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Computação Científica

Prof. Ricardo Guilherme Radunz Filho

2013
Copyright © UNIASSELVI 2013

Elaboração:
Prof. Ricardo Guilherme Radunz Filho

Revisão, Diagramação e Produção:


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri


UNIASSELVI – Indaial.

004
R132c Radunz Filho, Ricardo Guilherme
Computação científica / Ricardo Guilherme Radunz Filho. Indaial :
Uniasselvi, 2013.

183 p. : il

ISBN 978-85-7830- 689-2

1. Ciência da computação.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Apresentação
Caro acadêmico!

Iniciamos o estudo da disciplina Computação Científica. Esta disciplina


tem como objetivo demonstrar como o avanço da tecnologia traz um ganho
significativo de qualidade em muitas das tarefas realizadas no dia a dia.

O computador faz parte do nosso cotidiano, seja no trabalho, em


nossas casas e até mesmo nas Instituições de Ensino. Dentro desta relação,
faz-se necessário o conhecimento do seu funcionamento e da evolução
tecnológica que sofre a cada dia.

O presente caderno está dividido em três unidades de estudo. Na


primeira unidade, iniciamos com a evolução dos computadores, conhecer o
hardware bem como o software, que é o que dá vida ao computador.

Na segunda unidade, apresentamos o funcionamento da Rede de


Computadores, com os devidos hardware e software, chegando à abordagem
da Internet, a grande rede mundial de computadores.

Na terceira unidade, conheceremos alguns softwares tais como


o Editor de Texto Microsoft Word, a Planilha Eletrônica Excel e o Banco de
Dados Access.

Buscando viabilizar a melhor apropriação dos conhecimentos, esta


produção norteará os seus estudos.

Professor Ricardo Guilherme Radunz Filho

III
NOTA

Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto


para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.

Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é


o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura.

O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.

Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente,


apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.

Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.

Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de


Desempenho de Estudantes – ENADE.
 
Bons estudos!

IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA............................................... 1

TÓPICO 1 – A INFORMÁTICA........................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 3
2 A EVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS......................................................................................... 4
2.1 ÁBACO............................................................................................................................................. 4
2.2 CALCULADORA MECÂNICA.................................................................................................... 4
2.3 RÉGUA DE CÁLCULO.................................................................................................................. 5
2.4 MÁQUINA ARITMÉTICA............................................................................................................ 5
2.5 A CALCULADORA UNIVERSAL............................................................................................... 6
2.6 CARTÃO PERFURADO................................................................................................................ 6
2.7 MÁQUINA TABULADORA......................................................................................................... 7
2.8 COMPUTADOR ELETRÔNICO................................................................................................... 8
2.9 COMPUTADOR COMERCIAL.................................................................................................... 8
2.10 MAINFRAMES.............................................................................................................................. 9
2.11 MICROPROCESSADOR.............................................................................................................. 9
3 AS GERAÇÃO DOS COMPUTADORES....................................................................................... 10
3.1 PRIMEIRA GERAÇÃO.................................................................................................................. 11
3.2 SEGUNDA GERAÇÃO.................................................................................................................. 11
3.3 TERCEIRA GERAÇÃO.................................................................................................................. 11
3.4 QUARTA GERAÇÃO..................................................................................................................... 11
3.5 QUINTA GERAÇÃO...................................................................................................................... 11
3.5.1 Tipos de computadores........................................................................................................ 12
3.5.1.1 Mainframes............................................................................................................................ 12
3.5.1.2 Servidores............................................................................................................................ 12
3.5.1.3 Workstation.......................................................................................................................... 12
3.5.1.4 Personal Computer – PC . ................................................................................................... 12
3.5.1.5 Notebook................................................................................................................................ 12
3.5.1.6 Palmtop.................................................................................................................................. 12
3.5.1.7 PDA....................................................................................................................................... 13
3.5.1.8 TABLETS.............................................................................................................................. 13
4 SISTEMAS DE COMPUTAÇÃO...................................................................................................... 13
4.1 HARDWARE.................................................................................................................................... 13
4.1.1 Unidades de entrada............................................................................................................. 14
4.1.2 Unidade central de processamento..................................................................................... 14
4.1.3 Unidades de saída................................................................................................................. 14
4.2 SOFTWARE...................................................................................................................................... 14
4.3 PEOPLEWARE................................................................................................................................. 14
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 15
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 16

TÓPICO 2 – O HARDWARE................................................................................................................. 17
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 17
2 UNIDADES DE ENTRADA.............................................................................................................. 18

VII
2.1 TECLADO........................................................................................................................................ 18
2.2 MOUSE............................................................................................................................................. 18
2.3 MICROFONE.................................................................................................................................. 18
2.4 CÂMERAS DE VÍDEO................................................................................................................... 19
2.5 SCANNER........................................................................................................................................ 19
2.6 LEITOR DE CÓDIGO DE BARRAS............................................................................................. 19
2.7 GAMEPADS E JOYSTICKS............................................................................................................ 19
3 CPU (UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO)............................................................... 19
3.1 O PROCESSADOR ....................................................................................................................... 19
3.1.1 Principais fabricantes............................................................................................................ 21
3.1.1.1 Intel....................................................................................................................................... 21
3.1.1.2 AMD..................................................................................................................................... 21
3.1.2 Tipos de processadores quanto à arquitetura................................................................... 21
3.1.2.1 Arquitetura RISC................................................................................................................ 21
3.1.2.2 Arquitetura CISC................................................................................................................ 22
3.2 MEMÓRIA....................................................................................................................................... 22
3.2.1 Memória principal................................................................................................................. 22
3.2.1.1 Velocidade da memória..................................................................................................... 24
3.2.2 Memória secundária.............................................................................................................. 24
3.2.3 Memória ROM (Read Only Memory).................................................................................... 26
3.2.4 Memória CACHE................................................................................................................... 26
3.3 PLACA-MÃE................................................................................................................................... 26
3.3.1 Barramento do processador .............................................................................................. 27
3.3.2 Barramento de cache ........................................................................................................... 28
3.3.3 Barramento de memória ..................................................................................................... 28
3.3.4 Barramentos internos ........................................................................................................... 28
3.3.5 Barramentos externos .......................................................................................................... 29
3.3.6 Tipos de placa-mãe . ............................................................................................................. 30
4 UNIDADES DE SAÍDA...................................................................................................................... 31
4.1 MONITOR........................................................................................................................................ 31
4.2 IMPRESSORA.................................................................................................................................. 32
4.3 OUTROS DISPOSITIVOS DE SAÍDA.......................................................................................... 32
5 UNIDADES DE SAÍDA/ENTRADA................................................................................................ 32
5.1 MONITORES TOUCHSCREEN.................................................................................................... 32
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 33
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 35
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 37

TÓPICO 3 – O SOFTWARE.................................................................................................................. 39
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 39
2 TIPOS DE SOFTWARE..................................................................................................................... 40
2.1 SOFTWARES BÁSICOS.................................................................................................................. 40
2.1.1 Sistemas operacionais da Microsoft.................................................................................... 40
2.1.1.1 Windows XP........................................................................................................................ 41
2.1.1.2 Windows Vista.................................................................................................................... 41
2.1.1.3 Windows 7........................................................................................................................... 42
2.1.1.4 Windows 8........................................................................................................................... 42
2.1.2 Unix ....................................................................................................................................... 42
2.1.3 MAC OS.................................................................................................................................. 43
2.1.4 Linux........................................................................................................................................ 43
2.2 SOFTWARES APLICATIVOS........................................................................................................ 44
2.2.1 Aplicativos de uso geral........................................................................................................ 44

VIII
2.2.2 Aplicativos de uso específico............................................................................................... 44
2.3 SOFTWARES UTILITÁRIOS......................................................................................................... 44
3 VIRUS DE COMPUTADORES......................................................................................................... 45
4 SOFTWARE DE CAD.......................................................................................................................... 45
5 SOFTWARE DE CAM.......................................................................................................................... 46
6 SOFTWARE DE CAE........................................................................................................................... 48
7 SOFTWARES DE GESTÃO DE PROJETOS................................................................................... 49
7.1 MICROSOFT PROJECT................................................................................................................. 49
7.2 PROJECT BUILDER ...................................................................................................................... 50
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................. 51
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 56

UNIDADE 2 – REDE DE COMPUTADORES E INTERNET......................................................... 57

TÓPICO 1 – REDES DE COMPUTADORES.................................................................................... 59


1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 59
2 MONTANDO UMA REDE................................................................................................................ 60
3 TIPOS DE TRANSMISSÃO.............................................................................................................. 60
3.1 TRANSMISSÃO DIGITAL............................................................................................................. 61
3.2 TRANSMISSÃO ANALÓGICA.................................................................................................... 61
4 MODEM ............................................................................................................................................... 61
4.1 MODEM INTERNO....................................................................................................................... 62
4.2 MODEM EXTERNO....................................................................................................................... 62
4.3 MODEM A CABO........................................................................................................................... 64
4.4 MODENS DE CELULARES.......................................................................................................... 65
4.4.1 Tecnologias de modens de celulares..................................................................................... 65
5 COORDENANDO O EMISSOR E O RECEPTOR........................................................................ 65
5.1 TRANSMISSÃO ASSÍNCRONA.................................................................................................. 66
5.2 TRANSMISSÃO SÍNCRONA....................................................................................................... 66
6 MÍDIA DE COMUNICAÇÃO........................................................................................................... 67
6.1 CABO COAXIAL............................................................................................................................ 67
6.2 PARES DE FIOS............................................................................................................................... 67
6.3 FIBRA ÓPTICA............................................................................................................................... 68
6.4 TRANSMISSÃO POR MICRO-ONDAS...................................................................................... 68
6.5 TRANSMISSÃO VIA SATÉLITE.................................................................................................. 69
6.6 TRANSMISSÃO SEM FIO (WIRELESS OU WI-FI).................................................................... 70
7 TOPOLOGIA DE REDE..................................................................................................................... 70
7.1 TOPOLOGIA EM ESTRELA......................................................................................................... 70
7.2 TOPOLOGIA EM ANEL................................................................................................................ 71
7.3 TOPOLOGIA EM BARRAMENTO.............................................................................................. 72
8 REDE LOCAL (LAN) .......................................................................................................................... 72
9 REDE WAN........................................................................................................................................... 73
10 COMPONENTES DE UMA REDE ................................................................................................ 74
10.1 CABO DE REDE............................................................................................................................ 74
10.2 MODEM......................................................................................................................................... 74
10.3 ROTEADOR................................................................................................................................... 75
10.4 GATEWAY....................................................................................................................................... 75
10.5 SWITCH.......................................................................................................................................... 75
10.6 PLACA DE INTERFACE DE REDE........................................................................................... 76
11 REDE CLIENTE/ SERVIDOR.......................................................................................................... 77
12 APLICAÇÕES DE REDES................................................................................................................ 78

IX
12.1 CORREIO ELETRÔNICO............................................................................................................ 78
12.2 FAC-SÍMILE................................................................................................................................... 78
12.3 TELECONFERÊNCIA.................................................................................................................. 79
12.4 INTERCÂMBIO ELETRÔNICO DE DADOS (EDI)................................................................. 79
12.5 TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA DE FUNDOS (EFT)......................................................... 79
12.6 TELECOMMUTING...................................................................................................................... 80
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 81
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 84
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 86

TÓPICO 2 – INTERNET ....................................................................................................................... 87


1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 87
2 O PROTOCOLO TCP/IP.................................................................................................................... 87
2.1 MÁSCARA DE REDE.................................................................................................................... 89
2.2 GATEWAY......................................................................................................................................... 89
2.3 DNS (DOMAIN NAME SYSTEM)................................................................................................ 90
3 O ENDEREÇO NA INTERNET........................................................................................................ 91
4 SERVIÇOS DA INTERNET............................................................................................................... 92
4.1 WWW .............................................................................................................................................. 92
4.1.1 Portal....................................................................................................................................... 94
4.2 CORREIO ELETRÔNICO (E-MAIL)............................................................................................ 95
4.2.1 Configurar uma caixa de correio eletrônico....................................................................... 95
4.3.1 Business-to-business (B2B)...................................................................................................... 98
4.3.2 Business-to-consumer (B2C).................................................................................................... 98
4.3.3 Consumer-to-consumer (C2C)................................................................................................. 98
4.3.4 Segurança no comércio eletrônico....................................................................................... 99
5 VÍRUS DE COMPUTADOR.............................................................................................................. 99
5.1 TIPOS DE VÍRUS............................................................................................................................ 101
5.1.1 Vírus de Boot........................................................................................................................... 101
5.1.2 Time Bomb............................................................................................................................... 101
5.1.3 Trojans ou cavalos de Troia ................................................................................................. 101
5.1.4 Hijackers................................................................................................................................... 101
5.1.5 Keylogger.................................................................................................................................. 102
5.1.6 Vírus de macro....................................................................................................................... 102
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 103
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 105

UNIDADE 3 – EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO


DE DADOS................................................................................................................... 107

TÓPICO 1 – EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD.......................................................... 109


1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 109
2 TELA INICIAL DO MICROSOFT WORD..................................................................................... 109
2.1 SALVANDO UM DOCUMENTO................................................................................................. 112
2.2 FECHANDO UM DOCUMENTO................................................................................................ 112
2.3 ABRINDO UM DOCUMENTO.................................................................................................... 113
2.4 SELECIONANDO O BLOCO DE TEXTO................................................................................... 114
2.5 FORMATANDO O TEXTO............................................................................................................ 115
2.5.1 Mudando a fonte do texto.................................................................................................... 115

X
2.5.2 Ferramenta pincel................................................................................................................. 116
2.6 CONFIGURANDO PÁGINAS...................................................................................................... 116
2.7 MARCADORES E NUMERAÇÃO.............................................................................................. 118
2.8 RECORTAR, COPIAR E COLAR................................................................................................. 118
2.9 DESFAZER E REFAZER ALTERAÇÕES NO TEXTO............................................................... 119
3 ALGUNS COMANDOS AVANÇADOS......................................................................................... 119
3.1 QUEBRANDO A PÁGINA............................................................................................................ 119
3.2 QUEBRA DE COLUNA................................................................................................................. 119
3.3 INSERINDO NÚMERO NA PÁGINA........................................................................................ 120
4 TABELAS............................................................................................................................................... 120
4.1 USANDO FÓRMULAS PARA EFETUAR CÁLCULOS EM TABELAS................................. 121
5 SALVAR UM DOCUMENTO............................................................................................................ 126
6 IMPRIMIR UM DOCUMENTO....................................................................................................... 128
7 ELEMENTOS GRÁFICOS................................................................................................................. 128
8 TABULAÇÕES...................................................................................................................................... 129
9 CABEÇALHO E RODAPÉ................................................................................................................. 129
10 ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA.................................................................................................... 131
11 AUTOCORREÇÃO............................................................................................................................ 132
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 134
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 135
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 136

TÓPICO 2 – PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL................................................. 137


1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 137
2 MICROSOFT EXCEL.......................................................................................................................... 137
3 FORMATAR CÉLULAS...................................................................................................................... 140
3.1 TIPO DE INFORMAÇÃO DAS CÉLULAS................................................................................. 141
4 TRABALHANDO COM FÓRMULAS............................................................................................. 142
4.1 FUNÇÕES PARA ANÁLISE DOS DADOS EM UMA LISTA.................................................. 144
4.1.1 A função “CONT.SE”......................................................................................................... 144
5 GRÁFICOS............................................................................................................................................ 146
6 ORDENANDO LISTAS...................................................................................................................... 148
7 CRIANDO MACROS ........................................................................................................................ 149
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 151
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 154
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 155

TÓPICO 3 – BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS........................................................ 157


1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 157
2 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS (SGDB)................................................. 157
3 MODELO DE DADOS....................................................................................................................... 159
3.1 CHAVE PRIMÁRIA E CHAVE SECUNDÁRIA......................................................................... 162
3.1.1 Chave primária...................................................................................................................... 162
3.1.2 Chave secundária................................................................................................................... 162
3.2 VISÕES............................................................................................................................................. 163
3.2.1 Visão idêntica......................................................................................................................... 163
3.2.2 Visão por junção de tabelas.................................................................................................. 163
4 O BANCO DE DADOS MICROSOFT ACCESS........................................................................... 164
4.1 CRIANDO UMA TABELA ........................................................................................................... 165
4.1.1 Definindo as propriedades do campo................................................................................ 169
4.1.2 Chave primária...................................................................................................................... 170

XI
4.1.2.1 Passos para definir a chave primária............................................................................... 171
4.2 MODO FOLHA DE DADOS – INCLUIR E EXCLUIR REGISTROS....................................... 171
4.3 CONSULTA..................................................................................................................................... 172
4.3.1 Escolhendo as tabelas para compor a sua consulta.......................................................... 173
4.3.2 Tela de estrutura da consulta .............................................................................................. 174
4.3.3 Criando consultas com critérios.......................................................................................... 175
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 176
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 180
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 182

REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 183

XII
UNIDADE 1

INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO
CIENTÍFICA

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, o acadêmico estará apto a:

• entender como foi a evolução da informática;

• saber quais os tipos de computadores que já foram fabricados e suas tec-


nologias;

• compreender como o hardware de um computador funciona e a sua rela-


ção com o software;

• conhecer as diferentes arquiteturas de processadores e seus principais fa-


bricantes;

• entender como funcionam os barramentos do computador e como os bits


trafegam nele;

• conhecer os tipos de softwares, inclusive os softwares de CAD, CAM e


CAE muito utilizados por engenheiros na elaboração dos seus projetos.

PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que, ao final de cada um
deles, você encontrará atividades que lhe auxiliarão na apropriação dos
conhecimentos aqui disponibilizados.

TÓPICO 1 – A INFORMÁTICA

TÓPICO 2 – O HARDWARE

TÓPICO 3 – O SOFTWARE

1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1

A INFORMÁTICA

1 INTRODUÇÃO
O computador está presente em quase todas as atividades realizadas no
nosso dia a dia, tais como, na televisão, na geladeira, no elevador bem como todos
os outros dispositivos que demandam controle eletrônico para o processamento
dos mais diversos tipos de informações.

No trabalho, o computador é indispensável para a realização de uma


simples ligação telefônica e até mesmo para a geração de um importante gráfico
do demonstrativo do crescimento das vendas de uma determinada indústria do
setor automotivo, por exemplo.

Utiliza, também, o computador na escola e mesmo na sua casa, durante


algumas atividades, durante seus estudos em cada uma das disciplinas do curso
que você escolheu. Como exemplo, cito o simples ato da digitação de um trabalho
a ser entregue ao professor bem como a consulta de algum material complementar
na Internet durante seus estudos neste caderno.

Por este motivo, temos a necessidade de compreender como é o


funcionamento destes equipamentos, representados pelo computador, o hardware
e a sua ligação com o software, que é a parte que dá vida à máquina. Hoje, neste
mundo globalizado, necessitamos de rapidez e eficiência no processamento
do grande volume de informações, para poder reduzir o tempo de criação de
produtos e serviços. Iniciamos nossos estudos conhecendo alguns dos fatos mais
significativos até o computador que conhecemos hoje.

NOTA

O termo INFORMÄTICA surgiu em 1962, na França, e surgiu da união das


palavras: informação e automática.

3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

2 A EVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS


Para você entender toda a evolução que a tecnologia sofreu, visando
sempre ao aumento no processamento das informações e ao seu rápido processo de
atualização ainda nos dias atuais, apresentamos alguns dos fatos mais marcantes:

2.1 ÁBACO
Este é considerado um dos primeiros registros de um equipamento para a
realização de cálculos matemáticos. O mais antigo foi encontrado em escavações no
vale situado entre os rios Tigre e Eufrates e data de 3500 a.C. Aproximadamente, no
ano 2600 a.C. surgiu o ábaco Chinês chamado de Suan-Pan e no Japão de Soroban.

FIGURA 1 – ÁBACO

FONTE: Disponível em: http://adolfogarro.files.wordpress.com/2007/05/abaco.jpg


Acesso em: 2 out. 2008.

UNI

No Japão é comum encontrar comerciantes que utilizam o ábaco para a realização


de simples operações matemáticas do que o uso de uma moderna calculadora eletrônica.

2.2 CALCULADORA MECÂNICA


Foi o primeiro equipamento criado por Leonardo na Vinci, no ano de
1500, para a realização de operações matemáticas simples. Observe na figura 2 o
“projeto da primeira calculadora”.
4
TÓPICO 1 | A INFORMÁTICA

FIGURA 2 – CALCULADORA MECÂNICA

FONTE: Disponível em: http://br.geocities.com/comp123a/apt_HistPC1_


arquivos/image007.jpg Acesso em: 2 out. 2008.

2.3 RÉGUA DE CÁLCULO


No ano de 1621, foi inventada a régua de cálculo, também chamada de “a
precursora da calculadora eletrônica” que foi utilizada até os anos 70.

FIGURA 3 – RÉGUA DE CÁLCULO

FONTE: Disponível em: <http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=MLB&f=72538


591_8830.jpg&v=P>. Acesso em: 2 out. 2008.

2.4 MÁQUINA ARITMÉTICA


O filósofo e matemático francês Blaise Pascal inventou, no Ano de 1642,
a Máquina Aritmética. A máquina era feita de rodas dentadas simulando o
funcionamento do ábaco. Sua primeira versão foi chamada de PASCALINA e,
após alguns ajustes, recebeu o nome de Máquina Aritmética de Pascal.

5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

FIGURA 4 – MÁQUINA ARITMÉTICA DE PASCAL

Disponível em: <Http://tbn0.google.com/.../AAAAAAAAAE0/iNjtqkJwn4s/s320/


Pascal_1_sm.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

2.5 A CALCULADORA UNIVERSAL


Em 1672, o alemão Gottfried Wilhelm von Leibnitz realizou aperfeiçoamentos
na Máquina Aritmética de Pascal e construiu a calculadora universal que realizava
soma, subtração, multiplicação, divisão e também a raiz quadrada.

FIGURA 5 – CALCULADORA UNIVERSAL

FONTE: Disponível em: http://jocas5.no.sapo.pt/histor1.gif Acesso em: 2 out. 2008.

2.6 CARTÃO PERFURADO


No ano de 1800, foi inventado o cartão perfurado como o primeiro
dispositivo de armazenamento das informações. Era a forma de incluir dados
e comandos nos computadores eletrônicos dos anos 40 e foi o precursor das
memórias utilizadas nos computadores atuais.

6
TÓPICO 1 | A INFORMÁTICA

FIGURA 6 – CARTÃO PERFURADO

FONTE: Disponível em: <http://palazzo.pro.br/hist/images/cartao_perfurado.gif>. Acesso em: 2


out. 2008.

2.7 MÁQUINA TABULADORA


No ano de 1886, Hermann Hollerith inventou uma máquina capaz de
ler as informações registradas nos cartões perfurados para a realização do
Recenseamento dos Estados Unidos, uma vez que a realização do censo demorava
aproximadamente 10 anos a ser concluído. A necessidade e a velocidade para
o processamento das informações coletadas, uma vez que era um funcionário
do Recenseamento dos Estados Unidos, fez com que se utilizasse o cartão
perfurado, que foi inventado no ano de 1800. Chamada de Máquina Tabuladora,
ela perfurou aproximadamente 56 milhões de cartões, estes específicos para a
Máquina Tabuladora.

FIGURA 7 – MÁQUINA TABULADORA

FONTE: Disponível em: <http://jocas5.no.sapo.pt/histor6.gif>. Acesso em: 2 out. 2008.

7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

2.8 COMPUTADOR ELETRÔNICO


Foi um marco histórico o surgimento do ENIAC, em 1945, como o primeiro
computador eletrônico para propósitos gerais. Como características principais temos:
volume de 111 metros cúbicos (ocupava uma sala de aproximadamente 80 m2, peso de
mais de 30 toneladas, 19.000 válvulas a vácuo, 50000 comutadores, 70000 resistências,
1.500 relês e consumo de aproximadamente 200 Kilowatts de eletricidade.

FIGURA 8 – ENIAC – O PRIMEIRO COMPUTADOR ELETRÔNICO

FONTE: Disponível em: <http://ivs.cs.uni-magdeburg.de/bs/lehre/


wise0102/.../kmuecke/eniac.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

2.9 COMPUTADOR COMERCIAL


Em 1948, foi criado o primeiro computador comercial, o UNIVAC. A
programação era externa ao Sistema Principal, através de cartões perfurados,
pois era composto de dois móveis.

FIGURA 9 – UNIVAC – O PRIMEIRO COMPUTADOR COMERCIAL

FONTE: Disponível em: <http://www.radioexilio.com.ar/estaciondetransito


/..._univac_I.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

8
TÓPICO 1 | A INFORMÁTICA

UNI

O UNIVAC compreendia uma memória de 4.096 posições, ou seja, incríveis 4


Kb e um processador.

2.10 MAINFRAMES
Em 1960, a IBM lançou o mainframe 1401, um computador grande, que
substituiu as válvulas por transistores menores e mais confiáveis, bem como a
utilização de uma memória de núcleo magnético. A IBM comercializou mais de
12.000 mainframes 1401, consolidando a IBM no mercado de computadores de
uso geral.

FIGURA 10 – MAINFRAME 1401 DA IBM

Disponível em: <http://www.beagle-ears.com/lars/engineer/comphist/


c20-1684/fig009.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

2.11 MICROPROCESSADOR
Em 1971, a Intel lançou o chip 108-KHz 4004, o primeiro microprocessador.
A partir deste momento, a evolução tecnológica é bastante acelerada, pois,
hoje, encontramos processadores de até quatro núcleos, com velocidades de,
aproximadamente, 5 GHz. Comercialmente, os fabricantes apresentam a frequência
(Hz) como uma das unidades para medir a velocidade dos processadores.

9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

E
IMPORTANT

1 Hz = 1 ciclo por segundo.


1 KHz = 1.000(mil) ciclos por segundo.
1 MHz = 1.000.000(milhão) de ciclos por segundo.
1 GHz = 1.000.000.000(bilhão) de ciclos por segundo.

Destacamos, neste momento, a evolução dos equipamentos, o hardware,


mas para acompanhar a evolução dos computadores temos também todo o
processo evolutivo do software, os programas de computador.

Em 1975, os estudantes Willian (Bill) Gates e Paul Allen criaram o primeiro


programa para microcomputadores. Alguns anos, depois fundaram a Microsoft,
a mais conhecida empresa fabricante de software até nossos dias.

FIGURA 11 – BILL GATES E PAUL ALLEN

FONTE: Disponível em: <http://www.wired.com/images/article/


full/2008/04/gates_and_allen_450px.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

De todos estes fatos relatados vamos concentrar nossos estudos nos


computadores.

3 AS GERAÇÃO DOS COMPUTADORES


Os computadores sofreram muitos avanços tecnológicos durante o
seu processo evolutivo, principalmente quanto aos componentes eletrônicos
utilizados. Atualmente, estamos na Quinta Geração:

10
TÓPICO 1 | A INFORMÁTICA

3.1 PRIMEIRA GERAÇÃO


Os computadores fabricados entre 1940 a 1952 utilizavam válvulas a
vácuo, consequentemente, possuíam grandes dimensões e eram utilizados nos
campos científicos e militares. Utilizavam, também, a linguagem de máquina
para o seu funcionamento e a única forma de armazenamento era através dos
cartões perfurados. Como exemplo, cito os modelos Univac I e IBM 704.

3.2 SEGUNDA GERAÇÃO


A partir do ano de 1952 até 1964, os computadores trocaram as válvulas
pelos transistores, reduzindo significativamente o seu tamanho e aumentando
a sua confiabilidade. Além dos campos científicos e militares, passaram a ser
utilizados nas áreas administrativas e gerenciais. Surgem as primeiras linguagens
de programação, além dos núcleos de ferrite, fitas e demais dispositivos
magnéticos utilizados como memórias dos equipamentos. Como representantes,
cito os modelos Univac 80 e IBM 1401.

3.3 TERCEIRA GERAÇÃO


A necessidade de aumento de velocidade e redução de tamanho, com a
significativa redução no consumo de energia, fez com que, entre 1964 a 1971,
os computadores começassem a utilizar circuitos integrados na sua construção.
Houve uma evolução respeitável dos Sistemas Operacionais como o surgimento
da multiprogramação. A memória é composta de semicondutores e discos
magnéticos. Como representantes, cito o Univac 1101 e o popular IBM 360.

3.4 QUARTA GERAÇÃO


A partir de 1971 a 1978, a utilização dos circuitos integrados esteve presente
em larga escala na construção dos computadores, devido à sua confiabilidade, bem
como o menor consumo de energia, deixando os computadores ainda maiores. O
surgimento do microprocessador foi o marco inicial e um dos mais significativos,
demonstrando o contínuo processo de miniaturização dos componentes para a
redução do tamanho dos computadores. Surgem as linguagens de alto nível, bem
como a ligação dos computadores em rede.

3.5 QUINTA GERAÇÃO


Pode-se dizer que, a partir de 1979 até os dias atuais, os computadores
são considerados da Quinta Geração. Como principais características destes
equipamentos temos que os processadores são fabricados à base de silício e
utilizam tecnologia de raios laser para os dispositivos de armazenamento (CDs,
DVDs etc.). Encontramos vários tipos de computadores no dia a dia, de acordo
com a sua utilidade. A Inteligência artificial surge com o aumento significativo da
velocidade de processamento bem como o alto grau de interatividade.
11
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

3.5.1 Tipos de computadores


Os computadores se distinguem pelo seu tamanho e finalidade, dividindo-
se em vários tipos. Apresentamos os sete tipos básicos:

3.5.1.1 Mainframes
Nos anos 70, as grandes empresas utilizavam estes equipamentos na
realização de grandes tarefas, os quais ocupavam grandes espaços. Possuem
grande capacidade de processamento e os atuais já possuem menores dimensões e
características próprias, de acordo com a sua necessidade.

3.5.1.2 Servidores
São todos aqueles computadores que oferecem vários serviços, a vários
outros computadores, simultaneamente. Um servidor de uma empresa oferece o
sistema de controle dos procedimentos a todos os funcionários e setores.

3.5.1.3 Workstation
Os computadores utilizados por usuários de empresas que precisam de um
computador muito veloz e capaz de realizar inúmeras operações ao mesmo tempo.
Possuem configurações personalizadas, de acordo com suas necessidades, tais como
recursos gráficos e matemáticos adequados para o trabalho de um engenheiro.

3.5.1.4 Personal Computer – PC


O computador pessoal é um equipamento que realiza várias tarefas
rotineiras e avançadas, tais como acesso à Internet e a possibilidade de utilizar
aplicativos como Editor de Textos e Planilhas eletrônicas. Com ele, a informática
atingiu a proporção que tem nos dias atuais e este é o foco dos nossos estudos
neste caderno. Também é conhecido como Desktop.

3.5.1.5 Notebook
Computadores portáteis são aqueles que são transportados em uma maleta
e possuem monitor, teclado e mouse, num mesmo equipamento. São importantes
para o trabalho de campo quando necessitamos um volume grande de informações
e sistemas específicos, pois podemos transportá-los com muita facilidade.

3.5.1.6 Palmtop
São computadores que cabem na palma da mão e realizam muitas das
tarefas que realizamos num PC ou mesmo num notebook. Possuem dimensões
limitadas, mas são compostos por um teclado e um monitor.

12
TÓPICO 1 | A INFORMÁTICA

3.5.1.7 PDA
Este tipo de computador é como um assistente a ser utilizado em campo,
para aplicações específicas (Personal Digital Assistent). Possui uma caneta no
lugar do teclado para a entrada de dados.

3.5.1.8 TABLETS
É um computador em formato de prancheta, que pode ser utilizado
para acessar a internet, visualizar vídeos, fotos e livros, bem como permite o
entretenimento com jogos. A inserção de dados é realizada através da sua tela
touchscreen (sensível ao toque). O IPad da Apple e o Galaxy Tab da Samsung são
os principais modelos disponíveis no mercado.

4 SISTEMAS DE COMPUTAÇÃO
Precisamos nos familiarizar com estes equipamentos, mas há, também,
necessidade de conhecer todos os componentes fundamentais de um sistema
informatizado: o hardware, o software e peopleware.

FIGURA 12 – REPRESENTAÇÃO DE UM SISTEMA INFORMATIZADO.

FONTE: Autor.

4.1 HARDWARE
É todo o componente físico do nosso sistema informatizado, todos os
componentes eletrônicos e demais dispositivos que realizam as operações básicas
de todo computador e é formado por: unidades de entrada, unidade central de
processamento e unidades de saída.

13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

4.1.1 Unidades de entrada


Todo o dispositivo eletrônico responsável pela entrada de informações no
sistema computacional, envia dados à Unidade Central de Processamento. Como
exemplo, temos o teclado, o mouse, câmeras digitais, microfones etc.

4.1.2 Unidade central de processamento


Conhecido também como CPU, é o coração do sistema computacional,
sendo responsável pelo processamento e armazenamento das informações.
É composto pelo processador, memórias de armazenamento temporário e
permanente, entre outros componentes.

4.1.3 Unidades de saída


Todos os dados processados precisam ser visualizados, e esta é a função
das unidades de saída. Esta visualização pode ser feita através de monitores de
vídeo, impressoras, alto-falantes, entre outros.

4.2 SOFTWARE
É a parte que dá “vida” ao computador, a parte lógica do Sistema
Informatizado. São classificados como Software Básico, Software Aplicativo e
Software Utilitário.

4.3 PEOPLEWARE
São todas as pessoas envolvidas no desenvolvimento e na utilização dos
computadores e seus demais periféricos.

TURO S
ESTUDOS FU

No próximo tópico, você compreenderá todo o hardware, sua configuração e


funcionamento. Até lá!

