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DIREITO DO CONSUMIDOR

CDC X CARTÓRIOS (STJ)

A LEI 8987/95 DIZ SOBRE CONCESSÃO E PERMISSÃO:


 Conceito de serviço adequado.
 Caracterização e possibilidade de interrupção do serviço (art. 6, 3º, II)
 Resolução ANEEL 546
 Interrupção do serviço.

SERVIÇOS BANCÁRIOS, FINANCEIROS, DE CRÉDITO E SECURITÁRIOS:

Artigo 3º inciso 2º CDC

De acordo Súmula 297 do STJ: O CDC é aplicável às instituições financeiras.

Posições do STJ: ➔ Contrato de financiamento aplica se o CDC, se o empréstimo é tomado pelo consumidor final, mas não quando a
empresa o toma para aplicar em capital de giro.
Desconto em folha de pagamento.

Cláusula válida.
Caderneta de poupança aplica se juros e comissão de permanência.
Cartão de crédito: pode cobrar juros e de mercado.
Cláusula mandato (contrato), em cartão de crédito X Cartão não solicitado (Solidariedade entre banco e administrações).

Da política nacional das relações de consumo.


Art. 4º➔ Esse artigo enumera os objetivos a serem perseguidos pela política de proteção ao consumidor e os princípios que deverão ser
observados.
PRINCÍPIOS:
PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE:

A vulnerabilidade deve se fazer presente para que o consumidor seja tutelado pela CDC.
Esse princípio é a base do sistema consumerista, dele decorrente todos os demais princípios.
 Todo consumidor é por natureza vulnerável ao fornecedor. O CDC tem por finalidade, ao proteger o consumidor,
promover o equilíbrio contratual.

PRINCÍPIO DO DEVER GOVERNAMENTAL:

O Estado tem por necessidade promover a proteção do elo mais fraco (consumidor vulnerável), pelos meios legislativos e administrativos,
visando garantir equilíbrio e harmonia nas relações de consumo.

A atuação do Estado é feita por instituição de órgãos públicos de defesa do consumidor (ex: Procons, e também no incentivo da criação de
associações destinadas a esses interesses).
➔compete ao Estado proteger o consumidor, intervindo no mercado, zelando pela garantia de produtos e serviços.

PRINCÍPIO DA HARMONIZAÇÃO DOS INTERESSES E DA GARANTIA DEADEQUAÇÃO:

O fornecedor deverá ser responsável pela efetivação da adequação dos produtos e serviços, atendendo as necessidades dos consumidores,
mas com segurança e qualidade.
Respeitando saúde e interesses econômicos também.

 Objetivo é defender o consumidor:


 Dar harmonia nas relações de consumo;
 Contribuição ao desenvolvimento tecnológico e econômico.

PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO NAS RELAÇÕES DE CONSUMO:


O equilíbrio na relação contratual é um valor fundamental de proteção contratual.
São vedadas: Obrigações injustas, abusivas ou que ofendam o princípio da boa-fé objetiva e a equidade (justiça no caso concreto).

PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA:

Lealdade + Confiança = Boa-Fé OBJETIVA.

A boa-fé objetiva (refere-se a elementos externos, que determinam como o sujeito deve agir) estabelece um dever de conduta: fornecedor e
consumidor têm que agir com lealdade e confiança. Isso protege a expectativa de ambas as partes.
➔ ex: é muito comum que planos de saúde coloquem termos que não serão cobertos pelo plano, como “doenças infectocontagiosas”,
sendo que o contratante não sabe o que são. Normalmente só descobre quando precisa.
➔Este princípio será o primeiro parâmetro utilizado para aferir os limites do abuso de direito. Ato será considerado abusivo e ilícito.
O fornecedor deve dar o máximo de dados e riscos possíveis sobre o produto/serviço.
A relação contratual deve ser clara para as partes.

PRINCÍPIO DA EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DOS CONSUMIDORES:

É dever de todos, Estado, entidades privadas de defesa do consumidor, empresas, etc.., informar e educar o consumidor quanto seus direitos
e deveres, para que possa atuar deforma mais consciente na sociedade de consumo.

