e
Varginha (Sul de Minas).
“Mas o estado precisa expandir o
número de portos secos, inicialmen-
te para o norte, se quiser melhorar a
logística de transporte e promover o
desenvolvimento de maneira mais
bem distribuída”, explica Nóbrega.
“Além do mais, a expansão resol-
veria um problema imediato, pois
os portos existentes estão saturados,
30 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
Infraestrutura
Alberto Mawakdiye
o que está prejudicando não só a
economia, mas também a sustenta-
bilidade ambiental”.
De acordo com o pesquisador,
a pequena quantidade de portos
secos também está impedindo o
aumento das receitas estaduais,
na medida que menos impostos
alfandegários são deslocados para
o estado do que poderiam.
A pesquisa, desenvolvida pelo
grupo “Transportation Research
and Environmental ModelingLab”,
da UFMG, foi discutida durante
audiência pública realizada pela
Comissão Extraordinária Pró-
Ferrovias Mineiras da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais. A
reunião teve como objetivo deba-
ter a interface entre a localização
de portos-secos, a infraestrutu-
ra logística e o desenvolvimento
regional de Minas Gerais.
O trabalho do grupo mostrou
que Minas já tem, inclusive, áreas
propícias e com grande potencial
para instalação de novos portos
secos. Com base em pesquisas e
dados públicos sobre infraestrutura
e transporte de cargas, os estudos
identificaram essas regiões desta-
cando como as principais cidades
aptas de imediato a receberem os
equipamentos Montes Claros (norte
do estado), Paracatu (noroeste) e
Teófilo Otoni (nordeste).
Os 5 portos secos instalados em
Minas Gerais têm, basicamente,
duas funções, o armazenamento de
grãos e o atendimento à indústria,
como o de Betim, por exemplo -
este porto fica na cidade que é um
dos polos industriais de Minas.
O estudo indica ainda que os
novos portos devem ser intermo-
dais, ou seja, voltados para atender
fluxos de mercadorias transportados
por diferentes meios, mas com forte
conexão com as ferrovias. Assim, o
estudo também mostra que é preci-
so revitalizar, modernizar e ampliar
a malha ferroviária do estado.
“Os portos integrados às ferrovias
tornariam o transporte de cargas
menos oneroso, reduzindo os riscos
e perdas. As ferrovias também reti-
ram caminhões das rodovias, dimi-
nuindo a fragmentação das cargas e
a emissão de gases do efeito estufa”,
diz Nóbrega. “Inclusive, como a
reestruturação da malha ferroviária
depende também da reestruturação
da intermodalidade, o porto seco
serve como uma luva para este obje-
tivo ser alcançado”.
Estação aduaneira - Um porto
seco, denominado oficialmente
como Estação Aduaneira Interior
(Eadi), é um depósito alfandegado
localizado em uma zona secundária,
isto é, fora de um porto organiza-
do. Normalmente, esses portos são
instalados em cidades do interior,
em regiões com grande volume de
produtos a serem comercializados,
tanto para importação como para
exportação de mercadorias.
Na prática, são verdadeiros arma-
zéns alfandegados de uso público,
pois eles são utilizados para movi-
mentação, armazenagem e despa-
cho de mercadorias e bagagens em
regime de importação ou exporta-
ção, até o seu efetivo desembaraço
pelos órgãos competentes.
Minas bate recorde nas exportações
As exportações de Minas
Gerais apresentaram em 2021
o melhor resultado dos últimos
dez anos. Com um crescimento
recorde de 45,1% na compara-
ção com 2020, as vendas exter-
nas alcançaram o valor de US$
38,1 bilhões. O montante foi
US$ 11,8 bilhões superior aos
US$ 26,3 bilhões de 2020.
Além de ser o estado que
obteve o maior crescimento em
valor bruto em 2021, Minas
consolidou-se como o segundo
principal exportador do país, só
atrás de São Paulo, tendo res-
pondido por 13,6% dos produ-
tos enviados para o exterior.
O portfólio de exportações do
estado também registrou cresci-
mento dos produtos manufatu-
rados. Comparando com 2020,
houve expansão das exporta-
ções de químicos inorgânicos
(43,6%), veículos automóveis,
tratores, outros veículos ter-
Os portos secos são administra-
dos por empresas privadas, mas o
controle aduaneiro é de responsabi-
lidade da Receita Federal, que nas
importações faz o controle da entra-
da da mercadoria no Brasil até sua
nacionalização e distribuição. Já nas
exportações, a Receita é responsável
por todo o processo de embarque da
mercadoria para o exterior.
Uma das grandes vantagens
dos portos secos para as empresas
exportadoras ou importadoras é a
prestação dos serviços aduaneiros
na proximidade do domicílio dos
agentes econômicos envolvidos,
eliminando a necessidade da via-
restres e suas partes (42,1%) e
motores, caldeiras, máquinas,
aparelhos e instrumentos mecâ-
nicos(15,9%).
