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O QUE SÃO GRUPOS DA IGREJA NOS LARES

Conceituação e atribuições dos grupos.


Quem participa dos grupos.
Onde acontecem as reuniões.
Quando acontecem as reuniões.
Liderança e estrutura dos grupos.
Os grupos e a unidade da igreja.

1.1 Conceituação
O grupo da igreja no lar (GIL) é uma reunião menor do MRP, realizada semanalmente, com o propósito
de praticar a comunhão, a evangelização e o serviço cristão por meio da meditação nas Sagradas
Escrituras, oração e cuidado mútuo.

1.2 Atribuições dos grupos


 Reunir‐se periodicamente.
 Meditar nas Escrituras Sagradas.
 Orar e adorar.
 Fornecer auxílio mútuo.

1.3 Quem participa dos grupos


 Membros da igreja.
 Frequentadores da igreja, cristãos professos ou não.
 Pessoas amigas e conhecidas de membros da igreja, que podem inclusive oferecer seus
lares para hospedar as reuniões.
 Desigrejados que demonstram interesse em conhecer a vida prática da igreja (não
recomendamos a participação de crentes de outras igrejas de nosso Ministério).

1.4 Onde acontecem as reuniões


 A cada semana, preferencialmente, mas não exclusivamente, nos lares de membros,
frequentadores e conhecidos de membros da igreja. Fica livre aos grupos reunir-se em
uma só casa, ou combinar um rodízio dos locais das reuniões.
 Uma vez a cada três meses, reunião de todos os grupos no templo sede do MRP.

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1.5 Quando acontecem as reuniões
 Em dia e horário comum aos integrantes do grupo.
 A reunião de todos os grupos ocorre no primeiro sábado de março, junho, setembro e
dezembro, às 19h.

1.6 Liderança e estrutura dos grupos


 Coordenadores. Responsáveis pela supervisão geral dos grupos.
 Líder de grupo. Responsável por conduzir um grupo em particular.
 Colíder. Responsável por ajudar o líder em suas atribuições.
 Secretário (a). Responsável por ajudar nas tarefas administrativas do grupo.

1.7 Os grupos e a unidade da igreja


Os grupos da igreja nos lares auxiliam na prática do ideal de serviço de nossa igreja, de sermos “uma
família de discípulos de Jesus comprometida com a Bíblia e que proclama as boas novas da salvação”.
1.7.1 Prática da unidade
Por meio dos grupos, unimo-nos em torno do ensino do apóstolo:
Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo, para que, ou indo ver-vos ou estando
ausente, ouça, no tocante a vós outros, que estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando
juntos pela fé evangélica; e que em nada estais intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles
prova evidente de perdição é, para vós outros, de salvação, e isto da parte de Deus (Fp 1.27-28).

1.7.2 Os grupos da igreja


Os grupos da igreja nos lares do MRP estão subordinados as normas e instruções internas da
igreja. Estes continuam funcionando de acordo com o Estatuto do MRP.

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BASE BÍBLICA

A igreja como corpo de Cristo.


A graça de Deus nos relacionamentos.

A implantação de grupos da igreja nos lares no MRP não decorre da absorção imatura de um modismo
ministerial. Assumimos os grupos baseados em princípios bíblicos.

2.1 A igreja como corpo de Cristo


A igreja é o corpo de Cristo (Rm 12.4-5; 1Co 12.12-13). Essa metáfora aponta para dois fatos
importantes:
Primeiro, apesar do cuidado legítimo com estruturas físicas e organizacionais, a igreja não pode
ser identificada absolutamente com um prédio ou uma instituição humana. Como grupo social
organizado ela possui uma personalidade jurídica, um patrimônio e lugar onde articula os serviços
orientados pela Escritura. No entanto, todas essas coisas não são propriamente “a igreja”. A palavra
grega mais usada no Novo Testamento e traduzida por “igreja” (ἐκκλησία, ekklēsia) significa uma
assembleia convocada, pessoas ajuntadas para a adoração, testemunho e serviço de Deus.

Igreja como edifício: Um prédio


Igreja como instituição: Um organograma
Igreja como corpo: Pessoas que se relacionam

Em segundo lugar, os cristãos integram-se ao corpo de Cristo e servem no poder do Espírito


Santo. A igreja cresce ao esforçar-se pela unidade, reconhecer o chamado ministerial como dom de
Cristo para o exercício do governo pela Palavra, amadurecer pelo desfrute da sã doutrina, seguir a
verdade em amor e cada crente desempenhar seu serviço para o benefício dos demais (Ef 4.1-16).

