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LUANDA
SUBDIRECÇÃO PEDAGÓGICA
COORDENAÇÃO DE FÍSICA
1
Ao Aluno
A Física, além de buscar o conhecimento do Universo, está presente em todos os
ramos da atividade humana. Por ser uma ciência abrangente e com implicações
importantes na nossa vida, o Manual de Física deve apresentar um conteúdo básico, mas
também permitir a constante atualização desse conteúdo, de suas implicações
tecnológicas e da própria compreensão de como os conhecimentos físicos têm sido
adquiridos.
Este Manual propõe ao aluno a iniciar seus estudos nessa ciência que tanto tem
contribuído para o contínuo avanço tecnológico do mundo que vivemos. Com este
manual pretende-se ajudar os alunos da 12ª classe a entender alguns fenómenos físicos e
ao mesmo tempo entender os aspectos históricos da sua descoberta bem como a sua
aplicação.
No final de cada tema, os alunos dispõem de exercícios modelos e exercícios de
aplicação com as suas respectivas soluções de modos a ampliar os seus conhimentos.
A coordenação de Física espera que o aluno possa usufruir desse manual de forma
prazerosa e proveitosa. Para que isso aconteça, procure lembrar-se Sempre de que você
só pode apreciar aquilo que conhece e obter conhecimento por um estudo contínuo,
esforço e persistência.
A Coordenação
2
3
O que Contém o Manual?
4
TEMA 1. FORÇAS E MOVIMENTOS
Dinâmica de uma partícula material em movimento
Movimento de um projéctil: Lançamento Horizontal e Oblíquo
Movimento circular no plano horizontal e vertical: Pêndulo Cônico e
Gravítico.
Cálculo do Alcance
Designa-se por alcance a abcissa do projéctil no instante em que este atinge o solo.
Sendo 𝑥 = 𝑣0 . 𝑡, substituindo nesta equação (3), obtem-se
2𝑦0
𝑥 = 𝑣0 . √
𝑔
𝑡=
𝑥 𝑔. 𝑥 2
𝑣0 𝑔.𝑥 2 𝑦 = 𝑦0 −
{ 1 → {𝑦 = 𝑦0 − 2𝑣0 2
→ 2𝑣0 2 Eqção de uma parábola.
𝑦 = 𝑦0 − 2 . 𝑔𝑡 2
5
Lei das Velocidades
Derivando em ordem do tempo as equações (1) e (2), obtém-se:
𝑣⃗ = v0⃗⃗⃗𝑒x – gt 𝑒⃗y,
A norma de 𝑣⃗ será:
‖𝑣⃗‖ = √𝑣0 2 + 𝑔2 𝑡 2
𝑥 = 𝑣0𝑥 . 𝑡 (1)
{ 1
𝑦 = 𝑣0𝑦 . 𝑡 − . 𝑔𝑡 2 (2)
2
𝑣⃗𝑜 = vo cos θ 𝑒⃗x + vo sin θ 𝑒⃗y
6
⃗⃗
Expressão cartesiana da velocidade 𝒗
𝑣⃗ = 𝑣0𝑥 ⃗⃗⃗⃗𝑒x +( 𝑣0𝑦 − 𝑔𝑡) 𝑒⃗y → 𝑣⃗ = v0 cos𝜃 𝑒⃗⃗x +( 𝑣0 𝑆𝑖𝑛𝜃 − 𝑔𝑡) 𝑒⃗y
Tempo de voo
Desprezando a resistência do ar, o tempo de subida é igual ao tempo de descida, onde o
tempo de voo é o dobro do tempo de subida.
2 𝑣0 𝑆𝑖𝑛𝜃
Tvoo = ts + td onde ts = td logo: Tvoo = 2ts → Tvoo = (6) tempo de voo
𝑔
7
Cálculo da altura máxima
Substituindo (5) em (2), obtem-se:
𝑣0𝑦 1 𝑣 1 𝑣0𝑦 2 𝑣0 2 𝑆𝑖𝑛2 𝜃
𝑦𝑚á𝑥 = 𝑣0𝑦 ( )− 𝑔( 0𝑦 )2 → 𝑦𝑚á𝑥 = . → 𝑦𝑚á𝑥 = altura máxima
𝑔 2 𝑔 2 𝑔
2𝑔
Cálculo de alcance
Substituindo o tempo de voo em (1):
𝑣0 2 𝑠𝑖𝑛2𝜃
2 𝑣0 𝑆𝑖𝑛𝜃 𝑥=
𝑥 = 𝑣0𝑥 . 𝑡voo → 𝑥 = 𝑣0 𝑐𝑜𝑠𝜃 . 𝑔
→ 𝑔 porque 2sinθ.cosθ = sin2θ.
Alcance máximo
A equação do alcance mostra que para um dado valor de vo e g, o alcance
depende do ângulo de lançamento, θ , será máximo, quando sin2θ for máximo, ou seja:
Sin2θ = 1 → 2θ = 900 → θ = 45o , isto que dizer que o alcance é máximo
quando θ = 45o
Aceleração
Derivando das leis velocidades, ou seja, (3) e (4) em ordem ao tempo, obtém-se:
⃗⃗
𝑎⃗x = 0 e ⃗⃗⃗ 𝑒⃗y
𝑎⃗y = - 𝑔
8
Conservação da energia no movimento dos projécteis
Desprezando a resistência do ar, a energia
mecânica mante-se constante durante o
movimento dos projécteis.
1
Em = 𝑚𝑣0 2
2
1
2
𝑚 𝑣0 2 = 1
𝑚𝑔 𝑦𝑚á𝑥 + 2 𝑚𝑣0𝑥 2 onde; 𝑣0𝑥 = 𝑣0 𝑐𝑜𝑠2θ
𝑣0 2 = 2 𝑚𝑔 𝑦𝑚á𝑥 + 𝑣0 2 𝑐𝑜𝑠 2θ → 2 𝑚𝑔 𝑦𝑚á𝑥 = 𝑣0 2 − 𝑣0 2 𝑐𝑜𝑠2θ = 𝑣0 2 (1 − 𝑐𝑜𝑠2θ)
𝑣02 (1− 𝑐𝑜𝑠2θ)
𝑦𝑚á𝑥 =
2𝑔
; sabe-que pela relação trigonométrica que 1 − 𝑐𝑜𝑠2θ = sin2θ, logo:
𝟐
𝒗𝟎𝟐 𝒔𝒊𝒏 𝜽
𝒚𝒎á𝒙 = Altura máxima
𝟐𝒈
Conclui-se que os valores das velocidades de partida e de chegada ao solo são iguais.
Expressões vectorias de 𝑣⃗ 0 e 𝑣⃗ Q
𝑣⃗0 = 𝑣0𝑥 ⃗⃗⃗⃗𝑒x + 𝑣0𝑦 ⃗⃗⃗⃗𝑒y ; 𝑣⃗Q = 𝑣𝑄𝑥 ⃗⃗⃗⃗𝑒x - 𝑣𝑄𝑦 ⃗⃗⃗⃗𝑒y sendo que 𝒗𝟎𝒙 = 𝒗𝑸𝒙 , conclui-se que:
𝒗𝟎𝒚 = - 𝒗𝑸𝒚 .
9
Ou seja, como a componente horizontal da velocidade se mantém constante durante todo o
percurso, os valores algébricos das componentes verticais das velocidades são simétricos em
pontos à mesma altura. Num dos pontos, o projéctil está a subir e no outro a descer.