“Esse resultado é fruto tanto
do bom grau de desenvolvi-
mento alcançado pela econo-
mia mineira como das inicia-
tivas dos órgãos estaduais para
o fortalecimento e a interna-
cionalização das empresas do
estado”, afirma o governador
de Minas, Romeu Zema.
Segundo Zema, o governo
mineiro vem atuando em três
frentes principais: identificação
de oportunidades internacionais,
inserção internacional dos seto-
res produtivos e apoio qualifica-
do às exportações.
Várias medidas foram toma-
das para a promoção interna-
cional de produtos mineiros,
envolvendo 22 embaixadas e
consulados brasileiros no exte-
rior e contemplando Peru, Chile,
gem até as cidades portuárias. Desta
forma, acontece uma drástica sim-
plificação dos procedimentos logís-
ticos, além da redução de custos
com armazenagem e transporte.
Outros benefícios da utilização
de um porto seco são a existência
de um regime especial denominado
Depósito Alfandegado Certificado
(DAC), que torna mais suaves os
efeitos legais, fiscais e de câmbio
no caso das exportações, a maior
agilidade permitida no desemba-
raço aduaneiro, e o prazo bastante
elástico concedido para o armaze-
namento de mercadoras importa-
das (até 120 dias).
Argentina, Paraguai, Estados
Unidos, México, França,
Portugal, Polônia, Itália, África
do Sul, Egito, Marrocos, Catar,
Arábia Saudita, Israel, Emirados
Árabes,Jordânia, Kuwait,
Azerbaijão, China e Cingapura.
Não por acaso, as empresas
mineiras exportaram em 2021
para 194 mercados, com desta-
que para China, EUA, Bahrein,
Países Baixos e Alemanha.
O comércio internacional
mineiro destacou-se também
nas importações, crescendo
58,2% no último ano. No ano
passado, foram US$ 13 bilhões
em importações, enquanto em
2020 foram registrados US$
8,2 bilhões.
Nada menos do que 133 mer-
cados exportaram para Minas
no mesmo período, dos quais
os que mais se sobressaíram
foram China, Estados Unidos,
Argentina, Rússia e Itália.
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 31
 Indústria automotiva

Indicadores
melhoram
No mês de março, o desempenho da indústria
automotiva melhorou, mas não foi suficiente para fechar
o primeiro trimestre com indicadores similares
aos do mesmo período de 2021

Todos os índices da indústria
automotiva brasileira melhora-
ram no mês de março, de acor-
do com a Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea), que divul-
gou os dados no dia 8 de abril. O
destaque positivo são os dados de
produção, embora não tenham sido
suficientes para que o primeiro
trimestre se aproximasse dos bons
resultados do mesmo período do
ano passado, quando ainda não
havia efeitos da crise global dos
semicondutores - hoje o maior gar-
galo da indústria automobilística
e de outros setores que utilizam
componentes eletrônicos.
A produção de 184,8 mil unida-
des em março foi 11,4% superior
à de fevereiro e 7,8% inferior à de
março de 2021. No acumulado do
trimestre, a queda foi de 17% na
comparação com o volume produ-
zido nos primeiros três meses do
ano anterior. “Além da questão dos
semicondutores, tivemos impactos
negativos da onda ômicron nos
primeiros dois meses do ano, por
seu alto índice de contágio, e um
volume de chuvas e alagamentos
acima da média, afetando o deslo-
camento dos clientes e o funciona-
mento de várias concessionárias”,
diz o presidente da Anfavea, Luiz
Carlos Moraes.
Vendas - As 146,8 mil unida-
des de autoveículos licenciadas
em março representaram alta de
10,9% sobre março e baixa de
22,5% sobre o mesmo mês de
2021, com queda de 23,2% no
acumulado do trimestre. A exce-
ção foi o segmento de caminhões,
que acumula crescimento de 3%
sobre o primeiro trimestre do ano
passado. As quedas foram simila-
res na maioria dos grandes merca-
dos automotivos globais.
Já as exportações de 38,9 mil
unidades tiveram um leve recuo de
6,2% no mês. Porém, no trimestre
elas estão melhores que no ano
passado, com 108,1 mil unidades
embarcadas, elevação de 12,8%.
Também os estoques nas conces-
sionárias estão melhorando, e o
nível de empregos subiu em 430
postos de trabalho (ou 710 em rela-
ção a dezembro).
Renovação de frota - Durante a
apresentação dos dados, a Anfavea
falou sobre a visão sobre a MP
1.112, publicada no início de abril
pelo governo federal, que instituiu
o Programa Renovar, voltado ini-
cialmente para caminhões, ônibus
e implementos rodoviários.
