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E SEUS ASPECTOS
RELEVANTES
ESCRITO POR
CAMILA FERREIRA
LEONARDO MOTA
MARCELLI RITTON
MARCELO EVANGELISTA
MARIANA VIANA
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TRUST
© 2020
TRUST
ISBN nº 978-65-00-38741-4
DOI principal 10.29327/555886
Capítulo 1 - DOI 10.29327/555886.1-1
Capítulo 2 - DOI 10.29327/555886.1-2
Capítulo 3 - DOI 10.29327/555886.1-3
Capítulo 4 - DOI 10.29327/555886.1-4
Capítulo 5 - DOI 10.29327/555886.1-5
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TRUST
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PREFÁCIO
Ao mesmo tempo, as compras públicas são fundamentais para o país, pois essenciais
para a instrumentalização de ações administrativas, execução de políticas públicas,
entre elas proteção ao meio ambiente e medidas de impacto social, precisando de
constante pesquisa para o aperfeiçoamento de seu regime jurídico.
Pois bem, este livro “Compras públicas e seus aspectos relevantes”, escrito por
profissionais que lidam dia a dia com os desafios das contratações públicas, tem por
objetivo, justamente, a produção de material que aborda pontos relevantíssimos
desta área.
[1] OECD (2011), Government at a Glance 2011, OECD Publishing, Paris. Page 147.
DOI: http://dx.doi.org/10.1787/gov_glance-2011-en. Acesso em 28 de março de 2019.
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PREFÁCIO
Nesta senda, este livro apresenta-se como uma contribuição dos autores para o
bom debate acerca dos desafios postos pela modernidade às contratações públicas
brasileiras, contribuição enriquecida por serem eles profissionais sérios,
comprometidos e apaixonados pelo que fazem, lidar diariamente com esses desafios,
para tornar as compras públicas que participam e, agora, que possam
indiretamente ser beneficiadas por seus escritos, cada vez melhores.
0 9 , d e f e v e r e i r o d e 2 0 2 2 . [2]
Ronny Charles L. de Torres
[2]Advogado da União. Doutorando em Direito do Estado pela UFPE. Mestre em Direito Econômico pela
UFPB. Pós-graduado em Direito tributário (IDP). Pós-graduado em Ciências Jurídicas (UNP). Membro da
Câmara Nacional de licitações e contratos da Consultoria Geral da União. Autor de diversos livros
jurídicos, entre eles: Leis de licitações públicas comentadas (12ª Edição. Ed. JusPodivm); Direito
Administrativo (Coautor. 12ª Edição. Ed. Jus Podivm); RDC:Regime Diferenciado de Contratações
(Coautor. 2ª Edição. Ed. Jus Podivm); Terceiro Setor: entre a liberdade e o controle (Ed. Jus Podivm);
Licitações e contratos nas empresas estatais (Coautor. 2ª Edição. Ed. Jus Podivm); Direito Provisório e a
emergência do coronavírus (Coautor. Ed. Fórum); Improbidade administrativa (Coautor. 4ª edição. Ed.
Jus Podivm).
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APRESENTAÇÃO
contratos.
Boa leitura!
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COMPRAS PÚBLICAS E SEUS
ASPECTOS RELEVANTES
Sumário
Capítulo 1 - Páginas 8 - 26
Capítulo 2 - Páginas 27 - 44
Contratação direta na Lei de Licitações Contratos
Administrativos - Lei n° 14133/2021 - Autor:Leonardo Mota
Capítulo 3 - Páginas 45 - 57
Pesquisa de preços nas licitações: uma análise comparativa das
instruções normativas vigentes - Autora: Marcelli Ritton
Capítulo 4 - Páginas 58 - 81
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CAPÍTULO 01
COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
SUSTENTÁVEL
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TRUST
COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
SUSTENTÁVEL Camila Cristina Ferreira de Oliveira¹
RESUMO
O presente artigo traz uma revisão bibliográfica acerca de compras
públicas sustentáveis no Brasil. Trata-se um estudo bibliográfico
cujo objetivo é contribuir com a disseminação do tema de compras
públicas sustentáveis, por meio da apresentação dos conceitos de
desenvolvimento sustentável e sustentabilidade. Elenca os
principais normativos brasileiros que orientam tais contratações,
visando menor impacto ambiental. Além de discorrer sobre alguns dos
principais avanços e desafios nas compras públicas sustentáveis,
para que de fato, a administração pública consiga por meio de suas
contratações promover um desenvolvimento nacional sustentável.
1. INTRODUÇÃO
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EASY
¹MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO, PROFESSORA UNIVERSITÁRIA,
LICITAÇÕES PÚBLICAS. CAMILA@LICITAPEDIA.COM.BR
ASSESSORA E CONSULTORA EM
COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
SUSTENTÁVEL
As contratações públicas sustentáveis podem ajudar na criação de um
mercado para produtos mais sustentáveis, fazer com que empresas
readequem seus processos minimizando impactos ambientais e sociais,
e por meio de iniciativas da administração pública fomentar o
desenvolvimento nacional de modo sustentável. O capítulo apresenta
um estudo bibliográfico sobre compras públicas no Brasil, cujo
objetivo é descrever sobre os conceitos de desenvolvimento
sustentável e sustentabilidade, compras sustentáveis, normativos e
avanços e desafios na implementação. Esse estudo justifica-se pela
importância em contribuir com a disseminação do tema e normativos
que regem as compras públicas sustentáveis. Por tratar-se de uma
revisão bibliográfica é uma pesquisa qualitativa.
O capítulo encontra-se dividido em cinco partes, além dessa
introdução. O primeiro tópico apresenta os conceitos de
desenvolvimento sustentável e sustentabilidade, apresentando como
tais conceitos foram implementados na sociedade. O segundo tópico
discorre sobre as compras públicas sustentáveis, que são um
procedimento formal, realizado pela administração pública para
contratar bens e serviços que minimizem o impacto ambiental e
promovam o desenvolvimento nacional sustentável.
No terceiro tópico, são elencados alguns dos principais normativos
que dão vida as discussões ambientais em âmbito público, e
regulamentam as compras públicas sustentáveis. O quarto tópico
desse artigo, mostra alguns dos avanços já alcançados pelo governo
brasileiro e também desafios para que de fato se realizem compras
públicas sustentáveis, e para encerrar apresentam-se as
considerações finais. Pretende-se por meio desse capítulo
contribuir para o conhecimento e disseminação de compras públicas
sustentáveis, uma vez que ainda é um assunto pouco debatido e
conhecido pela comunidade em geral.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
SUSTENTÁVEL
Logo, a sustentabilidade é uma relação entre sistemas econômicos
humanos dinâmicos e sistemas ecológicos dinâmicos mais amplos, mas
normalmente mais lentos, nos quais: a) a vida humana pode continuar
indefinidamente, b) os indivíduos podem prosperar e c) as culturas
humanas podem se desenvolver (LÉLÉ, 1991). Sendo assim, pode-se
entender desenvolvimento sustentável como um conjunto de
sustentabilidade na área econômica, social e ambiental. Os
conceitos, desenvolvimento sustentável e sustentabilidade se
diferem na medida em que a sustentabilidade se refere à capacidade
de manter algo em um estado contínuo, enquanto o desenvolvimento
sustentável é voltado a processos integrativos que almejam manter o
balanço dinâmico de um sistema complexo a longo prazo (MUNCK;
BORIM-DE-SOUZA, 2009).
O conceito de sustentabilidade mantém uma relação específica com o
desenvolvimento sustentável, haja vista que a sustentabilidade pode
ser considerada uma estratégia para alcançar o desenvolvimento
sustentável. Para Osorio, Lobato e Castillo (2005) a
sustentabilidade configura um argumento inquestionável, pois
independente de seu objetivo final, o que se almeja só pode ser
alcançado através do equilíbrio de utilização e consumo dos
recursos naturais. Enquanto o desenvolvimento sustentável se guia
na preservação desses recursos naturais, logo, busca os mesmos
objetivos da sustentabilidade, no entanto acrescenta-se a busca de
um equilíbrio social, cultural e econômico (OSORIO; LOBATO;
CASTILLO, 2005).
Sendo assim, diante de tal cenário de crescimento do consumo e
globalização, organizações empresariais e administração pública se
viram obrigadas a rever seus processos de modo que pudessem
corroborar por meio de práticas sustentáveis para a promoção de um
desenvolvimento sustentável. No próximo tópico apresenta-se a
conceituação de compras públicas sustentáveis que são utilizadas
pela administração pública como meio de promover o desenvolvimento
sustentável.
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
SUSTENTÁVEL
2.2 COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
SUSTENTÁVEL
Os objetivos estabelecidos representaram uma renovação do compromisso
assumido pelo governo em promover processos nos quais os padrões de
consumo e produção sejam sustentáveis, por meio de seu poder de compra
e criação de políticas públicas específicas. (CEPAL, 2017, CRISTOVAN;
FERNANDES, 2018). A administração pública brasileira sem dúvidas é um
dos maiores compradores do país, afinal, manter o funcionamento de uma
nação demanda bens de diferentes segmentos, no ano de 2020 o valor
homologado em compras do governo federal foi de 109 bilhões. As
compras públicas equivalem a cerca de 13% a 15% do PIB (Produto
Interno Bruto), segundo dados do Ipea (2019). Portanto, o governo tem
uma grande responsabilidade e representatividade para promover o
desenvolvimento sustentável no país.
