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Quelimane
2022
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Quelimane
2022
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Índice
1. Introdução......................................................................................................................................- 3 -
2. Objectivos:.....................................................................................................................................- 3 -
2.1. Geral:..........................................................................................................................................- 3 -
2.2. Específicos:.................................................................................................................................- 3 -
3. Metodologia...................................................................................................................................- 3 -
4. Brasil.............................................................................................................................................- 4 -
5. Situação actual nos países americanos: Brasil................................................................................- 4 -
5.1. Consumo de drogas e Criminalidade..........................................................................................- 4 -
5.2. A vida apertada nas Favelas........................................................................................................- 5 -
5.3. Objectivos básicos das regularizações de favelas........................................................................- 6 -
5.4. Desigualdades Sociais.................................................................................................................- 7 -
6. Conclusão......................................................................................................................................- 9 -
7. Referências bibliográficas............................................................................................................- 10 -
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1. Introdução
2. Objectivos:
2.1. Geral:
2.2. Específicos:
3. Metodologia
4. Brasil
O Brasil é o maior país da América do Sul e da região da América Latina, sendo o quinto
maior do mundo em área territorial (equivalente a 47,3% do território sul-americano), com 8
510 345,538 km², Banhado pelo Oceano Atlântico, o Brasil tem um litoral de 7 491 km e faz
fronteira com todos os outros países sul-americanos, excepto Chile e Equador, sendo limitado
a norte pela Venezuela, Guiana, Suriname e pelo departamento ultramarino francês da Guiana
Francesa; a noroeste pela Colômbia; a oeste pela Bolívia e Peru; a sudoeste pela Argentina e
Paraguai e ao sul pelo Uruguai. Vários arquipélagos formam parte do território brasileiro,
como o Atol das Rocas, o Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha (o
único destes habitado por civis) e Trindade e Martim Vaz. O Brasil também é o lar de uma
diversidade de animais selvagens, ecossistemas e de vastos recursos naturais em uma grande
variedade de habitats protegidos.
Se, no passado, o uso de drogas era associado a prostituição a criminalidade e a loucura, com
a contestação, o dos novos significados foram incorporados ao imaginário social, como a
delinquência juvenil e a aliena o político-social (OLMO, 1990).Ao mesmo tempo, a massa de
simpatizantes das drogas que emergiu da contracultura também contribuiu para conferir
outros significados a estas substâncias, como o enaltecimento do prazer, instituindo, assim,
uma nova era, nesse campo (SCHIVELBUSCH, 1995).
A influencia desses novos significados pode ser sentida no Brasil, especialmente, graças a
difusão do uso da maconha entre os jovens da classe média. Por outro lado, o fato desse
movimento de contestação acontecer em plena ditadura militar suscitou uma reacção mais
contundente do Estado. Na tentativa de desestabilizar os sectores clandestinos de oposição, a
ditadura, as drogas e o tráfico foram relacionados a subversão, a política, intensificando-se a
repressão contra as drogas ilegais e seus usuários. (BATISTA, 1985, p. 113).
Leibowitz (1965) e Ehrlich (1967) no final da década de 60. Foi, entretanto, com Becker
(1968) e Ehrlich (1973) que a investigação económica do crime ganhou um arcabouço
teórico. O envolvimento de economistas na investigação econômica do crime, a partir de
então, entre os quais se destaca Levitt, Medalha efeitos da violência e da criminalidade no
Brasil são muitas, visto que se trata de um tema amplo e complexo, afetando drasticamente a
vida dos cidadãos pela imposição de fortes restrições económicas e sociais, além de causar
uma sensação de medo e insegurança.
Cardia (2004) citando estudos de Crutchifield e Pitchford (1997) mostra a relação entre
emprego e desemprego e a prática de crimes violentos e contra a propriedade. A perda dos
empregos não só empobrece as famílias, mas pode afectar a estrutura delas e, deste modo, o
relacionamento dos jovens com os pais. Esta cadeia de eventos pode ter impacto sobre o
desempenho dos jovens na escola, desempenho que talvez seja uma das poucas saídas, ainda
que não totalmente segura, deste círculo vicioso de pobreza e desesperança. Segundo Silva
(2004) pesquisas buscam verificar a relação entre os indicadores de desordem e crime nas
grandes cidades. Apontam, algumas dessas, para a importância de considerar a dimensão de
desordem como causa dos elevados índices de criminalidade. Isto é, em regiões socialmente
degradadas, existem os ingredientes necessários à ocorrência de crimes. As pesquisas, de
outro lado têm mostrado que os níveis de desordem na vizinhança estão altamente
relacionados a taxas de crimes, medo de crime e crença de que a criminalidade é um problema
na vizinhança. Além disso, desordem e crime seriam explicados por um terceiro conjunto de
factores característicos da vizinhança, como pobreza concentrada, instabilidade.
