Você está na página 1de 11

Anotações - Muito barulho por nada

 Obra
o Muito barulho por nada, peça de William Shakespeare, teve sua primeira
apresentação entre 1598/ 1599, foi publicada em 1623 e tem como temas
principais os mal-entendidos, o amor e a decepção.
 William Shakespeare
o "O simples fato de tentar entender a obra de Shakespeare a partir de um
ponto de vista de muita erudição e pompa, de enquadrá-lo nesta ou naquela
categoria, de aprisioná-lo no rol de homenageados e ilustres impede o
reconhecimento de um aspecto importantíssimo: William Shakespeare foi
essencialmente um autor popular." Bárbara Heliodoro em Shakespeare: o que
as peças contam.
o Biografia
 Nasceu em 23 de abril de 1564, terceiro filho de John e Mary
Shakespeare e o primeiro filho homem e o primeiro a chegar à idade
adulta. (mesmo dia do nascimento de Cervantes - Dia Mundial do
Livro)
 Aos 18 anos casou-se com Anne Hathaway, que tinha 26 anos. A
primeira filha do casal Susana nasceu seis meses após o casamento.
 Dois anos após o nascimento de Susana, nasceram os gêmeos Judith e
Hamnet (que morre aos 11 anos)
 Morreu em 23 de abril de 1616, aos 52 anos, sem explicações sobre a
causa.
 Tendo perdido seu único filho homem, Shakespeare tratou sua filha
mais velha, no testamento, como eram tratados na Inglaterra os filhos
mais velhos: ela foi sua herdeira universal, com a exceção de doações
específicas para sua irmã e alguns amigos do teatro..."
o A "questão homérica" de Shakespeare
 Assim como grego Homero, existem muitas lacunas sobre a vida de
Shakespeare que levam alguns a duvidar que ele tenha escrito suas
obras, grande parte feitas pela autora americana Delia Bacon (1811–
1859) que dedicou boa parte de sua obra a artigos e livros que
apontavam Francis Bacon como autor das obras de Shakespeare,
sempre o chamando de “o ladrão de Stratford”... Segundo a autora,
ele era tido como "um homem vulgar e analfabeto"
 Contexto histórico
o Ao subir ao trono em 1558, Elizabeth I encontrou uma Inglaterra falida devido
ao seu esbanjador pai, Henrique VIII. Com a vitória sobre a (nem tão)
invencível armada espanhola, em 1588, consegue algum respiro financeiro-
administrativo. É neste período que começa o hoje chamado teatro
elisabetano.
o Teatro - Gênero
 Origem
 Afirma-se que composições em diálogos tenham tido origem
nas cerimônias religiosas.
 Na Grécia, segundo Aristóteles em Poética
 Nas Dionisíacas, cerimônias em honra a Dionisio, com
improvisações feitas pelos chefes dos ditirambos
(hinos)
 Teatro Antigo versus Teatro Moderno
 Uma das diferenças mais relevantes entre o teatro da
antiguidade clássica e o feito no Renascimento é o
tempo da ação dramática: no primeiro, essa deveria
passar-se em um dia; no segundo uma maior
passagem de tempo era possível, graças as tecnologias
cênicas.
 No teatro moderno surgem os patrocinadores (Lordes
e Condes), legalizados na Inglaterra a partir de 1572.
 Teatro na Idade Média
 A própria igreja orientava o teatro, usando-o para fins
didáticos e comemorativos, com atores amadores.
 Afora os espetáculos religiosos, o que havia eram
malabaristas, mímicos, treinadores de animais e
apenas a partir do século XIV começam lentamente a
surgirem os teatros itinerantes e posteriormente a
companhias de teatro.
 Em Portugal, Gil Vicente é considerado o fundador do teatro
português.
 No Brasil
 As primeiras encenações datam o século XVI,
pregando a fé religiosa por jesuítas. Só com a
transferência da corte em 1822 que o teatro
consolidou-se em terras brasileiras.
 Em 1833 o ator João Caetano funda uma companhia
brasileira.
 Primeira tragédia escrita por um brasileiro foi O Poeta
e a Inquisição, de Gonçalves de Magalhães, mas a
tradição vem mesmo com Martins Pena, em 1838 com
O Juiz de paz na roça.
 Texto Teatral (ou dramático)
 O texto teatral é composto pelas falas dos personagens, onde
é indicada a personagem e aquilo que essa irá dizer, além das
rubricas, marcações como lugar, tempo, estado de espírito...
 Teatro elisabetano
 Forma do palco e dramaturgia (diálogos) - lugar e falas como
responsáveis por "imaginativamente atingir" o olhar do espectador.
 Os mambembes e o abandono dos ciclos religiosos (puritanismo) -
aparecimento de novos autores.
 Hospedarias (quadriláteros com um único portão de entrada
para o pátio interno) como lugares oportunos para as
apresentações itinerantes.
 "Na verdade, o teatro vivia um momento privilegiado: não havia
museus, não havia concertos, não havia jornais ou revistas, e o teatro
era a caixa mágica onde se podia ouvir histórias sobre aventuras,
descobertas, lugares remotos, que atendiam a uma sede imensa de
informações de toda natureza. Com cerca de cinquenta por cento da
população de Londres ainda analfabeta e os livros ainda muito caros,
isso era mais um motivo para que o teatro atraísse o público."
(HELIODORA, B. O teatro nos tempos de Shakespeare in Shakespeare,
sua época e sua obra)
 "Diferentemente de outros lugares, que reservavam seus teatros à
elite, na Inglaterra desse período, os espaços eram abertos para o
público em geral. A realeza, nobreza e a classe operária dividiam o
mesmo espaço, porém em lugares diferentes da plateia.
O palco elisabetano é aquele que tem o proscênio prolongado, com
um segundo plano onde existem algumas aberturas, tais como janelas.

