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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

Programa de Especialização Ciência é 10


Gláucia Pereira

A ORIGEM DO UNIVERSO: como começou


o mundo e os seres vivos.

Teófilo Otoni
2021

1
Gláucia Pereira

A ORIGEM DO UNIVERSO: como começou


o mundo e os seres vivos

Monografia de especialização apresentada como


requisito para a primeira avaliação da disciplina
Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização
em Ensino de Ciências nos anos finais do Ensino
Fundamental da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri.

Orientadora: Dra. Márcia Cristina da Silva Faria


Coorientador: Dr. Jairo Lisboa Rodrigues

Teófilo Otoni
2021
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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Grande Arquiteto do Universo pelo dom da vida.


À ciência por ser fonte inspiradora de toda evolução.
Aos meus pais, em especial minha mãe pela parceria constante durante toda vida que
compartilhamos juntas, amor além do infinito.
Aos meus amigos, aos sobrinhos em especial Henrique e João Pedro pelo riso solto, fazendo
com que meus dias se tornem mais leves.
A Thompson por me abraçar nesse momento de dor e tentar me entender.
Aos meus alunos pela troca diária.
A Universidade Federal dos Vales Jequitinhonha e Mucuri pela oportunidade do curso
oferecido.
À Márcia, minha orientadora que me inspirou a chegar até aqui.
Ao Jairo meu coorientador pela disponibilidade e atenção.
Enfim, meu muito obrigada!

3
À minha mãe por todo amor,
companheirismo e cuidados dedicados por
toda sua vida a mim. Obrigada por ter sido
minha parceira de vida, nossa sintonia vai
além desse universo. Ah que falta a
senhora me faz....
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RESUMO

A origem das coisas sempre foi uma preocupação central da humanidade, mas a origem mais
fundamental de todas parece ser a origem do universo como um todo – tudo o que existe. O
entendimento do universo foi, para diversas civilizações antigas, algo muito distinto do que
nos é ensinado hoje pela ciência. As explicações de como o mundo começou e continua, de
como os homens surgiram e do que os deuses esperam de nós sempre tiveram fundamentos
religiosos, mitológicos ou filosóficos. Por falta de outras formas de entendimento da questão,
só recentemente a ciência pôde oferecer sua versão para os fatos. Os estudos sobre origem da
vida constituem um campo de investigação científica e um tema de ensino escolar,
transmitido na universidade e em escolas de nível fundamental e médio. Quanto ao ensino
escolar deste tema, são diversos os problemas no que se refere ao conhecimento e capacitação
dos professores. Assim como também, a pluralidade de teorias e abordagens pode dificultar o
entendimento dos alunos. Devido a isso, esta pesquisa exploratória visou levantar dados
dentro da literatura cientifica a fim de contribuir para a compreensão dos docentes e ressaltar
a importância de se trabalhar esse conteúdo em sala de aula. O método empregado foi a
pesquisa de dados no Google Acadêmico, e posterior seleção dos artigos mais atuais e
relevantes para o objetivo do estudo. Esta revisão, portanto, observou a importância do
conhecimento multicultural dos professores, para que identifique equívocos e meça o
conhecimento cientifico, proporcionando o desenvolvimento de alunos autônomos e críticos.
Foi observado que é comum professores de ciências serem questionados pelos alunos sobre a
veracidade de temas como a Origem do Universo, a vida e evolução, devido a questões
religiosas. Por conseguinte, depreende-se que função do professor não é doutrinar e, sim,
mediar o conhecimento científico e, principalmente, elucidar que saber não implica em
acreditar, já que uma pessoa pode estudar várias religiões e culturas sem adotá-las para sua
vida.

Palavras-chave: Ciência; Ensino; Teorias; Universo;

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ABSTRACT

The origin of things has always been a central concern of humanity, but the most fundamental
origin of all seems to be the origin of the universe as a whole – everything that exists.
Understanding the universe was, for many ancient civilizations, something very different from
what science teaches us today. The explanations of how the world began and continues, of
how men came into being and of what the gods expect of us have always had religious,
mythological or philosophical foundations. For lack of other ways of understanding the
matter, science has only recently been able to offer its version of the facts. Studies on the
origin of life constitute a field of scientific investigation and a discipline of school education,
taught at the university and in primary and secondary schools. As for the school teaching of
this theme, there are several problems with regard to the knowledge and training of teachers.
Just as the plurality of theories and approaches can make it difficult for students to
understand. Because of this, this exploratory research aimed to collect data within the
scientific literature in order to contribute to the understanding of teachers and emphasize the
importance of working this content in the classroom. The method used was the search for data
on Google Scholar, and subsequent selection of the most current and relevant articles for the
purpose of the study. This review, therefore, observed the importance of teachers'
multicultural knowledge, so that they can identify errors and measure scientific knowledge,
providing the development of autonomous and critical students. It was observed that it is
common for science teachers to be questioned by students about the veracity of topics such as
the Origin of the Universe, life and evolution, due to religious issues. Therefore, it appears
that the teacher's role is not to indoctrinate, but to mediate scientific knowledge and, above
all, to clarify that knowing does not imply believing, since a person can study various
religions and cultures without adopting them for their life.
Keywords: Science; Teaching; Theories; Universe.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................8
2 OBJETIVOS........................................................................................................................10
2.1 Objetivo Geral...............................................................................................................10