➔quanto maior o grau de informação existente, menor será o índice de conflitos nas relações de consumo.
➔a educação informal é a de responsabilidade dos fornecedores sobre as características dos produtos e serviços.
➔Cartilhas, debates, pesquisas de mercado: procuram conscientizar os consumidores.
➔também há a existência de uma norma obrigatória nos estabelecimentos comerciais, o exemplar do Código de Defesa do Consumidor. O
consumidor poderá exigi-lo.
➔As informações devem ser acessíveis às pessoas com deficiência.

PRINCÍPIO DO INCENTIVO AO AUTOCONTROLE:

As empresas devem manter o controle de qualidade também do atendimento aos consumidores. O autocontrole pode acontecer de 3 formas
distintas:

1. Controle de qualidade dos produtos defeituosos no mercado;


2. Prática do recall (convocação dos consumidores de bens produzidos em série e que contêm defeitos de fabricação).
3. Criação pelas empresas de departamentos de atendimento ao consumidor de forma direta, para resolver reclamações.

PRINCÍPIO DA COIBIÇÃO E REPRESSÃO DE ABUSOS NO MERCADO:

➔lei de propriedade industrial que protege nomes que sejam muito semelhantes para não confundir o consumidor quanto às marcas.

PRINCÍPIO DA RACIONALIZAÇÃO E MELHORIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS:

O Poder Público quando atua como fornecedor na relação de consumo, principalmente na prestação de serviços (transportes coletivos,
energia elétrica, etc.), deve respeitar a regra geral do sistema de proteção ao consumidor. O Cumprimento deve ter qualidade, segurança,
adequação, pontualidade, etc.

PRINCÍPIO DO ESTUDO DAS MODIFICAÇÕES DO MERCADO:

O fornecedor é o responsável pela segurança das transações ocorridas no ambiente virtual, principalmente quando o consumidor agir de
boa-fé.
➔ex: transações via Internet. De acordo com as evoluções sociais, as normas instituídas nas relações de consumo não podem ficar
ultrapassadas e sem eficácia.

ART. 5º:
➔Assistência judiciária gratuita para o consumidor carente, prestada pelas Defensorias Públicas - deverá haver devida atenção aos
consumidores.
➔Promotorias, delegacias, etc, especializados nas relações de consumo para propiciar ao consumidor instrumentos e profissionais
qualificados visando equilíbrio nas relações de consumo.

RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC:

Inversão do ônus da prova.

Regra: Responsabilidade civil objetiva, independe da comprovação de dolo/culpa.

Exceção: Responsabilidade dos profissionais liberais (subjetiva).

Dois tipos: Ope judicis (a critério do juiz) e ope legis (a critério da lei).

Inversão ope judicis: Art. 6°, inciso VIII do CDC – hipossuficiência/verossimilhança.

Hipossuficiência: Incapacidade de fazer prova do fato constitutivo do direito autoral.

Verossimilhança: Probabilidade do que foi alegado ser verdade.

Três entendimentos acerca do momento de determinação da inversão: (i) com o despacho da inicial; (ii) na sentença; e (III)
até a fase de saneamento.
Inversão ope legis: Arts. 12, § 3°, II, 14, § 3° e 38 do CDC.

FATO DO PRODUTO/SERVIÇO E PUBLICIDADE ENGANOSA:

Incumbe ao fornecedor comprovar a inexistência de defeito do produto ou do serviço, assim como que a publicidade não é
enganosa e nem abusiva.