Sua estrutura em geral é circular e caracteriza-se por um edifício em


um grande pátio, com o palco localizado ao fundo."
Fonte: https://www.spescoladeteatro.org.br/noticia/o-que-e-teatro-elisabetano
 

 "Enquanto os teatros se multiplicavam em Londres, o único edifício teatral construído


no continente durante a vida de Shakespeare foi o Teatro Olímpico de Vicenza, na
Itália."
 Iluminação e teatros:
 Diferença com o teatro neoclássico italiano, realizado no interior dos castelos,
às escuras, com cenários pintados em perspectiva e repleto de detalhes - o
teatro elisabetano era reduzido, com cenários cuidadosamente escolhidos
apenas para cumprir a mínima exigência de uma ação dramática.
 "Um dos principais aspectos do teatro elisabetano era o ser ele a céu aberto.
Assim como anteriormente acontecia com as peças religiosas, também nas
atividades profissionais os espetáculos eram apresentados à luz do dia."
 "O teatro de então era totalmente antirrealista e dependia de uma série de
convenções, todas elas oriundas dos séculos de teatro religioso: se era à noite
que se passava uma cena, o fato era incluído no diálogo, e se necessário
alguém carregava uma tocha. A vantagem do espetáculo a céu aberto era o de
toda a plateia poder ver todos os espaços cênicos com facilidade, enquanto a
ausência de cenografia deixava para o texto a localização da ação."
 Racine X Shakespeare:
 "Em Shakespeare, o menor número de personagens é 14 e o máximo 38, sem
contar a figuração. Isso resulta em caminhos diversos, com os elisabetanos
apresentando uma amostragem muito mais ampla do espectro social."
 Frequentadores:
 O pit (área em torno do palco) ficava repleto de rapazes e homens, era o mais
barato e custava um penny.
 Frequentado também por mulheres, mas "de vida duvidosa".

