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O CRISTIANISMO E AS

LEIS NO BRASIL
Alex Chang Jin Tarng

Aquila de Souza Cesario

Eliton Alves Xavier

Jorge Passos Júnior

Gabriel Nascimento de Carvalho

Gilmar Silva Soares Junior

João Lucas Costa dos Santos

Pedro Martins Soares

Simone Helen Drumond Ischkanian


SUMÁRIO

Introdução 05
Judaísmo e Helenismo 05
Igreja Primitiva prescrições das Leis 05
Patrística e as lacunas na Lei 06
A reforma do humanismo Cristão no Direito Natural 06
A contemporaneidade religiosa 07
Principais crenças do Cristianismo 07
Trindade - o Pai, o Filho e o Espírito Santo 07
O pecado original (o pecado contextualiza o Direito Penal) 08
Os principais símbolos do Cristianismo 08
Cruz 09
Peixe 09
Pai Nosso 09
Credo Apostólico 10
Principais festas do Cristianismo 10
Natal 10
Páscoa 10
Os principais ramos do Cristianismo 10
Catolicismo Romano 10
Catolicismo Ortodoxo 11
Protestantismo 12
O calvinismo 12
Do Protestantismo ao Movimento Evangélico 13
O Cristianismo no Brasil e os ramos do Direito 13
O Cristianismo na Constituição brasileira e no Direito Penal 14
A moral e ética cristã é uma influência no Direito 15
A Bíblia na conciliação Judicial e Extrajudicial 16
A Bíblia e o Direito Natural e Positivo 17
Conclusão 18
Referencias 19
RESUMO

O Cristianismo baseia-se na fé em Jesus Cristo e na Palestina. Existem várias


vertentes do cristianismo como o catolicismo, o protestantismo e mais recentemente,
o pentecostalismo. Para os cristãos, Jesus Cristo, é filho de Deus, que se tornou
homem e veio ao mundo a fim de pregar o amor a Deus e ao próximo. Contudo, foi
perseguido e morto pelos romanos, que não aceitavam os seus ideais. Após a morte
de Jesus, os 12 apóstolos - seguidores que haviam recebido a missão de difundir as
ideias de Jesus avançaram pelo mundo com o compromisso de cumprir a sua tarefa.
Sendo reconhecidas, os conceitos propagados ganharam seguidores. Nasce o
Cristianismo, cujo nome vem da palavra Cristo, que quer dizer pessoa consagrada.
Em Roma foi martirizado por Pedro, o discípulo a quem Jesus legou a tarefa de
cuidar da sua Igreja. Ali também foram realizados vários concílios. Desta maneira, a
cidade foi se destacando ao longo dos anos até se tornar sede da Igreja Católica.
Sua doutrina se espalhava pelo Império romano. Como os cristãos se recusavam a
adorar os deuses romanos, começaram a ser perseguidos. Assim, os cristãos se
reuniam escondidos em catacumbas para rezar, até que por volta de 313, o Édito de
Milão proibiu a perseguição aos cristãos. A partir de então, o Cristianismo cresce até
ser transformada religião oficial de Roma. Embora seja possível encontrar algumas
diferenças de interpretações na crença cristã, a maior parte das religiões que
seguem Jesus Cristo acredita que a Bíblia é o livro sagrado e está dividida em duas
partes: Antigo e Novo Testamento. O Antigo Testamento relata acontecimentos
antes do nascimento de Jesus, enquanto o Novo trata dos fatos a partir do seu
nascimento. Há três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) que formam um só Deus.
É a Santíssima Trindade. A volta de Cristo marcará o final dos tempos e uma nova
era no mundo. As principais celebrações cristãs são: o Natal, no dia 25 de
dezembro, quando se celebra o nascimento de Jesus; a Páscoa, quando se
comemora a Ressurreição de Jesus, que teria acontecido 3 dias após a morte de
Jesus na Sexta-feira Santa; Pentecostes, cuja palavra significa 50 dias após a
Páscoa, é recordada a vinda do Espírito Santo sobre os fiéis. Naturalmente, cada
ramo do cristianismo celebra estas datas de maneira específica. Apesar das
diferenças, o cristianismo tem símbolos comuns a quase todas as igrejas. Os
principais símbolos são: a cruz é o maior símbolo cristão, pois segundos os fiéis
foram onde Jesus morreu pela humanidade. O peixe, cujas iniciais em grego
significavam Jesus Cristo, Deus, Filho, Salvador Pão e vinho ou trigo e uvas, que
simbolizam a última ceia de Jesus Cristo. Islamismo e Judaísmo durante a Pré-
História e a Antiguidade, as pessoas praticavam religiões animistas e politeístas. No
entanto, a Bíblia relata que Deus teria revelado a Abraão a existência de um só
Deus, começando assim monoteísmo. Este seria praticado do Oriente Médio e se
espalharia pela Europa. O Cristianismo, tal como o Islamismo e o Judaísmo, é uma
religião abraâmica, uma vez que têm origem em Abraão. Seu surgimento, em ordem
cronológica, é primeiro o Judaísmo, a seguir o Cristianismo e, por fim, o Islamismo.
Ao longo de séculos, a doutrina cristã foi penetrando em várias sociedades e
culturas que tinham sua própria visão sobre certos assuntos com texto do direito, na
teologia e das normas disciplinares. Numa disputa conhecida como o Cisma do
Oriente, em 1054, são formadas a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja
Católica Apostólica Ortodoxa. Anos mais tarde, a igreja católica é novamente
dividida com a Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero. No Brasil e no
Mundo o Cristianismo chegou através de religiosos Hoje, o Cristianismo é a religião
com maior número de fiéis no mundo.