Fato do produto e do serviço:


Diferença entre fato e vício:
Acidente de consumo = fato = defeito.
Fato: Manifestação danosa externa, ou seja, que ultrapassa o preço do contrato. Visa a tutela da segurança do
consumidor. Ex: Tv que explode.
Vício: Tutela do preço contratual. Ex: Tv Não Funciona.
Conceito de fato do produto e do serviço:
Pode ser definido como a desconformidade de um produto ou serviço com as expectativas legítimas dos consumidores
e que têm a capacidade de provocar acidentes deconsumo (capacidade de causar algum dano ao consumidor).
Ação cabível: Ação de responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço.
Polo ativo da demanda: Consumidor propriamente dito (contratante ou usuário) e o consumidor por
equiparação.
Polo passivo da demanda: Art. 12 do CDC (produto) e art. 14 do CDC (serviço).
Prazo prescricional: 5 anos contados a partir do conhecimento do dano e de sua autoria (art. 27 do CDC).
Fato do produto: Art. 12, 13 e 27. Dano/acidente de consumo causado pelo produto. Responsabilidade civil do
fabricante, produtor, construtor e importador - são fornecedores.
 Comerciante: Responsabilidade civil subsidiária. No CDC é solidária, aqui é exceção!
 Responsabilidade civil é objetiva (independe de existência de culpa), sendo o comerciant e igualmente
responsável, ou seja, responde de forma objetiva.
 Produto defeituoso - não tem segurança e traz um dano ao consumidor. Art, 12, I do CDC.
 A responsabilidade do fabricante, produtor, construtor e importador pode ser afastada quando - art. 12, §
3º.
 Produto não colocado no mercado.
 Mesmo colocado no mercado, o defeito inexiste.
 Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
 Caso fortuito ou força maior. Apenas o fortuito externo exclui resp.
Fato do serviço: Art. 14, do CDC. Em acidente de consumo causado pelo serviço. Responsabilidade solidária dos
fornecedores, respondendo, em regra, objetivamente (independente de culpa).
 Art. 14, §4º - Profissional liberal responde subjetivamente no fato do serviço. No CDC é objetiva, aqui é
exceção!
 Serviço defeituoso - carece de segurança.
 A responsabilidade será afastada quando – art. 14, § 3º:
 Prestado serviço, o defeito inexiste.
 Culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
 Fato de terceiro que exclui a obrigação de indenizar.
Ex: Enfermeira que aplica medicamento, causando morte do paciente, em erro de dosagem.
- Responsabilidade do fabricante ou do hospital? Depende.
- Caso fortuito ou força maior. Apenas o fortuito externo exclui a responsabilidade, ex: Coca cola sem gás.
 Majoritariamente se entende que esse rol é exemplificativo.
 Prazo prescricional: Art. 27, CDC diz que são 5 anos do conhecimento do dano e de sua autoria.
 Local de propositura: art. 101, I, do CDC diz que o consumidor - elo fraco na relação de consumo - pode eleger o local
onde quer propor a ação judicial.

RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR DIRETO DO SERVIÇO PRESTADO:

Responsabilidade dos profissionais liberais:

 Regra geral do CDC: Responsabilidade civil objetiva;

 Exceção: Responsabilidade subjetiva dos profissionais liberais (art. 14, § 4° do CDC);

Justificativa: Trabalho prestado pessoalmente, com base em confiança recíproca, trata-se de serviço negociado, não contratado por adesão.
Obrigação de meio = Responsabilidade subjetiva.
Obrigação de resultado = Responsabilidade objetiva.

 Responsabilidade do médico:

Obrigação de meio ou resultado? Depende.


Obrigação de meio: Não há comprometimento do médico com a obtenção de um resultado específico.
Obrigação de resultado: Necessidade de alcançar resultado específico almejado pelo paciente.
Como regra, a obrigação do médico é de meio. Exceção: cirurgia estética.

 Deveres do médico:

De acordo com Bruno Miragem, há 3 grupos de deveres:


 Informar e esclarecer.
 Técnica e perícia.
 Cuidado, diligência e prudência.
Regra: O médico não responde pelo risco inerente; intrínseco à natureza do serviço
(Exemplo: cirurgia em paciente idoso, quimioterapia). No entanto, responde pela ausência de informação, art. 6°, III, do CDC –
dever de informar como direito básico do consumidor (dever de informar, art. 15 CC).
Consentimento informado: Capaz de afastar a responsabilidade.

 Culpa médica:

Não cabe ao Judiciário avaliar questões de alta indagação científica, nem se pronunciar sobre qual o tratamento mais indicado à cura do
doente, mas tão somente avaliar a conduta
do profissional para verificar, à vista das provas, se houve ou não falha humana consequente de erro grosseiro.