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EXERCÍCIOS MODELOS SOBRE LANÇAMENTOS HORIZONTAL E OBLÍQUO
Solução:
𝑥 = 20𝑡
{ 1
𝑦 = 60 + (−10). 𝑡 2
2
𝒙 = 𝟐𝟎. 𝒕
{
𝒚 = 𝟔𝟎 − 𝟓𝒕𝟐
1.2. Equação cartesiana do vector posição no instante t.
𝟐𝒚𝟎 2.60
Aplicando a fórmula: t = √ →substituindo o valores dados t = √ 10 → t = 3,46 s ≈ 3,5 s
𝒈
Derivando ⃗⃗⃗
𝑟 em ordem ao tempo, obtém-se:
𝑑𝑟
⃗⃗⃗
𝑑𝑡
⃗⃗ = 𝟐𝟎 𝒆
= 𝑣⃗ = 20 𝑒⃗x -10𝑡 𝑒⃗y para t = 3,5 s → 𝑣⃗ = 20 𝑒⃗x -10. 3,5 𝑒⃗y → 𝒗 ⃗⃗x - 30 𝒆
⃗⃗y (m/s).
11
⃗⃗ ‖ = √(20)2 + (−10𝑡)2 = √400 + 100 𝑡 2 ;
‖𝑣
Cálculo de an
2 – Um corpo é lançado a partir do solo com a velocidade de 40 m/s, cuja a direcção faz um
ângulo de 600 com a horizontal.considere desprezável a resistência do ar e g = 10 m/s2.
Calcule:
2.1. O tempo de subida;
2.2. A altura máxima;
2.3. O alcançe;
2.4. para t = 5 s:
2.4.1. A abcissa de posição;
2.4.2. A altura a que o corpo se encontra do solo;
2.4.3. O vector posição
2.4.4. A velocidade
2.4.5. A aceleração e as respectivas componentes tangencial e normal.
Solução
Dados: v0 = 40 m/s, θ = 600, g = 10 m/s2, v0.sin600 = 34,8 m/s; v0.cos600 = 20 m/s.
34,8
Substituindo: t = 10
= 3,48 s → t = 3,48 s
Note que o aluno pode também calcular a altura máxima aplicando a lei das
𝟏
posiçõe𝑠 𝒚 = 𝒗𝟎𝒚 . 𝒕 − 𝟐 . 𝒈𝒕𝟐 , obterá o mesmo resultado.
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2.3. O alcançe
Podemos resolver usado a lei das posições, visto que o alcance atinge-se durante o tempo de
voo: 𝑥 = 𝑣0𝑥 . 𝑡voo ; recorde que tvoo = 2ts, então obtém-se: 𝑥 = 𝑣0 𝑐𝑜𝑠600 . 2 ts
substituindo os valores:
𝑥 = 40. 𝑐𝑜𝑠600 . 2. 3,48 = 140 m → 𝒙 = 𝟏𝟒𝟎 𝒎
𝒗𝟎 𝟐 𝒔𝒊𝒏𝟐𝜽
Note que o aluno pode também a equação 𝒙= para calcular o alcance.
𝒈
⃗⃗⃗ = 100 𝒆
𝑟⃗⃗⃗ = 𝑥 𝑒⃗x + 𝑦 𝑒⃗y ; logo: 𝒓 ⃗⃗x + 49 𝒆
⃗⃗y (m)
2.4.4. A velocidade, para t = 5 s.
Cálculo de at para t = 5 s.
Determina-se a norma de v
⃗⃗ na expressão da velocidade
Cálculo de an
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3 – Calcule a velocidade mínima que o carro que o carro deverá ter no ponto A, (veja
figura) para não cair dentro de água (g = 10 m/s2).
Resolução:
Cálculo do tempo que o carro demora a atingir a vertical do ponto B.
10
𝑥 = 𝑣0𝑥 . 𝑡voo → 10 = 𝑣0 . 𝑐𝑜𝑠300 𝑡voo → 𝑡voo = 0,87.𝑣 .
0
Resolução
Dados: 𝑣0 = 100 m/s ; d = 240 m; 𝑣0𝑥 = 𝑣0 .cos370 80 m/s ; 𝑣0𝑦 = 𝑣0 sin370 = 60 m/s.
Cálculo de 𝐴𝐵
Considera-se o triângula rectângulo [OAC]:
𝐴𝐶
tg370 = 𝑂𝐶 → 𝐴𝐶 = 240 . 0,75 = 180 m
𝐴𝐵 = 𝐴𝐶 - yB → 𝐴𝐵 = 180 – 135 = 45 m → 𝐴𝐵 = 45 m
4.2. Determine a velocidade 𝐯⃗⃗B do projéctil quando passa por B
⃗⃗ = 𝑣0𝑥 ⃗𝑒⃗x + 𝑣𝑦 𝑒⃗⃗y → v
v ⃗⃗ = 𝑣0𝑥 ⃗𝑒⃗x + (voy – gt) 𝑒⃗y ; para t = 3 s, obtém – se:
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⃗⃗B = 80𝑒⃗⃗x + (60 – 10 . 3) 𝑒⃗y → v
v ⃗⃗B = 80𝑒⃗⃗x + 30 𝑒⃗y (m/s)
4.3. – A – As equações das coordendas de posição do projéctil permitem concluir que a
posição do projéctil não depende da massa.
𝑥 = 𝑣0𝑥 . 𝑡
{ 1
𝑦 = 𝑣0𝑦 . 𝑡 − . 𝑔𝑡 2
2
Portanto, a afirmação é falsa.
B – Projéctil não pode atingir o ponto A porque está sujeito à aceleração da gravidade,
a equação da trajectória, obtida das coordenadas de posição é uma parábola.
5 – Lança-se uma bola obliquamente de um ponto à altura de 1,0 m acima do solo, e
antes de antigir a altura máxima, ela choca com uma parede vertical,à distância de 5,0
m do ponto de lançamento, com a velocidade: v ⃗⃗ = 10⃗𝑒⃗x + 5 𝑒⃗y (m/s). Considável
desprezável resistência do ar.
5.1. Determine a velocidade com que a bola foi lançada.
5.2. Calcule a altura, relativamente ao solo, a que a bola choca com a parede
Solução
Dados: x = 5,0 m ; y0 = 1,0 m ; v0x = 10 m/s ; vy = 5 m/s
5.1. a velocidade com que a bola foi lançada
A velocidade da bola ao chocar com aparede é: v
⃗⃗ = 10𝑒⃗⃗x + 5 𝑒⃗y (m/s)
Como é desprazável o atrito, o movimento segundo x e rectilíneoe uniforme:
v0x = 10 m/s. Podemos calcular o tempo que a bola demora a atingir o alcance de 5,0 m
𝑥 = 𝑣0𝑥 . 𝑡 → 5 = 10t → t = 5/10 = 0,5 s → t = 0,5 s
Cálculo de voy
Segundo y, o movimento é uniformemente retardado:
Vy = voy – gt.
A partir da equação dada, conclui-se que Vy = 5m/s substituindo os valores de Vy e t
obtém – se:
5 = voy – 10. 0,5 → voy = 5 + 5 → voy = 10 m/s
Cálculo de y.
Aplicando a lei das posições:
1
1
𝑦 = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 . 𝑡 − . 𝑔𝑡 2
2
→ 𝑦 = 1 + 10 . 0,5 − 2 . 10 . 0.52 → 𝒚 = 𝟒, 𝟖 𝒎
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS SOBRE LANÇAMENTOS HORIZONTAL E OBLÍQUO
1 – Do cimo de uma torre são lançados, no mesmo instante, dois corpos, A e B, com a
mesma velocidade e com inclinações, respectivamente, de 300 e 450 com a horizontal.