Palavras-chave: Cristianismo, Jesus, Fé, Novas crenças, Igrejas, Bíblia e Símbolos.


INTRODUÇÃO
O cristianismo é a fé em que Deus se revelou em Jesus de Nazaré e que,
por meio deste, a humanidade é presenteada com a possibilidade de viver em plena
comunhão consigo mesma, com o mundo e com Deus.
Em termos técnicos, o cristianismo é uma religião monoteísta que há cerca
de dois mil anos se derivou do judaísmo na região do Oriente Médio. Sua figura
central é a de Jesus, que se acredita ser o Filho de Deus, a encarnação humana da
própria Divindade.

JUDAÍSMO E HELENISMO
O surgimento do cristianismo se deu no contexto da religião judaica e da
cultura helenista.
Jesus foi entendido pelos primeiros cristãos como a pessoa em quem se
cumpriu a promessa Divina (por cuja realização esperavam os hebreus) de um
profeta, sacerdote e rei que possibilitaria ao povo de Israel concretizar a sua
vocação – a de ser o povo por intermédio do qual todas as nações poderiam
conhecer a Deus.
Ao mesmo tempo, os judeus se achavam sob domínio do Império Romano,
que por sua vez tinha por maiores forças intelectuais as ideias importadas do
pensamento grego – àquela altura, repaginadas e debatidas por diferentes escolas,
como o estoicismo, o epicurismo e as várias modalidades de ceticismo
Por um lado, a conjugação de judaísmo e cultura helênica é um dado
fundamental para compreendermos adequadamente o que é cristianismo.

IGREJA PRIMITIVA PRESCRIÇÕES DAS LEIS


Dos vários resultados alcançados por essa abordagem consta a descoberta
de que o desenvolvimento orgânico da religião dos hebreus pode ter manifestado
tendências antissacrificiais que contrastavam com as prescrições da Lei para o
oferecimento de holocaustos.
Qualquer que seja o nível deste contexto historico, o fato é que os primeiros
cristãos (conscientemente continuadores daquele hebraísmo popular) entenderam a
crucificação de Jesus como o ato que a um só tempo concretizou, julgou e redimiu
nosso ímpeto religioso natural.
Ou seja: o legalismo religioso levou ao contrassenso de condenarmos e
sacrificarmos a própria Divindade; mas, exatamente ao cometermos esse que foi o
maior dos pecados, Deus demonstrou a perversidade das ações humanas baseadas
no orgulho e nos concedeu a possibilidade de trilhar um caminho de verdadeiro
amor a ele e ao próximo.
Os efeitos concretos dessa consciência no âmbito da Igreja primitiva (como
se denomina a comunidade cristã do primeiro século) foram o esforço de se exercitar
o auxílio mútuo e a disposição a anunciar a todo o mundo conhecido a boa-nova
(literalmente, evangelho) de que, em Cristo, Deus estava redimindo os seres
humanos.
O relato desse período, cuja principal fonte é o livro de Atos dos Apóstolos,
dá conta de que o cristianismo, sendo visto como uma seita dissidente da religião
judaica foi alvo de grande perseguição política e religiosa.

PATRÍSTICA E AS LACUNAS NA LEI


Os problemas enfrentados pelo cristianismo não foram exclusivamente de
origem externa. Entre os próprios grupos cristãos, surgiam deturpações do ensino
transmitido pelo colégio apostólico, que viriam a se consolidar em doutrinas
heréticas. Nas cartas do Novo Testamento, vemos o combate a ideias como as de
que Jesus não era realmente humano e de que Jesus não ressuscitou
corporalmente de fato. Esses desvios doutrinários eram frequentemente motivados
pela intenção de tornar a mensagem cristã mais palatável aos padrões de
pensamento estabelecidos.
A Patrística foi o período que comportou a atuação dos chamados Pais da
Igreja, pensadores que pela primeira vez trataram de maneira sistematizada as
alegações cristãs – caracteriza-se por escritos polêmicos que alvejavam tanto as
heresias internas como as escolas de pensamento adversas. Isto é: em vez de
abdicar, mesmo que parcialmente, do ensino apostólico, os Santos Padres valeram-
se das críticas vindas do pensamento influente como oportunidades de pensarem
com profundidade sobre os fundamentos do cristianismo. À Patrística se seguiu o
período medieval, durante o qual o pensamento cristão se desenvolveu sob a forma
da Escolástica.