14
RESUMO DO TÓPICO 1
Caro acadêmico! Neste primeiro tópico, você estudou os seguintes aspectos:

 O computador está presente em praticamente todas as atividades realizadas no


dia a dia, pois a informática tem como a principal função auxiliar o homem nas
tarefas rotineiras.

 O primeiro computador eletrônico para propósitos gerais surgiu em 1945,


pesava mais de 30 toneladas e consumia aproximadamente 200 Kilowatts de
eletricidade, o ENIAC. Foi o marco inicial dos computadores comerciais na sua
primeira geração. Atualmente, nossos computadores estão na quinta geração.

 Os computadores sofreram muitos avanços tecnológicos durante o seu processo


evolutivo, principalmente quanto aos componentes eletrônicos utilizados.

 O computador é composto de equipamentos eletrônicos (hardware), que sempre


estão ligados ao software, os programas de computador que dão “vida” aos
computadores.

 O Sistema de Computação é composto por três elementos fundamentais: o


hardware, o software e o peopleware.

 O hardware é todo o componente físico do sistema computacional e é composto


pelas unidades de entrada, unidade central de processamento e unidades de saída.

 As unidades de entrada são todos os dispositivos que são utilizados para


“inserir” informações no computador, tais como o teclado, mouse, microfone,
entre outros.

 A Unidade Central de Processamento é o cérebro do computador, cujas


informações são processadas e armazenadas. O processador é o principal
componente.

 O software é parte do sistema computacional que dá “vida” ao computador. É


classificado em Software Básico, Softwares Aplicativo e Software Utilitário.

15
AUTOATIVIDADE

Ao final deste tópico, caro acadêmico, para aprimorar seus


conhecimentos, resolva as questões a seguir:

1 Apresente o primeiro método de registro de cálculos matemáticos.


2 Cite o primeiro dispositivo de armazenamento.
3 Comente o surgimento do primeiro computador eletrônico já fabricado
pelo homem e qual era o principal componente que ele utilizava para seu
funcionamento.
4 Explique o que é o hardware.
5 Comente o ano e em qual geração de computadores o circuito integrado foi
utilizado em larga escala.
6 Cite os principais tipos de computares fabricados atualmente.
7 Reflita acerca da utilidade de um Tablet.
8 Demonstre o que é UNIDADE DE ENTRADA.
9 Evidencie a função da UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO.
10 Dê um conceito de software.
11 Exponha os responsáveis pelo desenvolvimento do primeiro sistema
operacional.
12 Escreva acerca dos dispositivos que podem ser considerados UNIDADES
DE SAÍDA.
13 Discorra acerca do lançamento do primeiro MAINFRAME.

16
UNIDADE 1
TÓPICO 2

O HARDWARE

1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento da eletrônica faz com que o computador esteja mais
potente a cada nova versão, sendo capaz de atender a quase todas as nossas
necessidades, quanto ao processamento de um volume cada vez maior de
informações. Na medicina, o computador é utilizado no diagnóstico de doenças,
controle permanente de próteses e marca-passos, implante coclear bem como o
processamento automatizado de imagens.

Toda esta tecnologia está também à disposição dos profissionais da área


de engenharia e arquitetura. As tradicionais mesas de desenho estão sendo
aposentadas e sendo substituídas por softwares e computadores específicos com
diversos recursos de computação gráfica, dando mais vida aos novos projetos. Os
processos automatizados de manufatura demonstram toda a evolução tecnológica
nos projetos de desenvolvimento de produtos bem como o acompanhamento do
planejamento e controle dos processos produtivos. Vamos então conhecer um
pouco mais o hardware, seus principais componentes. O hardware é composto pelas
unidades de entrada, unidade central de processamento e unidades de saída.

FIGURA 13 – ARQUITETURA VON NEWMANN

Memória

Unidade de
Entrada de Dados

Saída de Dados

Controle

Unidade Lógica
e Aritmética

CPU
FONTE: Disponível em:http://professores.files.wordpress.com/2007/03/cap-
2-introducao-a-arquitetura-dos-computadores.doc. Acesso em: 2 out. 2008.

17
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

A figura 13 apresenta os elementos que compõem qualquer computador.


Mesmo aqueles desenvolvidos nas décadas de 40, bem como aqueles que
utilizamos nos dias atuais seguem esta arquitetura, projetada pelo engenheiro
John Von Newmann, chamada de “Arquitetura von Newmann”.

NOTA

Em 1944, o engenheiro e matemático húngaro, naturalizado americano,


John von Newmann, desenvolveu a ideia da existência simultânea de dados e instruções
no computador bem como a possibilidade do computador ser programado, publicado no
artigo “Teoria e técnicas dos computadores eletrônicos”.

2 UNIDADES DE ENTRADA
A seguir serão vistos, todos os dispositivos utilizados para dar a entrada
de informações no computador.

2.1 TECLADO
Dispositivo de leitura dos caracteres, conjunto de teclas semelhante às de
uma máquina de escrever e algumas com funções especiais, que são digitados
pelo usuário.

2.2 MOUSE
Permite ao usuário ler os movimentos e seleções específicas, realizadas
pelos botões durante a visualização das informações no monitor. Há vários tipos:
os mais antigos, os mecânicos, compostos por uma esfera de metal; optomecânicos,
encontrados principalmente nos notebooks, que utilizam um sensor para detectar
o movimento do dedo; e os ópticos, os mais utilizados atualmente, que utilizam
o laser para detectar os movimentos.

2.3 MICROFONE
O microfone é um dispositivo utilizado para captar sons e transmiti-los
ao computador.

18
TÓPICO 2 | O HARDWARE

2.4 CÂMERAS DE VÍDEO


Dispositivo utilizado para captar qualquer imagem e posterior
transferência para o computador.

2.5 SCANNER
O scanner é utilizado para fazer a digitalização de fotos e documentos e
posterior transferência para o computador.

2.6 LEITOR DE CÓDIGO DE BARRAS


Lê símbolos de barras e os transmite para a memória do computador.
Há modelos com o formato de uma caneta, bem como os leitores de mesa,
encontrados nos mercados.

2.7 GAMEPADS E JOYSTICKS


Estes são dispositivos de envio de dados do posicionamento para o
computador, isto é, mover objetos e ativar determinadas ações. São muito
utilizados em jogos de computador no lugar do teclado e mouse.

3 CPU (UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO)


É responsável pelo processamento das informações armazenadas nas
memórias, estas utilizadas no armazenamento dos programas e dados utilizados
no uso dos computadores. É composta pelo processador, memórias e as unidades
de armazenamento, elementos estes interligados pelos barramentos, que são
encontrados na placa-mãe.

3.1 O PROCESSADOR
É o principal componente da CPU, formado por um grande número de
chips de silício, conhecido também como o “cérebro”, responsável pelo controle
de todo o fluxo de informações dentro do computador.

19
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

FIGURA 14 – ESTRUTURA INTERNA DO PROCESSADOR

Endereço Unidade
de
Unidade Execução
de
Controle
Controle
ULA
Dados

FONTE: Autor.

Observe, na figura 14, as três estruturas que encontramos nos processadores:


a unidade de controle, unidade de execução e unidade aritmética e lógica.

 Unidade de controle: É responsável pelo controle de toda a instrução de um


respectivo programa e o seu fluxo na memória principal, converte em um
formato que pode ser entendido pela unidade de aritmética e lógica e controla
qual a etapa do programa que está sendo executada. Todas as informações têm
como origem e destino as unidades de entrada e unidades de saída.

 Unidade de execução: Neste momento, a informação já está dentro do


processador, e a unidade de execução, como o próprio nome diz, é a responsável
pela execução, o processamento das informações, isto é, ativa os diversos
circuitos necessários para a execução de todas as instruções.

 Unidade aritmética e lógica: Este aglomerado de circuitos lógicos é responsável


pelos cálculos aritméticos (soma, multiplicação, subtração etc.) bem como a
execução das operações lógicas (AND, OR, NOT etc.).

Estas três unidades trabalham em perfeito sincronismo para a realização de


quatro atividades essenciais nos computadores, conhecido como o ciclo de fletch:

 trazer a informação da memória para o processador;

 controlar todo o processo de recebimento e execução das instruções;

 executar todas as instruções necessárias;

 entregar o resultado para a memória.

20
TÓPICO 2 | O HARDWARE

3.1.1 Principais fabricantes


Há vários fabricantes de microprocessadores, tais como IBM, Cyrix,
Motorola, Texas Instruments, mas as empresas mais conhecidas, aquelas que
dominam o mercado de microprocessadores, são a Intel e a AMD.

3.1.1.1 Intel
Intel Corporation, uma empresa multinacional,
de origem norte-americana, fabricante de circuitos
integrados, conhecida principalmente pela fabricação de
microprocessadores. No Brasil, é registrada como Intel
Semicondutores do Brasil, com sede em São Paulo. Em abril
de 2013, completa vinte e seis anos no Brasil. Dentre seus principais produtos,
temos o Intel Core 2 Duo e Intel Core 2 Quad e os processadores de terceira geração
Intel Core i3, Intel Core i5 e Intel Core i7.

3.1.1.2 AMD
A AMD (Advanced Micro Devices) é uma empresa
norte-americana, fabricante de vários circuitos integrados,
sendo mais conhecida pelos microprocessadores. É a
concorrente número um da Intel. Seu produto mais famoso, na década de 1990,
foi o processador Athlon, utilizado em computadores pessoais (PC). Dentre seus
principais produtos, destacam-se os processadores Athlon 64, Phenom X4 (quatro
núcleos), Phenom II, Opteron (servidores) e Turion 64 (Notebooks).

3.1.2 Tipos de processadores quanto à arquitetura


A arquitetura dos processadores é fundamental para o funcionamento
correto de todas as instruções dentro do processador. Os processadores possuem, na
sua composição, um determinado número de instruções para o encaminhamento das
informações para o respectivo destino durante o seu funcionamento (processador →
memória), (memória → monitor), (processador → placa de vídeo) etc. O mercado
possui dois padrões de construção, ou seja, as arquiteturas CISC e RISC.

3.1.2.1 Arquitetura RISC


Do inglês Reduced Instruction Set Computing, são processadores com um
conjunto reduzido de instruções (algumas dezenas), implementados diretamente
no hardware. Esta tecnologia é muito utilizada em processadores PowerPC (da
Apple, Motorola e IBM) e SPARC (SUN). Nesta técnica, não é necessário realizar

21
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

a leitura em uma memória e, por isso, a execução das instruções é muito rápida
(normalmente, um ciclo de clock por instrução). Por outro lado, as instruções
são muito simples e, para a realização de certas tarefas, são necessárias mais
instruções que no modelo CISC. Quem realiza o trabalho pesado é o Sistema
Operacional. Como exemplos, temos o processador i860 (Intel), Power (IBM) e
88000 (Motorola).

3.1.2.2 Arquitetura CISC


Do inglês Complex Instruction Set Computing, são os processadores com
um conjunto complexo de instruções (algumas centenas) armazenadas em uma
pequena memória não volátil dentro do processador. Cada posição desta memória
contém as microinstruções, ou seja, os passos a serem realizados para a execução
de cada instrução. Quanto mais complexa a instrução, mais microinstruções
ela possuirá e mais tempo levará para ser executada. O conjunto de todas as
microinstruções contidas no processador é chamado de microcódigo. A técnica
de computação baseada em microcódigo é denominada microprogramação. O
processador é quem realiza o trabalho pesado, e não o Sistema Operacional.
Como exemplos, temos os processadores Pentium (Intel) e Athlon (AMD).

3.2 MEMÓRIA
Todo computador é composto de dispositivos eletrônicos responsáveis
pelo armazenamento dos dados e programas executados pelo computador. Há
quatro tipos: Principal (RAM), Secundária, ROM e Cachê. A Unidade de medida
das memórias é o byte.

E
IMPORTANT

1 Byte = 8 bits, o mesmo que 1 caractere.


1 Kilobyte (KB) = 1.024 bytes.
1 Megabyte (MB) = 1.048.576 bytes.
1 Gigabyte (GB) = 1.073.641.824 bytes.
1 Terabyte (TB) = 1.099.511.627.776 bytes.

3.2.1 Memória principal


Também conhecida como Memória RAM (Random Acess Memory), é a
memória utilizada em tempo de execução, o local em que estão armazenados os
programas e dados utilizados pelo processador. Possui acesso aleatório, permite

22
TÓPICO 2 | O HARDWARE

leitura e gravação de informações, é volátil, isto é, é apagada quando desligamos


o computador e é representada por chips (placas de memória também conhecido
por “pente de memória”). Quanto maior a quantidade de memória principal,
melhor será a performance do seu computador.

FIGURA 15 – PLACA DE MEMÓRIA

FONTE: Disponível em: http://www.orbit.com.br/modules/rmms/uploads/


memoria_ddr2_4200_yyX9eNh.jpg Acesso em: 2 out. 2008.

As Memórias Principais são também chamadas de Memórias DRAM


(Dynamic RAM), ou seja, RAM Dinâmicas, pois necessitam que seus dados sejam
reenergizados, pois não conseguem armazenar o sinal elétrico por muito tempo.
Nos primeiros computadores, eram constituídas por um circuito integrado,
chamado de DIP ou por módulos denominados SIMM, DIMM, DDR, etc. Estas
nomenclaturas definem as características de acordo com a velocidade e taxa de
transmissão, de acordo com o processo evolutivo dos componentes eletrônicos.
Atualmente, encontramos módulos de memória do tipo DDR nos computadores.

A sigla DDR significa (double data rate). Possui 184 terminais, que são os
contatos com a placa mãe. A sigla indica justamente a capacidade das memórias
DDR transmitirem dados duas vezes por ciclo, uma transferência no início do
ciclo de clock e uma segunda transferência no final do pulso. Um módulo DDR
de 266 MHz, por exemplo, não trabalha a 266 MHz, mas, sim, a apenas 133
MHz. Entretanto, como são feitas duas transferências por ciclo, o desempenho
é equivalente ao que seria alcançado por um módulo de 266 MHz. As memórias
DDR2 trabalham com uma voltagem menor que as DDR, possibilitando, assim, um
menor aquecimento e maiores clocks (velocidade). Dentre outras características,
os módulos de memória DDR2 possuem 240 terminais e realizam 4 acessos por
ciclo, dobrando a velocidade em relação à memória DDR. A voltagem de trabalho
da DDR2 é de 1,8 V, ao contrário da DDR que opera a 2,5 V.

Atualmente, os novos computadores utilizam memórias DDR3, que faz


uso das mesmas 240 vias dos módulos DDR2 e mantêm o mesmo formato, mas
em contrapartida, dobrou a quantidade de operações por ciclo, ou seja, realiza
8 acessos por ciclo de clock, quatro no início e os outros quatro no final, além de
reduzir a voltagem para 1,5V, gerando desta feita, economia de energia.
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

3.2.1.1 Velocidade da memória


Dois componentes definem a velocidade da memória: a frequência de
operação medida em HZ ou MHz e ao tamanho do barramento da memória, isto
é, a quantidade de blocos de dados que podem ser transferidos por segundo.
Podemos, então, dizer que a velocidade de uma memória é a taxa de transferência
dos dados (Bytes/seg.). Observe a fórmula a seguir:

Taxa de Transferência (B/s) = Velocidade (MHz) * Tamanho do Barramento


(bits)

ATENCAO

Todos os dispositivos que encontramos no computador (processador, memória,


placas de expansão, dispositivos externos (saídas USB, seriais etc.) possuem sua velocidade
calculada pela fórmula acima, ou seja, a Taxa de Transferência (B/s).

Para facilitar, vamos a um exemplo: calculamos a taxa de transferência de


uma memória DDR2 de 200 MHZ, trabalhando com tamanho da palavra de 64
bits (barramento). Taxa de Transferência (B/s) = (200 Mhz * 64 bits * 4 (ciclos pos
clock))/8 = 6,4 GB/s. Dividimos por oito, pois um Byte = 8 bits, e a Unidade da Taxa
de Transferência é B/s.

E
IMPORTANT

Alguns computadores possuem a tecnologia DUAL CHANNEL, que define


que temos que instalar os módulos de memória aos pares, e tal tecnologia duplica a taxa de
transferência. Desta forma, um computador com tecnologia DUAL CHANNEL, com 2 GB de
memória RAM (dois módulos de 1 GB), possui uma velocidade maior que um computador com
2 GB de memória RAM (um módulo de 2 GB), sem a tecnologia DUAL CHANNEL na placa-mãe.

3.2.2 Memória secundária


Como o próprio nome diz, esta memória não é acessada diretamente pelo
processador, como a memória principal. É também conhecida como memória
de massa. O acesso à memória secundária ocorre através de controladoras
especiais. São consideradas como permanentes, pois seu conteúdo não é perdido

24
TÓPICO 2 | O HARDWARE

quando desligamos o computador. Possui uma capacidade de armazenamento


muito maior que a memória principal com o custo relativo à capacidade de
armazenamento muito menor.

Sua composição difere da memória principal, pois não é formada por chips
e, sim, por outras tecnologias, tais como a magnética e óptica. Como exemplos,
temos o disco rígido (HD) e o pen-drive, que utilizam a tecnologia magnética e os
CDs e DVDs, entre outros dispositivos que utilizam a tecnologia óptica.

