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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
ESPAÇOS VETORIAIS............................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
ESPAÇOS E SUBESPAÇOS........................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
RESOLUÇÃO DE AX = O E AX = B.......................................................................................... 18
CAPÍTULO 3
INDEPENDÊNCIA LINEAR, BASE E DIMENSÃO............................................................................ 32
CAPÍTULO 4
TRANSFORMAÇÕES LINEARES.................................................................................................. 43
UNIDADE II
RETAS................................................................................................................................................... 54
CAPÍTULO 1
PRINCÍPIOS............................................................................................................................. 54
CAPÍTULO 2
RETAS E SEGMENTOS DE RETAS................................................................................................ 67
CAPÍTULO 3
NOTAÇÃO VETORIAL E PARAMÉTRICA...................................................................................... 78
UNIDADE III
PLANOS............................................................................................................................................... 84
CAPÍTULO 1
PRINCÍPIOS............................................................................................................................. 84
CAPÍTULO 2
PLANOS NO ESPAÇO.............................................................................................................. 94
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Na segunda unidade abordamos as retas. Ela foi dividida em três capítulos contendo
princípios, retas e segmentos de retas, notação vetorial e paramétrica das retas,
com a finalidade de:
Objetivos
» Assimilar as propriedades dos espaços vetoriais e a realização de
operações com os elementos pertencentes a ele.
8
ESPAÇOS VETORIAIS UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Espaços e subespaços
Espaços vetoriais
Todo espaço vetorial está definido sobre um corpo de escalares, e como próprio
nome já sugere, esse corpo é um conjunto de escalares que obedecem a uma
série de condições. Para darmos sequência ao estudo dos espaços vetoriais,
apresentamos condições que formalmente são chamadas de propriedades.
Vejamos:
Adição
+∶F×F→F
(a, b ) → a + b
*∶F×F→F
(a, b) → ab
9
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
Exemplos
10
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
Um espaço vetorial sobre o corpo F é um conjunto V, não vazio, munido por duas
operações:
Adição
+∶V×V→V
(u,v)→u+v
*∶F×V→V
(a,u)→au
11
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
Exemplos
Subespaços Vetoriais
12
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
» u + v ϵ W, para todos u e v ϵ W.
» au ϵ W, para todos a ϵ F e u ϵ W.
Intersecção de subespaços
União de subespaços
Exemplo
13
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
+
u2
u1
Fonte: Microsoft Word (2010).
Soma de subespaços
W1 + W2 = {u = u1 + u2 ϵ V; u1 ϵ W1 e u2 ϵ W2},
» Dados u e v ϵ W 1 W 2 , teremos:
› u = u1 + u2 ϵ V tal que u1 ϵ W1 e u2 ϵ W2 e
Portanto:
» = (u1+ v1) + (u2 + v2) ϵ W1 + W2. Uma vez que, pela condição de
subespaço de W1, u1 + v1 ϵ W1 e pela condição de subespaço de W2,
u 2 + v 2 ϵ W 2.
» Dados u e v ϵ W1 + W2 e a ϵ F, teremos:
14
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
Exemplo
W1 + W2 = {u = u1 + u2 = (u1, u2); u1 e u2 ϵ },
» Dados u ϵ W1 + W2 e a ϵ , teremos:
15
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
» V = W1 + W2.
» W1 ∩ W1 = {0}.
Subespaços gerados
Seja S = {u1, u2,... un} um conjunto finito de vetores ui ϵ V, tal que i = 1, 2, ... n,
chamamos de subespaço gerado por S, todas as possíveis combinações lineares
dos elementos de S. Podemos também denotá-lo por W = [u 1, u 2,... u n], onde W
é subespaço de V, gerado por S, ou ainda,
W= {u = a1 u1 + a2 u2 + …+ an un ϵ V; a1 ϵ F, i=1,2,…,n}.
Exemplo
Seja o conjunto S = {u1, u2, u3} tais que u1 = (1, 0, 0), u2 = (0, 1, 0) e u3 = (0, 0, 1)
ϵ V. O subespaço W de V, gerado por S será dado por:
W= {u ϵ V; u = a1 u1 + a2 u2 + a3 u3; a1 ϵ , i = 1, 2, 3}.
16
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
= + +
17
CAPÍTULO 2
Resolução de Ax = O e Ax = b
Matrizes
Uma mxn-matriz A sobre o corpo F é uma tabela retangular com m-linhas e
n-colunas podendo ser escrita da seguinte forma:
a11 a1n
A = a ij
a
m1 a mn
Exemplos
18
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
(3 9); (8 13 21); (3 7 5 1) …
;…
1 0 0 0
1 0 0
1 0 0 1 0 0
0 1 0 ;
0 1 0 0 1 0
0 0 1
0 0 0 1
Vejamos agora, propriedades das matrizes:
Soma de matrizes
19
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
Multiplicação de matrizes
20
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
il a ijb jl;
j 1
Transposta de matrizes
Seja uma matriz A = [aij] ϵ Fmxn, dizemos que A’ = [bij] ϵ Fnxm é a matriz transposta
de A, quando a'ij = aij, em outras palavras, as linhas da matriz A, são as colunas da
matriz A’ e vice-versa. Satisfazendo as propriedades a seguir:
Determinantes de matrizes
a11 a12
detA a11a 22 a12 a 21
a 21 a 22
Exemplos
1 3 1 0 0 9
» Sejam as matrizes A = 0 0 , B = eC=
0 5 1 0 , mostre que:
1 2 4 1 0 2
A + (B + C) = (A + B) + C.
Solução:
0 3 1 2
» Sejam as matrizes A = eB= , mostre que:
1 2 1 0
A + B = B + A.
22
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
Solução:
0 3 0 0
» Sejam as matrizes A = eO= , mostre que:
1 2 0 0
A + O = O + A = A.
Solução:
0 3 0 0 0 0 0 3 0 3
1 2 0 0 0 0 1 2 1 2
0 3 0 0
» Sejam as matrizes A = eO= , mostre que:
1 2 0 0
A + (-A) = (-A) + A = O.
