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INTRODUÇÃO

Este presente trabalho aborda acerca do dimensionamento de uma moageira, esse tema tem
como foco principal o dimensionamento dos componentes da eléctirica, também foi visto que
o problema dos moradores do bairro Gumbane, tem sofrido bastante por causa da falta de
uma moagem e tem se deslocado a certa distância e suportando longas fileiras a procura
desses serviços, assim sendo o dimensionamento dessa moagem ajudará os moradores deste
bairro assim como os bairros vizinhos a não percorrerem longas distancias a procura desses
serviços que é triturar o milho, e esse motivo levou me a escolher este tema para a solução
desta problemática que assola os moradores deste mesmo bairro.

OBJECTIVOS

Objectivo geral:

 Dimensionar um posto de transformação para moagem do bairro Gumbane

Objetivos específicos:

 Dimensionar as cargas que serão instaladas;


 Dimensionar iluminação adequada, tomadas do uso específico e geral;
 Dimensionar secção de condutores de entrada e distribuição;
 Dimensionar posto de transformação;
 Dimensionar elementos de proteção;
 Dimensionar banco de capacitores para motores da moageira.
MEMORIA DESCRITIVA

Este é um projecto de dimensionamento de linhas de transmissão de energia em Média, Baixa


Tensão e transformador para uma moageira localizada no bairro de Gumbane, distrito de
Boane, posto administrativo da Matola-rio, província de Maputo. Para o efeito foram
levantados os seguintes dados:

 A fábrica possui seguintes dimensões: comprimento (C) igual a 20 metros, largura (L)
10,20 metros, altura plano de trabalho luminária (Htp) 3,55 metros, altura plano de
trabalho piso (h3);
 Dados dos motores:

Desfareladora (M1=M2):

 Número de polos=4
 Número de fases=3,
 Tensão nominal (Un) =380V
 Corrente nominal (In)=92A
 Frequência=50Hz
 Potência nominal (PN) =55KW (74,7 CV)
 Rendimento=86%
 Velocidade=1455 rpm
 Fator de potência= 0,86

Moageira (M3=M4):

 Número de polos=4,
 Número de fases=3,
 Tensão nominal (Un) =380V;
 Corrente nominal (In) =50A,
 Frequência=50Hz
 Potência nominal (PN) =30KW (40 CV)
 Rendimento=86%
 Velocidade=1476 rpm
 Fator de potência= 0,90
MEMORIA JUSTIFICATIVA

DEMANDA DA ILUMINAÇÃO

Como trata se de uma moageira, serão usadas 5 lâmpadas fluorescentes de 40 watts cada.

Pilu =5× 40 W

Pilu =200 w=0,2 kW

Silu =200 w=0,2 kVA

Pr
Σ Nlamp ×(PNlamp × )
FP
Dil=fm=
1000

Onde:

Nlamp- número de lâmpadas

Plamp- potência das lâmpadas

FP- factor de potencia

Pr- perdas do reator

Fm- fator de demanda

Resolução

15,3
5 ×(40 × )
0,4
Dil=1,8 ×
1000

Dil=13,77 kVA

DEMANDA DOS MOTORES

Desfareladoras

Motores (M1=M2)

Potência do eixo dos motores (PE)

Ajuda nos a determinar a força que o eixo do motor irá suportar, para o efeito são
empregados aspectos como potência nominal do motor assim como força útil.
Formula:

P E=P N × Fu

Onde:

PN- potência nominal;

Fu-força útil.

Resolução:

P E=75 ×0,87

P E=52 kW

 Demanda 1

PE
S 1=
cosφ

52
S 1= =65 kVA
0,8

 Moageira

Motores (M3=M4)

Potência do eixo dos motores (PE).