Para Coelho (2014) “liderar o aguçamento da consciência ambiental, por
meio de suas vultosas aquisições, capazes de incentivar indústria,
comércio e consumidores a utilizar bens e serviços ambientalmente
corretos”. É uma missão que cabe a administração pública. Para a
Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), as compras
públicas abrangem três aspectos, os quais são: a utilidade pública; o
caráter administrativo e o econômico. Sendo que estes devem convergir
em um único fim: satisfazer as necessidades sociais atendendo o uso
eficiente e transparente dos recursos do estado.
A realização de compras públicas sustentáveis já é uma tendência
mundial em diversos países. A grande maioria dos países pioneiros na
área são europeus, como, Alemanha por ser referência no uso de
sistemas de rotulagem ambiental, Holanda que implantou um plano de
ação para compras sustentáveis no ano de 2003, Portugal que detém
ferramentas que monitoram os benefícios proporcionados pelas compras
verdes, a Suécia que mantém ações de capacitação de servidores e
diálogo com o setor produtivo, dentre outros países que também são
considerados referência quando o assunto é compras públicas
sustentáveis ( CAVALCANTI et al. 2017). Uma contratação deve ser
sustentável em diversas fases, e se inicia no planejamento.
Primeiramente é necessário definir o que e como contratar e se
realmente há a necessidade de consumo, escolher um bem ou serviço
comparativamente a outro, gerindo os danos ambientais, impacto social
e econômico da compra.
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
SUSTENTÁVEL
A depender do produto ou serviço que será contratado, é necessário
a observância e exigência da legislação ambiental tanto no momento
da contratação, como durante a fiscalização contratual (AGU, 2013;
CAVALCANTI et al. 2017). É necessário incluir a sustentabilidade
desde a fase de elaboração dos editais, sendo necessário rever a
formulação automatizada e do “copia e cola” desses instrumentos de
convocação de modo a recusar bens e serviços que atendam somente ao
critério econômico. (AGU, 2013; CAVALCANTI et al. 2017)
Uma maneira de ajudar na promoção de compras públicas e definir
critérios de sustentabilidade para elas, estão dispostas em alguns
normativos, os quais são apresentados no próximo tópico.
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
SUSTENTÁVEL
Além de compromissos internacionais assumidos pelo governo que
orientam as compras públicas, os normativos apresentados no quadro
abaixo trazem orientações e regramentos relacionadas a preservação
ambiental, e de forma evolutiva critérios sociais e econômicos que
aos poucos deram forma e conteúdo as contratações sustentáveis.
Fonte: Elaborado pela autora a partir das contribuições de FERNANDES, 2020, AGU, 2013, MOURA,
2013, CEPAL, 2017.
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
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• Lei no 9.660/1998: Dispõe sobre a substituição gradual da
frota oficial de veículos da administração pública, visando
incentivar o uso de veículos movidos a combustíveis
renováveis.
• Lei Federal no 10.295/2001: Dispõe sobre a Política
Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia.
• Decreto no 4.131/2002: Dispõe sobre medidas emergenciais
de redução do consumo de energia elétrica no âmbito da
administração pública federal, determinando que, na
aquisição de materiais e equipamentos ou contratação de
obras e serviços, devem ser adotados requisitos inerentes à
eficiência energética.
• Lei Complementar nº 123/2006: Estatuto da Micro e
Pequena Empresa (MPE).
• Portaria Ministério do Meio Ambiente (MMA) no 61/2008:
Estabelece práticas de sustentabilidade ambiental a serem
observadas pelo MMA e por suas entidades vinculadas quando
das compras públicas sustentáveis.
• Lei Federal nº 12.187/2009: Institui a Política Nacional
sobre Mudança do Clima.
• Lei Federal nº 12.305/2010: Institui a Política Nacional
de Resíduos Sólidos.
• Lei nº 12.349/2010 – altera a Lei no 8.666/1993: Altera o
Artigo 3º da Lei no 8.666/1993, que passa a vigorar com a
seguinte redação: “A licitação destina-se a garantir a
observância do princípio constitucional da isonomia, a
seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável (grifo
nosso) [...]
• Instrução Normativa nº 01/2010, do Ministério do
Planejamento: Dispõe sobre critérios de sustentabilidade
ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou
obras pela Administração Federal direta, autárquica e
fundacional.
Fonte:
• Lei Federal no 12.462/2011: Institui o Regime
Elaborado pela autora a partir das contribuições de FERNANDES, 2020, AGU, 2013,
MOURA, 2013,Diferenciado
CEPAL, 2017. de Contratações Públicas (RDC)
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
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• Decreto Federal nº 7.746/2012: Regulamenta o art. 3º da
Lei de Licitações e Contratos e cria a Comissão
Interministerial de Sustentabilidade na Administração
Pública (CISAP).
• Instrução Normativa SLTI/MP no 10, de 12 de novembro de
2012: Estabelece regras para a elaboração dos planos de
gestão de logística sustentável de que trata o Artigo 16,
do Decreto no 7.746, de 5 de junho de 2012, e dá outras
providências.
• Instrução Normativa nº 02, de 04 de junho de 2014.:
Dispõe sobre regras para a aquisição ou locação de máquinas
e aparelhos consumidores de energia pela administração
pública federal direta, autárquica e fundacional, e uso de
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE).
• Portaria nº 02, de 4 de junho de 2014.: Estabelece boas
práticas de gestão e uso de energia elétrica e água nos
órgãos e entidades da administração pública direta,
autárquica e fundacional.
• Decreto nº 8.539 de 8 de outubro de 2015: Dispõe sobre o
uso do meio eletrônico para realização do processo
administrativo no âmbito dos órgãos e das entidades da
administração pública federal direta, autárquica e
fundacional.
• Portaria nº 252, de 02 de agosto de 2017: Considera
críticas no órgão central, no âmbito SISG, realizar
estudos, análises e elaboração de atos normativos para
aplicação da legislação de logística sustentável,
licitações e contratos, administração de materiais, obras,
serviços, transportes, comunicações administrativas e
serviços gerais no âmbito da administração pública
• Lei Federal 14.133/2021: Lei Geral de licitações, traz o
Desenvolvimento nacional sustentável como um dos princípios
e objetivos do processo licitatório, além da possibilidade
de critérios de sustentabilidade ambiental em contratações
de obras, fornecimentos e serviços, inclusive de
engenharia.
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
SUSTENTÁVEL
Por meio do rol de normativos expostos acima de maneira
cronológica, percebe-se que a preocupação com a questão ambiental é
constitucional e antecede preocupações sociais e econômicas que aos
poucos foram sendo incrementadas à administração pública. O pilar
ambiental da sustentabilidade é o mais presente nos normativos, uma
vez que a grande maioria dispõe de objetivos que envolvem o meio
ambiente de forma direta ou indireta.
Certamente, um grande avanço em relação a esfera social e econômica
da sustentabilidade foi a publicação da Lei Complementar 123 de
2006, ao definir benefícios para que pequenas empresas participem
de licitações, fomentando assim o crescimento de tais empresas.
Além que, diversos municípios atualmente adotam critérios de compra
local e/ou regional de modo a favorecer o desenvolvimento econômico
local adquirindo os bens e serviços de empresas sediadas
localmente.
A instrução normativa 01/2010 veio disciplinar a aplicabilidade da
sustentabilidade ambiental, ao trazer que:
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
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A criação da CISAP (Comissão Interministerial de Sustentabilidade
na Administração Pública) por meio do Decreto Federal nº
7.746/2012 trouxe para dentro do governo discussões acerca da
sustentabilidade e estratégias para assegurar a implementação e
crescimento de compras públicas. Outro grande avanço em relação a
sustentabilidade pode ser notado no Decreto nº 8.539/ 2015, ao
dispor que a administração pública utilize meios eletrônicos para
realização de processos administrativos, diminuindo o uso de
papéis, energia elétrica com impressões e até mesmo redução de
espaços para arquivamento de tais processos. Não é citado no
quadro 01, mas, por meio do SICAF digital pregões eletrônicos tem
se tornado mais sustentáveis, uma vez que órgãos públicos têm
dispensado o envio de documentos via correios, como era exigido há
algum tempo.
Percebe-se por meio dos normativos que orientam as compras
públicas que houve uma significativa evolução no que diz respeito
ao tema, mas também ainda há muito que implementar e melhorar para
que de fato as compras públicas sejam sustentáveis e promovam o
desenvolvimento nacional sustentável.
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
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SUSTENTÁVEL
Apesar dos inúmeros benefícios que as compras públicas
sustentáveis podem representar, o Brasil se encontra no começo do
trajeto, ainda há muito a percorrer para que de fato seja algo
presente e concreto dentro de toda administração pública. Para
contratação de bens de impacto menor ao meio ambiente são exigidas
certificações, ou critérios técnicos para produtos que tem
catálogos oficiais. O governo tem o Catálogo de Materiais do
Sistema de Compras do Governo Federal (CATMAT SUSTENTÁVEL), no
qual estão listados alguns itens. Para facilitar para os gestores
públicos, há alguns guias e materiais que orientam como deve ser
uma contratação sustentável (AGU, 2013, CEPAL, 2017).
Na aquisição de alguns produtos, tais como papel A4, pneus, ar-
condicionado, materiais elétricos, produtos têxteis, móveis e
produtos de limpeza, dentre outros. Acaba sendo mais fácil para a
administração pública a definição de algum critério de
sustentabilidade. No entanto, em diversas compras realizadas pelo
poder público é difícil a mensurar se a empresa ou o produto
atendem a requisitos ambientais, sociais e econômicos.