FIGURA 16 – DISCO RÍGIDO

Pratos

Cabeça de leitura e
gravação
Braço

Motor

Atuador

FONTE: Disponível em: http://pistoleirosemdedo.com/images/hd_pordentro.


jpg Acesso em: 2 out. 2008.

FIGURA 17 – CD-ROM

FONTE: Disponível em: http://www.faster-informatica.com/loja9072/ima


ges/cd-room.jpg. Acesso em: 2 out. 2008.

25
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

FIGURA 18 – PEN-DRIVE

FONTE: Disponível em: http://www.fightergames.com.br/loja/images/pen_


drive_1gb%20kingston.jpg Acesso em: 2 out. 2008.

3.2.3 Memória ROM (Read Only Memory)


É a memória apenas de leitura que é gravada pelo fabricante do
equipamento, contendo as principais informações da configuração do
computador (velocidade do processador, tipo e número de discos rígidos, data e
hora, tipo da memória principal (RAM) etc...). É conhecida também como CMOS
(complementary metal-oxide semicondutor). Esta memória é alimentada pela bateria
existente na placa-mãe.

3.2.4 Memória CACHE


Esta memória é encontrada geralmente dentro dos processadores. Sua
função é aumentar a velocidade de processamento, através da retenção de dados
da memória principal, que são utilizados com maior frequência pelo processador,
não precisando acessar novamente a memória principal. Sua velocidade é maior
que a memória principal por ser do tipo SRAM (Static RAM), não precisando
de uma alimentação extra como a memória DRAM (Memória Principal). Ainda
na comparação com a memória principal, seu custo é maior e a capacidade de
armazenamento é menor.

3.3 PLACA-MÃE
É um dos principais dispositivos encontrados dentro do computador, pois
é a responsável pela interligação de todos os dispositivos do computador. A ligação
dos dispositivos é realizada através dos barramentos, que são os caminhos que
os dados percorrem entre a memória e o processador ou mesmo entre os mais
diversos dispositivos no envio e recebimento das informações. Temos, na placa
mãe, vários barramentos tais como o barramento do processador, barramento de
cachê, barramento de memória, os barramentos internos e os barramentos externos.

26
TÓPICO 2 | O HARDWARE

E
IMPORTANT

O barramento é também chamado de BUS. O tamanho de um barramento é


muito importante, pois determina a quantidade de dados que podem ser transmitidas de
cada vez. Ex.: Um barramento de 32 bits pode transmitir 32 bits de dados de cada vez. Outra
unidade que determina sua velocidade é a frequência em MHz.

3.3.1 Barramento do processador


O barramento do processador é representado pelos circuitos internos
responsáveis pela transferência de dados e instruções dentro do processador. É
chamado de socket, que possui um determinado número de vias para o encaixe
do respectivo processador.

FIGURA 19 – SOCKET

FONTE: Disponível em: http://www.chupond.com/.../0705%20Socket%20A


/Socket%20462.jpg Acesso em: 2 out. 2008.

E
IMPORTANT

Ao escolher o processador, cada fabricante de processador possui características


específicas e consequentemente sockets diferentes. Uma placa-mãe de um Processador
AMD difere de uma placa-mãe para um Processador Intel.

27
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

3.3.2 Barramento de cache


O barramento de cache é barramento exclusivo para acesso à memória
cache, aquela que encontramos dentro dos processadores e está localizada entre a
memória principal e o processador.

3.3.3 Barramento de memória


O barramento de memória é o barramento de altíssima velocidade,
responsável pela conexão da memória principal com o processador.

3.3.4 Barramentos internos


Os barramentos internos são os conectores existentes na própria placa-
mãe para a conexão de placas de expansão “dentro” do computador, chamados
de SLOTS. As placas de expansão mais comuns são as placas de vídeo, as placa de
rede e a placa de som. Como exemplos de barramentos internos: IDE, ISA, PCI,
AGP, SCSI e PCI Express de acordo com o processo evolutivo dos computadores,
e sempre aumentando a velocidade (taxa de transferência).

FIGURA 20 – PLACA DE EXPANSÃO DE REDE

FONTE: Disponível em: http://www.museudocomputador.com.br/imagens/


enciclo/rede1-g.jpg Acesso em: 2 out. 2008.

28
TÓPICO 2 | O HARDWARE

E
IMPORTANT

Os barramentos existentes nos computadores atuais são do tipo PCI Express (Slot).

FONTE: Disponível em: http://static.hsw.com.br/gif/pci-express-slots.gif


Acesso em 2 out. 2008.

3.3.5 Barramentos externos


Os barramentos externos conectam dispositivos “fora” do computador,
como teclado, mouse e demais dispositivos. Não podemos esquecer que todas
as tecnologias de barramentos externos devem estar implementadas na placa-
mãe através de chips fixados na mesma ou através de placas de expansão. Como
exemplo, temos: conectores para teclado e mouse, USB, serial e paralela.

29
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

FIGURA 22 – BARRAMENTOS EXTERNOS DA PLACA-MÃE

FONTE: Disponível em: http://mnagano.files.wordpress.com/2008/02/


gf7050v_back_panel.jpg Acesso em 2 out. 2008.

3.3.6 Tipos de placa-mãe


Atualmente, encontramos dois tipos de placas-mãe. Os modelos conhecidos
como on-board possuem, acoplados à placa-mãe, diversos dispositivos como placa
de vídeo, placa de rede, placa fax-modem, placa de som, entre outros. Os modelos off-
board não possuem este dispositivos, sendo muito utilizados para as configurações
mais específicas, tais como os computadores utilizados pelos engenheiros. Estes
profissionais necessitam de uma configuração com excelente performance para
suportar todos os softwares necessários para o desenvolvimento dos projetos
utilizando ferramentas de CAD, que estaremos estudando na Unidade 3.

FIGURA 23 – PLACA-MÃE ON-BOARD

FONTE: Autor.

30
TÓPICO 2 | O HARDWARE

4 UNIDADES DE SAÍDA
São todos os dispositivos que apresentam os dados e informações
processadas pelo computador aos usuários. Esta visualização pode ser feita
através de monitores de vídeo, impressoras, alto-falantes, entre outros.

4.1 MONITOR
Um monitor de vídeo é o dispositivo de saída do computador que serve
de interface visual para o usuário, pois permite, além da visualização dos dados, a
sua interação com eles. Os monitores são classificados de acordo com a tecnologia
utilizada na formação da imagem. Atualmente, essas tecnologias são duas: CRT e
LCD. À superfície do monitor sobre a qual se projeta a imagem, chamamos tela,
ecrã ou écran.

 CRT (em inglês Cathodic Ray Tube, ou seja, Tubo de Raios Catódicos) é o
monitor “tradicional”, em que a tela é repetidamente atingida por um feixe de
elétrons, que atuam no material fosforescente que a reveste, assim, formando
as imagens.

 LCD (em inglês Liquid Cristal Display, ou seja, sigla de Tela de Cristal Líquido)
é o tipo mais moderno de monitor. A tela é composta por cristais que são
polarizados para gerar as cores.

FIGURA 24 – MONITOR LCD

FONTE: Disponível em: http://iphone2007ipod.files.wordpress.


com/2007/07/monitor_lg_lcd_24.jpg Acesso em: 2 out. 2008.

31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

4.2 IMPRESSORA
Uma impressora ou dispositivo de impressão é um periférico que tem
como função imprimir os conteúdos solicitados pelo usuário, como textos,
gráficos ou qualquer outro tipo de informação. Seus primeiros modelos herdaram
a tecnologia das máquinas de escrever (impressoras de impacto), mas todos os
avanços tecnológicos permitiram também os avanços da computação gráfica,
surgindo os modelos como jato de tinta e laser.

4.3 OUTROS DISPOSITIVOS DE SAÍDA


A seguir, veja alguns dispositivos de saída:

 Caixas de som: é uma caixa construída em volta de um alto-falante para


melhorar sua reprodução sonora.

 Placa de vídeo: é a placa de expansão que envia sinais do computador para o


monitor. Geralmente, possui memória própria, com capacidade medida em
bytes e muito utilizadas por engenheiros e arquitetos.

 Plotters: é uma impressora destinada a imprimir projetos de engenharia, mapas


cartográficos e demais desenhos em grandes dimensões e com boa qualidade
de impressão.

5 UNIDADES DE SAÍDA/ENTRADA
São dispositivos que apresentam as duas características citadas
anteriormente, permitem a entrada da informação e, ao mesmo tempo, exibe os
dados e informações processados pelo computador.

5.1 MONITORES TOUCHSCREEN


Telas de visualização das informações, que permitem também a seleção
de opções exibidas no monitor de vídeo através do toque de dedo. São muito
utilizados nos caixas eletrônicos dos bancos.

E
IMPORTANT

Existem muitos outros dispositivos classificados como unidades de entrada,


tais como todos os sensores de temperatura, pressão, movimento e demais dispositivos
utilizados na automação industrial.

32
TÓPICO 2 | O HARDWARE

LEITURA COMPLEMENTAR

O que a impressora 3D pode facilitar

O que uma vez pareceu algo saído da sala de estar dos Jetsons, está se
tornando uma ferramenta importante para indústrias e uma nova maneira do
ser humano se relacionar com objetos. A impressora 3D tem potencial para ser
uma das grandes invenções do nosso tempo. Elas não são utilizadas só para fazer
dezenas de clones do mesmo produto. Descubra como ela pode tornar sua vida
muito mais fácil.

1 Transplante personalizado

Recentemente, uma mulher de 83 anos de idade foi submetida a um


transplante de mandíbula com a prótese feita por uma impressora 3D. A paciente,
que sofria de uma infecção óssea crônica, poderia ter tido complicações num
procedimento normal de construção. Por isso, os médicos optaram por imprimir
uma mandíbula ‘novinha em folha’.

2 Um fóssil para cada cientista

Pesquisadores da Universidade Drexel da Filadélfia estão usando


impressoras 3D para reproduzir fósseis originais de dinossauros. Como as peças
verdadeiras são muito frágeis, ficam restritas a espaços reservados de pesquisa.
Porém, com a nova tecnologia, cientistas poderão fazer suas próprias cópias e
movê-las aos laboratórios, potencializando os estudos.

3 Protótipos melhores

Designers poderão usar impressoras 3D para construir e testar mais


rapidamente protótipos dos mais diversos produtos disponíveis no mercado, o
que permitirá aperfeiçoamento antes da fabricação. Agilidade para produtores e
segurança para consumidores.

4 Reinvenção da história

Museus e espaços históricos serão capazes de construir réplicas sofisticadas


de seus materiais e abrir arquivos para mais visitantes, sem tantas preocupações
sobre possíveis danos causados por luz e fotografias.

O Smithsonian, complexo norte-americano de pesquisas históricas e


museus, já está engajado na tarefa de compartilhar ainda mais o seu acervo com
o mundo. O grupo está utilizando scanner 3D para obter medições geométricas
de cada peça para atualização do arquivo, enquanto isso, uma impressora 3D
vai reproduzir fisicamente as estruturas. Apesar de ser um processo lento e
demorado, cientistas garantem a precisão incrível das peças reconstruídas.

33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

O processo já foi iniciado com uma réplica impecável, considerada ‘o


melhor objeto de qualidade histórica impresso em 3D’, da estátua de Thomas
Jefferson, originalmente localizada na Virgínia, EUA. Será que, em breve, vamos
ver uma dessas no Brasil?

5 Facilidade para arquitetos

Muitos nas indústrias de arquitetura, construção e engenharia têm


adotado a impressão 3D como forma de potencializar a inovação, reduzir custos
e acelerar o processo de produção. Modelos e maquetes 3D de edifícios podem
ser facilmente criados, remontados editados, economizando tempo e dinheiro.

6 Exclusividade e preço baixo

Uma das maiores apostas para o processo de impressão 3D é reduzir os


custos e os riscos de produções de produtos manufaturados, como roupas, sapatos
e carros. A agilidade na produção poderá garantir preço melhor e produtos
mais diferenciados. Funciona assim: designers conseguem criar materiais mais
exclusivos e em menos tempo, o que acaba sendo bom para você, que poderá
comprar o produto a um preço mais baixo, já que o custo de produção é reduzido.

7 O verdadeiro fast food

Pesquisadores já testaram até um chocolate feito por uma impressora 3D –


e garantem que é tão saboroso quanto o original. Isso abre possibilidades para um
grande chefe de cozinha elaborar um prato e você poder reproduzir exatamente o
mesmo na sua casa, com o uso de uma impressora 3D.

8 Carro sob medida

A ideia dos protótipos serve para carros também. Técnicos poderão


realizar testes de peças específicas de carros de forma mais fácil e rápida com
a impressora 3D. Além disso, a impressão sob medida pode ser uma forma de
baratear os custos também.

9 Compras sem sair de casa

As mulheres se beneficiarão muito de impressão 3D. Artigos de joalheria,


objetos de decoração e utilidades domésticas são mercados que podem explorar
a capacidade de produção em massa da nova tecnologia e deixar seus produtos
mais acessíveis e baratos para os consumidores.
FONTE: Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI296550-17770,00-
O+QUE+A+IMPRESSORA+D+PODE+FACILITAR.html>. Acesso em: 6 mar. 2013.

34
RESUMO DO TÓPICO 2
Caro acadêmico! Neste segundo tópico, você estudou os seguintes aspectos:

 O hardware é todo o componente físico do sistema computacional, e é composto


pelas unidades de entrada, unidade central de processamento e unidades de
saída.

 As unidades de entrada são todos os dispositivos que são utilizados para


“inserir” informações no computador, tais como o teclado, mouse, microfone,
entre outros.

 A unidade central de processamento é o cérebro do computador, em que as


informações são processadas e armazenadas.

 A unidade central de processamento é composta pelo processador, memórias e


as unidades de armazenamento que são interligados pelos barramentos, estes
encontrados na placa-mãe.

 O processador é o principal componente da CPU, formado por um grande


número de chips de silício, conhecido também como o “cérebro”, responsável
pelo controle de todo o fluxo de informações dentro do computador.

 Os processadores são compostos por três estruturas: a unidade de controle,


unidade de execução e a unidade aritmética e lógica.

 A unidade de controle é responsável pelo controle de toda a instrução de um


respectivo programa e o seu fluxo na memória principal.

 A unidade de execução é a responsável pelo processamento das informações,


isto é, ativa os diversos circuitos necessários para a execução de todas as
instruções.

 A unidade aritmética e lógica é responsável pelos cálculos aritméticos (soma,


multiplicação, subtração etc.) bem como a execução das operações lógicas
(AND, OR, NOT etc.).

 Existem vários fabricantes de microprocessadores tais como IBM, Cyrix,


Motorola, Texas Instruments, mas as empresas mais conhecidas, aquelas que
dominam o mercado de microprocessadores, são a Intel e a AMD.

 O computador é composto por dispositivos de armazenamento e processamento


chamado de memórias. Existem quatro tipos: principal (MAM), secundária,
ROM e cache.

35
 A memória principal (RAM) é aquela utilizada no processamento das
informações e é volátil, pois perde seu conteúdo quando desligamos o
computador.

 A memória secundária é a memória de armazenamento temporário, e não é


perdida quando desligamos o computador. Como alguns exemplos, temos o
disco rígido, o pen-drive, os CDs e DVDs.

 A memória ROM é a memória apenas de leitura, gravada pelo fabricante


do equipamento e contém as principais informações da configuração do
computador (velocidade do processador, tipo e número de discos rígidos, data
e hora, tipo da memória principal (RAM) etc.).

 A memória cache é encontrada dentro dos processadores. Sua função é


aumentar a velocidade de processamento, através da retenção de dados da
memória principal que são utilizados com maior frequência pelo processador.
É volátil, seu conteúdo é perdido quando o computador é desligado.

 A placa-mãe é um dos principais dispositivos encontrados dentro do


computador, pois é a responsável pela interligação de todos os dispositivos do
computador.

 Barramentos são os caminhos existentes na placa-mãe para a conexão dos mais


diversos dispositivos (processador, memória, placas de expansão etc.). Temos
na placa mãe vários barramentos tais como: o barramento do processador,
barramento de cache, barramento de memória, os barramentos internos e os
barramentos externos.

 As unidades de saída são os dispositivos que


apresentam os dados e informações
processadas pelo computador aos usuários. Esta visualização pode ser feita
através de monitores de vídeo, impressoras, alto-falantes, entre outros.

36
AUTOATIVIDADE

Ao final deste tópico, caro(a) acadêmico(a), para exercitar seus


conhecimentos adquiridos, resolva as questões que seguem:

1 O hardware é composto por três unidades. Cite-as.


2 Explique a função da unidade de saída.
3 Especifique a função da unidade central de processamento do computador.
4 Fale sobre JHON VON NEWMANN, apresentando suas contribuições para
a ciência.
5 Dê a função da UNIDADE DE CONTROLE.
6 Diferencie as arquiteturas de processadores.
7 Enumere os maiores fabricantes de microprocessadores.
8 Discorra acerca dos tipos de memórias existentes nos computadores.
9 Defina memória RAM.
10 Apresente um conceito de barramento.
11 Comente o que faz um monitor de LCD funcionar.