Solução:
0 3 0 3 0 3 0 3 0 0
1 2 1 2 1 2 1 2 0 0
1 3 1
» Seja a matriz A = e a=2, b=3, mostre que:
1 0 1
a(bA) = (ab)A.
Solução:
1 3 1 3 9 3 6 18 6 1 3 1 1 3 1
2 3 2 6 2*3
1 0 1 3 0 3 6 0 6 1 0 1 1 0 1
1 3 1 0 3 0
» Sejam A = , B = , e a=3, mostre que:
1 0 1 1 0 1
a(A + B) = aA + aB.
23
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
Solução:
1 3 1 0 3 0 1 6 1 3 18 3
3 3
1 0 1 1 0 1 2 0 2 6 0 6
1 3 1 0 3 0 3 9 3 0 9 0 3 18 3
3 3
1 0 1 1 0 1 3 0 3 3 0 3 6 0 6
1 3 1
» Sejam A = , mostre que:
1 0 1
0A = O e 1A = A.
1 3 1 0 0 0
0
1 0 1 0 0 0
1 3 1 1 3 1
1
1 0 1 1 0 1
a11 a1n x1 0
Ax = O.
a
m1 a mn x n 0
24
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
Exemplos
1 1 x1 0
» Seja a matriz Ax = = O, determine as incógnitas do
2 2 x 2 0
sistema.
Solução:
x2 = x1.
x1
,
x1
onde x1 ϵ .
1 1 x1 0
» Seja a matriz Ax = = O, determine as incógnitas do
0 1 x2 0
sistema.
Solução:
25
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
0
.
0
x1
2 1 2 0
» Seja a matriz Ax = x2 = O, determine as incógnitas do
1 0 1 0
sistema. x3
Solução:
1
Observando o sistema (I), multiplicando a equação (1) por , depois subtraindo
2
da equação (2), teremos o sistema (II):
26
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
x1
0 .
x
1
Onde x1 ϵ .
x1
1 1 0 0
» Seja a matriz Ax = x 2 = O, determine as incógnitas do
1 0 1 x 0
sistema. 3
Solução:
x1
x1 .
x
1
Onde x1 ϵ .
1 0 1 x1 0
» Seja a matriz Ax = 1 1 0 x 2 0 = O, determine as incógnitas
do sistema. 0 0 1 x 0
3
27
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
Solução:
0
0 .
0
Dizemos que os sistemas de equações lineares não são homogêneos, quando b≠0.
Dados A = [aij] ϵ Fmxn a matriz dos coeficientes, e x = [xj] ϵ Fnx1 os coeficientes a
determinar. Devemos ter b = [yi] ϵ Fmx1, para que este satisfaça a propriedade do
produto entre matrizes. Logo teremos,
28
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
a11 a1n x1 y1
Ax = b,
a
m1 a mn x n y m
Exemplos
1 1 1 x1 1
» Seja a matriz Ax = 1 0 0 x 2 0 = b, determine as incógnitas do
sistema. 0 1 1 x 2
3
Solução:
29
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
1 2 0 x1 1
» Seja a matriz Ax = 3 1 1 x2 2 = b, determine as incógnitas do
sistema. 1 0 1 x 2
3
Solução:
x1 2 x 2 0 x 3 1, 1''
III 0x1 5x 2 x 3 1, 2''
0 x 2 x x 1. 3''
1 2 3
x1 2 x 2 0 x 3 1, 1'''
IV 0x1 3x 2 0x 3 2, 2'''
0 x 2 x x 1. 3'''
1 2 3
30
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
2
Do sistema (V), multiplicando a equação (2'''') por e adicionando à equação (1'''').
3 1
Ainda no sistema (V) multiplique a equação (2'''') por − e teremos o sistema (VI):
3
1
x1 0 x 2 0 x 3 3 , 1'''''
VI 0x1 x 2 0x 3 , 2'''''
2
3
7
0x1 0x 2 x 3 3 . 3'''''
1
x1 3 , 1''''''
VI x 2 , 2''''''
2
3
7
x 3 3 . 3''''''
1
3
2 .
3
7
3
A solução para estes sistemas de equações é que o método que usamos para
resolvê-los, independente de serem homogêneos ou não, é reduzir a matriz dos
coeficientes à sua forma escada, que consiste em manipular as linhas das matrizes
de forma que o primeiro elemento não nulo das linhas seja 1, cada coluna que
contém o primeiro não nulo da linha, tem os demais elementos iguais a zero e as
linhas nulas estão abaixo das linhas não nulas.
31
CAPÍTULO 3
Independência linear, base e dimensão
Diremos que vetores u1, u2,... un são linearmente independentes (ou LI), no caso
da equação a cima ser válida apenas para a1 = a2 = ... = an = 0. Em outras palavras,
podemos dizer que o conjunto S é linearmente dependente (ou LD), se um de seus
vetores puder ser escrito como combinação dos demais, do contrário, o conjunto
S é dito linearmente independente (ou LI).
Exemplos
Solução:
a1u1+ a2u2+a3u3 = 0.
32
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
a1
1 1 0 0
a2
0 2 1 a 0
3
Que resulta no sistema (I),
a1 a 2 0a 3 0, 1
I
0a1 2a 2 a 3 0. 2
Agora multiplicamos a equação (2') por -1, e obtemos o sistema (III) na forma
escada,
1
a1 0a 2 2 a 3 0, 1 ''
III
0a a 1 a 0. 2 ''
1 2 2 3
a1 1
a2 1 .
a 2
3
33
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
Solução:
a1u1+ a2u2+a3u3 = 0.
1 1 0 a1 0
0 2 0 a2 0
1 5 1 a 0
3
a1 a 2 0a 3 0, 1
I 0a1 2a 2 0a 3 0, 2
a 5a a 0. 3
1 2 3
34
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
a1 0
a2 0 .
a 0
3
Como o sistema possui única solução e essa solução é nula, logo os vetores u 1, u2
e u3 são LI.
Base
Um conjunto S de vetores u1, u2,... un ϵ V, forma uma base para o espaço vetorial
V se:
Exemplos
Solução:
a1u1+ a2u2+a3u3+a4u4 = 0.
