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COMUNICAÇÃO DE RISCO
REDE CIEVS
Apresentação:
Diretoria LACEN/MA
Ana Karla Garreto
Colaboração
Apoiadores,Equipe CIEVS/MA e LACEN/MA
COMUNICAÇÃO DE RISCO
MONKEYPOX (VARÍOLA DOS MACACOS)
ORIENTAÇÕES – 03/06/2022
1. Características da doença
A Monkeypox (varíola dos macacos) é uma doença causada pelo vírus Monkeypox do
gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. O nome deriva da espécie em que a doença foi
inicialmente descrita em 1958. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua
transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano
infectado ou com material corporal humano contendo o vírus. Apesar do nome, os primatas
não humanos não são reservatórios.
Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos
roedores (p. ex., esquilos) nas florestas tropicais da África, principalmente na África
Ocidental e Central. O Monkeypox é comumente encontrado nessas regiões e pessoas com
o vírus são ocasionalmente identificadas fora delas, normalmente relacionadas a viagens
para áreas onde a Monkeypox é endêmica.
A infecção pelo vírus Monkeypox não é uma infecção sistêmica. A clínica é bem
similar à varíola humana, porém com baixas taxas de transmissão secundária e de
letalidade (normalmente em torno de 1%, mas podendo chegar a 8%, dependendo do
subgrupo do Monkeypox virus).
1.1 Transmissão
1.3 Sintomas
1.4 Tratamento
1.5 Prevenção
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de proteção individual como máscaras, óculos, luvas e avental, além da higienização das
mãos regularmente. A população em geral pode se prevenir também fazendo o uso de
máscara e higienizar as mãos.
2. Cenário mundial
3. Cenário nacional
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4. Alerta às autoridades sanitárias
5. Notificação
6. Definição de caso
* Diagnóstico diferencial
Varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, Chikungunya, herpes simples,
infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou
secundária, cancroide, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, molusco
contagioso (poxvirus), reação alérgica (como a plantas).
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6.2 Caso provável:
Pessoa que atende à definição de caso suspeito E um ou mais dos seguintes
critérios: ter um vínculo epidemiológico (exposição próxima e prolongada sem proteção
respiratória; contato físico direto, incluindo contato sexual; ou contato com materiais
contaminados, como roupas ou roupas de cama) com um caso provável ou confirmado de
Monkeypox, desde 15 de março de 2022, nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas
OU histórico de viagem para um país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox
nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas.
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7.1 Amostras clínicas a serem coletadas:
a) Material vesicular (Sercreção de vesícula);
b) Crosta (Crosta da lesão);
c) Sangue (Soro e Plasma);
d) Urina;
e) Swab (Naso/orofaríngeo)
7.2 Material vesicular (Secreção de Vesícula): O ideal é a coleta na fase aguda ainda
com pústulas vesiculares. É quando se obtém carga viral mais elevada na lesão. Portanto,
swab do conteúdo da lesão é o material mais indicado. Swabs estéreis de nylon, poliester
ou Dacron são os indicados. Também pode-se puncionar com seringa o conteúdo da
lesão, mas prefere-se o swab para evitar a manipulação de perfurocortantes.
7.2.1 Procedimento de coleta:
a) Com o swab seco, esfregar a lesão vigorosamente, para garantir que o DNA viral
adequado seja coletado;
b) Colocar o swab preferencialmente em tubo seco, SEM líquido preservante, uma
vez que os poxvírus mantêm-se estáveis na ausência de qualquer meio
preservante. Havendo lesões na cavidade bucal, pode-se recolher material das
lesões com swab.
7.3 Crosta (Crosta de Lesão): Quando o paciente é encaminhado para coleta em fase
mais tardia na qual as lesões já estão secas, o material a ser encaminhado são crostas
das lesões
7.3.1 Procedimento de coleta:
a) Optar pelas crostas menos secas, ou seja, coletar aquelas em fase mais inicial
de cicatrização, pois a chance de detecção de genoma viral ou da partícula viral é
maior.
b) As crostas devem ser armazenadas em frascos limpos SEM líquido preservante
(neste caso, o uso de qualquer líquido preservante reduz em muito as chances de
detecção).
7.4 Sangue (soro e plasma):
a) Coletar cerca de 5 mL (criança) e 10 mL (adulto) de sangue total, sem anticoagulante,
para obtenção do soro ou com EDTA para obtenção do plasma, sendo a coleta realizada
até o 5° dia de sintoma.
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7.5 Urina:
a) Coletar urina de jato médio, aproximadamente 10 mL até 15 dias após o início dos
sintomas;
b) Coletar preferencialmente a primeira urina da manhã, caso não seja possível, aguardar
retenção de urina por 2 a 4h antes da coleta.
c) Armazenar em frasco estéril, com tampa de rosca.
Na ausência de freezers, pode-se manter em geladeira (4 °C) por até 7 dias. Este
deve ser feito para chegada em no máximo 48 horas para que o transporte possa ser
feito de forma refrigerada apenas com gelo reciclável. Caso contrário, enviar
congelado.
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Figura 1. Fluxo/algoritmo de investigação laboratorial
Fonte: Orientações para investigação ede casos suspeitos de Monkeypox. Sala de Situação – SVS/MS.
Data: 29/05/2022.
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8. Orientações para a Assistência
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Figura 2. Fluxo assistencial para Monkeypox.
9. Recomendações
a) À Vigilância epidemiológica
b) À Atenção Primária
Orientar as comunidades para tomar medidas preventivas, como a higiene das mãos
e também fazendo o uso de máscaras em aglomerações;
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Informar a Vigilância Epidemiológica local quaisquer casos com sintomatologia
suspeita;
Orientar a população a buscar atendimento médico prontamente nas situações de
sintomatologia suspeita: erupções geralmente que se desenvolvem pelo rosto e
depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais.
Aos médicos e autoridades de saúde pública para estar atentos a casos similares
durante os atendimentos;
É importante que sejam realizados exames para diagnóstico diferencial em caso de
sintomatologia suspeita;
Orientar os profissionais de saúde a utilizarem equipamentos de proteção individual
- EPI em atendimentos de pacientes com sintomatologia suspeita;
Informar a Vigilância Epidemiológica local quaisquer casos com sintomatologia
suspeita;
d) Ao LACEN/MA
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11. Ações realizadas:
Em caso de dúvidas:
a) E-mail: cievs@saude.ma.gov.br
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3. https://www.ecdc.europa.eu/en/news-events/monkeypox-cases-eported-uk-
andportugal. Acessado em: 23/05/2022.
6. CDC. CDC and Health Partners Responding to Monkeypox Case in the U.S.
Disponivel em: https:// www.cdc.gov/media/releases/2022/s0518-monkeypox-
case.html . Acessado em: 23/05/2022.
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ANEXOS
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