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Curso: LGPD Serpro

Podcast LGPD Serpro - episódio 6

Tema: Tratamento de dados pessoais de crianças e idosos


Convidado: Ulysses Machado

Márcio Lopes: ​Ulysses, a LGPD traz alguma especificidade para o caso de tratamento de
dados de crianças ou de idosos?

Ulysses Machado: ​O que existe de específico na Lei Geral de Proteção de Dados em


relação a crianças e adolescentes é que, na hipótese de seus dados serem tratados com
base em consentimento, esse consentimento deve ser o consentimento do pai ou do
responsável pelo menor, basicamente isso. Há outras disposições legais, importantes
também, mas esse é o núcleo do capítulo específico de crianças e adolescentes na LGPD.
Uma das críticas que faz a essa disposição é que a LGPD não diferenciou muito criança de
adolescente. Ela tratou de forma plana a necessidade de consentimento paterno ou do
representante legal, nas hipóteses de consentimento. Claro que as outras vão ser tratadas
na sua especificidade: a execução de contrato, a representação do menor é aquela
ordinária estabelecida no ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente.
Outra crítica que se faz é que a verificação da veracidade desse consentimento do
responsável não ficou bem tratada na Lei, como ficou tratado no COPPA, que é a lei Norte
Americana correspondente a essa disposição relativa a dados de menores. Na nossa Lei
isso ficou tratado pelo critério do “razoável esforço” por parte de quem é obrigado a
identificar se há esse consentimento paterno.
Já os idosos não têm um tratamento diferenciado. A lei apenas prevê - e a ANPD tem entre
suas atribuições - garantir que o tratamento desses dados de idosos seja efetuado de
maneira simples, clara, acessível e adequada a sua compreensão.

Márcio Lopes:​ Obrigado, Ulysses! Até o próximo podcast.

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