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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Tema do Trabalho:
COMPONENTES LÍQUIDOS E GASOSOS DO SOLO

Docente: Nome e Código do Estudante:


MA. Felizardo Casimiro Flávia Bertil João Agostinho
708212079

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Pedogeografia
Ano de Frequência: 1º Ano

MILANGE, MAIO DE 2022


Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Referências
edição em citações citações/referências 4.0
Bibliográficas
e bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 1
1.1. Objectivos .................................................................................................................... 2
1.1.1. Geral ..................................................................................................................... 2
1.1.2. Específicos ............................................................................................................ 2
1.2. Metodologia ................................................................................................................. 2
2. Componentes líquidos e gasosos do solo ............................................................................ 3
2.1. Componente líquido ..................................................................................................... 3
2.2. Componente gasoso ..................................................................................................... 3
3. Humidade do Solo ............................................................................................................... 3
3.1. Determinação do Teor de Água no Solo ...................................................................... 4
4. Noções sobre ácido, base e pH ............................................................................................ 5
4.1. Conceitos de ácidos e bases ......................................................................................... 5
4.2. pH................................................................................................................................. 7
5. Origem da acidez do solo .................................................................................................... 8
6. Tipos de acidez do solo ....................................................................................................... 8
7. Correcção da acidez do solo .............................................................................................. 10
8. Conclusão .......................................................................................................................... 11
9. Referências bibliográficas ................................................................................................. 12
1. Introdução
O solo é constituído por três fases: sólida, líquida e gasosa. A fase sólida é constituída pelo
material parental local ou transportado e material orgânico, originário da decomposição
vegetal e animal. A fase líquida, a água ou a solução do solo (elementos orgânicos e
inorgânicos em solução), e a fase gasosa, de composição variável, de acordo com os gases
produzidos e consumidos pelas raízes das plantas e dos animais (CO2 e O2). As propriedades
físicas, químicas e biológicas do solo são determinadas pelo processo geológico de sua
formação, origem dos minerais, e sua evolução de acordo com o clima e o relevo do local,
além dos organismos vivos que o habitam.

Neste contexto, o presente trabalho tem por objectivo, descrever os componentes líquidos e
gasosos do solo. Dependendo da espécie mineralógica que deu origem e dos mecanismos de
intemperismo e transporte, o solo apresenta diferentes conteúdos das fracções: areias, siltes ou
argilas. O tamanho relativo dos grãos do solo é chamado de textura e sua medida de
granulometria (escala granulometria), para classificação da textura do solo. Com o intuito de
alavancar os objectivos no desenvolvimento do presente trabalho abordaremos os seguintes
conceitos: Humidade do Solo; Noções sobre ácido, base e pH; Origem da acidez do solo;
Tipos de acidez do solo; e a Correcção da acidez do solo.

O trabalho terá como abordagem a qualitativa e obedecera a seguinte estruturada,


nomeadamente: capa; Folha de Feedback; Folha para recomendações de melhoria: A ser
preenchida pelo tutor; índice; introdução; objectivos; metodologia; análise e discussão
(desenvolvimento); considerações finais (conclusão); e referencias bibliográficas.

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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Falar das componentes Líquidos e Gasosos do solo.

1.1.2. Específicos
 Descrever as componentes Líquidas e Gasosas do Solo;
 Explicar a origem da Acidez do Solo;
 Mencionar os tipos de Acidez do Solo;

1.2.Metodologia
O presente trabalho realizou-se com base nas regras de produção e publicação de trabalhos
científicos da Universidade Católica de Moçambique. Os conteúdos foram desenvolvidos
recorrendo-se a leitura de varias obras literárias, artigos, referências bibliográficas e manuais
que abordam assuntos relacionado com o tema em questão. Como não basta-se, recorreu-se
também ao uso da internet.