Apesar de não se poder afirmar que todos os pobres urbanos habitam as favelas, são nelas que
se encontram as piores condições habitacionais e ambientais com altas concentrações de
pobreza. O explosivo crescimento das cidades nos países subdesenvolvidos nas últimas
décadas (estimulado, dentre outros factores, por um intenso êxodo rural) levou ao
florescimento de novas formas de assentamentos informais e precários, sobrecarregando as
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autoridades municipais não preparadas e incapazes de atender no curto prazo às demandas dos
novos moradores da cidade. Como nem o mercado nem o Estado conseguiram prover moradia
para esta mão-de-obra excedente, o crescimento desordenado das favelas e das periferias se
deu como consequência imediata. Além disso, houve uma expansão surpreendente do sector
de serviços informais, na maioria das vezes única fonte de renda e sobrevivência para os
pobres urbanos.
A partir de uma revisão das diversas definições utilizadas tanto no nível governamental
quanto académico, a UN-HABITAT (2003) definiu a favela como uma área (determinada por
um tamanho mínimo) que combine, em diversas proporções, alguma das seguintes
características: carência de serviços básicos, construções inadequadas, alta densidade,
condições não-saudáveis e localização perigosa, insegurança jurídica da posse, pobreza e
exclusão social.
Aquela expansão redundou numa forma típica de dominação política, de cunho contra
revolucionário, em que o Estado capturado historicamente pelo bloco do poder assume um
papel decisivo na unificação dos interesses das fracções e classes burguesas; e na imposição e
irradiação de seus interesses, valores e ideologias para o conjunto da sociedade, antecipando-
se às pressões populares e realizando mudanças para preservar a ordem. Os traços elitistas e
antipopulares da transformação política e da modernização económica se expressam na
conciliação entre as frações das classes dominantes com a exclusão das forças populares e no
recurso frequente aos aparelhos repressivos e à intervenção económica do Estado
(COUTINHO, 1989, p. 122). Esta estratégia se actualiza hoje tanto na criminalização da
questão social, quanto na decisiva interferência do Estado na estruturação de políticas anti
cíclicas para o capital na contramão das necessidades da maioria.
Assim, a concepção de “questão social”, presidida pelas relações de classe que orienta a
presente análise, distingue-se da perspectiva sociológica que a apreende como disfunção ou
ameaça à coesão e à ordem social, inspirada na tradição de E. Durkheim, típica da escola
francesa. Distingue-se ainda daqueles que consideram a existência de uma “nova questão
social” resultante da “inadaptação de antigos métodos de gestão do social”, produto datado da
“crise do Estado Providência” (ROSANVALLON, 1995; 1997; FITOUSSI;
ROSANVALLON, 1997).
No tocante ao trabalho no país, os dados sintetizados por Silva (2011) a partir da Pnad/IBGE
de 2009, podem ser apreciados a seguir:
10% Dos mais ricos detinham 43% da renda nacional, enquanto os 10% mais pobres
disputavam 1,1% dessa renda.
Com a redução da desigualdade, entre 2001 e 2011, a pobreza e a extrema pobreza mantêm
uma trajectória decrescente contínua, com queda de 55%, independente da linha pobreza e da
medida utilizada. A redução dos níveis das desigualdades e da pobreza extrema merecem ser
saudadas porque representam ampliação de possibilidades reais de vida para grandes parcelas
populacionais. Os dados retratam a distribuição dos rendimentos das famílias brasileiras,
decisivamente impulsionada pela ação estatal de transferência de verba pública.
Estes processos têm sido impulsionados por generosos créditos estatais, por meio de
instituições bancárias públicas, especialmente o Banco Nacional de Desenvolvimento
(BNDES) e de subsídios previstos nas políticas públicas, inclusive no campo da pesquisa e
inovação tecnológica. Em outros termos, nesse processo de crescimento económico
vivenciado pelo país recompõe-se e aprofunda-se a concentração da propriedade e do poder
de classe. Esse é o terreno histórico que resulta das tensas relações entre questão social,
trabalho e relações sociais.
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6. Conclusão
Após a realização do presente trabalho, percebemos que nas metrópoles brasileiras, a redução
da capacidade de geração de emprego nos sectores industriais a partir da crise da década de
1980 se consubstancia em um crescimento explosivo dos serviços urbanos. Dessa forma,
crescem exponencialmente o emprego informal e o subemprego, tendendo a elevar os já
consideráveis custos sociais do processo de crescimento das periferias urbanas no Brasil, entre
eles o aumento da marginalidade e da violência. Consequentemente, tem-se como resultado
mais visível desse processo, pelo menos nas grandes metrópoles brasileiras, um considerável
agravamento das contradições sociais já existentes, em que o aumento do nível de
desemprego e do subemprego vem se somar às já precárias condições de sobrevivência de
grande parte da população abrigada inadequadamente em periferias e favelas.
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7. Referências bibliográficas
OLMO, Rosa del. (1990). A face oculta da droga. Rio de Janeiro: Revan.
SCHIVELBUSCH, W.(1980). Historia de los estimulantes. Barcelona:Anagrama.