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MATEMÁTICA APLICADA

Prof. Vitor L. B. de Jesus


NOÇÕES BÁSICAS DE LIMITES DE FUNÇÕES

Limite de uma função real de uma variável real

Em várias áreas da ciência existe a necessidade de se avaliar qual o comportamento de uma dada função
representada por 𝑦 = 𝑓(𝑥) quando o valor da varável independente 𝑥 se aproxima de um valor específico valor 𝑎.

Podemos descrever matematicamente como sendo lim 𝑓(𝑥) , que se lê da seguinte forma: “limite de 𝑓(𝑥) qunado 𝑥
𝑥→𝑎
tende a 𝑎.”

Observe a função 𝑦 = 𝑥 2 e tende responder a seguinte pergunta: qual o limite de 𝑥 2 qunado 𝑥 tende a 2?

Matematicamente, a pergunta deve ser escrita da seguinte forma: Qual o valor de lim 𝑥 2 ?
𝑥→2
NOÇÕES BÁSICAS DE LIMITES DE FUNÇÕES

Limite de uma função real de uma variável real

Observe a função 𝑦 = 𝑥 2 e tende


𝛿𝑦 = 0,8
responder a seguinte pergunta:

qual o limite de 𝑥 2 qunado 𝑥 tende a 2?

Matematicamente, a pergunta deve

ser escrita da seguinte forma:

Qual o valor de lim 𝑥 2 ?


𝑥→2

L = lim 𝑥 2 = 4
𝑥→2

𝛿𝑥 = 0,2
NOÇÕES BÁSICAS DE LIMITES DE FUNÇÕES

Limite de uma função real de uma variável real

Qual o valor de lim 𝑥 2 ? L = lim 𝑥 2 = 4


𝑥→2 𝑥→2

Na forma geral, o limite de uma função qualquer pode ser escrito como:

lim 𝑓 𝑥 = 𝐿
𝑥→𝑎

No exemplo dado temos:


𝑓 𝑥 = 𝑥2 ; 𝑎=2 ; 𝐿=4
𝛿𝑦 = 0,8
Este exemplo mostra que quando 𝑥 se aproxima de 𝑎, ou seja,

𝑥 → 𝑎, a função 𝑓(𝑥) se aproxima de 𝐿.

Então, 𝑥 → 2, a função 𝑓 𝑥 = 𝑥 2 se aproxima de 4.


𝛿𝑥 = 0,2
NOÇÕES BÁSICAS DE LIMITES LATERAIS DE FUNÇÕES

Limite lateral

A diferença entre limite e limite lateral está no modo como os valores de 𝑥 se aproximam de um número 𝑎.

Quando a aproximação ocorre exclusivamente por valores menores do que 𝑎 dizemos que 𝑥 tende a 𝑎 pela esquerda.

lim 𝑓(𝑥)
𝑥→𝑎 −

Quando a aproximação ocorre exclusivamente por valores maiores do que 𝑎 dizemos que 𝑥 tende a 𝑎 pela direita.

lim 𝑓(𝑥) 𝛿𝑦 = 0,8


𝑥→𝑎 +

𝛿𝑥 = 0,2
NOÇÕES BÁSICAS DE LIMITES LATERAIS DE FUNÇÕES

Limite lateral

A diferença entre limite e limite lateral está no modo como os valores de 𝑥 se aproximam de um número 𝑎.

No exemplo que damos temos 𝑓 𝑥 = 𝑥 2 ; 𝑎=2 ; 𝐿=4

O limite pela esquerda é lim− 𝑥 2 = 4


𝑥→2

O limite pela direita é lim+ 𝑥 2 = 4


𝑥→2

É possível que os limites pela direita e pela esquerda sejam diferentes. 𝛿𝑦 = 0,8

Não é o caso utilizado neste exemplo.

Funções descontínuas podem apresentar tais resultados.

𝛿𝑥 = 0,2
ALGUNS EXEMPLOS

Limites
ALGUNS EXEMPLOS

Limites
FUNÇÕES CONTÍNUAS

Para que uma função seja considerada contínua, explicando de maneira bem informal, podemos considerar que é a
função em que o seu gráfico pode ser desenhado “sem que se tire a caneta do papel, formando uma linha bem
comportada, sem interrupções por saltos ou furos ou ainda assíntotas verticais”.

A definição de continuidade num ponto exige que a função possa ser calculada nesse ponto, que o limite da função
exista nesse ponto, e ainda que esses valores coincidam.

A seguir mostraremos alguns exemplos de funções contínuas e descontínuas.


FUNÇÕES CONTÍNUAS

Função CONTÍNUA, 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 − 2𝑥 + 3
FUNÇÕES CONTÍNUAS

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Função DESCONTÍNUA em 𝑥 = 0 , 𝑓 𝑥 = 𝑥
FUNÇÕES CONTÍNUAS

Função CONTÍNUA
FUNÇÕES CONTÍNUAS

Função DESCONTÍNUA em 𝑡 = 2
FUNÇÕES CONTÍNUAS

Função DESCONTÍNUA (Tipo Furo ou Salto) em 𝑥 = 1


FUNÇÕES CONTÍNUAS

Função DESCONTÍNUA (Tipo Furo ou Salto) em 𝑥 = 2


FUNÇÕES CONTÍNUAS

Função DESCONTÍNUA (Tipo Furo ou Salto) em 𝑥 = 1


FUNÇÕES CONTÍNUAS

Função DESCONTÍNUA (Tipo Furo ou Salto) em 𝑡 = −1 e 𝑡 = 1


QUOCIENTE INCREMENTAL (COEFICIENTE ANGULAR)

