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Infográfico

Entenda por que as gigantes


farmacêuticas investem em
Cannabis medicinal

Até pouco tempo atrás, as gigantes farmacêuticas assistiam de longe


aos debates em torno da Cannabis Medicinal, especialmente no Brasil.

Antes estigmatizada, hoje a Cannabis Medicinal chama atenção não só


das gigantes farmacêuticas, mas, também, da comunidade científica,
dos profissionais médicos de diferentes áreas de atuação e, claro,
do consumidor final, o paciente, que se beneficia das propriedades
medicinais desta ferramenta de vasto potencial terapêutico.

Pensando nisso, preparamos este infográfico que ajudará


você a entender melhor esse contexto. Continue a leitura
e prepare-se para este cenário de potencial disruptivo
na história da indústria farmacêutica!

Gigantes farmacêuticas e o mercado


global da Cannabis medicinal
Quando falamos em gigantes farmacêuticas, estamos nos referindo às 10 maiores empresas
do ramo que, juntas, somam 1,7 trilhão de dólares de capitalização de mercado. São elas:

US$ 374B 1ª

US$ 241B 2ª

US$ 216B 3ª
US$ 208B 4ª
US$ 123B 5ª
US$ 108B 6ª

US$ 107B 7ª
De maneira geral, a confiança do público na indústria
farmacêutica caiu bastante nos últimos anos devido à alta
US$ 105B 8ª dos preços e, principalmente, devido à falta de transparência
na comercialização dos fármacos. Atualmente, a indústria
US$ 103B 9ª farmacêutica gasta apenas 15% do seu orçamento em
pesquisa e desenvolvimento de novas drogas e dezenas de
bilhões de dólares a mais em marketing, apenas para vender
US$ 100B 10ª variações de outras drogas que já existiam no mercado.

Sobre esse tema, veja o artigo Effect of financial relationships on the behaviors of health care
professionals: a review of the evidence. Outra leitura recomendada é o livro The Truth About
The Drug Companies: How they deceive us and what to do about it, da Dra. Marcia Angell.

Nesse sentido, a Cannabis medicinal tem contribuído de


forma significativa para o redirecionamento do setor.
Por estar envolvido em praticamente todos os nossos
processos fisiológicos e patológicos, o Sistema
Endocanabinoide e as aplicações clínico-farmacológicas
dos derivados canabinoides são inúmeras.

A Cannabis medicinal pode ser útil no tratamento de


doenças de pele, como câncer, psoríase e dermatites
atópicas, doenças neurodegenerativas como Alzheimer,
Parkinson, autismo, epilepsia, doenças do trato
gastrointestinal como Doença de Chron e Retocolite
Ulcerativa, além de ser um excelente adjuvante no
tratamento da dor crônica e de sintomas comuns aos
pacientes com câncer.

Saiba mais:
• Cannabis como adjuvante terapêutico no paciente com câncer
• Canabidiol e epilepsia: descubra os efeitos no tratamento da doença
• Cannabis e Autismo: alternativa terapêutica que você precisa conhecer
• Potencial dos derivados canabinoides no câncer de pele
• Como a Cannabis medicinal permite redução do uso de opioides

Apenas no quesito dor crônica e dependência e abuso


de opioides, já existem diversos estudos comprovando a
40-60%
dos pacientes com dor crônica conseguem
eficácia da Cannabis medicinal no alívio da dor, bem como, interromper por completo o uso de opioides após
na redução e suspensão do uso crônico de opioides. o início do tratamento com cannabis medicinal.

Para você ter uma ideia do quanto o mercado da cannabis


medicinal se mostra promissor, as previsões do Arcview
Market Research apontam que os investimentos em torno
dessa indústria devem totalizar 20 bilhões de dólares em 2021
– crescimento que pode ser explicado também, pelo fato de a
Cannabis medicinal já ser legalizada em mais de 40 países.

No Brasil, o mercado brasileiro da Cannabis medicinal está


estimado em R $4,7 bilhões. Embora a comercialização dos
produtos à base de Cannabis só tenha se oficializado em
2020, desde 2014 a pauta vem sendo debatida junto às
autoridades médicas e sanitárias, em constante diálogo com
a indústria farmacêutica e, também, com a comunidade de
pacientes e familiares que reconhecem esse potencial.

Traçamos uma breve linha do tempo para você compreender


como se deu a evolução desse mercado em território nacional:

O Conselho Federal de Medicina (CFM) autoriza


2014 a prescrição do CBD (canabidiol) para
tratamento de epilepsia;

A Anvisa autoriza a importação do CBD, retirando-o


da lista de substâncias proibidas e categorizando-o 2015
como medicamento de uso controlado;

A Anvisa autoriza também a importação de


2016 produtos de Cannabis predominantes em THC
(tetrahidrocanabinol);

A Anvisa passa a exigir apenas a receita


médica para liberar a importação dos 2019
produtos à base de Cannabis;

Começa a vigorar a Resolução da Anvisa (RDC


2020 327) que regulamenta a categoria de “produtos
derivados de Cannabis”.