37
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3

O SOFTWARE

1 INTRODUÇÃO
O hardware estudado no tópico anterior precisa receber as informações dos
usuários de maneira organizada e o software é o responsável por disponibilizar
várias atividades aos seus usuários, ou seja, é ele quem dá “vida” aos computadores.
O desenvolvimento da eletrônica faz com que o computador esteja mais potente
a cada nova versão, sendo capaz de atender a quase todas as tarefas do dia a dia.

Este software está armazenado em um dispositivo de armazenamento, a


memória secundária (disco rígido-HD, CD-Rom, Pen Drive etc.). Para que um
computador execute determinada tarefa, é necessário carregar da memória
secundária para a memória principal (RAM), um conjunto de comandos que
chamamos de programa. Todos os comandos devem ser escritos numa linguagem
própria que possam ser entendidos pela máquina.

Quando um computador está utilizando um programa, dizemos que


ele está “rodando” determinado programa. Como o programa informa aos
componentes físicos da máquina o que eles devem fazer, sem ele o computador
não poderia fazer nada. São classificados como Software Básico, Software Aplicativo
e Software Utilitário.

FIGURA 25 – REPRESENTAÇÃO DO SOFTWARE NO SISTEMA COMPUTACIONAL


Aplicativo

Usuário
Linguagem

Software
SO

Hardware
FONTE: Autor

39
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

2 TIPOS DE SOFTWARE
Veja, a seguir, alguns dos tipos de softwares básicos, e também os sistemas
operacionais da Microsoft.

2.1 SOFTWARES BÁSICOS


São os programas que executam as tarefas básicas, deixando o computador
preparado para a utilização de outros programas utilizados pelos usuários
como, por exemplo, um Editor de Textos. Como integrantes, temos os Sistemas
Operacionais (SO), cujas principais funções podemos destacar:

 Administrar todos os recursos do computador (processador, memórias e demais


periféricos);

 Prover recursos para a execução dos programas solicitados pelos usuários.


Como exemplos, temos o Windows da Microsoft, UNIX, MAC OS e o Linux.

2.1.1 Sistemas operacionais da Microsoft


Os sistemas operacionais mais utilizados atualmente são produzidos
pela Microsoft e, após os avanços tecnológicos, temos como representantes o
Windows XP, Windows Vista, Windows 7 e Windows 8. Porém, não podemos
nos esquecer dos seus precursores. Apresento, a seguir, os principais modelos de
sistemas operacionais já criados pela Microsoft para você conhecer um pouco do
processo evolutivo.

 MS-DOS®► Foi desenvolvido no final de década de 70 para atender como


S.O. para o novo projeto da IBM (IBM-PC). A interface de operação era a linha
de comando (sem interface gráfica). Sua plataforma monotarefa executava
apenas um software por vez, ao contrário do que ocorre nos dias atuais, que
podemos utilizar um Editor de Texto e responder um e-mail em outro programa
no mesmo computador, simultaneamente.

 Windows 3.0®► Lançada em 1990, esta nova versão melhorou de maneira


significativa o gerenciamento de memória e a introdução de interface gráfica
(uso do mouse). Desta maneira, os usuários já começaram a trabalhar com mais
de um programa, simultaneamente.

 Windows 95®► Lançado em 1995. Como grande mudança foi a nova interface
(“iniciar” e “barra de tarefas”). Apresenta capacidade de trabalhar com a
internet de uma maneira simplificada através do Internet Explorer. Em 1997,
foi lançada a versão “Windows 95 OEM service release 2 (OSR2)”, dando poder
ao sistema operacional de poder rodar os mais variados aplicativos.

40
TÓPICO 3 | O SOFTWARE

 Windows Me ®► Lançado em 2000. Trouxe grandes inovações no campo


multimídia, tais como softwares para vídeos domésticos, DVDs, filmadoras
digitais... Devido a toda a interação que propunha, foi um Sistema Operacional
que apresentou algumas falhas, não sendo considerado um Sistema Operacional
muito estável.

2.1.1.1 Windows XP

FIGURA 26 – TELA INICIAL DO WINDOWS XP


Este SO foi lançado em 2002, com uma
interface gráfica moderna e mais intuitiva.
Também possui um Controle de alternância
de usuários, maior facilidade de se trabalhar
em redes, músicas, vídeos, TV, animações.
Dentre as versões existentes no mercado,
temos o Windows XP Home, Windows XP
Professional e Windows XP 64-bit Edition.

FONTE: Autor

2.1.1.2 Windows Vista

FIGURA 27 – TELA INICIAL DO WINDOWS VISTA


Foi lançado em 2007, com uma nova
interface gráfica (com efeitos de animação –
AERO), com o objetivo de aumentar o nível
de comunicação entre as máquinas. Precisa
de um computador de alto desempenho para
rodar com uma performance que atenda às
necessidades dos usuários.

FONTE: Autor

41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

2.1.1.3 Windows 7

FIGURA 28 – TELA INICIAL DO WINDOWS 7


Lançado em meados de 2009,
diferente do Windows Vista, não trouxe
grandes mudanças, sendo uma atualização
voltada para a eficiência, tornando seu uso
mais prático e totalmente compatível com
aplicações e hardwares.

FONTE: Autor

2.1.1.4 Windows 8

FIGURA 29 – TELA INICIAL DO WINDOWS 8


Foi lançado em 2007, com uma
nova interface gráfica (com efeitos de
animação – AERO), com o objetivo de
aumentar o nível de comunicação entre
as máquinas. Precisa de um computador
de alto desempenho para rodar com uma
performance que atenda às necessidades
dos usuários.

FONTE: Autor

2.1.2 Unix
Foi desenvolvido em 1971 e, assim como o MS-DOS®, é baseado em
caracteres com interface linha de comando. É um sistema operacional multitarefa,
isto é, executa vários processos simultaneamente e um sistema operacional
multiutilizador, é capaz de executar, concorrente e independentemente, várias
aplicações pertencentes a dois ou mais usuários. Por possuir tais características, é
muito utilizado como servidor de grandes corporações. Assim como os sistemas
operacionais da Microsoft (Windows), o Unix oferece várias aplicações aos
seus usuários, tais como geradores gráficos, processadores de texto, planilhas
eletrônicas, banco de dados, entre outros.

42
TÓPICO 3 | O SOFTWARE

2.1.3 MAC OS

FIGURA 30 – TELA DO MAC OS - SOLARIS

FONTE: Disponível em: http://macmagazine.com.br/blog/.../2008/03/24-


macosx10cheetah.jpg Acesso em: 2 out. 2008.

O MAC OS é o sistema operacional destinado à plataforma Apple


(Computadores Macintosh). É baseado no UNIX, sendo considerado muito
seguro e confiável. Possui uma interface bem intuitiva, versátil e agradável, sendo
considerada a primeira GUI (graphic user interface) bem sucedida comercialmente.
Sua plataforma é muito estável e é muito utilizada por empresas que necessitam
de alto poder de processamento gráfico.

2.1.4 Linux

FIGURA 31 – TELA DO LINUX – VERSÃO SUSE

FONTE: Disponível em: <http://topstyle.files.wordpress.com/2007/11/


linux-topstyle.jpg>. Acesso em 2 out. 2008.

43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

Assim como o MAC OS, o Linux também é baseado no UNIX, porém este
software é Freeware/Open Source (gratuito e de código aberto). Por ser de código
aberto, muitas companhias criaram uma GUI (Graphic User Interface). Apesar de o
Windows dominar o mercado, o Linux possui estrutura considerada mais estável,
superior e segura. Outra vantagem é o grande número de softwares compatíveis
e gratuitos. Não são muito utilizados para usuários domésticos, mas muito
encontrados em escritórios e empresas por serem bem estáveis e seguros.

2.2 SOFTWARES APLICATIVOS

São todos os programas de computador desenvolvidos para atender


determinadas tarefas do nosso dia a dia. São classificados como softwares
aplicativos de uso geral e software aplicativos de uso específico.

2.2.1 Aplicativos de uso geral


São os programas de computador desenvolvidos para atender a todas as
tarefas mais comuns, tais como Editores de Texto (Word) e Planilha Eletrônica
(Excel) que conheceremos melhor na Unidade 3.

2.2.2 Aplicativos de uso específico


São os softwares desenvolvidos para atender a tarefas mais específicas
tais como um Sistema de Contas a Receber ou mesmo de Faturamento de uma
determinada empresa.

2.3 SOFTWARES UTILITÁRIOS


São os programas desenvolvidos com o propósito de auxiliar nas
atividades oferecidas pelos Sistemas Operacionais (SO). Complementam algumas
das funções básicas do sistema operacional com ações específicas para melhorar
a produtividade do sistema de computação instalado. Como exemplos, temos os
antivírus e o desfragmentador de discos (otimizar o Sistema Operacional).

44
TÓPICO 3 | O SOFTWARE

3 VIRUS DE COMPUTADORES
São programas desenvolvidos com o objetivo de causar algum tipo de
“dano” aos softwares existentes no computador. Abordaremos este assunto na
próxima unidade, pois a INTERNET é um excelente meio de propagação destes
tipos de programas. Apenas para citar alguns danos causados aos usuários, cito
a perda de desempenho do computador, acesso a informações confidenciais por
pessoas não autorizadas e a desconfiguração do SO e demais softwares instalados
no computador.

4 SOFTWARE DE CAD
Os engenheiros e arquitetos utilizam programas de computador no
desenho dos seus projetos, conhecidos por CAD (Computer Aided Design), ou
seja, desenho auxiliado pelo computador. Tais programas contêm uma série
de ferramentas para construção de entidades geométricas planas (como linhas,
curvas, polígonos) ou mesmo objetos tridimensionais (cubos, esferas etc.).
Algumas ferramentas fazem o relacionamento destas entidades e objetos, dando
ao software de CAD o poder de somar ou subtrair objetos tridimensionais para a
criação de um novo objeto. Isto confirma que os softwares atuais utilizam desenhos
em 2D e 3D.

FIGURA 32 – PEÇA FEITA EM CAD

FONTE: Disponível em: http://www.max3d.com.br/Imagens/SW_padrao_bg.jpg


Acesso em: 2 out. 2008.

45
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

FIGURA 33 – TELA DE SOFTWARE DE CAD

FONTE: Disponível em: http://www.jtbworld.com/images/AutoCAD2007.png


Acesso em 2 out. 2008.

Dentre os software de CAD utilizados pelas indústrias para o


desenvolvimento dos projetos apresento como exemplos o SolidWorks, o
AutoCAD, o Catia, o Pro-Engineer, o Inventor (também da Autodesk) e o NX5. O
software de CAD mais encontrado nas pequenas indústrias, bem como nas escolas
de treinamento é o AutoCAD, produzido pela empresa Autodesk. Seu formato de
armazenamento de arquivo (ficheiro) é o DWG (Drawing).

E
IMPORTANT

O formato DWG (Drawing) é utilizado por quase todos os softwares de CAD,


e isso fez com que, recentemente, um consórcio de empresas fosse formado, advogando
pela passagem do DWG para o domínio público.

5 SOFTWARE DE CAM
Trocando o D pelo M da sigla CAD, temos CAM (Computer Aided
Manufacturing), os softwares de Manufatura Auxiliada por Computador. Os
softwares de CAM são utilizados no processo de produção. Todo o processo
auxiliado por microcontrolador ou controlador numérico pode ser considerado
um CAM, como no setor têxtil, em que o CAM está representado nos modernos
equipamentos de corte. Atualmente, em uma única máquina, a mesa é dotada de
dispositivos de sucção, estes compactam os enfestos de malha, e uma cabeça de
corte do CAM realiza o corte da faca vertical e na furadeira de marcação.
46
TÓPICO 3 | O SOFTWARE

O software de CAM trabalha diretamente ligado aos modelos matemáticos


provenientes do projeto no CAD, pois traduz o desenho feito no CAD para o
equipamento que realiza o processo de fabricação. Outra aplicação é a fabricação
de moldes para peças do setor metal-mecânico, como observado na figura a seguir:

FIGURA 34 – TELA DE SOFTWARE DE CAM

FONTE: Disponível em: http://www.chicagocadcam.com/products/3D%20


Finish_L.gif Acesso em: 2 out. 2008.

Através dos sistemas de CAM, é possível transferir todas as coordenadas


para que as máquinas (CNC – Comando Numérico Computadorizado)
efetuem as usinagens da peça. Quanto maior a precisão do desenho gerado no
CAD, maior será a precisão dos caminhos de ferramenta gerados pelo CAM e,
consequentemente, uma peça de maior qualidade.

E
IMPORTANT

Faço um registro de que o software de CAM não são softwares de CAD de


chão de fábrica, mas, sim, outro tipo de programa (For Manufaturing, not Design – Para
manufatura, não projeto). Em determinados nichos específicos, a diferenciação entre
projeto/fabricação é bastante subjetiva.

47
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

6 SOFTWARE DE CAE
Muito bem... O engenheiro desenha um determinado equipamento no
CAD mas, antes de produzi-lo, ele deve testar seu protótipo. É aí que entra o CAE
(Computer Aided Engineering), ou seja, a engenharia auxiliada por computador. É
um software que analisa e processa todos os cálculos de maneira a reduzir os esforços
braçais dos técnicos e engenheiros envolvidos no projeto, trazendo informações
de grande importância como para a redução de custo de um determinado projeto
através da substituição de determinadas matérias-primas bem como a redução
significativa do tempo para o lançamento de um novo produto. Atualmente,
podemos observar como nossa indústria automobilística lança novos modelos
num curto espaço de tempo, realizando os devidos ajustes nos seus projetos e um
ganho significativo nos “testes” antes da produção dos seus protótipos.

FIGURA 35 – TELA DE SOFTWARE DE CAM

FONTE: Disponível em: <http://www.thermoanalytics.com/products/radtherm/tour/


radslide1.jpg>. Acesso em 2 out. 2008.

E
IMPORTANT

CAD/CAE/CAM estão cada vez mais acessíveis, de forma que estes softwares
de menor custo vêm se tornando presentes em pequenas e médias empresas, tornando-a
uma realidade para a engenharia moderna, auxiliando o engenheiro na tomada de decisão
e reduzindo seu tempo despendido com serviços de maior ênfase operacional, deixando o
engenheiro mais preocupado com o projeto do produto.

48
TÓPICO 3 | O SOFTWARE

7 SOFTWARES DE GESTÃO DE PROJETOS


Os engenheiros precisam manter o registro correto de todas as etapas
de cada um dos projetos da própria empresa, de algum cliente em particular
bem como o detalhamento de todas as tarefas envolvidas. É uma ferramenta
imprescindível para o gerenciador ou o administrador dos projetos. Os ganhos
na qualidade no processo de desenvolvimento e, consequentemente, do produto
são um dos principais benefícios. Mas os ganhos não param por aí, pois, com a
documentação de todas as etapas de um projeto, fica muito mais fácil identificar
um determinado lote de produtos que pode apresentar alguma falha, e que
necessita de um ajuste imediato no seu projeto. Como exemplo, cito o Microsoft
Project e o Project Builder.

7.1 MICROSOFT PROJECT

FIGURA 36 – TELA DO MICROSOFT PROJECT

FONTE: Disponível em: http://dashboardspy.com/img/ms-project-dashboard.jpg>.Acesso em:


2 out. 2008.

49
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

É o software de gestão de projetos produzido pela Microsoft. Criado em


1985 (primeira versão), sofreu profundas mudanças, desde lay-out até funcionais,
aumentando a oferta de serviços e recursos relacionados à gestão de projetos.
Dentre algumas funcionalidades, destaco: tempo (datas, duração do projeto,
calendário de trabalho), diagrama da rede, custos (fixos, não fixos, outros) e uma
grande quantidade de relatórios. A última versão, Microsoft Project Professional
2007, ainda possui mais recursos.

É considerado um ótimo software para gestores, administradores e


coordenadores. A interface padronizada da Microsoft, muito similar aos demais
produtos Microsoft, facilita para os iniciantes a familiarização com o produto. Ainda
carece de maior conhecimento dos profissionais envolvidos com gestão de negócios.

7.2 PROJECT BUILDER

FIGURA 37 – TELA DO PROJECT BUILDER

FONTE: Disponível em: <http://homepage.mac.com/simx/.Pictures/.../tutorial1/images/


windowoverviewthumb.gif>. Acesso em: 2 out. 2008.

É um software gerenciador de projetos desenvolvido para o sistema


operacional MAC OS, contendo vários recursos e dispositivos equivalentes aos
do MS Project da Microsoft. Possui total integração com o Microsoft Project,
podendo também exportar seus dados para a Planilha Eletrônica Excel. Você vai
conhecer a planilha Eletrônica Excel na Unidade 3.

