V) Pesquisa Explicativa:
quando o pesquisador procura explicar os porquês das
coisas e suas causas, por meio do registro, da análise, da classificação e da
interpretação dos fenômenos observados. Visa a identificar os fatores que
determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos; […] As pesquisas explicativas
são mais complexas, pois, além de registrar, analisar, classificar e interpretar os
fenômenos estudados, têm como preocupação central identificar seus fatores
determinantes. Esse tipo de pesquisa é o que mais aprofunda o conhecimento da
realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas e, por esse motivo, está mais
sujeita a erros.
A maioria das pesquisas explicativas utiliza o método experimental, que
possibilita a manipulação e o controle das variáveis, no intuito de identificar qual a
variável independente que determina a causa da variável dependente, ou o fenômeno
em estudo.
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 53-54)
X) Estudo de Caso:
O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou
de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa
praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos
considerados.
De acordo com Yin (2005, p. 32), o estudo de caso é um estudo empírico que
investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as
fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual
são utilizadas várias fontes de evidência.
O estudo de caso vem sendo utilizado com freqüência cada vez maior pelos pesquisadores
sociais, visto servir a pesquisas com diferentes propósitos, tais como:
a) explorar situações da vida real cujos limites não estão claramente definidos;
b) descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada
investigação; e
c) explicar as variáveis causais de determinado fenômeno em situações
muito complexas que não possibilitam a utilização de levantamentos e
experimentos.
O estudo de caso pode, pois, ser utilizado tanto em pesquisas exploratórias
quanto descritivas e explicativas. Cabe ressaltar, todavia, que existem preconceitos
contra o estudo de caso, como os que são indicados a seguir (Yin, 1981, p. 22).
a) Falta rigor metodológico. Diferentemente do que ocorre com os experimentos
e levantamentos, para a realização de estudos de caso não
são definidos procedimentos metodológicos rígidos. Por essa razão são
freqüentes os vieses nos estudos de caso, os quais acabam comprometendo
a qualidade dos seus resultados. Ocorre, porém, que os vieses
não são prerrogativa dos estudos de caso, podendo ocorrer em outras
modalidades de pesquisa. Logo, o que se propõe ao pesquisador disposto
a desenvolver estudos de caso é que redobre seus cuidados tanto no
planejamento quanto na coleta e análise dos dados.
b) Dificuldade de generalização. A análise de um único ou mesmo de múltiplos
casos fornece uma base muito frágil para a generalização. No
entanto, os propósitos do estudo de caso não são os de proporcionar
o conhecimento preciso das características de uma população a partir
de procedimentos estatísticos, mas sim o de expandir ou generalizar
proposições teóricas.
c) Tempo destinado à pesquisa. Alega-se que os estudos de caso demandam
muito tempo para ser realizados e que freqüentemente seus resultados
tornam-se pouco consistentes. De fato, os primeiros trabalhos
qualificados como estudos de caso foram desenvolvidos em longos períodos
de tempo e seus resultados deixaram muito a desejar. Todavia,
a experiência acumulada nas últimas décadas mostra que é possível a realização de estudos
de caso em períodos mais curtos e com resultados
passíveis de confirmação por outros estudos. Convém ressaltar, no
entanto, que um bom estudo de caso constitui tarefa difícil de realizar.
Pesquisadores inexperientes, entusiasmados pela flexibilidade metodológica
dos estudos de caso, ao final de sua pesquisa, conseguem apenas
um amontoado de dados que não conseguem analisar e interpretar.
(GIL, 2008, p. 76-78)
XII) Pesquisa-ação:
quando concebida e realizada em estreita associação com
uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e
os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos
de modo cooperativo ou participativo.
Ela é entendida como um tipo de
[...] pesquisa social com base empírica que é concebida em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e
no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação
ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
(THIOLLENT, 1998, p. 14).
A pesquisa-ação acontece quando há interesse coletivo na resolução de
um problema ou suprimento de uma necessidade [...] Pesquisadores e pesquisados
podem se engajar em pesquisas bibliográficas, experimentos etc., interagindo em
função de um resultado esperado.
Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores e os participantes envolvemse
no trabalho de forma cooperativa. A pesquisa-ação não se refere a um simples
levantamento de dados ou de relatórios a serem arquivados. Com a pesquisa-ação,
os pesquisadores pretendem desempenhar um papel ativo na própria realidade dos
fatos observados.
É considerada também uma forma de engajamento sociopolítico a serviço
da causa das classes populares, quando voltada para uma orientação de ação
emancipatória e de grupos sociais que pertencem às classes populares e dominadas,
existindo “uma grande diversidade entre as propostas de caráter militar; as propostas
informativas e conscientizadas das áreas educacionais e de comunicação e, finalmente,
as propostas ‘eficientizantes’ das áreas organizacional e tecnológica.” (THIOLLENT,
1998, p. 14).
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 65-67)
Referências:
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo, Sp: Editora Atlas
S.A., 2008.
Alunos:
Dênis Araujo (Fisioterapia)
Emerson Geovani (Enfermagem)
Luis Antônio (Fisioterapia)
Vitor Gabriel Rego S. P. (Fisioterapia)
09/06/2022