# OBRA
 
 Sobre o nome da obra "Much ado about nothing"
 A palavra 'nothing' nos tempos de Shakespeare era pronunciada 'noting'. O
título é um trocadilho.
 Nothing - Nada
 Noting - notar, observar
 Nothing também era um eufemismo para a genitália feminina.
 
 Estrutura em cinco atos
 Estrutura em três atos de Aristóteles (Poética)
 Ato I - Começo
 Ato II - Meio
 Ato II - Fim
 

 
 Estrutura em cinco atos
 Ato I - Introdução
 Ato II - Ação em ascensão
 Ato III - Clímax
 Ato IV - Ação em queda
 Ato V - Desfecho
 
 
 Sinopse/Resumo
o ATO I - Benedito, Cláudio e Dom Pedro chegam a casa de Leonato em Messina.
Beatriz e Benedito se provocam mutuamente e Cláudio apaixona-se pela filha
de Leonato, Hero.
ATO II - Dom João, que é o meio-irmão de Dom Pedro e vilão da história,
arquiteta um plano para enganar Cláudio, fazendo-o acreditar que Hero é
infiel. Enquanto isso, motivados por Dom Pedro, as outras personagens
começam um plano para unir Beatriz e Benedito.
ATO III - No casamento, Hero é acusada de infidelidade e é dada como morta.
Beatriz e Benedito entendem-se.
ATO IV - A inocência de Hero é provada e Cláudio se arrepende.
ATO V- Ele aceita casar-se com a prima de Hero, filha de Antônio, que descobre ser
Hero. O plano de unir Beatriz e Benedito dá certo e a peça termina com a proposta
de casamento.
 
# ADAPTAÇÃO
 
 Do teatro para o cinema
o "(...) quanto melhor for a qualidade de uma obra dramática, mais difícil será a
dissociação do dramático e do teatral, cuja a síntese o texto realiza. É
significativo que assistamos tentativas de adaptações de romances para os
palco, mas praticamente nunca à operação inversa. Como se o teatro se
situasse ao cabo de um processo irreversível de purificação estética."
o "(...) o êxito do teatro filmado supõe um progresso dialético da forma
cinematográfica, ele implica recíproca e forçosamente uma revalorização do
fato teatral. A ideia explorada por Marcel Pagnol, segundo a qual o cinema
viria substituir o teatro pondo-o em conserva, é completamente errada. A tela
não pode suplantar o palco como o piano eliminou o cravo."
 Muito Barulho por Nada (1993 ‧ Romance/Comédia ‧ 1h 51m) de Kenneth Branagh
(direção e roteiro)
o Segunda adaptação de teatro realizada por Kenneth Branagh (ele fez Henrique
V em 1989). Mais tarde ele atuou também em Hamlet e Othelo.
o Locação do filme: Villa Vignamaggio - Toscana (Film 93 Location Report - Much
Ado About Nothing).
o Uso das falas originais da peça, inclusive preservando a complexidade
gramatical que correspondia a época - esforço extra para prestar atenção ao
que acontece?
o Denzel Washington - "mesmo quem nunca leu Shakespeare é obrigado a ler,
porque enquanto você está assistindo a (esse) filme, você está ouvindo o que
foi escrito" (Denzel Washington on Much Ado About Nothing and Kenneth
Branagh, 1992 -- Film 90014)
o Tom Hiddleston diz que antes de assistir o filme ele achava Shakespeare mais
"chato" (boring) e inacessível e que a grande contribuição do filme é deixá-lo
mais leve e convidativo à obra (Why Watch 'Much Ado About Nothing': Tom
Hiddleston)
 Muito Barulho por Nada (2013 ‧ Romance/Comédia ‧ 1h 49m) de Joss Whedon
(direção)
 Much ado about nothing (2011 ‧ Romance/Comédia ‧ 2h 41m) de Robert Delamere
(direção)
o Problemática do "teatro filmado"
 Brasil (TV)
 Sai de Baixo
 Vai que cola
o Planos
 Plano geral
 Plano e Contra Plano - Diálogos

