Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Função Sexo
(Dirigentes da Organização) Assinatura ou Impressão digital
Presidente do Conselho
1 Assanito Maluesa M
da Escola
2 Salvador Muapassa Director da Escola M
3 Liliana S. Januário Lancheque Directora Adjunta F
4 Carrajola Manuel Anselmo Chefe da Secretaria M
Sumário
Moçambique, um pais do sul da África com cerca de 21 milhões de habitantes, cuja taxa de
natalidade é cerca de 41/1.000, encontra-se em franco crescimento económico (cerca de 8,3%
ao ano). Entretanto confronta-se com problemas de saúde infanto-juvenil, incluindo
HIV/SIDA, abusos sexual e físico e fraco acesso a informação e nutrição, que, entre outros
motivos, são o cerne de análise do presente artigo. Objectivo é: Descrever a situação infantil
e do adolescente em Moçambique. Métodos: Foram consultados artigos científicos e
relatórios do governo, de organizações nacionais e internacionais que operam em
Moçambique, bem como da Organização das Nações Unidas (ONU).
Cerca de 1,6 milhão da população vive com HIV/SIDA, entre os quais 58% de mulheres e
5% de crianças com menos de 5 anos, sendo que 17% destas estão severamente privadas de
saúde. Das mulheres jovens, 35% são espancadas, principalmente pelos maridos; 16% das
jovens haviam se casado antes dos 15 anos e 56% antes dos 18 anos; 20% das moças são
abusadas sexualmente em escolas sem muro de vedação, um problema das escolas e cerca de
mil mulheres e crianças moçambicanas são anualmente traficadas para a África do Sul. Das
crianças entre 7 e 17 anos, 32% estão envolvidas em algum tipo de actividade económica.
Em 2019, 49% das crianças viviam em pobreza absoluta. Apesar do esforço empreendido por
parte do governo na criação de condições propícias por meio de assinatura e ratificação de
vários instrumentos internacionais e regionais de direitos humanos relacionados com a
protecção das crianças, vários seguimentos da sociedade, entre os quais organizações não
governamentais (ONGs), ONU, sectores privados, organizações comunitárias, académicas e
toda a sociedade, são chamados a intervir e contribuir para a melhoria da protecção e a
criação de condições de acesso a criança e ao adolescente em Moçambique.
2. Problema
Objectivos específicos:
Sensibilizar as comunidades a combater a violência e abuso sexual contra crianças e
adolescentes;
Criar sistema de redes na comunidade para dificultar e combater a violência e
abusos sexuais contra crianças e adolescentes nas Escolas;
Proporcionar um ambiente mais seguro e saudável à comunidade educativa e
melhorar as condições de higienização da Escola Primaria do 1º e 2º graus de
Imala;
Justificação do Projecto
A violência revela-se, actualmente, como um fenómeno que se dissemina no meio social, em
suas variadas formas, atingindo um número expressivo de pessoas, sem distinção de sexo,
raça/etnia, condição socioeconómica, religião ou idade. Contudo, são as crianças e os
adolescentes as vítimas mais frequentes das expressões da violência, isso justificado, entre
outros aspectos, pela fragilidade desses sujeitos.
A violência é um dos fenómenos que trazem mais preocupações em toda sociedade nos dias
actuais e, quando relacionado à escola, torna-se mais complexo, devido à diversidade social e
cultural dos atores sociais que se concentram nesse espaço. Adquire diversas facetas, de
acordo com o contexto e a conjuntura que se insere e decorre dos mais diversos factores
sociais, como desigualdade social; a intolerância quanto às diferenças; o aumento da
criminalidade. Na Escola Primaria do 1⁰ e 2⁰graus de Imala, os violadores não são os
próprios Professores e quando mais alunos internos. Os violadores são jovens que interferem
e se introduzem no recinto escolar como não tem muro de vedação e chamam meninas em
plena aula, influenciando directamente no quotidiano de crianças e adolescentes que
frequentam a escolas.
Quando se aborda tal fenómeno, visto a partir das relações de género, múltiplas
determinações e nexos causais são verificados, dada a ordem patriarcal e machista que o
Brasil está inserido. Nesse sentido, pode-se verificar que durante décadas, a violência de
género esteve - e ainda está – presente na sociedade brasileira, reforçada pela dominação e
opressão, que por muito tempo foram tratadas como consequência natural na relação entre
homens/meninos e mulheres/meninas, tanto pelas instituições, quanto pela sociedade,
fenómeno existente e ainda velado pelos agentes sociais de cunho conservador.