O documento descreve a trajetória escolar da autora, desde a educação infantil em uma escola particular até o ensino superior em uma universidade pública. Ela destaca como fatores como o plano educacional, problemas de alfabetização e mudanças de escola afetaram sua educação. No ensino médio, ela se adaptou bem ao novo formato implementado em sua escola e teve uma boa experiência no ensino a distância durante a pandemia.
O documento descreve a trajetória escolar da autora, desde a educação infantil em uma escola particular até o ensino superior em uma universidade pública. Ela destaca como fatores como o plano educacional, problemas de alfabetização e mudanças de escola afetaram sua educação. No ensino médio, ela se adaptou bem ao novo formato implementado em sua escola e teve uma boa experiência no ensino a distância durante a pandemia.
O documento descreve a trajetória escolar da autora, desde a educação infantil em uma escola particular até o ensino superior em uma universidade pública. Ela destaca como fatores como o plano educacional, problemas de alfabetização e mudanças de escola afetaram sua educação. No ensino médio, ela se adaptou bem ao novo formato implementado em sua escola e teve uma boa experiência no ensino a distância durante a pandemia.
Minha trajetória escolar e como o plano educacional afetou ela
Inicialmente, devo esclarecer que muitas etapas da minha vida escolar
foram puladas ou estendidas, visto que, ao invés de ir para educação infantil e faze-la completa, isso é, ir para creche, meus pais acabaram optando por me colocar direto numa escola particular de ensino fundamental (com quatro anos de idade) e, por ser muito nova, tive que fazer duas vezes o Pré 1.Analisando tal situação, hoje, vejo que essa foi uma escolha muito prudente da instituição e dos meus pais, visto que ,mesmo com o fato de com aquela idade eu ter condições plenas de pular de série, vejo que isso foi muito importante para o meu desenvolvimento pessoal, uma vez que, ao refazer o pré eu aprendi a dividir espaços, brinquedos ( a minha anterior era muito pequena quando comparada com a nova) e pude aperfeiçoar algumas habilidades- tais como: recorte e cola, identificações de texturas e o aprendizado da língua inglesa. Todavia, ao entrar no ensino fundamental 1 alguns problemas começaram a surgir, uma vez que eu tive um pouco de dificuldade para ser alfabetizada-nada muito fora do normal, mas ainda sim um pouco difícil- e por isso comecei a ter aulas de reforço no contra turno na escola .Hoje, eu tenho pleno conhecimento que esse suporte a mais foi extremamente privilegiado, já que, uma amiga minha da mesma idades tinha esse mesmo problema e a escola que ela estudava –que era uma instituição pública- não ofertava isso na época (tudo isso ocorreu em 2009).Felizmente, depois de ajuda e muita dedicação, eu consegui superar isso no mesmo período, o que foi muito positivo, pois, esse reforço, me ensinou como eu aprendia e os melhores métodos. Já no final do ensino fundamental 1, eu me deparei com a seguinte situação: a minha escola e, consequentemente, eu estávamos ficando para trás, visto que a outra escola particular da cidade estava muito mais avançada do que a minha, isso é, no 5º ano, os alunos da outra escola estavam apreendendo geometria, redação e um inglês mais puxado, enquanto a minha escola ainda estava nos ensinando coisas que já tínhamos apreendido. Por causo disso, eu e os meus pais decidimos que eu ia mudar de escola no 6º anos, isso é, o ensino fundamental 2. No ensino fundamental 2, os problemas que surgiram foram resolvidos e uma nova versão da Gabriela estudante surgiu, já que, no início do sexto ano eu me apaixonei por literatura, especialmente Harry Potter. Faço parte, com muito orgulho, da geração que começou a ler com essa história, visto que, ao ler me inspirei em uma personagem, a Hermione, que via no estudos e na dedicação uma forma de ajudar os outros e se destacar. Acho interessante ressaltar que a secretaria da educação da minha cidade fez programas sociais que incentivavam pré adolescentes