Quociente incremental (coeficiente angular) pode ser definido entre quaisquer dois pontos no plano cartesiano.
QUOCIENTE INCREMENTAL (COEFICIENTE ANGULAR)
QUOCIENTE INCREMENTAL (COEFICIENTE ANGULAR)

∆𝑦
=1
∆𝑥
QUOCIENTE INCREMENTAL (COEFICIENTE ANGULAR)

∆𝑦
b) Intervalo 𝑥0 = 1 e 𝑥1 = 2 ; =7
∆𝑥
QUOCIENTE INCREMENTAL (COEFICIENTE ANGULAR)
CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL

Cálculo diferencial de funções de uma variável


Considere a função 𝑦 = 𝑓(𝑥) e escolha um ponto fixo 𝑥0 . O que acontece quando calculamos o coeficiente
∆𝑦
incremental a partir de um ponto qualquer 𝑥1 , considerando que este ponto (agora chamado de 𝑥) possa se
∆𝑥

aproximar de 𝑥0 o quanto se queira? Isso torna ∆𝑥 cada vez menor, até o limite em que o denominador do quociente
incremental tende para zero, ou seja, ∆𝑥 → 0 . Dessa forma, o coeficiente incremental pode ser escrito como:
CÁLCULO DIFERENCIAL DE FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL

Um exemplo
∆𝑦
Calcule o coeficiente incremental ∆𝑥 da função 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 e escolha um ponto fixo, por exemplo, 𝑥0 = 1 com valores

para ∆𝑥 cada vez menores.


Observe que para
este caso temos o
coeficiente incremental
tendendo para 3.

∆𝑦
lim =3
∆𝑥→0 ∆𝑥
DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NUM PONTO

Derivada de uma função em um ponto - definição


Considere uma função 𝑓 𝑥 em um ponto 𝑥 = 𝑥0 .
A derivada de 𝑓 𝑥 no ponto 𝑥 = 𝑥0 é representada por 𝑓 ′ 𝑥0
sendo calculada pelo seguinte limite:

𝑓 𝑥 − 𝑓(𝑥0 )
𝑓′ 𝑥0 = lim
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0
Que também pode ser escrito como

𝑓 𝑥0 + ℎ − 𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′ 𝑥0 = lim
ℎ→0 ℎ
DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NUM PONTO

Derivada de uma função em um ponto - exemplo


Considere uma função 𝑓 𝑥 = 𝑥 2 em um ponto 𝑥0 = 1.
Calcule a derivada, caso exista, de 𝑓 𝑥 em , ou seja, calcule 𝑓 ′ 𝑥0 .
Resposta: utilizando a forma

𝑓 𝑥0 + ℎ − 𝑓(𝑥0 ) 1 + ℎ 2 − 12
𝑓′ 𝑥0 = lim = lim =
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

12 + 2 ∙ 1 ∙ ℎ + ℎ2 − 12 1 + 2 ∙ ℎ + ℎ2 − 1
= lim = lim =
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

2 ∙ ℎ + ℎ2 2 ∙ ℎ ℎ2
= lim = lim + = lim 2 + ℎ = 2
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ ℎ→0

O resultado da derivada é: 𝑓 ′ 1 = 2
DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NUM PONTO

Derivada de uma função em um ponto - exemplo


Considere uma função 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 em um ponto 𝑥0 = 2.
Calcule a derivada, caso exista, de 𝑓 𝑥 em , ou seja,
calcule 𝑓 ′ 𝑥0 .

𝑓 𝑥0 + ℎ − 𝑓(𝑥0 ) 2 + ℎ 3 − 23
𝑓′ 𝑥0 = lim = lim =
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

23 + 3 ∙ 22 ∙ ℎ + 3 ∙ 2 ∙ ℎ2 + ℎ3 − 23
= lim =
ℎ→0 ℎ

3 ∙ 22 ∙ ℎ + 3 ∙ 2 ∙ ℎ2 + ℎ3
= lim =
ℎ→0 ℎ

lim (12 + 6 ∙ ℎ + ℎ2 ) = 12
ℎ→0
O resultado da derivada é: 𝑓 ′ 2 = 12
INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NUM PONTO

Derivada de uma função em um ponto - exemplo


Considere uma função 𝑓 𝑥 em um ponto 𝑥0 .
O valor de 𝑓 ′ 𝑥0 é pode ser interpretado como sendo
o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da
função 𝑓 𝑥 no ponto (𝑥0 , 𝑓 𝑥0 ) .
INTERPRETAÇÃO CINEMÁTICA DA DERIVADA DA POSIÇÃO COMO FUNÇÃO DO TEMPO

Derivada da função posição – interpretação cinemática


Considere uma função posição de uma partícula 𝑠 𝑡 em um ponto 𝑡 = 𝑡0 .
A derivada de 𝑠 𝑡 no ponto 𝑡 = 𝑡0 é representada por 𝑠 ′ 𝑡0
sendo calculada pelo seguinte limite:

𝑠 𝑡 − 𝑠(𝑡0 )
𝑠′ 𝑡0 = lim
𝑡→𝑡0 𝑡 − 𝑡0
Que também pode ser escrito como

𝑠 𝑡0 + ∆𝑡 − 𝑠(𝑡0 ) ∆𝑠
𝑠 ′ 𝑡0 = lim = lim = 𝑣(𝑡0 )
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡

A velocidade instantânea pode ser interpretada como sendo a derivada da equação horária, que
corresponde a posição de uma partícula em função do tempo.
INTERPRETAÇÃO CINEMÁTICA DA DERIVADA DA POSIÇÃO COMO FUNÇÃO DO TEMPO

Derivada de uma função em um ponto - exemplo


Considere uma função 𝑠 𝑡 = 𝑡 2 em um instante de tempo 𝑡0 = 1.
Calcule a velocidade instante de tempo 𝑡0 = 1. [Unidades do S.I.]
Resposta: utilizando a forma

𝑠 𝑡0 + ∆𝑡 − 𝑠(𝑡0 ) 1 + ∆𝑡 2 − 12
𝑠′ 𝑡0 = lim = lim =
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡

12 + 2 ∙ 1 ∙ ∆𝑡 + ∆𝑡 2 − 12 1 + 2 ∙ ∆𝑡 + ∆𝑡 2 − 1
= lim = lim =
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡
A inclinação da reta indica o
2 ∙ ∆𝑡 + ∆𝑡 2 2 ∙ ∆𝑡 ∆𝑡 2 valor da velocidade no
= lim = lim + = lim 2 + ∆𝑡 = 2
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡 ∆𝑡→0 instante de tempo 𝑡0 = 1.

Logo, a velocidade em 𝑡0 = 1 é: dada por: 𝑣 1 = 𝑠 ′ 1 = 2


INTERPRETAÇÃO CINEMÁTICA DA DERIVADA DA POSIÇÃO COMO FUNÇÃO DO TEMPO

Derivada de uma função em um ponto - exemplo


Considere uma função 𝑠 𝑡 = 𝑡 2 em um instante de tempo 𝑡0 = 1.
Calcule a velocidade instante de tempo 𝑡0 = 1. [Unidades do S.I.]
Resposta: utilizando a forma

𝑠 𝑡0 + ∆𝑡 − 𝑠(𝑡0 ) 1 + ∆𝑡 2 − 12
𝑠′ 𝑡0 = lim = lim =
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡

12 + 2 ∙ 1 ∙ ∆𝑡 + ∆𝑡 2 − 12 1 + 2 ∙ ∆𝑡 + ∆𝑡 2 − 1
= lim = lim =
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡
A inclinação da reta indica o
2 ∙ ∆𝑡 + ∆𝑡 2 2 ∙ ∆𝑡 ∆𝑡 2 valor da velocidade no
= lim = lim + = lim 2 + ∆𝑡 = 2
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡 ∆𝑡→0 instante de tempo 𝑡0 = 1.

Logo, a velocidade em 𝑡0 = 1 é: dada por: 𝑣 1 = 𝑠 ′ 1 = 2


INTERPRETAÇÃO CINEMÁTICA DA DERIVADA DA POSIÇÃO COMO FUNÇÃO DO TEMPO

Derivada de uma função em um ponto - exemplo


Considere uma função 𝑠 𝑡 = 𝑡 2 em um instante de tempo 𝑡0 = 1.
Calcule a velocidade instante de tempo 𝑡0 = 1. [Unidades do S.I.]
Resposta: utilizando a forma

𝑠 𝑡0 + ∆𝑡 − 𝑠(𝑡0 ) 1 + ∆𝑡 2 − 12
𝑠′ 𝑡0 = lim = lim =2
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡
Logo, a velocidade em 𝑡0 = 1 é: dada por: 𝑣 1 = 𝑠 ′ 1 = 2

IMPORTANTE: Observe que nas proximidades de 𝑡0 = 1 a inclinação da


reta tangente se aproxima muito da própria função. A inclinação da reta indica o
valor da velocidade no
instante de tempo 𝑡0 = 1.
APROIXMAÇÃO LINEAR

Aproximação linear de uma dada função


Considere uma função 𝑓 𝑥 .
A definição de derivada de 𝑓 𝑥 no ponto 𝑥 = 𝑥0 é dada por:

𝑓 𝑥0 + ∆𝑥 − 𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′ 𝑥0 = lim
∆𝑥→0 ∆𝑥
Considerando um valor de |∆𝑥| suficientemente pequeno,
Podemos escrever a seguinte aproximação linear para a
função 𝑓 𝑥 em torno do ponto 𝑥 = 𝑥0 :

𝑓 𝑥0 + ∆𝑥 ≈ 𝑓(𝑥0 )+ 𝑓 ′ 𝑥0 ∙ ∆𝑥
APROIXMAÇÃO LINEAR

Aproximação linear de uma dada função


Considere uma função 𝑠 𝑡 = 𝑡 2 em um instante de tempo 𝑡0 = 1. [Unidades do S.I.]
A velocidade no instante de tempo 𝑡0 = 1 é dada por:

𝑠 𝑡0 + ∆𝑡 − 𝑠(𝑡0 ) 1 + ∆𝑡 2 − 12
𝑣 𝑡0 = 1 = 𝑠′ 𝑡0 = 1 = lim = lim =2
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 ∆𝑡
IMPORTANTE: Observe que nas proximidades de 𝑡0 = 1 a inclinação da
reta tangente se aproxima muito da própria função.