35
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
a1
1 0 0 1 a 2 0
0 1 1 1 a 3 0 .
0 0 1 1 a
4 0
Que resulta no sistema (I),
a1 0a 2 0a 3 a 4 0, 1
I 0a1 a 2 a 3 a 4 0, 2
0a 0a a a 0. 3
1 2 3 4
a1 0a 2 0a 3 a 4 0, 1'
II 0a1 a 2 0a 3 0a 4 0, 2'
0a 0a a a 0. 3'
1 2 3 4
a1 a 4
a2 0 .
a a
3 4
a1 1
a2 0 .
a 1
3
Mostramos que u1, u2, u3 e u4 são LD, logo não são base de V.
36
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
Solução:
1 1 0
a1 0 .
0 1 a
0 1 2 0
a1 a 2 0, 1
I 0a1 a 2 0, 2
0a a 0. 3
1 2
a1 0a 2 0, 1'
II 0a1 a 2 0, 2'
0a 0a 0. 3'
1 2
a1 0
.
a2 0
Como o sistema possui única solução e esta solução é nula, logo os vetores u1 e u2
são LI. O passo seguinte é verificar se estes vetores geram V. Para isso, dado u ϵ V,
devem existir escalares a1 e a2 ϵ , tais que:
u = a1u1+ a2u2 .
Essa afirmação deve ser válida para qualquer elemento u ϵ V, suponha u = (0, 1, 0),
teremos:
37
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
Na forma matricial:
1 1 0
a1 1 .
0 1 a
0 1 2 0
a1 a 2 0, 1
I 0a1 a 2 1, 2
0a a 0. 3
1 2
a1 0a 2 0, 1'
II 0a1 a 2 1, 2'
0a 0a 1. 3'
1 2
Que nos leva a um sistema incompatível, logo não existe solução e os vetores
u 1 e u 2 não geram V, portanto não satisfaz as condições de base para o espaço
vetorial V.
Solução:
1 0 1 a1 0
0 1 1 a 2 0 .
0 0 1 a 0
3
38
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
a1 0a 2 0a 3 0, 1'
II 0a1 a 2 0a 3 0, 2'
0a 0a a 0. 3'
1 2 3
a1 0
a2 0 .
a 0
3
Como o sistema possui única solução e esta solução é nula, logo os vetores u 1, u 2
e u3 são LI. O passo seguinte é verificar se estes vetores geram V. Para isso, dado
u ϵ V, devem existir escalares a 1, a 2 e a 3 ϵ , tais que
Essa afirmação deve ser válida para qualquer elemento u ϵ V, suponha u = (u1, u2, u3),
tal que u1, u2, u3 ϵ , teremos
Na forma matricial:
1 0 1 a 1 u1
0 1 1 a 2 u 2 .
0 0 1 a u
3 3
a1 0a 2 a 3 u1 , 1
I 0a1 a 2 a 3 u 2 , 2
0a 0a a u . 3
1 2 3 3
39
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
a1 0a 2 0a 3 u1 u 3 , 1'
II 0a1 a 2 0a 3 u 2 u 3 , 2'
0a 0a a u . 3'
1 2 3 3
a 1 u1 u 3
a 2 u 2 u3 .
a u
3 3
Note que para formar uma base no espaço vetorial V= 2, precisamos de dois
vetores V LI em V, e para uma base no espaço vetorial V= 3, precisamos
de três vetores LI em V, e assim sucessivamente. A quantidade de vetores
necessárias para formar uma base de um espaço vetorial está diretamente
ligada à quantidade de coordenadas que este espaço possui.
Dimensão
Seja V um espaço vetorial, qualquer base deste espaço terá sempre a mesma
quantidade de elementos. Indicaremos por dimensão de V ou dim V, o número
correspondente aos elementos desta base.
Exemplos
40
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
Solução:
Como S1 e S2 são LI e geram V, logo formam uma base de V, cada conjunto possui
dois elementos e essa quantidade representa a dimensão de V, portanto dizemos
que
dim V = 2.
Solução:
a11 a12
V = a ; a ij , i, j 1, 2.
21 a 22
Ou ainda,
a11 0 0 a12 0 0 0 0
V= ; a ij , i, j 1, 2.
0 0 0 0 a 21 0 0 a 22
1 0 0 1 0 0 0 0
= a11 a12 a 21 a 22 ; a ij , i, j 1, 2.
0 0 0 0 1 0 0 1
1 0 0 1 0 0 0 0
Logo, S = 0 0 , 0 0 , 1 0 , 0 1 é um conjunto de matrizes que gera V.
Vejamos se este conjunto é LI. Para isso, devemos ter aij = 0, i, j = 1, 2, para satisfazer:
1 0 0 1 0 0 0 0 0 0
a11 a12 a 21 a 22 ,
0 0 0 0 1 0 0 1 0 0
a11 0 0 a12 0 0 0 0 0 0
0 0 a 22 0 0
,
0 0 0 0 a 21
a11 a12 0 0
.
a 21 a 22 0 0
Sendo S um conjunto LI gerador de V, logo ele é uma base, como essa base
possui 4 elementos, concluímos que essa é também a sua dimensão. Portanto,
dim V = 4.
41
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
42
CAPÍTULO 4
Transformações lineares
U V
A figura acima nos dá uma ilustração do que seria uma transformação linear T, do
espaço vetorial U no espaço vetorial V. Para prosseguirmos este capítulo, é muito
importante lembrar algumas definições de funções:
43
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
Transformações lineares
Sejam U e V espaços vetoriais sobre o corpo F. Uma transformação linear, é uma
função de U em V, T: U V, que satisfaz as seguintes condições:
Podemos dizer que uma transformação linear é uma função que preserva as
operações dos espaços vetoriais, ou mais precisamente, que T é um operador
linear.
Exemplos
Solução:
Verificando as propriedades:
Solução:
Verificando as propriedades:
44
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
Exemplos
Determine o núcleo de T.
Solução:
Sabemos que,
= [(0, 0)]
Determine o núcleo de T.