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2. Componentes líquidos e gasosos do solo
2.1.Componente líquido
O componente líquido do solo vem a ser a água do solo, porém na realidade trata-se de uma
solução, uma vez que a água contém minerais (catiões e aniões) dissolvidos, e essa água e
esses minerais serão absorvidos pelas plantas. A água do solo fica retida nos microporos e é
drenada para as camadas mais profundas do solo, pela acção da gravidade, quando está nos
macroporos, os quais são responsáveis pela aeração do solo. A água do solo está retida a
tensões variáveis, porém, quando os valores de tensão são muito elevados, mesmo existindo
água no solo a mesma não pode ser absorvida pelas plantas, que murcham, às vezes de
maneira irreversível (Luis, 2017).

2.2.Componente gasoso
O componente gasoso vem a ser o ar do solo, que possui a mesma composição qualitativa do
ar atmosférico (possui os mesmos componentes), porém difere quantitativamente, possuindo
teores mais elevados de dióxido de carbono (CO2) e teores mais baixos de oxigénio (O2), visto
que os organismos do solo respiram, consumindo oxigénio e liberando dióxido de carbono.
Processos naturais, como variações na pressão barométrica e de temperatura, chuvas, etc.,
promovem a renovação do ar do solo, propiciando sempre um bom suprimento de oxigénio
para as raízes das plantas (Luis, 2017).

3. Humidade do Solo
Humidade e o teor de água estão entre os mais importantes parâmetros medidos em alimentos.
O teor de humidade está inversamente relacionado à matéria seca de um alimento, por isso, há
efeitos económicos directos nos consumidores e processadores. Mais importante, o teor de
humidade também influencia a estabilidade e qualidade do produto.

Humidade do solo é a relação entre a quantidade de água contida num solo ou substrato e a
sua massa de sólidos secos (Lima, 2001). De maneira prática, uma amostra de solo é pesada
húmida e seca em estufa (105°C) até massa constante, pesando-a novamente, obtendo-se a
massa de sólidos secos. É expressa pela seguinte equação, em Kg.Kg-1:

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Segundo Klar (1991, cit. em Lima, 2001), nesse sistema não se considera o volume do solo e,
consequentemente, a estrutura pode ser destruída. Como a massa do solo por unidade de área
ou volume vária de acordo com a densidade do solo, o teor de água a base de massa não serve
como indicativo do volume de água armazenado e passível as plantas. Para que isso seja
possível determina-se o teor de água a base de volume.

Para transformar a humidade do solo a base de massa para humidade do solo a base de
volume utiliza-se uma relação matemática que determina que o produto da multiplicação dos
valores da humidade gravimétrica pela densidade do solo, dividido pela densidade da água,
origina a humidade a base de volume, expressa em m³ de água/m³ de solo, cm³/cm³,
mm³/mm³, conforme Lima (2001). A importância dessa explicação é que as plantas exploram
um volume de solo, no qual existirá um volume de água.

3.1.Determinação do Teor de Água no Solo


A determinação do teor de água no solo é fundamental em várias situações na agricultura, e é
imperativa para definir o momento de operações mecanizadas e controlar o correto manejo da
irrigação. Nesse sentido, a rapidez na determinação do teor de humidade é importante para
que as decisões possam ser tomadas de forma rápida.

Segundo Santos, et al (2005), a medição do teor de água no solo em condições de campo é


difícil de ser realizada, por conta de uma série de factores, tais como: o crescimento desigual
das plantas e a desuniformidade da distribuição do sistema radicular; diferenças em
características de infiltração; a variabilidade do solo com relação à estrutura, à estratificação e
à textura; mudanças na densidade do solo, variação do volume de poros e da distribuição de
tamanho de poros; desigualdades no relevo; desuniformidade inerente à irrigação. Lima
(2001) afirma que, refere-se que:

O teor de água no solo está sujeito a variabilidade temporal, uma vez que o sistema
solo-água é dinâmico, tanto no perfil do solo quanto na área. As variações espaciais
dos mais diversos atributos físicos condicionam a distribuição de água no solo e
consequentemente o rendimento das culturas. Assim, a medição da humidade do solo
é essencial para a pesquisa e entendimento do comportamento de distribuição da água
no mesmo. Devido à importância da água no desenvolvimento das plantas e suas
implicações em várias propriedades do solo, a determinação do seu teor sempre foram
de grande interesse, tanto no aspecto científico como no económico (p. 112).
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Vários métodos e técnicas são utilizados para a determinação do teor de água no solo,
algumas demoradas, outras caras e, ainda, algumas bastante imprecisas em função da
condição do solo, segundo Santos et al (2005). O autor destaca ainda que as principais
diferenças entre os métodos resumem-se a forma de medição, local de medição, instalação,
preço, tempo de resposta e, operacionalidade no campo.