Alguns avanços podem ser destacados, como a exigência de
elaboração de Estudo Técnico Preliminar (ETP) pelos órgãos da
administração pública, por meio da ferramenta é possível avaliar
se realmente há a necessidade de aquisição e qual é o melhor
produto ou serviço a ser contratado.
Conforme já mencionado anteriormente, as contratações locais e
regionais fomentam a economia local, favorecendo o desenvolvimento
sustentável de determinada região. O Antecipagov, iniciativa
lançada recentemente pelo governo, pode ser visto como ferramenta
para promoção do desenvolvimento sustentável econômico de pequenas
empresas que participam de licitações, já que permite que tais
empresários tenham acesso a empréstimos com menores taxas, por
meio da antecipação de valores que tem para receber da
administração pública.
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
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Alguns dos desafios enfrentados para implementação de compras
sustentáveis está em estabelecer uma análise econômica que inclua
os custos totais, considerando o custo das externalidades,
permitindo escolher a alternativa que implicara em menor impacto
e mais economia. A grande maioria dos editais de compras
sustentáveis, definem o vencedor pelo menor preço e caso este
atenda aos critérios de sustentabilidade exigidos no edital, é
declarado vencedor. Desse modo, o critério permanece econômico.
(MOURA, 2013)
Outro desafio enfrentado é que a depender do produto, as
exigências de certificações podem restringir a competitividade,
uma vez que empresas menores podem ter dificuldades para adequar
seu processo produtivo. A falta de capacitação de gestores
públicos torna-se um desafio já que muitos não sabem identificar
e avaliar o que seria um serviço ambientalmente e socialmente
preferível e economicamente viável (MOURA,2013).
A falta de informação para a sociedade e gestores também pode ser
um empecilho para o crescimento das compras públicas
sustentáveis, no painel de compras do governo federal não há
nenhuma informação sobre itens, valores ou órgãos que efetuaram
compras sustentáveis. No portal contratações públicas
sustentáveis há algumas informações, no entanto desatualizadas.
Para fomentar compras públicas sustentáveis é preciso que exista
um movimento informativo, atualizado e de capacitação para
servidores, fornecedores e até mesmo para a sociedade.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
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REFERÊNCIAS
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
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DESENVOLVIMENTO NACIONAL
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______. Instrução Normativa n. 01, de 19 de janeiro de 2010.
Dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na
aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dá
outras providências. Disponível
<https://www.ibama.gov.br/component/legislacao/?
view=legislacao&legislacao=115561> Acesso em 20 de julho de 2021.
______. Lei n. 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto
Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera
dispositivos das Leis nos 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de
1991, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei n. no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei n. no
10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei n. Complementar no 63,
de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis n. 9.317, de 5 de
dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Disponível em:
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm>.
Acesso em 22 de julho de 2021.
______. Lei n. 8666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37,
inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras
providências. Disponível em: <
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/Lei n. /1993/Lei-8666-21-
junho-1993-322221-publicacaooriginal-1-pl.html >. Acesso em 22 de
julho de 2021.
______. Lei n. 12.187, de 29 de dezembro de 2009. Institui a
Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC e dá outras
providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/Lei/l12187.htm>. Acesso em: 22 de julho de 2021.
______. Lei n. 12305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n. no 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Lei n.
/l12305.htm>. Acesso em: 20 de julho de 2021.
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COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
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______. Lei n. 12.349, de 15 de dezembro de 2010. Altera as Leis
8.666, de 21 de junho de 1993, 8.958, de 20 de dezembro de 1994, e
10.973, de 2 de dezembro de 2004; e revoga o § 1o do art. 2o da Lei
n. no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei n.
/L12349.htm#art1>. Acesso em 22 de julho de 2021.
______. Lei n. 12.462, de 4 de agosto de 2011. Institui o Regime
Diferenciado de Contratações Públicas - RDC; altera a Lei n.
10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da
Presidência da República e dos Ministérios, a legislação da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) e a legislação da Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero); cria a
Secretaria de Aviação Civil, cargos de Ministro de Estado, cargos
em comissão e cargos de Controlador de Tráfego Aéreo; autoriza a
contratação de controladores de tráfego aéreo temporários; altera
as Leis 11.182, de 27 de setembro de 2005, 5.862, de 12 de dezembro
de 1972, 8.399, de 7 de janeiro de 1992, 11.526, de 4 de outubro de
2007, 11.458, de 19 de março de 2007, e 12.350, de 20 de dezembro
de 2010, e a Medida Provisória n. 2.185-35, de 24 de agosto de
2001; e revoga dispositivos da Lei n. 9.649, de 27 de maio de 1998.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/Lei n. /l12462.htm>. Acesso em 22 de julho de 2021
______. Lei n. 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei n. de Licitações
e Contratos Administrativos. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/Lei n.
/L14133.htm>. Acesso em: 22 de julho. 2021
CAVALCANTI, D. OLIVEIRA, G. AVIGNON. A. SCHNEIDER. H, TABOUCHANAS.
K. Compras públicas sustentáveis: Diagnóstico, análise comparada e
recomendações para o aperfeiçoamento do modelo brasileiro.
Comissão Economica para América latina e Caribe, 2017
COELHO, H. A. Responsabilidade Ambiental na Licitação:
Sustentabilidade nas contratações e compras de governo. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2014.
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COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
COMO FERRAMENTA DE PROMOÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO NACIONAL
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CAPÍTULO 02
CONTRATAÇÃO DIRETA NA NOVA
ADMINISTRATIVOS - LEI Nº
14.133/2021
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TRUST
CONTRATAÇÃO DIRETA NA NOVA LEI DE
LICITAÇÕES E CONTRATOS
ADMINISTRATIVOS - LEI Nº 14.133/2021
Leonardo Mota Meira¹
RESUMO
A Lei de Licitações e Contratos Administrativos, Lei nº
14.133/2021, vigente em 1º de abril, já trouxe a pressão dos
gestores para sua utilização. No entanto, é importante, mesmo para
aquisição por dispensa de licitação e inexigibilidade de licitação,
observar diversas exigências trazidas pela nova lei de licitação,
principalmente, quanto ao devido planejamento.
1. INTRODUÇÃO
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1 SUPERVISOR DE LICITAÇÕES E DISPUTAS ELETRÔNICAS, PREGOEIRO E PRESIDENTE DA CPL, DO MINISTÉRIO PÚBLICO
F E D E R A L N A P A R A Í B A ( M P F / P B ) , E I N S T R U T O R D O M P F E M T E M A S R E L A C I O®
EASY
NADOS À ÁREA DE LICITAÇÕES E CONTRATOS, HÁ
MAIS DE DEZ ANOS. PROFESSOR DO MBA LICITAÇÃO E CONTRATOS DO INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO - IPOG; ESPECIALISTA
EM DIREITO ADMINISTRATIVO E GESTÃO PÚBLICA; BACHAREL EM CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS; E
INSTAGRAM @LEONARDOMOTA_.
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LICITAÇÕES E CONTRATOS
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LICITAÇÕES E CONTRATOS
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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LICITAÇÕES E CONTRATOS
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A lei também, de forma acertada, semelhante ao constante no
parágrafo único, do art. 25, da Lei nº 8.666/93, trouxe, no § 2º, a
definição do que seja notória especialização, como sendo o
profissional ou a empresa cujo conceito no campo de sua
especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos,
experiência, publicações, organização, aparelhamento, equipe
técnica ou outros requisitos relacionados com suas atividades,
permita inferir que o seu trabalho é essencial e reconhecidamente
adequado à plena satisfação do objeto do contrato. Sendo, ainda,
regrado no § 4º, a vedação à subcontratação de empresas ou a
atuação de profissionais distintos daqueles que tenham justificado
a inexigibilidade.
A contratação de objetos que devam ou possam ser contratados por
meio do procedimento auxiliar credenciamento: algo não previsto na
Lei nº 8.666/93, mas, que, nas situações de inviabilidade de
competição, já é aplicado, e que possui o aval da doutrina e da
jurisprudência. O professor Sidney Bittencourt, muito bem, expôs
sobre a discussão, que, agora, está resolvida com a nova lei:
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LICITAÇÕES E CONTRATOS
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levando-se em consideração as características específicas para
atendimento àquela necessidade e a localização. Em que pese se
puder pensar em, por exemplo, em uma mesma rua ou bairro,
existirem, pelo menos, dois imóveis que poderiam ser capazes de
atender à necessidade da administração, vislumbrou que a
subjetividade na escolha inviabilidade a competição objetiva.
Referido entendimento pode ser reforçado pelos requisitos
determinados a serem observados, constantes no § 5º, para
efetivação da referida contratação por inexigibilidade de
licitação:
I - avaliação prévia do bem, do seu estado de conservação, dos custos de
adaptações, quando imprescindíveis às necessidades de utilização, e do prazo
de amortização dos investimentos;
II - certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e disponíveis
que atendam ao objeto;
III - justificativas que demonstrem a singularidade do imóvel a ser comprado
ou locado pela Administração e que evidenciem vantagem para ela.