A REFORMA DO HUMANISMO CRISTÃO NO DIREITO NATURAL


O movimento pode ser entendido como um redespertamento agostiniano
entre pensadores cristãos. De um ponto de vista cultural, mais amplo, a Reforma foi
o efeito, sobre o cristianismo ocidental, do Renascimento, vigente na Europa a partir
do século 14. Na visão histórica na linha do Direito Natural, essa tradição
consolidou-se, de um lado, no humanismo secular e, de outro lado, no humanismo
cristão, do qual é expressão a Reforma.
A CONTEMPORANEIDADE RELIGIOSA
Atualmente ramificada em catolicismo romano, catolicismo ortodoxo e
protestantismo, a religião cristã enfrenta novos desafios, e conta com novas
possibilidades, para anunciar a sua mensagem e vivenciar, sempre de novo, o que é
cristianismo.
Desafios e possibilidades que surgem tanto em situações prósperas como
em circunstâncias de privação. Os debates filosóficos e teológicos como na
experiência concreta do cotidiano fincadas na doutrina do Direito têm oportunizado
com direcionamento ético e moral a espiritualidade cristã, estes aparecem como um
elemento essencial a compor um fato ou uma cultura historicamente relevante e isso
nas condições sociopolíticas mais variadas.

PRINCIPAIS CRENÇAS DO CRISTIANISMO

TRINDADE - O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO


Sem dúvida, a doutrina nuclear do cristianismo, que o distingue até mesmo
das demais religiões monoteístas – sendo, portanto, determinante ao investigarmos
o que é cristianismo –, é a afirmação de que a essência de Deus é trina.
Para o cristianismo, Deus não é uma substância autocentrada, mas, antes,
uma Família, uma eterna comunhão interpessoal. Ao mesmo tempo em que é um
ente uno (pois de outro modo se trataria de politeísmo), Deus subsiste em três
diferentes Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Nos termos da metáfora tornada clássica por Santo Agostinho e por Ricardo
de São Vitor: o Pai ama eternamente o Filho, o Filho é eternamente amado pelo Pai
e o Espírito Santo é o amor com que as duas outras Pessoas estão eternamente
seladas.
As ênfases empregadas na descrição da fé trinitária variam conforme as
épocas e as tradições religiosas, mas há uma base permanente para semelhante
crença. A noção fundamental a esse dogma é que o Pai é a perfeita invisibilidade do
Divino, o Filho é a perfeita manifestação do Divino e o Espírito Santo é a perfeita
atuação do Divino no mundo e nos seres humanos.
Mais que uma doutrina entre outras, a afirmação de que a Divindade é triúna
subjaz a todas as crenças cristãs e determina seus contornos.
Por exemplo, a doutrina cristã sobre a origem do universo embute a
especificação de que no Pai está a ideia criadora, no Filho a atividade
concretizadora e no Espírito a comunicação vivificadora, todas igualmente
imprescindíveis para que a realidade se sustente.

O PECADO ORIGINAL (O PECADO CONTEXUALIZA O DIREITO PENAL)


Um corolário da doutrina da Santíssima Trindade é que no fundamento da
realidade está o amor. O que dizer, então, de todo o mal e sofrimento que assolam o
mundo? A resposta cristã consiste em reputar tais adversidades como perversões da
ordem do mundo, essencialmente boa, e em identificar a pecaminosidade humana
como sua causa. O mal é visto, assim, como efeito de um uso inadequado da
liberdade.
Essa explicação é sintetizada no símbolo da queda, segundo o qual a revolta
contra a bondade divina é uma escolha, se bem que certa tendência à rebeldia
compõe a própria estrutura humana.
No Direito Penal a crença em tal inclinação natural à malícia constitui a
doutrina que na Bíblia se chama pecado original. O ser humano é apto a nutrir um
amor infinito, que só está bem empregado quando dirigido a um objeto igualmente
infinito – o que é o mesmo que dizer: a Deus.
A vida de Jesus: nascimento e ressurreição corporal, se na base do
cristianismo está a fé trinitária, em seu centro – como no centro da Trindade – está a
Pessoa de Cristo, o Filho de Deus.
Não é à toa que o título “Cristo” determina o nome desta religião. A maneira
mais concreta de sintetizar o que é cristianismo é defini-lo como a confiança em que
Jesus de Nazaré, reconhecido por seus seguidores como o Cristo (o Messias, o
Ungido), seja o próprio Deus encarnado homem. Ele é, como ensina a doutrina da
Trindade, a perfeita manifestação do Divino, o que significa que é somente por meio
dele que os humanos, habilitados pelo Espírito Santo, podem ver o Pai.

OS PRINCIPAIS SÍMBOLOS DO CRISTIANISMO


Podemos falar sobre símbolos em dois sentidos. O primeiro, mais óbvio, é o
sentido visual: imagens que sinalizam um significado pretendido. O segundo sentido
é conceitual: em nosso caso, trata-se de textos, ou práticas, que sintetizam o que é
cristianismo.
Os símbolos visuais mais conhecidos da fé cristã são a cruz e o ΙΧΘΥΣ
(ICHTHYS, que em grego significa “peixe”). Os símbolos conceituais – ou, mais
exatamente, litúrgicos – também podem ser resumidos em dois: a oração do Pai
Nosso e o Credo Apostólico.
CRUZ - Encontrada tanto sobre a cúpula dos templos como sobre o peito de
muitos fiéis, a cruz é o símbolo mais concreto da religião cristã, ela remete a um fato
objetivo, que foi tornado o acontecimento central dessa fé. De acordo com São
Paulo Apóstolo (2 Coríntios 5,14-15.18-19; Efésios 2,16; Colossenses 1,20), o
sacrifício de Jesus, embora resulte da violência extrema de que é capaz a espécie
humana, é o evento que reconciliou a criação e Deus, por meio do qual a Divindade
oferece paz aos seres humanos. A cruz é a própria imagem do paradoxo, pois ilustra
o cruzamento do eixo horizontal com o eixo vertical. Conforme o cristianismo, a
lembrança da crucificação proporciona o encontro do humano com o Divino. Ela
ensina de uma só vez, o amor a Deus e o amor ao próximo: “a largura, o
comprimento, a altura e a profundidade” do verdadeiro amor (Efésios 3,18).