Supondo que ambos atigem o solo no mesmo ponto, calcule a razão entre os tempos de
𝟐
queda. Despreze a resistência do ar. Resposta: tA/tB = √𝟑
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Classifique as afirmações seguintes em verdades ou falsas, justificando, em cada caso, a
sua posição:
7.1. O valor da componente tangencial da aceleração, no ionstante t = 3,0 s, é 10,6 m/s2.
Resposta: Falsa
7.2. O valor da componente normal da aceleração, no instante t = 3,0 s, é 5,5 m/s2.
Resposta: Verdadeira
8 – Um projéctil é lançado obliquamente para baixo, com
a velocidade inicial 10 m/s. despreze a resistência do ar.
Determine:
8.1. O tempo de queda;
8.2. A velocidade em B;
8.3. O alcance;
⃗⃗B= 𝟗 𝒆
Resposta: tq = 2,4 s ; x = 21 m ; 𝒗 ⃗⃗x -29 𝒆
⃗⃗y (m/s)
8.4. As componentes tangencial e normal da aceleração,
quando o projéctil está a 10 m do solo.
Resposta: at = 9,4 m/s2 e an = 3,4 m/s2
9 – Um projéctil é lançado verticalmente para cima, com a velocidade inicial 𝑣⃗0 = 30𝑒⃗x
+ 20𝑒⃗y (m/s). Determine:
9.1. O ângulo de lançamento; Resposta: θ = 340
9.2. Aaltura máxima e o alcance; Resposta: ymáx = 20 m e x = 120 m
9.3. A velocidade mínima. ⃗⃗min = 𝒗
Resposta: 𝒗 ⃗⃗0x = 𝟑𝟎 𝒆
⃗⃗x (m/s)
10 – Um projéctil de massa 100 g é lançado obliquamente para cima, sendo a sua
velocidade no ponto P: 𝑣⃗ = 12 𝑒⃗x + 5 𝑒⃗y (m/s). Despreze a
resistência do ar. ( g = 10 m/s2). Calcule:
10.1. A velocidade inicial e o ângulo θ;
Resposta: ⃗𝒗⃗0 = 𝟏𝟐𝒆 ⃗⃗y (m/s); θ = 400
⃗⃗x + 𝟏𝟎𝒆
10.2. O tempo de subida e a altura máxima;
Resposta: ts = 1,0 s ; ymáx = 5 m
10.3. O raio da trajetória no instante em que a velocidade
tem o maior mínimo;
Resposta: r = 14 m
10.4. Os instantes em que o projéctil se encontra a 3,75 m do solo;
Resposta: t1 =0,5 s; t2 = 1,5 s
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10.5. As componentes tangencial 𝐹⃗ t e normal 𝐹⃗ n, da força que actua sobre o projéctil
quando este se encontra em P. Resposta: 𝐹⃗ t = −𝟎, 𝟑𝟖 𝒆⃗⃗t (N); 𝐹⃗ n = - 0,9 𝒆
⃗⃗n (N)
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MOVIMENTO CIRCULAR NO PLANO HORIZONTAL E VERTICAL
Das expressões (1) e (2) conclui-se que a tensão aumenta com o quadrado da velocidade
angular e com o ângulo θ. À medida que θ aumenta, cos θ diminui.
OBS: Para θ = π/2 → cos π/2 = 0, o que corresponde a uma tensão infinita.
Como se este valor é impossível, dado que não há tensões infinitas, conclui-
se que tensão nunca poderá ter a direcção horizontal.
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Considerando desprezável a resistência do ar, as forças que actuam no pêndulo são a
força gravítica, que se mantém constante, e a tensão do fio, que varia em direcção e
módulo durante o movimento.
Analise – se em seguida o diagrama de forças nas posições extrema, A, intermédia, B e
de equilíbrio C.
Posição A
Na posição extrema, A, dá-se a inversão do sentido do movimento e a velocidade da
partícula é nula.
Considerando um referencial Oxy, em que x tem a direcção da tangente à trajectória e y
a direcção da normal, as componentes da força gavítica são:
𝐹𝑔𝑥 = 𝐹𝑔 sin 𝜃𝑚
{
𝐹𝑔𝑦 = 𝐹𝑔 𝑐𝑜𝑠 𝜃𝑚
Na direcção do eixo dos yy, a resultante das forças, que é a força centripeta, é nula nesta
𝒎 𝑽𝑨 𝟐
posição; isto porque, sendo vA = 0 → Fc = = 0; em que o r = ℓ.
𝒓
Desde modo:
𝐹𝑔𝑥 = 𝐹𝑔 𝑠𝑖𝑛𝜃𝑚
∑ 𝐹⃗𝑥 = 𝐹⃗𝑔𝑥 → { →
𝑇𝐴 − 𝐹𝑔 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑚 = 0 𝑻𝑨 = 𝑭𝒈 𝒄𝒐𝒔𝜽𝒎
∑ 𝐹⃗𝑦 = 0
A aceleração da partícula em A
Componente tangencial da aceleração em A:
𝐹𝑔𝑥 = 𝐹𝑔 𝑠𝑖𝑛𝜃𝑚 → m 𝑎𝑥 = 𝑚 𝑔 𝑠𝑖𝑛𝜃𝑚 → 𝒂𝒙 = 𝐠 𝒔𝒊𝒏𝜽𝒎
20
hA = 𝑂𝐶 − 𝑂A´ ; Sendo que 𝑂𝐶 = l; 𝑂A´ = l 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑚 , assim
obtém –se:
POSIÇÃO B
Como a partícula passa por B com uma certa velocidade vB,
descrevendo um trajectória circular, está sujeita a uma força centripeda, 𝐹⃗𝑐 .
Assim sendo:
∑ ⃗⃗⃗
𝐹𝑥 = ⃗⃗⃗𝐹𝑔𝑥 = 𝐹𝑔 𝑠𝑖𝑛𝜃𝑚
{∑ 𝐹
⃗⃗⃗𝑦 = 𝐹
⃗⃗⃗𝑐 = 𝑇𝐵 − 𝐹𝑔𝑦 = 𝑚 𝑉𝐵 2 𝒎 𝑽𝑩 𝟐
𝑟
→ 𝑻𝑩 = 𝑭𝒈 𝒄𝒐𝒔𝜽𝒎 + 𝒓
𝒎 𝑽𝑩 𝟐
𝑻𝑩 = 𝑭𝒈 𝒄𝒐𝒔𝜽 +
𝓵
ax = 𝑔𝑠𝑖𝑛𝜽 ↔ at = 𝑔𝑠𝑖𝑛𝜽
𝑽𝑩 𝟐 𝑽𝑩 𝟐
ay = ↔ ac =
𝓵 ℓ
Aceleração em B
𝑽𝑩 𝟐
⃗⃗B = 𝒈𝒔𝒊𝒏𝜽 ⃗⃗⃗
𝑎⃗B = 𝑎⃗t ⃗⃗⃗𝑒t + 𝑎⃗n ⃗⃗⃗𝑒n ↔ 𝒂 𝒆t + ⃗⃗⃗
𝒆n
𝒍
Cálculo da velocidade em B
Sendo que:
hA = l - l 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑚
hB = l - l 𝑐𝑜𝑠𝜃
Substituindo na equação obtida acima, obtém-se:
𝒗𝑩 𝟐 = 𝟐𝒈 𝒍 (𝒄𝒐𝒔 𝜽 − 𝒄𝒐𝒔𝜽𝒎 )
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Posição C
⃗⃗𝑐 𝑒 𝐹⃗𝑔 é a força centripeta, perpendicular à
A resultante entre 𝑇
trajectória. A componente tangencial 𝐹⃗𝑔𝑡 é 𝑛𝑢𝑙𝑎. Assim:
∑ 𝐹⃗𝑥 = 0
𝒎 𝑽𝒄 𝟐
∑ ⃗⃗⃗
𝐹𝑦 = ⃗⃗⃗
𝐹𝑐 = 𝑇𝑐 − 𝐹𝑔 = 𝐹𝑐 → 𝑻𝒄 = 𝑭𝒈 + 𝒍
𝑻𝑨 = 𝑭𝒈 𝒄𝒐𝒔𝜽𝒎 𝒎 𝑽𝑩 𝟐 𝒎 𝑽𝒄 𝟐
𝑻𝑩 = 𝑭𝒈 𝒄𝒐𝒔𝜽 + 𝑻𝒄 = 𝑭𝒈 +
𝒍 𝒍
e, sabendo que: >
⃗⃗ = 𝐹⃗𝑔 = 𝐹⃗𝑐 = 0.