Resolução:

P E=31 ×0,87

P E=26,97 kW

Demanda 2

PE
S 2=
cosφ

S 2=31 kVA

DEMANDA DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (DQ)

Para motores M1 e M2
Como são dois motores funcionando em simultâneo, com mesmas características fica:

DQ 1=S 1 × Nm × cosφ

Onde:

Nm- número de motores

S1-potência de motores 1 e 2

Resolução

DQ 1=65× 2× 0,8

DQ 1=104 kVA

Para motores M3 e M4

Como são dois motores funcionando em simultâneo, com mesmas características fica:

DQ 2=S 2 × Nm × cosφ

Onde:

Nm- número de motores

S1-potência de motores 3 e 4

Resolução

DQ 1=31×2 × 0,8

DQ 1=50 kVA

DEMANDA TOTAL DA INSTALAÇÃO (DQGD)

D QGD =DQ 1+ DQ 2+ DIl

D QGD =104 kVA +50 kVA + 13,77 kVA=167,77 kVA

ESCOLHA DO TRANSFORMADOR

Para escolha do transformador baseou se na demanda total da instalação que é de 167,77kVA,


logo o transformador a ser usado será de 200kVA, é o comerciável da Tecnel, transformador
trifásico.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES


Para se dimensionar a secção dos condutores a usar deve se ter em conta a corrente de
serviço, também foi consultada a tabela em “anexo 2”. Serão condutores isolados do tipo
XLPE A2, tendo se uma temperatura média ambiente 30ºc.

Secção dos condutores a usar entre o quadro as desfareladoras (M1=M2):

Corrente de serviço (IS) desfareladoras

DQ 1 104 kVA
I S 1= = =158 A ≈ 165 A
√ 3 × U n √ 3 ×380 V

Queda de tensão admissível do quadro até as desfareladoras (M1=M2):

∆ Ua=2 % × Un
∆ Ua=0,02×380 V =7,6 V
Calculo da queda de tensão
Para o cálculo da queda de tensão do sistema deve se ter em conta a queda de tensão que os
condutores oferecem na (tabela) em anexo 3, a distância de separação entre PT e quadro dos
motores é de 10m.
∆ U =∆ Uv / A . km × Is × LQ
Onde:
∆ Uv / A . km- tensão que os condutores oferecem na (tabela 1);
Is - corrente de serviço;
LQ- distancia de separação entre PT e Q1 o valor deve estar expresso em km.
Resolução
∆ U =0,946 ×158 × 0,01
∆ U =1,5 V

 Foram satisfeitas todas condições limite de condução da corrente (165A>158A);


 Foram satisfeitas todas condições limite de queda de tensão (7,6V>1,5V), o que
confirma o uso do cabo abaixo.
 Foram escolhidos condutores de 35mm2.

Secção do condutor a usar entre o quadro as moagens (M3=M4):

Corrente de serviço (IS) moagens


DQ 2 50 kVA
I S 2= = =75,96 A ≈ 80 A
√ 3 × U n 658,18

Queda de tensão admissível do quadro até as moagens (M3=M4):

∆ Ua=0,02×380 V =7,6 V
Calculo da queda de tensão
Para o cálculo da queda de tensão do sistema deve se ter em conta a queda de tensão que os
condutores oferecem na (tabela) em anexo 3, a distância de separação entre PT e quadro dos
motores é de 10m.
∆ U =∆ Uv / A . km × Is × LQ
Onde:
∆ Uv / A . km- tensão que os condutores oferecem na (tabela 1);
Is - corrente de serviço;
LQ- distancia de separação entre PT e Q2 o valor deve estar expresso em km.
Resolução
∆ U =3,120 ×75,96 ×0,01
∆ U =2,4 V

 Foram satisfeitas todas condições limite de condução da corrente (80A>75,96A);


 Foram satisfeitas todas condições limite de queda de tensão (7,6V>2,4V), o que
confirma o uso do cabo abaixo.
 Foram escolhidos condutores de 10mm2.

