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novembro de 2018

MÓDULO DE APARELHO RESPIRATÓRIO

SÍNDROME DO DESCONFORTO
RESPIRATÓRIO AGUDO
[B] MD D P T GD

André Fernandes
andre.afernandes811@gmail.com
www.ekos.pt
Símbolos

PERGUNTA DE EXAME

IMPORTANTE

MNEMÓNICA

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MÓDULO DE APARELHO RESPIRATÓRIO André Fernandes


DEFINIÇÃO Embora existam causas não-
cardiogénicas de EAP que não
Também conhecido por Edema Pulmonar não Cardiogénico ou 

sejam SDRA, como o edema do
Edema Pulmonar de Permeabilidade Aumentada pulmão neurogénio ou das
altitudes

Insuficiência Respiratória [hipoxémia]

em resposta a uma agressão recente (<1 semana),

com opacidades bilaterais na imagem de tórax.

Excluir edema cardiogénico e outras causas pulmonares como DPI ou HAD


CLASSIFICAÇÃO

Ligeira Moderada Grave

200 mmHg 
 100 mmHg 
 PaO2 /FiO2


< PaO2 /FiO2 ≤ 
 < PaO2 /FiO2 ≤ 
 ≤ 100 mmHg
300 mmHg 200 mmHg

Sob ventilação (PEEP ou CPAP ≥ 5 cmH2O)


CAUSAS

Agressão Pulmonar 
 Agressão Pulmonar 



ou
DIRETA INDIRETA
1. Sépsis / Choque
1. Pneumonia 2. Trauma grave
2. Aspiração de conteúdo gástrico 3. Pancreatite
4. Urémia
3. Inalação de Tóxicos
5. Grandes queimados
4. Pré-afogamento 6. Transfusões
5. Contusão pulmonar 7. Bypass cardiopulmonar
8. Pós-op
9. Overdose
FISIOPATOLOGIA
Resposta Inflamatória

Danifica endotélio dos


capilares pulmonares

Extravasamento de líquido
rico em proteínas

Acumulação de líquido
no espaço intersticial
e alveolar Shunt / Defeitos V/Q
 Histologicamente
HIPOXÉMIA / HIPERCÁPNIA
Deposição de membranas hialinas
↓ absorção de água do
espaço alveolar Atelectasias Dias depois (~3 semanas) …
Pode ocorrer fibrose pulmonar
Danos ao epitélio Defeitos na produção
(embora muitos doentes recuperem
alveolar de surfatante completamente a fx pulmonar)
DIAGNÓSTICO
Anamnese + EO

Dispneia Taquicárdia

Cianose Diaforese

Taquipneia Fervores difusos


DIAGNÓSTICO
Radiografia de Tórax

Infiltrados alveolares bilaterais difusos.


Como é a radiografia de tórax no edema pulmonar cardiogénico?
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

1. Edema pulmonar cardiogénico


(ao contrário do SDRA, o RxT geralmente apresenta cardiomegália, derrame pleural ou
redistribuição da vasculatura pulmonar)

2. Pneumonia difusa
3. Hemorragia Alveolar


4. Doenças intersticiais pulmonares (ex: pneumonite instersticial aguda)


5. Lesão imunológica aguda (ex: pneumonite de hipersensibilidade)
6. Pneumonite de radiação
7. Edema pulmonar neurogénico
TRATAMENTO
1. Tratar a doença de base
2. Suporte ventilatório e cardiovascular
- Volumes correntes baixos (6ml/kg) Volumes correntes
elevados,
- ECMO mostrou benefício hiperdistensão
pulmonar e
- Bloqueio neuromuscular precoce hiperóxia podem
- Ventilação em decúbito ventral pode 
 agravar SDRA!!
melhorar oxigenação, mas não a sobrevida

3. Assegurar a nutrição
4. Restrição de fluidos / diuréticos (mas evitar hipoperfusão)
5. Evitar complicações (ex: pneumonia nosocomial)
Sem eficácia comprovada
Ventilação oscilatória de alta frequência, corticoides, substituição de surfatante,
antioxidantes
PROGNÓSTICO

A maioria dos doentes que sobrevive (mortalidade 25-50%)

recupera praticamente por completo a função pulmonar

As principiais complicações a longo prazo são:


• neuromusculares
• psicossociais (ex: stress pós-traumático)

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