2.2 Objetivos Específicos....................................................................................................10

3 METODOLOGIA...............................................................................................................11
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................12
4.1 A Origem do Universo..................................................................................................12

4.2 A Evolução dos Seres Vivos.........................................................................................15

4.3 O estudo do Universo em sala de aula.........................................................................17

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................22
6 REFERÊNCIAS..................................................................................................................23

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1 INTRODUÇÃO

A contemplação do Universo tem fascinado o homem desde a remota antiguidade.


Segundo Bertolami e Gomes (2018, p. 77), a observação do céu noturno e o movimento
aparente do sol propiciaram as primeiras noções acerca da imensidão do cosmos e da sua
extraordinária dinâmica. Os múltiplos mitos da criação, comuns às mais diversas culturas,
concernem invariavelmente sobre a separação do céu e da terra e a origem do universo.
O surgimento do universo é um assunto que sempre desperta curiosidade em toda a
humanidade. Em todas as pessoas de todas as idades, existem muitas iniciativas de decifrar de
onde vem tudo o que sabemos. No passado, religião e mitologia eram as únicas agentes de
conhecimento (BATISTA; FUSINATO, 2016, p. 88). O esforço para buscar compreender o
universo ajudou a humanidade a desenvolver vários campos. Inicialmente, a astronomia
ajudou no desenvolvimento da agricultura, pois pôde prever estações, chuvas, secas e
inundações, além de orientar o cultivo e o estilo de vida dos povos antigos. E desde sempre, a
pesquisa em astronomia tem contribuído com pesquisas nas áreas de ciências espaciais,
meteorologia, telecomunicações, ciências da terra e saúde (BIZZO; MOLINA, 2004, p. 406).
O caminho para encontrar a resposta para "de onde viemos e como começamos" é
longo e ainda não acabou, mas pesquisas envolvendo física, química, biologia, geologia,
matemática e meteorologia trouxeram inúmeros benefícios para a humanidade. No entanto,
em muitos casos, esse tema não tem recebido a abordagem devida no espaço escolar, o que
leva à perda da oportunidade de compreender a trajetória do conhecimento científico gerado
ao longo do tempo. Um problema que habitualmente atinge o ensino dessa disciplina é a
notória pluralidade de teorias e abordagens com que se defronta qualquer um que examine o
assunto, a sua transdisciplinaridade, e a falta de capacitação dos professores para o ensino
deste assunto (DAMINELI, 2007, p. 271).
Também é interessante notar que nos livros didáticos do Ensino Médio, os conceitos
de “origem da vida” são apresentados, mas não aparecem as divergências e os problemas que
estes conceitos ainda apresentam. Na realidade, eles não captam a diversidade de ideias no
campo de pesquisa em questão. Kawasaki e El-Hani (2002, p. 5) analisaram as definições de
vida encontradas em livros didáticos do Ensino Médio e constataram que nenhum deles
apresentou ideias que demonstram as divergências no meio científico. Preocupados com os

