O que é o ICMS?

O ICMS foi instituído através da Lei Complementar 87/1996 e destina-se a

tributar qualquer tipo de circulação de mercadoria, e se trata de um imposto
não cumulativo, o que possibilita ao contribuinte abater valores nas operações
de arrecadação do imposto.
Basicamente então, a tributação do ICMS é gerada todas as vezes que se
realiza a venda de uma mercadoria, ou seja, quando o fato gerador do ICMS é
concretizado. Isso gera obrigação para quem vende e direito para quem
compra, desde que seja outra empresa e não consumidor final.
Uma vez que o produto passar por diversos processos de venda, como do
Produtor para o Atacadista e deste para o Varejo em cada um dos processos
deve ser tributado o ICMS. Afim de facilitar essa série de tributações foi criada
a Substituição Tributária (ST) no qual todo o processo de arrecadação de
impostos da cadeia comercial é realizado em um só momento. Ou seja, um
único contribuinte realiza a arrecadação dos impostos de toda a cadeia
comercial, substituindo as tributações das operações subsequentes.

O que é o Crédito de ICMS e como funciona?

O sistema de crédito ou de não cumulatividade do ICMS permite que haja
compensação do imposto, isto é, garante ao sujeito passivo ou àquele que
recebe as mercadorias ou produtos o direito de se creditar do imposto que foi
anteriormente cobrado em operações envolvendo a entrada de mercadorias.
Essa compensação realiza a creditação de valores já pagos em forma de
abatimento, criando um valor líquido a ser pago pelo imposto.
O processo de crédito de ICMS acontece da seguinte maneira:
Considerando uma alíquota de 18% para as operações e que foi comprado
uma mercadoria de uma revenda pelo valor de R$ 200,00 gerando assim um
crédito no valor de R$ 36,00. Supondo agora que essa mercadoria foi
revendida por um comercio pelo valor de R$ 250,00 gerando assim uma
obrigação no valor de R$ 45,00. Com o sistema de crédito o contribuinte do
comercio pagará a diferença entre os dois valores, ou seja os R$ 9,00 de
imposto.
E nesse ponto é preciso atenção, pois na Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) da
venda é necessário destacar a alíquota e o valor definidos sobre o valor total
do produto, pois o abatimento ocorrerá depois da emissão da nota.
Esse confronto de valores é realizado ao fim de cada mês e, caso a empresa
possua mais créditos que obrigações, ela não receberá nada de volta, porém
ela terá o crédito permanecendo no Ativo Circulante para ser compensado nos
meses seguintes. Mas, se ela tiver valores a pagar, como foi o caso do
exemplo mostrado, o recolhimento deve ser realizado imediatamente.
Credito de ICMS sobre ativo imobilizado
Ao comprar um bem para o seu ativo imobilizado, as empresas têm direito ao
aproveitamento de créditos do ICMS. Uma empresa pode contestar o direito a
crédito do valor do ICMS apenas quando os bens que compõem ao ativo
imobilizado estejam diretamente relacionados ao seu processo de produção ou
comercialização de mercadorias ou até mesmo as prestações de serviços
tributadas pelo ICMS.
Exemplos:
1: Aquisição de uma Máquina para a Industria;
2: Aquisição de um Caminhão para transporte de cargas.
No que tange ao cálculo do crédito do ativo imobilizado é efetuado de forma
fracionada, ou seja, a razão de 1/48 (um, quarenta e oito avos) por mês ou
outro período de apuração previsto na legislação, no cálculo abrangerá as
saídas tributadas, isentas para o exterior bem como o custo do diferencial de
alíquotas.

Credito de ICMS sobre uso e consumo

A tomada de crédito sobre material de consumo estava prevista para iniciar em
2020, porém, com a publicação da Lei Complementar nº 171/2019 (DOU de
29/12), que alterou a Lei Complementar nº 87/1996 foi adiado para 2033.
Entretanto, por equívoco de interpretação, muitos materiais são classificados
como de “uso e consumo”, quando, na verdade, representam materiais de
utilização direta na produção.
Os materiais de uso e consumo caracterizam-se por não se agregarem,
fisicamente, ao produto final, sendo meramente utilizados nas atividades de
apoio administrativo, comercial e operacional (exemplo: papéis para escritório,
lâmpadas para utilização nos prédios administrativos, etc.).
Já os materiais de utilização direta na produção são caracterizados por serem
imprescindíveis na produção do respectivo produto. Exemplo: embalagens para
acomodação do produto final, tintas e rótulos.