50
TÓPICO 3 | O SOFTWARE

LEITURA COMPLEMENTAR

Linguagem de Programação

Carlos E. Morimoto

Para que os computadores façam qualquer coisa, é preciso explicar tudo


com os mínimos detalhes e na língua deles. Para isso, foram desenvolvidas as
linguagens de programação, que diferem na sintaxe e recursos. Existem diversas
linguagens de programação. Meu objetivo é dar algumas noções básicas sobre as
peculiaridades e utilidade de cada uma.

Os computadores são funcionários quase perfeitos. Fazem tudo o que


mandamos, não reclamam, não se importam de trabalhar até tarde da noite, não
cobram hora extra nem tiram férias. Mas, em compensação também não pensam.
Para que façam qualquer coisa é preciso explicar tudo com os mínimos detalhes
e na língua deles.

Considerando que tudo o que os computadores conseguem entender são


sequências intermináveis de números binários, fornecer estas “instruções” pode
ser muito penoso para um ser humano. Você consegue se imaginar lendo um
manual de 5.000 páginas e decorando um a um centenas de códigos binários que
representam as instruções do processador?

Se os programadores precisassem programar diretamente em binários,


decorando sequências como 10111011101101101110110011001010 para cada
instrução do processador e para cada endereço de memória a ser acessado,
provavelmente não teríamos mais programadores, já estariam todos loucos.

Para facilitar as coisas, começaram a ser desenvolvidas as linguagens de


programação, que diferem na sintaxe e recursos, mas tem um ponto em comum,
que é a existência de um compilador. Seja programando em C, ou seja, em
Kylix, você usará um editor para escrever seu programa, respeitando as regras
da linguagem escolhida e em seguida rodará o programa compilador, que
interpretará os comandos que inclui no programa e os transformará em binários,
as instruções que são entendidas pelo processador.

A vantagem é que você poderá trabalhar com instruções como if, else etc.
além de todas as facilidades oferecidas pela linguagem ao invés de gigantescos
endereços binários. Sem dúvida muito mais simples.

Existem diversas linguagens de programação, meu objetivo é dar algumas


noções básicas sobre as peculiaridades e utilidade de cada uma.

51
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

Para começar, existe uma linguagem “básica” para quem quer aprender
a programar, ensinada nos cursos de lógica da programação, o pseudocódigo.
Ele não e uma linguagem “de verdade”, mas e uma maneira mais simples para
aprender os fundamentos usados em todas as linguagens de programação.

Podemos começar com um exemplo simples. Vamos fazer um programa


capaz de tomar uma decisão fácil. Ele pergunta a nota do aluno e diz se ele passou
ou não. Para um ser humano isso seria um problema muito elementar, mas para
o computador as coisas não são tão simples assim. Lembre-se de que ele e burro
e precisa ser orientado passo a passo. Nosso programinha em pseudocódigo
poderia ficar assim:

Escreva: “Qual é a nota do aluno?”


leia nota
se nota maior ou igual a sete
então:
escreva “Ele passou”
senão:
escreva: “Ele foi reprovado”
fim do se
fim do programa

Este programinha perguntaria a nota e com base no número que for


digitado avisaria se o aluno passou ou não.

Ele poderia ser escrito em qualquer linguagem, mas a lógica seria a mesma.
De acordo com os recursos oferecidos pela linguagem escolhida, ele poderia ter
uma interface simples em modo texto, uma interface gráfica mais trabalhada,
aparecer no meio de uma página web e assim por diante.

As linguagens de programação são conjuntos de padrões e comandos que


você pode usar para dar ordens para nossos amigos burros.

Assimcomonaslínguasfaladas,existemdiferençasdesintaxe,gramáticaeexistem
linguagens mais simples ou mais complicadas de aprender e linguagens mais adequadas
para cada tipo de tarefa a realizar. Veja alguns exemplos de linguagens de programação:

Assembly

O Assembly foi provavelmente a primeira linguagem de programação da


história, surgida na década de 50, época em que os computadores ainda usavam
válvulas. A ideia do assembly é usar um comando em substituição a cada instrução
de máquina.

No assembly, cada uma destas instruções, equivale a uma instrução do


processador. Ao invés de usar instruções como 10101011 você pode usar outras
bem mais fáceis de entender e de memorizar, como add, div, mul, and, or, not

52
TÓPICO 3 | O SOFTWARE

etc. Você também pode criar variáveis, que são pequenos espaços na memória
RAM reservados para guardar algum tipo de dado, que o programa precisará
mais tarde. Você pode usar aquelas instruções que citei para lidar com elas. Por
exemplo, a instrução “add” faz com que o processador some duas variáveis; “add
x, y” por exemplo, soma os valores de x e y.

Você pode baixar um gratuíto em: http://www.web-sites.co.uk/nasm nesta


mesma página você vai encontrar alguns manuais que podem ajudar bastante.

O compilador transforma o código escrito em assembly em linguagem de


máquina, que finalmente poderá ser entendida pelo processador.

Existem também os decompiladores, que fazem o trabalho inverso, de


transformar um programa já compilado, em um código em linguagem assembly.
Este recurso é chamado de engenharia reversa. É assim que conseguem crackear
programas, quebrar códigos de proteção (como o do DVD) etc. Claro que para
isso, é preciso alguém que conheça muito de assembly e que tenha disposição para
ficar estudando o código até encontrar o que procura.

Por causa desta característica de permitir trabalhar diretamente com as


instruções do processador, o assembly é chamado de linguagem de baixo nível.
Existem também linguagens de alto nível, como C++ ou Pascal, onde é possível
usar várias funções já prontas ou mesmo ferramentas visuais, como o Kdeveloper
ou o Kylix, que são ainda mais fácies.

Fortran

O Fortran foi uma das primeiras linguagens de alto nível da história.


Enquanto o assembly é chamado de linguagem de baixo nível, por nele utilizarmos
diretamente as instruções e endereços do processador e memória, numa linguagem
de alto nível, temos várias funções prontas, o que facilita muito a programação,
mas em compensação torna em muitos casos o programa maior e mais pesado, já
que o compilador jamais conseguirá gerar um código tão otimizado quanto um
programador experiente conseguiria.

Fortran é a contração de “Formula Translator”. A primeira versão do Fortran


foi criada no final da década de 50, mas a linguagem começou a ser usada em
larga escala a partir da metade da década de 60, quando surgiram várias versões
diferentes. Atualmente o Fortran é pouco usado, mas existe um ícone mágico para
instalar o compilador no Kurumin.

Pascal

O pascal é outra linguagem de alto nível, criada durante a década de 60.


O pascal é uma linguagem bastante estruturada, com regras bastante rígidas, o
que a torna difícil de usar. Hoje em dia o pascal original é pouco usado, mas seus
descendentes diretos como o free pascal evoluíram muito. O próprio Kylix (com o
Delphi) é uma evolução do pascal.
53
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO A COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA

Cobol

Cobol significa “Common Business Oriented Language”. Esta linguagem foi


desenvolvida no final da década de 50, com o objetivo de ser uma plataforma de
desenvolvimento para aplicações bancárias e financeiras em geral. Comparado
com o pascal e o assembly, comuns na época, o Cobol é uma linguagem bastante
amigável, o que garantiu uma grande aceitação. Até hoje esta linguagem é usada
em muitos sistemas bancários, o que explica a grande procura por programadores
experientes nesta linguagem na época do bug do ano 2000.

O C foi desenvolvido durante a década de 70, mas ainda é largamente


utilizado. A grande vantagem do C é permitir escrever tanto programas
extremamente otimizados para a máquina, como seria possível apenas em assembly,
e ao mesmo tempo vir com várias funções prontas, como uma linguagem de alto
nível, que podem ser utilizadas quando não for necessário gerar um código tão
otimizado.

A maior parte dos programas Linux e o Kernel quase todo foram escritos
em C, o que explica o por que do sistema ser tão rápido em algumas tarefas.

C++

O C++ mantém os recursos do C original, mas traz muitos recursos novos,


como recursos orientados a objetos, sendo também bem mais fácil de utilizar. O
C++ é bastante usado atualmente para desenvolver muitos programas para várias
plataformas, ele é por exemplo a linguagem oficial do KDE (a interface gráfica
usada por padrão no Kurumin) e da maioria dos programas para ele.

Python

O python é uma linguagem de programação com uma sintaxe muito


simples e intuitiva e ao mesmo tempo bastante poderosa, que pode ser usada por
toda classe usuários. É uma boa opção de linguagem para quem está começando
a programar.

No kurumin você pode abrir o python em iniciar > Desenvolvimento.


FONTE: MORIMOTO, Carlos E. Linguagem de Programação. Disponível em: <http://www.
guiadohardware.net/artigos/linguagens/>. Acesso em: 20 out. 2008.

54
RESUMO DO TÓPICO 3
Caro acadêmico! Neste terceiro tópico, você estudou os seguintes aspectos:

 O software é a parte lógica que faz o hardware funcionar. Ele reside em meio a
uma unidade de armazenamento. Para que o programa funcione, é necessário
que o código fonte do programa seja carregado na memória para que o SO
possa o executar.

 Um programa informa aos componentes físicos o que eles devem fazer.

 Softwares básicos são os Sistemas Operacionais, que têm a finalidade de


assegurar o funcionamento da máquina por meio da execução de comandos
ou funções aceitos pelo computador.

 O UNIX é a plataforma que deu origem aos sistemas operacionais dos


computadores da Macintosh (Apple: Solaris) e ao Linux. É um sistema
multitarefa (capaz de executar várias aplicações pertencentes a dois ou mais
usuários).

 O Mac é o SO da Apple, possui a mais atrativa interface com o usuário de todos


os sistemas operacionais, é mais estável que o Windows e tem um alto poder
de processamento gráfico. (estrutura voltada para multimídia)

 O Linux, também baseado em UNIX, é um SO free (grátis) e o Open Source


(código aberto). Apesar do Windows dominar o mercado, o Linux possui uma
estrutura mais estável, superior e segura.

 CAD é uma ferramenta de desenho auxiliado por computador utilizado pela


engenharia, consiste em uma série de ferramentas para construção de entidades
(linhas, curvas, polígonos) ou objetos 3D. É utilizado em indústrias grandes
com projetos mais complexos.

 CAM ou manufatura auxiliada por computador é utilizada no processo de


produção. É qualquer processo auxiliado por um microcontrolador como um
torno com CNP. É mais presente em furadeiras industriais.

 CAE significa engenharia auxiliada por computador. É uma ferramenta que


analisa e processa cálculo de forma a minimizar esforços braçais do engenheiro,
preocupando-se menos com a parte operacional e mais com a estratégia. Os
benefícios do CAE estão principalmente na parte financeira.

 Os softwares de gestão de projetos nos ajudam a manter um registro de cada um


dos projetos da empresa, clientes, trabalhadores, tarefas etc. É uma ferramenta
imprescindível para o gerenciador ou o administrador dos projetos.

 MS Project é um programa desenvolvido pela Microsoft para gerenciar


projetos. Possui uma interface padronizada o que facilita para os iniciantes a
familiarização com o produto.

55
AUTOATIVIDADE

Ao final deste tópico, para exercitar seus conhecimentos, resolva as


questões a seguir:

1 Defina software.
2 Explique os Sistemas Operacionais e especifique sua função.
3 Cite as principais versões do Windows.
4 Fale acerca do Windows 7.
5 Discorra acerca do Windows Vista 8.
6 Reflita sobre o SO da Macintosh.
7 Dê as principais características do Linux.
8 Explique o que é CAD.
9 Defina CAM.
10 Conceitue CAE.
11 Fale sobre as funções de um software de gestão de projetos.
12 Disserte sobre o MS Project.

56
UNIDADE 2

REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, o acadêmico estará apto a:

• conhecer o funcionamento de uma rede de computadores;

• relacionar os componentes básicos de uma rede;

• descrever os vários tipos de mídias de comunicação;

• compreender as principais aplicações de uma rede de computadores;

• conhecer a origem da Internet e seus principais serviços;

• compreender o funcionamento do correio eletrônico;

• descrever o comércio eletrônico e suas principais vantagens.

PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos, sendo que, ao final de cada um
deles, você encontrará atividades que o auxiliarão na apropriação dos conhe-
cimentos aqui disponibilizados.

TÓPICO 1 – REDES DE COMPUTADORES

TÓPICO 2 – INTERNET

57
58
UNIDADE 2
TÓPICO 1

REDES DE COMPUTADORES

1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 1, conhecemos o computador, os principais softwares e sua
interligação para disponibilizar vários recursos para nós, usuários, realizarmos as
mais diversas tarefas. Mas precisamos conectar estes equipamentos entre si para
a troca de informações e demais recursos, como impressoras, gravadores de DVD
entre outros. Portanto, uma rede de computadores é composta de no mínimo dois
computadores

As primeiras redes que surgiram nas décadas de 40 e 50 e tinham por


finalidade centralizar o processamento de dados, isto é, todo o hardware, software
e processamento em um único local. Os dados precisavam ser transportados
fisicamente para a entrada dos dados no computador e, após o processamento
das informações, os relatórios entregues manualmente aos usuários, tornando
todo este processo muito inconveniente e improdutivo.

Em meados de 1960, iniciou o processamento distribuído de dados, a


partir de computadores localizados a uma certa distância do computador central,
mas estes computadores precisavam ter acesso aos os computadores centrais. O
grande inconveniente deste processo é que parte do processamento era feito nos
computadores locais e a outra parte nos computadores centrais.

Finalmente, por volta da década de 80, começam a surgir as redes de


computadores pessoais, projetadas com o intuito de compartilhar dados e demais
recursos entre diversos usuários de um escritório ou mesmo de uma empresa.

59
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

2 MONTANDO UMA REDE


Toda rede possui três componentes básicos: o Dispositivo Emissor, o Link
de Comunicação e o Dispositivo Receptor. O Dispositivo Emissor e o Dispositivo
Receptor podem ser representados por um computador e o Link de Comunicação,
ou seja, o meio de ligação entre o emissor e o receptor. O Link de comunicação
representado na figura a seguir é a linha telefônica, mas poderia ser um cabo de rede
ou qualquer dispositivo de conexão sem fio (Wireless). Observe a figura a seguir:

FIGURA 38 – COMPONENTES BÁSICOS DE REDES

FONTE: Autor

3 TIPOS DE TRANSMISSÃO
Os dados são transportados do Dispositivo Emissor para o Dispositivo
Receptor, de acordo com as características técnicas do tipo do Link de Comunicação
e são classificadas em Transmissão Digital e Transmissão Analógica.

60
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

3.1TRANSMISSÃO DIGITAL
Como seu nome diz, a informação possui o formato digital, os dados
possuem pulsos distintos, ou seja, ligado (on) ou desligado (off). Este tipo de
transmissão de dados é muito parecido como é a forma em que os dados viajam
pelos barramentos do computador.

3.2 TRANSMISSÃO ANALÓGICA


Os dados são transmitidos por um sinal elétrico contínuo em forma de uma
onda, à qual chamamos de “onda portadora”. Este tipo de transmissão é encontrado
nas linhas telefônicas que encontramos em nossas residências e escritórios.

4 MODEM
O computador gera o sinal no formato digital (por exemplo, um código
binário) e este deve ser convertido para o formato analógico (normalmente, uma
tensão ou uma corrente) para ser transmitido pela linha telefônica, uma linha
analógica. A conversão do sinal digital para analógico, alterando a amplitude e a
frequência da “onda portadora”, é chamado de modulação. O processo inverso, a
conversão do sinal analógico para digital, chama-se desmodulação.

O MODEM é o aparelho que utilizamos para acessar a Internet. É assim


chamado, pois é ele que realiza o processo de modulação/desmodulação.
Encontramos alguns tipos de modens: internos, externos, modens a cabo e os
modens celulares.

FIGURA 39 – FUNCIONAMENTO DO MODEM

FONTE: Autor

61
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

4.1 MODEM INTERNO


Como seu próprio nome diz, ele está instalado dentro do computador
ou notebook. Os modens internos são conectados à linha telefônica convencional
através de um conector RJ11(tomada de telefone padrão). O nome desse processo
é chamado serviço comutado ou conexão discada (dial-up). Quando a chamada é
encerrada, a conexão se desfaz.

FIGURA 40 - CONECTANDO-SE AO SERVIÇO DIAL-UP

FONTE: Disponível em: <http://blogs.pcworld.com/staffblog/archives/


dial-up-PC.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

E
IMPORTANT

A velocidade dos MODENS é medida em bits por segundo (bps). Os primeiros


modelos transmitiam a, no máximo, 300bps. Atualmente, um modem para internet discada
(dial-up) chegam a transmitir até 56.000 bps. A velocidade dos modens externos com acesso
à internet ADSL atingem velocidades bem superiores.

4.2 MODEM EXTERNO


Os modens externos são conectados ao computador através de uma placa
de rede. Utilizam o serviço dedicado de acesso à internet através da característica
ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line), ou seja, a linha digital para assinantes
com velocidades assimétricas, que utiliza circuitos telefônicos para enviar dados
por meio da linha telefônica convencional a velocidades muito altas. Possui

62
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

uma conexão sempre ativa, pois não precisamos discar e podemos usar a linha
telefônica durante a navegação na internet. Sua velocidade, atualmente, supera
12 Mbps (12.000.000 bps).