PEIXE (ΙΧΘΥΣ) – o símbolo do peixe foi utilizado pelos primeiros cristãos


como um código de reconhecimento mútuo. Se uma pessoa desenhasse uma meia-
lua curvada para baixo e outra pessoa completasse o desenho com uma meia-lua
curvada para cima (formando o contorno de um peixe), a primeira saberia que a
segunda também era cristã.
Essa maneira secreta de dizer “Sou cristão” foi muito proveitosa nas
circunstâncias em que a declaração pública disso poderia desencadear represálias.
O peixe também foi inscrito nos túmulos de vários dos cristãos primitivos.
A razão de se usar essa imagem é que “peixe”, em grego, se diz ΙΧΘΥΣ
(ICHTHYS), termo que serve de acrônimo para: Ἰησοῦς (Iēsous) - Χριστός (Christos)
- Θεοῦ (Theou) - Υιός (Yios) - Σωτήρ (Sōtēr) - O que quer dizer: Jesus Cristo, Filho
de Deus, Salvador.

PAI-NOSSO - A Oração do Senhor está registrada em Lucas 11,2-4 e, numa


versão levemente estendida, em Mateus 6,9-13.
Esta última passagem integra o registro
do Sermão da Montanha, e nisso está a
importância do símbolo: ele é o modelo de
oração ensinado pelo próprio Jesus.
O mais importante comentário à Oração
Dominical é o de Santo Agostinho, que a
abordou em sua obra a respeito do Sermão da
Montanha.
CREDO APOSTÓLICO - Uma das mais antigas profissões de fé da tradição
cristã, o Credo Apostólico foi por muito tempo atribuído aos doze discípulos de
Jesus. Hoje se sabe que sua formulação é posterior ao primeiro século, mas ainda
assim se trata de um texto muito fiel ao que foi crido pela Igreja primitiva. Para quem
de fato quer saber o que é cristianismo, mais importante que decorar as palavras do
Credo é viver o que ele ensina.

PRINCIPAIS FESTAS DO CRISTIANISMO

NATAL - Celebra a Encarnação, ou seja, o nascimento de Jesus. No


calendário gregoriano – adotado pela igreja latina e seguido pela maioria dos países,
a data é identificada com o dia 25 de dezembro.
Já no calendário juliano, o Natal é celebrado em 7 de janeiro. Há ainda uma
terceira data, estabelecida pela Igreja Ortodoxa Armênia: 6 de janeiro.
Nessa época do ano, presépios e cantatas representam o evento inspirador
da festa: a Natividade, ocorrida em Belém da Judeia há pouco mais de 2 mil anos.
Celebração que está no cerne da questão sobre o que é cristianismo. O
acontecimento é evidentemente central para a fé cristã e tem servido de fonte
inspiradora a incontáveis criações artísticas e intelectuais.

PÁSCOA - Na Páscoa comemora-se a ressurreição de Jesus, ocorrida,


segundo a tradição cristã, no terceiro dia a contar desde a crucificação. Sua data
varia, no Ocidente, de 22 de março a 25 de abril, e no Oriente, de 4 de abril a 8 de
maio (se contarmos segundo o calendário gregoriano, utilizado pelos ocidentais). Os
cristãos compreendem sua Páscoa como continuação da Páscoa judaica, a qual
celebra a libertação dos hebreus da escravidão no Egito, em 1446 a.C. A palavra
hebraica Pesaḥ (‫ )פֶּ סַ ח‬significa “passar por cima”, e faz menção ao modo como os
hebreus foram imunizados da décima praga do Egito de acordo com o relato da
Torá.

OS PRINCIPAIS RAMOS DO CRISTIANISMO

CATOLICISMO ROMANO - A vertente do cristianismo sediada em Roma é


dita católica porque preserva a vocação da fé à universalidade (katholikos, em
grego, significa universal) e é dita apostólica porque afirma que os seus bispos são
os continuadores legítimos da sucessão apostólica, iniciada pelos discípulos
imediatos de Jesus.
O bispo de Roma é também o papa, autoridade máxima da Igreja, em
comunhão com o qual estão todas as igrejas particulares que se podem dizer
integrantes da Igreja Católica Apostólica Romana.
Como apostolicidade e catolicidade estão conjugadas e são, de fato,
igualmente essenciais para determinar o que é cristianismo, a homogeneidade
administrativa e confessional da Igreja Católica não impede que haja nela uma
pluralidade litúrgica e até mesmo doutrinária.
Ao redor do mundo se congregam aproximadamente 3 mil sés episcopais,
entre as quais há a adoção de mais de 20 ritos particulares, que são diferentes
maneiras de conduzir a celebração da missa e de administrar os sacramentos. Os
ritos latinos, no entanto, correspondem à prática da esmagadora maioria das igrejas
católicas.
O caráter plural (ao mesmo tempo que uno) do catolicismo romano é
também conferido na diversidade de ordens e congregações em que se reúnem
seus clérigos e alguns de seus leigos. Normalmente inspirados em diferentes
pensadores e místicos, esses institutos de vida religiosa refletem a riqueza da
tradição católica.

