Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Elaborado por:
Larissa Paula
Comissão Examinadora:
_____________________________________
Prof.(a) Titulação Nome
Universidade de Cruz Alta – Unicruz
______________________________________
Prof.(a) Titulação Nome
Universidade de Cruz Alta – Unicruz
______________________________________
Prof.(a) Titulação Nome
Universidade de Cruz Alta – Unicruz
Larissa Paula2
Mariela Camargo Masutti3
1
Artigo desenvolvido como Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Engenharia Civil da
Universidade de Cruz Alta - Unicruz, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil. Apresentado em xx/xx/2021 para a Banca Examinadora composta pelo professor orientador3;
professor(a) Xxxxx Xxxxx, do curso de xxxxxxxx da Universidade de Cruz Alta – Unicruz, titulação; e o
professor(a) Xxxxx Xxxxx, do curso de xxxxxxxx da Universidade de Cruz Alta – Unicruz, titulação.
2
Acadêmico do curso de xxxxxxxx da Universidade de Cruz Alta – Unicruz. E-mail: xxxxxxxx.
3
Professor do curso de xxxxxxxx da Universidade de Cruz Alta – Unicruz, titulação. E-mail: xxxxxxxx.
1
Questões estéticas, de segurança, higiene, funcionalidade e custos primários, são sim
pontos muito relevantes para projeto e execução de uma obra. No entanto, não se pode
descartar que deve-se levar em consideração os custos com manutenção e durabilidade das
construções (THOMAZ, 1989).
Assim, será feita a análise dos laudos patológicos desenvolvidos nos anos de 2005,
2010 e 2022, e realizada visitas in loco para comparação com a situação atual do imóvel.
Identificando as principais causas das manifestações patológicas apresentas nos laudos,
verificando, por meio de passo a passo, como se deu o desenvolvimento dessas anomalias e
presentar possíveis soluções, a médio e longo prazo, para conservação da edificação. Isso
seguindo as normativas que ditam quanto ao desempenho das edificações, suas formas de
manutenção, manuais de operação, recomendações de elaboração e reforças (NBR 15575,
ABNT 2013; NBR 5674, ABNT 2012; NBR 14037, ABNT 2014; NBR 16280, ABNT 2014).
2 REVISÃO DE LITERATURA
2
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Assim seguiu-se intensificando o
fomento a preservação dos patrimônios nacionais até chegar à constituição atual de 1988.
O Decreto-Lei n° 25, de 30 de novembro de 1937, dispõe sobre quais pontos devem
ser atendidos para que um bem nacional seja considerado patrimônio histórico e artístico,
conforme demonstra seu primeiro artigo:
3
processo de tombamento e análise do órgão competente, seguindo os prazos estipulados pelo
Decreto de Lei n° 25/1937. (COMO CITAR O DECRETO????)
Quando se trata de um bem móvel que foi tombado, é proibida sua retirada do
território nacional, permitida apenas temporariamente em caso de intercâmbio cultural, e
quando não atendido esse requisito o proprietário sofrerá as consequências previstas na Lei.
Quando o patrimônio histórico for um bem imóvel, até as construções vizinhas a ele estarão
sujeitas a aprovação do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, estando
limitadas a ampliações ou novas edificações, sendo permitidas apenas quando não reduzirem
ou impedirem a visibilidade do bem tombado. (COMO CITAR O DECRETO????)
A conservação do imóvel tombado é de suma importância, e quando o proprietário não
tem condições de fazê-la, ele deve fazer a solicitação dos reparos ao Serviço de Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, estando sob pena de multa se não o fizer. No entanto caso não
seja atendido a solicitação, o proprietário pode requerer o cancelamento do tombamento do
imóvel. (COMO CITAR O DECRETO????)
Contudo, para que haja a real conservação da arquitetura dos prédios de patrimônio
histórico e cultural, é necessário que estes estejam sempre em dia com suas devidas
manutenções, não só em questões estéticas de seu exterior, mas também ao que se diz respeito
as questões estruturais da edificação. Visto que a grande maioria, por se tratar de prédios
históricos, são datados de uma época em que as questões estruturais não condizem com o
requisitado na atualidade.