Propriedades terapêuticas da
Cannabis e sua disponibilidade
no balcão das farmácias
Como vimos, a venda dos produtos de Cannabis nas farmácias
passou a ser permitida logo após a oficialização da Resolução da Cientificamente já se sabe que o THC
Diretoria Colegiada (RDC 327/2019), em março de 2020 – desde
que não sejam farmácias de manipulação. Porém, como não há
apresenta propriedades terapêuticas
legislação que autoriza o cultivo da planta no Brasil, a únicas frente inclusive ao CBD, sendo,
matéria-prima dos produtos demandam importação, o que
encarece consideravelmente o preço para o consumidor final.
portanto, uma alternativa mais eficaz de
uso da Cannabis Medicinal em diversos
Outro ponto de atenção é que a administração dos produtos à
base de Cannabis no Brasil só pode ser feita pela via oral ou nasal.
quadros clínicos, como por exemplo,
Os produtos fabricados para administração por via inalada ainda em pacientes com câncer, que sofrem
não estão contemplados pela Anvisa. No entanto, convém
ressaltar um ponto bastante positivo desta Resolução, que é a
de inapetência, perda de peso,
autorização dos produtos predominantes em THC, náuseas e vômitos de difícil controle.
independentemente do teor desse fitocanabinoide no produto.

Em linhas gerais, os fitocanabinoides CBD e THC


apresentam diferentes níveis de evidência
comprovada nos seguintes contextos clínicos:

Demência; Síndrome de Tourette;

Doença de Parkinson; Distúrbios do sono isolados ou associados a outras doenças;

Esquizofrenia; Redução da pressão intraocular no glaucoma;

Redução de apetite e perda de peso no HIV/AIDS; Dores crônicas e neuropáticas em adultos;

Transtorno de estresse pós-traumático; Espasticidade muscular na esclerose múltipla;

Traumatismo craniano; Náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia;

Ansiedade e fobia social; Epilepsia grave e refratária.

Indústria farmacêutica,
comunidade científica e uso
assertivo da Cannabis Medicinal
O processo de legalização da Cannabis Medicinal em diversas
partes do mundo promete tirar mais de 4 bilhões de dólares das
vendas anuais de medicamentos convencionais na indústria
farmacêutica, segundo previsões da New Frontier Data.

Por outro lado, o número estimado de usuários de produtos à


base de Cannabis é bastante expressivo, somando um total de 24
milhões de pacientes. Não é à toa que a indústria farmacêutica
está redirecionando seus investimentos. Já são 316 patentes de
produtos à base de Cannabis registradas pela Big Pharma.

Outro indicador que atesta o potencial da Cannabis Medicinal na


indústria farmacêutica é que no Canadá – um dos pioneiros nessa
empreitada – 7 dos 10 maiores detentores de patentes de Cannabis
são empresas farmacêuticas multinacionais, tendência esta que se
repete em outros países. Quanto mais a indústria farmacêutica evolui,
mais a confiança e a compreensão do público em torno desse
arsenal terapêutico é estimulada e ratificada.

A comunidade científica tem um papel crucial neste contexto,


avaliando e atestando a segurança e a eficácia dos produtos à base
de Cannabis elaborados pela indústria.

Confira um dos trabalhos mais robustos da comunidade científica nesse


sentido, o estudo The Health Effects of Cannabis and Cannabinoids
The Current State of Evidence and Recommendations for Research, que faz uma
rigorosa revisão científica de artigos publicados desde 1999-2017 pela Academia
Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA. A revisão científica foi taxativa
ao afirmar que existe evidência científica conclusiva e substancial de que
canabinoides são efetivos para tratamento de dor crônica.

Confira o estudo completo The Health Effects of Cannabis and Cannabinoids


The Current State of Evidence and Recommendations for Research.

Quanto à prescrição assertiva de canabinoides, além de buscar uma formação adequada na


área, os médicos que desejam incluir a Cannabis Medicinal em seu arsenal terapêutico
precisam estar alinhados com determinadas práticas prescritivas, visando explorar ao máximo
os efeitos terapêuticos da planta e, ao mesmo tempo, modular potenciais efeitos adversos.

Aqui vão algumas delas:

Exija sempre certificados laboratoriais que atestem a


01 Trie perfis de risco e nivele expectativas; 04 segurança e a potência dos produtos à base de Cannabis;

Comece sempre com doses baixas e


02 Investigue o histórico do paciente com a planta; 05 aumente de forma gradual;

Individualize sempre os tratamentos e seja assertivo


03 Prefira produtos de Cannabis full spectrum; 06 na dosagem e na estratégia terapêutica proposta.

Nós podemos ajudar você nessa missão. Somos uma comunidade global e um
centro de educação em Medicina Endocanabinoide. Ajudamos médicos a
obterem um conhecimento disruptivo em Cannabis Medicinal e a incorporarem
novas ferramentas terapêuticas com segurança e eficácia.

Entre em contato conosco e acesse


novas possibilidades na Medicina!

Fale conosco

Referências
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Cannabis: Dicol delibera sobre plantio e registro. Anvisa, 2020.

• Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 327, de 9 de dezembro de 2019.
Diário Oficial da União. 2020.

• Bachhuber MA, Saloner B, Cunningham CO, Barry CL. Medical cannabis laws and opioid analgesic overdose mortality in the
United States, 1999-2010. JAMA Intern Med. 2014.

• Bolsoni R, Valim CE. Atacada por Bolsonaro, maconha medicinal é mercado lucrativo. Revista Veja, 14/05/2021.

• Christopher Robertson, Susannah Rose, Aaron S Kesselheim. Effect of financial relationships on the behaviors of health care
professionals: a review of the evidence. J Law Med Ethics. 2012.

• The Health Effects of Cannabis and Cannabinoids The Current State of Evidence and Recommendations for Research, 2017.

• New Frontier Data. Medical marijuana could poach more than $4B from pharma sales annually. 2017.

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