Glenda Lustosa, subsecretária de
Facilitação de Comércio Exterior e
Internacionalização do Ministério
da Economia, participou da cole-
tiva e explicou que o Renovar é
um programa voluntário, em que o
caminhoneiro que tem veículo com
mais de 30 anos de uso tem vanta-
gens ao participar. “O objetivo é
ganhar produtividade e contribuir
com a redução do Custo Brasil.
Um caminhão de 30 anos, em
comparação a um de 10 anos de
uso, por exemplo, tem custo ope-
racional 15% maior. E um bene-
fício adicional é a retirada de
circulação de veículos que poluem
mais. Estes caminhões em desuso
terão o tratamento adequado junto

32 • Metal-Mecânica - Abril - 2022

a parceiros que cuidarão do des-
monte sustentável e correto.”
Por meio de um aplicativo que
centralizará todo o Programa
Renovar, o proprietário de um veí-
culo pesado com mais de 30 anos
poderá entregá-lo para reciclagem
e receber o valor de mercado, mais
o da sucata. E se quiser adquirir
um veículo mais novo, poderá ter
benefícios de outros atores integra-
dos ao aplicativo, como governos
estaduais e municipais, além de
fabricantes, concessionários, ban-
cos e frotistas.
“Esse decreto, mais que uma
vitória para o setor automotivo, é
uma conquista para os caminho-
neiros e para toda a sociedade, já
que temos uma frota de caminhões
com idade média superior a 20
anos. Desde que o Proconve foi
instituído em meados dos anos
80, esse tema da renovação de
frota tem sido uma pauta histórica
da Anfavea, no sentido de com-
plementar os esforços dos fabri-
cantes para redução das emissões
de poluentes e de gases de efeito
estufa, sem falar da questão crucial
da segurança no trânsito”, destaca
Luiz Carlos Moraes.
“Ainda estamos aguardando o
decreto que regulamentará os valo-
res e toda a parte operacional e legal
do Programa Renovar para avaliar
os impactos, mas sem dúvida ele
desempenhará um papel significa-
tivo no âmbito social, permitindo a
caminhoneiros autônomos a opor-
tunidade de trocar seu veículo com
ganhos de produtividade. Será sem
dúvida um passo importante para o
transporte de carga no país”, com-
plementou Marco Saltini, vice-pre-
sidente da Anfavea.
Eletrificação - O presidente da
Anfavea, havia anunciado a cria-
ção de um grupo de trabalho com
foco na infraestrutura para a eletro-
mobilidade. Constituído por repre-
sentantes das montadoras, o grupo
poderá receber colaboração de
outras empresas, incluindo impor-
tadores de veículos.
Os objetivos principais são a
definição de rotas prioritárias
para estações de recarga rápida
em rodovias; busca de parceiros
para criação de rede de postos
de abastecimento (concessioná-
rias de rodovias, empresas de
energia etc.) e identificação de
possíveis estímulos para o uso
de veículos eletrificados (redu-
ção de impostos e taxas, isenção
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 33
de rodízio, entre outros).
“Hoje temos no Brasil cerca de
1 mil pontos de recarga para uma
frota estimada em 10 mil veículos
elétricos. De acordo com as pro-
Toyota fechará fábrica de
São Bernardo do Campo
A Toyota do Brasil anun-
ciou no dia 5 de abril que
vai transferir sua operação
industrial de São Bernardo
do Campo, na Grande São
Paulo, para as cidades onde
já atua: Sorocaba, Indaiatuba
e Porto Feliz, no interior pau-
lista. A montadora diz que a
iniciativa tem por objetivo
buscar mais sinergia entre
suas unidades produtivas e
faz parte de seu plano em
busca de mais competitivi-
dade frente aos desafios do
mercado brasileiro e da sus-
tentabilidade de seus negó-
cios no país.
A mudança será feita de
forma gradual a partir de
dezembro de 2022 com con-
clusão prevista para novembro
de 2023. O movimento prevê
manutenção de emprego, ou
seja, será oferecida oportuni-
dade a 100% dos colabora-
dores que hoje trabalham na
operação do ABC paulista.
Atualmente, a planta de São
Bernardo do Campo conta
com cerca de 550 pessoas e
é o local onde são produzi-
das peças que equipam mode-
los produzidos no Brasil,
Argentina e Estados Unidos.
34 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
jeções do estudo ‘O caminho da
descarbonização do setor automo-
tivo’, apresentado pela Anfavea
em agosto do ano passado, tere-
mos em 2035 algo em torno de
Sindicato dos Metalúrgicos -
O Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC diz que foi surpreendido
por integrantes da direção da
Toyota, que comunicaram a deci-
são de encerramento das ativida-
des da planta em São Bernardo, a
primeira fora do Japão. “Fomos
surpreendidos pela direção da
Toyota com o anúncio da decisão
de fechamento. Há muito tempo
o Sindicato vinha cobrando
investimentos na planta em São
Bernardo”, lembra o presidente
do Sindicato, Moisés Selerges.