E
IMPORTANT

Na internet, temos a velocidade para o usuário, conhecida como download


(baixa de dados) e a velocidade no sentido inverso, do usuário para a internet, o up-load,
quando acessamos uma página. Como estas velocidades são diferentes, chamamos de
velocidades assimétricas.

FIGURA 41 – MODEM EXTERNO QUE OFERECE UM SERVIÇO DEDICADO

FONTE: Disponível em: http://blogs.pcworld.com/staffblog/archives/


dial-up-PC.jpg Acesso em: 2 out. 2008.

63
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

E
IMPORTANT

Nos dias atuais, este é o serviço mais utilizado para o acesso à internet. A
conexão do computador à internet é realizada através de um serviço dedicado do tipo ADSL,
micro-ondas, fibra-óptica ou cabo coaxial, também conhecido como internet banda larga.

FIGURA 42 – FUNCIONAMENTO DA BANDA LARGA

FONTE: Disponível em: http://core.abusar.org/rmc/esquema_bandalarga_teles_detalhe.jpg.


Acesso em: 2 out. 2008.

4.3 MODEM A CABO


Atualmente, muitas operadoras oferecem TV por assinatura, telefone e
serviço dedicado de acesso à internet. Este tipo de conexão dispõe de um cabo
coaxial (o mesmo da TV a cabo) e um modem especial para modular o sinal. Estes
modens transmitem a uma velocidade muito grande, fazendo com que a internet
seja ótima para downloads.

As conexões a cabo têm suas limitações. Uma delas é que todos os usuários
de um determinado condomínio que utilizam um determinado segmento a cabo
compartilham de suas capacidades, portanto, quanto mais usuários conectados,
mais a velocidade diminuirá.

64
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

4.4 MODENS DE CELULARES


Estes dispositivos transmitem dados por meio de um sistema de telefonia
celular (antenas), mas a velocidade da rede é muito lenta, praticamente metade
da velocidade de uma rede de telefonia convencional. O serviço pode ser
comparado ao serviço discado (dial-up), pois, para realizar a conexão à internet
de um notebook, você precisa realizar uma ligação, mas, neste caso, utilizando
uma linha de telefone celular.

4.4.1 Tecnologias de modens de celulares


1G – Primeira geração (Analógica): iniciou nos anos 80 e operava a 800MHz.
2G – Segunda geração (TDMA e CDMA): opera de 800 a 1900MHz, porém,
digital.
3G – Terceira geração (UMTS/HSDPA): taxa de transferência de 2 Mbps a 2,4
Mbps e a frequência de 800 a 1900MHz.

E
IMPORTANT

Comparado ao serviço discado (dial-up), oferece velocidades bem superiores,


até 2,4 Mbits/s em relação a 56 Kbps. Mas, comparando ao serviço dedicado (DSL), sua
velocidade é bem inferior, pois o serviço dedicado DSL oferece até 12 Mbps.

5 COORDENANDO O EMISSOR E O RECEPTOR


O envio de dados entre dois pontos somente funciona se o dispositivo
receptor estiver preparado para recebê-los. Existem duas abordagens para manter
dispositivos em sintonia, são elas: transmissão assíncrona e transmissão síncrona.

 Transmissão assíncrona. Exemplo: USB;

 Transmissão
síncrona. Exemplo: barramento de um computador (PCI, AGP,
memória RAM etc.).

65
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

5.1 TRANSMISSÃO ASSÍNCRONA


Esse tipo de transmissão é também chamada de transmissão star/stop.
Recebe esta denominação, pois um bit de partida (start) é transmitido no início de
cada grupo de bits, enquanto, um bit de parada (stop) é enviado no final de cada
grupo. Cada grupo consiste, tipicamente, em um “caracter”. Dessa maneira, o
dispositivo receptor recebe o sinal de partida e cria um mecanismo para aceitar o
grupo. Este tipo de transmissão é usado para comunicações de baixa velocidade,
como a encontrada nos dispositivos USB, conectados ao computador (mouse,
teclado, pen-drives etc.).

FIGURA 43 – TRANSMISSÃO ASSÍNCRONA


bits de
it de parada partida
bits de
direção da transmissão ocioso dados

(a) transmissão assíncrona


FONTE: Autor

5.2 TRANSMISSÃO SÍNCRONA


Mas para transmitir grandes blocos de informações, precisamos sincronizar
a velocidade, ou seja, os clocks internos bem como implementar uma verificação
do recebimento de toda a informação (bits) no outro lado. Os equipamentos para
este tipo de transmissão são mais caros, e encontramos este tipo de transmissão
nos barramentos internos do computador. Isto ocorre, pois precisamos de alta
velocidade na transmissão das informações entre o processador e a memória,
bem como todos os demais dispositivos internos, para uma boa performance do
seu computador.

FIGURA 44 – TRANSMISSÃO SÍNCRONA


bits de
verificação de bits de bits de
erros dados sincronização

(b) transmissão síncrona


FONTE: Autor

66
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

6 MÍDIA DE COMUNICAÇÃO
São os meios que os dados utilizam para a troca de informações num
Sistema Computacional. Nos dias autuais, encontramos vários dispositivos que
utilizam cabos tais como o cabo coaxial, cabo par-trançado, fibra óptica, mas está
muito difundida a utilização de dispositivos que não utilizam mais cabos, entre
estes a transmissão por micro-ondas, satélite ou mesmo sem fio, como a wireless.

6.1 CABO COAXIAL


É o cabo utilizado para conectar a TV a cabo e o modem a cabo. É constituído
de um fio condutor central, envolto por uma camada isolante e blindagem
metálica. Este condutor possui maior largura de banda e menos suscetibilidade a
ruído do que o cabo par-trançado.

FIGURA 45 – CABO COAXIAL, CONECTOR E PLACA DE REDE

FONTE: Disponível em: <http://esmf.drealentejo.pt/pgescola/ricardo8/img/coaxial.jpg>. Acesso


em: 2 out. 2008.

6.2 PARES DE FIOS


São popularmente conhecidos com o nome de “par-trançado”, e
facilmente encontrados na computação científica como a mídia de comunicação.
Compõem-se de fios trançados um ao redor do outro para reduzir a interferência
elétrica. É a mídia de comunicação mais utilizada atualmente. Apresentam
como desvantagem o fato de serem mais suscetíveis a interferências elétricas ou
qualquer outro dispositivo que provoque alguma distorção de sinal do que o
cabo coaxial.

67
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

FIGURA 46 – CABO PAR-TRANÇADO E SEUS CONECTORES

FONTE: Disponível em: <http://tbn0.google.com/.../HjlAvIKmzeo/s1600/rede.jpg>. Acesso em 2


out. 2008.

6.3 FIBRA ÓPTICA


Já está bastante difundida em grandes empresas como a mídia de
comunicação para a conexão de computadores ou unidades mais distantes (acima
de 500 metros). Como seu nome diz, utilizam a luz no lugar da eletricidade para
o envio dos dados. Consequentemente, a largura de banda é muito maior que a
dos cabos coaxiais e par-trançado. É totalmente imune a interferências elétricas e
seu custo de fabricação é menor que o cabo coaxial. Sua desvantagem é o elevado
custo de instalação.

FIGURA 47 – FIBRA ÓPTICA

FONTE: Disponível em: <http://www.achetudoeregiao.com.br/noticias/noticias.gif/fibra_otica.


jpg>. Acesso em 2 out. 2008.

6.4 TRANSMISSÃO POR MICRO-ONDAS


Esse tipo de transmissão de dados utiliza sinais de um tipo de onda
de rádio, mas não pode ter seu caminho obstruído, isto é, uma antena deve
conseguir “ver” a outra e as estações repetidoras devem estar instaladas num
raio de até 48 km, pois é preciso respeitar a curvatura da terra. Se uma companhia
possui escritórios em pontos opostos da cidade, ela pode instalar uma antena de
micro-ondas no topo de cada um dos prédios e realizar a comunicação entre os

68
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

escritórios. A transmissão por micro-ondas oferece uma alta velocidade na taxa


de transferência com um custo bastante reduzido. Possui como desvantagem a
instabilidade da transmissão, quando as condições climáticas não forem muito
favoráveis (Trovoadas e tempestades).

FIGURA 48 –TRANSMISSORES DE MICROONDAS

FONTE: Disponível em: <http://img177.imageshack.us/img177/634/08052008001vy6.jpg>. Acesso


em: 2 out. 2008.

6.5 TRANSMISSÃO VIA SATÉLITE


A transmissão via satélite usa a mesma tecnologia da transmissão por micro-
ondas, e o satélite é o dispositivo utilizado como uma estação de retransmissão.
Seu funcionamento ocorre da seguinte maneira: a estação terrestre envia e recebe
sinais do satélite. Em seguida, um transponder recebe e amplifica o sinal, modifica
a frequência e retransmite os dados. É muito utilizado quando os dados devem
percorrer milhares de quilômetros. Por isso, uma grande corporação precisa estar
conectada a todas as suas unidades em todo o mundo.

FIGURA 49 – ESQUEMA DE TRANSMISSÃO VIA SATÉLITE

FONTE: Disponível em: <http://www.img.lx.it.pt/~fp/cav/ano2005_2006/


Trabalho_2/2.1-large.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

69
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

6.6 TRANSMISSÃO SEM FIO (WIRELESS OU WI-FI)


Este é o tipo de tecnologia do momento. Está sofrendo grandes avanços
tecnológicos e é conhecida como wireless ou mesmo Wi-Fi. É utilizada para
transmitir em distâncias curtas utilizando técnicas de transmissão sem fio.
Existem várias plataformas de comunicação:

 IrDA: usa infravermelho em linha de visão direta.

 Bluetooth: hoje presente na maioria dos celulares, utiliza ondas de rádio para
conectar dispositivos.

 Padrões 802.11: regem a transmissão sem fio. (b/g/n)

7 TOPOLOGIA DE REDE
Uma topologia de rede representa o arranjo físico (layout) de uma rede. De
acordo com o arranjo utilizado, encontramos a topologia em estrela, anel e barramento.

NOTA

Num sistema computacional, cada computador, servidor ou mesmo impressora


são chamados de “nó” da rede.

7.1 TOPOLOGIA EM ESTRELA


Como o próprio nome diz, este arranjo físico é parecido com o desenho
de uma estrela, isto é, é composta por um dispositivo central (hub/switch) que
gerencia todos os nós da rede. O hub/switch foi quem distribuiu todos os dados
na rede. Esta topologia ajuda a evitar colisões entre as mensagens, se houver
alguma falha de conexão entre o hub/switch e qualquer “nó”, para não afetar a
estabilidade da rede. Se um “nó” perder sua conexão, os demais “nós” continuam
suas operações normais. Somente se hub/switch deixam de funcionar, toda a rede
fica fora do ar.

70
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

FIGURA 50 – TOPOLOGIA EM ESTRELA

FONTE: Disponível em: <http://www.geocities.com/Area51/Orion/9873/redes/estrela.


jpg>. Acesso em 2 out. 2008.

7.2 TOPOLOGIA EM ANEL


A estrutura encontrada nesta topologia é circular e as informações seguem
uma única direção. O cabo coaxial é geralmente encontrado nesta configuração.
Como o sentido é único, cada “nó” da rede verifica a mensagem para confirmar
se é o dono da informação. Em caso negativo, a mensagem é transferida para o
nó seguinte, até encontrar o destinatário correto. Nesta topologia, não existe o
problema de colisão de dados, mas, caso um “nó” falhar, o “anel” ficará rompido
e a rede fica fora do ar.

FIGURA 51 – TOPOLOGIA EM ANEL

FONTE: Adaptado de: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/...ADa_en_anel.


png>. Acesso em: 2 out. 2008.

71
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

7.3 TOPOLOGIA EM BARRAMENTO


Nesta topologia, todos os “nós” estão conectados em uma única linha.
Dessa maneira, todos os computadores enviam mensagens a outros computadores
da rede e, quando as mensagens colidem, o “nó” emissor reenvia a mensagem.
Uma grande vantagem nessa topologia é que os “nós” podem ser adicionados/
removidos sem afetar a comunicação da rede.

FIGURA 52 – TOPOLOGIA EM BARRAMENTO

FONTE: Disponível em: <http://img511.imageshack.us/img511/3682/cabocoaxialcw7.jpg>.Acesso


em: 2 out. 2008.

Um exemplo clássico de tecnologia em barramento é uma rede ponto a


ponto, pois todos os computadores têm a mesma importância. Ela serve para
que os usuários compartilhem arquivos e vários dispositivos como impressoras,
gravadores de DVD entre outros. É muito encontrada em pequenos escritórios,
porém, estas redes não têm uma grande performance.

8 REDE LOCAL (LAN)


Conhecida pela sigla LAN (Local Area Network) nada mais é do que
vários computadores ligados em rede que compartilham recursos de hardware
(servidores, impressoras) e software (sistemas específicos e arquivos comuns).
Muito encontrada em escritórios bem como em muitas residências que
compartilham a internet entre dois ou mais computadores espalhados pela casa.

72
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

FIGURA 53 - LANHOUSE

FONTE: Disponível em: <http://www.c4lanhouse.blogger.com.br/lan.jpg>.


Acesso em: 2 out. 2008.

9 REDE WAN
WAN (Wide Area Network) é uma rede formada por duas ou mais redes
locais e que abrange uma grande área geográfica. Geralmente, cada uma das
redes locais possui alguns serviços distintos com seus respectivos servidores e
demais dispositivos.

FIGURA 54 – REPRESENTAÇÃO DE UMA WAN

FONTE: Disponível em: <http://wally.cs.iupui.edu/n241-new/webMag/


wan.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

73
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

10 COMPONENTES DE UMA REDE


As redes LAN e WAN são constituídas de vários equipamentos para a
conexão de todos os “nós” da rede tais como: cabos de rede, modem, roteador,
gateway, switch e placa de rede.

10.1 CABO DE REDE


Geralmente, utiliza-se o cabo par-trançado para conectar os computadores
ao switch e demais equipamentos. Podemos encontrar também o cabo coaxial e o
cabo de fibra óptica.

FIGURA 55 - CABO DE REDE DO TIPO PAR-TRANÇADO

FONTE: Disponível em: <http://www.knainformatica.com.br/images/


CABO%20DE%20REDES.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

10.2 MODEM
São os equipamentos que são utilizados para ter acesso à internet e existem
vários tipos tais como os internos, para o acesso ao serviço discado (dial-up) e os
externos (ADSL, wireless, conexão a cabo etc.).

FIGURA 56 – MODEM ADSL

FONTE: Disponível em: <http://www.megahard.com.br/imagens/


produtos/174/modem.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

74
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

10.3 ROTEADOR
O roteador é o dispositivo que controla o tráfego das informações nas
diversas redes. Quando o tráfego está “congestionado”, o roteador redireciona
para outro caminho ou rota, isto é, gerencia pacotes de informação e IP’s
(endereços na rede).

10.4 GATEWAY
Existem situações em que precisamos permitir a um “nó” conectar-se em
uma outra rede que não seja a rede local. Sua função é de conversão de protocolos
entre as redes. Como exemplo, podemos citar o Proxy, que, além de ser utilizado
como um roteador, pode também conter softwares que funcionam como firewall e
controle de banda (fluxo).

FIGURA 57 - GATEWAY + PROXY

FONTE: Autor

10.5 SWITCH
O switch é um equipamento utilizado para conectar os computadores na
rede através do cabo de rede. Com o cabo par-trançado, podemos atingir a 100
Mbps, mas, com o uso de um switch específico para a utilização do cabo de fibra
óptica, a velocidade pode chegar a 1 Gbps.

75
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

FIGURA 58 - SWITCH

FONTE: Disponível em: <http://www.azinfo.com.br/loja/images/


uploads/hub_encore_24_portas.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

NOTA

O precursor do switch foi o HUB, com as mesmas funções do switch, mas sua
velocidade máxima era de 10 Mbps.

10.6 PLACA DE INTERFACE DE REDE


Precisamos instalar no computador um dispositivo para conectá-lo ao
switch. A placa de rede manipula o envio, o recebimento e a verificação de erros
dos dados transmitidos.

FIGURA 59 – PLACA DE REDE

FONTE: Disponível em: <http://www.hpmidia.com.br/imagens/produtos/


REDE.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

NOTA

Vale ressaltar que também existem as placas de rede sem fio que permitem que
um usuário conecte-se à rede através de um ponto de acesso à rede sem fio.

76
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

11 REDE CLIENTE/ SERVIDOR


Servidor é o computador que controla todos os outros computadores da
rede e, normalmente, possui vários discos rígidos e uma impressora veloz. Os
computadores clientes solicitam os serviços do servidor.

FIGURA 60 – REDE CLIENTE/ SERVIDOR

FONTE: Disponível em: <http://sweet.ua.pt/~pf/Linux/Foco/servidor/rede_cli_srv.png>.


