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Entendemos, a partir do ponto de vista de Canivez (1991), que depois do seio familiar,
a escolar é o local de maior importância para o desenvolvimento de crianças e jovens, pois
representa um espaço onde os indivíduos começam a ter relações diferentes, com pessoas
diferentes e passa a conviver com uma realidade um pouco mais distante da realidade familiar.
A contribuição da escola na vida do ser humano pode ser observada por diversas óticas
diferentes, onde cada contribuição reflete positivamente no crescimento pessoal e,
consequentemente, no crescimento do agrupamento social. O poder de contribuição da escola
não está contido somente no saber científico e metodológico, mas também gira em torno da
cultura, da história de um lugar ou país, dos costumes e das diferenças, dando ênfase e
fortalecendo as relações sociais, culturais e afetivas. A educação e a escola são capazes de
moldar os indivíduos e construir processos de aprendizagens importantes que permanecem
presentes na vida das pessoas e duram por toda a vida, como valores, saberes e interpretações
diversas acerca da vida, do convívio e do mundo.
De acordo com Freitas (2011, s/p) é papel da escola formar cidadãos críticos,
participativos, reflexivos e conscientes de sua colaboração dentro do agrupamento social. Em
seu posicionamento o autor ainda destaca que:
Nessa ótica, para oferecer um ensino responsável e de qualidade, que consiga cumprir
com as normas e leis que garantem uma educação digna, com a plena oferta do acesso à
educação e o exercício de um ensino inovador, abrangente, que envolva os alunos em sala de
aula, propiciando a participação, o diálogo, a reflexão, a criticidade, dentre outros, é necessário
repensar as metodologias de ensino, buscando implementar a ludicidade em sala de aula,
sobretudo no processo de alfabetização.
A utilização de ferramentas lúdicas pode ser essencial para garantir um bom exercício
do ensino por parte do professor, assim como um aproveitamento positivo por parte do aluno.
A inserção dessa metodologia é algo que deve fazer parte das grades curriculares das
instituições de ensino, fazendo com que o aluno se sinta cada vez mais engajado e atraído pelo
ambiente da sala de aula.
Nesse viés, é importante discutir esse cenário e avaliar quais aspectos e contribuições a
ludicidade pode promover dentro do processo de alfabetização dos estudantes, a sua
importância e necessidade na atual fase educacional. Cabe a análise de diferentes pesquisas e
trabalhos que abordam esse tema tão importante, a fim de avaliar quais são as metodologias, os
desafios e as perspectivas que se concentram nessa temática.
2 Desenvolvimento: as sociedades vivem em constantes processos de mudanças e
avanços, o que significa que a escola e as metodologias educacionais devem acompanhar tais
processos em nome do progresso social e do desenvolvimento da cidadania. O início do
processo de globalização foi crucial para que tais mudanças começassem a ser instauradas no
mundo ocidental, provocando uma onda de novas metodologias dentro da sociedade. Nesse
aspecto, é notório que a educação também seria uma pauta que sofreria inúmeras alterações,
pois se as relações sociais se modificam, a escola e o ensino devem seguir o mesmo caminho.
o exercício de métodos lúdicos dentro da sala de aula pode ser um fator crucial no
desenvolvimento integral do ser humano. São inúmeros os aspectos positivos provocados pelo
ensino com base em processos lúdicos que podem ser citados dentro desse panorama, a exemplo
da evolução da criatividade, da criticidade, da participação, do diálogo, da inteligência e da
desenvoltura de habilidade motoras, cognitivas e físicas.
Dentro do cenário republicano no qual vivemos, é crucial que todos os cidadãos possam
ter acesso à alfabetização escolar, aprendendo a ler e a escrever, utilizando essas ferramentas
como principal instrumentos para a aquisição do saber, da inteligência e do conhecimento. Esse
acesso, no entanto, foi algo muito restrito durante muito tempo, pois as escolas eram escassas,
além de representar uma atividade restrita ao lar, onde nem todos podiam ter acesso as aulas.