“O fechamento não prejudica
só os trabalhadores na empresa,
mas toda uma rede de forne-
cedores, milhares de empregos
podem ser perdidos. Vivemos
em uma conjuntura onde a
política industrial é despreza-
da, tanto pelo governo do esta-
do como pelo governo federal.
Vamos iniciar um processo de
luta e resistência”, completa.
O diretor administrativo do
Sindicato, Wellington Messias
Damasceno, que acompanha as
discussões na Toyota, contou
que a empresa alega otimiza-
ção, que pretende concentrar
a operação em um único lugar
e que diz não estar fechando a
planta, mas sim “transferindo
3,2 milhões de veículos elétricos
rodando no país, o que demanda
a instalação de mais de 150 mil
pontos de recarga”, explica Luiz
Carlos Moraes.
as operações para Sorocaba”.
“Está fechando sim, com essa
decisão a Toyota está desonran-
do um compromisso, está man-
chando sua história no Brasil e
no mundo. Não está preocupa-
da com os empregos, com as
pessoas, com as famílias que
construíram seus sonhos aqui na
região”, afirma Damasceno.
“O tempo todo a Toyota
vinha insistindo que a empresa
tinha futuro aqui, que não ia
fechar, chegou a dizer que a
planta de São Bernardo tinha
produto para os próximos três
anos, que era uma fábrica pro-
dutiva, competitiva e lucrativa.
E o Sindicato, a todo momento,
discutindo e pautando a ques-
tão do investimento. Agora a
fábrica toma essa decisão de
maneira irresponsável, ela não
tem motivo para fazer isso,
podia reorganizar a produção,
trazer algum produto para cá,
tinha outras alternativas que
não fechar. Qualquer justifi-
cativa não é aceitável”, critica
Damasceno.
O dirigente também critica
a postura do governo estadual,
que chegou a diminuir a impor-
tância dos cinco mil empregos
na montadora em São Paulo.

Abraço do bem
Companhia Siderúrgica do Pecém, no Ceará, irá investir
na ampliação do programa Barreira Verde, com o cultivo
de 8 mil árvores em torno da usina
A Companhia Siderúrgica do
Pecém, no Ceará, anunciou que
prosseguirá avançando na amplia-
ção da chamada Barreira Verde,
equipamento de proteção ambiental
que literalmente “abraça” a usina.
Segundo a empresa, deverão ser
plantadas, ao longo de 2022, mais
de 8 mil mudas de árvores.
O programa nasceu em 2012 e
teve uma bela expansão no ano
passado, quando foram plantadas
1.308 novas mudas, beneficiando
não só quem trabalha na usina
como também os moradores do
entorno. Mas há um objetivo emi-
nentemente técnico no plantio, que
é o de reduzir a incidência de ven-
tos em áreas que abrigam pilhas de
materiais com potencial de geração
de particulados.
“Já estamos praticamente
fechando o pátio de matérias-pri-
mas”, diz Ramyro Batista, analis-
ta de meio ambiente da compa-
nhia. “Mas a nossa meta é aden-
sar a barreira o máximo possível,
fechando totalmente com o verde
algumas áreas.”
Segundo Batista, além de aju-
darem a reduzir a velocidade do
vento na área de produção e con-
Siderurgia
Alberto Mawakdiye
trolar o arrasto de particulados, o
programa visa ainda dotar o espaço
da usina com um elemento paisa-
gístico verde e agradável visual-
mente, fornecer conforto térmico
de forma indireta e ainda conter ao
máximo os ruídos.
As ações ambientais da usina de
Pecém não se limitam, entretanto,
à Barreira Verde. De dez anos para
cá, a empresa já recuperou, por
exemplo, 206 hectares da Estação
Ecológica do Pecém, 191 hectares
da área interna da empresa e mais
15 hectares da Lagoa do Bolso.
No total, esses esforços totali-
zaram 412 hectares reflorestados
com o plantio de 320 mil mudas
de várias espécies nativas, com a
área recuperada equivalendo a 412
campos de futebol.
Gonçalo-alves - Muitas das
árvores plantadas pertencem à
espécie gonçalo-alves (Astronium
fraxinifolium), espécie nati-
va declarada como ameaçada de
extinção no estado do Ceará. A
árvore, de porte médio, pode atin-
gir altura entre 8m e 12 m, e desta-
ca-se principalmente pela gracio-
sidade de sua copa, o que a torna
indicada para uso paisagístico e
arborização urbana. A madeira da
espécie também é própria para
construção civil e naval, marce-
naria, confecção de dormentes,
corrimãos, balaústres, mancais,
esteios, rodas hidráulicas e portas
de acabamento fino. Ainda por
cima, a planta tem uso medicinal.
“Na verdade, o gonçalo-alves é
um dos carros-chefes das ativida-
des ambientais da siderúrgica, que
tem forte ênfase na preservação de
espécies nativas”, observa o analis-
ta de meio ambiente.