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LICITAÇÕES E CONTRATOS
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VII - nos casos de guerra, estado de defesa, estado de sítio, intervenção federal
ou de grave perturbação da ordem; VIII - nos casos de emergência ou de calamidade
pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa
ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços públicos ou a
segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares, e somente para aquisição dos bens necessários ao atendimento da
situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que
possam ser concluídas no prazo máximo de 1 (um) ano, contado da data de ocorrência
da emergência ou da calamidade, vedadas a prorrogação dos respectivos contratos e a
recontratação de empresa já contratada com base no disposto neste inciso; IX - para
a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou
serviços prestados por órgão ou entidade que integrem a Administração Pública e que
tenham sido criados para esse fim específico, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado; X - quando a União tiver que intervir no
domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento; XI - para
celebração de contrato de programa com ente federativo ou com entidade de sua
Administração Pública indireta que envolva prestação de serviços públicos de forma
associada nos termos autorizados em contrato de consórcio público ou em convênio de
cooperação; XII - para contratação em que houver transferência de tecnologia de
produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS), conforme elencados em
ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição desses produtos
durante as etapas de absorção tecnológica, e em valores compatíveis com aqueles
definidos no instrumento firmado para a transferência de tecnologia; XIII - para
contratação de profissionais para compor a comissão de avaliação de critérios de
técnica, quando se tratar de profissional técnico de notória especialização; XIV -
para contratação de associação de pessoas.com deficiência, sem fins lucrativos e de
comprovada idoneidade, por órgão ou entidade da Administração Pública, para a
prestação de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado
no mercado e os serviços contratados sejam prestados exclusivamente por pessoas com
deficiência; XV - para contratação de instituição brasileira que tenha por
finalidade estatutária apoiar, captar e executar atividades de ensino, pesquisa,
extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e estímulo à
inovação, inclusive para gerir administrativa e financeiramente essas atividades,
ou para contratação de instituição dedicada à recuperação social da pessoa presa,
desde que o contratado tenha inquestionável reputação ética e profissional e não
tenha fins lucrativos; XVI - para aquisição, por pessoa jurídica de direito público
interno, de insumos estratégicos para a saúde produzidos por fundação que,
regimental ou estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da Administração
Pública direta, sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa,
extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico e de estímulo à
inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução
desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de
produtos estratégicos para o SUS, nos termos do inciso XII do caput deste artigo, e
que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à entrada em vigor
desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.
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LICITAÇÕES E CONTRATOS
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Optando-se pelas regras, já conhecidas, da Lei nº 8.666/93, onde,
em seu artigo 24, há as possibilidades para o gestor dispensar a
licitação, temos trinta e cinco incisos nos quais o gestor pode se
fundamentar para dispensar a licitação. Enquanto que a Lei nº
14.133/2021 prevê, em dezesseis incisos, com alguns divididos em
alíneas, vinte e nove possibilidades da licitação ser dispensável.
Não adentrando a todas situações trazidas pela nova lei, visto que,
muitas, não se alteraram, comparando-se a Lei nº 8.666/93 e a Lei
nº 14.133/2021, abordaremos as principais novidades da nova lei.
Inicialmente, não poderíamos deixar de tratar da dispensa de
licitação com maior foco pelos gestores públicos, que é a dispensa
de licitação em razão de valor, que, na Lei nº 8.666/93, prevê os
limites para referida contratação, nos incisos I e II, do art. 24,
respectivamente: R$ 33.000,00, para obras e serviços de engenharia,
e R$ 17.600,00, para demais serviços e compras. Sem constar, na Lei
nº 8.666/93, o procedimento detalhado a ser seguidos para a
contratação por dispensa de licitação, inclusive, quanto ao
planejamento da contratação, a pesquisa de preços, o gerenciamento
de risco e a escolha do fornecedor, o que poderemos destacar é o
texto final da redação constante nos incisos I e II, do art. 24,
quando a lei possibilita a dispensa de licitação pelos referidos
valores desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou
serviço, ou ainda, para obras e serviços da mesma natureza e no
mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente,
no caso do inciso I, ou desde que não se refiram a parcelas de um
mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser
realizada de uma só vez.
Nesse ponto, vemos que a lei, de certa forma, traz que o gestor
deverá planejar suas contratações para se evitar o fracionamento da
despesa. No caso da opção do gestor por utilizar a Lei nº
14.133/2021, esse cenário muda consideravelmente, não bastando,
para tanto, a animação para se utilizar os novos limites para
dispensa de licitação em razão de valor, que é o que muito se tem
visto. Mas, principalmente, para que se altere a forma de pensar
sobre o processo de dispensa de licitação, considerando o foco no
planejamento de todas as contratações trazidas pela nova lei.
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LICITAÇÕES E CONTRATOS
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CONTRATAÇÃO DIRETA NA NOVA LEI
DE LICITAÇÕES E CONTRATOS
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Observa-se, diferentemente do que consta no § 2o, do art. 26, da
Lei nº 8.666/93, no qual a preocupação ser prendia, apenas, à
comprovação do superfaturamento, respondendo, solidariamente, pelo
dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de
serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras
sanções legais cabíveis, que a nova lei não trouxe nada
específico, mas, sim, a responsabilização dos envolvidos no caso
de dolo (quando o envolvido deseja realizar um ilicitude, que
causará um dano), fraude ou erro grosseiro, excluindo da
responsabilização quando ocorrer, apenas, culpa dos envolvidos.
3. CONCLUSÃO
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CONTRATAÇÃO DIRETA NA NOVA LEI
DE LICITAÇÕES E CONTRATOS
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14.133/2021
REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO 03
PESQUISA DE PREÇOS NAS
NORMATIVAS VIGENTES
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TRUST
PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
Marcelli Ritton Macedo1
RESUMO
Esse artigo investiga como será a aplicação das Instruções
Normativas que tratam sobre a pesquisa de preço dentro das compras
públicas, na Administração o com base na eficiência e na celeridade
dos processos. Nas organizações públicas a tomada de decisão é um
processo baseado no planejamento e a implantação de inovações que
impactam nos preço de mercado necessita de estudo, que demandam uma
sequencia de ato e escolhas por um determinado período para
entender com será implantada a pesquisa de preço na realidade do
órgão. O propósito deste capítulo foi através da perspectiva
conceitual, procurar identificar, as inovações apresentadas pela
legislação que aborda a pesquisa de preço como será sua real
aplicabilidade na administração pública.
1. INTRODUÇÃO
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MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO. BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO, TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA, LICENCIADA EM PEDAGOGIA, PÓS-
G R A D U A D A E M D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O , P Ó S - G R A D U A D A E M A D M I N I S T R A Ç®
ÃO, PÓS-GRADUADA EM GESTÃO PÚBLICA, PÓS-
EASY
GRADUADA EM GESTÃO DE PESSOAS, ESPECIALISTA EM METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR, CONSULTORA, PALESTRANTE E
INSTRUTORA EM LICITAÇÃO, AQUISIÇÕES E FORMAÇÃO DE PREGOEIRO, PROFESSORA DE ADMINISTRAÇÃO, LOGÍSTICA E
LICITAÇÃO, 2°TEN DO EXÉRCITO BRASILEIRO E E-MAIL: MARCELLIMACEDORITTON@GMAIL.COM.BR.
PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
O Governo Federal, no período de 2014 a 2021, segundo o portal da
transparência gastou aproximadamente R$ 900 bilhões em orçamento
com licitações, com um total de processos que ultrapassam o
quantitativo de 800 mil processos de aquisições. Grandes partes
desses processos necessitam de pesquisa de preço, mostrando que
apesar do tema sofrer pequenas alterações sua correta aplicação
faz diferença nas contrações públicas. A proble-mática da
pesquisa de preço esbarra em questões que vão além de uma simples
consulta ao mercado.
O responsável pela pesquisa tem que estar atento, fazendo com que
tenha uma análise crítica dos orçamentos selecionados, pois o
mercado de aquisições públicas tem se mostrado instáveis no
sentido de valores por conta do cenário que o objeto está
inserido, por exemplo: variação de câmbio, influência climática,
pandemia e outros aspectos dependendo das peculiaridades das
aquisições. Esse capítulo faz uma revisão bibliográfica do
arcabouço jurídico sobre o tema, utilizado como metodologia
qualitativa, para que fosse comparados os normativos. Quando
abordamos o assunto pesquisa de preço precisamos analisar a Lei
n° 8666/93 que é responsável pelo normativo das aquisições, por
ser a Lei de Licitação, Aquisição e Contratos, como apresenta o
artigo 15.
