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O Sacerdócio Real

“E ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo


sacerdote; e, vendo-o, passou de largo” (Lucas 10:31)

Um sacerdócio falido, conta-nos a parábola do bom


samaritano, irresponsável e fora da direção de Deus
embora em direção ao templo e ao culto. Que
contraste, uma religião que só funcionava nos limites
da confraria religiosa. Uma agenda rigorosa que
precisava ser cumprida, não havia tempo para
socorrer o semelhante, da sua própria irmandade, tão
impecável na ortodoxia e tão apóstata na ação, eis a
divergência, não um paradoxo, mas uma discrepância
absurda ente a ortodoxia e a ortopraxia. Nós também
somos chamados de sacerdotes, na nova aliança, há um
fato de grande rigor e preciosidade doutrinária, o
sacerdócio universal de todos os santos (I Pedro 2:5 e
9) Agora temos acesso ao caminho que foi consagrado
pela morte e ressurreição de Cristo, um acesso com
ousadia, pois a oferta diante do Senhor é o Cordeiro
que morreu por nós. (Por favor, leia Hebreus 10:19 a
24 )
Vejamos ainda mais que Jesus mesmo fala que os
redimidos tornaram-se reis e sacerdotes (Apocalipse
1:6) o nosso sacerdócio é uma função de peregrinação,

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agora devemos exercer essa preciosa e responsável
função, seremos reis quando Cristo na terra reinar, co-
herdeiros com Cristo, reinaremos com Ele. Mas hoje
devemos exercer a função de sacerdotes. Mas tal como
o sacerdote da parábola, não podemos passar de largo
para o fato de que sendo sacerdotes, devemos ter vinho
e óleo e graça compassiva. É nosso dever seguir como
peregrinos não sem óleo, pois o óleo representa a vida
da luz. Uma lâmpada não é alimentada de outra forma,
pois fogo estranho gera falsa luz, o óleo representa a
presença do Espírito Santo, e quando estamos cheios
do Espírito, também estamos cheios de graça e de
verdade, nossas entranhas estarão cheias de
misericórdia, nosso amor é vivo e verdadeiro. O altar
do sacerdote da nova aliança, ali onde há um ferido, ali
faremos a nossa libação espiritual, nosso culto racional
envolve a vida de sacrifício pelos nossos irmãos. O
cristão redimido deve também ser o sacerdote que tem
o vinho, que significa a purificação, sobre as feridas
abertas pele pecado e pelos agentes demoníacos, o
vinho no Novo Testamento era um agente contra a
infecção, aponta para o sangue de Cristo, o sangue da
nova aliança que foi derramado por nós. o vinho
representa a proteção contra a conseqüência da ação
do inimigo, os que possuem o sangue de Cristo e o óleo
do Espírito Santo, esses são sacerdotes vivos e
combatentes, sacerdotes competentes e responsáveis,
que vivem a vida do Cristo ressurreto, e, estão num
relacionamento correto com Ele para reinarem ao lado
dEle. Homens buscam uma resposta para os anseios
espirituais, buscam paliativos e anestésicos no
materialismo, nas religiões e vãs filosofias, mas veja
Paulo no Areópago, o apóstolo tinha uma resposta aos

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gregos que gostavam da vida intelectual e foram os
arautos da filosofia que influenciou todo o mundo,
Aristóteles e Platão, são alguns exemplos que mais
tarde tornaram-se a força do pensamento do
neoplatonismo, sistema de síntese que começou com
Amônio Saccas e estruturado por Plotino e organizado
por Porfírio. Mas é o cristão quem tem as respostas.
Alguns tentam abrigar os homens feridos pelo pecado
em suas estalagens, mas quem socorre e quem paga as
contas é o bom samaritano, personagem que aqui
representa Cristo, caminho, verdade e vida. Somente a
mensagem cristã tem a resposta adequada e certa para
o homem caído no caminho da vida. Não há respostas
fora do Evangelho, todas as religiões só podem dar
uma resposta limitada e parcial, muitas até mesmo
desviam as almas do caminho que é Cristo, e como no
problema dos judeus, servem de obstáculo, não
entravam no reino da salvação e impediam os outros
de entrarem (Mateus 23:13). O sacerdócio real, que são
todos os salvos, são os luzeiros neste mundo de trevas
espirituais, eles apontam, como a estrela de Belém que
dirigia os magos, que representam os filósofos,
ocultistas, religiosos e todos os perdidos até Cristo,
assim também os sacerdotes da nova aliança conduzem
as almas até Cristo, todo o labor e luta está na ação de
conduzir outros a Cristo e a viver essa vida cristã, pois
é cristã, quando se faz justiça ao termo, cristocêntrica,
absolutamente cristocêntrica, tal qual é a mensagem
dos vinte e sete livros do Novo Testamento, todos os
tipos, sombras e figuras do velho também eram
absolutamente cristocêntricos, o cordeiro da páscoa
tem na sua suma substância o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo. A pedra ferida na

