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UNIVERSIDADE DE BELAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONÓMICAS


CURSO DE PSICOLOGIA SOCIAL E DO TRABALHO

PROJECTO DE PESQUISA CÍENTIFICA

COMPORTAMENTO SOCIAL FACE AO CONFINAMENTO


IMPOSTO PELA COVID-19 EM ANGOLA

ESMAEL A. S. FRANCISCO

LUANDA, 2022
UNIVERSIDADE DE BELAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E ECONÓMICAS


CURSO DE PSICOLOGIA SOCIAL E DO TRABALHO

PROJECTO DE PESQUISA CÍENTIFICA

COMPORTAMENTO SOCIAL FACE AO CONFINAMENTO


IMPOSTO PELA COVID-19 EM ANGOLA

Pré-projecto apresentado a faculdade de


Ciências Sociais e Económicas com
Requisito para a Obtenção do Grau de
Licenciado em Psicologia Social e do
Trabalho.

Orientado por: Prof. Deolinda Simão

LUANDA, 2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................05

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO...........................................................................................06

1.2 OBJETIVOS..........................................................................................................06

1.2.1 OBJETIVO GERAL............................................................................................06

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................07

1.3 HIPOTESES…………………………………………...…………………………………7

1.4 JUSTIFICATIVA...................................................................................................07

2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA..............................................................................08

2.1. Covid-19 em Angola …………………………………………………………….…..08


2.1.1.Estado de Emergência e de Calamidade Pública………………………………..08

2.1.1.1.Estado de Calamidade Pública


…………………………………………………..08

2.2 Impactos do Estado de Calamidade ………………………………..…………..….09

2.2.1. Estado de Emergência ……………………………………………………….….…


09

2.3.Durabilidade do estado de emergência ………………………………………….…10

2.3.1. Covid-19 impõe mudança de comportamento aos angolanos …………..….…


10

3. METODOLOGIA......................................................................................................11

4. RECURSO..............................................................................................................12

5. CRONOGRAMA…………………………………………………………………….…..13

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA………………………………………………….…..14
1. INTRODUÇÃO

No dia 21 de marco de 2020, foram anunciados os primeiros dois casos de


Covid-19, a doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, em Angola. A
doença transmite-se através de gotículas produzidas nas vias respiratórias das
pessoas infetadas. Os sintomas mais comuns são febre, tosse e dificuldade em
respirar.

O presente trabalho é de psicologia Social e organizacional e está dividido da


seguinte forma: Início da covid-19 em angola, implementação de medidas de
prevenção, decreto de calamidade pública e confinamento social, criação de
cerca sanitária, violação do decreto e retirada da cerca .

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

O trabalho desenvolve-se na abordagem sobre o comportamento social face ao


confinamento imposto pela Covid-19 em angola. Faz-se uma abordagem sobre
o comportamento social face ao confinamento imposto pela covid-19 em
angola, por ser um tema de grande relevância para a sociedade angolana em
particular e que causou um novo normal , ou seja, como foi o comportamento
social face ao confinamento imposto pela covid-19 em angola ?
1.2. OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVO GERAL

 O presente tema, tem como objetivo geral, analisar o comportamento social


face ao confinamento imposto pela covid-19 em angola

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Tem como os objetivos específicos os seguintes:
 Analisar o processo do decreto sobre o confinamento
 Descrever o comportamento dos angolanos durante o processo de confinamento
 Explicar as consequências e as irregularidades verificadas

1.3. HIPÓTESES

Para existir a ordem social e para manter o convívio humano é necessárias leis
que regulam as sociedades. E à medida que estas sociedades se tornam mais
democráticas, aberto e pluralistas, mais sua legislação é aprimorada.