 A culpa não versa sobre os melhores métodos e tratamentos.

 Não há presunção de culpa.

Exigência da prova de erro grosseiro:

 No diagnóstico.
 Na medicação.
 No tratamento.
 Injustificável omissão na assistência/cuidados ao paciente.

Exceção: Cirurgias estéticas – obrigação de resultado.


Na responsabilidade subjetiva com culpa presumida. A responsabilidade continua sendo subjetiva, no entanto, se dará com inversão do ônus
da prova.

 Responsabilidade médica empresarial:

E a responsabilidade dos hospitais, clínicas e casas de saúde? Objetiva.

Há três tipos de atos praticado por essas entidades:

 Serviços essencialmente hospitalares (exemplos: Instrumentação cirúrgica, higienização, vigilância e ministração de


medicamentos).
 Atos técnicos praticados por médicos sem vínculo de emprego ou subordinação com o hospital: A responsabilidade
subjetiva do profissional, excluída a responsabilidade da entidade hospitalar, se não tiver concorrido para a ocorrência do
dano.
 Atos técnicos praticados por profissionais da saúde vinculados, de alguma forma, ao hospital: respondem
solidariamente a instituição hospitalar e o profissional responsável, apurada a sua culpa profissional.

CARACTERIZAÇÃO DO DANO NO ÂMBITO DO CDC:

Conceito de Dano:
 Tipos de Dano:

Dano: Fato constitutivo e determinante da responsabilidade civil.

Não existe responsabilidade civil sem dano.

Indenização sem dano: Enriquecimento ilícito.

Dano indenizável: Certo e atual.


 Certo: Dano baseado em fato preciso, os danos hipotéticos não são indenizáveis.
 Atual: Dano existente ou que existiu no momento da ação de responsabilidade civil.

Três tipos de dano: Dano material, Dano moral e Dano estético:


 Dano material:
 Danos emergentes.
 Lucros cessantes.
 Perda de uma chance.
 Privação do uso.
Esse tipo de dano envolve coisas corpóreas (como casa e automóvel) e incorpóreas (como direitos de créditos e autorais). No
âmbito do direito material, existem 4 tipos de danos: os danos emergentes, os lucros cessantes, a perda de uma chance e a
privação do uso (ainda não positivado e polêmico).
 Danos emergentes: Efetiva e imediata diminuição do patrimônio da vítima.

 Lucros cessantes: Frustração da expectativa de lucro.

 Perda de uma chance: Perda da possibilidade de se alcançar determinado resultado.

 Privação do uso: Privação do uso do bem.


Tema polêmico e hipótese que não está positivada.
Esse tipo de dano está atrelado aos direitos da personalidade. Trata-se de agressão à atributo da personalidade, como o corpo, a honra e a
imagem. Pode ser compensatório ou
pedagógico punitivo.

 Dano moral compensatório: Busca compensar uma dor, vexame e humilhação.

 Dano moral pedagógico punitivo: Busca criar um estímulo para que o fornecedor não mais pratique determinada
conduta. É polêmico, no entanto no direito do consumidor vem sendo aplicado.

 Dano Estético: Segundo o STJ, trata-se de alteração morfológica corporal que atinge a visão, causando desagrado e
repulsa. Assim, podemos dizer que se refere a qualquer alteração morfológica da vítima que seja capaz de implicar, sob
qualquer aspecto, uma situação de constrangimento, humilhação ou desgosto.
Tal dano está atrelado ao sofrimento pela deformação com sequelas permanentes.
O dano estético não precisa ser exposto, externo ou visível, podendo se referir, à luz do disposto no CDC, a
qualquer deformidade íntima que prejudique a avaliação própria do indivíduo.
Tal espécie de dano não se confunde com o dano material e nem com o moral, merecendo destaque o teor da Súmula 387 do
STJ, segundo a qual:
É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.

 Distinto do direito material e moral.


 Última parte do artigo 949 do CC.

RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC:

Vício:
Art. 18, 19, 20, 23 e 26. Impropriedade ou inadequação o que recai sobre o próprio produto ou serviço. Tem
natureza intrínseca. Ex.: Compra celular e ao tirar da caixa percebe que este tem um risco na tela. O vício
pode ser do produto (qualidade e quantidade) ou do serviço. Pode ser também - aparente, de fácil constatação
ou oculto.

Vício na qualidade:
Art. 18. "Os fornecedores" – em via de regra a responsabilidade é solidária.

Se romperá quando:

OBS: Art. 18, § 5º - no produto in natura Queijo (não sofre processo de industrialização), a responsabilidade
civil não será de toda cadeia de consumo, e sim somente do alienante imediato.
Art 19 §2º Vício na quantidade (peso e medida).

Responsabilidade civil é sempre objetiva no vício do produto (independe da existência de culpa). Quando a
lei dispuser ou a atividade for de risco (caso).
Caso o produto não tenha a qualidade esperada - consumidor deve ofertar prazo máximo de 30 dias para o
fornecedor sanar o vício. Ultrapassado o prazo, o consumidor pode fazer pedidos alternativos (substituição,
restituição ou abatimento), como regra geral.

Há exceções: Art. 18, § 2º e 3º.


§ 2º - Podem as partes entrar em acordo para diminuir o prazo para no mínimo 7 dias ou aumentar para no
máximo 180 dias. Contrato de adesão - remissão para art. 54, CDC; autorizado pela autoridade competente ou
que as cláusulas estão predispostas por uma das partes. Cabe ao consumidor a escolha (é vulnerável).
§ 3º - Produto essencial ou vício de grande extensão - o consumidor pode fazer o uso imediato das
alternativas (substituição, restituição ou abatimento) sem aguardar os 30 dias.

Vício na quantidade: Art. 19. Solidariedade de toda a cadeia limites, “variações decorrentes de sua natureza”. Ex:
Botijão de gás tem peso de tolerância.
"A os fornecedores" em via de regra a responsabilidade é solidária. Exceto - art. 19, § 2º. Exceção da solidariedade.
Risco da atividade - responsabilidade civil de natureza objetiva. Responsabilidade civil é sempre objetiva no vício do
produto (independe da existência de culpa). Quando a lei dispuser ou a atividade for de risco (caso). Não precisa
esperar prazo máximo de 30 dias para requerer alternativas, pode pedir imediatamente (substituição, complementação,
restituição ou abatimento). São pedidos alternativos, logo, não podem ser cumulados.
Vício no serviço: Art. 20. "O fornecedor” - nada impede que se houver mais de um fornecedor se tenha solidariedade.
Pelo risco da atividade, a responsabilidade civil será sempre objetiva (independe da existência da culpa). Não precisa
aguardar prazo de 30 dias para requerer pedidos alternativos, pode pedir imediatamente (devolução da quantia,
abatimento ou reexecução do serviço).
A ignorância do fornecedor sobre o vício não exime da sua responsabilidade - risco da atividade. Art. 23, do CDC.

PRAZOS DECADENCIAIS: ART. 26, §1º DO CDC:


Vício aparente – mero olhar, manusear.
 30 dias para produtos ou serviços não duráveis.
 90 dias para produtos ou serviços duráveis.
Contagem do prazo inicia a partir da entrega efetiva do produto ou término execução dos serviços.
Obstam a decadência: Reclamação comprovadamente feita pelo consumidor ou instauração de inquérito civil.
 Se é decadência só pode ser em nº de dias, meses e anos.
 Prescrição só ocorre em ano(s).
Vício oculto: Art. 26, §2º e 3§. É aquele que já existe no bem, mas que só consegue ser observado em momento
posterior. Não tem prazo para a sua descoberta na lei. A doutrina e jurisprudência trabalham a teoria da vida útil -
todo produto/serviço tem um desgaste, então, deve-se ater à razoabilidade.
Local de propositura: Art. 101, I, do CDC. Consumidor - elo fraco na relação de consumo - pode eleger o local onde
quer propor a ação judicial.