 Obra
o Muito barulho por nada, peça de William Shakespeare, teve sua primeira
apresentação entre 1598/ 1599, foi publicada em 1623 e tem como temas
principais os mal-entendidos, o amor e a decepção.
 William Shakespeare
o "O simples fato de tentar entender a obra de Shakespeare a partir de um
ponto de vista de muita erudição e pompa, de enquadrá-lo nesta ou naquela
categoria, de aprisioná-lo no rol de homenageados e ilustres impede o
reconhecimento de um aspecto importantíssimo: William Shakespeare foi
essencialmente um autor popular." Bárbara Heliodoro em Shakespeare: o que
as peças contam.
o Biografia
 Nasceu em 23 de abril de 1564, terceiro filho de John e Mary
Shakespeare e o primeiro filho homem e o primeiro a chegar à idade
adulta. (mesmo dia do nascimento de Cervantes - Dia Mundial do
Livro)
 Aos 18 anos casou-se com Anne Hathaway, que tinha 26 anos. A
primeira filha do casal Susana nasceu seis meses após o casamento.
 Dois anos após o nascimento de Susana, nasceram os gêmeos Judith e
Hamnet (que morre aos 11 anos)
 Morreu em 23 de abril de 1616, aos 52 anos, sem explicações sobre a
causa.
 Tendo perdido seu único filho homem, Shakespeare tratou sua filha
mais velha, no testamento, como eram tratados na Inglaterra os filhos
mais velhos: ela foi sua herdeira universal, com a exceção de doações
específicas para sua irmã e alguns amigos do teatro..."
o A "questão homérica" de Shakespeare
 Assim como grego Homero, existem muitas lacunas sobre a vida de
Shakespeare que levam alguns a duvidar que ele tenha escrito suas
obras, grande parte feitas pela autora americana Delia Bacon (1811–
1859) que dedicou boa parte de sua obra a artigos e livros que
apontavam Francis Bacon como autor das obras de Shakespeare,
sempre o chamando de “o ladrão de Stratford”... Segundo a autora,
ele era tido como "um homem vulgar e analfabeto"
 Contexto histórico
o Ao subir ao trono em 1558, Elizabeth I encontrou uma Inglaterra falida devido
ao seu esbanjador pai, Henrique VIII. Com a vitória sobre a (nem tão)
invencível armada espanhola, em 1588, consegue algum respiro financeiro-
administrativo. É neste período que começa o hoje chamado teatro
elisabetano.
o Teatro - Gênero
 Origem
 Afirma-se que composições em diálogos tenham tido origem
nas cerimônias religiosas.
 Na Grécia, segundo Aristóteles em Poética
 Nas Dionisíacas, cerimônias em honra a Dionisio, com
improvisações feitas pelos chefes dos ditirambos
(hinos)
 Teatro Antigo versus Teatro Moderno
 Uma das diferenças mais relevantes entre o teatro da
antiguidade clássica e o feito no Renascimento é o
tempo da ação dramática: no primeiro, essa deveria
passar-se em um dia; no segundo uma maior
passagem de tempo era possível, graças as tecnologias
cênicas.
 No teatro moderno surgem os patrocinadores (Lordes
e Condes), legalizados na Inglaterra a partir de 1572.
 Teatro na Idade Média
 A própria igreja orientava o teatro, usando-o para fins
didáticos e comemorativos, com atores amadores.
 Afora os espetáculos religiosos, o que havia eram
malabaristas, mímicos, treinadores de animais e
apenas a partir do século XIV começam lentamente a
surgirem os teatros itinerantes e posteriormente a
companhias de teatro.
 Em Portugal, Gil Vicente é considerado o fundador do teatro
português.
 No Brasil
 As primeiras encenações datam o século XVI,
pregando a fé religiosa por jesuítas. Só com a
transferência da corte em 1822 que o teatro
consolidou-se em terras brasileiras.
 Em 1833 o ator João Caetano funda uma companhia
brasileira.
 Primeira tragédia escrita por um brasileiro foi O Poeta
e a Inquisição, de Gonçalves de Magalhães, mas a
tradição vem mesmo com Martins Pena, em 1838 com
O Juiz de paz na roça.
 Texto Teatral (ou dramático)
 O texto teatral é composto pelas falas dos personagens, onde
é indicada a personagem e aquilo que essa irá dizer, além das
rubricas, marcações como lugar, tempo, estado de espírito...
 Teatro elisabetano
 Forma do palco e dramaturgia (diálogos) - lugar e falas como
responsáveis por "imaginativamente atingir" o olhar do espectador.
 Os mambembes e o abandono dos ciclos religiosos (puritanismo) -
aparecimento de novos autores.
 Hospedarias (quadriláteros com um único portão de entrada
para o pátio interno) como lugares oportunos para as
apresentações itinerantes.
 "Na verdade, o teatro vivia um momento privilegiado: não havia
museus, não havia concertos, não havia jornais ou revistas, e o teatro
era a caixa mágica onde se podia ouvir histórias sobre aventuras,
descobertas, lugares remotos, que atendiam a uma sede imensa de
informações de toda natureza. Com cerca de cinquenta por cento da
população de Londres ainda analfabeta e os livros ainda muito caros,
isso era mais um motivo para que o teatro atraísse o público."
(HELIODORA, B. O teatro nos tempos de Shakespeare in Shakespeare,
sua época e sua obra)
 "Diferentemente de outros lugares, que reservavam seus teatros à
elite, na Inglaterra desse período, os espaços eram abertos para o
público em geral. A realeza, nobreza e a classe operária dividiam o
mesmo espaço, porém em lugares diferentes da plateia.
O palco elisabetano é aquele que tem o proscênio prolongado, com
um segundo plano onde existem algumas aberturas, tais como janelas.