O avanço da Covid-19 em Angola levaram ao prolongamento do estado de


emergência até 25 de abril. Com as medidas, as pessoas estão em isolamento há
quase um mês, o que segundo psicólogos pode representar danos para a saúde
mental dos angolanos.
A rotina de isolamento requer mais atenção da população, por isso os
especialistas alertam e orientam a população para essa nova fase de convivência
com o novo coronavírus.
O Governo angolano determinou que as aulas presenciais, em todos níveis de
ensino, ficam suspensas até ao dia 16 de janeiro de 2022, estando o seu
reinício sujeito à avaliação da situação epidemiológica da covid-19.
1.4 JUSTIFICATIVA

O tema comportamento social face ao confinamento imposto pela Covid-19 em


Angola, por ser um fenómeno presente na realidade Angolana e do mundo,
visto que este(covid-19) é considerado como uma pandemia que incitou a
implementação de medidas preventivas e de igual modo a alteração na
maneira de agir pensar e sentir ou seja, de se comportar socialmente.

É de relevância científica, uma vez que diante deste fenómeno mundial, muitos
estudos/ testes foram realizado para que se achasse a cura e se garantisse a
estabilidade social no que tange o bem vida e a saúde mental, e tem uma
justificação histórico no ramo da ciência da saúde; alguns autores de
refletiram(refletem) neste tema e é em função disso que iremos analisar.

2 FUNTAMENTAÇÃO TÉORICA
2.1. Covid-19 em Angola

No dia 21 de marco de 2020, foram anunciados os primeiros dois casos de


Covid-19, a doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, em Angola.
    

A doença transmite-se através de gotículas produzidas nas vias respiratórias


das pessoas infetadas. Os sintomas mais comuns são febre, tosse e
dificuldade em respirar.

2.1.1.Estado de Emergência e de Calamidade Pública

O estado de emergência iniciou-se em Angola às 00h00m do dia 27 de Março


de 2020, ao abrigo do Decreto Presidencial n.º 81/20, de 25 de Março. Por
força de três prorrogações – a primeira pelo Decreto Presidencial n.º 97/20, de
9 de Abril, a segunda pelo Decreto Presidencial n.º 120/20, de 24 de Abril e a
terceira pelo Decreto Presidencial n.º 128/20, de 8 de Maio – o estado de
emergência prolongou-se até às 23h59m do dia 25 de Maio, tendo cessado a
partir desse momento. A partir daí passou vigorar o estado de calamidade
pública, decretado pelo Presidente da República através do Decreto
Presidencial n.º 142/20, de 25 de Maio.

 
2.1.1.1.Estado de Calamidade Pública

A situação de calamidade pública encontra-se prevista na Lei de Protecção


Civil, aprovada pela Lei n.º 28/03 de 7 de Novembro, e recentemente alterada
pela Lei n.º 14/20, de 22 de Maio.

O estado de calamidade pública  só pode ser declarado quando, face à


ocorrência ou perigo de ocorrência de acidente grave, catástrofe ou calamidade
pública (tal como definidos na lei), é reconhecida a necessidade de adoptar
medidas para evitar a sua propagação, de modo a repor a normalidade

A declaração de situação de Calamidade Pública é feita por acto do Titular do


Poder Executivo (o Presidente da República), devendo desta constar a
especificação da sua natureza, medidas e âmbito territorial, vigorando
enquanto persistir a situação que lhe serviu de fundamento ou houver
alterações significativas certificadas pelas autoridades competentes do Estado
(artigos 5.º/2 e 11.º  da Lei de Protecção Civil).

2.2 Impactos do Estado de Calamidade

A declaração da situação de calamidade pública pode estabelecer medidas de


natureza administrativa, que podem incidir sobre (i) o funcionamento dos
Órgãos da Administração Directa e Indirecta do Estado; (ii)  o exercício da
actividade comercial, industrial e o acesso a bens e serviços; (iii) o
funcionamento dos mercados; (iv) as actividades que envolvem a participação
massiva de cidadãos, enquanto existir o risco de contágio ou de insegurança
dos cidadãos; (v) a protecção de cidadãos em situação de vulnerabilidade; (vi)
o funcionamento dos transportes colectivos; (vii) o funcionamento de creches,
infantários, instituições de ensino, lares da terceira idade e lares de
acolhimento; (viii) o funcionamento do tráfego rodoviário, aéreo, marítimo,
fluvial e ferroviário; (ix) aprestação de serviços de saúde; (x) a realização de
espectáculos, actividades desportivas, culturais e de lazer; (xi) o funcionamento
dos locais de culto, enquanto existir risco de contágio ou de insegurança dos
cidadãos; (xii) a mobilização de voluntários; (xiii) a defesa e controlo sanitário
das fronteiras; (xiv)  a prestação compulsiva de cuidados individuais de saúde,
com ou sem internamento, no interesse da saúde pública; (xv) a definição de
cordões sanitários (artigo 4.º da Lei de Protecção Civil).