2.2 A graça de Deus nos relacionamentos


A verdadeira igreja de Cristo possui três marcas inconfundíveis:
1. Pregação e ensino fiéis das Escrituras.
2. Administração correta daquilo que é sagrado.
3. Exercício bíblico da disciplina.

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A graça de Deus é dispensada nos relacionamentos. A disciplina capacita para a obediência ao
Senhor e compreende toda admoestação, exortação (estímulo) e ação corretiva em amor. Ela é
administrada num contexto de pessoalidade leiga, antes de ser levada à liderança da igreja (Mt 18.15-
20). Trata-se de uma função de manutenção cotidiana da saúde de um organismo vivo e não apenas
um procedimento de penalização daqueles que infringem regras sociais ou religiosas.
Isso é chamado de cuidado mútuo. Os cristãos são responsáveis uns pelos outros e devem amar-
se, acolher-se, perdoar‐se e cuidar uns dos outros (Mt 28.20; Jo 15.7, 14; Rm 15.7; Gl 5.15, 22- 23,
6.1‐2; Ef 4.25 a 5-2; Fp 2.1‐8; Cl 3.12‐17; Hb 10.23-25, 12.4-13). Existem, no Novo Testamento,
dezenas de mandamentos de reciprocidade. A expressão “uns aos outros” ocorre 53 vezes na Almeida
Revista e Atualizada (ARA). A intenção do Senhor é estabelecer uma comunidade de ministração
mútua. Igreja, então, é um corpo que se relaciona (Jo 17.21-23).
2.2.1 A bênção de uma rede de pastoreio
A prática do cuidado mútuo produz uma rede de pastoreio — uma malha de relacionamentos
fraternos permeada pela graça de Deus, que inspira e capacita os cristãos, sob a motivação e bênção
do Espírito Santo, para darem de si mesmos em favor uns dos outros. Nos grupos, cada membro pode
ser acompanhado ao mesmo tempo em que acompanha outros. Os grupos proveem atenção e
cuidado para seus participantes (At 4.32, 34).
Redes de pastoreio funcionam a partir dos seguintes paradigmas:
 Os cristãos são responsáveis pelo bem-estar uns dos outros (Gn 4.9-‐‐10; Gl 6.1-‐‐2;
Hb 10.24‐25).
 A igreja é uma comunidade graciosa, cuja característica mais proeminente é o amor de
Cristo demonstrado nos relacionamentos (Jo 13.35).
 A vida da igreja deve proporcionar rica provisão para o atendimento das necessidades
integrais de cada membro (At 4.32-35).
 A vida da igreja deve proporcionar suporte integral para os frequentadores
interessados.
 Todos nós precisamos de apoio uns dos outros (1Co 12.12-‐‐27).
2.2.2 A bênção da prática do discipulado
Isso implica nas seguintes mudanças:
 De igreja centrada no pastor para igreja centrada nos crentes trabalhando (sacerdócio
universal; cf. Êx 19.5-6; 1Pe 2.9-10, 4.10; Ap 1.6).
 De igreja centrada em eventos para igreja centrada em relacionamentos.
 De igreja de clientes para família de discípulos. Os crentes deixam de ser meros
espectadores e avaliadores de desempenhos e ajudam a “carregar o piano”.
 De igreja impessoal para corpo de voluntários para auxiliar na restauração e cura.
 De igreja voltada para o encontro dominical descompromissado, para igreja voltada
para o envolvimento diário com Deus e o próximo.
O resultado disso é discipulado (amar, libertar, liderar e enviar), ou seja, cumprimento
obediente da Grande Comissão (Mt 28.18‐20).
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POSSÍVEIS BENEFÍCIOS DOS GRUPOS

Adoração participativa.
Evangelização e discipulado.
Comunhão e cuidado pastoral.
Os grupos são desafiadores.

As reuniões dos grupos nos lares abrem espaço para que pessoas, que em outros contextos
permaneceriam caladas, interajam e se expressem. Este ambiente nos aproxima de pelo menos três
práticas recomendadas pelo Novo Testamento.