2.2 O museu
O imóvel, originalmente comprado por Franklin Verissimo em 1893, foi o lar nos anos
de infância do escritor Erico Verissimo. Nascido em 17 de dezembro de 1905, e falecido em
28 de novembro de 1975, na cidade de Porto Alegre, Erico Verissimo foi uma das mais
proeminentes personalidades de Cruz Alta, e considerado um dos maiores escritores
brasileiros do século XX. Autor de mais de 30 obras, muitos de seus livros foram traduzidos
para várias línguas, denotando a importância do escritor ante ao panorama mundial.
(REFERENCIA)
Para melhor compreensão de como se deu as manifestações patológicas no edifício de
estudo, é preciso saber sua caracterização. O Museu possui atualmente uma arquitetura
eclética, tendo sido inicialmente construído em estilo colonial e em 1934, após reformas,
passa a ter um estilo neoclássico (MELLO, 2005). Os estilos arquitetônicos foram se
4
modificando no decorrer dos anos, conforme as necessidades da comunidade, Moreira (2014)
aponta:
O período de transição entre um e outro não esta ligado somente ás datas, mas a todo
um contexto, sendo que muitas edificações foram construídas no mesmo período e
possuem características totalmente diferentes (Moreira, 2014, pág. 18)
A edificação foi construída com suas paredes externas em alvenaria de tijolos
cerâmicos maciços assentados em argamassa mista, com base de cimento e cal, e estuque nas
paredes internas, conforme pode ser visualizado na Figura X. Possui pisos internos em tábuas
de 25cm de largura, assentadas sob vigas de madeira, e de ladrilho hidráulico, a parte externa
cota com pisos de tijolos. Suas esquadrias internas são de madeira, e foram todas substituídas
no ano de 1986. Suas fundações são superficiais, em arenito, o que posteriormente mostrou-se
um dos motivos das problemáticas (MELLO, 2005).
Figura X – Mostra das paredes internas de estuque
Tamanha a relevância deste escritor para a cidade, que o município comprou o prédio
em 1968, e o tornou um Museu voltado à obra e história de Erico Verissimo, sendo tombado
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico em 1984, estando registrado no Livro do
Tombo Histórico n° 24, e em 1986 a edificação tornou-se oficialmente a sede do Museu Érico
Veríssimo. O museu abriga vários artigos pessoais do escritor, doados pela família, e é aberto
ao público. (REFERENCIA)
Para Cruz Alta, o museu serve como ponto cultural e estímulo ao turismo municipal. O
museu vem registrando suas visitações desde 1969, ano em que recebeu 496 turistas. Contou
5
com uma média de 3.310 visitas anuais entre os anos de 2009 e 2019, sendo que em 2020
tendo apenas 210 visitas e em 2021, 377 visitas, por conta das limitações impostas pela
pandemia do COVID-19. Em 2005, ano do centenário de Érico Veríssimo, o museu contou
com 12.395 visitantes de diversas cidades, contando com turistas de vários estados brasileiros,
além de estrangeiros vindo de países como Estados Unidos, Canada, Inglaterra, França, Itália,
Portugal, Filipinas, Suíça, Argentina, Portugal, entre outros. (INFORMAÇÕES DO MUSEU,
POR E-MAIL, COMO CITAR??)
Falar sobre a localização dele em cruz alta, como o clima influencia, como o tráfego
influencia. Quais os tipos de materiais e como ele foi construído na época (fundações e etc).
2.3 Patologias
6
Fonte: Gomes (2016).
7
Fonte: NBR 15575, ABNT 2013d
Questões socioeconômicas fizeram com que a construção civil no Brasil tomasse certe
rapidez onde não foi possível atentar-se a questões importantes como o controle de materiais e
serviços. Além de que, pela fata de valorização, a mão de obra acaba sendo escassa e de
pouca qualidade (THOMAZ, 1989). Isso acaba acarretando várias construções que ao longo
dos anos passam a apresentar diversas manifestações patológicas.
Em Portugal, por exemplo, houve um aumento nas construções de edifícios nos
últimos anos, no entanto tanto prédios mais recentes (datados a partir da década de 1970) até
os mais antigos veem apresentando indícios de deterioração. Essas problemáticas são oriundas
de falhas na gestão urbanística e políticas financeiras, as quais ao incentivarem essa
fomentação na construção civil não preverão ou priorizarão questões relevantes como um
bom método construtivo na execução, materiais de boa qualidade, além de acompanhamento
técnico competente e constante nas obras (SANTOS, 2017). Isso acarretou as manifestações
patológica que hoje podem ser observadas em diversas construções.