Sua estrutura em geral é circular e caracteriza-se por um edifício em


um grande pátio, com o palco localizado ao fundo."
Fonte: https://www.spescoladeteatro.org.br/noticia/o-que-e-teatro-elisabetano
 
 "Enquanto os teatros se multiplicavam em Londres, o único edifício teatral construído
no continente durante a vida de Shakespeare foi o Teatro Olímpico de Vicenza, na
Itália."
 Iluminação e teatros:
 Diferença com o teatro neoclássico italiano, realizado no interior dos castelos,
às escuras, com cenários pintados em perspectiva e repleto de detalhes - o
teatro elisabetano era reduzido, com cenários cuidadosamente escolhidos
apenas para cumprir a mínima exigência de uma ação dramática.
 "Um dos principais aspectos do teatro elisabetano era o ser ele a céu aberto.
Assim como anteriormente acontecia com as peças religiosas, também nas
atividades profissionais os espetáculos eram apresentados à luz do dia."
 "O teatro de então era totalmente antirrealista e dependia de uma série de
convenções, todas elas oriundas dos séculos de teatro religioso: se era à noite
que se passava uma cena, o fato era incluído no diálogo, e se necessário
alguém carregava uma tocha. A vantagem do espetáculo a céu aberto era o de
toda a plateia poder ver todos os espaços cênicos com facilidade, enquanto a
ausência de cenografia deixava para o texto a localização da ação."
 Racine X Shakespeare:
 "Em Shakespeare, o menor número de personagens é 14 e o máximo 38, sem
contar a figuração. Isso resulta em caminhos diversos, com os elisabetanos
apresentando uma amostragem muito mais ampla do espectro social."
 Frequentadores:
 O pit (área em torno do palco) ficava repleto de rapazes e homens, era o mais
barato e custava um penny.
 Frequentado também por mulheres, mas "de vida duvidosa".