Solução:
Sabemos que,
= {(0, 0, u3): u3 ϵ }
= [(0, 0, 1)]
45
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
= {T(u): u ϵ U}
=T(U)
Exemplos
Determine a imagem de T.
Solução:
Sabemos que,
Determine a imagem de T.
46
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
Solução:
Sabemos que,
Como vϵ Im(T) = T(U), e T é bijetora, existe um único u ϵ U tal que v = T(u). Logo,
T-1(V) = U.
Exemplos
Solução:
enquanto
Logo, T não é injetora, portanto, não pode ser bijetora, sendo assim, não existe
uma transformação linear inversa T-1.
Solução:
Dados u1, e u2 ϵ U, tais que u1 =(u1, u2)= u2, suponha que T(u1) ≠ T(u2). Pela definição
de T,
T(u1) =T(u1, u2) = (u1, u2, u1+ u2) = T(u1, u2) = T(u2).
Logo, T é injetora.
48
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
Dado v ϵ V, tal que v = (1, 1, 1), deve existir u ϵ U, tal que T(u) = v. Pela definição de T,
Solução:
Dados u1, e u2 ϵ U, tais que u1 = (u1, u2)= u2, suponha que T(u1) ≠ T(u2). Pela
definição de T,
Logo, T é injetora.
Dado v ϵ V, tal que v = (v1, v2), deve existir u = (u1, u2) ϵ U, tal que T(u) = v. Suponha
que não exista u ϵ U que satisfaça essa condição. Pela definição de T,
49
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
para todo u ϵ U.
TA(u) = Au,
Dado
u1
u = ϵ U,
u
n
temos,
1 0
u = u1 un ,
0 1
1 0 u1
= = Au,
0 1u
n
TA(u) = Au = Inxn u = u.
De maneira geral, fixadas às bases SU = {u1, ... , un} e SV = {v1, ... , vm}, de U e V
respectivamente. Considere a transformação linear T: U → V, temos que dado u ϵ U,
existem a1, ... , an F, tais que:
aplicando T,
Onde,
e todo elemento de V pode ser escrito de maneira única como combinação linear
dos elementos de SV. De tal forma, existem únicos bij ϵ F, i = 1, ... , n e j = 1, ... , m,
tais que:
Logo,
T (u) = a1 T (u1 ) + …+ an T (un) = a1 (b11+ ... +bn1) v1 + ... + an (b1m+ ... +bnm) vm,
n ,m
Portanto,
a11 a1m v1
T u .
a
n1 anm v m
TS
SU
Logo, a matriz transposta dos coeficientes deste sistema T A = V
= A, é
chamada de matriz de T com relação às bases S U e S V.
a11 a1m
TS =
SU
V
a a
n1 nm
relação às bases S U e S V.
Exemplos
1 0 1
» Considere a matriz (2x3) A = , e as bases SU = {(1, 0, 0), (0, 1,
1 2 0
0), (0, 0, 1)} e SV = {(1, 0), (0, 1)} de U e V respectivamente. Encontre a
transformação linear TA: U → V.
51
UNIDADE I │ ESPAÇOS VETORIAIS
Solução:
u1
u u2 .
u
3
Logo,
u1
1 0 1 u1 u 3
Au u2 .
1 2 0 u u1 2 u 2
3
Portanto,
E as bases SU = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} e SV = {(1, 0), (0, 1)} de U e V
respectivamente. Encontre a matriz de T com relação às bases SU e SV, TSU .
S V
Solução:
Portanto,
1 2 1
T S .
SU
V
1 1 2
também mudará.
52
ESPAÇOS VETORIAIS │ UNIDADE I
53
RETAS UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Princípios
Vetores
Vetores são elementos são elementos de um espaço vetorial, e são caracterizados
por possuírem módulo, direção, sentido, e algumas regras de combinação. Na
física, são exemplos de grandezas vetoriais o deslocamento, a velocidade, a
aceleração e a força. Outros tipos de grandezas físicas que não são vetoriais,
chamadas de grandezas escalares, são o tempo, a massa, a temperatura,
a pressão. Elas recebem esse nome por não apontarem para um sentido no
espaço, os sinais negativo e positivo já são suficientes para indicarem uma
direção.
54
RETAS │ UNIDADE II
Figura 5. Vetores.
B B’’
B’’’
B’ Biv
A A’’
A’’’ Aiv
A’
Fonte: Microsoft Word (2010).
Soma de vetores
55
UNIDADE II │ RETAS
B
u v
w
A
C
v u
D
Fonte: Microsoft Word (2010).
w = u +v = v + u.
Portanto, não importa a ordem em que os vetores serão somados, o resultado será
sempre o mesmo. Observe agora a lei da associatividade, estamos somando os
vetores u, v e w. Independente do par de vetores que inicie a soma, o resultado
final será sempre o mesmo.
u+v+w
v
u
Fonte: Microsoft Word (2010).
Todo vetor u somado ao seu oposto –u, terá o vetor nulo como resultado,
independente da ordem da soma, e qualquer vetor somado ao vetor nulo, será
sempre ele mesmo, não havendo alterações.
56
RETAS │ UNIDADE II
-bu
bu
-u
u
au
Na figura acima temos a multiplicação do vetor u pelos escalares, -b, b, -1, 1 e “a”,
onde,
Componentes vetoriais
uy
u
ux x
Fonte: Microsoft Word (2010).
57
UNIDADE II │ RETAS
|u| = u x 2 + u y2 ,
Produto interno
Dados dois vetores não nulos u e v, o produto interno entre eles é denotado por:
u . v = |u||v| cos 0,
u . v = (u x, u y, u z) . (v x, v y, v z) = u xv x + u yv y + u zv z.
58
RETAS │ UNIDADE II
B
w
C
u
A v B’ C’
Fonte: Microsoft Word (2010).
u . v = v . u,
(u + w) . v = u . v + w . v.