Utilizando a aproximação linear 𝑓 𝑥0 + ∆𝑥 ≈ 𝑓(𝑥0 )+ 𝑓 ′ 𝑥0 ∙ ∆𝑥


Podemos escrever: 𝑠 𝑡0 + ∆𝑡 ≈ 𝑠(𝑡0 )+ 𝑠 ′ 𝑡0 ∙ ∆𝑡 A inclinação da reta indica o
valor da velocidade no
Podemos escrever: 𝑠 𝑡0 + ∆𝑡 ≈ 𝑠(𝑡0 )+ 𝑣 𝑡0 ∙ ∆𝑡
instante de tempo 𝑡 = 𝑡0 .
Podemos escrever: 𝑠 1 + ∆𝑡 ≈ 𝑠(1)+ 𝑣 1 ∙ ∆𝑡 = 1+ 2 ∙ ∆𝑡
SINAL DA FUNÇÃO DERIVADA - IMPORTÂNCIA

O sinal da derivada da função fornece uma valiosa informação sobre sua variação em um ponto 𝑥0 .

Se 𝑓′ 𝑥0 > 0 então 𝑓 𝑥0 é crescente em 𝑥0 .


Se 𝑓′ 𝑥0 < 0 então 𝑓 𝑥0 é decrescente em 𝑥0 .

Se 𝑓′ 𝑥0 = 0 então 𝑥0 é considerado um ponto crítico. Esse ponto crítico pode ser um ponto de máximo, um ponto
de mínimo ou um ponto de inflexão. Isso pode ser definido através do conhecimento do valor da derivada segunda,
em outras palavras, a derivada da derivada de 𝑓 𝑥0 , 𝑓 ′ ′ 𝑥0 , em 𝑥0 .
Se 𝑓′′ 𝑥0 > 0 então 𝑥0 é um ponto de mínimo local.
Se 𝑓′′ 𝑥0 < 0 então 𝑥0 é um ponto de máximo local.
Se 𝑓′′ 𝑥0 = 0 então 𝑥0 é um ponto de inflexão local.
SINAL DA FUNÇÃO DERIVADA - IMPORTÂNCIA

Identifique os pontos no gráfico abaixo


COMO CALCULAR A DERIVADA DAS PRINCIPAIS FUNÇÕES ELEMENTARES

Função do primeiro grau


Considere uma função 𝑓 𝑥 = 𝑎𝑥 + 𝑏 e calcule a derivada, caso exista, de 𝑓 𝑥 em , ou seja, calcule 𝑓 ′ 𝑥 .
Resposta: utilizando a forma

𝑓 𝑥 + ℎ − 𝑓(𝑥) [𝑎 𝑥 + ℎ + 𝑏] − (𝑎𝑥 + 𝑏) 𝑎𝑥 + 𝑎ℎ + 𝑏 − 𝑎𝑥 − 𝑏
𝑓 ′ 𝑥 = lim = lim = lim =
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ
𝑎ℎ
𝑓′ 𝑥 = lim = lim 𝑎 = 𝑎
ℎ→0 ℎ ℎ→0

O resultado da derivada é: 𝑓 ′ 𝑥 = 𝑎
IMPORTANTE: Se a função for uma constante, por exemplo, se 𝑎 = 0, teremos como derivada de uma constante o
valor ZERO. Ou seja, se 𝑓 𝑥 = 𝑏 temos 𝑓 ′ 𝑥 = 0.
COMO CALCULAR A DERIVADA DAS PRINCIPAIS FUNÇÕES ELEMENTARES

Função do segundo grau


Considere uma função 𝑓 𝑥 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 e calcule a derivada, caso exista, de 𝑓 𝑥 em , ou seja, calcule 𝑓 ′ 𝑥 .
Resposta: utilizando a forma

𝑓 𝑥 + ℎ − 𝑓(𝑥) [𝑎 𝑥 + ℎ 2 + 𝑏 𝑥 + ℎ + 𝑐] − (𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐)
𝑓′ 𝑥 = lim = lim =
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

2𝑎𝑥ℎ + 𝑎ℎ2 + 𝑏ℎ
𝑓′ 𝑥 = lim = lim 2𝑎𝑥 + 𝑎ℎ + +𝑏 = 2𝑎𝑥 + 𝑏
ℎ→0 ℎ ℎ→0

O resultado da derivada é: 𝑓 ′ 𝑥 = 2𝑎𝑥 + 𝑏


COMO CALCULAR A DERIVADA DAS PRINCIPAIS FUNÇÕES ELEMENTARES

Uma função do terceiro grau


Considere uma função 𝑓 𝑥 = 𝑥 3 e calcule a derivada, caso exista, de 𝑓 𝑥 em , ou seja, calcule 𝑓 ′ 𝑥 .
Resposta: utilizando a forma

𝑓 𝑥 + ℎ − 𝑓(𝑥) 𝑥 + ℎ 3 − 𝑥3 (𝑥 + ℎ) 𝑥 + ℎ 2 −𝑥 3 (𝑥 + ℎ)(𝑥 2 + 2𝑥ℎ + ℎ2 ) − 𝑥 3


𝑓′ 𝑥 = lim = lim = lim = lim =
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

𝑥 3 + 3𝑥ℎ2 + 3𝑥 2 ℎ + ℎ3 − 𝑥 3
𝑓′ 𝑥 = lim = lim 3𝑥ℎ + 3𝑥 2 + ℎ2 = 3𝑥 2
ℎ→0 ℎ ℎ→0

O resultado da derivada é: 𝑓 ′ 𝑥 = 3𝑥 2
COMO CALCULAR A DERIVADA DAS PRINCIPAIS FUNÇÕES ELEMENTARES

Uma função polinomial de grau n


Considere uma função 𝑓 𝑥 = 𝑥 𝑛 e calcule a derivada, caso exista, de 𝑓 𝑥 em , ou seja, calcule 𝑓 ′ 𝑥 .
Resposta: utilizando a forma