Diga-se que a atenção sobre
essa árvore não vem se limitan-
do ao Ceará. A curiosidade sobre
a planta também fez a espécie
ser lembrada para fazer parte dos
experimentos científicos brasilei-
ros em ambiente de microgra-
vidade na Missão Centenário,
em março de 2006, na Estação
Espacial Internacional (ISS).
O gonçalo-alves já foi estudado
também pela Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) por duas caracterís-
ticas que chamaram a atenção de
biólogos e agrônomos: a longe-
vidade de sua semente e a rápida
germinação.
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 35
 Artigo jurídico

Impactos da LGPD
no setor de negócios
Criada para regulamentar o uso e tratamento de dados, a LGPD já é uma
realidade. Observar a lei e adotar políticas de boas práticas para o
tratamento de dados pessoais é fundamental para a manutenção dos
negócios. Muitas empresas já estão se adequando às regras da LGPD
- e o recomendado é que se faça isso o quanto antes
Luis Henrique Favret (*)

Embora muitos gestores de empresas cas e privadas coletam, armazenam, o objetivo da LGPD.

já tenham “ouvido falar” na Lei Geral
de Proteção de Dados - a LGPD, a
realidade é que muitas empresas, espe-
cialmente de pequeno e médio porte,
na crença de que a legislação só seria
aplicável para empresas multinacionais
de grande porte, até agora não se aten-
taram para a importância do tema.
O desinteresse na adequação dos
termos da LGPD pode custar caro e
ser fatal para a atividade empresarial.
A LGPD foi publicada em 2018 e,
a despeito do legislador ter previs-
to um longo período de adequação,
são poucas as empresas que efetiva-
mente se preocuparam com os ajustes
da rotina empresarial ao tratamento
de dados, ainda que as consequências
possam ser sensíveis: para além de
multas cujos valores podem chegar até
R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões
de Reais), é crucial para as empresas
seguir a LGPD para seguir no mercado
e garantir competitividade.
Há muito o mundo vem discutin-
do a questão da proteção de dados.
Seguindo a GDPR, lei europeia de
2016, cujo objetivo era garantir a segu-
rança na forma como empresas públi-
utilizam e compartilham dados pesso-
ais, a nossa Lei Geral de Proteção de
Dados (LGPD) foi aprovada em 2018
(Lei n. 13.709, de 14 de agosto de 2018)
e entraria em vigor a partir de 14 de
agosto de 2020. Houve pedido de adia-
mento da vigência da lei para maio de
2021, mas a proposta foi rejeitada pelo
Congresso, entrando a legislação em
vigor em 18 de setembro, representando
um marco histórico na regulamentação
sobre o tratamento de dados pessoais
no Brasil, tanto em meios físicos quan-
to em plataformas digitais.
Como se vê, trata-se de legislação
que regula situações cotidianas e pre-
sentes em todos os campos empresa-
riais. A internet e a globalização trans-
formaram o modo das pessoas lidarem
com relações empresariais e pessoais,
e seus dados particulares, de modo que
invariavelmente, as transações comer-
ciais dependem da internet e do fluxo de
dados que, ao longo das décadas, eram
divulgados sem grandes preocupações.
Mas, se antes existia um, digamos, des-
leixo quanto à proteção de dados, a fase
atual é retração ou, no mínimo, de mais
cuidado com esses dados pessoais. Daí
Como é evidente, dados internos de
uma empresa são itens muito valiosos,
porque contemplam, para além de dados
de clientes e fornecedores, os dados tam-
bém dos funcionários e colaboradores
da empresa. Por isso, é que esses dados
são valiosos: as informações de clientes,
fornecedores, produtos e demais dados
são de extrema importância, pois a partir
disso poderão ser tomadas decisões que
impactarão no negócio.
Para além disso, a LGPD tem impac-
to direto em áreas como Marketing,
Financeiro, Administrativo e até no
RH. Nesse último caso, os dados pesso-
ais estão presentes no dia a dia de todos
os departamentos do RH, por isso, a
área precisa estar de acordo com as
normas da nova lei e garantir que todos
esses dados sejam armazenados com
segurança e também que não aconteça
o vazamento dessas informações.
Além dessas garantias a empresa
precisa deixar claro o motivo do reque-
rimento de cada um desses dados e por
quanto tempo essa informação ficará
armazenada. Não é algo simples, mas é
de importância vital para a empresa que
quer se manter competitiva no merca-

36 • Metal-Mecânica - Abril - 2022

do, valendo sempre frisar que o des-
cumprimento da LGPD pode importar
em penalidadesque podem chegar até
2% do faturamento de uma empresa
(limitadas até R$ 50 milhões por infra-
ção) e até à suspensão das atividades
relacionadas ao tratamento de dados.