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textos escolares que chegam às salas de aulas, Bizzo e Molina (2004, p. 210) abordaram
distorções de conceitos centrais do darwinismo.
Em toda a história da humanidade, uma das maiores e contínuas questões é “Onde é
início de tudo?”. Esta questão não resolvida desencadeou muitas conspirações, mortes,
inferências, teorias científicas e versões religiosas para tentar explicar a origem da vida na
terra (e até mesmo no universo) (FRANCISCO, 2021). Segundo uma pesquisa feita por
Falcão et al. (2008, p. 26), 95% dos estudantes do 1º e 3º ano do ensino médio, de uma escola
pública do Rio de Janeiro, responderam que a origem do universo se baseou na vontade
divina. Para estes estudantes, basicamente, “Deus criou o céu, a Terra, o mar, os animais,
assim como criou o homem e a mulher, à sua imagem e semelhança”.
A predominância da perspectiva religiosa tem sido observada por professores em sala
de aula quando o assunto é origem do homem e do universo. Kawasaki e El-Hani (2002)
perceberam que alguns alunos do 3º ano do Ensino Médio tinham pré-conceitos a respeito do
tema ou se sentiam desconfortáveis com a possibilidade de encarar a abordagem evolucionista
da origem do homem. No debate entre as teorias sobre a origem da vida, as teorias de Charles
Darwin e seus seguidores sobre a evolução das espécies se destacam no campo científico.
Algumas pessoas discordam de Darwin e "juram" que "as pessoas não são de macacos" até
hoje.
A BNCC (Base Nacional Curricular Comum) prevê que o ensino de Ciências da
Natureza, nos anos finais do ensino fundamental, deve explorar aspectos mais complexos das
relações dos alunos consigo mesmos e com a natureza, de tal forma que, ao lançar mão do
conhecimento científico e tecnológico para compreender os fenômenos da natureza, sejam
protagonistas na escolha de posicionamentos e valorizem as experiências pessoais e coletivas
(BRASIL, 2018).
Para a professora Márcia Rita Trindade Leite Malheiros (2010, p. 15), a pesquisa
bibliográfica levanta o conhecimento disponível na área, possibilitando que o pesquisador
conheça as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para compreender
ou explicar o seu problema objeto de investigação. Portanto, este trabalho está voltado para o
educador de Ciências da Natureza, para que sirva como base para o entendimento da evolução
da vida no universo. Além disso, será abordada a importância de se estudar o Universo em
sala de aula, como forma de incentivo aos professores.

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2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Descrever as explicações sobre a origem do universo, explanando as teorias existentes
sobre a trajetória humana desses últimos milênios, a Origem e Evolução do Universo.

2.2 Objetivos Específicos


- Elaborar uma revisão bibliográfica aprofundada sobre a origem do universo e do
homem;
- Descrever, em linhas gerais, os modelos de origem do Universo;
- Indicar a importância das explicações acerca da origem do Universo em sala de aula.

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3 METODOLOGIA

Este projeto tem como base a pesquisa exploratória, pois tem como objetivo, realizar
um estudo preliminar do principal objetivo da pesquisa, procurando desenvolver, esclarecer e
modificar conceitos e ideias para a formulação de abordagens posteriores.
O estudo foi elaborado através da pesquisa bibliográfica, na qual o conteúdo
sistematizado será desenvolvido com base em material publicado em livros e redes
eletrônicas, ou seja, acessível a todo tipo de público. O primeiro passo consistiu na utilização
da base de dados Google Acadêmico, seguida de seleção daqueles que descrevessem as
explicações sobre a origem do universo, e aqueles publicados nos últimos 20 anos. Os autores
mais abordados neste estudo foram Streiner (2006), Bertolami, Gomes (2018) e Ruse (2005),
os quais colaboraram para o entendimento das diversas teorias sobre a origem do Universo e
trouxeram contribuições para a reflexão acerca do ensino deste tema em sala de aula.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 A Origem do Universo

Cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, a Terra começou a se formar. Naquela época, o
planeta era muito quente, comparando-se a uma bola de fogo, por isso não tinha vida
(FRANCISCO, 2021). Alguns autores apontam que a curiosidade a respeito de onde viemos e
como o universo surgiu tem contribuído e para o desenvolvimento das seguintes áreas:
A astronomia é considerada uma ciência que desperta o interesse e a
curiosidade das pessoas e ainda favorece o desenvolvimento de outras
características transversais à Astronomia, tais como: melhoria na capacidade
de cálculos matemáticos, comparação e classificação de objetos ou eventos,
comunicação, experimentação, exploração, imaginação, mediação,
observação, organização, raciocínio lógico, aplicação, avaliação, dedução,
descrição, interpretação, manipulação de instrumentos e reconhecimento de
pré-conceitos, ou concepções alternativas, o que contribui para todas as
outras disciplinas (BATISTA; FUSINATO, 2016, p. 7).

Em 1927, o padre jesuíta belga Georges Lemaître propôs o modelo do átomo


primordial no qual que o Universo estava em expansão com base na Relatividade Geral de
Einstein e no modelo evolutivo do Universo em expansão do engenheiro russo Aleksander
Friedmann, tal que retrocedendo no tempo deveria ter havido uma origem. Dois anos mais
tarde, as observações de Edwin Hubble mostraram que as galáxias estavam a se afastar umas
relativamente às outras em ritmo progressivamente maior consoante a distância entre elas. São
estes os dois pilares da teoria do Big Bang. Todavia, nos seus detalhes concretos, a hipótese
de Lemaître estava equivocada, pois admitia que o Universo primitivo era frio e que as
observações eram compatíveis com os decaimentos radioativos dos elementos primordiais.
Em 1948, George Gamow propôs alternativamente que os elementos químicos teriam sido
sintetizados a partir das partículas elementares primordiais, isto é, de um Universo primordial
muito quente. Esta hipótese foi confirmada pela descoberta da Radiação Cósmica de Fundo,
prevista por Gamow, Ralph Alpher e Robert Hermann, e observada em 1965 pelos norte-
americanos Arno Penzias e Robert Wilson (BERTOLAMI; GOMES, 2018).
No final dos anos 1940, o astrônomo George Gamow sugeriu que a explosão inicial
poderia ter deixado resquícios observáveis até hoje. Ele pensou que um universo tão
compacto e quente teria emitido muita luz. Com a expansão, a temperatura característica
dessa luz teria abaixado. Segundo cálculos simples, hoje ela talvez pudesse ser observada na
radiação de microondas, com uma temperatura de cerca de 5 graus Kelvin. Em 1965, dois