a ler, utilizando-se de livros no estilo de Harry Potter- foi assim que eu li e descobrir muitos livros no fundamental 2.Outro ponto pertinente dessa etapa é de que eu fiz o nono ano – algo que era relativamente novo(fui da terceira turma que fez)- e por causa disso, tive uma introdução bem forte ao ensino médio, visto que, já no 9º ano- algo que destoa do plano nacional- ciências foi dividida em Química ,Física e Biologia e a Língua Portuguesa em produção textual e gramática. Ou seja, cheguei no ensino médio com uma boa base de conceitos que iram ser desenvolvidos e aprofundados nos próximos anos. Já no ensino médio, acredito que tenha sido a etapa escolar básica com mais intervenção das políticas públicas, uma vez que eu fiz parte da primeira turma do início do novo ensino médio da minha escola e cidade, já que, a instituição que eu estudava decidiu implementar as principais modificações logo em 2018, isso é, o aumento da carga horaria, visto que eu passei a ter 6 períodos diários e um dia de conta turno – dia esse em que tínhamos mais períodos de língua portuguesa. Acredito que isso tenha sido benéfico para mim, uma vez que me acostumei com um estudo quase integral e saber aproveitar o tempo com o professor e em sala de aula, algo que vem sendo muito útil agora na faculdade, especialmente no ERE, já que ele demanda, por minha parte, um planejamento absurdo dos meus horários. Por fim, um ponto crucial no meu ensino médio, foi de que, em virtude do COVID-19 e as medidas governamentais de isolamento social, eu fiz todo o meu terceiro ano no formato EAD. Sendo bem realista, o EAD foi ótimo para mim, uma vez que eu tinha um bom acessos a recursos tecnológicos e um espaço ideal para o meu estudo. Porém, devo destacar que o mais benéfico foi o fato de eu ter tido oportunidade de realmente apreender qual método de estudo é o melhor para mim e ter me tornado autodidata, visto que percebi que apreendo melhor sozinha e sem todas as preocupações com o transporte e as despesas do ensino presencial. Por fim, é pertinente abordar a etapa a qual eu me encontro, isso é, o ensino superior. Ao analisar a minha trajetória, é possível perceber que durante todo esse tempo eu tive o privilégio de estudar somente em escolas privadas, não as melhores, mais ainda sim instituições que cumpriram com o seu papel. Entretanto, no ensino superior as coisas mudaram, uma vez que, pela primeira vez, eu estou estudando em uma instituição pública. Devo esclarecer que isso não foi uma escolha- mas seria a mesma se eu tivesse opção, mas sim a minha única opção, visto que, desde o meu 9º ano, eu já sabia que não existia a possiblidade de estudar numa universidade privada, já que os meus pais não teria condições de arcar com as despesas, dado que uma cadeira era quase o preço da mensalidade da minha escola- a qual eles pagaram com muito sufoco para me ofertarem um ensino que ajudaria a entrar na federal- e eles ainda teriam que arcar com o resto dos estudos da minha irmã mais nova.Logo,já era de esperar que haveria uma furação da minha bolha social, já que eu estaria inserida num ambiente múltiplo e que dependia de verbas públicas para funcionar, ou seja, a destinações das verbas por parte do governo estaria atingindo fortemente a minha educação e todo resto que envolve a minha vida dentro da instituição. Todavia, até agora, eu fui surpreendida pela excelência do corpo docente e nível cultural absurdo dos estudantes, mas, devo destacar que o descaso que as universidades públicas vem recebendo por certa parte da política brasileira é extremamente desmotivador, já que eles generalizam todos os estudantes a partir de um estereótipo que é muitas vezes baseado em mentiras. Para concluir, as estruturas governamentais sempre tiveram presente na estrutura escolar da minha vida e nas modificações que eu tive que enfrentar, porém, foi no ensino superior que eu vi, fortemente, que a minha educação está totalmente nas mãos de uma esfera do governo que ainda não compreendeu, completamente, a importância da educação e dos benefícios que ela traz.