Não é distante que, também com o res-
paldo da nova lei, qualquer pessoa (ou
cliente, ou fornecedor) poderá consul-
tar de forma gratuita quais são os dados
pessoais que a empresa possui e, caso
queira, solicitar que sejam excluídos.   questões relativas aos direitos dos titu-
Nesse particular vale a cautela de
tempo: a Agência Nacional de Proteção
de Dados - ANPD, que é órgão regu-
lador das condutas acerca da proteção
dos dados, já está em pleno funciona-
mento. Aliás, desde dezembro/2021, a
ANPD disponibiliza e vem atualizando
em seu site as orientações sobre a peti-
ção de titular de dados contra contro-
lador de dados, já que a Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais (LGPD)
estabeleceu que o titular de dados (ou
seu representante legal), para exercer
os seus direitos, deve primeiramente
formalizar requerimento expresso dire-
tamente ao controlador, responsável
pelo tratamento dos dados pessoais.
Tais solicitações, segundo a ANPD,
devem ocorrer via “contato direto com
o controlador por meio dos canais
oficiais”, o que permite que “sejam
prontamente atendidas”. As orienta-
ções reforçam a importância de que
controladores de dados mantenham
canais oficiais para atendimento de
solicitações de titulares e, de acordo
com as orientações, o titular somente
deve encaminhar à ANPD solicitações
(ou denúncias de descumprimento)
apresentadas anteriormente ao contro-
lador de dados e que (i) não tenham
sido atendidas prontamente; ou (ii)
cuja resposta leve o titular a entender
que o tratamento não está de acordo
com a LGPD.O envio das petições
à ANPD é realizado por meio do
Peticionamento Eletrônico disponível
no site da ANPD, e pode provocar
diversas atividades, como (i) ações de
fiscalização; (ii) melhorias regulató-
rias; e (iii) ações de educação.
É claro que o assunto é ligeiramente
novo no ambiente de negócios, mas já
é uma realidade. Apesar do interesse
recorrente dos sites especializados em
demandas da LGPD e da orientação
jurídica que se encontra nos meios
forenses, a mesmo a despeito da publi-
cação de orientações, ainda restam
lares pendentes de regulamentação, o
que é esperado para o primeiro semes-
tre de 2022, conforme agenda regulató-
ria publicada pela ANPD, entre elas: (i)
A definição do prazo de atendimento
dos direitos dos titulares e início de
sua contagem. (II) A forma de com-
provação da representação legal do
titular. Com estas definições, as empre-
sas controladoras de dados pessoais
deverão estabelecer os seus canais ofi-
ciais para recebimento e atendimento
das solicitações dos titulares.  funcionários,também podem impactar
É importante ressaltar que a LGPD
considera todas as pessoas físicas ou
jurídicas que realizam a coleta e o tra-
tamento de dados no território nacional
com o objetivo de fornecer bens e
serviços. Independentemente do porte
da empresa, é necessário que haja
cuidados na coleta e tratamento de
dados pessoais dos clientes. Também
está claro que sanções só serão aplica-
das após procedimento administrativo,
com o efetivo contraditório.
Mas, há se de alertar que a aplicação
de sanção dependerá das peculiarida-
des do caso concreto e da constatação
se a empresa possui uma política de
boas práticas e de governança, em caso
de vazamento de dados, e se adotou
medidas corretivas prontamente, dentre
outros. Nada distante, além das penali-
dades previstas na lei, a Justiça também
tem atuado para garantir que a norma
seja aplicada. Por exemplo, em momen-
to bastante recente, uma cooperativa foi
condenada à implementar dispositivos
da LGPD, sob pena de multa diária,
conforme decisão proferida pela vara do
trabalho de Montenegro (1) (RS).
Portanto, é recomendável que as
empresas procurem se adequar o
quanto antes à LGPD. Para aqueles
que imaginam que a Proteção de
Dados é um assunto distante e ape-
nas aplicável para empresas maio-
res, vale o alerta de que a Lei Geral
de Proteção de Dados (LGPD) não
distingue quais empresas estão dis-
pensadas de se adequar, ela vale para
todas as organizações que de alguma
forma, efetuam o tratamento de dados
(e isso, é a realidade empresarial).
Vale anotar bem: o empreendedor
individual, micro, pequeno ou grande
empresário deve sim se preocupar em
entender a Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais. Os impactos dessa
legislação vão para além do dia-a-
dia dos negócios, na hora de tratar
dados de seus clientes, fornecedores e
nas estratégias empresariais e, trazer
novos problemas jurídicos, lembran-
do que quando se fala de Autoridade
Nacional de Proteção de Dados, a lei
se refere à fiscalização administrativa
e nada impede que titulares de dados
ingressem com ações judiciais, caso
entendam que a empresa não agiu em
conformidade com a LGPD e tiveram
os seus direitos violados.
(*) O autor é sócio da Oliveira-
Favret Sociedade de Advogados.