3.1 Adoração participativa


Nos grupos os crentes adoram de maneira informal e participativa. É possível compartilhar vivências
e admoestar uns aos outros (1Co 14.26). A participação nos cânticos, orações e outros momentos das
reuniões é mais pessoal e intensa.

3.2 Evangelização e discipulado


Os participantes dos grupos são edificados ao praticarem a evangelização.
Cada participante recebe uma lista de alcance a fim de escrever os nomes de três pessoas,
comprometendo-se a orar por elas, servi-las em amor e testemunhar-lhes do evangelho. Em cada
reunião há um momento para compartilhamento das iniciativas de testemunho às pessoas listadas,
bem como oração por sua salvação.
Ademais, pessoas resistentes a visitar um templo evangélico, sentem-se mais à vontade para
participar de uma reunião informal em uma residência. Outra possibilidade é de o grupo encontrar-se na
casa de alguém que não é membro da igreja, mas deseja abrir seu lar para uma reunião cristã.
É recomendável ainda visitar pessoas pelas quais o grupo está orando. Isso pode ser feito por
dois ou mais integrantes do grupo.
Em cada reunião em que houver visitantes, o evangelho é apresentado em cinco minutos.
Quando não houver visitantes, os cinco minutos são dedicados à oração, pedindo a Deus que envie
visitantes na próxima reunião.

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O frequentador que confirmar sua conversão, é incentivado a integrar-se fazendo amigos,
participando dos cultos, escola de discípulos e cursos, e começando a ajudar como voluntário nas
diversas frentes de trabalho da igreja. Os grupos abrem espaço para o discipulado através de modelos
vivos (1Co 4.16, 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.‐7; 2Tm 2.2). Dito de outro modo, os que são maduros orientam
e treinam os fracos ou novos convertidos (Rm 15.14; Gl 6.1; 1Ts 5.14; Tt 2.3-4).
Quem não quiser confirmar sua conversão e, pelo contrário, afastar-se, é incluído nas orações e
iniciativas de contato do grupo, mas o foco estará sempre nas pessoas dispostas a buscar a Deus (o
“campo branco” para a ceifa, cf. Jo 4.35‐42).
Nossa oração e santa expectativa é que tais iniciativas sinceras, sistemáticas e na dependência
do Espírito Santo, produzam conversões para a glória de Deus, ou seja, vejamos o evangelho
transformando vidas.

3.3 Comunhão e cuidado pastoral


Os grupos propiciam o estabelecimento de amizades verdadeiras, o que é mais difícil de acontecer na
rotina das grandes reuniões da igreja. Nosso Senhor valorizou relacionamentos ao ponto de chamar
os discípulos para, antes de tudo, “estarem com ele” (Mc 3.13‐14). Nesse sentido, os grupos são um
retorno à valorização das pessoas. Dentre outros aspectos relevantes, é a amizade que faz com que
os indivíduos permaneçam em uma igreja. Com os GIL, o MRP reafirma sua rejeição do individualismo
narcisista e assume mais uma prática de comunhão.
Ligado à comunhão está o cuidado pastoral. Por se tratar de um grupo menor, cada participante
é acompanhado de perto. O líder percebe quando alguém se distancia ou enfrenta problemas e pode
exercer eficazmente o seu papel de guardador das ovelhas (Lc 15.4-7).

3.4 Os grupos são desafiadores


Os grupos nos convocam aos relacionamentos íntegros e frutíferos. Eles nos revelam uma faceta da
fé que dificilmente pode ser desenvolvida apenas nas reuniões dominicais. Eles forçam a criação de
uma nova rotina centrada em compartilhamento e oração. Somos colocados diante de um modelo
de Cristianismo inspirador.
Trata-se de uma proposta bíblica muito simples de entender, mas difícil de colocar em prática,
uma vez que exige de nós a transposição do modelo de espiritualidade individualista para o modelo
de espiritualidade comunitária a igreja consumista versus a igreja bíblica, o crente-cliente para o
discípulo comprometido com as ordenanças de Deus.
Todo membro do MRP assume, nos grupos, tarefas de evangelização e pastoreio. Cada membro
confirma seu compromisso com quatro atividades principais, quais sejam: culto da família, escola de
discípulos, culto de ministérios e grupo da igreja nos lares. Isso tudo, sem dúvida, exige a disposição
de ser fiel ao Senhor e mudar hábitos individuais e coletivos.
Você está disposto a assumir esses desafios relacionados à vivência dos grupos da igreja nos
lares? Que tal abrir-se para Deus e para os outros, em uma comunidade de amizade sincera, prática
da missão e compromisso radical com o Senhor Jesus Cristo?
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PRIMEIROS PASSOS DE UM GRUPO DA IGREJA NOS LARES

Como surge um novo grupo.


