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Processo número:
Autor: Jorge
Ré: Miranda
1. Dos fatos:
O autor adquiriu de Max, através de contrato de compra e venda
registrado em Cartório de Registro de imóveis, e em anexo,
apartamento em Teresópolis-RJ e neste contrato de compra e venda
devidamente qualificado e delimitado, inclusive com o competente
número de matrícula do imóvel. Ocorre, no entanto, que Max, o antigo
proprietário do imóvel havia celebrado com a ré, contrato de locação
que, por sua vez, não possui cláusula de manutenção da locação em
caso de alienação do imóvel.
Afirma-se, conforme certificado de entrega à ré, em anexo, que esta
foi devidamente notificada, extrajudicialmente, para que exercesse o
seu direito de preferência que, em tempo, não foi exercido, para
aquisição do imóvel através do antigo proprietárioo.
Finalmente, o autor notificou a ré para que desocupasse o imóvel, o
que, para surpresa do Autor, ao tentar ingressar no seu imóvel, não
ocorreu, estando Miranda, sem qualquer direito, na posse do imóvel
de propriedade do autor.
Diante deste acontecimento, o autor denunciou o contrato de locação,
tempestivamente, nos termos do Artigo 8º da Lei 8.245/91.
2. Do direito:
Inicialmente aponta-se a ré como parte legítima para figurar no polo
passivo e o autor para figurar no polo ativo da presente demanda, nos
termos do Artigo 576 do Código Civil, embora o contrato de locação
tenha sido celebrado entre a ré e Max, ex-proprietário do imóvel, uma
vez que o autor se sub-rogou nos direitos deste último após a
aquisição da sua propriedade, não ficando obrigado a respeitar o
contrato, vez que nele não havia cláusula de manutenção em caso de
alienação do imóvel.
Neste sentido, aponta-se que, nos moldes do Artigo 27, parágrafo
único, da Lei 8.245/91, à ré foi dado o direito de preferência quanto a
compra do imóvel, através da competente notificação extrajudicial,
conforme documento em anexo, que esta sequer dignou a responder.
Portanto, qualquer alegação de desconhecimento quanto à
negociação e alienação do bem, é descabível. Aponta-se, ainda, que
a denúncia do contrato se deu tempestivamente, na forma do Artigo
8º, §2º, da Lei 8.245/91, com o intuito de demonstrar de maneira
inequívoca a não concordância do autor com a manutenção da
locação por parte da ré.
Finalmente, nos termos do Artigo 273 do CC, impõe-se, presentes a
prova inequívoca do direito do Autor, a concessão antecipada da
tutela pretendida, uma vez que a impossibilidade do exercício do
direito de propriedade configura dano irreparável ao Autor que, após
20 anos pôde, finalmente, exercer o sonho de adquirir a sua casa
própria. Diante dos fundamentos acima expostos, pede-se, abaixo.
3. Dos pedidos:
a) Concessão da antecipação de tutela, liminarmente;
b) Confirmação da tutela antecipada, com a imissão do autor na posse
do seu imóvel;
c) Citação da ré para, querendo, responder à presente ação;
d) Condenação da ré ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios;
e) Nos termos da Lei 1.060/50 seja concedido ao autor os benefícios
da assistência judiciária gratuita, consoante declaração de
hipossuficiência econômica em anexo;
f) Seja concedido ao autor o direito de provar as suas alegações
através de todos os meios admitidos em direito.
LOCAL, DATA
ADVOGADO - OAB/SECCIONAL