59
UNIDADE II │ RETAS
Assim, como:
Diremos que uma base {u1, u2, u3} de V é ortogonal se, dois a dois dos seus
vetores forem ortogonais, em outras palavras, se o produto interno entre
os vetores da base for nulo. Se além de ortogonais, seus vetores forem
unitários, ou seja, se a norma ou comprimento dos vetores forem iguais a
1(|u|=1), diremos que essa base é ortonormal.
Produto vetorial
O produto vetorial entre dois vetores não nulos está relacionado com a medida da
área entre eles, o resultado obtido é bidimensional. Vejamos:
u×v
Note que,
» u X v é perpendicular a u e v.
60
RETAS │ UNIDADE II
u X v = - (v X x)
Não é difícil verificar que dado um escalar “a”, o produto vetorial satisfaz:
a (u X v) = (au) X v = u X (av).
u X (v + w) = u X v + u X w,
(v + w) X u = v X u + w X u.
Observe que o módulo do produto vetorial entre dois vetores é a medida exata
da área do paralelogramo formada por eles. A área do paralelogramo é dada
pelo comprimento da base vezes a altura:
Na figura 13, a base é dada pelo comprimento do vetor u, ou seja, |u|, enquanto
que a altura é dada pela distância de D até E, que corresponde à |v| sen 0, onde
0 = (u, v) é o ângulo entre os vetores u e v.
× D C
v
A E u B
61
UNIDADE II │ RETAS
Dada uma base ortonormal positiva {i, j, k}, e os vetores u = (u1, u2, u3) e v = (v1,
v2, v3), o produto vetorial entre eles é dado pelo determinante
i j k
u v u1 u 2 u3 .
v1 v 2 v3
Produto misto
×
H G
E F
Ev
w
D
C
v Eu
A B
u
Fonte: Microsoft Word (2010).
Onde,
62
RETAS │ UNIDADE II
[u, v, w] = u × v . w
Lembrando que a ordem de execução do produto misto deve iniciar pelo produto
vetorial que resultará em um vetor, em sequência realizamos o produto misto que
nos dará um número como resultado final. Caso esse número seja diferente de zero,
concluímos que os vetores não estão no mesmo plano, portanto são linearmente
independentes.
u1 u2 u3
u, v, w v1 v2 v3 .
w1 w2 w3
Exemplos
63
UNIDADE II │ RETAS
Solução:
Temos que AB = 5 , e sabemos que AB e u são colineares. Logo podem ser escritos
como combinação linear um do outro. Observe:
AB au a 1, 0, 0 a , 0, 0 .
Sendo,
AB a 2 02 02 5.
Logo, concluímos:
|a| = 5.
Solução:
i j k
u v u1 u 2 u3 .
v1 v 2 v3
u v w
AB AD 5 0 0 ,
0 2 0
64
RETAS │ UNIDADE II
AB AD 0u 0 v 10w
AB AD 02 02 102 10 .
AB AD 10.
Solução:
5 0 0
AB, AD, AE 0 2 0 ,
0 0 3
65
UNIDADE II │ RETAS
66
CAPÍTULO 2
Retas e segmentos de retas
Segmentos de reta
Por segmentos de retas compreendemos uma parte da reta que possui início e fim,
isto é, ela é determinada por dois pontos, inicial e final, a partir desses pontos
podemos calcular a norma, módulo ou comprimento desse segmento de reta.
B
H
A D
G
C
E
F
Fonte: Microsoft Word (2010).
AB a1 b1 a 2 b 2 a3 b3
2 2 2
.
67
UNIDADE II │ RETAS
B
H
A D
G
C
E
F
Fonte: Microsoft Word (2010).
Retas
Como já foi dito, retas são conjuntos infinitos de pontos colineares, seria
impossível representar uma reta completamente devido a sua imensidão. Nos
limitamos a tal representação.
68
RETAS │ UNIDADE II
Dados dois pontos A = (a 1, a2, a3) e B = (b 1, b 2, b 3) no espaço 3, tal que AB, a reta
r que passa por estes dois pontos é formada por todos os pontos P = (p 1, p 2, p 3),
tais que:
onde t ϵ .
B r
onde t ϵ . Para um vetor u’ = (u’1, u’2, u’3) que não pertença a r, teremos,
u r
u
A
69
UNIDADE II │ RETAS
Retas coincidentes
S s
s
r
R
r
» Se um ponto P ϵ r, logo P ϵ s.
Retas concorrentes
70
RETAS │ UNIDADE II
R S s
r s
P
Retas paralelas
R s
r
s
71
UNIDADE II │ RETAS
» Seus vetores diretores são combinação linear um do outro, logo são LD.
Retas reversas
72
RETAS │ UNIDADE II
» a intersecção pode ser vazia, logo não existe nenhum ponto que
pertença às duas retas ao mesmo tempo (esse sistema é dito
incompatível);
» a intersecção pode ser não vazia, logo existe algum ponto que
pertença às duas retas ao mesmo tempo (esse sistema é compatível
e indeterminado);
O ângulo 0 entre duas retas r e s, é determinado pelo menor ângulo entre seus
vetores diretores r e s, (lembrando que -r e -s, também são vetores diretores.)
uv
u, v arc cos
u v
73
UNIDADE II │ RETAS
Note que o vetor diretor r, o segmento orientado RS e a distância d (r, s)
formam um triângulo retângulo, logo:
Note que a o vetor r' é paralelo ao vetor diretor r. Note ainda que os vetores r',
s e a distância d (r, s), formam um paralelepípedo com a área da base dada por
|r' x s|, e altura d (r, s). Sabemos que o volume desse paralelepípedo é dado por:
74
RETAS │ UNIDADE II
Exemplos
Solução:
A reta que passa pelos pontos A e B, tem o vetor diretor dado por:
AB 2 0, 0 1, 0 0 2, 1, 0 .
r: (x - 0, y - 1, z - 0) = t (2, -1, 0)
Onde t ϵ .
Solução:
75
UNIDADE II │ RETAS
Onde t ϵ .
