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N° de Matrícula: 7341
LUANDA
Vem propor;
Contra;
I. DOS FACTOS
1º
A Requerente é uma sociedade comercial de direito angolano que tem como objecto
social o exercício de actividade de comércio geral, pescas e agricultura, com o NIF
00000000000, registada na Conservatória do Registo Comercial de Luanda sob o
número 10000 (Doc. 1 e 2).
2º
A Requerente sempre cumpriu com as sua obrigações fiscais para com o Estado excepto
no ano de 2018, devido a paralização das suas actividades (Doc. 3)
3º
Sob autorização do Ministério das Pescas, a Requerente passou a beneficiar desde o ano
de 2012, de uma quota para importação de 370 (Trezentos e Setenta) toneladas de
pescado (Doc. 4 e 5).
3º
4º
5º
6º
7º
Porém, decorridos mais ou menos cinco anos, a Requerida ainda não procedeu ao
referido pagamento, nos termos em que se havia comprometido, estribando-se na escusa
de o fazer, uma vez, segundo ela, o pescado importado ter chegado ao País em estado de
putrefação.
8º
Portanto, inaproveitado e, por outro lado, alegou que a Requerente havia dado sequência
do negócio com uma terceira pessoa, que por sinal um ex-sócio da Requerida.
9º
A Requerente não via razão fundamentada nessa evasiva, por isso, exigiu o pagamento
imediato e exacto da dívida de USD 9.250,00 (Nove Mil e Duzentos e Cinquenta
Dólares Americanos), pois quem agilizou todos os procedimentos atinentes à
importação, se deslocou ao exterior e negociou a compra do pescado foi a Ré.
10º
Com a data vénia do Meritíssimo Juiz, entende a Requerente que quaisquer infortúnios
sobrevindos no processo de importação do pescado só a Requerida devem ser imputados
à responsabilidade (Doc. 8).
II-DO DIREITO
11º
12º
O devedor cumpre a sua obrigação quando realiza a prestação a que está vinculado, in
caso, o pagamento, n.º 1, do art.º 762 C.C, facto que a Requerida realizou de forma
parcial.
13º
14º
15º
O que sustenta ainda mais o nosso argumento, é o facto de a Requerida não poder
desobrigar-se do pagamento do remanescente do preço, porquanto não era o pescado em
si, o objecto do negócio foi a importação de pescado, portanto a transmissão de direitos.
16º
Ou seja, importa descortinar qual é a prestação que cada contratante estava adstrito a
realizar, no contrato ora celebrado?
17º
18º
Contudo, é ainda relevante aludir que o preço do negócio foi estabelecido em moeda
estrangeira, in caso, em Dólares Americanos, o que obriga a Requerida realizar o
pagamento em Dólares Americanos ou em Kwanzas, mas ao câmbio do dia em que for
realizado, conforme o n.º 1 do Art.º 558.º do C.C.
19º
Segundo o princípio geral da responsabilidade civil, aquele que, com dolo ou mera
culpa, violar ilicitamente o direito de outrem ou qualquer disposição legal destinada a
proteger interesses alheios fica obrigado a indemnizar o lesado pelos danos resultantes
da violação, Artigo 483º do C. C.
20.º
Outrossim, quem negoceia com outrem para conclusão de um contrato deve, tanto nos
preliminares como na formação dele, proceder segundo as regras da boa-fé, sob pena de
responder pelos danos que culposamente causar à outra parte, n.º 1 do Artigo 227.º do
C. C.
21º
Por outro lado, o devedor que faltar culposamente ao cumprimento da obrigação torna-
se responsável pelo prejuízo que causa ao credor, Artigo 798º do C. C.
22º
23º
24º
Ao que foi dito nos articulados precedentes, acresce-se ainda o esforço dispendido pela
Requerente no sentido de se encontrar uma solução pouco dispendiosa e morosa mas
que a Requerida sempre se opôs, criando manobras dilatórias.
25º
A falta do pagamento atempado causou danos ao Autor, designadamente, danos
emergentes e lucros cessantes, que por sua vez reclamam a devida reparação, Artigos
562º e 566º, ambos do C. C.
-DO PEDIDO
Nos mais de Direito e sempre com mui douto suprimento de V. Excia, requer-se:
Rol de Testemunhas:
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O Advogado