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engenheiros, Arno Penzias e Robert Wilson, procuravam a origem de um ruído
eletromagnético que estava atrapalhando as radiopropagações de interesse para um sistema de
telecomunicações. Descobriram que a radiação vinha de todas as direções para as quais
apontassem sua antena. Mediram a temperatura dessa radiação; eles encontraram um valor
para a temperatura não muito diferente do previsto, de 2,7 graus Kelvin (próximo ao zero
absoluto). Era a confirmação da teoria do Big Bang; Penzias e Wilson receberam o Prêmio
Nobel de Física em 1978 (STEINER, 2006).
Na ciência, quando se faz uma previsão específica baseada em uma teoria, e essa
previsão é confirmada, a teoria em questão sai fortalecida. Foi o que aconteceu com o
episódio da radiação cósmica de fundo. Ponto para a teoria do Big Bang, que passou a ter
supremacia absoluta sobre sua teoria rival, a teoria do estado estacionário, segundo a qual o
universo é o que sempre foi. Mas essa não foi a única confirmação da teoria. O Big Bang
também prevê que o elemento hélio se formou nos primeiros três minutos após a explosão.
Que cerca de um quarto da matéria do universo se formou desse elemento, e três quartos sob
forma de hidrogênio. Quando se conseguiu medir essa abundância primordial do hélio, o valor
encontrado confirmou com precisão o previsto (STEINER, 2006).
Assim, juntando teoria e observação, o Big Bang teve origem numa singularidade: um
ponto de elevada densidade e altíssimas temperaturas, que começou a expandir rapidamente
dando origem ao espaço-tempo. De tal forma que, o Universo teve um início, mas não teve
um centro. A teoria do Big Bang, segundo a qual o Universo teve origem numa explosão do
espaço-tempo há 13,8 mil milhões de anos, é a que melhor descreve a evolução do Universo
dada a consistência com todas as observações até ao presente. A teoria do Big Bang -
descrevendo os primeiros momentos do universo - assume que o universo começou com um
estado extremamente quente e denso, no qual toda a matéria e toda a radiação estavam em um
espaço infinitamente pequeno. A rápida expansão que começou então se assemelha a uma
explosão, mas na realidade não é uma explosão que ocorre em um ponto do espaço, mas a
criação do espaço em todos os pontos que se expandem ao longo do tempo (RUSE, 2005).
Sabe-se que depois do Big Bang, houve uma época de rápida expansão acelerada,
designada por inflação cósmica, em que o Universo passa a ter uma geometria espacialmente
plana. Vestígios desta época estão presentes nas diminutas flutuações (cerca de 6 partes por
milhão) de temperatura na radiação cósmica de fundo. Posteriormente, o Universo passou por
uma época de reaquecimento, em que houve produção de partículas que muito mais tarde se
combinaram electromagneticamente para formar os átomos primordiais. As condições
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termodinâmicas nos primeiros minutos do Universo foram favoráveis à formação de outros
núcleos atômicos e, subsequentemente, por conta da atracção gravitacional, formaram-se as
primeiras grandes estruturas do Universo, as galáxias. Por diferenciação interna sucessiva
formaram-se os sistemas estelares e planetários, e por atração gravítica as 4 estruturas de larga
escala como os enxames de galáxias. Aos constituintes conhecidos, temos que introduzir as
misteriosas matérias escura e energia escura, responsáveis por efeitos gravíticos que não são
causados pela matéria observável, e pela expansão acelerada do Universo, respectivamente
(BERTOLAMI; GOMES, 2018).
Sobre o futuro, não há certezas: a expansão do Universo pode continuar de forma
acelerada e destruir inclusivamente o espaço-tempo ou voltar a desacelerar, ou eventualmente
contrair-se num “Big Crunch” (Grande Colapso). Em 1998, no fechar do século e do milênio,
descobriu-se que a expansão do universo não está sendo desacelerada, mas acelerado. Isto é,
quanto mais o tempo passa, com maior velocidade as galáxias se afastam umas das outras.
Isso foi uma descoberta extraordinária e desconcertante, pois sugere que existe uma energia
que atua no sentido contrário ao efeito de gravidade. A essa energia se chamou de “energia
escura”. Ela é totalmente distinta da matéria escura; a matéria escura possui gravidade; a
energia escura, não. Ao contrário, provoca repulsão. Medidas de 2006 mostram que a matéria
normal corresponde a 4%, a matéria escura a 22%, e a energia escura a 74% de toda a massa-
energia do universo. Como apenas conhecemos a matéria comum, desconhecemos totalmente
a natureza de 96% do universo. Em outras palavras, o que conhecemos corresponde à ponta
do iceberg apenas (STEINER, 2006).
É interessante notar que todo este conceito cientifico em torno da origem do Universo
pode ser utilizado também pela versão bíblica. Souza (2013) reata que “a única (hipótese) que
sobreviveu foi aquela que mais se aproxima da versão bíblica(...) cientificamente aceitável,
embora longe de ser absoluta, visto que a ciência não pode explicar tudo”. Esta autora, traz
em seu artigo diversos trechos da bíblia onde diz ser “impressionante” a concordância com as
teorias de origem do Universo. Ainda segundo a autora: “os grandes mistérios da ciência
são resultados da distância inestimável entre os pensamentos do homem e os
pensamentos de Deus (Isaías 55.8,9).” O renomado cientista Stephen Hawking disse à ABC
Television em 1989 (SOUZA, 2013, p.17):