𝑓 𝑥 + ℎ − 𝑓(𝑥) 𝑥 + ℎ 𝑛 − 𝑥𝑛
𝑓 𝑥 = lim = lim = 𝑛𝑥 𝑛−1
ℎ→0 ℎ ℎ→0 ℎ

O resultado da derivada é: 𝑓 ′ 𝑥 = 𝑛𝑥 𝑛−1


REGRA DA CADEIA – DERIVADA DE FUNÇÃO COMPOSTA

Derivada de função composta


Considere uma função 𝑦 como sendo uma função composta por duas funções. Existe um função 𝑢 𝑥 dentro de uma
função 𝑓 𝑢 , que pode ser escrita como 𝑓 𝑢(𝑥) . Como se calcula essa derivada?
Resposta: utilizando a forma

𝑓(𝑢 𝑥 + ℎ ) − 𝑓(𝑢 𝑥 ) 𝑓(𝑢 𝑥 + ℎ ) − 𝑓(𝑢 𝑥 ) 𝑢 𝑥+ℎ −𝑢 𝑥


𝑓 ′ 𝑢(𝑥) = lim = lim =
ℎ→0 ℎ ℎ→0 𝑢 𝑥 + ℎ − 𝑢(𝑥) ℎ

𝑓(𝑢 𝑥 + ℎ ) − 𝑓(𝑢 𝑥 ) 𝑢 𝑥+ℎ −𝑢 𝑥


𝑓 ′ 𝑢(𝑥) = lim lim =
ℎ→0 𝑢 𝑥 + ℎ − 𝑢(𝑥) ℎ→0 ℎ
Considere que o primeiro limite poderia estar escrito como ∆𝑢 → 0 já que quando ℎ → 0 temos ∆𝑢 → 0.
REGRA DA CADEIA – DERIVADA DE FUNÇÃO COMPOSTA

Derivada de função composta


Considere uma função 𝑦 como sendo uma função composta por duas funções. Existe um função 𝑢 𝑥 dentro de uma
função 𝑓 𝑢 , que pode ser escrita como 𝑓 𝑢(𝑥) . Como se calcula essa derivada?

𝑓(𝑢 + ∆𝑢) − 𝑓(𝑢) 𝑢 𝑥+ℎ −𝑢 𝑥


𝑓 ′ 𝑢(𝑥) = lim lim = 𝑓 ′ 𝑢 ∙ 𝑢′ 𝑥
∆𝑢→0 ∆𝑢 ℎ→0 ℎ

O resultado da derivada composta é conhecido como regra da cadeia:

𝑓 ′ 𝑢(𝑥) = 𝑓 ′ 𝑢 ∙ 𝑢′ 𝑥
DERIVADAS SUCESSIVAS

Derivadas sucessivas
A derivada de uma função 𝑓 𝑥 é escrita como 𝑓 ′ 𝑥 .

Podemos derivar 𝑓 ′ 𝑥 e obtemos o que se chama de derivada segunda, que é represetada por 𝑓′′ 𝑥 .

Podemos derivar 𝑓 ′′ 𝑥 e obtemos o que se chama de derivada terceira, que é represetada por 𝑓′′′ 𝑥 .

Podemos prosseguir sucessivamente com este processo obtendo:


𝑓 (4) 𝑥 ; 𝑓 (5) 𝑥 ; 𝑓 (𝑛) 𝑥
TABELA COM AS PRINCIPAIS DERIVADAS DE FUNÇÕES ELEMENTARES

Principais derivadas de funções elementares


TABELA COM AS PRINCIPAIS PROPRIEDADES OPERATÓRIAS

Principais propriedades operatórias


REGRA DA CADEIA

A regra da cadeia
INTERPRETAÇÃO CINEMÁTICA DA DERIVADA SEGUNDA
DA POSIÇÃO COMO FUNÇÃO DO TEMPO
Derivada segunda da função posição - interpretaçãocinemática
A aceleração média no intervalo de tempo 𝑡 = 𝑡0 a 𝑡 = 𝑡1 é dada por:

∆𝑣 𝑣 𝑡1 − 𝑣(𝑡0 )
𝑎𝑚 = =
∆𝑡 𝑡1 − 𝑡0
A aceleração instantânea no intervalo de tempo 𝑡 = 𝑡0 define-se por:

∆𝑣 𝑣 𝑡 − 𝑣(𝑡0 )
𝑎𝑚 = lim = lim
∆𝑡→0 ∆𝑡 ∆𝑡→0 𝑡 − 𝑡0
De acordo com a definição acima, a aceleração instantânea é obtida a partir da derivada da velocidade.
Ou seja, 𝑎 𝑡 = 𝑣′(𝑡). Sendo a velocidade instantânea correspondente a derivada da função posição, temos que:
𝑎 𝑡 = 𝑣 ′ 𝑡 = 𝑠′′(𝑡)
Isso mostra que a acelração instantânea corresponde a derivada segunda em relação ao tempo da função posição.
DIFERENTES NOTAÇÕES PARA EXPRESSAR A DERIVADA

Derivada e suas notações mais comuns


A derivda da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) pode ser descrita como:


𝑑𝑦 𝑑𝑓(𝑥)

𝑦 =𝑓 𝑥 = =
𝑑𝑥 𝑑𝑥
A derivda segunda da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) pode ser descrita como:

𝑑 2 𝑦 𝑑 2 𝑓(𝑥)
𝑦 ′′ = 𝑓 ′′ 𝑥 = 2=
𝑑𝑥 𝑑𝑥 2

A regra da cadeia aplicada a função 𝑦 = 𝑓(𝑢(𝑥)) pode ser escrita de outra forma:

𝑑𝑦 𝑑𝑢 𝑑𝑓(𝑢) 𝑑𝑢(𝑥)
𝑦′ = 𝑓′ 𝑢 ∙ 𝑢′ 𝑥 = ∙ = ∙
𝑑𝑢 𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


Imagine duas grandezas físicas 𝑥 e 𝑦, sendo a grandeza física 𝑦 dependente da grandeza física 𝑥.
Imagine ainda que seja possível escrever matematicamente esta dependência como uma função 𝑦 = 𝑓 𝑥
Suponha ainda que a grandeza física 𝑥 possua uma incerteza 𝛿𝑥.
Como podemos estimar a incerteza 𝛿𝑦 associada a grandeza física 𝑦?
Uma pequena variação da grandeza 𝑥 implica em uma variação da grandeza 𝑦 quepode ser estimada a partir da
derivada de 𝑦.
𝑑𝑓
A derivda da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) pode ser descrita como: 𝑑𝑦 = 𝑓 ′ 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑑𝑥
𝑑𝑥

𝑑𝑓
A variação da grandeza 𝑦 pode ser descrita como: 𝛿𝑦 = 𝑓 ′ 𝑥 𝛿𝑥 = 𝛿𝑥
𝑑𝑥

𝑑𝑓
O termo é conhecido como coeficiente de sensibilidade.
𝑑𝑥
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


Considere a função posição de um objeto em queda livre 𝑦 = 𝑓 𝑡 = 5𝑡 2 .

A derivda da função 𝑦 = 𝑓(𝑡) pode ser descrita como: 𝑑𝑦 = 𝑓 ′ 𝑡 𝑑𝑡 = 10𝑡 ∙ 𝑑𝑡

A variação da grandeza 𝑦 pode ser descrita como: 𝛿𝑦 ≈ 𝑑𝑦 = 𝑓 ′ 𝑡 𝛿𝑡 = 10𝑡 ∙ 𝛿𝑡


𝛿𝑦 = 10𝑡 ∙ 𝛿𝑡
𝑑𝑓
O coeficiente de sensibilidade associado a grandeza 𝑡 é dado por: = 10𝑡
𝑑𝑥

Observe que se a incerteza associada a medida de qualquer instante de tempo for constante, no caso da queda livre
teremos uma variação linear crescente da incerteza da altura com aumento do instante de tempo em questão.
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


Considere a função posição de um objeto em queda livre 𝑦 = 𝑓 𝑡 = 5𝑡 2 .
A variação da grandeza 𝑦 pode ser descrita como: 𝛿𝑦 = 10𝑡 ∙ 𝛿𝑡

Imagine que a medida de tempo possua uma incerteza de 𝛿𝑡 = 0,01 s e gostaríamos de saber qual seria a incerteza
associada a altura de queda desse objeto, 𝛿𝑦, no instante de tempo 𝑡 = 1 s.

A incerteza associada a grandeza 𝑦 no instante de tempo 𝑡 = 1 s é:


𝛿𝑦 = 10𝑡 ∙ 𝛿𝑡 = 10 ∙ 1 ∙ 0,01 = 0,1 m

Nessa medida da queda livre de um objeto, o valor da posição 𝑦 = 𝑓 1 = 5 ∙ 12 = 5,0 m terá uma incerteza
associdada de 𝛿𝑦 = 0,1 m.
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


Considere a função posição de um objeto em queda livre 𝑦 = 𝑓 𝑡 = 5𝑡 2 .
A variação da grandeza 𝑦 pode ser descrita como: 𝛿𝑦 = 10𝑡 ∙ 𝛿𝑡

Imagine que a medida de tempo possua uma incerteza de 𝛿𝑡 = 0,01 s e gostaríamos de saber qual seria a incerteza
associada a altura de queda desse objeto, 𝛿𝑦, no instante de tempo 𝑡 = 2 s.

A incerteza associada a grandeza 𝑦 no instante de tempo 𝑡 = 2 s é:


𝛿𝑦 = 10𝑡 ∙ 𝛿𝑡 = 10 ∙ 2 ∙ 0,01 = 0,2 m

Nessa medida da queda livre de um objeto, o valor da posição 𝑦 = 𝑓 2 = 5 ∙ 22 = 20,0 m terá uma incerteza
associdada de 𝛿𝑦 = 0,2 m.
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


Considere a função posição de um
objeto em queda livre 𝑦 = 𝑓 𝑡 = 5𝑡 2 .
A variação da grandeza 𝑦 pode ser
descrita como: 𝛿𝑦 = 10𝑡 ∙ 𝛿𝑡
Incerteza de 𝛿𝑡 = 0,01 s
A incerteza associada a grandeza 𝑦
no instante de tempo 𝑡 = 1 s é:
𝛿𝑦 = 10𝑡 ∙ 𝛿𝑡 = 10 ∙ 1 ∙ 0,01 = 0,1 m
O valor da posição 𝑦 = 𝑓 1 = 5 ∙ 12 = 5,0 m
terá uma incerteza associdada de 𝛿𝑦 = 0,1 m.
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


Considere a função posição de um
objeto em queda livre 𝑦 = 𝑓 𝑡 = 5𝑡 2 .
A variação da grandeza 𝑦 pode ser
descrita como: 𝛿𝑦 = 10𝑡 ∙ 𝛿𝑡
Incerteza de 𝛿𝑡 = 0,01 s
A incerteza associada a grandeza 𝑦
no instante de tempo 𝑡 = 2 s é:
𝛿𝑦 = 10𝑡 ∙ 𝛿𝑡 = 10 ∙ 2 ∙ 0,01 = 0,2 m
O valor da posição 𝑦 = 𝑓 2 = 5 ∙ 22 = 20,0 m
terá uma incerteza associdada de 𝛿𝑦 = 0,2 m.
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