No caso de um corpo estar em repouso na posição de equilíbrio: 𝑇
Partícula suspensa por um fio que descreve um volta completa no plano vertical
Análise das forças que actuam sobre a partícula nos pontos A, B, C e D:
Em A
Na direcção do eixo xx, a resultante das forças é nula, e na direcção do
eixo yy, a resultante é a força centripeta:
∑ 𝐹⃗𝑥 = 0
𝒎 𝑽𝑨 𝟐
∑ 𝐹⃗𝑌 = 𝐹⃗𝑐 → 𝑇𝐴 − 𝐹𝑔 = 𝐹𝑐 → 𝑻𝑨 = 𝑭𝒈 + 𝒓
Em B
𝒎 𝑽𝑩 𝟐
𝑻𝑩 = 𝑭𝒈 𝒄𝒐𝒔𝜽 + 𝒓
22
𝑣𝐵 e 𝐹⃗𝑔𝑥 têm sentidos opostos, o movimento é retardado.
Como a velocidade ⃗⃗⃗⃗⃗
Em C
A componente tangencial da força gravítica é nula; a
resultante das forças na direcção do eixo dos yy é a força
centripeta.
𝒎 𝑽𝑩 𝟐
∑ 𝐹⃗𝑌 = 𝐹⃗𝑐 → 𝑐 → 𝑻𝒄 = + 𝒎𝒈
𝒓
𝒎 𝑽𝑫 𝟐
𝑻𝑫 = - 𝑭𝒈 𝒄𝒐𝒔𝛉´
𝒓
Resumindo:
O movimento da partícula é retardado na subida e acelerado na descida;
A tensão diminui da A até C e aumenta em sentido contrário;
A velocidade mínima que a partícula deve ter no ponto mais alto para dar volta
completa é 𝒗𝒄 = √𝒈 𝒓.
23
_____________________________________________________________________________
𝑴𝑮 𝟏 𝑴𝑮
Respostas: ω = √ ; ℓ´ = ℓ → ω´= 2 √
𝒎ℓ 𝟒 𝒎ℓ
24
4 – Um tubo perfeitamente lisa, de comprimento 20 cm, está
articulado num eixo vertical de rotação com a qual faz um ângulo
de 30o. No anterior do tubo existe uma pequena esfera.
Considere que o ângulo se mantém constante durante o
movimento ( 𝑔 = 10 m/s2 ). Determine:
4.1. O valor máximo da velocidade angular, ω, com que o tubo
pode girar em torno do eixo vertical, para que a esfera permaneça
em equilíbrio no seu interior;
4.2. O valor da força centripeta que actua sobre a esfera, admitindo que esta tem a
massa de 100 g.
Respostas: ω = 13 rad/s ; Fc = 1,7 N
5 – Uma pequena esfera de massa 0,20 kg está suspensa de um
ponto O por um fio inextensível de comprimento 1,0 m e massa
desprezável. O pêndulo assim constituído é afastado da vertical
de um ângulo de 18o. A esfera é lançada dessa posição com a
velocidade, 𝑣⃗o, tangente à circunferência de centro O e dirigida
para baixo. Suponha desprezáveis o atrito e a resistência.
Calcule:
5.1. A energia potencial do sistema pêndulo-Terra, quando se encontra na posição A;
5.2. O valor mínimo da velocidade, 𝑣⃗o, para que a esfera execute uma volat completa em
torno do ponto O, sem que o fio deixe de ficar esticado.
Respostas: EPA = 0,1 J ; vO mínimo = 7 m/s
6 – Um pêndulo gravítico é constituído por uma pequena
esfera de massa m ligada a uum fio ideal de
comprimento ℓ = 1,0 m.
O pêndulo oscila entre as posições extremas A e B em
que o fio forma um ângulo de 90o com a vertical.
Despreze o atrito e determine:
6.1. O módulo da velocidade da esfera no instante em o
fio forma um ângulo de 37o com a vertical (posição C);
6.2 O módulo da aceleração da esfera na posição C.
Respostas: vC = 4, 0 m/s ; a = 1,7 x 10 m/s2
7 - Um pequeno carro de controlo remoto, massa 1,0 kg, percorre, com movimento
circular uniforme, a pista representada na figura, de raio
4,0 m. Calcule:
7.1. A força exercida pelo carro sobre a pista, nos pontos
A e B.
25
7.2. A resultante das forças que actuam sobre o carro em B.
⃗⃗B = 1,5 x10 𝒆
Respostas: 𝑭 ⃗⃗y (N) ; FR = 2,5 x 10 N
______________________________________________________________________
Lista de Exercícios Propostos
1 – Considere uma esfera de massa l, inextensível e de massa desprezável, suspensa de
um ponto O, que roda no plano horizontal, com a velocidade
angular constante,ω. O fi faz constantemente um ângulo θ com
a vertical. Despreze a resistência do ar.
Indique, justificandom, se são verdadeiras ou falsas as
seguintes afirmações:
A – Quando se diminui o comprimento ℓ do fio, mantendo a
velocidade angular, ω, constante, aa intesidade da força de
tensão do fio aumenta. RESPOSTA: F
B – Mantendo o comprimento d fio e diminuindo o período do movimento circula, a
intensidade da força de tensão do fio aumenta. RESPOSTA: V
2 – Um corpo de massa m, suspenso por um fio de comprimento ℓ, descreve uma
trajectória circular dev raio r no plano horizontal. Sendo 𝑔 aceleração de gravidade,
mostre que:
𝑣2
2.1. O valor da tensão T, do fio é dada pela expressão: 𝑇 = √𝑔2 + 𝑟2
2.2. O tempo T que o corpo demora a efectuar uma volta completa é dado pela
𝑙 𝐶𝑜𝑠𝜃
expressão: T = 2𝜋 √ 𝑔
26
3.1. Em que qual do casos assinalados, é maior a tensão do fio ? Justifique.
RESPOSTA: TB > TA
3.2. Em qual das situações, (a) ou (b), é maior a energia mêcanica do sitema esfera-
terra? Justifique. RESPOSTA: EmB >EmA
4 - A figura representa um corpo de massa m, a descrever um trajectória circular no
plano vertical. O referido corpo está amarrado por um fio de
comprimento ℓ, fixo no ponto O.