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peregrinação dos Hebreus também era Cristo, o
Amado de Cantares apontava para Cristo, O Messias
sofredor de Isaías apontava para Cristo, todas as
Escrituras colocam Cristo no centro da história da
revelação e tem a sua culminância total quando todas
as coisas tornam-se a congregar em Cristo, assim como
os espíritos voltam para Deus (Uns para juízo e outros
para salvação; Eclesiastes 12:7 com Hebreus 9:27)
assim como tudo no começo era Cristo em Deus, há
também a justa profecia de que todas as coisas tornam-
se a se congregarem em Cristo, e isso acontecerá na
dispensação da plenitude dos tempos como descreve
Paulo em Efésios 1:10.
O sacerdócio real tem essa visão espiritual, eles sabem
qual é a posição do cristão em Cristo, estão unidos ao
cordeiro que é a videira verdadeira, estabelecido está
este sacerdócio universal de todos os santos, e temos
que ter consciência dessa posição, a responsabilidade
do exercício do sacerdócio universal. Que grandes
bênçãos estão dentro dessa verdade maravilhosa,
assunto pouco estudado e pregado hoje em dia. Mas os
eleitos e santos precisam estar cientes de que eles
possuem o sacerdócio real, não devem tomar partido
com o sacerdote da parábola do bom samaritano, mas
ter uma relação com Cristo, nosso Cordeiro Imolado e
ressuscitado, viver a vida espiritual como um pão
partido aos outros, com a oliva esmagada para dar luz
e cura aos outros, como a uva espremido para dar
alegria e razão de vida aos nossos semelhantes, pois a
vida de Cristo, o sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque, também peregrinou pelas pisaduras
das aflições do homem adâmico.

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Um Chamado a Sensibilidade

A parabóla do bom samaritano é um chamado a


sensibilidade, o que isso significa na prática? Primeiro
devemos entender que o presente século mau
dominado por um sistema midiático que promove toda
a sorte de desgraças e violência, dissemina a iniquidade
de modo que, endurece sobremaneira o coração
humano até a medida dele tornar-se frio indiferente e
até sentir prazer com atrocidades e todo tipo de
abominações. Dois personagens se destacam na
parabóla, um levita e um sacerdote, homens que
deveriam representar a sensibilidade humana no seu
grau mais elevado e mais profundo, porém ficaram
extremamente indiferentes frente a um homem
agonizando em feridas. Importa descrever essa cena
em que os expectadores indiferentes diante da desgraça
alheia, se tornam em condições moralmente
deploráveis. Agora podemos observar o drama que
Cristo impõe na parabóla. Você é sensível? Você ainda
experimenta a bem aventurança do choro da
compaixão? Seu coração também sofre das chagas que
se abrem por sofrer a dor dos outros? você chora com
os que choram? Essa é uma era de insensibilidade,
ímpios fazem piadas das desgraças do mundo e muitos
cristãos aplaudem, esse é o século em que o sistema
secular anestesia a consciência dos homens, a
decadência da civilização romana tinha o sinal do
prazer no espetáculo da morte, a humanidade pré-
diluviana assistia indiferente a iniquidade social em
grande escala, e no nossos dias não é diferente. Um

