Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A aproximação entre a escola e a família tem sido alvo de muita critica perante a sociedade,
face atuação de muitos pais e encarregados de educação não colaborarem directamente nos
problemas que afligem essa relação, no sentido de se criar condições para melhorar o processo
de ensino e aprendizagem dos educandos.
A relação entre a escola e a família desde a antiguidade foi sempre uma relação problemática,
por motivos dos desencontros entre a escola e a família, onde a escola marginalizou a família
porque achava que a instituição escolar era a única que estava preparada para exercer a prática
educativa devido a sua especialização, sem a intervenção da família. Por outro lado, algumas
famílias pensam que a única responsável pela educação dos filhos é a escola, provocando a
ausência ou a fraca relação entre a família e a escola, afectando o processo de ensino e
aprendizagem.
TEMA:
A problemática da relação entre a escola e a familia no processo do ensino e aprendizagem
PROBLEMAS
Quais são causas do fraco relacionamento entre a escola e a família no processo
de ensino e aprendizagem?
Como aprofundar a participação da família no processo de ensino e
aprendizagem na escola primária completa Josina Machel?
JUSTIFICAÇÃO
A escolha deste tema deveu-se ao problema que vem inquietando a escola, pelo fraco grau de
participação dos pais e encarregados de educação, afectando negativamente o processo de
ensino e aprendizagem, principalmente no rendimento escolar.
HIPÓTESES
A falta de abertura da escola para a família faz com que esta se sinta marginalizada,
isto é, a família não participa.
O baixo nível de formação académica de alguns pais e encarregados de educação, faz
com que haja pouca compreensão da linguagem da escola, dificultando a sua
participação.
As condições sociais tais como a pobreza constitui um factor que impossibilita a
participação da família na escola.
OBJECTIVO GERAL
METODOLOGIA
Neste capítulo foram abordados conceitos como escola, ensino, aprendizagem, família, por
outro os principais temas que serviram para o desenvolvimento deste estudo, foram
enfatizados os seguintes: Caracterização da pareceria entre a escola e família no processo de
ensino e aprendizagem, o papel do professor como mediador na aprendizagem do aluno.
Vários termos foram necessários para compreensão do tema em estudo como podemos
verificar a descriminação ao longo do trabalho.
ESCOLA
Escola é um estabelecimento de ensino ordenado pelas autoridades reconhecidas da nação,
cujo acesso é para todo o povo, onde o estado é gestor em sua plenitude (LAKATOS,
2006:310).
Escola é uma organização indispensável ao indivíduo dos tempos modernos como forma de
enriquecimento das experiências de socialização e da dinâmica das relações interpessoais
(COLÔA, 1999:24).
ENSINO
O ensino é uma acção deliberada e organizada. É a actividade pelo qual o professor, através
de métodos adequados, orienta a aprendizagem dos alunos (HAYDT, 2009: 12).
APRENDIZAGEM
A palavra aprendizagem é derivada de aprender (lat., apreenderem), tomar conhecimento de,
reter. Aprendizagem é a acção de se aprender algo, de “tomar posse” de algo ainda não
incorporado ao comportamento do individuo (NÉRICI, 1992: 49).
Ou seja, aprendizagem é uma forma do conhecimento humano – relação cognitiva entre aluno
e matéria de estudo, desenvolvendo-se sob as condições específicas do processo de ensino
(LIBÂNEO, 1994: 91).
ALUNO
Aluno é individuo que recebe formação de um ou vários professores para adquirir ou ampliar
os seus conhecimentos
FAMÍLIA
Em sentido restrito, o termo família costuma designar, geralmente, o conjunto de pessoas que
vivem sob o mesmo texto. No sentido lato, a família é entendida como o conjunto das
sucessivas gerações descentes dos mesmos antepassados (MAIA, et al., 2002: 161).
A vertente escola inclui todas actividades levadas a cabo nas escolas, individuais e colectivas,
por incentivos dos professores, dos pais ou dos alunos. Exemplos são o encontro de um
docente com um pai de um determinado aluno ou uma reunião entre o docente e os pais de
uma determinada turma, ou uma reunião entre todos os professores e todos os pais. Incluem-
se aqui, ainda, a participação de encarregados de educação em órgãos da escola ou reuniões
da associação de pais. Estas actividades constituem a fase mais visível da relação escola-
família.
A entrada na escola pode ser vivida como uma ruptura decisiva na relação entre a mãe e o seu
filho: pela primeira vez ele escapa-lhe para ser cuidado por outros adultos. Esta separação
nem sempre é vivida como frustração. Durante várias horas por dia a escola alivia os pais da
preocupação de vigiar a criança, de se ocupar dela. A sua liberdade vê-se acrescida a sua
responsabilidade aligeirada.