Entre outros efeitos ou consequências, a declaração da situação de


calamidade pública:

(i) permite a ocupação temporária de bens imóveis ou móveis, assim como a


requisição civil (artigo 4.º/5).

(ii) permite ainda a convocação dos Órgãos de Defesa, Segurança e Ordem


Interna, enquanto agentes de protecção civil, para apoio aos cidadãos e
garantia de cumprimento das medidas tomadas (artigo 5.º/6).
As medidas a adoptar no âmbito do estado de calamidade pública devem
respeitar o princípio da proporcionalidade do agir público, isto é, ser
necessárias e adequadas à ameaça que visam combater ou evitar, não
podendo, em caso algum, colocar em causa direitos, liberdades e garantias dos
cidadãos, bem como o artigo 58.º da Constituição da República de Angola
(artigo 4.º/3 e 7).

Adicionalmente, os artigos 5.º e 19.º do Regulamento Sanitário Nacional,


aprovado pela Lei n.º 5/87, de 23 de Fevereiro, complementado pelo
Regulamento Sanitário Internacional-2005, recebido na Ordem Jurídica
Angolana pela Assembleia Nacional, através da Resolução n.º 32/08, de 1 de
Setembro, legitimam a adopção de medidas adicionais que se configurem
indispensáveis para a salvaguarda da saúde e segurança da população. 

Através do referido Decreto Presidencial n.º 142/20, de 25 de Maio, o


Presidente da República declarou a situação de calamidade pública em todo o
território nacional a partir das 00h00m do dia 26 de Maio de 2020, prolongando-
se enquanto se mantiver o risco de propagação massiva do Vírus SARS-COV-
2 e da Pandemia COVID-19.

Sem prejuízo do que especificamente se referirá a propósito de cada aspecto


em concreto, o regime em anexo ao mencionado Decreto Presidencial
estabelece, nomeadamente, a obrigação de confinamento dos doentes com
COVID-19 e em  vigilância activa, assim como a obrigação da sua notificação
às autoridades sanitárias (ponto 9 das Regras Gerais e Transversais previstas
no Anexo ao Decreto Presidencial n.º 142/20  ).

Impõe-se ainda um dever cívico de recolhimento domiciliar (artigo 7.º),


recomendando-se a todos os cidadãos que permaneçam no respectivo
domicílio abstendo-se de circular em espaços e vias públicas e equiparadas,
excepto para deslocações necessárias e inadiáveis.

Estipula-se ainda que as fronteiras da República de Angola se mantêm


encerradas, salvo em situações excepcionais, estando as entradas e saídas do
território nacional sujeitas a controlo sanitário definido pelas autoridades
competentes, de acordo com Regulamento Sanitário Internacional e com o
Regulamento Sanitário Nacional (artigo 8.º).

É prevista a reabertura de certos estabelecimentos como  as unidades


sanitárias e centros de formação profissional. São também previstas as datas
indicativas de reabertura de: (i) estabelecimentos de ensino; (ii) competições e
treinos desportivos; e (iii) restaurantes e similares (artigos 14.º, 18.º, 19.º e
22.º)
2.2.1. Estado de Emergência

A declaração do estado de emergência consiste num acto praticado pelo


Presidente da República, após audição do Governo e de autorização da
Assembleia Nacional, e que determina ou permite que seja determinada a
suspensão parcial de direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, com
fundamento na verificação (ou risco de verificação) de uma calamidade pública.

O estado de emergência apenas pode ser declarado quando se verifique, ou


ameace verificar-se, uma calamidade pública.
O regime do estado de emergência está previsto nos artigos 57.º, 58.º, 119.º,
alínea p), 125.º, n.º 3, 161.º, alínea h), e 204.º da Constituição da República de
Angola, bem como Lei n.º 17/91, de 11 de Maio.