Dessa forma, torna-se necessário o desenvolvimento de metodologias para a
reabilitação das construções, buscando o aperfeiçoamento da capacidade tecnológica dos
mesmo por meio de uma metodologia concreta, baseada em conhecimentos extraídos da física
das edificações. Uma das principais causas de patologias é o procedimento incorreto e/ou
ineficiente quanto ao levantamento das anomalias, estas deveriam seguir-se de um
diagnóstico, com registro e identificação das patologias, com posterior diferenciação das
causas diretas e indiretas dessas problemáticas, isso propicia o conhecimento mais exato da
edificação (SANTOS, 2017).
8
Quanto às construções mais antigas que caracterizam-se como patrimônio
monumental, o autor trás o seguinte:
(...) a abordagem nesta área não pode desprezar o valor cultural dos edifícios
enquanto património monumental, sendo exigida uma intervenção que preserve as
técnicas construtivas tradicionais, ao mesmo tempo que o caráter da intervenção
deverá ser mínimo, preservando a identidade do edifício e mantendo a utilização de
materiais compatíveis com os pré-existentes (Santos, 2017, p. 6).
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
9
Já a técnica de monitoração, trata-se do registro de informações do edifício, por um
curto ou longo período, essa técnica deve ser aplicada simultaneamente com a técnica de
percepção sensorial. Para seu desenvolvimento tem-se o auxílio do fissurômetro, um
instrumento utilizado para medição de fissuras e fendas presentes nas paredes ou qualquer
outro elemento da construção (Abreu, 2013). Essa técnica é de extrema relevância, pois é
através dela que pode-se identificar e mensurar as trincas, que servem como um aviso de
possíveis perigos para a estrutura, apontam o comprometimento do desempenho da
construção, além de causarem um coação psicológica aos usuários da edificação. Por esses
fatores ele é um dos mais importantes problemas apresentados nas construções, sejam elas
residenciais, comerciais ou industriais (THOMAZ, 1989).
Para real validação de um estudo patológico é necessário não só apresentar suas
manifestações, mas também suas causas e possíveis soluções. Para isso, Santos (2017)
apresenta uma metodologia para projetos de reabilitação, em seis fases:
1ª Fase – Elaboração de um estudo de diagnóstico – proposta de soluções e
estimativa de custos unitários;
2ª Fase – Definição por parte do Dono de Obra da estratégia de intervenção;
3ª Fase – Elaboração do projeto de execução;
4ª Fase – Consulta de empresas de construção e análise técnico-económica das
propostas;
5ª Fase – Contratação da equipa de fiscalização e adjudicação da obra;
6ª Fase – Execução da obra.
10
seguida. Assim, para análise das manifestações patológicas os seguintes critérios serão
considerados durante a vistoria in loco:
a) Incidência, configuração, comprimento, abertura e localização da trinca;
b) Idade aproximada da trinca, do edifício e época em que foi construído;
c) Se a mesma aprofunda-se por toda a espessura do componente trincado;
d) Se trinca semelhante aparece em componente paralelo ou perpendicular
áquele em exame;
e) Se a trinca semelhante aparece em pavimentos contíguos;
f) Se trinca semelhante aparece em edifício vizinho
g) Se o aparecimento da trinca é intermitente ou se a sua abertura varia
sazonalmente;
h) Se a trinca já foi reparada anteriormente;
i) Se ocorreu alguma modificação profunda nas cercanias da obra;
j) Se no entorno da trinca aparecem outras manifestações patológicas, como
umidade, descolamentos, manchas de ferrugem e de bolor, eflorescências etc.
k) Se nas proximidades da trinca existem tubulações ou eletrodutos embutidos;
l) Se existem na obra caixilhos compridos;
m) Se as trincas manifestam-se preferencialmente em alguma das fachadas da
obra;
n) Se existem deslocamentos relativos (para fora ou para dentro) na superfície
do componente trincado;
o) Se a abertura da trinca é constante ou se ocorre estreitamento numa dada
direção;
p) Se a trinca é acompanhada por escamações indicativas de cisalhamento;
q) Se está ocorrendo condensação ou penetração de água da chuva para o
interior do edifício;
r) Se o edifício está sendo corretamente utilizado.
REFERÊNCIAS
11
DUARTE, R. B. COINTEC Relatório técnico. Porto Alegre – RS, 2010.
12