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Marcos Carnaúba 1/3

Engenheiro Civil Consultor


CREA 3034-D-PE/FN

5-Furos e aberturas em elementos de concreto armado (2)


NBR 6118 – 2003

B)-Vigas: 13.2.5-Quando previstos furos e aberturas seus efeitos na


resistência e na deformação devem ser verificados, e não devem ser
ultrapassados os limites previstos na Norma, obedecido o disposto em 21.3 –
Furos têm dimensões pequenas em relação ao elemento estrutural, enquanto
as aberturas não. Um conjunto de furos próximos deve ser tratado como uma
abertura.
a) Tipos mais comuns de furos e aberturas na direção da largura.

Figura 1 - Vigas Figura 2 - Paredes


e vigas - parede

 12 cm e
12cm e h/3
h/3
h h
2h 2h 2h 2h

 ( 5 cm e 2 vezes o cobrimento da face ) normal

prejudicial

Vigas – imposições da Norma (13.2.5; 21.3)


 Em qualquer caso a distância mínima do furo à face mais próxima deve ser de
5cm, ou de duas vezes o cobrimento nessa face.
 A seção remanescente, descontada a área ocupada pelo furo, deve ser capaz de
resistir aos esforços previstos no cálculo, além de permitir uma boa concretagem.
 Para dispensar a verificação devem ser respeitados, simultaneamente, todos os
condiçionantes que constam da Figura 1:
 a)-furos em zona de tração distantes no mínimo 2h da face do apoio.
 b)-dimensão máxima do furo de 12 cm e h/3.
 c)-distância de no mínimo 2h entre as faces de furos, no mesmo tramo.
 d)-cobrimentos suficientes e o não seccionamento de armaduras.
NOTE:-a prática recomenda, sempre que possível, inserir os furos na vizinhança da linha
neutra, em zonas tracionadas de cortante pequeno. Em zonas de cortante alto manter, na
alma, as bielas de compressão importantes ou pórticos fechados rígidos – Figura 5

Paredes e Vigas-parede – recomendações (21.3.2)

 Quando as aberturas se localizarem em regiões pouco solicitadas e não


modificarem signitivamente o funcionamento do elemento estrutural, basta inserir
armaduras de compatibilização da abertura com o conjunto. Em caso contrário
deve ser adotado um modelo específico de cálculo para o caso em questão,
baseado, por exemplo, no método dos elementos finitos ou de bielas e tirantes.
Figura 2.

R. Desp. Humberto Guimarães, 587–Ed. Solar de Greenwich – ap.601.Ponta-Verde, CEP. 57035-030


Tel. (082) 3231.3232 – Fax. 3231.2121 – Cel. 9981.6748 - e-mail: marcarnauba@gmail.com
Maceió – Alagoas – Brasil
Marcos Carnaúba 2/3
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b)-Furos que atravessam as vigas na direção da altura (21.3.3)

Figura 3 - Vista superior  5 cm


 2 vezes o cobrimento

Furos com diâmetro   bw/3

bw

Espaçamento  5 cm e 2 vezes o cobrimento

Figura 4 - Vista superior

Estribos entre faces, e verificação de cálculo, obrigatórios

bw

 As aberturas em vigas, contidas no seu plano principal, como furos para passagem de
tubulação vertical nas edificações, não devem ter diâmetros superiores a 1/3 da
largura bw nas regiões dos furos. Deve ser verificada a redução da capacidade
portante ao cisalhamento e à flexão na região da abertura - Fig. 3 e Fig. 4
 A distância mínima de um furo à face mais próxima da viga deve ser no mínimo igual a
5 cm e duas vezes o cobrimento previsto nessa face. A seção remanescente nessa
região, tendo sido descontada a área ocupada pelo furo, deve ser capaz de resistir aos
esforços previstos no cálculo, além de permitir boa concretagem.
 No caso de ser necessário um conjunto de furos eles devem ser alinhados e
separados, entre faces, de no mínimo 5 cm ou o diâmetro do furo, e cada intervalo
deve conter, pelo menos, um estribo. Atentar para o cobrimento de todas as barras.
 No caso de elementos estruturais submetidos à torção esses limites devem ser
ajustados de forma a permitir um funcionamento adequado.

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c)-Furos – arranjos de armaduras - Leonhardt

Posição de bielas de compressão

V pequeno

Reforço com cavaletes Reforço com barras

≥ 5 cm ℓ
m

m
≤ 2h ≥h

Critérios para dimensionamento


1-dimensionar à flexão considerando a seção cheia em m-m.
m 2-forças normais nos banzos (partes sombreadas, acima e
abaixo das aberturas): (-)Nd=Fd= Mm/z (z=distância inter
Ndsuperior eixos dos banzos).
3-sendo Vdm a força cortante total, o banzo superior,
Vdsuperior comprimido, absorve Vdsuperior = (0,8 a 0,9) Vdm; o banzo
z inferior, tracionado (Estádio II), absorve Vdinferior = (0,20 a
Ndinferior 0,10) Vdm.
Vdinferior 4-os banzos devem ser dimensionados à flexão composta:
Mmsuperior=± Vdsuperior x ℓ/2; Mminferior=± Vdinferior x ℓ/2.
m 5-dimensionar armadura de suspensão para 0,8 Vdm a inserir
junto à abertura no lado mais afastado do apoio; no lado mais
próximo do apoio inserir 1 a 3 estribos.
6-em vigas grandes dispor barras inclinadas nos vértices dos
cantos reentrantes das bordas – tracejadas na figura.

(janeiro de 2006)

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