“É difícil discutir o início do Universo sem mencionar o conceito de Deus.


Minha obra sobre a origem do Universo situa-se na fronteira entre a ciência e

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a religião, mas eu tento ficar do lado científico da fronteira. É bem possível
que Deus atue de maneiras que não podem ser descritas por leis científicas.”

Estes pontos de vista são fundamentais de serem discutidos em sala de aula, revelando
que cientistas e/ou intelectuais podem acreditar na ciência e também nos desígnios de Deus.
Como por exemplo também o que disse o físico Charles Townes, ganhador do prêmio Nobel
de Física:
“Ao meu ver, a questão da origem parece ficar sem resposta se a
explorarmos de um ponto de vista científico. Assim, eu acredito que uma
explicação religiosa ou metafísica se faz necessário. Acredito no conceito de
Deus e na existência dele.”

A história de como o mundo começou e continua, de como os homens surgiram e do


que os deuses esperam de nós, foram explicadas por diversas civilizações e culturas. A
percepção da dimensão e da capacidade científica foi revelada de forma mais plena nas
décadas de 10, 20 e 30 do século XX, mas a história da cosmologia (a estrutura do universo) e
da cosmogonia (a origem do universo) não começou, nem parou aí. A ciência pôde oferecer
sua versão para os fatos muito recentemente, pois a própria ciência é recente. Como método
científico experimental, podemos nos referir a Galileu Galilei (1564-1642, astrônomo, físico e
matemático italiano) como um marco importante. Não obstante, já os gregos haviam
desenvolvido métodos geométricos sofisticados e precisos para determinar órbitas e tamanhos
de corpos celestes, bem como para previsão de eventos astronômicos. Egípcios e chineses,
assim como incas, maias e astecas também sabiam interpretar os movimentos dos astros
(STEINER, 2006).
Sendo assim, quanto mais pesquisas, mais avanços na fronteira do conhecimento da
natureza. Quanto mais a tecnologia avança, mais precisas são as medidas e as informações, e
mais sofisticadas e detalhadas as teorias. Por isso, somente quando a compreensão da nossa
realidade física for plenamente entendida pelo cidadão comum é que haverá o impacto da
astronomia sobre a cultura humana.

4.2 A Evolução dos Seres Vivos

A evolução é o processo de mudança dos organismos ao longo do tempo, tornando os


organismos atuais diferentes dos originais. Embora haja uma continuidade no tempo, não é
fácil deduzir as propriedades dos primeiros organismos a partir dos atuais. Graças aos fósseis,

