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PACTO PELA SAUDE

Pacto Pela Saúde

O pacto pela saúde é resultado de um esforço das esferas municipal, estadual e federal para, em
conjunto com o conselho nacional de saúde, rediscutir a organização e o funcionamento do sus.

Seu objetivo principal é avançar na implantação dos princípios constitucionais referentes à saúde, en-
volvendo gestores, trabalhares de saúde e usuários do sus no intuito de promover uma melhoria con-
tínua do sistema de saúde no brasil, além de definir as responsabilidades de gestão de cada ente fe-
derado.

Foram definidas três dimensões no pacto em saúde: pacto pela vida, pacto em defesa do sus e
pacto de gestão. As diretrizes operacionais do pacto em saúde são abordadas na portaria gm/ms nº
399, publicada em 22 de fevereiro de 2006. As diretrizes operacionais dos pactos pela vida e de ges-
tão são regulamentadas pela portaria gm/ms nº. 699, publicada em 03 de abril de 2006.

O pacto pela saúde foi organizado com a finalidade de responder aos desafios atuais da gestão e or-
ganização do sistema, para promover ações que correspondam às reais necessidades de saúde da
população brasileira.

Pacto Pela Vida

De acordo com a portaria nº 399/gm12, o pacto pela vida é um conjunto de compromissos sanitários
resultantes da análise da situação de saúde do país e das prioridades definidas pelos governos fede-
ral, estaduais e municipais.

O pacto pela vida é permanente, sendo que, no término do primeiro trimestre do um ano em curso se-
rão avaliados os resultados do ano anterior e pactuadas novas metas e objetivos a serem atingidos
no ano atual.

Por meio da portaria nº 399/gm12, são definidas as prioridades do pacto pela vida e seus obje-
tivos:

Saúde do Idoso

Implantar a política nacional de saúde da pessoa idosa, buscando a atenção de forma integral.

Câncer de colo de útero e de mama:

Redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.

Mortaliadde infantil e materna


reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarréica e por pneumonias

Doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e


influenza
aumentar a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias

Promoção Da Saúde

Elaborar e implantar a política nacional de promoção da saúde, com ênfase na adoção de hábitos
saudáveis

Atenção Básica À Saúde

Saúde da família como modelo de atenção básica à saúde e como centro ordenador das redes de
atenção à saúde do sus.

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PACTO PELA SAUDE

Pacto Em Defesa Do Sus

O pacto em defesa do sus tem como objetivos reforçar o sistema único de saúde como política de es-
tado e defender seus princípios inscritos na constituição federal.

De acordo com a portaria 399/gm, o trabalho dos atores envolvidos dentro deste pacto deve conside-
rar as seguintes diretrizes:

- “expressar os compromissos entre os gestores do sus com a consolidação da reforma sanitária bra-
sileira, explicitada na defesa dos princípios do sistema único de saúde estabelecidos na constituição
federal”.

- “desenvolver e articular ações, no seu âmbito de competência e em conjunto com os demais gesto-
res, que visem qualificar e assegurar o sistema único de saúde como política pública”.

O Pacto Em Defesa Do Sus Se Baseia Em Três Iniciativas:

- a repolitização da saúde, retomando a reforma sanitária brasileira e aproximando-a dos desafios do


sus;
- a promoção da cidadania, ressaltando a questão da saúde como um direito;
- financiamento do sistema de saúde de acordo com as necessidades do sistema.

As ações do pacto em defesa do sus devem contemplar:

- a promoção da cidadania, ressaltando a questão da saúde como um direito;


- estabelecimento de diálogo com a sociedade;
- fortalecimento das relações com os movimentos sociais, principalmente os que lutam pelos - elabo-
ração e publicação da carta dos direitos dos usuários do sus;
-elaboração e publicação da carta dos direitos dos usuários do sus;
-regulamentação da ec nº 29 pelo congresso nacional;
- aprovação do orçamento do sus, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, definindo
o compromisso de cada esfera em ações e serviços de saúde de acordo com a constituição federal.

Pacto de gestão

Suas diretrizes, de maneira geral abrangem temas como a regionalização, o financiamento, o planeja-
mento, a programação pactuada e integrada da atenção à saúde (ppi), a regulação da atenção à sa-
úde e da assistência, a participação e controle social, a gestão do trabalho e a educação na saúde.
Por meio deste pacto, a regionalização e descentralização do sus ganham destaque, a partir da pro-
posição de diretrizes que permite uma diversidade operativa que respeite as características regionais.