As pessoas necessárias para o início de um grupo.
Oração em favor e dentro dos grupos.
Agendamento e divulgação das reuniões.
Impressos. Outros recursos.
A primeira reunião.

4.1 Como surge um novo grupo


Um novo GIL surge através de multiplicação ou iniciativa dos membros da igreja.
 Início através de multiplicação. Quando um grupo cresce ao ponto de não poder mais
reunir-se em um lugar só, ou quando as demandas de pastoreio ficam pesadas para
seus líderes, iniciam‐se as providências para sua multiplicação.
 Iniciativa de membros do MRP Manaus. Qualquer membro da igreja pode solicitar ao
pastor a abertura de um grupo em sua casa.
O estabelecimento de novos grupos dependerá sempre da disponibilidade de liderança
capacitada e aprovada nos termos deste Manual pela Coordenação do Projeto e Pastorado.

4.2. As pessoas necessárias para o início de um grupo


Um GIL é iniciado com algumas pessoas interessadas e recursos relativamente simples.
4.2.1. Um líder treinado e aprovado
Todo grupo deve ser conduzido por alguém que tenha sido treinado para tal. A capacitação para
liderança é fornecida pelos Pastores e/ou Coordenadores dos GILs. O Manual para treinamento de
líderes de grupos da igreja nos lares pode ser obtido na Secretaria ou web site da igreja.
Link para download: http://www.mrp.org.br/downloads/ Manual_Grupos2018.pdf
4.2.2. Um Colíder treinado
Todo líder deve preparar um Colíder para ajudá‐lo em suas atribuições, substituí‐lo
esporadicamente e também para assumir um novo grupo, em caso de multiplicação.

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4.2.3. Um anfitrião
Os grupos de igreja nos lares exigem ainda um anfitrião, alguém que abra as portas de sua
residência para o funcionamento do grupo.
O anfitrião deve:
 Acolher o grupo com disposição e amor, de forma simpática e agradável.
 Durante toda a reunião, manter a TV desligada.
 Durante a reunião, evitar atividades paralelas.
 Ser solícito às necessidades do grupo.

4.3 Oração em favor e dentro dos grupos


Nenhum grupo deve ser iniciado sem oração (Ne 1.1-11; Dn 10.1‐13; Mc 1.35; Lc 6.12-13; At 4.23-31,
12.12, 13.‐3; 2Co 6.5; Ef 6.10-20; 1Ts 5.17; Ap 8.1‐5). Desejamos realizar a obra do Senhor ungidos
pelo Espírito, repletos da “força do seu poder” (Ef 6.10). Os coordenadores e líderes precisam, além
do treinamento nos conteúdos deste Manual, dedicar-se à busca de Deus a fim de obterem
capacitação para a tarefa. Temos de pedir ao Altíssimo que oriente cada processo e remova os
obstáculos para implantação e fortalecimento dos grupos.
Antes da primeira reunião de um GIL, pastores, coordenadores, líderes e donos da residência
consagram tempo para orar e jejuar, suplicando a Deus que toque os corações de cada convidado
(cf. seção 4.4), de modo que as pessoas se interessem em comparecer.
Os pastores, coordenadores e líderes dedicam um determinado dia a uma busca especial em
oração, em favor dos grupos. Nas reuniões do templo nas quartas, domingos e vigília, os
coordenadores, líderes e integrantes dos grupos podem compartilhar necessidades e orar pelo
trabalho. Além disso, em cada reunião de grupo será dedicado um tempo para oração.