CATOLICISMO ORTODOXO
O catolicismo ortodoxo se distingue, contudo do catolicismo romano por
certas doutrinas e práticas que o cristianismo do Oriente considerou, no decurso dos
séculos, mais próximas ao espírito dos cristãos primitivos.
O cristianismo ortodoxo constitui-se, assim, da religiosidade desenvolvida
sob o Império Bizantino. Não se organiza, como o catolicismo romano (herdeiro do
chamado Império Romano do Ocidente), pela submissão das igrejas particulares a
uma diocese superior.
As dioceses autônomas que se reúnem sob a Igreja Ortodoxa atribuem ao
patriarca de Constantinopla uma primazia honorária, mas não uma superioridade
administrativa.
A infalibilidade papal, assim como a Imaculada Conceição de Maria, e na
verdade todos os dogmas proclamados do Concílio de Constantinopla IV (870) em
diante, são rejeitados pelos cristãos ortodoxos, que só reconhecem a legitimidade
dos sete primeiros concílios gerais, de Niceia I (325) a Niceia II (787).
Uma discordância teológica mais antiga diz respeito à interação do Espírito
Santo com as demais Pessoas da Trindade. Enquanto para o cristianismo ocidental
o Espírito procede do Pai e do Filho, para o cristianismo ortodoxo o Espírito procede
exclusivamente do Pai. Outras diferenças notáveis em relação ao catolicismo
romano abrangem a aceitabilidade do divórcio e a atenuação da regra do celibato
dos clérigos. De maneira geral, a Ortodoxia se caracteriza por uma postura menos
intelectualista e mais voltada à piedade. Em relação às ciências e à cultura, essa
vertente do cristianismo adota uma atitude de neutralidade, presumindo que a fé
compõe um âmbito de vida autônomo.
O catolicismo ortodoxo é amplamente conhecido por sua tradição pictórica,
com ícones que, além da beleza, comunicam grande significado. De fato, o papel
litúrgico e didático das imagens é valorizado pelo cristianismo ortodoxo tanto quanto
a própria Escritura.

PROTESTANTISMO
O cristianismo protestante é o resultado da Reforma havida no século 16. O
evento habitualmente considerado inaugurador dessa fase da Igreja é a divulgação
das 95 teses de Martinho Lutero em 31 de outubro de 1517.
As reivindicações centrais dos primeiros protestantes foram resumidas,
décadas após o início do movimento, nos chamados cinco solas: sola fide (somente
a fé), sola Scriptura (somente a Escritura), solus Christus (somente Cristo), sola
gratia (somente a graça) e soli Deo gloria (glória somente a Deus). Do ponto de vista
teológico, a reclamação focal entre as erguidas pelos reformadores é que a
redenção humana deveria ser entendida como uma pura oferta graciosa de Deus, à
qual cabe ao ser humano simplesmente responder com fé. Dessa alegação foram
inferidas consequências ainda mais contundentes por outro reformador, atuante na
Suíça: João Calvino.

O CALVINISMO
O calvinismo, corrente inspirada em suas ideias, tem sido resumido em cinco
lemas soteriológicos (ou seja, que dizem respeito ao modo como Deus salva os
seres humanos): depravação total, eleição incondicional, expiação limitada, graça
irresistível e perseverança dos santos. Um desdobramento tardio da Reforma foi o
ocorrido na Grã-Bretanha, que deu origem ao anglicanismo.
Congregando a Igreja da Inglaterra e outras denominações afiliadas, essa
vertente cristã preserva muito da liturgia católico-romana, porém adota a perspectiva
teológica protestante. Face aos ramos derivados da Reforma, promove, também
neste caso, um meio-termo – nomeadamente, entre luteranismo e calvinismo.Sua
principal diocese é a da Cantuária (ou Canterbury), as diferentes igrejas da
Comunhão Anglicana contextualizam um hábito que também unifica a comunidade
anglicana ao redor do mundo é o emprego litúrgico do Livro de Oração Comum.
DO PROTESTANTISMO AO MOVIMENTO EVANGÉLICO
No século 20 o movimento evangélico surge e se destaca por enfatizar a
importância da conversão individual e da piedade pessoal – incentivando seus
adeptos particularmente aos hábitos da leitura da Bíblia, da oração e do
evangelismo. Intimamente atrelado ao evangelicalismo é que se tem desenvolvido o
movimento pentecostal, vertente cristã que mais se expande na atualidade.
Sua alegação característica é que continua sendo possível vivenciar as
manifestações sobrenaturais que a Bíblia relata terem sido experimentadas pelos
primeiros cristãos, e que esses dons permanecem relevantes na atividade
evangelística assim como na edificação dos fiéis.
No Brasil, algumas das denominações protestantes mais expressivas são a
Igreja Luterana, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, a Igreja Batista e a
Assembléia de Deus, que por sua vez estão organizadas em diferentes convenções
ministeriais.

