Você está na página 1de 1

Em sociedades onde a informação está em todo o lado, as bibliotecas deixaram de ser

meros centros de recursos para se tornarem centros onde, para além da leitura, se cultivam
as diferentes literacias, em particular a literacia de informação.

É fundamental que os nossos jovens aprendam a lidar com o manancial de informação que,
hoje, nos envolve. A começar por saberem distinguir entre informação fiável, isenta e
credível de desinformação. Isso implica perder a ingenuidade de acreditar em todos os
conteúdos que facilmente nos batem constantemente à porta, sobretudo através das redes
sociais. Implica saber questionar a informação e o mundo, com espírito aberto e crítico.
Implica ainda, saber posicionar-se face à informação e ao mundo, elaborar e comunicar
opiniões, de forma autónoma, livre e fundamentada. Opinião que, muitas vezes, para não
serem ignorantes, têm de basear-se no conhecimento produzido por outros.

O Ensaio Filosóficos, que tem num dos seus objetivos principais a consolidação de
competências de literacia de informação através da exploração rigorosa de um problema,
da apresentação lógica das teses e argumentos em discussão e da originalidade da posição
assumida.

Recorrendo a autores como Descartes, Kant e outros, esgrimiram com clareza e coerência
os argumentos a favor ou contra a existência de Deus, para concluírem pela 2.ª posição.

Num tempo em que a desinformação grassa, a sociedade tende a acantonar-se em grupos


que pensam de forma superficial e idêntica e recusam qualquer abertura à diferença,
estudar e assumir posições filosóficas, construir uma opinião livre e fundamentada, é uma
atitude da maior relevância.

Saudamos todos os que têm essa coragem, pois é esse o caminho para uma sociedade mais
livre, informada, tolerante e enriquecida pelas múltiplas diferenças entre pessoas e
culturas.

Você também pode gostar