4.4 Agendamento e divulgação das reuniões


Todos os membros dos grupos reservam a noite de sexta-feira para participar das reuniões. Ademais,
novos grupos precisam ser divulgados, tanto entre os frequentadores e conhecidos quanto entre os
membros da igreja.
Um grupo precisa estabelecer contato com a vizinhança que não faz parte da igreja, convidando-
a participar dos encontros. O objetivo é ter o maior número possível de convidados na reunião de
inauguração do grupo.
O anfitrião poderá visitar seus vizinhos, distribuindo convites para um encontro informal para
oração e estudo da Bíblia. Nessa reunião poderá ser servido um lanche, para enfatizar a
cordialidade. O modo mais eficaz de trazer visitantes é convidar os amigos não‐evangélicos e
familiares (não há nada mais poderoso do que os relacionamentos para quebrar temores e atrair
para o convívio).
Na igreja, além do anúncio formal e da publicação no Boletim, devem ser convidadas
pessoalmente as famílias próximas ao local do novo grupo. Um convite especial está disponível na
secretaria do MRP, a fim de ser utilizado pelos líderes e anfitriões (figura 1).
Os grupos podem e devem utilizar as mídias do MRP para divulgar suas atividades: Boletim,
espaço de pastorais, web site(http://www.mrp.org.br/gil/) e serviços de secretaria (elaboração de
cartas, convites etc.) estão disponíveis para os grupos interessados.

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Figura 1: Convite para reunião do grupo da igreja nos lares

4.5 Impressos
As reuniões de grupos da igreja nos lares exigem a utilização de alguns impressos e recursos.

4.5.2 Boletim do MRP


O Boletim do MRP é usado nas reuniões de grupos para atualização de informações sobre
agenda e aniversariantes. É no Boletim que publicamos roteiros e outros recursos para a reunião
semanal. Além disso, os grupos oram pelos pedidos de oração constantes no Boletim.
4.5.3 Frequência mensal

Figura 2: Frequência mensal de GIL


A Frequência Mensal (Figura 2) é um registro de comparecimento dos integrantes do grupo. A primeira
página contém nomes, telefones, e-mails e registro de presenças ou ausências. O verso traz as notas de
pastoreio (providências de acompanhamento das pessoas que exigem a ação pastoral do grupo),
informações sobre conversões e discipulado (nomes das pessoas recentemente alcançadas, bem como as
ações de discipulado e integração) e algumas linhas para anotações de observações.

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 Toda semana, o(a) secretário(a) preenche a chamada do grupo.
 Os registros de presença são utilizados para confecção do Resumo Trimestral.

4.5.4 Resumo trimestral e cadastro do GIL


O resumo trimestral (figura 3) é apresentado até a primeira quarta-‐‐feira de março, junho,
setembro e dezembro. Esse resumo contém os dados fundamentais para verificação do crescimento
numérico e das ações de evangelização, discipulado, comunhão e serviço de cada grupo.

Figura 3: Resumo trimestral do GIL

O formulário de cadastro de grupo (Figura 4) informa quais grupos existem e quem são seus
líderes. Cada novo grupo deve preencher este impresso, bem como os grupos existentes, sempre
que houver mudança de suas lideranças.
Toda 1ª semana do mês a Secretaria da igreja atualizará a lista geral dos grupos, baseada nestas
informações. É imprescindível que os líderes mantenham os dados de seus grupos atualizados.

Figura 4: Cadastro de grupo

4.6. Outros recursos


Outras informações e recursos estão disponíveis no site dos GIL, no endereço:
http://www.mrp.org.br/gil/
A Secretaria do MRP está à disposição para o fornecimento de materiais diversos, tanto aos
líderes quanto aos integrantes de grupos da igreja nos lares.