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remanescente de cristãos fiéis precisa fazer a diferença,
viver com espírito de compaixão e sensibilidade,
primeiro para com Deus e então para todas as coisas
horríveis que ocorrem no mundo, bradar com eco forte
o testemunho de que não estão se conformando com o
presente século. Você pode ler tudo isso e mesmo
assim passar de largo para os fatos e continuar nas
sombras da indiferença carregando a fantasia da sua
religião morta, despercebido para com a desgraças que
se abatem sobre o mundo, e o motivo pelo qual age
assim e porque você tem religião sem vinho e sem óleo.
Jesus profetizou sobre o esfriamento do amor em
Mateus 24:2, ele afirmou que seria de quase todos,
você está fora dessa maioria? É hora de despertamos
dessa letargia insensível, os cristãos de Laodicéia
estavam num grau tão avançado dessa lepra da
consciência que não perceberam a ausência da luz do
mundo (Apocalipse 3:20). Um chamado a sensibilidade
para sentir a presença de Deus, ter comunhão com Ele,
sentir o poder da graça e da glória do evangelho, sentir
o peso esmagador das dores do homem e viver a
vocação do chamado de sermos iguais aos anjos
celestiais neste mundo que jaz no maligno.

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O Bom Samaritano e Nós.

Vivemos em um mundo cheio de contradições e


injustiças, então por onde as coisas boas devem
proceder? De mim mesmo! Eu não posso esperar
que os outros façam o bem, quase sempre devo agir
de modo que se algum bem possa ocorrer, deve
partir de mim mesmo, sou eu que devo ter a
consciência responsável, jamais devo esperar isso
dos outros, são as minhas mãos e não as dos outros
que devem alcançar o que está próximo a mim, eu
sou o responsável por fazer com que o bem maior
que espero no mundo parta de mim mesmo,
esperar isso de dos outros é uma ilusão. A maior
parte do mundo vive terrivelmente iludida por
esperar que os outros façam algo de bom pelo
mundo, quando ficam passivos na procrastinação
de cobrar isso dos outros.

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A Identidade do Próximo no Conceito Cristão.

Na antiga aliança o conceito do próximo estava


associado ao nosso semelhante, qualquer um deles que
deveria ter a reputação e a até a vida, protegidas por
nós. (Êxodo 2:13, 16, 17 Levitico 19:13, 15 e 18 etc.) É
um conceito doutrinário de dignidade, equidade e
amor. Frente a esse fato, conseguimos ler a parábola
do bom samaritano com um valor intrínseco na
misericórdia, pois ela é um reflexo da gestão divina na
economia do perdão aos pecadores. É claro que os
valores atribuídos ao próximo pelos escritos mosaicos e
pelo Antigo Testamento estão corretos, e
sem dúvida devem ser aplicados ao nosso cotidiano. a
lição clara da parábola é que devemos prestar auxílio a
quem precisa, o mesmo se dá para quem precisa de
socorro. É responsabilidade de o cristão ter uma vida
espiritual plena a fim de conceder cura para os
espiritualmente feridos. Dentro da parábola,
a vítima sofre as dores físicas e a psicológica e quase
sempre, as feridas da alma, são chagas mais difíceis de
tratar.
Há todo um conjunto de personagens na parábola, os
salteadores, a vítima, o sacerdote, o levita, o
samaritano, o dono da hospedagem. É interessante,
todos são personagens anônimos. Como se
representasse o cenário social normal para qualquer
época, e cada um se identifica com algum deles. Mas há
um que é peculiar, por ser o centro da mensagem, e é

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atribuído somente no fim da parábola, como o
resultado de uma ação digna do homem.
Qualquer leitor que faça uma leitura superficial das
Escrituras onde se encontra a parábola mencionada
entende que o próximo deveria ser a vitima dos
salteadores. De fato, interpretamos na vida cotidiana
esse principio: o próximo é nosso semelhante que
precisa de ajuda, consolo, socorro e apoio. Isso não é
errado, mas a parábola que Cristo fez no discurso não
apresenta a vitima ferida como o próximo. Entender
isso nos leva para a transcendência da compreensão do
discurso do Salvador. Porém, antes, digo que, o
personagem judeu, ferido, caído, desprotegido ocupa
um lugar de destaque e importância na história santa.
Assim a importância dos dois dentro do contexto
da história é muito relevante. Nos versículos 36 e 37
do capítulo 10 de Lucas é feita a pergunta, quem
seriam o próximo da vítima? E a resposta dos judeus
tem a confirmação de Cristo, foi quem usou de
misericórdia do judeu ferido: o samaritano. Assim
concluímos, que; o samaritano é o próximo do ferido e
não o contrário.
O que então aprendemos com isso? Cristo dá o valor
devido ao cristão que é misericordioso, o homem
bondoso não deve ser esquecido, deve ser lembrado e
valorizado. E como isso pode ser de tão grande
importância para os nossos dias? porque vivemos em
uma era de grande egocentrismo, humanismo,
hedonismo e egoísmo. A reação do samaritano é uma
lição de grande resplendor moral e espiritual. Ele é o
próximo de quem não pode andar por si mesmo, não
pode pensar por si mesmo, não pode viver por si