O CRISTIANISMO NO BRASIL E OS RAMOS DO DIREITO


Segundo dados do IBGE no último censo (2010), os Cristãos representam
86,8% da população brasileira, incluindo católicos (64,6%) e evangélicos (22,2%)
(Azevedo, 2012). Este número representa um impacto muito forte do Cristianismo na
cultura brasileira, o que se manifesta em todos os aspectos da vida. Com o direito
não é diferente. Há inúmeros reflexos, diretos ou indiretos das concepções Cristãs
sobre o direito civil, direito penal, direito constitucional, direito tributário, direito
ambienta, enfim, em quase todos os ramos do direito material.
A principal consequência desta influência é que muitos dos valores
expressos na principal fonte do Cristianismo: a Bíblia encontram correspondências
nas principais fontes do direito brasileiro. Um dos principais valores do Cristianismo
é, por exemplo, o de amar ao próximo como a si mesmo. Este valor/princípio
encontra uma correspondência, no direito constitucional com o princípio da
dignidade da pessoa humana e com alguns subprincípios que lhes são correlatos,
como os da solidariedade, do respeito ao próximo e a coisa pública, da
sustentabilidade, entre outros.
Os reflexos deste mesmo valor podem repercutir em várias discussões nas
quais o direito constitucional, o direito penal ou outros ramos do direito seja a
principal tônica. Cite-se como exemplo discussões acerca do aborto, em todas as
suas modalidades, estágios, origens ou finalidades. Seria tolerável, à luz do
Cristianismo, a prática do aborto? Será que em alguma hipótese, à luz do
Cristianismo, o aborto seria aceitável ou recomendado? Discussões como estas
podem não encontrar a resposta, de forma direta e incontestável no direito escrito,
mas certamente será objeto de discussões e reflexões jurídicas à luz de outras
fontes do direito, em especial os princípios gerais do direito, os quais recebem forte
carga e influência de valores Cristãos.

O CRISTIANISMO NA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA E NO DIREITO


PENAL
No que concerne aos tipos de crimes o Direito Penal pode ser
contextualizado nas perspectivas das Tábuas da Lei a Constituição do Brasil está
em consonância as fundamentações de tal documento, os Códigos e Leis Penais em
todo mundo, tipificam como crime algumas condutas que já eram reprováveis e
abomináveis no Texto Bíblico, como a prática do homicídio, do infanticídio, do
aborto, do furto, do roubo, do estupro, da calúnia, da difamação, da injúria, da
ameaça, entre outros.
A Bíblia, no livro de Êxodo, capítulo 20, dispõe sobre os dez mandamentos
que Deus entregou a Moisés, entre os quais estava os seguintes: não matarás, não
furtarás, não dirás falso testemunho contra o teu próximo, não cobiçarás a casa do
teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua
serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
Vale lembrar o que dispõe o livro de Provérbios, capítulo 3, versículo 29:
"Não acuse alguém sem motivo e ele não fez nenhum mal a você". Estas não são as
únicas raízes do direito presente na Bíblia. Ao longo de quase todo o Texto Bíblico,
valores e princípios sagrados do Cristianismo se colocaram como a base do direito
do mundo ocidental, com reflexos em vários ramos do direito.
A Bíblia narra ainda um evento que teve a participação de Jesus, quando
este foi questionado se os judeus deveriam pagar impostos aos Romanos, que
dominavam a região, com seu Império. Ao que Cristo respondeu com uma pergunta:
de quem é a face que está cunhada na moeda? Responderam: a de César
(Imperador Romano). Então disse Jesus: deem a César o que é de César (o tributo)
e a Deus o que é de Deus. Estava lançada a base do direito constitucional-tributário
(e direito fundamental) de pagar tributos, enquanto princípio, que se levanta como o
fundamento não só do direito tributário brasileiro, mas do direito tributário mundial.
O livro sagrado (a Biblia) também dispõe de valores ambientais, que servem
ao direito ambiental, como o que impõe ao homem administrar corretamente o
ambiente, concedendo o descanso para a terra, depois de seis anos de cultivo
(Levítico 25:4).
No que tangem ao direito civil, muitas são as aplicações de princípios e
valores cristãos. Vão desde o direito de respeitar o próximo (e todos os seus bens),
os direitos de vizinhança, o direito ao casamento, os contratos e obrigações, a
responsabilidade civil até o direito das coisas.

