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Disciplina: Políticas de Educação

Professor: Salomão Ximenes


Discente: Marcela Nogueira Vega – 21061815
Avaliação de Leitura 2

Ao ler o texto e através da discussão realizada em sala de aula, concordo com a frase
que está na questão a ser respondida: "há poucos sinais de que o crescimento
econômico, o nível de consumo e a expansão educacional, por si mesmos, tenham
conexão com maior igualdade educacional."
De fato, a partir do pensamento do autor e dos dados coletados em seu estudo,
percebemos que houve grandes mudanças sociais, que começam nos anos de 1970.
Entretanto, mesmo com a “democratização do ensino”, aquela ideia de que a educação
fosse essencial para o desenvolvimento e mobilidade social dá a impressão, ou a falsa
impressão, de que bastaria o sujeito estudar, independente da sua condição
socioeconômica, raça ou gênero, que ele obteria o sucesso almejado. Famoso discurso
meritocrático, que perdura até os dias atuais.
Nesse sentido, uma sociedade moderna e industrializada traria mais oportunidade e
posições no mercado de trabalho e bastaria estar preparado para concorrer as tais vagas
de serviço.
Creio que a visão de autores como Bourdieu e Passeron (1977) são extremamente
importantes para nos mostrar que existem outros fatores que fazem com que nossas
sociedades continuem desiguais, como por exemplo, o capital cultural que acompanha
os indivíduos. Quanto maior o acesso de um determinado individuo ao capital cultural,
mais a frente ele estará, mesmo em “condições iguais de ensino”. Essa seria a “teoria da
violência simbólica”, em que até mesmo em situações “tidas como iguais”, a partir das
possibilidades de cada indivíduo, isso acarreta em desigualdade e reproduz o “status
quo”, ou seja, que a classe dominante sempre esteja a frente.
Antigamente muito se falava da qualidade do ensino das escolas públicas, porém quem
conseguia finalizar o “segundo grau” naquele momento? Apenas aqueles que
conseguiam estudar e acompanhar os estudos na escola.
Hoje, isso ainda perdura. Com a democratização do acesso à educação, e com as
pessoas se formando no ensino médio (que é equivalente ao “segundo grau”), muitos
não conseguem passar em vestibulares ou alcançam bons empregos. O que ocorre é que
a qualidade do ensino é menor, e a classe dominante que precisa manter seus
privilégios, pagam os melhores colégios para que seus filhos continuem, assim, a frente
dos demais.

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