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é possível recuperar algumas informações sobre a estrutura corporal dos ancestrais da espécie
atual. Isso tornou possível compilar um mapa exuberante da evolução nos últimos 540
milhões de anos aproximadament. Todos os tipos genéticos (arquitetura corporal) que existem
hoje apareceram nos chamados a "Explosão Cambriana" que aconteceu naquela época é
caracterizada pelo aparecimento de criaturas multicelulares (DAMINELI; DAMINELI, 2007,
p.7).
Entre as várias teorias e hipóteses que surgem em torno da origem da vida, podemos
citar o criacionismo, a abiogênese e a biogênese. Em um sentido amplo, o criacionismo se
refere à teoria de que Deus criou o mundo sozinho por meios miraculosos. Mais
especificamente, nos Estados Unidos hoje, o criacionismo é uma teoria de que a Bíblia,
especialmente o primeiro capítulo do Gênesis, guia literal e verdadeiramente a história do
universo e a história da vida na Terra, incluindo a nossa. (RUSE, 2005). Já conforme Romano
(2015) a teoria da abiogênese, ou formação espontânea, partia do pressuposto de que os seres
vivos podem emergir da "matéria-prima", sem vida. Os proponentes desta hipótese disseram
que em algumas matérias-primas uma "substância ativa" ou "força vital" estaria presente, e
um "princípio" ou "força" seria capaz de transformar matéria bruta (sem vida) em matéria
viva. Aristóteles foi um grande defensor dessa teoria.
Por sua vez, a teoria da biogênese foi criada para contrariar a noção de que um novo
ser pode surgir da matéria-prima. De acordo com a biogênese, todas as coisas vivas vêm de
outras coisas vivas pré-existentes, ou seja, um rato não pode nascer a menos que venha de
outro rato. As espécies de anfíbios e répteis só podem nascer de espécies pré-existentes desses
animais. (ROMANO, 2015). A teoria da biogênese originou diversas questões que especulam
o surgimento do primeiro ser vivo. Existem diversas hipóteses e teorias acerca da temática,
contudo as principais teorias modernas a respeito da origem do primeiro organismo vivo são a
Evolução química e Panspermia (GUTTMANN, 2021).
A teoria da Panspermia afirma que o surgimento da vida na Terra começou com seres
vivos ou precursores da vida de outras partes do universo. Em outras palavras, a vida surgiu
em outros planetas e foi trazida para a Terra por esporos ou formas de vida resistentes
anexadas a meteoritos que caíram na Terra e ainda estão caindo. Algumas moléculas
orgânicas foram encontradas em meteoritos que caem na Terra, o que indica que a formação
dessas partículas é comum no universo e leva à crença de que existe vida em outros planetas e
que o espaço interestelar não é tão hostil à vida quanto nós especulávamos (FREDERICO,
2013).
16
Inicialmente proposta pelo biólogo inglês Thomas Huxley e aprofundada anos depois
pelo também biólogo inglês John Burdon S. Haldane e pelo bioquímico russo Aleksandr I.
Oparin a Teoria da evolução molecular ou Teoria da evolução química, também é defendida
pelos cientistas. Conforme essa teoria, o surgimento da vida deriva de um processo de
evolução química, onde os compostos inorgânicos se combinam dando origem as moléculas
orgânicas simples, como por exemplo os aminoácidos, açucares, ácidos graxos, entre outros,
que ao se combinarem produzem moléculas mais complexas como ácidos nucleicos, lipídeos,
proteínas, etc., o que deu origem a estruturas com capacidades de metabolismo e
autoduplicação, o que culminou na origem dos seres vivos (PEDROCHI; NEVES, 2005, p.
13).

4.3 O estudo do Universo em sala de aula

A curiosidade sobre a origem do universo sempre existiu nas diferentes culturas como
a conhecemos, e inúmeras tentativas foram feitas para explicar como tudo começou e a
origem da humanidade. Ao longo da trajetória humana, para sanar suas dúvidas e
necessidades, cada um tenta do seu jeito cada vez, utilizando os recursos disponíveis no
momento para encontrar as respostas de que precisa, o que os deixará satisfeitos com o
universo ao seu lado.
Um dos objetivos do ensino de ciências é capacitar os alunos a compreender a visão
científica do mundo, ou seja, explicar o mundo de uma perspectiva científica, lidar com
alguns conceitos, leis e teorias, resolver problemas com o raciocínio científico e reconhecer a
história, epistemologia científica, aspectos sociais e culturais (PINO et al., 2003).
Como parte de um conjunto de ideias e conceitos muito abstratos, estudar a origem do
universo em um curso explicativo muitas vezes falha em produzir bons resultados, porque
sempre há confusão entre a popularidade das teorias existentes e os conceitos científicos.
Portanto, ao lidar com a origem do universo em sala de aula, o professor deve proporcionar
aos alunos aulas atrativas e mudar a forma como transmitiam as informações.
Portanto, é necessária uma nova forma de pensar o ensino, inserindo sugestões de
métodos de ensino que tenham uma maior contribuição no processo de ensino, para que os
alunos possam participar efetivamente, expressar suas ideias de bom senso, revisar seus
conhecimentos e compreender os conceitos das ciências.