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: (Regulamento) (Regulamento)
(Regulamento) (Vigência) I - atender ao princípio da padronização, que imponha
compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o
caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas; II - ser
processadas através de sistema de registro de preços; III - submeter-se às condições de
aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado; IV - ser subdivididas em tantas
parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiari-dades do mercado, visando
economicidade; V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades
da Administração Pública. § 1° O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de
mercado. § 2° Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da
Administração, na imprensa oficial. § 3° O sistema de registro de preços será
regulamentado por decreto, aten-didas as peculiaridades regionais, observadas as
seguintes condições:I - seleção feita mediante concorrência; II - estipulação prévia do
sistema de controle e atua-lização dos preços registrados; III - validade do registro
não superior a um ano. § 4° A existência de preços registrados não obriga a
Administração a firmar as con-tratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada
a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo
assegurado ao benefici-ário do registro preferência em igualdade de condições. § 5° O
sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser
informatizado. § 6° Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do
quadro ge-ral em razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado. (BRA-
SIL,1993)
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PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
Conforme exposto no Acórdão nº 4.013/2008, da 1ª Câmara do Tribunal
de Contas da União, que apresenta em seu entendimento que a pesquisa
de mercado seja feita através de, pelo menos, 03 (três) orçamentos
distintos. Tal procedimento, que aparamente parece simples, pode ser
mais trabalhoso do que imaginamos, para elaborar uma pesquisa de
preço os empresários precisam deixar um servidor responsável para
elaborar essa pesquisa que muitas vezes não converte cliente para o
negócio. Segundo Ronny Charles (2013), o empresário tem um dispêndio
de tempo e recursos, sem qualquer benefício dado pelo órgão público
que realizou a solicitação da pesquisa de preços que exigem o
preenchimento de extensas planilhas de custos, como ocorre nas
licitações de serviços contínuos com dedicação exclusiva de mão de
obra e que no final não contratam aquelas empresas, por isso o preço
fica sobrecarregado.
Mostrando que o fornecedor pode se beneficiar com a apresentação da
proposta quando enviada com valor fictício, o que aumenta o valor da
licitação e d alguma forma o beneficia e causa uma incoerência para
administração pública ao sustentar o valor pesquisa. Por isso a
importância do estudo do tema, que vem sendo discutido dentro da Lei
n° 8666/93 e com passar dos anos foi evoluindo até chegar à Lei n°
14133/21. Nesses capítulos vamos entender essa evolução normativa.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da
repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo
da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para
recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte: (…)X- o critério de
aceitabilidade dos preços unitários e global, conforme o caso; (…) Art. 43. A
licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:
(…) IV- verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e,
conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial
competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais
deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a
desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis;
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PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
No seu artigo II, os parâmetros apresentados na instrução normativa
foram: painel de preço com parâmetro I; contratações similares de
outros entes públicos, em execução ou concluídos nos 180 (cento e
oitenta) dias anteriores à data da pesquisa de preços; site mídia
especializada no parâmetro III; e pesquisa com os fornecedores com
o parâmetro IV. Lembrando que o normativo pede para priorizar os
parâmetros I e II, isso significa que não que deva excluir os
demais, mas sim colocar uma ordem de preferência que deverá ser o
último a ser consultado, desde que esgotadas as possibilidades
anteriores.
Essa inovação trouxe benefícios para órgão no que tange a pesquisa
de preço melhorando a celeridade dos processos e os entraves nos
processos administrativos fazendo com que os servidores consigam
executar as pesquisas de preços em tempo hábil e conforme a
legislação.
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PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
A instrução normativa n° 73/2020, mostrou inovação bastante
objetiva com relação a instrução normativa n° 05/2014. Uma das
principais alterações dispostas no novo instrumento nos § 2° e 3º
do artigo 1º da Instrução Normativa n° 73/2021:
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PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
A pesquisa de preço é uma etapa do processo que pertence à fase
interna do processo, por isso a Instrução Normativa n° 73/2020
apresentou como deve ser elaborada e às in-formações deve conter no
relatório da pesquisa. Ela apresentou alguns pontos, como forma-
lização, critérios, parâmetros e metodologia para que o responsável
possa elaborar seu relatório baseado nas informações da instrução
normativa, conforme previsto no capítulo II.
A Instrução Normativa n° 73/2020 em seu artigo 3° apresenta uma
formalidade maior na pesquisa de preço um relatório mais completo
com informações mínimas do que vai ser adquirido, tais como, a
identificação do responsável pela cotação, a descrição das fontes
da pesquisa, os preços coletados, o método adotado na pesquisa para
se definir o valor estimado e as justificativas para a metodologia
adotada. Outro ponto importante a ser observado está no seu artigo
4°, que aborda os critérios da pesquisa.
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PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
considerados estejam compreendidos no intervalo de até 6 (seis) meses de
antecedência da data de divulgação do instrumento convocatório.§1º Deverão ser
priorizados os parâmetros estabelecidos nos incisos I e II. § 2º Quando a
pesquisa de preços for realizada com os fornecedores, nos termos do inciso IV,
deverá ser observado: I - prazo de resposta conferido ao fornecedor compatível
com a complexidade do objeto a ser licitado; II - obtenção de propostas formais,
contendo, no mínimo: a) descrição do objeto, valor unitário e total; b) número do
Cadastro de Pessoa Física - CPF ou do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ
do proponente; c) endereço e telefone de contato; e d) data de emissão. III -
registro, nos autos da contratação correspondente, da relação de fornecedores que
foram consultados e não enviaram propostas como resposta à solicitação de que
trata o inciso IV do caput.
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PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
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PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
2.3. INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 65/2021
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PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
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PESQUISA DE PREÇOS NAS LICITAÇÕES:
UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS
INSTRUÇÕES NORMATIVAS VIGENTES
3. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO 04
PREGÃO ELETRÔNICO E A LEI N°
14133/21
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TRUST
PREGÃO ELETRÔNICO E A LEI N°
14133/21
Marcelli Ritton Macedo 1
Marcelo Lopes Evangelista²
RESUMO
O presente capitulo apresenta uma análise histórica sobre a
utilização do pregão eletrônico, uma vez que sua aplicação deve
estar sintonizados com as novas práticas implementadas pelo Governo
Federal. A fase metodológica baseou-se em uma pesquisa
bibliográfica sobre o histórico do pregão e implantação Decreto n°
10024/19 e Lei n° 14133/21, como forma de contribuição,
participação e desenvolvimento das compras públicas, com o intuito
de facilitar e aperfeiçoar a eficiência da Administração Pública.
As inovações associadas ao pregão eletrônico com passar dos anos
foram de extrema importância na Administração Pública. Por fim, a
implantação do pregão eletrônico contribui para a melhoria na
entrega dos serviços públicos, no que tange a qualidade e a
eficiência, à medida que os gestores da Administração se
aperfeiçoam, buscando a maior transparência e proposta mais
vantajosa para administração pública.
1 INTRODUÇÃO
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1MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO. BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO, TECNÓLOGO EM LOGÍSTICA, LICENCIADA EM PEDAGOGIA, PÓS-GRADUADA EM
DIREITO ADMINISTRATIVO, PÓS-GRADUADA EM ADMINISTRAÇÃO, PÓS- GRADUADA EM GESTÃO PÚBLICA, PÓS-GRADUADA EM GESTÃO DE
P E S S O A S , E S P E C I A L I S T A E M M E T O D O L O G I A D O E N S I N O S U P E R I O R , C O N S U L T O R A , P A®
LESTRANTE E INSTRUTORA EM LICITAÇÃO,
EASY
AQUISIÇÕES E FORMAÇÃO DE PREGOEIRO, PROFESSORA DE ADMINISTRAÇÃO, LOGÍSTICA E LICITAÇÃO, 2°TEN DO EXÉRCITO BRASILEIRO
E E- MAIL: MARCELLIMACEDORITTON@GMAIL.COM.BR.
2MILITAR DO EXÉRCITO BRASILEIRO. ALUNO DE GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA NA UNB. E–MAIL: MARCELO7MG@GMAIL.COM
PREGÃO ELETRÔNICO E A LEI N°
14133/21
O termo Licitação foi incorporado no período da evolução
democrática de direito, sendo implementado pelo então presidente
Castello Branco, quando da criação do Decreto-Lei n° 200/1967, que
criou algumas modalidades de licitação que passaram a funcionar
como procedimentos prévios à contratação de serviços e à compra de
bens e produtos, tais como: concorrência, tomada de preços e
convite (Senado, 2019). No período do presidente José Sarney foi
criado o Decreto-Lei nº 2.300/1986, com normas gerais sobre
licitações e contratos na esfera da administração federal e nesse
mesmo período foi acrescido às modalidades leilão e concurso ao
Decreto-Lei nº 200/1967.
Em 1988, a Constituição Federal estabeleceu a competência da
União para legislar sobre o tema para todos os entes federados.
Ainda tornou constitucional a utilização de processo licitatório,
conforme artigo 37, inciso XXI, para os casos especificados na
legislação e que as obras, serviços, compras e alienações deverão
ser contratados mediante processo prévio de licitação pública
(Brasil, 2004). Em 1993, foi criada a lei de licitações e
contratos da Administração Pública, Lei n° 8.666, de 21 de junho
do mesmo ano, onde foram estabelecidas as regras gerais de
licitação e contratos. No Art. 22, foram estipuladas as
modalidades a serem adotadas, tais como: concorrência, tomada de
preços, convite, concurso e leilão (Brasil, 1993).
A modalidade denominada pregão foi instituída em 2002 com a
criação da Lei n° 10.520/02, que utilizou como alicerce para a
formação de sua base, a Lei n° 9.472/1997 - Lei Geral de
Telecomunicações, que constituiu um regime próprio de contratações
para a ANATEL (SENADO, 2019). Em 2000, foi criado o Decreto n°
3.555, pelo qual possibilitou à Administração Pública Federal
utilizar a modalidade pregão na forma presencial. Após este fato o
governo criou, em 2002, a supracitada Lei nº 10.520, no dia 17 de
julho, visando regular a modalidade pregão no âmbito da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do art.
37, inciso XXI, da Constituição Federal, para a aquisição de bens
e serviços comuns.