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA:

Prescrição: Art. 189 do CC. Convalidação de uma lesão de direito pela inércia de seu titular, (não exercício de um
direito subjetivo/pretensão) e o decurso do tempo.
Ex: Perde o prazo por inércia, (paga se quiser, indeniza se quiser).

Prescrição, art. 27, do CDC: 5 anos.


Início quando se manifestar o fato.
CC 2002 - 3 anos. X CDC 1990 - 5 anos.

Causas que suspendem e interrompe aplica se o CC. (art. 198, 199 e 202):

Decadência: O que se extingue é uma faculdade jurídica (ou direito potestativo, ato de vontade.) subordinada a um
prazo fatal estipulado pela lei.
Ex: O direito extingue, tem prazo para entrar com ação e não entra no prazo / Assinar documento por coação.
Decadência, artigo 26, do CDC.
Início da contagem= Vício aparente = da entrega.
Vício oculto= Quando ele surge.
Obstam, a decadência: artigo 26. § 2º, do CDC.

No CDC haverá: Prescrição: Sempre que se tratar de fato do produto, (acidente, responsabilidade civil).
Decadência: Sempre que se tratar de vício do produto.

Desconsideração da pessoa jurídica:

Teoria Maior X Teoria Menor


(CC art. 50) (CDC e Direito do Trabalho).

Aquisição e Extinção: Arquivamento junta comercial. (JC) ou (RCPJ) Registro civil de pessoa jurídica.
Efeitos: Nome próprio, Patrimônio próprio, Separação patrimonial, Domicilio.

Art. 50 do CC:
 Desvio de finalidade, atividades fraudulentas para frustração de credores.
 Confusão patrimonial, mistura patrimonial, pessoal com o da sociedade.
 Art. 28 CDC- Previsão
 Art. 28 § 5º sua aplicação independe do caput ou de qualquer requisito.

DA OFERTA:

É fase pré-contratual.

 Proposta: No CC (art. 427 e 428) tem que ser precisa e completa para vincular.

 Oferta: No CDC (art. 30) deixa de ser individualizada no contrato de massa incompleta ou imprecisa mão
invalida (art. 31).

 Principio da vinculação: De acordo com o art. 30 do CDC, a oferta vincula, integrando o contrato.

 Exigências: No cumprimento da oferta (art. 35 do CDC) e não apenas as perdas e danos (art. 427 do CC).

PUBLICIDADE ENGANOSA E ABUSIVA:

Também é feito na fase pré-contratual.

Publicidade – Objeto Comercial: Induzir e comprar.


X
Propaganda – Fim ideológico.
X
Informação – Não caracteriza publicidade.

 Publicidade - No CDC está no art. 30, 36 e 38.


 Publicidade – Enganosa e abusiva (art. 37 do CDC).
 Práticas – Abusivas (art. 39 do CDC).

COBRANÇAS DE DIVIDAS, BANCOS DE DADOS E CADASTROS:

 Refere-se à fase pós-contratual;


 Esta no art. 42 e 43 do CDC;
 O CDC não proíbe os bancos de dados em razão do seu caráter de utilidade pública;
 Fornecedor age no exercício regular do direito quando negativa o consumidor;
 Comete ato ilícito quando negativa de forma indevida, quem responde? A empresa solicitando e/ou
entidade cadastradora, a baixa deve ser providenciada pelo credor.

COBRANÇA VEXATÓRIA:
Está descrita no art. 42 do CDC.

DA PROTEÇÃO CONTRATUAL:

Clausulas Abusivas – Concomitantes a formação do contrato, listados no art. 51 do CDC não exaustivas e nulidade de
pleno direito ex tunc, não prescreve.
X
Clausulas de Revisão – Todos supervenientes à formação do contrato, ligados a um fato novo.

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Clausulas Abusivas – Concomitantes a formação do contrato, listados no art. 51 do CDC não exaustivas e nulidade de
pleno direito ex tunc, não prescreve.
X
Praticas Abusivas – Exige do consumidor vantagem manifestamente excessiva, não decorre do contrato e sim de uma
prática do mercado, disposto no art. 39, 40, e 41 do CDC.
 Elenca exemplificadamente.
 É considerado praticas abusivas.

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