O processo de alfabetização abre portas para um novo mundo e para uma nova forma
de enxergar o contexto do cotidiano. Aprender a ler e a escrever na fase inicial da escolarização
é a maneira ideal para fazer com que os alunos tenham mais facilidade, acesso e compreensão,
o que pode tornar o ensino bem mais prático. Nesse sentido, inserir métodos mais lúdicos é
muito importante para abordar esses ensinamentos e tornar a aula mais fácil tanto para o
professor, quanto para o aluno. É preciso compreender a necessidade de se trabalhar dessa
forma, inserindo diversidades de abordagens em sala de aula.
Janet Moyles, em seu livro “Só Brincar”, explica o papel importante do exercício de
brincadeiras no processo de ensino:
A prática das atividades em sala de aula pode se tornar mais prazerosa, longe de
metodologias massivas e que não conseguem despertar o interesse do aluno para praticar aquele
dever. A brincadeira é uma formar de fugir das mesmices e das pressões da realidade, colocando
uma nova visão diante das obrigações escolares que, com a ludicidade, pode tornar a rotina
escolar bem mais prática e divertida.
Ao pensarmos no papel fundamental que a escola e tudo que nela aprendemos tem nas
nossas vidas, conseguimos compreender a importância de um ensino de qualidade. Existe um
mundo fora dos muros escolares que precisa ser pensado e repensado todos os dias. Dito isso,
é necessário que todos os modelos educacionais sejam revisados e que as melhores
metodologias de ensino sejam uma realidade nas escolas brasileiras.
A ludicidade tem o papel de transformar esse cenário e pode ser um mecanismo muito
decisivo nesse cenário. As brincadeiras e os mais variados tipos de jogos podem ser usados
como instrumentos pedagógicos com a finalidade de promover o desenvolvimento do aluno.
As experiências podem ser significativas e enriquecedoras ao processo escolar, contribuindo
com o fortalecimento de competências e habilidades únicas que somente uma aprendizagem
diferenciada pode proporcionar aos alunos.
Todo esse contexto ainda ajuda a promover um contato maior entre os alunos que, com
o auxílio das atividades lúdicas que relacionam a interação entre os estudantes, podem estar em
constante troca em sala de aula. Esse exercício pode ser fundamental para desenvolver aspectos
sociais de conversação, diálogo, interação, expressões corporais, dentre outros.
Assim, a sala de aula não precisa ser somente aquele ambiente onde todos devem
permanecer sentados, uniformes e sem interação, algo que denota rigidez e formalidade
excessiva, mas sim algo mais abrangente, participativo, interativo e agradável. A escola é o
lugar no qual passamos grande parte da nossa vida e precisamos entender que a sala de aula
deve ser agradável e não um ambiente no qual o aluno não se sinta bem e não possa ser livre.
3 Conclusão: a partir das pesquisas e análises que contribuíram para a efetivação deste
trabalho e foram fundamentais para compreender esse cenário tão importante no âmbito da
educação, conseguimos elaborar um panorama que afirma a efetividade da ludicidade no
processo de alfabetização. Muitos autores engajados na elaboração de pesquisas que
comprovam essa premissa trazem trabalhos que são excelentes nessa abordagem, com um
referencial completo e bem elaborado.
A ludicidade é, sem dúvidas, uma ferramenta que deve fazer parte do cotidiano escolar
e quando destacamos a alfabetização como principal alvo da metodologia lúdica, entendemos
que essa necessidade é ainda maior, pois o processo de ensino da leitura e da escrita é um dos
mais decisivos na vida do estudante e precisa de uma atuação profissional competente. Inserir
novos métodos de abordagem na alfabetização pode contribuir para que o aluno se desenvolva
mais rápido e com mais facilidade, pois a inserção de novas tarefas e técnicas podem incentivar
esse aluno a querer buscar sempre mais.
4 Referências:
COSTA, Vera Lúcia Pereira. Função social da Escola. 2008. Disponível em:
http://www.drearaguaina.com.br/projetos/funcao_social_escola.pdf . Acesso em 20/05/2022.