Existem métodos directos e indirectos de determinação da humidade do solo. Dentre os


métodos directos (que permitem a determinação directa da humidade do solo), o gravimétrico
é o mais utilizado, e é o método-padrão para calibração dos métodos indirectos. Como
métodos alternativos ao método convencional existem o método do forno microondas, o
método do forno eléctrico e o método das pesagens (Santos et al, 2005).

Os principais métodos indirectos (que se baseiam nas propriedades físicas e químicas dos
solos, que estão estreitamente relacionadas ao conteúdo de água) baseiam-se em medidas
como a moderação de neutrões, a resistência do solo à passagem de corrente eléctrica, a
constante dielétrica do solo e a tensão da água no solo. Essas são características do solo que
variam com a sua humidade. Grande parte destes métodos requer calibração (Santos et al,
2005).

4. Noções sobre ácido, base e pH


4.1.Conceitos de ácidos e bases
O conceito químico mais simples de ácido é suficiente para ilustrar as ideias relacionadas à
acidez dos solos. De acordo com Lima (2001), ácidos são substâncias que em solução aquosa
liberam iões hidrogénio (H+) de acordo com a seguinte relação: . O ácido
HA, em solução aquosa, dissocia-se no catião H+ e no anião A-. Ácidos fortes dissociam-se
completamente ácidos fracos (que se assemelham mais aos problemas de acidez em solos)
dissociam-se muito pouco.

Segundo o autor acima citado, pela pouca dissociação de ácidos fracos, ocorrem nas soluções
aquosas concentrações muito baixas de H+, que são de difícil representação em fracções
decimais. O conceito de pH foi introduzido para representar a concentração de H+, sendo
expresso por:

[ ]

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Assim, para uma concentração 0,000001 molar ou 10-6 M em H+, o pH será 6. A escala de
pH varia de 0 a 14. Em solos podem ser encontrados valores de 3 a 10, com variações mais
comuns em solos da zona centro entre 4,0 a 7,5. Solos com pH abaixo de 7 são considerados
ácidos; os com pH acima de 7 são alcalinos.

a) O conceito de Arrhenius
De acordo com Russel (1994), um dos primeiros conceitos de ácidos e bases desenvolvido no
final do século 19, por Svante Arrhenius, um químico sueco. Segundo Arrhenius, os ácidos
são substâncias que em solução aquosa sofrem ionização, liberando como catiões somente H+.

Enquanto isso, as bases são substâncias que sofrem dissociação iónica, liberando como único
tipo de anião os iões OH- (hidroxila).

Entretanto, o conceito de Arrhenius para ácidos e bases mostrou-se restrito a água.

a) Conceito de Bronsted-Lowry
Segundo Russel (1994), o conceito de Bronsted-Lowry é mais abrangente do que o de
Arrhenius e foi apresentado 1923. De acordo essa nova definição, os ácidos são substâncias
capazes de doar um protão H+ a outras substâncias. E as bases são substâncias capazes de
aceitar um protão H+ de outras substâncias.

Ou seja, o ácido é doador de protões e a base é receptora de protões. Caracteriza-se um ácido


forte como aquele que se ioniza completamente na água, isto é, libera iões H+. Porém, a
substância podem ser anfiprótica, ou seja, capaz de se comportar como um ácido ou base de
Bronsted. Observe o exemplo da água (H2O), uma substância anfiprótica:

 = Base de Bronsted, aceitou o protão

 = Ácido de Bronsted, doou o protão

Além disso, as substâncias se comportam como pares conjugados. Todas as reacções entre um
ácido e uma base de Bronsted envolvem a transferência de um protão e tem dois pares ácido-
base conjugados.

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4.2.pH
Para Russel (1994), o pH corresponde ao potencial hidrogeniônico de uma solução. Ele é
determinado pela concentração de iões de hidrogénio (H+) e serve para medir o grau de
acidez, neutralidade ou alcalinidade de determinada solução.