 Em termos práticos, a declaração do estado de emergência pode implicar a


suspensão parcial do exercício de direitos, liberdades e garantias, nos termos
em que for determinado: por exemplo, proibição de deslocações ou do
exercício de determinadas actividades pessoais ou empresariais.
Pode prever-se, se necessário, o reforço dos poderes das autoridades
administrativas civis e o apoio às mesmas por parte das Forças Armadas.

A declaração do estado de emergência confere às autoridades públicas o


poder para tomarem as providências necessárias e adequadas, com dispensa
de formalismos e poderes reforçados (por exemplo, o poder de o Ministério da
Saúde requisitar de empresas privadas determinados meios humanos ou
materiais).

Naturalmente que, como regra geral, a declaração do estado de emergência


deve respeitar o princípio da proporcionalidade e limitar-se, nomeadamente
quanto às suas extensão e duração e aos meios utilizados, ao estritamente
necessário tendo em conta a situação em causa.

O estado de emergência não pode afectar direitos de superior dignidade


constitucional identificados na lei e na Constituição. A declaração deve,
designadamente, respeitar o princípio da igualdade e não discriminação, e
algumas garantias elementares de processo penal (por exemplo, contra prisões
e detenções ilegais) e de acesso aos tribunais. Não pode, por outro lado, impor
censura prévia dos órgãos de comunicação social, ou impedir as reuniões dos
órgãos estatutários dos partidos políticos, sindicatos e associações
profissionais.

A declaração do estado de emergência não pode, em caso algum, afectar a


aplicação das regras constitucionais relativas à competência e ao
funcionamento dos órgãos de soberania, os direitos e imunidades dos
membros dos órgãos de soberania, os direitos à vida, à integridade pessoal, à
identidade pessoal, à capacidade civil e à cidadania, a não retroactividade da
lei criminal, o direito de defesa dos arguidos e a liberdade de consciência e de
religião.
Quanto ao conteúdo, a declaração deve conter a especificação dos direitos,
liberdades e garantias cujo exercício fica suspenso.

No caso concreto, com a publicação do Decreto Presidencial n.º 128/20 o


exercício dos seguintes direitos ficou suspenso, no todo ou em parte:

(a)  Inviolabilidade do domicílio;


(b)  Direito de propriedade;
(c)  Direito à livre iniciativa económica;
(d) Liberdade de culto, na sua dimensão colectiva;
(e) Liberdade de residência, circulação e emigração;
(f)  Liberdade de reunião e de manifestação;
(g) Inviolabilidade da correspondência e das comunicações;
(h)  Direito à greve e direitos gerais dos trabalhadores.

O estado de emergência pode ser declarado em relação ao todo ou a parte do


território nacional, e deve apenas ser declarado em relação à área ou território
em que as medidas se revelem necessárias para assegurar ou restabelecer a
normalidade. Podem por exemplo ser adoptadas medidas de restrição de
circulação ou de quarentena forçada em certas zonas.
No caso concreto, a declaração do estado de emergência abrange todo o
território nacional.

2.3.Durabilidade do estado de emergência

O estado de emergência tem uma duração limitada ao necessário à


salvaguarda dos direitos e interesses que visa proteger e ao restabelecimento
da normalidade.

A duração máxima é de 90 dias, sem prejuízo da sua eventual renovação por


um ou mais períodos idênticos, no caso de a causa que o determinou se
continuar a verificar.

No caso concreto, o estado de emergência foi prorrogado por 4 períodos de 15


dias tendo cessado a partir das 23h59m do dia 25 de Maio de 2020 (artigo 1.º
do Decreto Presidencial n.º 128/20).

As consequências da violação das medidas decretadas pelas autoridades


durante o estado de emergência

A violação do disposto na Lei n.º 17/91, bem como na declaração do estado de


emergência (ou na sua execução), faz incorrer os respectivos autores em
responsabilidade criminal, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar ou civil
a que haja lugar.
2.3.1Covid-19 impõe mudança de comportamento aos angolanos

A Covid-19 tornou-se numa crise sanitária, económica, financeira e social

globalizada, sendo o terceiro choque económico, financeiro e social do século

XXI, considerou Angel Gurría.De acordo com o secretário-geral da

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE),

citado pela Angop, na sequência de uma pesquisa do Centro de Estudos

Jurídicos, Económicos e Sociais (CEJES) da Universidade Agostinho Neto

(UAN), o actual choque económico, financeiro e social, sucede os atentados de

11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos, e da crise financeira global de

2008.

