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Ao cantar do galo, o chiado cadente dos pneus do ˝txova˝ fazem um compasso ritmado do seu
motorista na pista do metal fundido e das baterias em desuso todas as manhãs nas entranhas do
subúrbio.
É indubitável a falta de higiene à vista, como revelam seus trajes em farrapos untados de óleo de
motor entre outras resinas sintéticas (substâncias e ou produtos com aspecto resinoso e
propriedades mecânicas). Seus pés suados naturalmente calejados tornam salientes as fissuras
tatuadas nos seus calcanhares. Denota-se um cansaço nos braços ásperos do condutor que
percorrera a jornada matinal até ao meio dia e o parceiro que desempenhara a função de
anunciante passa para o controle do móvel e consequentemente o anterior passa a ser o
anunciante como forma de “recarregar suas baterias”.
O sol vai esgueirando-se no ocaso e o peso da carga sufoca os pneus e o motorista no comando
com o seu parceiro, ofegantes trocam olhares e a jornada chega finalmente ao fim…. “Por hoje é
tudo, amanhã tem mais”