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O ser humano é curioso por natureza, principalmente na infância e na adolescência,
mas na fase de descoberta, para obter melhores resultados em sala de aula, essa curiosidade
deve servir para motivar os alunos (OLIVEIRA, 2006). Portanto, os professores devem tentar
entender o que os alunos gostam e integrar o currículo com essas disciplinas.
Outra forma de tornar a sala de aula mais fácil e interessante é a utilização da
tecnologia, para isso os professores podem utilizar este recurso para permitir que os alunos
realizem pesquisas, grupos de estudos e atividades práticas online em sala de aula. Aplicar a
realidade aumentada em sala de aula também é uma boa forma de estudar a origem do
universo na sala de aula, pois por meio de jogos ou até mesmo do Google Earth, os alunos
podem, sem saber, absorver o conteúdo e se divertir com ele.
Neste contexto, a informatização do ambiente escolar pode ser algo proveitoso ou até
mesmo inevitável, ao passo que, em geral, em todos os segmentos razoavelmente possíveis
operações digitais se tornam cada vez mais comuns, desta forma, tornado cada vez mais
“convencionais” os procedimentos digitais. No âmbito do ensino não é diferente, a vasta
disponibilidade de softwares e conteúdo digital educacional, a flexibilidade concedida pela
dinâmica da internet, entre outros fatores, aponta para os benefícios que as TDICs
(Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação Escolar) quando introduzidas de
maneira ordenada podem oferecer (LOPES, 2016).
No contexto do ensino médio, as ciências naturais, que são geralmente subdivididas
em três disciplinas distintas, não devem ser integralmente tratadas como absolutamente
independentes, ao passo que a interdisciplinaridade nesta fase acadêmica é essencial para a
compreensão de construção do conhecimento. Tendo em vista que, conceitos físicos se
interligam com conceitos químicos, que por sua vez se interligam com conceitos biológicos e
assim sucessivamente. Esta dinâmica de pilares de conhecimentos específicos, agrupados de
forma coesa, auxiliam na compreensão do que é ciência como um todo (BERNARDES;
TERRA, 2014).
Percebe-se que as disciplinas científicas estão diretamente relacionadas ao progresso
científico e estão diretamente ligadas ao conhecimento de várias disciplinas, portanto, temos
consciência da importância de fortalecer a base de conhecimento dos alunos, e eles precisam
utilizar esse conhecimento para estarem em seu ambiente viva melhor. Para tanto, os
professores podem usar métodos positivos para explicar alguns problemas difíceis para os
alunos, como a origem do universo.