(1) Processo 0020043-
80.2021.5.04.0261 (ação civil cole-
tiva contra a Ecocitrus) e, processo
0020014-30.2021.5.04.0261 (ação civil
pública contra a JBS).
11- 2337 6043/ 11-2337 6044
oliveirafavret@oliveirafavret.com.br
Metal-Mecânica - Abril - 2022 • 37

Projeto visa extrair terras-raras a partir de rejeito
Um projeto sustentável de ter-
ras raras coloca a Bahia como
destaque no cenário da economia
global. Esses metais formam um
grupo de 17 elementos quími-
cos encontrados em determinados
minérios. A partir do desenvolvi-
mento de uma tecnologia inédita,
a empreitada pretende explorar
minerais que antes eram inviáveis.
A Mineradora Tabuleiro, em par-
ceria com o Senai Cimatec, visa a
redução de rejeitos e a exploração
de diferentes teores de terras raras
leves, como o neodímio, praseodí-
mio, lantânio e cério.
“O desenvolvimento do projeto
de separação de terras raras feito
pela Tabuleiro contribui com a sus-
tentabilidade ambiental, a partir de
Senai executará projeto de reciclagem de baterias
Para desenvolver um processo
mais sustentável e que garanta a
recuperação de compostos quími-
cos das baterias em fim de vida de
veículos elétricos, a Tupy, o BMW
Group Brasil e o Senai Paraná fir-
maram parceria inédita.
Cada parte trará conhecimentos
específicos para os estudos dentro
de sua área de atuação. A Tupy,
dentro da frente da Tupy Tech,
tem dedicado seu conhecimen-
to em materiais e metalurgia ao
desenvolvimento de tecnologias
que contribuam com a jornada de
descarbonização dos clientes.
Neste projeto, o objetivo é
desenvolver a reciclagem de bate-
rias por hidrometalurgia, processo
mais sustentável que a tradicio-
38 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
Registro
um material considerado comu-
mente como rejeito em garimpos
pela Bahia”, afirma Sandro Santos,
diretor da Mineradora Tabuleiro.
A inauguração da Planta-Piloto
de Terras Raras, com estrutura pio-
neira e 100% baiana, desenvolvida
pela Mineradora Tabuleiro e o Senai
Cimatec, com minério extraído na
Bahia, ocorreu em março, no Senai
Cimatec Park, em Camaçari. O pro-
jeto conta com apoio da Empresa
Brasileira de Pesquisa e Inovação
Industrial (Embrapii). “Os olhos
do Brasil, e quem sabe do mundo,
estão voltados para a Bahia, e essa
parceria já tem trazido bons frutos
para a Mineradora Tabuleiro e o
Senai Cimatec”, destaca Camile
de Almeida da Silva, gerente de
nal pirometalurgia, mais utilizada
atualmente. A tecnologia envolve
menos emissões de gases de efeito
estufa e menor necessidade extra-
ção de minerais pelos meios tradi-
cionais de mineração.
O Senai Paraná será o executor
do projeto e responsável pelas ati-
vidades e respectivas entregas dos
resultados da pesquisa, que será
realizada no Instituto Senai de
Inovação em Eletroquímica (ISI-
EQ), em Curitiba (PR).
Já o BMW Group Brasil, pionei-
ro na eletromobilidade mundial,
fornecerá seu conhecimento técni-
co e as baterias do veículo elétrico
BMW i3 para o desenvolvimento
do processo de reciclagem por
hidrometalurgia. Alinhada com
Projetos do Senai Cimatec.
A mineradora e o Senai Cimatec
preveem para o estado uma pers-
pectiva de grande produção desse
minério, que representará uma
mudança no cenário econômico da
Bahia. “Esse projeto vai se tornar a
primeira planta industrial do Brasil
e uma das primeiras da América
Latina, em uma parceria muito
importante com a Tabuleiro”, refor-
ça Antônio Rimaci, líder técnico do
projeto e do Senai Cimatec.
Segundo dados de 2015 da
USGS (agência científica do
governo dos Estados Unidos), as
reservas brasileiras de terras-raras
podem chegar a 3,5 bilhões de
toneladas, o que leva o país ao 2º
lugar no ranking mundial.
sua estratégia mundial de susten-
tabilidade e economia circular, a
ressíntese dos materiais reciclados,
para produção de novas células de
baterias a partir do material reci-
clado, também é uma das entregas
mapeadas junto ao ISI-EQ.
Com investimento de R$ 3,4
milhões, o projeto abre uma nova
rota para uso de minerais reci-
clados na fabricação de baterias
novas, o que diminuirá sensivel-
mente a dependência da maté-
ria-prima mineral primária. Com
duração de 24 meses, a intenção é
que os primeiros resultados sejam
avaliados ainda neste ano. O obje-
tivo é a ressíntese do material
ativo do cátodo de uma bateria,
com material 100% reciclado.