# OBRA
 
 Sobre o nome da obra "Much ado about nothing"
 A palavra 'nothing' nos tempos de Shakespeare era pronunciada 'noting'. O
título é um trocadilho.
 Nothing - Nada
 Noting - notar, observar
 Nothing também era um eufemismo para a genitália feminina.
 
 Estrutura em cinco atos
 Estrutura em três atos de Aristóteles (Poética)
 Ato I - Começo
 Ato II - Meio
 Ato II - Fim
 
 
 Estrutura em cinco atos
 Ato I - Introdução
 Ato II - Ação em ascensão
 Ato III - Clímax
 Ato IV - Ação em queda
 Ato V - Desfecho
 

 
 Sinopse/Resumo
o ATO I - Benedito, Cláudio e Dom Pedro chegam a casa de Leonato em Messina.
Beatriz e Benedito se provocam mutuamente e Cláudio apaixona-se pela filha
de Leonato, Hero.
ATO II - Dom João, que é o meio-irmão de Dom Pedro e vilão da história,
arquiteta um plano para enganar Cláudio, fazendo-o acreditar que Hero é
infiel. Enquanto isso, motivados por Dom Pedro, as outras personagens
começam um plano para unir Beatriz e Benedito.
ATO III - No casamento, Hero é acusada de infidelidade e é dada como morta.
Beatriz e Benedito entendem-se.
ATO IV - A inocência de Hero é provada e Cláudio se arrepende.
ATO V- Ele aceita casar-se com a prima de Hero, filha de Antônio, que descobre ser
Hero. O plano de unir Beatriz e Benedito dá certo e a peça termina com a proposta
de casamento.
 
# ADAPTAÇÃO
 
 Do teatro para o cinema
o "(...) quanto melhor for a qualidade de uma obra dramática, mais difícil será a
dissociação do dramático e do teatral, cuja a síntese o texto realiza. É
significativo que assistamos tentativas de adaptações de romances para os
palco, mas praticamente nunca à operação inversa. Como se o teatro se
situasse ao cabo de um processo irreversível de purificação estética."
o "(...) o êxito do teatro filmado supõe um progresso dialético da forma
cinematográfica, ele implica recíproca e forçosamente uma revalorização do
fato teatral. A ideia explorada por Marcel Pagnol, segundo a qual o cinema
viria substituir o teatro pondo-o em conserva, é completamente errada. A tela
não pode suplantar o palco como o piano eliminou o cravo."
 Muito Barulho por Nada (1993 ‧ Romance/Comédia ‧ 1h 51m) de Kenneth Branagh
(direção e roteiro)
o Segunda adaptação de teatro realizada por Kenneth Branagh (ele fez Henrique
V em 1989). Mais tarde ele atuou também em Hamlet e Othelo.
o Locação do filme: Villa Vignamaggio - Toscana (Film 93 Location Report - Much
Ado About Nothing).
o Uso das falas originais da peça, inclusive preservando a complexidade
gramatical que correspondia a época - esforço extra para prestar atenção ao
que acontece?
o Denzel Washington - "mesmo quem nunca leu Shakespeare é obrigado a ler,
porque enquanto você está assistindo a (esse) filme, você está ouvindo o que
foi escrito" (Denzel Washington on Much Ado About Nothing and Kenneth
Branagh, 1992 -- Film 90014)
o Tom Hiddleston diz que antes de assistir o filme ele achava Shakespeare mais
"chato" (boring) e inacessível e que a grande contribuição do filme é deixá-lo
mais leve e convidativo à obra (Why Watch 'Much Ado About Nothing': Tom
Hiddleston)
 Muito Barulho por Nada (2013 ‧ Romance/Comédia ‧ 1h 49m) de Joss Whedon
(direção)
 Much ado about nothing (2011 ‧ Romance/Comédia ‧ 2h 41m) de Robert Delamere
(direção)
o Problemática do "teatro filmado"
 Brasil (TV)
 Sai de Baixo
 Vai que cola
o Planos
 Plano geral
 Plano e Contra Plano - Diálogos

Você também pode gostar