4.3. v = √𝒈 𝓵
5 – Uma pedra suspensa de um fio descreve, com movimento uniforme, uma trajectória
circular num plano horizontal.
Poderá o ponto de suspensão do fio estra contido no plano da trajectória? Justifique.
6 – Uma partículade massa m, está presa a uma das xtremidades de um fio inextensível,
de comprimento ℓ,. A outra extremidade do fio esta fixa no ponto O.
Abandona-se a partícula, com o fio esticado na posição horizontal (AO), ela passa a
executar um movimento pendular no plano vertical. Considere desprezáveis o peso do
fio, a resistência do ar e o atrito.
6.1. Represente as forças que actuam apartícula na posição B.
6.2. Determine a tensão do fio na posição B.
27
6.3. Quando a tensão do fio atinge o seu valor máximo, em que posição se encontra a
partícula?
6.4. Calcule o valor da velocidade da partícula no ponto C.
Resp: 9.2. TB = 3 m g cos θ ; posição C ; vc =
√𝟐 𝒈 ℓ
7 – Um pêndulo gravítico simples oscila entre as
posições extremas A e D. Classifique as
afirmacções seguintes em verdadeiras ou falsas:
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9.3. Da tensão do fio;
9.4. Da velocidade angular, quando o corpo perde o contacto com a superfície.
Resp: v = 4 m/s ; R = 260 N; T = 350 N; ω = 2,1 rad/s.
CENTRO DE MASSA
Nos sistemas citados, o movimento de cada uma das partículas é complicado, mas há
uma ponto que tem um movimento simples – é o centro de massa.
- se uma raquete é lançada de um jogador para outro, o centro de massa descrev uma
parábola.
- O centro de massa dos estilhaços de uma granada após a explosão descreve uma
parábola.
29
- O centro de massa de duas esferas colidem numa superfície horizontal descreve uma
trajectória rectilínea.
𝑚1 𝑥1 +𝑚2 𝑥2 +⋯+ 𝑚𝑛 𝑥𝑛 ∑𝑛
𝑖=1 𝑚𝑖 𝑥𝑖 1
𝑋𝐶𝑀 = = = ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑥𝑖
𝑚1 +𝑚2 +⋯+𝑚𝑛 ∑𝑛
𝑖=1 𝑚𝑖 𝑚
𝑚1 𝑦1 +𝑚2 𝑦2 +⋯+ 𝑚𝑛 𝑦𝑛 ∑𝑛
𝑖=1 𝑚𝑖 𝑦𝑖 1
𝑦𝐶𝑀 = = = ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑦𝑖
𝑚1 +𝑚2 +⋯+𝑚𝑛 ∑𝑛
𝑖=1 𝑚𝑖 𝑚
𝑚1 𝑧1 +𝑚2 𝑧2 +⋯+ 𝑚𝑛 𝑧𝑛 ∑𝑛
𝑖=1 𝑚𝑖 𝑧𝑖 1
𝑍𝐶𝑀 = = = ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝑧𝑖
𝑚1 +𝑚2 +⋯+𝑚𝑛 ∑𝑛
𝑖=1 𝑚𝑖 𝑚
30
Estas três equações escalares podem ser sintetizadas numa equação vectorial que define
o vector posição do centro de massa, 𝑟⃗CM . Assim:
⃗⃗CM = 𝑿𝑪𝑴 ⃗⃗⃗⃗
𝒓 𝒆x + 𝒀𝑪𝑴 ⃗⃗⃗ ⃗⃗z
𝒆y + 𝒁𝑪𝑴 𝒆 (1)
Sabendo que, para uma partícula genérica, i, o vector posição é:
⃗⃗i = 𝑿𝒊 ⃗⃗⃗⃗
𝒓 𝒆x + 𝒀𝒊 ⃗⃗⃗ ⃗⃗z
𝒆y + 𝒁𝒊 𝒆
O centro de massa não tem que ser, necessariamente, um ponto sistema. É o caso de um
anel, em o CM está no centro geométrico e não coincide com nenhuma partícula.
31
1 𝑑𝒓
⃗⃗𝑪𝑴 1 ⃗⃗𝑖
𝑑𝒓
⃗⃗CM = ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝒓
𝒓 ⃗⃗𝑖 → 𝑑𝑡
=
𝑚
∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖
𝑑𝑡
Obtém-se a velocidade do centro de
𝑚
massa do sistema:
1
⃗⃗CM
𝒗 = ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 𝒗
⃗⃗𝑖 (4)
𝑚
⃗⃗⃗⃗ = m𝒗
𝒑 ⃗⃗CM (5)
Note: O momento linear do centro de massa é igual ao momento linear do sistema.
Derivando em ordem ao tempo os dois membros da equação (5), obtém-se:
𝑑𝒑
⃗⃗⃗⃗
𝑑𝑡
⃗⃗𝐶𝑀
=m𝒂
⃗⃗𝐢
𝐝𝐩
Mas ∑𝐧𝐢=𝟏 = 𝐅⃗𝐢 é soma de todas as forças exteriores e interiores que actuam em
𝐝𝐭
cada uma das partículas.
⃗⃗𝑖 = ∑𝑛𝑖=1 𝑭
∑𝑛𝑖=1 𝑭 ⃗⃗𝑖(𝑒𝑥𝑡) + ∑𝑛𝑖=1 𝑭
⃗⃗𝑖(𝑖𝑛𝑡)
Como as forças interiores ao sistema têm resultantes nula porque constituem pares
acção –reacção, apenas as forças exteriores contribuem para o movimento do centro de
massa. Assim, a equação (6) toma a forma:
32
Lei da conservação do momento linear
Da le fundamental de Newton conclui-se que, em qualquer referencial inercial, se:
ou
𝒅𝒑
⃗⃗⃗⃗⃗
= ⃗𝟎⃗ ⃗⃗⃗⃗ = constante
→ 𝒑
𝒅𝒕
Exercícios modelos
1 - Determine as coordenadas do centro de massa de um sistema constituido por três
partículas da massas: mA = 2,0 kg, mB = 4,0 kg e mC = 5,0 kg, localizadas,
respectivamente:
1.1. Nos pontos A(1 m; 3 m) ; B (5 m ; 9 m);
1.2. Nos vértices de um triângulo equilátero de 1, 0 m de lado.
Resp: 1.1. XCM = 5,6 m ; YCM = 6,5 m 1.2. XCM = 0,6 m ; YCM = 0,4 m
2 – Três partículas A, B e C de massas respectivamente iguais a 2,0 g ; 3,0 g e 4,0 kg ,
estão em movimento, sendo os vectores posição, em relação à origem de referencial
inercial.
𝑟⃗A = 1,0 𝑡 2 𝑒⃗x + 2,0 𝑡𝑒⃗y -2,0 𝑒⃗z (m)
𝑟⃗B = 2,0 𝑡𝑒⃗x + 3,0 𝑒⃗y + 4,0 t 𝑒⃗z (m)
𝑟⃗C = 2,0 𝑡𝑒⃗x + 2,0 𝑡 2 𝑒⃗y + (2,0 t + 5,0) 𝑒⃗z (m)
2.1. Determine a velocidade do centro de massa do sistema das três partículas no
instante t = 3,0 s.
2.2. Indique se é isolado o sistema das três partículas.
33
3 – Uma chapa homogénea de espessura constante tem a forma e as dimensões
representadas na figura. Calcule a posição do centro de massa.
Resposta: m = 41 kg
____________________________________________________________
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1 - Determine o vector posição do centro de massa do sistema representado.