O sistema único de saúde é uma política pública que acaba de completar uma década e meia de
existência. Nesses poucos anos, foi construído no brasil, um sólido sistema de saúde que presta bons
serviços à população brasileira.

Ao longo de sua história houve muitos avanços e também desafios permanentes a superar. Isso tem
exigido, dos gestores do sus, um movimento constante de mudanças, pela via das reformas incre-
mentais. Contudo, esse modelo parece ter se esgotado, de um lado, pela dificuldade de imporem-se
normas gerais a um país tão grande e desigual; de outro, pela sua fixação em conteúdos normativos
de caráter técnico-processual, tratados, em geral, com detalhamento excessivo e enorme complexi-
dade.

Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, os gestores do sus assumem o compromisso


público, da construção de um processo de pactuação de compromissos pela saúde, anualmente revi-
sada, que tenha como base os princípios constitucionais do sus, com ênfase nas necessidades de
saúde da população e que implicará o exercício simultâneo de definição de prioridades articuladas e

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integradas sob a forma de três pactos: pacto pela vida, pacto em defesa do sus e pacto de gestão do
sus. Saiba mais...

Os três pactos que compõem a agenda:

I – o pacto pela vida:

O pacto pela vida está constituído por um conjunto de compromissos sanitários, expressos em objeti-
vos de processos e resultados e derivados da análise da situação de saúde do país e das prioridades
definidas pelos governos federal, estaduais e municipais.
Significa uma ação prioritária no campo da saúde que deverá ser executada com foco em resultados
e com a explicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e financeiros para o alcance des-
ses resultados.

As prioridades do pacto pela vida e seus objetivos para 2006 são:


1. Saúde do idoso:
· implantar a política nacional de saúde da pessoa idosa, buscando a atenção integral.

2. Câncer de colo de útero e de mama:


· contribuir para a redução da mortalidade por câncer de colo do útero e de mama.

3. Mortalidade infantil e materna:


· reduzir a mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por doença diarréica e por pneumonias.

4. Doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e in-
fluenza
· fortalecer a capacidade de resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e endemias.

5. Promoção da saúde:
· elaborar e implantar a política nacional de promoção da saúde, com ênfase na adoção de hábitos
saudáveis por parte da população brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade individual da
prática de atividade física regular alimentação saudável e combate ao tabagismo.

6. Atenção básica à saúde


· consolidar e qualificar a estratégia da saúde da família (psf) como modelo de atenção básica à sa-
úde e como centro ordenador das redes de atenção à saúde do sus.

Ii – o pacto em defesa do sus:

O pacto em defesa do sus envolve ações concretas e articuladas pelas três instâncias federativas no
sentido de reforçar o sus como política de estado mais do que política de governos; e de defender,
vigorosamente, os princípios basilares dessa política pública, inscritos na constituição federal.

A concretização desse pacto passa por um movimento de repolitização da saúde, com uma clara es-
tratégia de mobilização social envolvendo o conjunto da sociedade brasileira, extrapolando os limites
do setor e vinculada ao processo de instituição da saúde como direito de cidadania, tendo o financia-
mento público da saúde como um dos pontos centrais.

As prioridades do pacto em defesa do sus são:

1. Implementar um projeto permanente de mobilização social com a finalidade de:


- mostrar a saúde como direito de cidadania e o sus como sistema público universal garantidor des-
ses direitos;
- alcançar, no curto prazo, a regulamentação da emenda constitucional nº 29, pelo congresso nacio-
nal;
- garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos orçamentários e financeiros para a saúde.
- aprovar o orçamento do sus, composto pelos orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o
compromisso de cada uma delas.

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2. Elaborar e divulgar a declaração dos direitos e deveres do exercício da cidadania na saúde

Iii – o pacto de gestão do sus

O pacto de gestão estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado de forma a diminuir
as competências concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para
o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do sus.

Esse pacto parte de uma constatação indiscutível: o brasil é um país continental e com muitas dife-
renças e iniquidades regionais.

Mais do que definir diretrizes nacionais, temos que avançar na regionalização e descentralização do
sus, a partir de uma unidade de princípios, e uma diversidade operativa que respeite as singularida-
des regionais.

Reitera a importância da participação e do controle social com o compromisso de apoio a sua qualifi-
cação.

Explicita as diretrizes para o sistema de financiamento público tripartite: busca critérios de alocação
equitativa dos recursos; reforça os mecanismos de transferência fundo a fundo entre gestores; integra
em grandes blocos o financiamento federal e estabelece relações contratuais entre os entes federati-
vos.