Solução:
A posição relativa entre elas é paralela. Mostraremos agora que sua intersecção
é vazia. Portanto, não existe nenhum ponto P = (x, y, z) que satisfaça às duas
equações ao mesmo tempo, o ângulo entre elas é zero, pois seus vetores diretores
são paralelos, e a distância é positiva. Vejamos:
Dadas às equações:
onde t ϵ .
x 2t, y t, z 0, 0, 0 ,
II :
x 2 2t, y 1 t t, z 0, 0, 0 .
x 2t 0 x 2 2t ,
III : y t 0 y 1 t ,
z 0 z.
76
RETAS │ UNIDADE II
Onde u e v, são os vetores diretores da reta. No nosso caso, teremos AB 2, 1, 0
e DC 2,1, 0 , onde D = (0, 2, 0). Substituindo os valores na equação, teremos:
5
arc cos ,
5 5
arc cos 1,
0.
Resta agora, calcular a distância entre as retas paralelas, que é dada pela equação:
Tomemos os pontos já conhecidos, A = (0, 1, 0) e C = (2, 1, 0) e o sin AC, � r 1 .
2
Substituindo na equação:
77
CAPÍTULO 3
Notação vetorial e paramétrica
Equação vetorial
É importante lembrar as ferramentas que a compõe, sejam por dois pontos, ou
por um ponto e um vetor. Vejamos por exemplo:
Dados dois pontos A = (a1, a2, a3) e B = (b1, b2, b3), a reta r que passa por estes dois
pontos, tem como vetor diretor u AB � b1 a1 , b 2 a 2 , b3 a3 u1 , u 2 , u3 , e todo
ponto P = (x1, x2, x3) que pertença a r, deve satisfazer:
AP tAB
= = tu,
Ou seja,
(x1 - a1, x2 - a2, x3 - a3) = t (b1 - a1, b2 - a2, b3 - a3) = t (u1, u2, u3).
78
RETAS │ UNIDADE II
Equação paramétrica
Dada a mesma reta da seção anterior, e a equação vetorial definida pelos pontos A =
(a1, a2, a3), B = (b1, b2, b3), e vetor diretor u AB � b1 a1 , b 2 a 2 , b3 a3 u1 , u 2 , u3 ,
a equação paramétrica da reta r é dada reescrevendo separadamente cada
coordenada da equação, isolando as coordenadas x1, x2 e x3 da seguinte forma:
x1 a1 tu1 ;
r : x 2 a 2 tu 2 ;
x a tu .
3 3 3
Equação simétrica
x1 a1 x 2 a 2 x3 a3
r :� � � .
u1 u2 u3
Exemplos
79
UNIDADE II │ RETAS
Solução:
E sabemos que a reta r é formada por todos os pontos P = (x, y, z), que satisfazem
a equação:
E essa é a equação na forma desejada. Nesse caso não podemos escrever a forma
simétrica dessa equação pois a coordenada z do vetor diretor AB , é nula. E
encerramos a questão.
Solução:
Sabemos que a reta é formada por todos os pontos P = (x, y, z), que satisfazem a
equação:
80
RETAS │ UNIDADE II
Solução:
x 3 3t x 3t ,
y t y 1 t,
z z 1 t.
Resultando,
3 0,
0 1,
0 1 t.
81
UNIDADE II │ RETAS
r = (3, -1, 0)
s = (3, -1, 1)
Vejamos:
r s
r, s arc cos ,
r s
3,� � 1, 0 3, 1�� ,1
arc cos
32 1 02 3 1 12
2 2 2
10
arc cos ,
10 11
10
arc cos 0.30627736916968.
11
r RS 46
r, RS, s 6.
Logo,
46
d r, s .
6
82
RETAS │ UNIDADE II
83
PLANOS UNIDADE III
CAPÍTULO 1
Princípios
Imagine as paredes de uma casa, o teto, ou até mesmo o chão. Estes são exemplos
de representações de um plano, que são superfícies lisas e planas, como o nome
já sugere, um “plano”. Podemos pensar também em folhas de um caderno, uma
quadra de futsal, ou um campo de futebol. Todos os exemplos citados aqui são
representações para superfícies planas.
Determinando um plano
Nesta seção descreveremos que os planos podem ser formados por três pontos
não colineares, por dois vetores não colineares e por um ponto e um vetor
perpendicular, ou normal ao plano.
Dados três pontos não colineares A = ( a1, a2, a3), B = ( b1, b2, b3) e C = ( c1, c2, c3)
no espaço 3. Um ponto P = ( x1, x2, x3), deve pertencer ao plano formado por esses
três pontos, se os vetores AP x1 a1 , x 2 a 2 , x3 a3 , AB b1 a1 , b 2 a 2 , b3 a3 e
AC c1 a1 , c 2 a 2 , c3 a3 , forem coplanares, isto é, se pertencem ao mesmo plano,
84
PLANOS │ UNIDADE III
logo eles são linearmente dependentes e podem ser escrito como combinação
linear. Dados escalares reais a e b:
AP aAB bAC,
(x1 - a1, x2 - a2, x3 - a3) = a (b1- a1, b2 -a2, b3 - a3) + b (c1 - a1, c2 - a2, c3 - a3)
(x1, x2 x3) = a (b1- a1, b2 -a2, b3 - a3) + b (c1 - a1, c2 - a2, c3 - a3) + (a1, a2 a3)
Observe a figura:
Dado um ponto A = (a1, a2, a3) no espaço 3, e dois vetores não colineares u = (u1,
u2, u3) e v = (v 1, v2, v3). Um ponto P = (x 1, x2, x3), deve pertencer ao plano formado
por esses dois vetores, se os vetores u, v e AP = (x 1 - a1, x 2 - a2, x 3 - a3) forem
coplanares, isto é, se pertencerem ao mesmo plano, logo eles são linearmente
dependentes e podem ser escrito como combinação linear. Dados escalares reais
a e b:
AP = au + bv,
85
UNIDADE III │ PLANOS
Observe a figura:
n1 x1 + n2 x2 + n3 x3 - (n1 a1 + n2 a2 + n3 a3) = 0,
86
PLANOS │ UNIDADE III
A posição relativa entre a reta e o plano pode ser classificada entre e reta
contida no plano, a reta paralela ao plano e a reta concorrente ao plano. Para
compreendermos o que acontece em cada caso, definiremos o plano e a reta da
seguinte forma:
» α: definido pelo ponto A = (a1, a2, a3) e vetor normal nα = (nα1, nα2, nα3),
ou pelo ponto A = (a1, a2, a3) e vetores diretores uα = (uα1, uα2, uα3) e
vα = (vα1, vα2, vα3);
» r : definida pelo ponto P = (p1, p2, p3) e o vetor diretor r = (r1, r2, r3).
