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RESUMO

O estudo apresentado demonstra como a Administração sofreu com


evoluções ao longo da história com ênfase no último século, tornando-a o que era
um pratica social em um estudo como ciência. Ela passou a ganhar teorias e
métodos, que direcionava os como seria o trabalho na empresa, com meios para
melhorar resultados, evitar o desperdício como exemplo.

Tudo começou antes do início do século XX, iniciado com o declínio das
bases do sistema feudal, seguindo do desenvolvimento tecnológico em todo o
mundo causando o surgimento de indústrias e concretizando o processo capitalista.

A revolução Industrial foi importante, para o nascimento do estudo da ciência


da administração. Pois desencadeou a necessidade de elaborar uma pratica em
buscar da eficiência e eficácia, através de uma gerência dos processos dentro das
indústrias, tornando-se um diferencial competitivo.

Neste ensaio, a construção do conceito administração como ciência é


analisando através da apresentação de três matrizes de conhecimento, cada uma
com a sua finalidade: a) Estudos Ortodoxos da Administração; b) Estudos
Organizacionais; e c) Estudos Críticos em Administração. Elas possuem linguagens
especificas, mas não se encerram em si, precisando uma da outra para encontrar
uma solução para que se aplique na administração, através de diálogos da teoria
social.

Na primeira matriz, são apresentados os estudos ortodoxos, onde podemos


definir como saber prático. Também é mencionado que existe três fatos históricos
que determinam o pensamento ortodoxo. Estes são: o surgimento do sistema
capitalista da produção, a revolução industrial e o aparecimento do movimento
doutrinário management.

 Surgimento do sistema capitalista: O capital inicial se funde ao capital


financeiro, criando, um novo olhar sobre na produção capitalista dentro
das empresas. A partir deste momento, a ciência da administração dá
seus primeiros passos em busca de um objeto de investigação
científica.
 Revolução Industrial: o segundo fato histórico, ilustra a origem do
pensamento ortodoxo da administração, uma vez que desenvolvei um
ambiente propício ao surgimento de novos negócios e novas
organizações, a exemplo da fábrica.
 Movimento doutrinário Managemenet: emerge na virada do século
dezenove ao vinte nos Estados Unidos, dentro das associações de
profissionais, especificamente, nas associações de engenheiros
ligadas aos setores industriais em expansão. Com o propósito de
desenvolver métodos de racionalização do trabalho e da produção.

Nos Estudos Organizacionais (EO), os conhecimentos produzidos tem como


objetivo a interpretação, descrição e explicação do comportamento nas
organizações e as suas características. E como elas tem efeito sobre as pessoas
e/ou grupos que as compõem ou interagem. Tal estudo é multidisciplinar e requer
vários conhecimentos procedentes de outras produções oriundas da filosofia,
psicologia, ciência política, economia, entre outras.

E a terceira matriz, apresenta o estudo crítico da administração que tem como


definição a capacidade de refletir criticamente, de avaliar, de definir e de renovar
processos e estruturas organizacionais. Os ECA têm origem no pensamento anglo-
saxão, na década de 1990, com a criação e o desenvolvimento do movimento
denominado Critical Management Studies (CMS). Podemos estabelecer três
paramentos para identificar um estudo sendo de natureza critica. Eles são: a
promulgação de uma Visão desnaturalizada da administração, Intenções
desvinculadas da performance e um Ideal de emancipação.

 Visão desnaturalizada da administração: Consiste reconhecer que os


fenômenos sociais podem e devem ser compreendidos de formas
diferentes. Entendo a organização como uma construção sócio-
histórica, compreendo como elas são formadas, estabilizadas e
transformadas, por dentro e por fora,
 Intenções desvinculadas da performance: O ECA não visa o
desempenho econômico das organizações. O seu foco de pesquisa na
abordagem crítica está na tentativa de emancipar as pessoas dos
mecanismos de opressão, tendo, de fato, o humano como ponto
fundamental.
 Intenção emancipatória: Essa abordagem tem como metodologia a
emancipação das pessoas, para que possam a partir de situações,
consigam intervir nas instituições através de uma consciência
autônoma e democrática.

Logo em seguida, foi feita uma análise sobre a epistemologia da


administração .com o objeto de estudo a gestão. Definimos a epistemologia como
um campo da filosofia que tem como finalidade o estudo da história da ciência, os
seus métodos e princípios. No ensaio apresentado, foi delimitado o campo de
atuação da administração, tendo como objeto cientifico a gestão. Ao longo do tempo
foi percebido a influência das principais correntes da filosofia da ciência na formação
do conhecimento administrativo.

A administração para adequar-se ao conceito de ciência concebido na


modernidade, para ser aceita como tal, condicionou-se a construir uma ciência
descontextualizada, fragmentada e prescritiva. Com isso, pode compreender os
pressupostos sobre a análise do objeto estudado como também prever suas
implicações como estudo.

Neste sentido, a epistemologia pode favorecer a aproximação entre teoria e


prática, numa ciência social tendo como objeto de estudo da administração, a
gestão, indo nas estruturas de poder, de ideologia e de comando da sociedade.

Enfim, a despeito que o conceito de administração, como ciência, possa ser


visto como um produto do século XX, a sua história dada de povos antigos. Mesmo
depois desse tempo, ela continua presente, não só como gestão empresarial, mas
sobretudo como gestão social. O seu estudo não se limitar a um único modelo de
sociedade e visão do mundo.

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