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Apresentar a dinâmica de como funciona a ciência, é essencial para a plena
aprendizagem, ao passo que, o estímulo da inserção do aluno em assuntos científicos atuais,
ou até mesmo em revisionismo científico, desde que esteja fundamentado também em ciência,
é importante no processo de ensino-aprendizagem.
Aplicado ao ambiente acadêmico podemos citar instrumentos como softwares
didáticos, laboratórios virtuais e pesquisas de internet podem promover uma melhor
compreensão da dinâmica do universo em sua gênese. A alta capacidade de abstração que
requer tal assimilação, pode ser mais bem formulada com um conteúdo visual de apoio. Desta
forma, o uso da tecnologia no ambiente acadêmico é, nas palavras de Oliveira (2006),
“indispensável e fator determinante na construção do conhecimento.” Da mesma forma, é
importante a contextualização dos acontecimentos envolvidos na construção do
conhecimento, tal como aponta Guttman (2015). A construção do conhecimento científico que
culminou na teoria de origem do universo mais bem fundamentada nos últimos tempos, é
tema deste trabalho.
Segundo Pedrochi e Neves (2005), em muitas pesquisas os conceitos prévios que os
alunos trazem consigo, ou as chamadas “concepções alternativas”, podem ter grande
influência na aprendizagem, podendo provocar algum tipo de resistência à “troca” destes
conceitos por aqueles ensinados em sala de aula. Outro grande problema que se apresenta é a
absorção, no sentido de sua apropriação e posterior reconstrução, de conceitos considerados
não-padrões. Tais conceitos podem ter sua origem na má preparação do professor ou na
“desatenção”, ou mesmo distorção, graças a um sistema educacional deficiente.
O conteúdo de Origem do Universo é muito importante, pois o mesmo contém um
aspecto muito positivo que é a multidisciplinaridade, pois envolve os conteúdos de física,
química, biologia e matemática, e com eles podemos estudar desde átomos criados no Big
Bang, até átomos mais pesados que o ferro, pois estes são formados nas Estrelas, depois
algumas moléculas que são formadas em sistemas estrelares, assim por diante, e com isso
podemos estudar o surgimento da vida, com a biologia microscópica, estudando a formação
das células, primeiramente com os coacervados. Se ganha destaque também a interação
gravitacional, uma vez que são analisados sistemas que envolvem massas muito maiores que
aquelas que observamos na superfície da Terra.
Ao mesmo tempo, evidenciam-se as relações entre o mundo das partículas
elementares, assim como os métodos para investigá-lo, com o mundo das estrelas e galáxias.
Lidar com modelos de universo permite também construir sínteses da compreensão física,
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sistematizando forças de interação e modelos microscópicos. Esses assuntos podem permitir
aos alunos reconhecer a presença da vida humana no Universo como uma indagação
filosófica e também das condições físicas, químicas e biológicas para sua existência,
evidenciando as relações entre ciência e filosofia ao longo da história humana, assim como a
evolução dos limites para o conhecimento dessas questões (BRASIL, 2006).
Ao aprender sobre o espaço sideral, o estudante desenvolve habilidades que são
fundamentais para o aprendizado de outras disciplinas (BARROS, 1997). Para Paula &
Oliveira, os educadores estão percebendo que ao oferecer a Astronomia no Ensino Médio e
Superior, o retorno tem sido alto. Muitos alunos e professores ficam dotados de mais
incentivo científico ao observar as imagens reais do Universo através de um telescópio, algo
que muitos nunca haviam visto antes. Isto pode motivar o estudante e o próprio educador,
levando-os a se envolver mais com outras questões fundamentais uma vez que “os fenômenos
astronômicos fornecem um farto material de observações que podem ser trabalhados e
conduzidos a um modelo científico do fenômeno” (NASCIMENTO, 1989).
É importante tratar em sala de aula que o Big bang, por exemplo, não é uma teoria
definitiva, nem explica tudo. O que se pode observar com o estudo da evolução do universo é
que ao longo da história, a ideia de universo evoluiu muito. Esses diversos estágios podem ser
caracterizados como teorias cosmológicas, onde cada modelo explica o que era conhecido na
época e o que as medidas de então podiam confirmar. Não se pode dizer que essas teorias
estavam erradas. Seria melhor afirmar que eram incompletas. A descoberta de que o universo
evolui de forma que possa ser racionalmente analisado parece ser surpreendente. Mais
surpreendente, o fato de que é possível demonstrar que ele teve uma origem. As leis
desenvolvidas para o planeta Terra aplicam-se ao universo todo. Não há evidência de que haja
qualquer discrepância mensurável (STEINER, 2006).
Os conceitos de física e matemática podem ser facilmente tratados em sala de aula,
quando sabe-se que cada estrela pode conter um sistema solar e que cada galáxia possui, em
média, cerca de 100 bilhões de estrelas. É legítimo supor que o número de planetas com
condições semelhantes ao do planeta Terra é imenso, só considerando esta galáxia. Devemos
lembrar ainda que o número de galáxias observáveis dentro do horizonte cósmico acessível é
de 100 bilhões. Fica claro, pois, estudos avançados que existe um número enorme de planetas
com condições nas quais a vida possa ter surgido e se desenvolvido (STEINER, 2006).
As aulas de ciências, ainda com relação à origem do universo pode trazer conceitos de
química, se pensarmos, por exemplo, nos elementos químicos indispensáveis para manter
20
nossa estrutura física. Cada átomo de oxigênio que inspiramos, assim como cada átomo de
cálcio que está nos nossos ossos ou de ferro e de carbono da nossa musculatura tiveram uma
origem muito especifica, cuja história conhecemos. Apenas o hidrogênio e o hélio (além do
deutério e parte do lítio) foram formados no Big Bang; os elementos químicos mais pesados
foram todos sintetizados no centro das estrelas. Com a morte dessas, o gás enriquecido desses
elementos pesados foi lançado ao espaço, apenas para se juntar aos restos de milhares de
outras estrelas e formar uma nova geração de corpos celestes (ROMANO, 2021, p. 15).
Portando, é imprescindível um conhecimento sólido e atualizado por parte dos
docentes para ministração das aulas de ciências, para que seja possível estudar o
conhecimento cientifico e formar cidadãos que possam argumentar sobre fatos e que sejam
críticos e autônomos.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Depreende-se deste estudo que é muito comum professores de ciências, principalmente


física e biologia, serem questionados sobre a veracidade de temas como a Origem do
Universo, a vida e evolução, por não acreditarem nas teorias cientificas devido a questões
religiosas. Por isso, a formação dos professores deve ter uma visão multicultural, não apenas
em reconhecimento à realidade social, mas principalmente como mais uma oportunidade de se
desenvolver a prática da cidadania e respeito ao próximo. É importante ressaltar que a função
do professor não é doutrinar e, sim, mediar o conhecimento científico e, principalmente,
elucidar que saber não implica em acreditar, já que uma pessoa pode estudar várias religiões e
culturas sem adotá-las para sua vida. De qualquer forma, as aulas de ciências devem
identificar equívocos científicos e apresentar as teorias aceitas pela comunidade científica,
reconhecendo e respeitando sempre o multiculturalismo social que se traduz no espaço
escolar.

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6 REFERÊNCIAS

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