34
massa m1 e m2 à distância d uma da outra.
2.1. Mostre que as distâncias das esferas ao centro de massa variam na razão inversa das
respectivas massas.
2.2. Qual seria a posição do CM se as massas das esferas fossem iguais?
3 – Considere que no exercícios anterior m1 = 2,0 kg , m2 = 4,0 kg e d = 1,0 m.
3.1. Calcule a posição do CM
3.2. Se as esferas estivessem ligadas por uma vara homogénea e de secção constante, de
massa 600 g e comprimento 1 m, qual seria a posição do CM
4 – Quatro esferas estão dispostas nos vértices de um quadrado de 1,0 m de lado.
Classifique as afirmações seguintes como verdadeiras ou
falsas.
A – A posição do CM depende do refencial inercial
escolhido.
B – O vector posição do CM é 𝑟⃗CM = 0,5 ⃗⃗⃗𝑒x + 0,8 𝑒⃗y (m)
Resposta: A – F ; B - V
35
5 - Determine as coordendas do CM de cada uma das chapas homogéneas
representadas.
36
Determine a posição do CM do sistema constituído pelas duas barras.
Resposta: XCM = 0,50 m
7 – Duas partículas de massas m1 = 4,0 kg e m2 = 2,0 kg deslocam-se no plano xoy com
as velocidades 𝑣⃗1 = 2 𝑡 ⃗⃗⃗𝑒x + 3 𝑒⃗y (SI) ; 𝑣⃗2 = 3𝑡 ⃗⃗⃗𝑒x (SI). Calcule:
7.1. A velocidade e a aceleração do CM do sistema;
7.2. A resultante das forças exteriores que actuam no sistema;
7.3. A velocidade da cada uma das partículas em relação ao CM, no instante t = 1,0 s;
7.4. O movimento linear do sistema em relação ao CM.
37
Num dado instante, empurram-se mutuamente e, ao afastarem-se, a velocidade de A em
relação a B tem o valor de 8 m/s. Determine os valores das velocidades adquiridas por
cada um dos astronautas.
Resp: VB = 4,3 m/s ; VA = 3,7 m/s
12 – Um granada de mão de massa m é lançada verticalmente, para cima, com a
velocidade 10 m/s. Ao atingir a altura máxima, explode, dividindo-se em três
fragmentos: um, de massa m/4, seguehorizontalmente para direita, com velocidade 12
m/s; outro, de massa m/2, sobe na vertical, com a velocidade 8 m/s . Considere
desprezável o atrito. Calcule:
12.1. A direcção, sentido e módulo da velocidade do terceiro fragmento;
12.2. A que distância da vertical de lançamento, o fragmento que segue horizontalmente
atinge o solo.
Resp: θ = 53o; V = 20 m/s; x = 12m
Se a força 𝐹⃗ que actua num corpo durante um certo intervalo de tempo ∆t, for
constante, o impulso define-se pelo produto:
𝐼⃗ = 𝐹⃗ ∆t
Se a força tiver a direcção do eixo dos xx e sentido positivo,
o impulso é numericamente igual à área sombreada da
figura.
38
O impulso é igual à área sombreada e calcula-se considerando-a como a soma de áreas
elementares. Neste caso, o impulso da força média, 𝐹⃗𝑚é𝑑 , é igual ao impulso da força
variável, porque as respectivas áreas são iguais.
𝑰⃗ = 𝑭
⃗⃗𝒎é𝒅 ∆t (1)
𝒑
𝒅⃗⃗⃗⃗⃗ 𝒑
∆⃗⃗⃗⃗⃗
Sendo: 𝐹⃗ = ⃗⃗𝒎é𝒅 =
→𝑭 (2)
𝒅𝒕 ∆𝒕
𝐹⃗𝑚é𝑑 ∆t = ∆𝒑
⃗⃗⃗⃗ → 𝑰⃗ = ∆𝒑
⃗⃗⃗⃗ = 𝒑
⃗⃗𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 - 𝒑
⃗⃗𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 (3)
Colisões
As colisões entre dois corpos que se processam sem transferência de massa de um corpo
para o outro e sem fragmentação têm a seguinte classificação:
Colisão elástica: Os corpos continuam separados após a colisão, mas a velocidade de
cada um deles varia; o momento linear mantém-se constante e a energia cinética
final é igual à energia cinética inicial.
39
Colisão inelástica: Os corpos continuam separados após a colisão e a energia cinética
final é inferior à energia cinetica inicial; o momento linear mantém-se constante.
A percentagem de energia cinetica dissipada calcula-se através da expressão:
𝑬𝑪 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 − 𝑬𝑪 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍
% 𝑬𝒅𝒊𝒔𝒔 = x 100 (1)
𝑬𝑪 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍
Exemplo:
A esfera A colide com a esfera B que estava separada e seguem em direcções diferentes.
40
Um projéctil de massa mp é disparado contra um bloco de massa mB e fica incrustado
nele.
A percentagem da energia dissipada é dada pela expressão (1)
Pêndulo Balístico
Um projéctil de massa m é disparado contra um pêndulo de massa M e após a colisão o sistema
( projéctil + pêndulo) sobe a uma altura h.
Exercícios Modelos
41
velocidade ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣𝑝 = 60 𝑒⃗𝑥 (SI), ficando este incrustado na esfera. Despreze a resistência do
ar. Determine:
2.1. A velocidade do sistema imediatamente após a colisão;
2.2. A percentagem de energia dissipada durante a colisão e classifique esta colisão;
2.3. A que distâmcia do ponto de lançamento o sistema atinge o solo.
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
Resp: 𝒗 ⃗⃗𝒙 (m/s) ; %Ediss = 83 %. ; x = 20 m
𝑪𝑴 = 1,0 𝒆
42
6.3. Em (c) descreve-se um processo possível de uma colisão inelástica.
Resp: 6.1 - F; 6.2 – F;
7 - Um corpo A, de 200 g de massa, inicia ( no ponto P) o seu movimento ao longo de
um plano inclinado. Ao fim de 2,0 s atinge a base deste ( ponto Q) e continua a mover-
se num plano horizontal. No instante em que A parte de P, um outro corpo B, de igual
massa, parte do ponto R, no sentido indicado na figura . Os dois corpos sofrem uma
colisão elástica no instante t´.
Os módulos dos momentos lineares A e B são dados (em unidades SI) por:
43
7.1. Mostre que a resultante das forças exteriores que actuam num sistema de
partículas é igual a M aCM (t) onde M e aCM dsignam-se, respectivamente, a massa total do
sistema e a aceleração do centro de massa.
Utilize o teorema anterior para calcular a grandeza da aceleração do centro de massa do
sistema considerado, em qualquer instante t [0;2s].
7.2. Localize o ponto onde se deu a colisão e calcule a distância entre A e B, 1,0 s apos
ele ter ocorrido.
Resposta: aCM = 2,0 x 10-1 m/s2 ; ponto: XA = 0,2 m ; YB = -0,8 m ; d = 1, 0 m
Exercícios Propostos
______________________________________________________________________
1 – Classifique como verdadeiras ou falsas as afirmações seguintes:
A – O impulso de uma força que actua num corpo é igual ao momento linear do corpo.
B - O momento linear de um corpo tem o mesmo valor do impulso da força que o faz
parar.
C – se a resultante das forças exteriores que actuam num sistema de partículas for nula,
o momento linear também é nulo.
D – Se num sistema só actuam forças exteriores, o momento linear mantém-se
constante.
E - dois corpos com velocidades iguais têm momentos lineares iguais.