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EASY 58
PREGÃO ELETRÔNICO E A LEI N°
14133/21
Em 2005, cria o Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005, que
regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens
e serviços comuns, e dá outras providências. O Decreto nº 5.504,
de 5 de agosto de 2005, instituiu ainda a exigência de utilização
do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para entes
públicos ou privados, nas contratações de bens e serviços comuns,
realizadas em decorrência de transferências voluntárias de
recursos públicos da União, decorrentes de convênios ou
instrumentos congêneres, ou consórcios públicos (Brasil, 2005).
Em 23 de setembro de 2019, foi criado o Decreto 10.024, que
revoga os Decretos nº 5.450 e o nº 5.504 ambos de 2005.
A modalidade pregão implementou mudanças nos procedimentos
administrativos e nas compras públicas, Santana (2014) expõe que
o pregão e gestão fiscal são responsáveis pelas mudanças nos
processos administrativos do Brasil. E diz ainda que a
implementação renderá bons frutos para toda a sociedade
brasileira. Diante deste contexto, tem-se o entendimento que o
objetivo geral deste estudo é apresentar ao leitor as comparações
entre o Decreto n°3.555/00 e o Decreto n° 10.024/19 e suas
principais alterações na modalidade licitatória denominada
pregão.
A Lei n° 14.133 de 1° de abril de 2021, foi criada para revogar a
Lei nº 8.666/93, bem como a Lei nº 10.520/2002 e o regime
diferenciado de contratações públicas. Segundo a Lei n°
14.133/21, as modalidades estão prevista no artigo 28 que
denomina como modalidade o pregão, a concorrência, concurso,
leilão e o diálogo competitivo.
A figura do pregão vem exposta no artigo 28, inciso I,
apresentando o que estava disposto na Lei n° 10.520/2002, é
modalidade obrigatória de licitação para a aquisição de bens e
serviços que possam ser descritos de forma minuciosa e objetiva
no instrumento de edital, de forma usual no mercado, de quem
oferecer o menor preço ou maior desconto (BRASIL, 2021). A Lei
n° 14.133/21 não detalhou a modalidade pregão eletrônico, mas sim
espalhou as informações da modalidade, como no caso da seção V,
artigo 52 que aborda sobre sistema de registro de preço que
abrange a modalidade pregão eletrônico.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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Subordinam-se ao regime deste Regulamento, além dos órgãos da
administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as
fundações, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e
as entidades controladas direta e indiretamente pela União. Art.
2º Pregão é a modalidade de licitação em que a disputa pelo
fornecimento de bens ou serviços comuns é feita em sessão pública,
por meio de propostas de preços escritas e lances verbais. [...]"
No Decreto nº 3.555, de 8 de agosto de 2000, inicialmente o
governo ainda faz menção em seu § 2° ao "termo bens e serviço
comuns", considerando objetos cujos padrões de desempenho e
qualidade possam ser concisa e objetivamente definidos no objeto
do edital, em perfeita conformidade com as especificações usuais
praticadas no mercado e dispondo de uma lista com a relação de
serviços comuns (BRASIL, 2000).
Com a reedição do Decreto esse termo passou a ter outro
significado, nos dias atuais passa a ser considerado ainda em seu
§ 2° como "aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam
ser objetivamente definidos no edital, por meio de especificações
usuais praticadas no mercado", redação alterada 10 anos depois
pelo Decreto nº 7.174, de 2010. Dois anos após a implantação do
Decreto n° 3.555/00, o Governo Federal cria a Lei n° 10.520, de 17
de julho de 2002, que institui, no âmbito da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI,
da Constituição Federal, modalidade de licitação denominada
pregão, para aquisição de bens e serviços comuns (Brasil, 2002).
Em 2005, foi criado o Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005,
que regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aquisição de
bens e serviços comuns. Em seu Art. 1º, o Decreto menciona que a
"modalidade de licitação pregão, na forma eletrônica, de acordo
com o disposto no § 1º do art. 2º da Lei nº 10.520, de 17 de julho
de 2002, destina-se à aquisição de bens e serviços comuns, no
âmbito da União e submete-se ao regulamento estabelecido neste
Decreto", estipulando quem deve utilizar e como utilizar,
descrevendo em seu Parágrafo único o que se segue:
"[...]além dos órgãos da administração pública federal direta, os
fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas
públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades
controladas direta ou indiretamente pela União[...]" (BRASIL,2005).
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No período mencionado acima, o Governo Federal instituí o Decreto
nº 5.504, de 5 de agosto de 2005, que estabelece a exigência de
utilização do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para
entes públicos ou privados, nas contratações de bens e serviços
comuns, realizadas em decorrência de transferências voluntárias
de recursos públicos da União, decorrentes de convênios ou
instrumentos congêneres, ou consórcios públicos (Brasil, 2005).
Em 2019, foi criado o Decreto n° 10.024, de 23 de setembro de
2019, que revoga em seu Art. 60 os Decreto nº 5.450, de 31 de
maio de 2005 e Decreto nº 5.504, de 5 de agosto de 2005. Existe
ainda um outro tipo de Pregão, denominado SRP, que foi instituído
pelo Decreto n° 3.931, de 19 de setembro de 2001, revogado pelo
Decreto n°7.892, de 23 de janeiro de 2013, que regulamenta o
Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993.
O sistema de registro de preços - SRP, é um conjunto de
procedimentos para o registro formal de preços relativos à
prestação de serviços e à aquisição de bens, para contratações
futuras (SANTANA, 2014). A característica que vincula o registro
de preços ao pregão é que este sistema somente pode ser utilizado
pelas modalidades denominadas concorrência e pregão, que a
vigência da ata de registro de preço é de no máximo 12 (doze)
meses e que após assinada, a ata deve ser publicada para que as
obrigações firmadas possam ser exigidas dos signatários
(BRASIL,2013).
Em 2021, a Lei n° 14.133/21 apresentou a modalidade pregão
eletrônico em seu contexto, pois sua vigência substituíra as Leis
n° 8.666/93 e 10.520/00 que tratam sobre o tema. A Lei n°
14.133/21, cita o pregão com sua modalidade no artigo 28, mas não
define por completo seu significado. O legislador criou as
modalidades e separou os assuntos por fase, conforme previsto no
artigo 17 Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em
sequência: I – preparatória; II - de divulgação do edital de
licitação; III - de apresentação de propostas e lances, quando for o
caso; IV - de julgamento; V - de habilitação; VI – recursal; VII - de
homologação. § 1º A fase referida no inciso V do caput deste artigo
poderá, mediante ato motivado com explicitação dos benefícios
decorrentes, anteceder as fases referidas nos incisos III e IV do
caput deste artigo, desde que expressamente previsto no edital de
licitação. § 2º As licitações serão realizadas preferencialmente sob a
forma eletrônica, admitida a utilização da forma presencial, desde que
motivada, devendo a sessão pública ser registrada em ata e gravada em
áudio e vídeo.
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. § 3º Desde que previsto no edital, na fase a que se refere o inciso IV
do caput deste artigo, o órgão ou entidade licitante poderá, em relação
ao licitante provisoriamente vencedor, realizar análise e avaliação da
conformidade da proposta, mediante homologação de amostras, exame de
conformidade e prova de conceito, entre outros testes de interesse da
Administração, de modo a comprovar sua aderência às especificações
definidas no termo de referência ou no projeto básico. § 4º Nos
procedimentos realizados por meio eletrônico, a Administração poderá
determinar, como condição de validade e eficácia, que os licitantes
pratiquem seus atos em formato eletrônico. § 5º Na hipótese excepcional
de licitação sob a forma presencial a que refere o § 2º deste artigo, a
sessão pública de apresentação de propostas deverá ser gravada em áudio e
vídeo, e a gravação será juntada aos autos do processo licitatório depois
de seu encerramento. § 6º A Administração poderá exigir certificação por
organização independente acreditada pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) como condição para aceitação
de: I - estudos, anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos; II
- conclusão de fases ou de objetos de contratos; III - material e corpo
técnico apresentados por empresa para fins de habilitação. (BRASIL,
2021).