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4.7 A primeira reunião
Na primeira reunião de um grupo são feitos os esclarecimentos básicos aos participantes. Trata-se do
momento de esclarecer o que é, para que serve e como funciona um grupo da igreja nos lares.
4.7.1 O roteiro da primeira reunião
Apesar da liberdade concedida aos líderes para conduzirem as reuniões de acordo com seus
estilos pessoais, é recomendado que, na primeira reunião, seja observado um roteiro simples.
 Inicie com uma saudação informal. Caso haja não-crentes que desconheçam o MRP,
apresente-se a si mesmo e a igreja.
 Ore pedindo a bênção de Deus sobre a reunião.
 Convide os presentes a dizerem seus nomes e a cumprimentarem-se mutuamente. Os
membros da igreja devem mostrar alegria e acolhimento gentil aos visitantes.
 Cante uma ou duas músicas.
 Leia com o grupo a 1ª unidade deste Manual. Leia e explique os Princípios de
Convivência (seção 4.7.2) e os Outros Esclarecimentos Importantes (seção 4.7.3).
 Reforce o dia da semana, local e horário para as reuniões semanais.
 Convide para a próxima reunião, que acontecerá na semana seguinte.
 Agradeça a presença de todos e faça uma oração final. Se houver lanche, convide a
todos para ficarem mais um pouco e participarem da confraternização.
 Finalize tudo em, no máximo, 90 minutos. Explique que 90 minutos é o tempo de
duração de cada.
4.7.2 Princípios de convivência dos grupos
 Evitar discutir sobre outras religiões. Nosso interesse é aprender sobre Cristo, com
paixão evangelística, mas sem jamais atacar o caráter ou a história de pessoas ou
instituições.
 Não se considerar “dono da verdade” (ser humilde). Todos estamos aprendendo uns
com os outros, o tempo todo. Não “forçar a barra”, exigindo que os outros pensem
como você.
 Não desconsiderar ideias e posicionamentos de pessoas não‐evangélicas.
 Não polemizar em doutrinas secundárias ou por demais complexas. Se determinada
discussão começar a estender-se demais, explicar nossa posição doutrinária, motivar a
participação na escola de discípulos e cursos da igreja (ou a conversar com os pastores)
e retornar rapidamente ao estudo pretendido.
 Não monopolizar o “compartilhamento”. Outros também têm o direito de falar.
 Respeitar o ritmo de aprendizagem, bem como a personalidade e privacidade de cada
pessoa, sem qualquer tipo de manipulação.
 Expressar cordialidade, mansidão, empatia e amor.
4.7.3. Outros esclarecimentos importantes
Os grupos de igreja nos lares necessitam ainda dos seguintes esclarecimentos:
 As reuniões do grupo não exigem que o participante seja um “religioso” ou mesmo um
especialista em Bíblia. O importante é querer aprender.
 Nas reuniões de grupos da igreja nos lares as pessoas aprendem juntas, através de
diálogos e discussões informais. As descobertas de umas pessoas estimulam outras a
compreender melhor as Escrituras. Por isso todos os integrantes podem dar opiniões,
levantar questões e expor dúvidas.
 Os participantes devem providenciar um material básico:

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o Um exemplar da Bíblia.
o A lista de alcance (no caso de membros do MRP ou frequentadores que queiram orar por seus
amigos e familiares e evangelizá‐los).
o Um caderno, lápis ou caneta, para anotações.
o O(a) secretário(a) do grupo deve trazer a Frequência Mensal, para registro das presenças.
AS REUNIÕES SEMANAIS E ROTINA DOS GRUPOS

Roteiro de uma reunião semanal de GIL.


A abertura da reunião. Verificação de presença.
Estudo bíblico. Momento do testemunho.
Momentos “onde está teu irmão?” e “o que faremos?”.
Música final e conclusão. As crianças do grupo.

5.1 Roteiro de uma reunião semanal de GIL


A partir da segunda reunião os encontros duram, no máximo, 90 minutos. Eis o roteiro:
 Abertura (10min).
 Verificação de presença (5min).
 Estudo bíblico (25min).
 Momento do testemunho (10min).
 Momento “onde está teu irmão?” (20min).
 Momento “o que faremos?” (15min).
 Música final e conclusão com oração (5min).

5.2 A abertura da reunião


A abertura das reuniões é rápida e objetiva (10 minutos).
 O líder saúda as pessoas presentes e abre um espaço para que todos se cumprimentem.
 É feita uma oração e são transmitidos os avisos importantes.
 Os visitantes são apresentados e acolhidos.
 O grupo canta uma música.

5.3 Verificação de presença


Após os cânticos é feita a chamada do grupo (preenchimento da Frequência Mensal; 5 minutos).

5.4 Estudo bíblico


O estudo dos grupos é uma ocasião para edificação com base na Palavra de Deus e não deve
ultrapassar 25 minutos.
O objetivo deste estudo é abordar evangelística e devocionalmente alguns livros bíblicos, bem
como tópicos do evangelho e de doutrinas cristãs. Isso é feito sabendo-se que o grupo não é um

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espaço de alta discussão teológica (temas de Bíblia e Teologia avançada são trabalhados em cursos e
aulas avulsas, com um pastor, ou na escola de discípulos).É importante que o estudo seja ministrado
em linguagem simples e clara, com várias aplicações práticas e motivando cada participante a fazer
perguntas e dar opiniões. Em todo tempo deve-se atentar para os princípios mencionados nas seções
4.7.2 e 4.7.3.
O currículo adotado nos GIL é dinâmico. Podem ser estudados os sermões dominicais ou
literatura cristã previamente definida pelos coordenadores, sempre com o conhecimento e
aprovação dos pastores.