F – Quando colidem duas esferas de massas iguais que se deslocam sem atrito com
velocidade simétricas, a velocidade do centro de massa do sistema é nula.
G – Numa colisão elástica, as velocidades dos corpos variam, mas a energi cinética
inicial permanece constante.
H – Numa colisão inelástica, os corpos têm a mesma velocidade ao separarem-se
I – Numa colisão perfeitamente inelástica, os corpos permanecem juntos, o momento
linear do sistema é constante e a energia dissipada tem valor máximo possível.
J – Uma esfera A de massa m desloca-se om velocidade constante numa superfície
horizontal lisa e colide com uma esfera B de massa 2 m, em repouso. O momento linear
do sistema antes e depois da colisão é representado pelo gráfico.
44
Resp: A – F; B –V; C – F ; D – V; E – F; F – V; G – V; H – F; I – V; J - F
2 – O carro de massa M desloca-se com velocidade, ⃗⃗⃗⃗⃗,
v𝐶 numa superfície horizontal de
atrito desprezável. Num dado instante corta-se o fio que mantém suspenso
o corpo de massa m e este cai sobre o carro passando o sistema a deslocar-
se com a velocidade v⃗⃗.
Calcule:
4.1. A velocidade de A em relação a B, antes da colisão;
4.2. As velocidades das esferas após a colisão.
45
6 – Um patinador com a massa de 60 kg está parado numa superfície gelada e atira
horizontalmente uma pedra de massa 2 kg com a velocidae de v
⃗⃗ = 6 𝑒⃗𝑥 (m/s). Calcule:
6.1. A velocidade inicial adquirida pelo patinador
6.2. A distância percorrida pelo patinador,
sabendo que o coeficiente de atrito cinético entre
os patins e o gelo é 0.02.
RESP: 6.1 – No instante em que é lançada a
pedra; 6.2 - ∆x = 0,1 m
7 – Um projéctil de massa 20 g é disparado
horizontalmente contra o bloco de massa 5 kg,
inicialmente em repouso e ligado a uma mola de
constante elástica 3,2 . 102 N.m-1. Após o
disparo, o projéctil fica incrustado no bloco e a
mola é comprimida 10 cm.
Calcule a velocidade com que o projéctil foi
disparado.
46
10 - Um projéctil de massa m desliza sobre um plano horizontal com v⃗⃗ = 80 𝑒⃗𝑥 (m/s).
Num dado instante o projéctil explode, dividindo-se em dois fragmentos A e B, que
continuam a deslocar-se no plano horizontal. O fragmento A move-se com velocidade
𝑣𝐴 de valor 50 m/s, numa direcção que faz um
⃗⃗⃗⃗⃗
ângulo de 30o com a direcção de v ⃗⃗. Desprezando o
atrito e a resistência do ar e considerando mA = 2 mB,
determine:
10.1. A velocidade do fragmento B;
10.2. A velocidade do fragmento A em relação ao centro de massa do sistema.
⃗⃗𝒙 -5,0 x 10 𝒆
RESP: 𝐯⃗⃗B = 1,53x102 𝒆 ⃗⃗𝒚 (m/s); 𝐯⃗⃗A/CM = -3,7 x 10 𝒆
⃗⃗𝒙 + 2,5 x 10 𝒆
⃗⃗𝒚 (m/s);
47
13.2. Calcule a velocidade do projéctil;
13.3. Calcule a percentagem de energia dissipada durante a colisão.
⃗⃗𝒑 = 2,8 x 102 𝒆
RESP: Colisão perfeitamente inelástica; 𝒗 ⃗⃗𝒙 (m/s) ; Ediss = 99%
48
TEMA 3 - DINÂMICA DE ROTAÇÃO DE UM SISTEMA DE PARTÍCULAS.
Momento ângular de um sistema de partículas
3.1. Aceleração angular
Momento de uma força
Binário de forças
Momento angular
Lei da conservação do momento angular
Momento de InérciaEnergia cinética de um sistema de partículas animadas de
movimento de rotação uniforme em torno de um eixo fixo pelo centro de massa.
⃗⃗
Aceleração angular, 𝛂
⃗⃗ , é uma grandeza vectorial que mede a variação
A aceleração angular , 𝛂
temporal da velocidade angular; o seu valor será tanto maior quanto mais
rápida for a variação da velocidade angular.
𝒅𝝎
⃗⃗⃗⃗
⃗⃗ =
𝛂
𝒅𝒕
Características:
- direcção: a mesma de 𝜔
⃗⃗;
- sentido: O mesmo de 𝝎 ⃗⃗⃗⃗, se a velocidade angular aumentar em módulo (a); oposto ao
de 𝝎⃗⃗⃗⃗, se a velocidade angular diminuir em módulo (b).
⃗⃗⃗⃗ é perpendicula ao plano da rotação; o sentido de 𝝎
A direcção de 𝝎 ⃗⃗⃗⃗ é determinado pelo
polegar da mão direita , quando se encurvam os dedos no sentido da rotação.
49
Relação entre aceleração angular e a componente tangencial da
aceleração
Sendo V = ω r ; com r constante, obtémse por derivação:
𝑑v 𝑑ω
at = =r = r .α ↔ at = α.r
𝑑𝑡 𝑑𝑡
50
Efeito rotativo de uma força
Se aplicarmos uma força a um corpo que tem um eixo fixo, esta força pode provocarno corpo
um movimento de rotação.
Características de ⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝑜
⃗⃗ e ⃗𝑭⃗. Ou seja, a direcção do eixo de
- direcção: perpendicular ao plano definido por 𝒓
rotação da chave.
- sentido: determinado pela regra da mão direita: ´´ Colocam-se os quatro dedos da
mão direita na direcção de 𝑟⃗ e fecha-se a mão encurvando os dedos no sentido da
51
rotação que a força tende a comunicar ao corpo. O sentido do momento é o sentido em
que aponta o polegar ´´.
Será positivo, se o polegar apontar para cima (a) e nagativo no caso contrário (b);
- Norma: ‖⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑀𝑜 (𝐹 ⃗⃗⃗) ‖ = ‖𝑟⃗ ‖. ‖𝐹⃗ ‖. sin θ (1)
Binário de forças
O binário de forças, é um sistema de duas forças com a mesma intensidade, linhas de
acção paralelas e sentidos opostos.
Ex: Para fazer rodar um volante, aplica-se um binário.
52
A distância, medida na
perpendicular, entre as linhas
de acção das duas forças
designa-se por braço do
binário, b.
A resultante das forças que
constituem o binário é nula:
∑ 𝐹⃗ = 𝐹⃗ 1 + 𝐹⃗ 2 = ⃗0⃗
O momento do sistema ou momento resultante é diferente de zero.
⃗⃗⃗binário = 𝑀
𝑀 ⃗⃗⃗F1 + 𝑀
⃗⃗⃗F2
⃗⃗⃗binário = − 𝑏 ‖𝐹
𝑀 ⃗⃗1 ‖ ⃗⃗⃗⃗+ 𝑏
𝑒𝑧 − ‖𝐹 ⃗⃗ 2‖⃗⃗⃗
𝑒𝑧 com ‖𝐹⃗ 1 ‖ = ‖𝐹⃗ 2‖ = ‖𝐹⃗ ‖
2 2
Neste caso, o momente do binário está dirigido no sentido negativo do eixo dos zz, como se
verifica utilizando a regra da mão direita.
Será:
53
Entre as duas posições tem-se (c).