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A Lei n° 14.133/21 ainda apresentou pontos sobre o modelo do
sistema de registro de preço que também não demostrou grandes
inovações com relação ao Decreto n° 7.892/13 que o decreto que
regulamenta o sistema associado à Lei n° 10.520/02 para pregão
eletrônico com a aplicação do sistema. O artigo 82 a 87 da Lei n°
14.133/21, apresenta que
Art. 82. O edital de licitação para registro de preços observará as regras
gerais desta Lei e deverá dispor sobre:I - as especificidades da licitação e
de seu objeto, inclusive a quantidade máxima de cada item que poderá ser
adquirida;II - a quantidade mínima a ser cotada de unidades de bens ou, no
caso de serviços, de unidades de medida;III - a possibilidade de prever
preços diferentes:a) quando o objeto for realizado ou entregue em locais
diferentes;b) em razão da forma e do local de acondicionamento;c) quando
admitida cotação variável em razão do tamanho do lote;d) por outros motivos
justificados no processo;IV - a possibilidade de o licitante oferecer ou não
proposta em quantitativo inferior ao máximo previsto no edital, obrigando-se
nos limites dela;V - o critério de julgamento da licitação, que será o de
menor preço ou o de maior desconto sobre tabela de preços praticada no
mercado;VI - as condições para alteração de preços registrados;VII - o
registro de mais de um fornecedor ou prestador de serviço, desde que aceitem
cotar o objeto em preço igual ao do licitante vencedor, assegurada a
preferência de contratação de acordo com a ordem de classificação;VIII - a
vedação à participação do órgão ou entidade em mais de uma ata de registro
de preços com o mesmo objeto no prazo de validade daquela de que já tiver
participado, salvo na ocorrência de ata que tenha registrado quantitativo
inferior ao máximo previsto no edital;IX - as hipóteses de cancelamento da
ata de registro de preços e suas consequências.§ 1º O critério de julgamento
de menor preço por grupo de itens somente poderá ser adotado quando for
demonstrada a inviabilidade de se promover a adjudicação por item e for
evidenciada a sua vantagem técnica e econômica, e o critério de
aceitabilidade de preços unitários máximos deverá ser indicado no edital.§
2º Na hipótese de que trata o § 1º deste artigo, observados os parâmetros
estabelecidos nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 23 desta Lei, a contratação
posterior de item específico constante de grupo de itens exigirá prévia
pesquisa de mercado e demonstração de sua vantagem para o órgão ou
entidade.§ 3º É permitido registro de preços com indicação limitada a
unidades de contratação, sem indicação do total a ser adquirido, apenas nas
seguintes situações:I - quando for a primeira licitação para o objeto e o
órgão ou entidade não tiver registro de demandas anteriores;II - no caso de
alimento perecível;III - no caso em que o serviço estiver integrado ao
fornecimento de bens.§ 4º Nas situações referidas no § 3º deste artigo, é
obrigatória a indicação do valor máximo da despesa e é vedada a participação
de outro órgão ou entidade na ata.§ 5º O sistema de registro de preços
poderá ser usado para a contratação de bens e serviços, inclusive de obras e
serviços de engenharia, observadas as seguintes condições:I - realização
prévia de ampla pesquisa de mercado;II - seleção de acordo com os
procedimentos previstos em regulamento;III - desenvolvimento obrigatório de
rotina de controle;IV - atualização periódica dos preços registrados;V -
definição do período de validade do registro de preços;VI - inclusão, em ata
de registro de preços, do licitante que aceitar cotar os bens ou serviços em
preços iguais aos do licitante vencedor na sequência de classificação da
licitação e inclusão do licitante que mantiver sua proposta original.§ 6º O
sistema de registro de preços poderá, na forma de regulamento, ser utilizado
nas hipóteses de inexigibilidade e de dispensa de licitação para a aquisição
de bens ou para a contratação de serviços por mais de um órgão ou entidade.
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Art. 83. A existência de preços registrados implicará compromisso de
fornecimento nas condições estabelecidas, mas não obrigará a Administração
a contratar, facultada a realização de licitação específica para a
aquisição pretendida, desde que devidamente motivada. Art. 84. O prazo de
vigência da ata de registro de preços será de 1 (um) ano e poderá ser
prorrogado, por igual período, desde que comprovado o preço vantajoso.
Parágrafo único. O contrato decorrente da ata de registro de preços terá
sua vigência estabelecida em conformidade com as disposições nela contidas.
Art. 85. A Administração poderá contratar a execução de obras e serviços de
engenharia pelo sistema de registro de preços, desde que atendidos os
seguintes requisitos:I - existência de projeto padronizado, sem
complexidade técnica e operacional;II - necessidade permanente ou frequente
de obra ou serviço a ser contratado. Art. 86. O órgão ou entidade
gerenciadora deverá, na fase preparatória do processo licitatório, para
fins de registro de preços, realizar procedimento público de intenção de
registro de preços para, nos termos de regulamento, possibilitar, pelo
prazo mínimo de 8 (oito) dias úteis, a participação de outros órgãos ou
entidades na respectiva ata e determinar a estimativa total de quantidades
da contratação.§ 1º O procedimento previsto no caput deste artigo será
dispensável quando o órgão ou entidade gerenciadora for o único
contratante.§ 2º Se não participarem do procedimento previsto no caput
deste artigo, os órgãos e entidades poderão aderir à ata de registro de
preços na condição de não participantes, observados os seguintes
requisitos:I - apresentação de justificativa da vantagem da adesão,
inclusive em situações de provável desabastecimento ou descontinuidade de
serviço público;II - demonstração de que os valores registrados estão
compatíveis com os valores praticados pelo mercado na forma do art. 23
desta Lei;III - prévias consulta e aceitação do órgão ou entidade
gerenciadora e do fornecedor. § 3º A faculdade conferida pelo § 2º deste
artigo estará limitada a órgãos e entidades da Administração Pública
federal, estadual, distrital e municipal que, na condição de não
participantes, desejarem aderir à ata de registro de preços de órgão ou
entidade gerenciadora federal, estadual ou distrital. § 4º As aquisições ou
as contratações adicionais a que se refere o § 2º deste artigo não poderão
exceder, por órgão ou entidade, a 50% (cinquenta por cento) dos
quantitativos dos itens do instrumento convocatório registrados na ata de
registro de preços para o órgão gerenciador e para os órgãos
participantes.§ 5º O quantitativo decorrente das adesões à ata de registro
de preços a que se refere o § 2º deste artigo não poderá exceder, na
totalidade, ao dobro do quantitativo de cada item registrado na ata de
registro de preços para o órgão gerenciador e órgãos participantes,
independentemente do número de órgãos não participantes que aderirem. § 6º A
adesão à ata de registro de preços de órgão ou entidade gerenciadora do
Poder Executivo federal por órgãos e entidades da Administração Pública
estadual, distrital e municipal poderá ser exigida para fins de
transferências voluntárias, não ficando sujeita ao limite de que trata o §
5º deste artigo se destinada à execução descentralizada de programa ou
projeto federal e comprovada a compatibilidade dos preços registrados com os
valores praticados no mercado na forma do art. 23 desta Lei.§ 7º Para
aquisição emergencial de medicamentos e material de consumo médico-
hospitalar por órgãos e entidades da Administração Pública federal,
estadual, distrital e municipal, a adesão à ata de registro de preços
gerenciada pelo Ministério da Saúde não estará sujeita ao limite de que
trata o § 5º deste artigo. § 8º Será vedada aos órgãos e entidades da
Administração Pública federal a adesão à ata de registro de preços
gerenciada por órgão ou entidade estadual, distrital ou municipal.
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Na lei do pregão não existe um prazo estimado para resposta do
recurso, com isso utiliza-se o prazo estipulado na Lei n°9.784,
de 29 de janeiro de 1999, em seu artigo 24, dispondo que
"Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou
autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele
participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo
motivo de força maior" (Brasil, 1999).
A fase de Adjudicação é aquela que formaliza o vencedor do
certame, Jacoby Fernandes (2015) informa que na modalidade
pregão, essa fase deve ser executada pelo pregoeiro, caso não
haja recurso. No caso de haver interposição de recurso, a
autoridade superior é quem deverá adjudicar. A Homologação vem
logo em seguida e é realizada pela autoridade superior do Órgão,
servindo como confirmação da regularidade e legalidade do
procedimento. A partir desse ato, a autoridade superior ao
pregoeiro responde pelos atos praticados no certame (JACOBY
FERNANDES, 2015). Assim, uma vez realizada a homologação, a
divulgação do resultado e a assinatura da ata do certame, é
finalizado o processo licitatório e encaminhado para a gestão de
contratos.
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Para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns em seu
§ 3º do Art. 1°, relata que também poderão: "[...] entes
federativos, com a utilização de recursos da União decorrentes de
transferências voluntárias, tais como convênios e contratos de
repasse, a utilização da modalidade de pregão, na forma eletrônica,
ou da dispensa eletrônica serão obrigatórios, exceto nos casos em
que a lei ou a regulamentação específica que dispuser sobre a
modalidade de transferência discipline de forma diversa as
contratações com os recursos do repasse" (Brasil,2019). O novo
Decreto, só autoriza a forma presencial com justificativa da
autoridade competente, conforme § 4º do Art. 1°, expõe: “... a
utilização da forma de pregão presencial nas licitações de que
trata o caput ou a não adoção do sistema de dispensa eletrônica,
desde que fique comprovada a inviabilidade técnica ou a desvantagem
para a administração na realização da forma eletrônica." (BRASIL,
2019).
Outra inovação deste Decreto é a implementação do princípio de
desenvolvimento sustentável em dimensões econômica, social,
ambiental e cultural, com base nos planos de logística sustentável
dos órgãos e entidades. O Decreto ainda impõe em seu Art. 2º outros
princípios, tais como: "[...] legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da
probidade administrativa, do desenvolvimento sustentável, da
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo, da
razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade e aos que
lhes são correlatos." (BRASIL, 2019).
Na parte das Definições o novo Decreto, em seu Art. 3°, também traz
algumas mudanças, como a explicação de bens e serviço especiais "
[...] bens que, por sua alta heterogeneidade ou complexidade
técnica, não podem ser considerados bens e serviços comuns". Outro
aspecto importante neste artigo é a definição do estudo técnico
preliminar, em seu inciso IV, como sendo um documento constitutivo
e elaborado na primeira etapa do planejamento de uma contratação,
caracterizando o interesse público para encontrar a melhor solução
ao problema a ser resolvido.