5.5 Momento do testemunho


Neste momento, em 10 minutos, são realizadas as seguintes ações:
 Compartilhamento das iniciativas de testemunho às pessoas da lista de alcance e
oração por sua salvação.
 Apresentação do evangelho em cinco minutos (caso haja visitantes).
 Cada visitante é presenteado com um exemplar de um livreto.
 Oração para que Deus envie visitantes na próxima reunião (caso não haja visitantes).
 Divulgação dos cultos, escola de discípulos, cultos ministeriais, ações da igreja, cursos e
oportunidades de voluntariado do MRP.

5.6 Momento “onde está teu irmão?”


O momento “onde está teu irmão?” (Gn 4.9) é dedicado ao pastoreio e cuidado mútuo (20 minutos).
O propósito desta parte é verificar quem está ausente ou passando por dificuldades, como segue:
 Verificação dos enfermos. Cada enfermo deve ser visitado na primeira semana de
ausência.
 Checagem dos necessitados de ajuda material, emocional ou espiritual. Cada pessoa
deve ser suprida pelos membros do próprio grupo e com o auxílio do Serviço Social da
igreja.
 Motivação para a vida devocional (leitura, meditação e estudo da Palavra e oração
cristã) e prática de boas obras (Hb 10.24-25).
 Oração uns pelos outros.

5.7 Momento “o que faremos?”


O momento “o que faremos” é um dos mais importantes da reunião (15 minutos). São definidas
algumas ações para a semana que se inicia. Os alvos não alcançados na semana anterior são
reconsiderados, redefinidos, alterados, aperfeiçoados ou substituídos.
Cada pessoa assume tarefas específicas de maturidade, evangelização e pastoreio. Tais alvos
podem ser estabelecidos pelos coordenadores, pelo líder ou pelo próprio integrante do grupo. O
importante é que, em cada reunião, o líder cuide para que cada pessoa saiba com clareza quais
tarefas práticas devem ser executadas nos próximos dias.
Exemplos de tarefas a serem assumidas ou distribuídas (tabela 2):
Foco Tarefa
Maturidade Ler diariamente dois capítulos da carta aos Romanos
Maturidade Orar pela lista de pedidos do Boletim da igreja
Maturidade Visitar o irmão ..., pedir perdão pelo que aconteceu na semana passada
Maturidade Tratar meu chefe com mais gentileza
Evangelização Telefonar ou mandar um e-‐‐mail para as pessoas de minha lista de alcance
Evangelização Convidar o ... para um jantar e compartilhar o evangelho com ele
Evangelização Realizar mais um estudo de discipulado com o...

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Pastoreio Visitar, com o grupo, o irmão ...
Pastoreio Comprar uma lembrança para o aniversário da ...
Orar pela luta do ... contra o pecado. Telefonar na quinta-‐‐feira, para ver como ele
Pastoreio
está passando

Tabela 2: Possibilidades de tarefas distribuídas ou assumidas na reunião de GIL


Em cada reunião, o líder verifica se as tarefas da semana passada foram realizadas. É aberto
um espaço para que os integrantes compartilhem suas experiências e dificuldades. O grupo ora
pelos assuntos abordados. O líder precisa ter cuidado para que ninguém monopolize o uso do
tempo ou dirija o grupo para mergulhar em assuntos que não edificam.

5.8 Música final e conclusão


Antes da última oração, canta-se mais uma música (5 minutos). A reunião é finalizada
com oração e a confirmação do dia e hora do próximo encontro.

5.9 As crianças do grupo


O GIL não contempla ministração especial às crianças.
Como as reuniões não são longas, os filhos podem estar juntos dos pais, no mesmo
ambiente. Havendo voluntários e espaço físico, pode ser providenciada uma escala para o
cuidado dos bebês ou crianças menores, utilizando-se história bíblicas, brinquedos
pedagógicos, vídeos e outros materiais de ensino infantil.
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