Características gerais
As características dos vírus os colocam, de certa
maneira, no limite entre matéria viva e matéria não
viva. Diferentemente de todos Os organismo vivos,
os virus não apresentam estrutura celular. Também
não real lizam atividade metabólica quando fora de
uma célula hospedeira, de pendendo desta para
sintetizar suas moléculas e se multiplicar (imagem
ao lado) Por isso são considerados parasitas
intracelulares obrigatórios. Essas e outras
características geram intensos debates na
comunidade cientifica sobre a natureza dos virus
como seres vivos. Por isso, eles não fazem parte de
nenhum dos reinos de seres vivos.
Devido a seu pequeno tamanho, geralmente entre
20 e 300 nanômetros (1 nanômetro- ou 1 nm- é igual
a 1 x 10 metros, ou seja, 1 bilionésimo de metro, ou
1 milionésimo de milímetro), os vírus não podem ser
observados ao microscópio de luz. Assim, a descrição
da morfologia dos virus e de seus componentes
estruturais só foi possível graças ao desenvolvimento
da microscopia eletrônica. Outro método de estudo
consiste em observar as alterações patológicas em
culturas de células inoculadas com vírus.
Por volta da segunda metade do século XIX, muitos
microrganismos patogênicos já tinham sido
identificados. Já se sabia, por exemplo, que diversas
doenças transmissíveis eram provocadas por
bactérias, microrganismos que podiam ser
observados ao microscópio de luz. A causa de outras
moléstias, porém, permanecia desconhecida, como a
raiva, que Louis Pasteur (1822-1895) estudou
exaustivamente e contra a qual desenvolveu uma
vacina, ainda que não tivesse conseguido identificar o
mi organismo causador, um vírus.
O processo que levou à descoberta dos vírus
começou em 1892, quando o botânico russo D.
Iwanowski concluiu que o agente causador do
mosaico do tabaco atravessava filtros que retinham
todas as bactérias conhecidas e suspeitou da
existência de mi organismos bem menores. De fato,
os vírus são muito menores dos que as bactérias