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mesmo, pois está semimorto, está em um estado de
letargia, os ferimentos causados lhe impõe a dura
condição de absoluta dependência do próximo, para se
reerguer da sua condição moribunda.
Hoje em dia, é raro o coração que apresenta um amor
tão puro e verdadeiro que seja capaz de mover-se em
torno da importância suprema de que uma pessoa que
está às portas da morte precisa de grande ajuda, um
ser atribulado pelo esmagar das aflições precisa de
consolo, e vimos na parábola que o samaritano está se
despindo de sua vida para viver na vida do outro, foi
exatamente isso que Cristo fez por nós. Ele pára o seu
viver, a sua marcha é interrompida por um momento,
e então os seus interesses são cancelados e outro
projeto é posto em prática, ele dá seu vinho, seu óleo,
sua montaria, seu tempo, sua atenção, seu amor, seu
dinheiro. Vamos ser realistas, líderes cristãos com
essas qualidades hoje em dia são raros, o mesmo fato se
aplica a cristãos de um modo geral. Olhe para o
sacerdote e o levita, eles passam de largo. Nada pode
ser tão devastador para o testemunho cristão do que
viver uma religião pautada no egoísmo e benefícios
pessoais.
Nós não queremos se envolver com os que vão reduzir
a marcha do processo religioso, nós não queremos algo
que atrapalhe o curso da nossa rotina. Hoje em dia,
quase sempre ouvimos a mensagem motivacional de
conquistar nossos sonhos, não estamos interessados
com quem nos ameaça com prejuízos, queremos ter
vantagens em tudo. Tudo o que mexe com nosso bolso e
tire nossas posses é quase sempre descartado e evitado,
então agimos como levitas e sacerdotes têm nome de

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que estão vivos, mas estão mortos, todas as vezes que
um homem apresenta morte moral isso já é
conseqüência da sua morte espiritual. A condição do
levita e do sacerdote era tão ruim espiritualmente
quanto o judeu ferido fisicamente. A grandeza da ação
do Samaritano é que ele é o próximo do judeu
desfalecido, ele desce, se ajoelha, entra na dor do outro,
doa-se ao outro, ele tem remédio real, socorro real,
compaixão real, amor real, discernimento real, ação
verdadeira, o modelo da vida do samaritano é tocar em
Deus através da ferida de um sofredor, para perceber
na humanidade a imagem de Deus, ainda que
maculada pelo pecado, ainda que potencialmente
desintegrada pela impiedade, há resquícios da
restauração dessa imagem, na medida em que
deixemos que Cristo viva em nós e que a imagem de
Cristo fique impressa na nossa vida cotidiana. O
samaritano nos diz com sua ação, o apelo de sua
conduta verbaliza a verdade de que enquanto existirem
pessoas sensíveis e verdadeiramente cristãs, nosso
mundo ainda pode encontrar alguma esperança,
verdadeiro amor, verdadeira compaixão, verdadeira
justiça, verdadeira equidade.
O samaritano é o modelo do homem cheio de graça,
sem um amor divino derramado no nosso coração pelo
Espírito Santo, não podemos agir com verdadeira
compaixão. A vida de sacrifício cristão é sempre um
doar da vida em prol do outro (I João 3:16). A questão
essencial da vida cristã é o modo como vimos as coisas
a nossa volta. Veja que o sacerdote e o levita viram,
eles enxergaram, mas passaram de largo. O
samaritano também viu, mas cessou a sua marcha
enquanto que os outros se distanciaram, ele se

