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1.1 Conceituação
O grupo da igreja no lar (GIL) é uma reunião menor do MRP, realizada semanalmente, com o propósito
de praticar a comunhão, a evangelização e o serviço cristão por meio da meditação nas Sagradas
Escrituras, oração e cuidado mútuo.
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1.5 Quando acontecem as reuniões
Em dia e horário comum aos integrantes do grupo.
A reunião de todos os grupos ocorre no primeiro sábado de março, junho, setembro e
dezembro, às 19h.
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BASE BÍBLICA
A implantação de grupos da igreja nos lares no MRP não decorre da absorção imatura de um modismo
ministerial. Assumimos os grupos baseados em princípios bíblicos.
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A graça de Deus é dispensada nos relacionamentos. A disciplina capacita para a obediência ao
Senhor e compreende toda admoestação, exortação (estímulo) e ação corretiva em amor. Ela é
administrada num contexto de pessoalidade leiga, antes de ser levada à liderança da igreja (Mt 18.15-
20). Trata-se de uma função de manutenção cotidiana da saúde de um organismo vivo e não apenas
um procedimento de penalização daqueles que infringem regras sociais ou religiosas.
Isso é chamado de cuidado mútuo. Os cristãos são responsáveis uns pelos outros e devem amar-
se, acolher-se, perdoar‐se e cuidar uns dos outros (Mt 28.20; Jo 15.7, 14; Rm 15.7; Gl 5.15, 22- 23,
6.1‐2; Ef 4.25 a 5-2; Fp 2.1‐8; Cl 3.12‐17; Hb 10.23-25, 12.4-13). Existem, no Novo Testamento,
dezenas de mandamentos de reciprocidade. A expressão “uns aos outros” ocorre 53 vezes na Almeida
Revista e Atualizada (ARA). A intenção do Senhor é estabelecer uma comunidade de ministração
mútua. Igreja, então, é um corpo que se relaciona (Jo 17.21-23).
2.2.1 A bênção de uma rede de pastoreio
A prática do cuidado mútuo produz uma rede de pastoreio — uma malha de relacionamentos
fraternos permeada pela graça de Deus, que inspira e capacita os cristãos, sob a motivação e bênção
do Espírito Santo, para darem de si mesmos em favor uns dos outros. Nos grupos, cada membro pode
ser acompanhado ao mesmo tempo em que acompanha outros. Os grupos proveem atenção e
cuidado para seus participantes (At 4.32, 34).
Redes de pastoreio funcionam a partir dos seguintes paradigmas:
Os cristãos são responsáveis pelo bem-estar uns dos outros (Gn 4.9-‐‐10; Gl 6.1-‐‐2;
Hb 10.24‐25).
A igreja é uma comunidade graciosa, cuja característica mais proeminente é o amor de
Cristo demonstrado nos relacionamentos (Jo 13.35).
A vida da igreja deve proporcionar rica provisão para o atendimento das necessidades
integrais de cada membro (At 4.32-35).
A vida da igreja deve proporcionar suporte integral para os frequentadores
interessados.
Todos nós precisamos de apoio uns dos outros (1Co 12.12-‐‐27).
2.2.2 A bênção da prática do discipulado
Isso implica nas seguintes mudanças:
De igreja centrada no pastor para igreja centrada nos crentes trabalhando (sacerdócio
universal; cf. Êx 19.5-6; 1Pe 2.9-10, 4.10; Ap 1.6).
De igreja centrada em eventos para igreja centrada em relacionamentos.
De igreja de clientes para família de discípulos. Os crentes deixam de ser meros
espectadores e avaliadores de desempenhos e ajudam a “carregar o piano”.
De igreja impessoal para corpo de voluntários para auxiliar na restauração e cura.
De igreja voltada para o encontro dominical descompromissado, para igreja voltada
para o envolvimento diário com Deus e o próximo.
O resultado disso é discipulado (amar, libertar, liderar e enviar), ou seja, cumprimento
obediente da Grande Comissão (Mt 28.18‐20).
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POSSÍVEIS BENEFÍCIOS DOS GRUPOS
Adoração participativa.
Evangelização e discipulado.
Comunhão e cuidado pastoral.
Os grupos são desafiadores.
As reuniões dos grupos nos lares abrem espaço para que pessoas, que em outros contextos
permaneceriam caladas, interajam e se expressem. Este ambiente nos aproxima de pelo menos três
práticas recomendadas pelo Novo Testamento.
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O frequentador que confirmar sua conversão, é incentivado a integrar-se fazendo amigos,
participando dos cultos, escola de discípulos e cursos, e começando a ajudar como voluntário nas
diversas frentes de trabalho da igreja. Os grupos abrem espaço para o discipulado através de modelos
vivos (1Co 4.16, 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.‐7; 2Tm 2.2). Dito de outro modo, os que são maduros orientam
e treinam os fracos ou novos convertidos (Rm 15.14; Gl 6.1; 1Ts 5.14; Tt 2.3-4).
Quem não quiser confirmar sua conversão e, pelo contrário, afastar-se, é incluído nas orações e
iniciativas de contato do grupo, mas o foco estará sempre nas pessoas dispostas a buscar a Deus (o
“campo branco” para a ceifa, cf. Jo 4.35‐42).
Nossa oração e santa expectativa é que tais iniciativas sinceras, sistemáticas e na dependência
do Espírito Santo, produzam conversões para a glória de Deus, ou seja, vejamos o evangelho
transformando vidas.