Além do pH existe também outra grandeza que determina a acidez e a basicidade de um


sistema aquoso: o pOH (potencial hidroxiliônico). Essa escala possui a mesma função que o
pH, embora seja menos utilizada.

Fig. 1. Representação da escala do pH

Fonte: Autora (2022)

O pH é representado numa escala que varia de 0 a 14. Ela mede a acidez e basicidade de uma
solução. Sendo assim, o pH 7 representa uma solução neutra (por exemplo, a água pura). Já os
que estão antes dele são consideradas soluções ácidas (pH ácido), e os que estão após o 7 são
as soluções básicas (pH alcalino). Feita essa observação, o carácter ácido é crescente da
direita para a esquerda. Já o carácter básico, da esquerda para a direita. Note que, quanto
menor o valor do pH mais ácida será a solução (Russel, 1994).

Fig. 2. Representação das escalas de pH e pOH

Fonte: Autora (2022)

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5. Origem da acidez do solo
De acordo com Santos et al (2005), refere-se que, os solos podem ser naturalmente ácidos
devido à própria pobreza em bases do material de origem, ou a processos de formação que
favorecem a remoção de elementos básicos como K, Ca, Mg, Na. Além disso, os solos podem
Ter sua acidez aumentada por cultivos e adubações que levam a tal processo. Em qualquer
caso, a acidificação se inicia, ou se acentua, devido à remoção de bases da superfície dos
colóides do solo. Há duas maneiras principais que provocam a acidificação do solo. A
primeira ocorre naturalmente pela dissociação do gás carbónico:

O H+ transfere-se então para a fase sólida do solo e libera um catião trocável, que será
lixiviado com o bicarbonato. Santos et al (2005) diz ainda que, esse fenómeno é favorecido
por valores de pH elevados, tornando-se menos importante em pH baixos, sendo inexpressivo
a pH abaixo de 5,2. Portanto, em solos muito ácidos não é provável uma grande acidificação
através do bicarbonato. Não obstante aos diversos benefícios da adubação no aumento da
produtividade agro-pecuária, a Segunda causa da acidificação é ocasionada por alguns
fertilizantes (sobretudo os amoniacais e a ureia) que durante a sua transformação no solo
(pelos microrganismos) resulta H+:

Amoniacal:

Uréia: (o formado reage no solo como explicado


acima).

O H+ produzido, como no primeiro caso, libera um catião trocável para a solução do solo, que
será lixiviado com o anião acompanhante, intensificando a acidificação do solo. Alguns
autores atribuem ainda como uma terceira causa importante da acidificação dos solos, a
hidrólise do alumínio, a qual produz iões H+, de acordo com a relação:

6. Tipos de acidez do solo


Santos et al (2005) afirma que, a acidez do solo pode ser dividida em acidez activa e acidez
potencial, e esta, por sua vez, em acidez trocável e acidez não trocável. Denomina-se acidez

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activa a parte do hidrogénio que está dissociada, ou seja, na solução do solo, na forma de H+ e
é expressa em valores de pH.

A acidez trocável refere-se aos iões H+ e Al3+ que estão retidos na superfície doscolóides por
forças electrostáticas. A quantidade de hidrogénio trocável, em condições naturais, parece ser
pequena. A acidez não trocável é representada pelo hidrogénio de ligação covalente,
associado aos colóides com carga negativa variável e aos compostos de alumínio. A acidez
potencial corresponde à soma da acidez trocável e da acidez não trocável do solo. Em resumo:

 Acidez activa: H+ da solução do solo


 Acidez trocável: Al3+ trocável + H+ trocável, quando houver
 Acidez não trocável: H+ de ligação covalente
 Acidez potencial: Al3+ trocável + H+ trocável, quando houver + H+ de ligação
covalente

Fig. 3. Componentes da acidez do solo

Vale observar que dentre os conceitos citados, a maior preocupação do agricultor deve ser em
corrigir a maior parte da acidez potencial, que é a mais prejudicial ao crescimento da maioria
das plantas.