» nα . r = 0;
» Se P ϵ r, então P ϵ α;
» 0 = (α, r) = 0;
» d = (α, r) = 0;
» O segmento orientado AP é perpendicular à nα;
87
UNIDADE III │ PLANOS
» nα . r = 0;
» Se P ϵ r, então P ∉ α e vice-versa;
» 0 = (α, r) = 0;
» d = (α, r) ≠ 0;
» O segmento orientado AP não é perpendicular à nα;
A reta conforme definida acima, é dita concorrente ao plano de acordo com as definições
acima quando:
» nα . r ≠ 0;
» 0 = (α, r) ≠ 0;
88
PLANOS │ UNIDADE III
» d = (α, r) = 0;
Esta seção está destinada a descrever intersecções entre retas e planos, e os tipos
de intersecções que podem ocorrer em cada caso. Determinar a intersecção entre
a reta e o plano equivale a resolver um sistema de equações que encontraremos
pontos que satisfaçam às equações da reta e do plano. Os seguintes casos podem
ocorrer:
Intersecção vazia
A intersecção pode ser vazia, logo não existe nenhum ponto que pertença à reta e
ao plano ao mesmo tempo (esse sistema é dito incompatível).
A intersecção pode ser não vazia, logo existe algum ponto que pertença à reta e ao
plano ao mesmo tempo (esse sistema é compatível e indeterminado).
A intersecção pode ser não vazia e existir um único ponto que pertença à reta e ao
plano ao mesmo tempo (esse sistema é compatível e determinado).
89
UNIDADE III │ PLANOS
Esta seção está destinada a determinar ângulos entre a reta e o plano. Analisando a
posição relativa entre eles saberemos como proceder nos casos a seguir:
Ângulos nulos
Nos caso em que o vetor diretor da reta for perpendicular à normal do plano, o ângulo
entre a reta e o plano dará sempre zero. Estes são os casos em que as retas estão
contidas no plano, ou paralelas a eles.
No caso em que o vetor diretor da reta não for perpendicular à normal do plano,
o ângulo será diferente de zero e recorremos ao auxílio de uma equação que
envolve esses vetores. Essa equação é equivalente a usar o complementar do
ângulo entre o vetor diretor da reta e o vetor normal ao plano. Vejamos:
Dados o vetor normal nα ao plano α, (lembrando que -nα também é vetor normal ao
plano α.) e r vetor diretor da reta r, (lembrando que -r também é vetor diretor da reta
r) o ângulo 0 entre α e r será definido por:
n r
, r n , r arc cos .
2 2 n r
90
PLANOS │ UNIDADE III
Esta seção tem o objetivo de determinar a distância entre retas e planos, e entre pontos
e planos. Desde já, relembramos que a distância entre dois pontos A = (a1, a2, a3) e B =
(b1, b2, b3) quais quer é dada por:
d A, B AB b1 a1 b 2 a 2 b3 a3
2 2 2
Distância nula
A distância será nula para os casos em que a reta esteja contida no plano ou
concorrente a ele, podemos também determinar a distância por intersecção, se
ela for não vazia, a distância será nula, que é o caso da reta contida no plano ou
concorrente a ele.
Distância positiva
A distância será positiva entre a reta e o plano se a intersecção for vazia, ou seja, no
caso da reta ser paralela ao plano. Essa distância será dada pelo menor segmento
entre os pontos A = (a 1, a 2, a 3) e P = (p 1, p 2, p 3), pertencentes respectivamente
ao plano e a reta:
91
UNIDADE III │ PLANOS
Exemplos
Solução:
2t 1 p q,
I 2 t 1 p 2q,
2 t 1.
p 4,
II q 3,
t 1.
P = (2, 3, 1).
92
PLANOS │ UNIDADE III
Isso induz que a reta seja concorrente ao plano. Calcularemos agora o ângulo entre
eles que é determinado pelo complementar do ângulo entre o vetor diretor da reta e
o vetor normal do plano.
n r
, r n , r arc cos .
2 2 n r
A normal do plano α, é dado pelo vetor nα = (n1, n2, n3), que satisfaz nα . AP = 0, para
qualquer vetor AP no plano α. Vejamos usando o vetor diretor AB .
Logo, nα = n1 (1, 1, 0) + n3 (0, 0, 1), para quais quer ni ϵ . Escolha nα = (1, 1, 1), e o vetor
diretor r = (-2, 0, 1), teremos:
3
, r n , r arc cos .
2 2 5
Como a reta é concorrente ao plano, a distância é nula, e caso encerrado.
93
CAPÍTULO 2
Planos no espaço
Equações do plano
O plano é um conjunto de pontos no espaço 3 e que satisfazem uma equação
do primeiro grau. Como vimos no capítulo anterior, ele pode ser definido de
várias maneiras, nessa seção iremos descrever as equações na forma vetorial,
paramétrica, e geral ou normal do plano. Vejamos:
Dados três pontos não colineares A = (a1, a2, a3), B = (b1, b2, b3) e C = (c1, c2, c3)
no espaço 3, a equação vetorial do plano é dada por um ponto P = (x1, x2, x3)
pertencente ao plano, pelos vetores diretores:
AB = (b1 - a1, b2 - a2, b3 - a3) = u (u1, u2, u3)
AC = (c1 - a1, c2 - a2, c3 - a3) = v (v1, v2, v3)
Ou equivalente,
AP = au + bv.
94
PLANOS │ UNIDADE III
x1 a1 au1 bv1 ;
: x 2 a 2 au 2 bv 2 ;
x a au bv .