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4.2.3. Um anfitrião
Os grupos de igreja nos lares exigem ainda um anfitrião, alguém que abra as portas de sua
residência para o funcionamento do grupo.
O anfitrião deve:
Acolher o grupo com disposição e amor, de forma simpática e agradável.
Durante toda a reunião, manter a TV desligada.
Durante a reunião, evitar atividades paralelas.
Ser solícito às necessidades do grupo.
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Figura 1: Convite para reunião do grupo da igreja nos lares
4.5 Impressos
As reuniões de grupos da igreja nos lares exigem a utilização de alguns impressos e recursos.
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Toda semana, o(a) secretário(a) preenche a chamada do grupo.
Os registros de presença são utilizados para confecção do Resumo Trimestral.
O formulário de cadastro de grupo (Figura 4) informa quais grupos existem e quem são seus
líderes. Cada novo grupo deve preencher este impresso, bem como os grupos existentes, sempre
que houver mudança de suas lideranças.
Toda 1ª semana do mês a Secretaria da igreja atualizará a lista geral dos grupos, baseada nestas
informações. É imprescindível que os líderes mantenham os dados de seus grupos atualizados.
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4.7 A primeira reunião
Na primeira reunião de um grupo são feitos os esclarecimentos básicos aos participantes. Trata-se do
momento de esclarecer o que é, para que serve e como funciona um grupo da igreja nos lares.
4.7.1 O roteiro da primeira reunião
Apesar da liberdade concedida aos líderes para conduzirem as reuniões de acordo com seus
estilos pessoais, é recomendado que, na primeira reunião, seja observado um roteiro simples.
Inicie com uma saudação informal. Caso haja não-crentes que desconheçam o MRP,
apresente-se a si mesmo e a igreja.
Ore pedindo a bênção de Deus sobre a reunião.
Convide os presentes a dizerem seus nomes e a cumprimentarem-se mutuamente. Os
membros da igreja devem mostrar alegria e acolhimento gentil aos visitantes.
Cante uma ou duas músicas.
Leia com o grupo a 1ª unidade deste Manual. Leia e explique os Princípios de
Convivência (seção 4.7.2) e os Outros Esclarecimentos Importantes (seção 4.7.3).
Reforce o dia da semana, local e horário para as reuniões semanais.
Convide para a próxima reunião, que acontecerá na semana seguinte.
Agradeça a presença de todos e faça uma oração final. Se houver lanche, convide a
todos para ficarem mais um pouco e participarem da confraternização.
Finalize tudo em, no máximo, 90 minutos. Explique que 90 minutos é o tempo de
duração de cada.
4.7.2 Princípios de convivência dos grupos
Evitar discutir sobre outras religiões. Nosso interesse é aprender sobre Cristo, com
paixão evangelística, mas sem jamais atacar o caráter ou a história de pessoas ou
instituições.
Não se considerar “dono da verdade” (ser humilde). Todos estamos aprendendo uns
com os outros, o tempo todo. Não “forçar a barra”, exigindo que os outros pensem
como você.
Não desconsiderar ideias e posicionamentos de pessoas não‐evangélicas.
Não polemizar em doutrinas secundárias ou por demais complexas. Se determinada
discussão começar a estender-se demais, explicar nossa posição doutrinária, motivar a
participação na escola de discípulos e cursos da igreja (ou a conversar com os pastores)
e retornar rapidamente ao estudo pretendido.
Não monopolizar o “compartilhamento”. Outros também têm o direito de falar.
Respeitar o ritmo de aprendizagem, bem como a personalidade e privacidade de cada
pessoa, sem qualquer tipo de manipulação.
Expressar cordialidade, mansidão, empatia e amor.
4.7.3. Outros esclarecimentos importantes
Os grupos de igreja nos lares necessitam ainda dos seguintes esclarecimentos:
As reuniões do grupo não exigem que o participante seja um “religioso” ou mesmo um
especialista em Bíblia. O importante é querer aprender.
Nas reuniões de grupos da igreja nos lares as pessoas aprendem juntas, através de
diálogos e discussões informais. As descobertas de umas pessoas estimulam outras a
compreender melhor as Escrituras. Por isso todos os integrantes podem dar opiniões,
levantar questões e expor dúvidas.
Os participantes devem providenciar um material básico:
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o Um exemplar da Bíblia.
o A lista de alcance (no caso de membros do MRP ou frequentadores que queiram orar por seus
amigos e familiares e evangelizá‐los).
o Um caderno, lápis ou caneta, para anotações.
o O(a) secretário(a) do grupo deve trazer a Frequência Mensal, para registro das presenças.
AS REUNIÕES SEMANAIS E ROTINA DOS GRUPOS
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espaço de alta discussão teológica (temas de Bíblia e Teologia avançada são trabalhados em cursos e
aulas avulsas, com um pastor, ou na escola de discípulos).É importante que o estudo seja ministrado
em linguagem simples e clara, com várias aplicações práticas e motivando cada participante a fazer
perguntas e dar opiniões. Em todo tempo deve-se atentar para os princípios mencionados nas seções
4.7.2 e 4.7.3.
O currículo adotado nos GIL é dinâmico. Podem ser estudados os sermões dominicais ou
literatura cristã previamente definida pelos coordenadores, sempre com o conhecimento e
aprovação dos pastores.
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Pastoreio Visitar, com o grupo, o irmão ...
Pastoreio Comprar uma lembrança para o aniversário da ...
Orar pela luta do ... contra o pecado. Telefonar na quinta-‐‐feira, para ver como ele
Pastoreio
está passando