Com o contributo de Henripin (1976), podemos distinguir três grandes tipos de atitudes das
autoridades escolares assim como de alguns professores:
Primeira atitude: Os pais são considerados como clientes, que não sabem nada de pedagogia
ou de gestão. Consequentemente, a única coisa a fazer é informá-los. A informação prestada
é, frequentemente, sobre assuntos relativamente pouco importantes. Satisfaz alguns pais, mas
deixa outros desapontados. Sem dúvida, apesar de extraordinárias possibilidades técnicas em
matéria de informação, a tarefa de bem informar continua a ser um desafio para a maior parte
das organizações. A informação fornecida pela escola nem sempre passa e não conduz
necessariamente a um processo de comunicação;
Segunda atitude: Os pais são considerados como uma caução; são consultados para se obter
um feedback, uma informação de retorno. Isto pode dar às autoridades uma ideia do
afastamento entre as suas políticas e as expetativas dos pais. É, por vezes, uma forma de
manter a consciência tranquila. Raramente as autoridades conseguem dizer como é que as
distâncias podem ser atenuadas, com efeito não é dada qualquer garantia aos pais de que as
suas ideias ou recomendações serão tidas em conta;
Com as dificuldades sentidas na maior parte das experiências, em curso em outros países, que
visam o alargamento da participação formal dos pais nos órgãos de gestão das escolas.
Segundo Barroso (1996), estas dificuldades resultam essencialmente dos seguintes factores:
Conflito de competência entre os pais e os professores;
Falta de condições que são dadas para a participação dos pais;
Limitada representatividade de muitos dos pais eleitos;
Formalismos das estruturas e processos de participação utilizados;
Desinteresse que a maioria dos pais acaba por manifestar em relação as modalidades de
participação que lhe são propostas.
CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA.
A população abrangida pelo nosso trabalho é constituída da seguinte forma: Director geral,
professores, pais e encarregados de educação e alunos. Trabalhamos com uma amostra de 39
interlocutores que foram escolhidos de forma aleatória.
A Directora geral da escola primária completa Josina Machel , relatou que, “a relação entre
escola e a família é razoável porque sempre que convocamos os encarregados, não aparecem
todos. A escola está sempre disponível para a família, a relação é bem vinda porque facilita o
processo de ensino e aprendizagem. O professor não pode fazer tudo, o bom pai é aquele que
se preocupa com questões dos estudos do filho”.
50% dos pais e encarregados de educação disse que a sua participação é boa porque
dão o seu apoio, a fim de que as actividades da escola ocorram da melhor maneira. O papel de
um pai é de educar o seu filho, e esse tipo de actividade é bom para o desenvolvimento da
relação de pai para filho, para o bem da escola, dos alunos e do ensino.
60% dos pais e encarregados de educação disseram que a falta de condições sociais
adequadas é factor que não influência no relacionamento entre a escola e a familia, porque
Deus nunca permite que isso aconteça, as condições sociais não adequadas não pode terminar
a relação entre a escola e a família.
Na minha opinião a falta de condições sociais como: alimentação, vestuário, material escolar,
etc. são factores que não devem influênciar negativamente no relacionamento da família com
a escola.
O presente estudo apresenta limitações à medida em que começou a ser elaborado em tão
pouco tempo, no espaço de dois meses. Não foi possível colher mais dados, porque o tempo
foi insuficiente.
Quanto ao questionário, só consegui trabalhar de verdade, .
Quanto às dificuldades encontradas durante a realização do trabalho, pode-se indicar algumas
como:
Dificuldade de se encontrar bibliografia concernente ao tema em estudo;
SUGESTÕES
A escola deve dar oportunidade dos pais participarem na tomada das decisões dentro da
instituição, ser mais inclusíva possível, democrática e uma gestão mais participativa.
CONCLUSÃO
A abordagem científica sobre a problemática da relação entre a família e a escola no
processo de ensino e aprendizagem, referente ao estudo em causa, foi realizada no período de
Abril-Junho de 2017, na Escola Primária completa Josina Machel, localizada na cidade de
Tete. Este trabalho tem como objectivo compreender a relação entre a escola e a família e os
problemas que afectam essa relação para garantir a eficácia do processo de ensino e
aprendizagem.
Os resultados obtidos na análise e interpretação de dados indicam que a relação entre a
escola e a família é razoável. Porque os pais e encarregados de educação, na sua maioria, não
compreendem os benefícios que a relação traz para a eficácia do processo de ensino e
aprendizagem.
Assim, o resultado dos dados obtidos não confirmam a primeira hipótese do tema em
estudo “a falta de abertura da escola para a familia faz com que esta se sinta marginalizada,
isto é, a família não participa”, pecebe-se que a escola está aberta para a família a partir de
reuniões, encontros para limpeza da escola e assinaturas de boletins.
BIBLIOGRAFIA.