Seccão do condutor a usar entre o quadro até o Quadro de iluminação:

Corrente de serviço (IS) da iluminação

DIl 13,77 kVA


I S 3= = =20,9 A ≈ 26 A
√ 3× U n 658,18

Queda de tensão admissível:

∆ Ua=0,02× 230V =4,6 V


Calculo da queda de tensão
Para o cálculo da queda de tensão do sistema deve se ter em conta a queda de tensão que os
condutores oferecem na (tabela) em anexo 3, a distância de separação entre PT e quadro de
iluminação é de 15m.
∆ U =∆ Uv / A . km × Is × Lil
Onde:
∆ Uv / A . km- tensão que os condutores oferecem na (tabela 1);
Is - corrente de serviço; LQ-
distancia de separação entre PT e Qil o valor deve estar expresso em km.
Resolução
∆ U =14,3 ×20,9 ×0,015
∆ U =4,5 V

 Foram satisfeitas todas condições limite de condução da corrente (26A>20,9A);


 Foram satisfeitas todas condições limite de queda de tensão (4,6V>4,5V), o que
confirma o uso do cabo abaixo.
 Foram escolhidos condutores de 2,5mm2.
Secção do condutor a usar entre o PT até o Quadro Geral:

Corrente de serviço geral (ISt)

DQGD 167,77 kVA


I St = = =254,8 A ≈ 295 A
√ 3× U n √ 3× 380V

Queda de tensão admissível:

∆ Ua=0,02×380 V =7,6 V
Calculo da queda de tensão
Para o cálculo da queda de tensão do sistema deve se ter em conta a queda de tensão que os
condutores oferecem na (tabela) em anexo 3, a distância de separação entre PT e quadro
Geral é de 7m.
∆ U =∆ Uv / A . km × Is × Lil
Onde:
∆ Uv / A . km- tensão que os condutores oferecem na (tabela 1);
Is - corrente de serviço; LQ-
distancia de separação entre PT e QGD o valor deve estar expresso em km.
Resolução
∆ U =0,393 ×254,8 ×0,007
∆ U =0,7 V
 Foram satisfeitas todas condições limite de condução da corrente (295A>254,8A);
 Foram satisfeitas todas condições limite de queda de tensão (7,6V>0,7V), o que
confirma o uso do cabo abaixo.
 Foram escolhidos condutores de 95mm2

Resumindo as secções dos cabos a serem usados são:

 Circuito Geral usar-se-á condutores de 95mm2;


 Circuito das desfaredoras (M1 e M2) usar-se-á condutores de 35mm2;
 Circuito das moageiras (M3 e M4) usar-se-á condutores de 10mm2;
 Circuito de iluminação usar-se-á condutores de 2,5mm2.

DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES E/OU FUSIVEIS

Disjuntor e ou fusível para motores das desfareladoras (M1=M2)

O fusível deve atender as seguintes situações distintas que implicará na proteção do circuito
como um todo:

 Deve garantir a proteção do circuito de acionamento dos motores e não proteção do


motor propriamente dito;
 A corrente do fusível deve ter um valor superior a 20% da corrente nominal do motor;
 A corrente de ruptura dos dispositivos de acionamento (relé térmico e contactor) deve
ser superior a do fusível.

Dados dos motores (M1 e M2):

 Número de polos=4
 Número de fases=3,
 Tensão nominal (Un) =380V
 Corrente nominal (In)=92A
 Frequência=50Hz
 Potência nominal (PN) =55KW (74,7 CV)
 Rendimento=86%
 Velocidade=1455 rpm
 Fator de potência= 0,86

Corrente de partida (IP)


IP
I P= × IN
IN

Onde:

IP- corrente no momento de partida

Ip/IN- corrente nominal

Resolução

I P =8 ×92 A=736 A

Corrente do fusível (IF)

I F =1,2× I N

I F =1,2× 92 A=110,4 A

Escolha do fusível

Para a escolha do fusível recorreu a tabela de curva em anexo 4 que três que resulta do
relacionamento entre a corrente de parida (IN) e corrente do fusível (IF) que é de 100A.