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Ainda explica em seu inciso V o que são os lances intermediários,
relatando que são lances iguais ou superiores ao menor já ofertado,
porém inferiores ao último lance dado pelo próprio licitante. No
inciso VIII, do Art. 3°, descreve serviço comum de engenharia, como
sendo uma atividade ou conjunto que
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No Decreto, as vedações estão expostas no Art.4°, para uso na forma
eletrônica são para os incisos de I a III, nas contratações de
obras, nas locações imobiliárias e alienações e bens e serviços
especiais, incluídos os serviços de engenharia conforme demostrado
no Decreto. Para a forma de realização, o Art. 5° demostra que será
realizado por meio do endereço eletrônico
www.comprasgovernamentais.gov.br. conforme o inciso II, por
sistemas próprios ou outros sistemas disponíveis no mercado, desde
que estejam integrados à plataforma de operacionalização das
modalidades de transferências voluntárias.
O Art. 6° traz uma inovação em seu inciso III, onde a apresentação
da documentação de habilitação se dará junto com as propostas e, no
inciso IV, a etapa de lance também teve alteração com relação ao
Decreto n° 3555/05. Os critérios de julgamento das propostas também
tiveram alteração no seu Art. 7° e no parágrafo único, com dotação
dos parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade, bem como das
diretrizes do plano de gestão de logística sustentável e as demais
condições estabelecidas no edital (BRASIL, 2019).
O Valor estimado ou valor máximo aceitável está disposto no Art.
15, podendo ser sigiloso e quando adotar este aspecto será
disponibilizado de modo exclusivo e permanentemente aos órgãos de
controle externo e interno. No § 1º do Art.15, diz que o "caráter
sigiloso do valor estimado ou do valor máximo aceitável para a
contratação será fundamentado no § 3º do art. 7º da Lei nº 12.527,
de 18 de novembro de 2011, e no art. 20 do Decreto nº 7.724, de 16
de maio de 2012."(BRASIL,2019).
O valor só será divulgado neste caso conforme § 2º do Art. 15,
tornado público apenas e imediatamente após o encerramento do envio
de lances, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos
quantitativos e das demais informações necessárias à elaboração das
propostas. A Publicação do Edital, constante do seu Art. 20, será
por meio da publicação do aviso do edital no Diário Oficial da
União e no sítio eletrônico oficial do órgão ou da entidade
promotora da licitação. Também podendo ocorrer na imprensa oficial
do respectivo Estado, do Distrito Federal ou do Município e no
sítio eletrônico oficial do órgão ou da entidade promotora da
licitação (BRASIL, 2019).
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Os esclarecimentos também vieram com uma inovação no prazo,
conforme o Art. 23 será enviado até três dias úteis anteriores à
data fixada para abertura da sessão pública, por meio eletrônico,
na forma do edital. E o pregoeiro conforme § 1º do Art. 23,
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"[...]§ 3º do Art. 33, que na ausência de, no mínimo, três ofertas nas
condições de que trata o § 2º, os autores dos melhores lances subsequentes, na
ordem de classificação, até o máximo de três, poderão oferecer um lance final
e fechado em até cinco minutos, que será sigiloso até o encerramento do
prazo.§ 4º Encerrados os prazos estabelecidos nos § 2º e § 3º, o sistema
ordenará os lances em ordem crescente de vantajosidade. § 5º Na ausência de
lance final e fechado classificado nos termos dos § 2º e § 3º, haverá o
reinício da etapa fechada para que os demais licitantes, até o máximo de três,
na ordem de classificação, possam ofertar um lance final e fechado em até
cinco minutos, que será sigiloso até o encerramento deste prazo, observado,
após esta etapa, o disposto no § 4º. § 6º Na hipótese de não haver licitante
classificado na etapa de lance fechado que atenda às exigências para
habilitação, o pregoeiro poderá, auxiliado pela equipe de apoio, mediante
justificativa, admitir o reinício da etapa fechada, nos termos do disposto no
§ 5º.[...]"(BRASIL,2019).
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O sistema de Dispensa Eletrônica, a última inovação do novo
Decreto, será realizada pelo sistema do ComprasNet, conforme Art.
51, para seguintes hipóteses, tais como contratação de serviços
comuns de engenharia, aquisição de bens e contratação de serviços
comuns e aquisição de bens e contratação de serviços comuns,
incluídos os serviços comuns de engenharia (BRASIL,2019). O sistema
ainda não foi regularizado, no seu § 1º do Art. 51, ficará a cardo
do Secretário de Gestão da Secretaria Especial de
Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da
Economia regulamentará o funcionamento do sistema de dispensa
eletrônica (BRASIL,2019).
3 CONCLUSÀO
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Salientamos ainda que este estudo não tem qualquer pretensão de
exaurir o tema proposto, mas cumpre o seu papel ao apresentar uma
visão detalhada da aplicação do objeto desta pesquisa,
oportunizando uma visão crítica e analítica acerca do tema pregão
na modalidade eletrônica. Desta forma, conclui-se que é muito
interessante que a Administração Pública (Federal, Estadual,
Municipal e DF) utilize o pregão e que a operação seja na forma
eletrônica, para suas aquisições sempre que for aplicável, pois
assim será possível selecionar a proposta mais vantajosa, ter
agilidade e transparência no processo, além de maior eficiência
nas contratações e geração de economia substancial aos cofres
públicos.
REFERÊNCIAS
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________. Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997. Dispõe sobre a
organização dos serviços de telecomunicações, a criação e
funcionamento de um órgão regulador e outros aspectos
institucionais, nos termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995.
[S. l.], 11 out. 2019.
________. Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Regula o
processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.
[S. l.], 11 out. 2019.
________. Decreto nº 3.555, de 08 de agosto de 2000. Aprova o
Regulamento para a modalidade de licitação denominado pregão, para
aquisição de bens e serviços comuns. [S. l.], 11 out. 2019.
________. Decreto nº 9.784, de 19 de setembro de 2001. Regulamenta
o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências. [S. l.],
11 out. 2019.
________. Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui a
modalidade de licitação pregão, no âmbito da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI da
Constituição Federal.
________. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações
e Contratos Administrativos.
________. Decreto n°5.450, de 31 de maio de 2005. Regulamenta a
utilização do pregão forma eletrônica para a aquisição de bens e
serviços comuns. [S. l.], 11 out. 2019.
________. Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013. Regulamenta o
Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666,
de 21 de junho de 1993. [S. l.], 11 out. 2019.
________. Decreto nº 10.024, de 20 de setembro de 2019. Regulamenta
a licitação, na modalidade pregão, na forma eletrônica, para a
aquisição de bens e a contratação de serviços comuns, incluídos os
serviços comuns de engenharia, e dispõe sobre o uso da dispensa
eletrônica, no âmbito da administração pública federal. [S. l.], 11
out. 2019.
COMPRASNET. Portal de Compras: Legislação. Site, 11 out. 2019.
Disponível em: https://www.comprasgovernamentais.gov.br/. Acesso
em: 11 out. 2019.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
®
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PREGÃO ELETRÔNICO E A LEI N°
14133/21
JACOBY FERNANDES, Jorge Ulisses. Sistema de registro de preços e
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CAPÍTULO 05
CONTRATAÇÃO PÚBLICA
SUSTENTÁVEL
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RESUMO
O presente estudo visa compreender os aspectos das licitações
sustentáveis, em especial sobre o conceito de desenvolvimento
nacional sustentável e a sua relação com as contratações públicas.
Trata-se um estudo bibliográfico cujo objetivo dar subsídios à
efetividade desse princípio nas contratações públicas, apresentando
os principais normativos, visando contribuir para os processos
licitatórios existentes no Brasil.
1. INTRODUÇÃO
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¹ MESTRANDA PELO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO PROFISSIONAL EM DIREITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, POSSUI GRADUAÇÃO EM DIREITO E
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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL PELA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA. ANALISTA JURÍDICO E PREGOEIRA DO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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2.1 CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
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Na
Dimensão jurídico-política:
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2.3 LEGISLAÇÃO
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Assim,
o complexo normativo
faz-se imprescindível analisar sobre o
tema, para compreender em que estado encontra-se atualmente. Para
tanto, elaborou-se um quadro com as principais leis, decretos e
instruções normativas relacionadas ao assunto.
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3. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Lei n.
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______. Lei n. 12.349, de 15 de dezembro de 2010. Altera as Leis
8.666, de 21 de junho de 1993, 8.958, de 20 de dezembro de 1994, e
10.973, de 2 de dezembro de 2004; e revoga o § 1o do art. 2o da Lei
n. no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei n.
/L12349.htm#art1>. Acesso em: 20 mar. 2021
______. Lei n. 12.462, de 4 de agosto de 2011. Institui o Regime
Diferenciado de Contratações Públicas - RDC; altera a Lei n.
10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da
Presidência da República e dos Ministérios, a legislação da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) e a legislação da Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero); cria a
Secretaria de Aviação Civil, cargos de Ministro de Estado, cargos
em comissão e cargos de Controlador de Tráfego Aéreo; autoriza a
contratação de controladores de tráfego aéreo temporários; altera
as Leis 11.182, de 27 de setembro de 2005, 5.862, de 12 de dezembro
de 1972, 8.399, de 7 de janeiro de 1992, 11.526, de 4 de outubro de
2007, 11.458, de 19 de março de 2007, e 12.350, de 20 de dezembro
de 2010, e a Medida Provisória n. 2.185-35, de 24 de agosto de
2001; e revoga dispositivos da Lei n. 9.649, de 27 de maio de 1998.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/Lei n. /l12462.htm>. Acesso em: 20 mar. 2021
______. Lei n. 13.303, de 30 de junho de 2016. Dispõe sobre o
estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia
mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/Lei n.
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