Comparecem os Policiais Civis acima qualificados, integrantes da equipe de chefia desta
Especializada, noticiando que em cumprimento ao mandado de prisão preventiva c.c. mandado de busca e apreensão, expedido nos autos da cautelar nº 1500226-56.2022.8.26.0002, da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Foro Regional de Santo Amaro, se dirigiram ao endereço retro a fim de dar cabal cumprimento. Lá chegando, foram recepcionados por MESSIAS, que negou possuir arma de fogo. Contudo, em buscas pelo imóvel, lograram êxito em localizar a arma de fogo escondida no interior do forro de uma cama box, Trata-se de uma pistola .380, marca Taurus, cromada, com numeração suprimida, municiada com um projétil íntegro. Diante dos fatos, deram voz de prisão a MESSIAS em cumprimento ao mandado e, diante da situação flagrancial, pela posse de arma de fogo sem autorização legal, o conduziram a esta 6ª Delegacia de Defesa da Mulher para os trâmites legais. . Assim que tomou conhecimento dos fatos, esta Delegada de Polícia deliberou pelo registro dos fatos e passou a ouvir todos os envolvidos. . Os Policiais Civis foram ouvidos em termo. . Após ser cientificado dos seus direitos constitucionais, dentre os quais o de se manifestar apenas em juízo, constituir advogado e avisar um familiar a respeito da sua prisão e o local em que se encontra, passou-se ao interrogatório do indiciado. MESSIAS WAGNER DE SOUZA PINTO afirmou que não tinha advogado a constituir, apresentando o telefone de sua mãe MARIA para avisar sobre sua prisão e o local em que se encontra (11) 995302966. Sobre os fatos, mesmo ciente da possibilidade de permanecer em silêncio, resolveu apresentar sua versão dos fatos, respondendo que ……….. . Deste modo, verifica-se que prova da materialidade e indícios suficientes de autoria, devidamente demonstrada através da apreensão da arma de fogo e das oitivas coligidas. . Após audiência de apresentação e garantias (CPP, art. 304 e CADH – Decreto 678/92, art. 7.5), examinadas as versões e demais elementos amealhados, a Delegada de Polícia exarou sua decisão e convicção jurídica (CE/SP, art. 140, parágrafo 3º, e Lei 12.830/2013, art. 2º, parágrafo 6º): . Nesta etapa urgente de cognição sumaríssima, entendo configurado o estado flagrancial (CPP, art. 302, I), reputo que a fundada suspeita, juízo técnico-jurídico de probabilidade consubstanciado nos elementos de autoria e materialidade delitivas, emergem sobretudo do auto de apreensão da arma de fogo e das versões coligidas. Destarte, reputo que a conduta se amolda à figura típica prevista no artigo 16, §1º, inciso IV, da Lei 10.826/03, razão pela qual decreto a PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO e determino o formal indiciamento do agente, com entrega da correspondente nota de culpa. A pena privativa de liberdade máxima cominada em abstrato suplanta o patamar de quatro anos, inviabilizando a concessão de fiança em solo policial. Depois, considerando a gravidade em concreto do crime (o indiciado utilizou a arma de fogo apreendida para ameaçar a vítima TAYMARA SOUSA DO NASCIMENTO, sua ex-companheira, fato que gerou a expedição do mandado), vislumbra-se a presença dos fundamentos para a sua conversão em prisão preventiva, consubstanciados na garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal. Destarte, com fulcro nos artigos 13, inciso IV, 312, 313, inciso I e 324, inciso IV, todos do CPP, deixo de arbitrar a fiança e REPRESENTO, neste ato, pela CONVERSÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA, segregando-se o indiciado, com entrega da respectiva nota de culpa e devidas comunicações e cerimônias legais. Juntem-se oitivas e documentação integrantes deste auto. Instaura-se Inquérito Policial. Nada mais havendo, determinou a Autoridade o encerramento deste, devidamente assinado. . A arma de fogo foi apreendida em auto próprio. . Foi dado cumprimento ao mandado de prisão preventiva, realizando-se a captura de MESSIAS. . Nada mais.