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7. Correcção da acidez do solo
Calagem é uma técnica utilizada no preparo do solo agrícola em que materiais de calcário são
adicionados ao solo para neutralizar a sua acidez, aumentando assim sua produtividade e
retorno financeiro. A aplicação de calcário (calagem) atua na acidez do solo e também há o
fornecimento de nutrientes como cálcio e magnésio para as plantas.

Segundo Santos et al (2005), quando se aplica um correctivo de acidez no solo, na maioria das
vezes calcário (carbonato de cálcio e carbonato de magnésio), as reacções resultantes são as
seguintes:

Da mesma forma que representado acima, acontece com o carbonato de magnésio. Os


carbonatos (de Ca ou de Mg) reagem com o hidrogénio do solo liberando água e gás
carbónico. O alumínio é insolubilizado na forma de hidróxido. No caso de outros correctivos
da acidez de solo, que não o calcário, como a cal virgem (CaO), cal hidratada Ca (OH)2,
calcário calcinado, etc., que são quimicamente bases fortes, o mecanismo de neutralização da
acidez do solo baseia-se na reacção da hidroxila (OH-) com o (H+) da solução do solo (Santos
et al, 2005).

A correcção do solo tem como objectivo principal estabelecer o equilíbrio entre catiões e iões
no solo para que as plantas se desenvolvam de forma saudável evitando a presença de pragas
e doenças e assim aumentar a produtividade do plantio. Diminuir a acidez, ou seja aumentar o
pH do solo, e fornecer cálcio e magnésio para as plantas. É uma técnica utilizada no preparo
do solo agrícola em que materiais de calcário são adicionados ao solo para neutralizar a sua
acidez, aumentando assim sua produtividade e retorno financeiro.

A correcção do solo aumento da disponibilidade de cálcio e magnésio, elementos que são


fundamentais para o crescimento das raízes, com isso incrementando a absorção da água e dos
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nutrientes presentes no solo. Redução dos efeitos tóxicos do manganês e do alumínio, que
afectam negativamente o enraizamento das plantas; Atua como fertilizante; Melhoria nas
características físicas do solo, a calagem auxilia na diminuição da compactação do solo.

8. Conclusão
Conclui-se que, Dependendo do seu uso, pode ser visto sob diversos aspectos. No geral, Solo
é um corpo de material inconsolidado, que recobre a superfície terrestre emersa, entre a
litosfera e a atmosfera. Os solos são constituídos de três fases: sólida (minerais e matéria
orgânica), líquida (solução do solo) e gasosa (ar). O solo, contudo, pode ser visto sobre
diferentes ópticas. Para um agrónomo, através da edafologia, solo é a camada na qual pode-se
desenvolver vida vegetal. Para um engenheiro civil, sob o ponto de vista da mecânica dos
solos, solo é um corpo passível de ser escavado, sendo utilizado dessa forma como suporte
para construções ou material de construção. O solo, também chamado terra, tem grande
importância na vida de todos os seres vivos do nosso planeta, assim como o ar, a água, o fogo
e o vento. É do solo que retiramos parte dos nossos alimentos e que sobre ele, na maioria das
vezes, construímos as nossas casas.

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9. Referências bibliográficas
Lima, V. C. (2001). Fundamentos de pedologia. Curitiba: Universidade Federal do Paraná,
Sector de Ciências Agrárias, Departamento de Solos e Engenharia Agrícola. 343p.

Luis, Antonio dos Anjos. (2017). Pedogeografia: Manual de Curso de licenciatura em Ensino
de Geografia – 1o ano. Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino a
Distância: UCMCED. Moçambique – Beira.

Resende, M.; Curi, N.; Rezende, S.B.; Corrêa, G.F. (2007). Pedologia: base para distinção de
ambientes (5ª edição). Lavras: UFLA. 322 p.

Santos, R.D.; Lemos, R.C.; Santos, H.G.; KER, J.C.; Anjos, L.H.C. (2005). Manual de
descrição e colecta de solo no campo (5ª edição). Viçosa, MG, Sociedade Brasileira
de Ciência do Solo. 92p.

Russel, J. B. (1994). Química Geral – volume 2 (2ª Edição). –Makron Books.

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