A MORAL E ÉTICA CRISTÃ UMA INFLUÊNCIA NO DIREITO


Como ensina Nalini (2015, págs. 131-132) a chamada civilização ocidental
ainda é conhecida como civilização cristã. Os valores sobre os quais ela se erigiu
são aqueles fornecidos pelo Cristianismo, nutrido em sólida tradição judaica.
Concorde-se ou não com o asserto, a civilização de que o Brasil se abebera é de
inspiração nitidamente cristã. Segundo Nalini, autores cristãos, em todos os tempos
produziram consistente material no pensamento filosófico. Eles formularam uma
verdadeira filosofia cristã, da qual se extrai a moral cristã, na concepção de que a
moral é parte integrante da filosofia.
A ética Cristã influenciou e ainda influencia, de forma marcante, o direito e a
hermenêutica jurídica no Brasil. O brasileiro é um povo muito religioso e, mesmo que
não tenha incorporado todos os valores e princípios Cristãos, incorporou muito a
tradição e a liturgia Cristãs. Estes valores terminaram por cunhar um perfil no povo
brasileiro, tendo-o influenciado em uma tradição puritana que perdurou até (mais ou
menos) o término da segunda guerra mundial, a partir de quando passou a haver
flexibilizações de alguns valores familiares tradicionais, subindo-se em escalada ao
estágio de flexibilizações e mudanças de visões de mundo que se observa nos dias
de hoje.
Vale destacar a lição de Nalini (2015, pág. 134), quando afirma que a
primeira fonte da moral cristã é a Bíblia, conhecida por todo o universo cristão como
as Sagradas Escrituras. Deus é o ideal supremo a ser imitado pelo homem, a mais
especial de suas criaturas. Criado por um sopro divino, o homem adquire uma
dignidade própria e passa a ser considerado filho de Deus, feito por Este à Sua
imagem e semelhança. Este autor chama a atenção para a sólida contribuição do
Cristianismo para a universalização dos direitos humanos. Destaca que a partir do
reconhecimento de que todos os seres pensantes são filhos de Deus, não faz
sentido qualquer discriminação ou preconceito. Quando se introjeta o pensamento
de que o mero fato de se nascer como integrante da espécie humana confere um
selo de dignidade a cada criatura, torna-se mais fácil repudiar qualquer traço de
desigualdade entre os homens.
A ética que decorre da Bíblia não é apenas direcionada aos cidadãos em um
Estado, mas também para os gestores, administradores públicos, legisladores.
Vejamos o que dispõe o livro de Isaías, Capítulo 10, versículos 1 e 2: "Ai daqueles
que fazem leis injustas, que escrevem decretos opressores para privar os pobres de
seus direitos e da justiça os oprimidos do meu povo, fazendo das viúvas sua presa e
roubando dos órfãos". Fazer leis justas constitui um dos objetivos de um Estado que
se afirma ser uma República. A etimologia da palavra República, Res
Publicae sugere um modelo de administração que deve estar pautado em princípios
como os da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência, assim
como dispõe o artigo 37, caput, do Texto Constitucional. A ideia que subjaz a todos
estes princípios é que valores (valores-princípios) como a igualdade e
proporcionalidade estão na base de tudo e que estes são indispensáveis para a
fruição de outros princípios, tais como os da dignidade da pessoa humana, da
solidariedade e da equidade. Além do que, servem à realização de objetivos da
República Federativa do Brasil, como o da redução das desigualdades sociais, o da
erradicação da pobreza e o da redução das desigualdades regionais.
Como recorda Paes (1997, págs. 35-36), Paulo afirmou que nem tudo que é
lícito é honesto (non omne quod licet honestum est), mostrando a diferença entre
Direito e Moral. Moral e Direito tem em comum: uma base ética, uma idêntica
origem, pois ambos são regras de conduta e comportamento; ambos têm por escopo
o bem-estar dos indivíduos. Mas divergem em alguns pontos: o campo da Moral é
mais amplo (a frase supra de Paulo bem ressalta isto); o Direito tem coação e a
Moral é incoercível. Ainda as diferenças: o Direito objetiva evitar que se prejudique
ou lese a outrem, e a Moral visa à abstenção do mal e prática do bem.

A BÍBLIA NA CONCILIAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL


Até mesmo sobre conciliação a Bíblia trata, sabe-se que o Novo Código de
Processo Civil tenta inserir no Brasil uma cultura da conciliação, tanto judicial como
extrajudicial. Os meios alternativos de solução de conflitos por meio da mediação e
da arbitragem é um dos objetivos a serem alcançados, deixando à cargo da decisão
judicial apenas os casos extremos.
Esta ideia já estava expressa na Bíblia há aproximadamente 2.000 anos,
como se observa no livro de Mateus, capítulo 5, versículo 25: "Concilia-se com o teu
adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o
adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na
prisão".
Vê-se muito nos dias de hoje o amor das pessoas pelo próximo (seu
semelhante) se esfriando cada vez mais. As pessoas não dialogam para resolverem,
elas mesmas (através da conversa), os seus problemas. O perdão, um dos
principais mandamentos/valores Cristãos, está cada vez mais raro de ser liberado
nas relações interpessoais de nossa 'estressada' sociedade. Muitas pessoas, diante
de barreiras que elas próprias construíram, não vêm outra alternativa senão levar
todos os seus problemas ao Judiciário. Muitas destas situações são pequenas e
poderiam ser resolvidas através de um diálogo, direito ou mediado entre quem se
considera lesado e aquele apontado como o autor da lesão. No entanto as pessoas
acabam preferindo travar o diálogo inicial já perante o Juiz.
A Bíblia nos ensina a perdoar e amar ao próximo. Sei que em muitos casos
isto pode ser muito difícil. No entanto os frutos que se colhem para o espírito (paz de
espírito, paz interior) em decorrência de um perdão liberado e/ou de um acordo
celebrado é muito mais apto a gerar paz no seio do indivíduo e da sociedade do que
uma sentença condenatória, que deveria ser para os casos mais complexos e de
difícil solução.