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aproximou, e quanto mais próximo estamos da dor do
outro, mas vimos a gravidade do seu sofrimento. Essa é
a visão, a primeira coisa que entendemos como vida
espiritual é um olhar para nossa miséria e o olhar de
Cristo para essa condição, e o agir de Cristo para
resolver o problema da nossa condição miserável
conseqüente da queda. Assim, nesse contexto
espiritual, nós também somos homens semimortos a
beira do caminho da vida. A outra visão é horizontal,
de homem para homem. Ajudamos os outros, porque
Cristo nos ajudou, socorremos o outro, porque Cristo
nos socorreu, vamos ao encontro do outro, porque
Cristo veio ao nosso encontro, e agimos de modo a se
compadecer do outro, porque foi exatamente isso que
Deus em Cristo fez por nós.
Sem merecer. Veja que não havia um motivo segundo a
lógica social mundana, de um samaritano socorrer um
judeu, a moralidade adâmica não permite que um
inimigo desprezível seja um socorrista. O toque da
impureza seria incompatível com as feridas de um
eleito, essa seria a base do raciocínio de um judeu que
discriminava um samaritano. A Samaria era outro
mundo, um povo a parte, mas as barreiras foram
quebradas, e o samaritano, representante genuíno de
um homem bom, generoso, compassivo, sensível, justo
e responsável, veio em socorro ao ferido.
Nosso mundo carece de homens bons, a bondade
vestida com o linho da humildade, aquecido pela glória
do evangelho, faz com que um redimido viva uma vida
de sacrifício de amor por honrar a Deus e viver para a
sua glória.

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Que possamos despertar para essas preciosas lições, a
espiritualidade autentica, viver dia a dia, o sacrifício
vivo do amor, não pagar o mal com o mal, o momento
crucial da parábola seria àquela hora apropriada para
um samaritano vingar-se dos judeus, mas o derramar
do amor cuidadoso, revelou que o samaritano estava
num nível acima da humanidade comum, em que nível
nós estamos? Como naquela hora escura da escolha
entre Cristo e Barrabás, a humanidade mostrou o nível
da obscuridade do discernimento precário em que
estavam, quando o verbo que se fez carne estava o lado
de Barrabás, a escolha de uma soltura caiu à Barrabás,
enquanto que ao mais bondoso de todos os homens
coube a sentença terrível da cruz.
Assim nós cristãos, estamos obtendo visão e
discernimento em graça e em verdade para viver a
vida da dor humana, e chorar as dores alheias como
um meio de interagir com o céu e trazê-lo ao mundo?
Que o Senhor abra os nossos olhos, para ver com o
coração, compreender com um juízo equilibrado e agir
debaixo da vontade de Deus e assim viver a vida de
Cristo, tal como se a Ele fosse toda a dedicação da
nossa existência.

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Samaritano

Carrega dentro de ti amor cristão


Complacência da auroral equidade
Como quem cura a dor da alma afligida
Que de Cristo a Seiva Extrai mais vida

Óleo perfumado de afeição ardente


Vinho aromático de graça abundante
Pois que na Videira celeste tu estando
Vai o coração mais amor transbordando

Põe diligencia nessa santa plenitude


Para curar a dor das chagas dos feridos
Com amor tão leve que enche as mãos
É, pois, essa a tua piedosa missão

Quando fraco de dispuser nesse caminho


Mas sendo insistente ser um bom cristão
Atado a vida não puderes ir sozinho
Põe cuidado na alma e trabalhe intercessão.

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“ Cristo é "o caminho, e a verdade, e a
vida". A graça que santifica, bem como a que
justifica, é por Ele e por meio dele. Ele é o caminho
verdadeiro e vivo; e nenhum homem pode obter a
vitória sobre o pecado e ser trazido à união com
Deus, sem Cristo. E quando, em algum sentido
mitigado, podemos dizer que chegamos ao fim do
caminho, sendo trazidos para o redil Divino e
reintegrados à imagem divina, seria realmente
triste se esquecêssemos o próprio caminho, como
Cristo às vezes é chamado. Em cada período de
nosso progresso, por mais avançado que seja,
nossa vida é derivada de Deus por Ele e para
Ele. As almas mais avançadas são as mais
possuídas pelos pensamentos e pela presença de
Cristo.
Qualquer outra visão seria extremamente
perniciosa. Seria arrebatar da fiel vida eterna, que
consiste em conhecer o único Deus verdadeiro e
Jesus Cristo Seu Filho, a quem ele enviou.”

Extraido de: Maxima dos Santos. F. Fenélon

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Autor: Clavio J. Jacinto.
claviojj@gmail.com

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