Analogamente:
Momento angular
O momento angular é, no movimento de rotação, a grandeza equivalente ao momento
linear no movimento de translação.
54
Características de ⃗⃗𝓵:
⃗⃗ e 𝒑
Direcção: perpendicular ao plano definido por 𝒓 ⃗⃗;
Sentido: dado pela regra da mão direita. No caso representado na figura, está
orientado para cima;
Norma: ‖𝓵 ⃗⃗‖ = ‖𝑟⃗ ‖. ‖𝑝⃗ ‖. sin θ
⃗⃗‖ = 𝒓. 𝒎𝐯 → ‖𝓵
‖𝓵 ⃗⃗‖ = 𝒎 𝒓2 ω
⃗⃗1 + 𝓵
⃗⃗ = 𝓵
𝑳 ⃗⃗2 + … + 𝓵
⃗⃗n → 𝑳 ⃗⃗i
⃗⃗ = ∑𝒏𝒊=𝟏 𝓵
⃗⃗ = ∑𝒏𝒊=𝟏(𝒎i 𝒓
𝑳 ⃗⃗2i) 𝝎
⃗⃗⃗⃗ a unidade é [kg.m2.s-1] (3)
55
Lei da variação do momento angular ou lei fundamental da dinâmica de
rotação – o momento resultante, relação a um ponto fixo num referencial
inercial, de todas as forças exteriores aplicadas a um sistema de partículas é
igual a taxa de variação temporal do momento angular do sistema em
relação ao mesmo tempo.
⃗⃗
𝑑𝓵
Em que condições se anulará 𝑑𝑡
?
Aplicação: Quando uma bailarina está a rodar e quer aumentar a velocidade de rotação, fecha
os braços.
Assi, as várias porcões do corpo ∑ 𝑚𝑖. v𝑖2 ficam mais próximas do eixo de rotação.
56
Quando quer diminuir a velocidade de rotação, abre os braços.
Como é nulo o momento das forças que actuam sobre a bailarina, o momento angular
mantém-se constante.
Momento de Inércia
⃗⃗⃗
Onde 𝜶 é a aceleração angular
I = ∑𝑛
𝑖=1(𝑚i 𝑟 ⃗2i) é o momento de inércia do sistema de n partículas,
sendo ri a distância ao eixo de rotação da partícula de massa mi.
O momento de inércia mede a inércia de rotação, isto é, a medida da oposição do
corpo à variação da velocidade de rotação.
A unidade SI do momento de inércia é o quilograma metro quadrado ( kg m2).
57
Energia cinética de um sistema de partículas animadas de movimento de
rotação uniforme em torno de um eixo fixo que passa pelo centro da massa
𝑛 1 1 1 1 1
Ec = ∑𝑖=1 𝑚iv𝑖 2 → Ec = ∑𝑛𝑖=1 𝑚i v𝑖 2 → Ec = ∑𝑛𝑖=1 𝑚iω2ri2
2 2 2 2 2
1 1 1 𝟏
Ec = ω2∑𝑛
𝑖=1 𝑚iri2 → Ec = ω2 I → Ec = I ω2
2 2 2 𝟐
58
Comparando a energia cinética de rotação com a energia cinética de translação de um corpo,
E = ½ m.v2, vê-se que a massa corresponde o mpmento de inércia e à velocidade linear
corresponde a velocidade angular.
____________________________________________________________________________
EXERCÍCIOS MODELOS
59
2 - Uma partícula move-se numa trajectória circular de raio r = 20 cm, com a aceleração
tangencial de módulo constante, tendo partido do repouso. No momento em que completa a
terceira volta, o módulo da sua velocidae é de 100 cm/s. Determine:
RESP: ⃗𝑴
⃗⃗⃗o = 𝒓
⃗⃗ x ⃗𝑭⃗ ; ⃗𝑴
⃗⃗⃗p = 𝒓
⃗⃗ ´x ⃗𝑭⃗ ; ⃗𝑴 ⃗⃗⃗o + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗p = ⃗𝑴 𝑷𝑶 x ⃗𝑭⃗ ; ⃗𝑴 ⃗⃗⃗o + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗p = ⃗𝑴 𝑷𝑶 x ⃗𝑭⃗resultante
4 - Um pequeno bloco de massa 40 g descreve uma trajectória circular de 20 cm de raio, sobre
uma superf[icie horizontal sem atrito, com a velocidade angular 1,5
rad/s. Num determinado instante puxa-se o fio, reduzindo o raio da
trajectória para 10 cm. Calcule:
⃗⃗ = -2,4 x 10-3 𝒆
RESP : 𝓵 ⃗⃗x ; ωf = 6 rad/s; ∆Ec = 5,4 x 10-3 J ; WF = 5,4 x 10-3 J
5 – Um corpo de massa 1 kg, move-se sobre uma circunferência de raio igual a 2 m. O
valor do movimento angular em relação ao centro da circunferência depende do tempo
segundo a equação ℓ = 6 t (t). Determine:
5.1. O valor do momento resultante sobre a partícula;
5.2. O valor da velocidade angular da partícula;
5.3. A potência do sistema de forças para t = 2 s.
60
Resp: ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑴𝒐 (𝑭 ⃗⃗) = 6 N. m ; ω = 1,8 rad/s , P = 1,8 x 10 W
61
9.3. A tensão da corda.
RESP: α = 5,7 rad/s2 ; aA = 2,9 m/s2 ; T = 1,4 x 10 N
10 – Um disco de raio 0,8 m tem momento de inércia 0,72 kg.m2 em relação ao centro
O. Na periferia do disco e diar«metralmente opostas, estão incrustadas duas esferas P1 e
P2 com a massa de 1 kg cada uma. O conjunto pode rodar
sem atrito em torno do eixo que passa por O e é
perpendicular ao plano da figura.
Ao conjunto, inicialmente em repouso, aplica-se durante 5 s
uma força tangencial de 𝐹⃗ de módulo 8 N.
10.1. Determine o valor da aceleração angular adquirida pelo
conjunto durante a actuação da força.
10.2. Determine o momento angular do conjunto ao fim dos
5 s.
62
Exercícios Propostos
1 - Mostre que:
1.1. Sendo nulaa resultante de um sistema de forças, são iguais os momentos do sistema
em relação a dois pontos, quaisquer que estejam:
1.2. O momento de uma força em relação a um eixo é independente do ponto escolhido.
2.3. Nas condições de 2.2. o momento resultante mantém-se constante se as tensões não
variam.
3 – O corpo A, de massa 5 kg, está ligado ao corpo B de massa 6 kg, por um fio
inextensível e de massa desprezável, passa pela gola de uma
roldana. A roldana é um disco homogéneo de raio 0,20 m,
com momento de inércia 0,48 kg.m2 em relação ao eixo de
rotação. Considere que o fio não desliza sobre a roldana.
Despreze o atrito entre o corpo A e o plano e no eixo da
roldana. Determine:
3.1. O valor da aceleração linear dos corpos A e B;
3.2. O valor da aceleração angular da roldana;
⃗⃗1 e 𝑇
3.3. Os valores das tensões 𝑇 ⃗⃗2.
63
4.6. O valor míinim do coeficiente de atrito estático para que o corpo A não escorregue
no plano.
RESP: a = 1,15 m/s2; α = 3,0 rad/s2; TA = 2,3 x 10 N; TB = 2,2 N; ⃗𝑳⃗O = 2,4 x 10-1 𝒆
⃗⃗z (
kg.m . s ); Ec total = 1,8 x 10 J; μe = 0,5
2 -1
64