Reitera a importância da participação e do controle social com o compromisso de apoio a sua qualifi-
cação.

O pacto pela saúde é um conjunto de reformas institucionais do sus que deve ser revisado anual-
mente, pactuado entre as três esferas de gestão - união, estados e municípios e estabelece metas e
compromissos para cada ente da federação.

Entre as prioridades definidas estão a redução da mortalidade infantil e materna, o controle das doen-
ças emergentes e endemias (como dengue e hanseníase) e a redução da mortalidade por câncer de
colo de útero e da mama, entre outras.

O pacto pela saúde implica no exercício simultâneo de definição de prioridades (empresas em objeti-
vos e metas no termo de compromisso de gestão e detalhadas no documento diretrizes operacionais
do pacto pela saúde 2006) articuladas e integradas nos três componentes: pacto pela vida, pacto em
defesa do sus e pacto de gestão do sus (brasil, 2006, p. 03).

O pacto é resultado de muitas discussões desde 2003, quando o conass [conselho nacional dos se-
cretários estaduais de saúde], solicitou ao ministério da saúde - ms revisão dos processos normativos
do sus.

Os gestores compreendiam que as normativas do sus deveriam contemplar a diversidade do brasil e


novas normativas teriam que contemplar os princípios do sus, sob a égide da responsabilidade sani-
tária, adequada à realidade de cada estado e região do país, integrando ações de promoção à saúde,
atenção primária, assistência de média e alta complexidade, epidemiologia e controle de doenças,
vigilância sanitária e ambiental; a reafirmação da importância das instâncias deliberativas cib [comis-
são intergestores bipartite] e cit [comissão intergestores tripartite], e o fortalecimento do controle so-
cial (machado, et. Al., 2009, p. 182)

O pacto pela saúde integra o conjunto de iniciativas legais em conjunto com a lei 8.080/90 que ex-
pressa a conquista dos direitos individuais e coletivos previstos na constituição federal de 1988, que
considera a saúde como um direito universal e prevê a igualdade do acesso aos serviços de saúde e
“constitui, atualmente, a mais nova estratégia para a racionalização das ações e serviços em saúde
no brasil” (fadel, et. Al., 2009, p. 454).

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PACTO PELA SAUDE

Por sua vez, carvalho, et. Al., (2012, p. 903) propõe o quadro abaixo para descrever, de forma su-
cinta, os componentes do pacto pela saúde e os instrumentos/ processos para a sua implantação:

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PACTO PELA SAUDE

O ministério da saúde lançou uma coletânea que objetiva difundir políticas, instrumentos e orienta-
ções para apoiar a gestão na implantação de inovações advindas com o pacto pela saúde. São elas:

Diretrizes operacionais dos pactos pela vida, em defesa do sus e de gestão (v.1)

Regulamento dos pactos pela vida e de gestão (v. 2)

Regionalização solidária e cooperativa: orientações para sua implementação no sus (v. 3)

Política nacional de atenção básica (v. 4)

Diretrizes para a programação pactuada e integrada da assistência à saúde (v. 5)

Diretrizes para a implantação de complexos reguladores (v. 6)

Política nacional de promoção da saúde (v. 7)

Diretrizes e recomendações para o cuidado integral de doenças crônicas não-transmissíveis (v. 8)

Política nacional de educação permanente em saúde (v. 9)

Colegiado de gestão regional na região de saúde intraestadual -orientações para organização e funci-
onamento (v. 10)

Pacto Pela Vida, Em Defesa e Gestão Do Sus

O pacto pela vida estabeleceu como prioridades: saúde do idoso; câncer de colo de útero e de mama;
mortalidade infantil e materna; doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase,
tuberculose, malária e influenza; promoção da saúde e fortalecimento da atenção básica à saúde
(brasil, 2006, p. 02).

O pacto em defesa do sus busca consolidar a política pública de saúde como uma política de estado
e não de governo e suas prioridades são: “implementar um projeto permanente de mobilização social
com a finalidade, entre outras, de mostrar a saúde como direito de cidadania e o sus como sistema
público universal e elaborar e divulgar a carta dos direitos dos usuários do sus” (machado, et. Al.,
2009, p. 183; fadel, et. Al., 2009). Já o pacto de gestão do sus visa tornar mais claro as atribuições e
dar maior autonomia aos estados e municípios, definindo responsabilidades em cada esfera de go-
verno, com ênfase na “descentralização; regionalização; financiamento; programação pactuada e in-
tegrada; regulação; participação e controle social; planejamento; gestão do trabalho e educação na
saúde” (brasil, 2006, p. 03).

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