Para compreender melhor o impacto da pandemia da Covid-19 no contexto


angolano, o CEJES da UAN publicou uma pesquisa que reúne dados
preliminares de um questionário online realizado no âmbito do Projecto Efeitos
Económicos e Sociais do Confinamento Social em Angola, que faz uma breve
descrição da evolução da Covid-19 no país e do modo como o Governo
angolano tem respondido à crise de saúde pública, destacando a proibição de
entrada em território nacional de pessoas provenientes dos países mais
afectados com a pandemia, num primeiro momento, e o encerramento das
fronteiras aéreas, terrestres e marítimas à circulação de pessoas a partir das
00h00 do dia 20 de Março.

Entre os resultados analisados destaca-se o facto de 91% dos inquiridos


mudaram a forma de ocupação do seu tempo, sendo que 87% dos mesmos
mudaram a atividade laboral e profissional, 81% as práticas de consumo, 80%
as relações familiares e sociais, enquanto as transformações no perfil da
procura e nos meios de acesso à informação receberam o menor número de
ocorrências (65%).
Segundo a Angop, a pesquisa registou 1.211 respostas válidas, entre 20 de
Abril e 4 de Maio de 2020, período da segunda fase do Estado de Emergência,
que vigorou no país de 27 de Março a 25 de Maio do corrente ano, permitindo
aferir, no respeitante as mudanças no modo de ocupação do tempo, que os
inquiridos aumentar o tempo dedicado às atividades domésticas (91%), à
comunicação com familiares e amigos (82%), à prestação de apoio aos
familiares (60%) e ao lazer/entretenimento (55%).

Contudo, o mais reduzido foi o percentual dos respondestes que


incrementaram o tempo despendido em actividade física/desportiva (33%) e
estudantil (37%).

Do total dos inquiridos, refere a pesquisa publicado pela UAN, 726 afirmaram
desempenhar serviços essenciais, enquanto 426 declararam exercer
actividades não autorizadas no quadro das interdições decretadas pelo Estado
de Emergência, sendo que 53% se encontrava em situação de teletrabalho, 9%
em trabalho presencial por turnos e 38% em trabalho convencional.

Em relação a protecção e segurança pessoal, 79% afirmaram terem acatado as


regras de prevenção e higiene associadas aos actos de consumo e 73%
reduziram a frequência das deslocações para aquisição de bens essenciais. Já
em relações às medidas de higiene e prevenção de contaminação, 91% da
amostra assumiu que sempre lava as mãos, 74% mantém recorrente uso do
álcool gel, 57% realiza a desinfecção de objectos de uso quotidiano e apenas
47% usa máscaras faciais com frequência.

Entretanto, por outro lado, a opção pela compra de maiores quantidades em


cada deslocação 55% e a alteração dos locais habituais de abastecimento 54%
foram também relatadas por mais de metade das pessoas, registando-se que
apenas 50% dos inquiridos declarou ter reduzido as despesas de aquisição de
bens e serviços.

No tocante às mudanças nas relações familiares e sociais, reforça, a


preocupação com a saúde e segurança dos familiares e as redes sociais de
pertença emergiu como o dado mais expressivo, com 97% de respostas
garantindo o cumprimento das regras de distanciamento, higiene e prevenção.

No entanto, 92% reconheceu ter feito uso, com maior frequência e durante
mais tempo, das opções proporcionadas pelas novas ferramentas de
comunicação e as redes sociais; aproveitado melhor o tempo para conhecer
necessidades de familiares e amigos (70%); participado mais nas tarefas
domésticas (76%); e usado o tempo para actividades lúdicas com familiares
(58%).

No que se refere às mudanças no perfil da procura e meios de acesso à


informação, 90% da amostra assumiu ter feito pesquisa específica sobre a
Covid-19, enquanto 82% afirmou ter continuado a procurar informação de
carácter geral, tendo as redes sociais (88%) suplantando a Rádio e a TV (85%)
como principal meio de acesso à informação.