O valor da posição 𝑦 = 𝑓 1 = 5 ∙ 12 = 5,0 m O valor da posição 𝑦 = 𝑓 2 = 5 ∙ 22 = 20,0 m
terá uma incerteza associdada de 𝛿𝑦 = 0,1 m. terá uma incerteza associdada de 𝛿𝑦 = 0,2 m.
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


Considere um transdutor que mede a tempratura como função da resistência elétrica tenha a seguinte função de
dependência da temperatura 𝑇 com a resistência 𝑅 : 𝑇(𝑅) = 3𝑅1/2 .
3
A variação da função 𝑇(𝑅) pode ser descrita como: 𝑑𝑇 = 𝑇 ′ 𝑅 𝑑𝑅 = 2𝑅1/2 ∙ 𝑑𝑅
3
A variação da grandeza 𝑇 pode ser descrita como: 𝛿𝑇 ≈ 𝑑𝑇 = 𝑇 ′ 𝑅 𝛿𝑅 = 2𝑅1/2 ∙ 𝛿𝑅

3
𝛿𝑇 = 1/2 ∙ 𝛿𝑅
2𝑅
𝑑𝑇 3
O coeficiente de sensibilidade associado a grandeza 𝑅 é dado por: = 2𝑅1/2
𝑑𝑅

Observe que a incerteza associada a medida da temperatura é reduzida com o aumento da resistência elétrica.
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


A dependência da tempratura com a resistência é dada por: 𝑇(𝑅) = 3𝑅1/2
𝑑𝑇 3 o
O coeficiente de sensibilidade é dado por: = C/
𝑑𝑅 2𝑅1/2
1
O valor da temperatura 𝑇 para 𝑅 = 1  é dado por: 𝑇 1 = 3 ∙ 1 = 3 oC 2

𝑑𝑇 3 3
O coeficiente de sensibilidade para 𝑅 = 1  é dado por: = 2𝑅1/2 = 2 oC/
𝑑𝑅

Se a incerteza associada para a resistência for 𝛿𝑅 = 0,02 


3 3
Terá uma incerteza associada 𝛿𝑇 = 2𝑅1/2 ∙ 𝛿𝑅 = 2 ∙ 0,02 = 0,030 oC
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


A dependência da tempratura com a resistência é dada por: 𝑇(𝑅) = 3𝑅1/2
𝑑𝑇 3 o
O coeficiente de sensibilidade é dado por: = C/
𝑑𝑅 2𝑅1/2
1
O valor da temperatura 𝑇 para 𝑅 = 4  é dado por: 𝑇 4 = 3 ∙ 4 = 6 oC 2

𝑑𝑇 3 3
O coeficiente de sensibilidade para 𝑅 =4  é dado por: = 2𝑅1/2 = 4 oC/
𝑑𝑅

Se a incerteza associada para a resistência for 𝛿𝑅 = 0,02 


3 3
Terá uma incerteza associada 𝛿𝑇 = 2𝑅1/2 ∙ 𝛿𝑅 = 4 ∙ 0,02 = 0,015 oC
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

Propagação de incertezas em funções com uma única variável


𝑇(𝑅) = 3𝑅1/2
O coeficiente de sensibilidade
𝑑𝑇 3
é dado por: = 2𝑅1/2 oC/
𝑑𝑅

O coeficiente de sensibilidade para 𝑅 = 1 


𝑑𝑇 3 3
é dado por: = 2𝑅1/2 = 2 = 1,5 oC/
𝑑𝑅

O coeficiente de sensibilidade para 𝑅 =4 


𝑑𝑇 3 3
é dado por: = 2𝑅1/2 = 4 = 0,75 oC/
𝑑𝑅
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

EXERCÍCIO
Considere um transdutor que mede a tempratura como função da resistência elétrica tenha a seguinte função de
dependência da temperatura 𝑇 com a resistência 𝑅 : 𝑇 𝑅 = 2𝑅1/2 + 6𝑅1/3 .

Encontre o coeficiente de sensibilidade associado a grandeza 𝑅 :


Encontre o coeficiente de sensibilidade para 𝑅 = 8  :
Encontre o valor da temperatura 𝑇 para 𝑅 = 8  :
Encontre a incerteza de 𝑇 se 𝑅 tiver incerteza 𝛿𝑅 = 0,4  :
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

EXERCÍCIO (Resposta)
Considere um transdutor que mede a tempratura como função da resistência elétrica tenha a seguinte função de
dependência da temperatura 𝑇 com a resistência 𝑅 : 𝑇 𝑅 = 2𝑅1/2 + 6𝑅1/3 .