 MEC Show será realizada em agosto
Depois de dois anos, a MEC
Show voltará a ser um evento pre-
sencial. A edição comemorativa de
15 anos acontecerá de 2 a 4 de
agosto de 2022, no Pavilhão de
Carapina, em Serra (ES).
Maior e mais completa feira do
setor metalmecânico do Espírito
Santo, para essa edição, a planta
comercial precisou ser ampliada
em 20% após 95% dos estandes
terem sido ocupados ainda em
janeiro por mais de 200 marcas, de
acordo com a realizadora do evento
da Milanez & Milaneze.
A MEC Show traz para a indústria
capixaba inovação, inteligência de
mercado e networking, elementos
que buscam gerar oportunidades de
negócios para os setores de siderur-
gia, mineração, petróleo e gás, celu-
lose, naval e de energia, que movem
a economia do Espírito Santo.
“Este ano, a procura por empre-
sas expositoras interessadas em
apresentar suas marcas junto aos
gestores de compras das grandes
plantas industriais do estado supe-
rou as expectativas.
Essa forte adesão já resultou
na ampliação do salão de negó-
cios e estamos preparando uma
temática de conteúdo especial com
foco em novas tecnologias e inova-
Projeto Araguaia produzirá ferroníquel no Brasil
A Araguaia Níquel Metais Ltda.,
subsidiária da Horizonte Minerals
Plc, contratou a Pöyry, empresa
de engenharia, projetos e consul-
toria, para atuar na modalidade
EPCM (Engineering, Procurement,
Construction Management) no
desenvolvimento do Projeto
Araguaia, de produção de ferroní-
quel no Brasil.
40 • Metal-Mecânica - Abril - 2022
ções. O nosso objetivo é propiciar
aos participantes mais oportuni-
dades de negócios, conhecimen-
tos e networking”, afirma Marcos
Milanez, diretor da MEC Show.
Para o presidente do Sindicato das
Indústrias Metalúrgicas e de Material
Elétrico do Estado(Sindifer), Luis
Cordeiro Soares, em 15 anos, a
MEC Show se tornou uma vitrine
no Espírito Santo para empresas do
Brasil inteiro e do exterior. “Depois
de dois anos nas edições virtuais, o
Sindifer espera poder, junto com a
Milanez e Milaneze, ofertar ao públi-
co de interesse um grande evento com
muitas atrações de produtos, serviços
e tecnologias aplicáveis ao segmento
metalmecânico, óleo e gás. Pode-se
esperar muitas novidades em produ-
tos, serviços e tecnologias pelos expo-
sitores, além de palestras, minicursos
e rodadas de negócios”, diz.
Já o presidente do Centro Capixaba
de Desenvolvimento Metalmecânico
(CDMEC), Leandro Barcellos de
Passos destacou a importância da
MEC Show para o Espírito Santo.
“Hoje a feira é uma das mais impor-
tantes do setor metalmecânico no
país e vem se consolidando a cada
ano com maior número de empresas.
O evento apresenta informações de
suma importância para o mercado,
O níquel é um material funda-
mental na vida cotidiana. Como
um componente crítico utilizado
tanto na fabricação do aço inoxi-
dável quanto na nova tecnologia de
bateria, é um facilitador essencial
da transição para a energia limpa.
A mina de ferroníquel de Araguaia
usará um método de mineração a
céu aberto, transportando o minério
e é uma oportunidade para os for-
necedores locais interagirem com as
principais empresas do segmento”,
frisa. Passos destaca que nos últimos
anos a MEC Show tem ganhado
destaque também quando o assunto
é inovação. “Nos últimos anos uma
área que ganhou bastante destaque
foi a de inovação tecnológica, muito
presente no Espírito Santo. Temos
empresas capixabas com alta capaci-
dade inovativa”, afirma.
Desde a primeira edição, em 2008,
a feira traz para o estado importan-
tes contribuições para a indústria.
Segundo o presidente do Sindifer,
em 2022 o evento será ainda maior.
“A expectativa é imensa de poder
reencontrar pessoas e retomar a nor-
malidade da vida em atividade tão
importante para a integração do
setor. Estamos ansiosos para fazer a
maior MEC Show de todos os tem-
pos”, encerra Soares.
SERVIÇO:
MEC Show - Feira da
Metalmecânica e Inovação
Industrial
Data: 2 a 4 de agosto de 2022
Local: Pavilhão de Carapina, Serra
(ES)
Mais informações: https://www.
mecshow.com.br/
para uma planta de processamento
central. O projeto produzirá, inicial-
mente, 14,5 mil toneladas anuais de
níquel, aumentando posteriormente
para 29 mil toneladas anuais, e com
um potencial para se desenvolver
um projeto futuro de uma segunda
linha. Trata-se de um ferroníquel
de alta qualidade para abastecer o
mercado de aço inoxidável.
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de conexão das
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42 • Metal-Mecânica - Abril - 2022

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