A BÍBLIA E O DIREITO NATURAL E POSITIVO


A relação entre a Bíblia e o direito natural e o direito positivo, é muito
estreita. Como ensina Paes (1997, pág. 65), a ideia de um direito natural superior ao
direito positivo preocupou muito os homens, desde priscas eras. Este direito, o jus
naturale, é um conjunto de regras e princípios justos, que a natureza
espontaneamente confere ao homem.
A natureza não é criadora por si mesma. Há de existir uma ordem no
universo e no seio de cada criatura e cada criação. Neste sentido, discorda-se do
autor suso referido quando este afirma que a natureza confere princípios justos ao
homem. Não é a natureza que confere princípios e valores ao homem, pois a
natureza é criação, assim como todos os seres. Só pode conferir tais atributos de
justiça aquele que criou todas as coisas. Eis que nesse entendimento, o Criador é a
fonte de todos os princípios que compõem o direito natural. Se há no ser humano
um senso de justiça que decorre de regras não escritas é porque está no DNA do
homem genes de seu Criador
O direito natural teve notável desenvolvimento na época medieval com
Santo Tomás de Aquino. Para o tomismo, a lei deve ser honesta, justa, possível e
conforme (o assunto foi desenvolvido na Suma Teológica). Eis mais uma
contribuição do Cristianismo à evolução do direito enquanto ciência (PAES, 1997,
pág. 68).
CONCLUSÃO
Este maravilhoso passeio pela história do Cristianismo nos permitiu
deslumbrar projeções significativas em valores. Mas justamente o desconhecemos
porque as instituições e os hábitos culturais, com o passar dos séculos, perdem, a
nossos olhos, a vivacidade da fé religiosa.
A ligação entre Direito e o Cristianismo, citando, para cada situação, um
texto Bíblico correspondente a ideia de mostrar a grande contribuição do
Cristianismo para a edificação do direito brasileiro que, apesar de suas limitações (a
limitação é parte integrante da natureza humana), apresenta-se como bem
estruturado e impregnado de valores que satisfazem as ideias-valores-princípios tais
como os: a) da dignidade da pessoa humana; b) da cidadania; c) da
solidariedade/fraternidade; d) da moralidade; entre outros.
A influência do Cristianismo contextualiza o direito mundial, sobre a moral e
ética (inclusive a ética jurídica) que se aplica à realidade mundial. O amor, enquanto
valor, incluindo o dever Cristão de amar ao próximo, é raiz para o desenvolvimento
de todos os princípios que objetivam gerar o bem-estar que fundamenta a ideia de
um Estado de Direito, ou seja, de um Estado que tem por finalidade proteger seus
cidadãos de excessos praticados pelo Estado e de violações de direitos cometidos
por outros cidadãos. Quem ama ao próximo não aplica injustamente o direito, não
elabora leis injustas, não agride o seu semelhante, enfim, não visa a destruição do
próximo (destruição material ou psicológica de seu semelhante).
Quanto aos erros do sistema jurídico no mundo, estes decorrem da própria
natureza humana. No entanto, podem ser corrigidos. O arrependimento que se tem
sobre a prática do mal é a raiz da mudança, sobre a mal crescerá uma 'nova planta',
que por sua vez produzirá novos frutos, entre os quais frutos de paz, frutos de justiça
e frutos de alegria. Esta ideia está expressa na Bíblia como trazer o Reino de Deus,
que Jesus anunciou em seu ministério, para a nossa realidade terrena.
O cristianismo congrega uma pluralidade de tradições, ensinamentos e
símbolos que fazem dele um depósito inesgotável de riquezas. Assim, refletir sobre
o seu significado é um exercício tão desafiador quanto fascinante!
São dois mil anos de história, todos eles repletos de realizações – ao lado, é
claro, de hesitações – civilizacionais, intelectuais e espirituais.
REFERÊNCIAS
CORBIN, Alain (org.). História do Cristianismo. São Paulo: Editora WMF Martins
Fontes, 2009.

BÍBLIA SAGRADA. Nova Versão Internacional. Niterói: BV Books, 2014.

GIBBON, Edward. Declínio e queda do Império Romano. São Paulo: Companhia


das Letras, 2005.

NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 12. ed. São Paulo: Editora Revista
dos Tribunais, 2015.

PAES, P. R. Tavares. Introdução ao estudo do direito. 2. ed. São Paulo: Editora


Revista dos Tribunais, 1997.

PRANDI, R. Religião paga, conversão e serviço. São Paulo: Novos Estudos, 1996.

Vídeos:

Em uma Europa devastada por guerras


religiosas, nos tempos da REFORMA
PROTESTANTE, um garoto de apenas 12
anos de idade, filho de Klaas, dono de
uma gráfica vive uma vida pacata
contextualizada no catolicismo. Porém
Klaas (seu pai), por está inconformado
com os rumos da igreja, inicia a
impressão de obras de literatura proibidas
pela igreja. Denunciado Klass é pego pela
INQUISIÇÃO, que está buscando por
uma carta perdida escrita por MARTINHO
LUTERO. O menino Storm inicia uma
aventura com a carta escrita por
MARTINHO LUTERO.

Autores do resumo do filme: Alex Chang Jin Tarng, Aquila de Souza Cesario, Eliton Alves
Xavier, Jorge Passos Júnior, Gabriel Nascimento de Carvalho, Gilmar Silva Soares Junior,
João Lucas Costa dos Santos, Pedro Martins Soares e Simone Helen Drumond Ischkanian

EM BUSCA DA CARTA PROIBIDA


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TXnCpe0Txec
Acesso em 18 de maio de 2022

CRISTIANISMO
https://www.youtube.com/watch?v=TXnCpe0Txec
Acesso em 23 de maio de 2022

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