𝑑𝑇 1 2
Encontre o coeficiente de sensibilidade associado a grandeza 𝑅 : = 𝑅1/2 + 𝑅2/3 oC/
𝑑𝑅

𝑑𝑇 1 2 1 1
Encontre o coeficiente de sensibilidade para 𝑅 = 8  : = 1/2 + 2/3 = + ≈ 0,85 oC/
𝑑𝑅 8 8 2 2 2

Encontre o valor da temperatura 𝑇 para 𝑅 = 8  : 𝑇 8 = 2(8)1/2 + 6(8)1/3 = 4 2 + 12 ≈ 17,7 oC


𝑑𝑇
Encontre a incerteza de 𝑇 se 𝑅 tiver incerteza 𝛿𝑅 = 0,4  : 𝛿𝑇 = ∙ 𝛿𝑅 = 0,85 ∙ 0,4 = 0,34 oC
𝑑𝑅
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

EXERCÍCIO (Resposta)
Transdutor, 𝑇 com a resistência 𝑅 : 𝑇 𝑅 = 2𝑅1/2 + 6𝑅1/3
𝑑𝑇 1 2 oC/
Coef. de sensibilidade da grandeza 𝑅 : = 1/2 +
𝑑𝑅 𝑅 𝑅2/3

Coef. de sensibilidade para 𝑅 = 8  :


𝑑𝑇 1 2 1 1
= 81/2 + 82/3 = 2 + 2 ≈ 0,85 oC/
𝑑𝑅 2

Temperatura 𝑇 para 𝑅 = 8  :
𝑇 8 = 2(8)1/2 + 6(8)1/3 = 4 2 + 12 ≈ 17,7 oC
Incerteza de 𝑇 se a 𝑅 tiver incerteza 𝛿𝑅 = 0,4  :
𝑑𝑇
𝛿𝑇 = ∙ 𝛿𝑅 = 0,85 ∙ 0,02 = 0,34 oC
𝑑𝑅
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

EXERCÍCIO
Uma tabela de Pt-100 (termômetro de resistência de platina e que possui exatidão de 0,1 °C) é muito utilizada na
indústria. Quando desejamos encontrar o coeficiente de sensibilidade do Pt-100 fazemos a diferença da resistência
entre dois pontos próximos à temperatura desejada (isso supõe um comportamento linear entre esses pontos - uma
aproximação razoável). Por exemplo, seria interessante saber o coeficiente de sensibilidade do Pt-100 em 38 °C.
Olhando a tabela no ponto 38 °C sua resistência vale 114,77  e no ponto 39 °C, vale 115,15 .
.
Encontre o coeficiente de sensibilidade em 𝑇 = 38 °C:
Encontre o valor da resistência 𝑅 para a temperatura 𝑇 = 38,4 °C utlizando o coeficiente de sensibiliade e a
aproximação linear:
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

EXERCÍCIO (resposta)
Uma tabela de Pt-100 (termômetro de resistência de platina e que possui exatidão de 0,1 °C) é muito utilizada na
indústria. Quando desejamos encontrar o coeficiente de sensibilidade do Pt-100 fazemos a diferença da resistência
entre dois pontos próximos à temperatura desejada (isso supõe um comportamento linear entre esses pontos - uma
aproximação razoável). Por exemplo, seria interessante saber o coeficiente de sensibilidade do Pt-100 em 38 °C.
Olhando a tabela no ponto 38 °C sua resistência vale 114,77  e no ponto 39 °C, vale 115,15 .
.
Encontre o coeficiente de sensibilidade em 𝑇 = 38 °C: (115,15-114,77)/(39-38) = 0,38  /°C
Encontre o valor da resistência 𝑅 para a temperatura 𝑇 = 38,4 °C utlizando o coeficiente de sensibiliade e a
aproximação linear:
𝑅 𝑇0 + ∆𝑇 ≈ 𝑅(𝑇0 )+ 𝑅′ 𝑇0 ∙ ∆𝑇
𝑅 38 + 0,4 ≈ 𝑅 38 + 𝑅′ 38 ∙ 0,4 = 114,77 + 0,38 ∙ 0,4 = 114,92 
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

PT-100
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

PT-100
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

PT-100
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

EXERCÍCIO
Ainda usando uma tabela de Pt-100 determine o coeficiente de sensibilidade do Pt-100 em 600 °C. Olhando a tabela
no ponto 600 °C sua resistência vale 313,71  e no ponto 601 °C, vale 314,03 .

Encontre o coeficiente de sensibilidade em 𝑇 = 600 °C:


Encontre o valor da resistência 𝑅 para a temperatura 𝑇 = 600,5 °C utlizando o coeficiente de sensibiliade e a
aproximação linear:
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

EXERCÍCIO (resposta)
Ainda usando uma tabela de Pt-100 determine o coeficiente de sensibilidade do Pt-100 em 600 °C. Olhando a tabela
no ponto 600 °C sua resistência vale 313,71  e no ponto 601 °C, vale 314,03 .

Encontre o coeficiente de sensibilidade em 𝑇 = 600 °C: (314,03 – 313,71)/(601 - 600)) = 0,32  /°C
Encontre o valor da resistência 𝑅 para a temperatura 𝑇 = 600,5 °C utlizando o coeficiente de sensibiliade e a
aproximação linear:
𝑅 𝑇0 + ∆𝑇 ≈ 𝑅(𝑇0 )+ 𝑅′ 𝑇0 ∙ ∆𝑇
𝑅 600 + 0,5 ≈ 𝑅 600 + 𝑅′ 600 ∙ 0,5 = 313,71 + 0,32 ∙ 0,5 = 313,87 
PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS EM FUNÇÕES COM UMA VARIÁVEL

PT-100

PT-100 Coeficiente de sensibilidade


350.00

0.44
300.00

0.42
250.00

Coeficiente de sensibilidade
0.4
Resistencia (ohm)

200.00
0.38

150.00
0.36

100.00
0.34

50.00 0.32

0.00 0.3
-220 -120 -20 80 180 280 380 480 580 680 -220 -120 -20 80 180 280 380 480 580 680
Temperatura (oC) Temperatura (oC)

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