O estudo da autoria de Carlos Lopes, docente do Instituto Superior Politécnico


de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), e José Van-Dúnem (UAN), indica
também que cerca de 51% professa a religião católica, 29% são protestantes e
15% assumiu não ter religião.

O estudo revelou também que 46% dos inquiridos são mulheres e 56%
homens, sendo que a faixa etária com 55 ou mais anos de idade
representaram 11% da amostra, maioritariamente constituída por pessoas com
idades entre os 25 e 44 anos (59%), sobretudo indivíduos entre os 35 e 44
anos (34%).

De acordo com a Angop, a maioria dos entrevistados (71%) declarou ter


graduação (licenciatura, 59%) ou pós-graduação (mestrado ou doutorado,
12%),enquanto 24% afirmaram frequentar o ensino superior, enquanto que no
que respeita ao estado civil, 41% das pessoas que responderam ao
questionário do Centro de Estudos Jurídicos, Económicos e Sociais, são
casados, 40% solteiros e11% em uniões de facto, com a província de Luanda
(87%) a dominar o local de residência dos entrevistados.

Com efeito, o estudo que refere, do ponto de vista das geografias, que as
províncias de Benguela, Lunda Norte, Huambo e Huíla representam 8% da
amostra e as outras províncias e a diáspora apenas 5% da amostragem. Neste
sentido, foram recebidas respostas com origem em 16 das 18 províncias
angolanas, sendo que 79% dos entrevistados residem na área urbana, 18%
na periurbana e apenas 3% na zona rural.

O documento salienta que Estado de Emergência que havia sido decretado no


país pelo Presidente da República, João Lourenço, que estabelecia restrições
de mobilidade e actividades económicas como forma de promover o
distanciamento social, destacando-se as medidas com impacto directo sobre as
actividades informais, face à extensão desse sector na economia angolana, é
enfatizado pelo estudo.

Refere que para compensar a perda de rendimentos associada às medidas e


ao contexto de crise, foi acelerada a criação de um Programa de
Transferências Monetárias, no âmbito do Programa de Fortalecimento da
Proteção Social em Angola, com o plano de beneficiar com 8.500 kwanzas
cada uma das 1.608.000 (um milhão e seiscentos e oito mil) famílias
identificadas na pesquisa sobre pobreza multidimensional nos municípios,
realizada em 2018.

Fará igualmente parte do estudo a revalorização da saúde como variável


central da qualidade de vida, potencialmente correlacionada com alguma
reformulação de valores e mentalidades no sentido de uma maior consciência
de interdependência e responsabilidade comunitária e de perceções sobre o
papel dos atores e das instituições, nomeadamente o do Estado.

3 METODOLOGIA

Neste sentido, foi através destes métodos que chegou-se a conhecimentos


válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detetando erros e
auxiliando as decisões do cientista, a metodologia utilizada neste trabalho
baseou-se numa abordagem qualitativa, a modalidade que consistiu a pesquisa
bibliográfica, socorrendo-se da análise do conhecimento científico, A análise
das obras e artigos existentes possibilitou-me a obter conhecimento das
contribuições científicas sobre o assunto abordado no trabalho.

5 CRONOGRAMA

ETAPAS DA MONOGRAFIA Março Abril Maio Junho Julho


Pesquisa bibliográfica    
Análise dos dados      
Metodologia          
Elaboração do trabalho      
Revisão gramatical e        
ortográfica
Revisão final          
Entrega da monografia        
Correção final      

6 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

 allAfrica. 19 de março de 2020 COVID-19 - Report On Alleged Positive


Case Denied in Benguela
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 ↑ «Angola com dois primeiros casos de coronavírus. Cidadãos infetados
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 ↑ «Angola: Mais de 250 médicos cubanos vão à luta contra a
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 https://www.dw.com/pt-002/covid-19-em-angola/t-52892758

 https://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/fatores-associados-ao-
comportamento-da-populacao-durante-o-isolamento-social-na-
pandemia-de-covid19/17551?id=17551

 https://www.economiaemercado.co.ao/artigo/covid-19-impoe-mudanca-
de-comportamento-aos-angolanos

 https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/covid-19-confinamento-pode-
agravar-comportamento-de-autistas/

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