3 3 3 3
Ou de modo equivalente,
x1 a1 a b1 a1 b c1 a1 ;
: x 2 a 2 a b 2 a 2 b c2 a 2 ;
x a a b a b c a .
3 3 3 3 3 3
n1 x1 + n2 x2 + n3 x3 - (n1 a1 + n2 a2 + n3 a3) = 0.
Outra forma de obter a equação do plano é por meio dos vetores diretores
AB = (b 1 - a 1 , b 2 - a 2 , b 3 - a 3 ) = u = (u 1 , u 2 , u 3 ), AC = (c 1 - a 1 , c 2 - a 2 , c 3 -
a 3 ) = v = (v 1 , v 2 , v 3 ), e o vetor AP = (x 1 - a 1 , x 2 - a 2 , x 3 - a 3 ) Como estes são
coplanares, o produto misto entre eles será zero, uma vez que o volume dos
sólidos formados por vetores linearmente dependentes é nulo. Vejamos:
[ AP , AB , AC ] = 0.
Logo, o determinante:
95
UNIDADE III │ PLANOS
x1 a1 x 2 a 2 x3 a3
b1 a1 b 2 a 2 b3 a3 0.
c1 a1 c 2 a 2 c3 a 3
Resultará em:
Onde,
Logo, o determinante:
x1 a1 x2 a2 x3 a3
u1 u2 u3 0.
v1 v2 v3
Resultará em:
Onde,
96
PLANOS │ UNIDADE III
A posição relativa entre dois planos pode ser classificada em coincidentes, paralelos
e concorrentes. Para compreendermos o que acontece em cada caso, definiremos os
planos α e β da seguinte forma:
Planos coincidentes
» nα x nβ = 0;
» 0 = (α, β) = 0;
» d (α, β) = 0;
» O segmento orientado AB é perpendicular à nα e nβ;
» Os conjuntos { AB , uα, vα} e { AB , uβ, vβ} são linearmente dependentes;
» [ AB , uα, vα] = 0 e [ AB , uβ, vβ] = 0;
97
UNIDADE III │ PLANOS
Planos paralelos
» nα x nβ = 0.
» Se A ϵ α, então A ∉ β.
» 0 = (α, β) = 0.
» d (α, β) ≠ 0.
» O segmento orientado AB não é perpendicular à nα e nβ.
» Os conjuntos { AB , uα, vα} e { AB , uβ, vβ} são linearmente independentes.
» [ AB , uα, vα] ≠ 0 e [ AB , uβ, vβ] ≠ 0.
98
PLANOS │ UNIDADE III
Planos concorrentes
» nα x nβ ≠ 0;
» 0 = (α, β) ≠ 0;
» d (α, β) = 0
» O segmento orientado AB não é perpendicular à nα e nβ;
» Os conjuntos { AB , uα, vα} e { AB , uβ, vβ} são linearmente independentes;
» [ AB , uα, vα] ≠ 0 e [ AB , uβ, vβ] ≠ 0;
99
UNIDADE III │ PLANOS
Intersecção vazia
A intersecção pode ser vazia, logo não existe nenhum ponto que pertença às duas
retas ao mesmo tempo (esse sistema é dito incompatível).
» A intersecção pode ser não vazia, logo existe alguma reta que pertença
aos dois planos ao mesmo tempo (esse sistema é compatível e
indeterminado).
» A intersecção pode ser não vazia e existir uma única reta que pertença
aos dois planos ao mesmo tempo (esse sistema é compatível e
determinado).
100
PLANOS │ UNIDADE III
Ângulo nulo
O ângulo entre os planos será zero, sempre que seus vetores normais forem
paralelos, este é o caso de que os planos são paralelos ou coincidentes.
n n
, arc cos .
n n
101
UNIDADE III │ PLANOS
Distância zero
Distância positiva
Para dois planos α e β dados, e pontos A = (a1, a2, a3) e B = (b1, b2, b3), pertencentes
respectivamente aos planos. Já vimos que a distância de um ponto a um plano é
dada por:
AB, u , v
d ,� B
u v
onde uα = (uα1, uα2, uα3) e vα = (vα1, vα2, vα3) são vetores diretores do plano α.
Exemplos
102
PLANOS │ UNIDADE III
Solução:
A equação vetorial do plano é dada pelo conjunto dos pontos P = (x, y, z), que
satisfazem a equação:
α: AP = puα + quα
Para p e q ϵ .
x 2 p q,
:� y 2 p q,
z 1 p.
: AP, u , u 0,
x 2 y 2 z 1
: 1 1 1 0,
1 1 0
:� x y 0.
Da equação normal, concluímos que o vetor normal é dado por nα = (1, -1, 0)
Solução:
x - y = x + y.
Obtemos que ela é dada pelos pontos P = (x, 0, 0), tais que x ϵ , que corresponde
a reta r. Através desse resultado, concluímos que esses planos são concorrentes,
portanto, a distância entre eles é zero. Resta calcular o ângulo entre eles que é dado
pela equação:
103
UNIDADE III │ PLANOS
n n
, arc cos .
n n
1,� � 1, 0 1,1�� , 0
, arc cos ,
12 12 12 12
arc cos 0,
.
2
Superfícies no espaço
Cônicas
Exemplos
x2 + y 2 = 1
104
PLANOS │ UNIDADE III
x 2 y2
1.
3 2
x 2 y2
1.
3 2
x2 - y = 0
Quádricas
Exemplos
x2 + y2 + z2 = 1.
105
UNIDADE III │ PLANOS
x 2 y2 z2
1.
3 2 2
x 2 y2 z2
1.
3 2 2
x2 + y2 - z = 0.
x2 + y2 - z2 = 0.
106
Referências
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J.; Tradução de AGUIAR, F. M., TABOSA, J.
W. R. Fundamentos de Física. v.I: Mecânica, Rio de Janeiro: Ed. LTC, 2006.
SANTOS FILHO, J. E.; SOUZA, S. A.; MATIAS, F. O.; SILVA, A. S.; PINHEIRO NETO,
A. A.; ASSIS, J. G.; Licenciatura em Matemática à distância. João Pessoa: Ed.
UNIversitária UFPB, 2008.
107