Disjuntor e ou fusível para motores das mogeiras (M3, M4)

O fusível deve atender as seguintes situações distintas que implicará na proteção do circuito
como um todo:

 Deve garantir a proteção do circuito de acionamento dos motores e não proteção do


motor propriamente dito;
 A corrente do fusível deve ter um valor superior a 20% da corrente nominal do motor;
 A corrente de ruptura dos dispositivos de acionamento (relé térmico e contactor) deve
ser superior a do fusível.

Dados dos motores (M3 e M4):

 Número de polos=4,
 Número de fases=3,
 Tensão nominal (Un) =380V;
 Corrente nominal (In) =50A,
 Frequência=50Hz
 Potência nominal (PN) =30KW (40 CV)
 Rendimento=86%
 Velocidade=1476 rpm
 Fator de potência= 0,90

Corrente de partida (IP)

IP
I P= × IN
IN

Onde:

IP- corrente no momento de partida

Ip/IN- corrente nominal

Resolução

I P =8 ×50 A=400 A

Corrente do fusível (IF)

I F =1,2× I N

I F =1,2× 50 A=60 A

Escolha do fusível

Para a escolha do fusível recorreu a tabela de curva em anexo 4 que três que resulta do
relacionamento entre a corrente de serciço e corrente máxima corrigida (Izc) que é de 63A.

Disjuntor e ou fusível para circuito de iluminação

A escolha do disjuntor deve estabelecer a seguinte condição:


Is≤∈≤ Iz

26 A ≤ 30 A ≤ 35 A

Condição satisfeita: será usado um disjuntor de 30A.

Dimensionamento do calibre disjuntor geral

A escolha do disjuntor deve estabelecer a seguinte condição:


Is≤∈≤ Izc
Da tabela 4, verifica-se que não existe a corrente que satisfaça a condição imposta. Como
solução será escolhido um disjuntor tripolar regulável da Schneider (de faixa de ajuste de100-
630A), que será calibrado para intensidade nominal de 470A. 295 A ≤300 A ≤ 340 A
Condição satisfeita.

CORREÇÃO DE FACTOR DE POTENCIA

Pretende se fazer a correcção do factor de potência o que fará com que permaneça dentro dos
limites estabelecidos e proporcionará uma economia nas instalações eléctricas isto e fazer a
redução da indutância que está sendo aplicado concessionaria pelas cargas do circuito.

Dados dos motores:

 Potência nominal (PN) =55KW (74,7 CV)


 Fator de potência= 0,86

Pretende se ajustar o fator de potência 0,86 para um valor de 0,92.

Resolução:

P N 55000
S= = =64,1 kW
cosα 0,86

Assim:

2 2 2
S =P +Q

Q 1=√ S −P
2 2

Q 1=32,92 KVAr

Logo:

FP2=cosφ 2=0,92; φ 2=arccos(0,92)=23,7 °

FP1=cosφ 1=0,86 ; φ 1=arccos(0,86)=30,7 °

Q2
tag (φ 2)= =Q 2=tag (23,7)×55 kw=24,1 kVAr
P

Q 1=√ 64,12 kW −552 kW

Carga do banco de capacitores:

Q cap =Q1−Q2
Qcap =15,74 kVAr−13,17 kVAr=2,57 kVAr

Determinação da capacitancia do banco de capaciotores:

Qcap
C= 2
V × 2 πf

2,57 kVAr
C= =50 μF
3802 × 2× π ×50

Nota: para o caso será usado um banco de capacitores que estará em paralelo com a carga.

CONCLUSÃO
Depois de toda recolha dedados da informação com que foi possível realizar e concluir se
este trabalho sobre dimensionamento de elementos que fazem parte da indústria, e foi
possivel concluir se que:

Porém, dos estudos, análises e cálculos feitos com muito rigor, concluir que o
dimensionamento é o acto de fixar, dimensionar as peças a fim de elas desempenharem o seu
papel no conjunto do elas fazem partem ou seja, dimensionamento é o meio de determinar o
valor de alguma coisa por meio de cálculos.

Com electricidade hoje em dia há necessidade de aproximar a indústria alimentícia a


socidade, hoje em os moedores são bem automatizados.

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