Acesso em: 2 out. 2008.

Numa rede cliente/servidor, o cliente solicita determinadas informações


ao servidor e o servidor transfere somente os dados solicitados.

FIGURA 61 - REPRESENTAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DA REDE CLIENTE/SERVIDOR

O usuário solicita uma relação de O Servidor seleciona a relação de


1 alunos do Curso de Engenharia 2 alunos do Curso de Engenharia
do Cadastro de Alunos.

O Servidor envia a relação de


3
alunos do Curso de Engenharia

4 O usuário prepara um relatório

FONTE: Autor

77
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

12 APLICAÇÕES DE REDES
A rede de computadores encurta a distâncias entre pessoas e empresas.
Em muitos dos serviços que realizamos no dia a dia, estamos utilizando a rede
de computadores tais como: correio eletrônico, fax-símile, teleconferência,
intercâmbio eletrônico de informações (EDI), transferência eletrônica de fundos
(EFT) e telecommuting.

12.1 CORREIO ELETRÔNICO


É o envio de mensagens entre usuários da internet, também chamado de
e-mail. Todas as mensagens enviadas são armazenadas no servidor que oferece
o serviço de correio eletrônico até que o destinatário acesse sua caixa de correio
eletrônico para o recebimento da mensagem. Não exige que o usuário emissor e o
usuário receptor estejam presentes no momento da transmissão das mensagens.

12.2 FAC-SÍMILE
Mais conhecido como FAX ou PABX, é um aparelho que utiliza a tecnologia
existente nos computadores e links de comunicação para enviar documentos para
qualquer lugar do mundo. É capaz de enviar desenhos, gráficos e textos. O aparelho
converte o documento em formato digital e, através de um modem embutido,
converte o sinal para o envio dos documentos pela linha telefônica. O destinatário
recebe o documento em formato digital e imprime o respectivo documento.

FIGURA 62 – APARELHO DE FAX

FONTE: Disponível em: <http://www.hiper-electronica.com/store/images/


uploads/Fax_Lexmark_F4270.jpg>. Acesso em: 2 out. 2008.

78
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

12.3 TELECONFERÊNCIA
Também chamada de videoconferência, pois dispõe de câmeras de vídeo,
telas, microfones, computadores e links de comunicação para possibilitar a grupos
distantes de pessoas realizar reuniões. A interação dos integrantes permite a troca
de informações como em uma reunião presencial, reduzindo consideravelmente
o custo de tempo e de recursos financeiros para longas viagens para que um
determinado assunto seja discutido.

FIGURA 63 – TELECONFERÊNCIA

FONTE: Disponível em: <http://grupobid.org/idbamerica/archive/


stories/2000/ENG/JUN00e/f60018.jpg>. Acesso em 2 out. 2008.

12.4 INTERCÂMBIO ELETRÔNICO DE DADOS (EDI)


Empresas precisam enviar informações de transações comerciais tais
como ordens de compra e outros documentos, e o EDI possibilita que duas
empresas enviem estes documentos de forma eletrônica. Utiliza o padrão
XML como o formato para o envio das informações, eliminando a necessidade
do preenchimento das informações em formulários na empresa destino e a
digitação das mesmas informações novamente na empresa destino, reduzindo
significativamente o custo com papel e pessoal.

12.5 TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA DE FUNDOS (EFT)


São todos os serviços que realizamos atualmente num caixa eletrônico,
tais como o pagamento de contas, transferência de valores, depósitos de
contracheques entre outros. Podemos considerar também todos os serviços que
realizamos através da internet em nossas residências, universidade ou no local
de trabalho.

79
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

12.6 TELECOMMUTING
É o processo de troca de informações em computadores por viagens de
trabalho. As pessoas fazem a conexão à rede de computadores de sua empresa e
recebem o trabalho. Realizam toda a implementação das atividades e, ao final,
enviam o resultado para a empresa.

NOTA

A maioria dos profissionais que trabalham nesta modalidade, os telecommuters,


trabalham no escritório pelo menos dois dias por semana.

80
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

LEITURA COMPLEMENTAR

Redes Neurais Artificiais


Emerson Alecrim

Introdução

O estudo das redes neurais artificiais é algo fascinante e esse fascínio


aumenta na medida em que se tem mais conhecimento sobre o assunto. Trata-se
de um conceito de extrema importância da computação, responsável pela solução
de muitos problemas complexos. Este artigo explicará o que são redes neurais
artificiais e abordará de maneira básica seu funcionamento.

O que são redes neurais artificiais?

Redes neurais artificiais são um conceito da computação que visa trabalhar


no processamento de dados de maneira semelhante ao cérebro humano. O cérebro
é tido como um processador altamente complexo e que realiza processamentos de
maneira paralela. Para isso, ele organiza sua estrutura, ou seja, os neurônios, de
forma que eles realizem o processamento necessário. Isso é feito numa velocidade
extremamente alta e não existe qualquer computador no mundo capaz de realizar
o que o cérebro humano faz.

Nas redes neurais artificiais, a ideia é realizar o processamento de


informações tendo como princípio a organização de neurônios do cérebro. Como o
cérebro humano é capaz de aprender e tomar decisões baseadas na aprendizagem,
as redes neurais artificiais devem fazer o mesmo. Assim, uma rede neural pode
ser interpretada como um esquema de processamento capaz de armazenar
conhecimento baseado em aprendizagem (experiência) e disponibilizar este
conhecimento para a aplicação em questão.

Funcionamento das redes neurais artificiais

As redes neurais artificiais são criadas a partir de algoritmos projetados


para uma determinada finalidade. É impossível criar um algoritmo desse sem ter
conhecimento de modelos matemáticos que simulem o processo de aprendizado
do cérebro humano. Por este ser um artigo de introdução a este assunto,
abordaremos uma explicação conceitual eliminando ao máximo os princípios
matemáticos naturalmente relacionados.

Basicamente, uma rede neural se assemelha ao cérebro em dois pontos: o


conhecimento é obtido através de etapas de aprendizagem e pesos sinápticos são
usados para armazenar o conhecimento. Uma sinapse é o nome dado à conexão
existente entre neurônios. Nas conexões são atribuídos valores, que são chamados
de pesos sinápticos. Isso deixa claro que as redes neurais artificiais têm em sua
constituição uma série de neurônios artificiais (ou virtuais) que serão conectados
entre si, formando uma rede de elementos de processamento.

81
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

Tendo uma rede neural montada, uma série de valores podem ser
aplicados sobre um neurônio, sendo que este está conectado a outros pela rede.
Estes valores (ou entradas) são multiplicados no neurônio pelo valor do peso de
sua sinapse. Então, esses valores são somados. Se esta soma ultrapassar um valor
limite estabelecido, um sinal é propagado pela saída (axônio) deste neurônio. Em
seguida, essa mesma etapa se realiza com os demais neurônios da rede. Isso quer
dizer que os neurônios vão enfrentar algum tipo de ativação, dependendo das
entradas e dos pesos sinápticos.

Existem várias formas de se desenvolver uma rede neural. Ela deve


ser montada de acordo com o(s) problema(s) a ser(em) resolvido(s). Em sua
arquitetura, são determinados o número de camadas usadas (as camadas são
formadas por neurônios), a quantidade de neurônios em cada camada, o tipo de
sinapse utilizado, etc.

Exemplo de rede neural


com 3 camadas. Cada
"bolinha" representa um
neurônio

O aprendizado

O processo de aprendizagem das redes neurais é realizado quando


ocorrem várias modificações significantes nas sinapses dos neurônios. Essas
mudanças ocorrem de acordo com a ativação dos neurônios. Se determinadas
conexões são mais usadas, estas são reforçadas enquanto que as demais são
enfraquecidas. É por isso que quando uma rede neural artificial é implantada para
uma determinada aplicação, é necessário um tempo para que esta seja treinada.

Existem, basicamente, três tipos de aprendizado nas redes neurais artificiais:

 Supervisionado: neste tipo, a rede neural recebe um conjunto de entradas


padronizadas e seus correspondentes padrões de saída, onde ocorrem ajustes
nos pesos sinápticos até que o erro entre os padrões de saída gerado pela rede
tenha um valor desejado.

82
TÓPICO 1 | REDES DE COMPUTADORES

 Não supervisionado: neste tipo, a rede neural trabalha os dados de forma


a determinar algumas propriedades do conjunto de dados. A partir destas
propriedades é que o aprendizado é constituído.

 Híbrido: neste tipo ocorre uma “mistura” dos tipos supervisionado e não
supervisionado. Assim, uma camada pode trabalhar com um tipo enquanto
outra camada trabalha com o outro tipo.

Aplicações para redes neurais

As redes neurais artificiais podem ser aplicadas para resolver uma


grande quantidade de problemas. Um bom exemplo de aplicação são softwares de
reconhecimento de voz, que precisam aprender a conhecer a voz de determinadas
pessoas. Redes neurais também são usados em robôs que desarmam bombas. Se
você já usou um scanner para retirar um texto de um jornal, por exemplo, saiba
que o software de OCR, que é responsável por isso, precisa aprender a reconhecer
caracteres da imagem. Logo, ele certamente possui algoritmos de rede neural.
Existem até alguns softwares que aprendem a identificar SPAMs em e-mails e
apagá-los (e conseguem uma margem aceitável de acertos). Mas, no geral, as
redes neurais são usadas principalmente em aplicações mais complexas, como
em usinas, mercado financeiro etc.

Finalizando

É claro que as redes neurais artificiais abordam outros conceitos que não
foram citados aqui, afinal este é um artigo de introdução e o assunto é complexo
para ser detalhado no InfoWester. Tanto que existem até livros sobre redes neurais.
Se você tem interesse pelo assunto, as redes neurais costumam ser abordadas em
cursos de computação de universidades. Portanto, você pode estudar ciência da
computação e se especializar nesta área, por exemplo.

Quando uma rede neural artificial é implementada, isso não significa


que ela terá 100% de acerto nas situações em que trabalha. Este é um assunto há
tempos sendo estudado, mas que ainda sofre pesquisas e certamente terá ainda
muitas inovações. O sonho de se ter uma máquina tão poderosa quanto o cérebro
humano é o que certamente idealizou este assunto, mas ainda há muito trabalho
a ser feito.

As redes neurais artificiais podem ser usadas em muitas aplicações críticas.


E apesar de ser um assunto complexo, é como foi dito no início deste artigo: é algo
fascinante e este fascínio aumenta à medida que se tem mais conhecimento sobre
o assunto.

FONTE: ALECRIM, Emerson. Redes neurais artificiais. Disponível em: http://www.infowester.com/


redesneurais.php. Acesso em 19 out. 2008.

83
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você estudou os seguintes assuntos:

 Uma rede é composta de, no mínimo, dois computadores conectados um ao outro


para que sejam capazes de compartilhar recursos (periféricos, aplicativos e dados).

 Os componentes básicos de uma rede são: dispositivo emissor, link de


comunicação e dispositivo receptor.

 Converter digital para analógico consiste em transformar uma grandeza


digital (código binário) em uma grandeza analógica (tensão, corrente, ondas).
Este processo é chamado de modulação e demodulação é a conversão do sinal
analógico para digital.

 Modem é a abreviação de modulador/demodulador. É ele que faz a conversão


dos sinais digital para analógico e analógico para digital.

 O modem é o aparelho que utilizamos para acessar a internet e assim chamado


porque é ele que realiza o processo de modulação/demodulação. Encontramos
alguns tipos de modens: internos, externos, modems a cabo e os modens celulares.

 A transmissão digital envia dados como pulsos distintos. É parecido como no


barramento do computador.

 Transmissão analógica envia dados por um sinal elétrico contínuo em forma


de uma onda (onda portadora) utilizada nas linhas telefônicas.

 ADSL, internet utilizada hoje em dia, pode superar os 12.000.000 bps e não
utiliza discagem para se conectar ao provedor.

 Modens de celulares transmitem dados por antenas e possuem uma rede muito
lenta. Os celulares da geração 3G já conseguem enviar dados a 2,4Mb/s.

 Utilizamos como mídias de comunicação os cabos coaxiais, par-trançado e


fibra óptica. Os cabos de par-trançado são os mais utilizados nas redes locais,
porém são suscetíveis a interferências.

 O cabo coaxial pode conectar a TV a cabo e a internet possui uma maior largura
de banda e menos suscetibilidade à interferência.

 Fibra ótica utiliza luz ao invés de eletricidade para transferir dados. Possui a
maior largura de banda de todas e é imune a interferências. Além disso, o custo
de fabricação é mais barato, porém, o de instalação é mais caro.

 A transmissão via micro-ondas utiliza ondas em linha de visão da atmosfera,


oferecem altas velocidades e custo reduzido de instalação.

84
 A transmissão via satélite é como uma estação de retransmissão, a base envia
dados para o satélite e um transponder amplifica o sinal. É utilizado para
percorrer grandes distâncias.

 A wi-fi ou wireless é a tecnologia de rede sem fio. Utiliza padrões como o IrDA,
Bluetooth e 802.11 (b/n/g).

 Uma topologia de rede representa o arranjo físico (layout) de uma rede. De acordo
com o arranjo utilizado, encontramos a topologia em estrela, anel e barramento.

 A topologia em estrela é composta por um equipamento central (switch) que


gerencia a rede. A rede somente para se o switch falhar.

 Topologia em anel tem estrutura circular e as mensagens de dados ocorrem em


uma única direção.

 Na topologia em barramento, todos os nós são conectados em uma única


linha. Os computadores podem ser adicionados ou removidos sem afetar a
comunicação da rede.

 A rede local, conhecida pela siglaLAN (Local Area Network) nada mais é do que
vários computadores ligados em rede, que compartilham recursos de hardware
(servidores, impressoras) e software (sistemas específicos e arquivos comuns).

 WAN (Wide Area Network) é uma rede formada por duas ou mais redes locais e
que abrange uma grande área geográfica.

 As redes de computadores são constituídas de vários equipamentos para a


conexão de todos os “nós” da rede tais como: cabos de rede, modem, roteador,
gateway, switch e placa de rede.

 Servidor é o computador que controla a rede. Ele fornece arquivos e serviços


para os computadores clientes.

 A rede de Computadores encurta a distâncias entre pessoas e empresas. Em muitos


dos serviços que realizamos no dia a dia estamos utilizando a rede de computadores
tais como: correio eletrônico, fac-símile, teleconferência, intercâmbio eletrônico de
informações (EDI), transferência eletrônica de fundos (EFT) e telecommuting.

 O correio eletrônico serve para enviar mensagens de um computador para outro.

 O FAX possui um modem (dial-up) embutido e pode enviar gráficos e textos pela
linha telefônica.

 Teleconferência
ou videoconferência possibilita grupos de pessoas realizarem
reuniões, mesmo não estando presentes no mesmo local.

 EFT possibilita que as pessoas paguem bens ou serviços realizando transferências


entre várias contas. Ex.: caixa automático.

 Telecommuting é o processo de troca de informações em computadores por


viagens de trabalho.

85
AUTOATIVIDADE

Para melhor entender o conteúdo estudado, resolva as questões que


seguem:

1 Explique a composição uma rede.


2 Explique o surgimento e os objetivos de uma rede LAN.
3 Cite os componentes básicos de uma rede.
4 Diferencie transmissão digital e transmissão analógica.
5 Dê a função do modem.
6 Cite alguns modens existentes no mercado.
7 Apresente as vantagens do uso da fibra ótica.
8 Descreva a tecnologia 3G.
9 Defina transmissão síncrona.
10 Conceitue WI-FI.
11 Fale acerca do funcionamento da topologia de rede em estrela.
12 Defina topologia em barramento.
13 Comente o que encontramos comumente em uma rede de computadores
(hardware).
14 Diga passo a passo como funciona cada componente de uma rede.
15 Demonstre o que é uma rede WAN.
16 Cite duas aplicações de redes e como elas funcionam.

86
UNIDADE 2 TÓPICO 2

INTERNET

1 INTRODUÇÃO
A internet é um conglomerado de redes (WAN’s) em todo o mundo
através de milhares de computadores, todos ligados pelo protocolo de internet,
que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. Não
podemos afirmar que internet é a “WWW” (World Wide WEB), e, sim, que o “
WWW “ faz parte da internet.

A internet teve início no departamento de defesa dos Estados Unidos,


através de um projeto experimental, a ARPA (Advanced Research Projects Agency).
A primeira utilização da rede foi na Guerra Fria, em que os cientistas desejavam a
rede funcionando mesmo em caso de um bombardeio, assim como hoje podemos
acessar informações pela internet através de um computador localizado em
qualquer lugar do planeta.

O termo internet surgiu mais tarde, quando as universidades em


todo mundo investiram muito neste projeto experimental, para divulgar
os conhecimentos adquiridos com as novas pesquisas em todas as áreas do
conhecimento. É uma rede em que todos os pontos se equivalem, não existindo um
comando central, um único servidor. Cada governo, companhia ou organização é
responsável por manter seus próprios serviços da rede (internet).

2 O PROTOCOLO TCP/IP
Para a existência de uma rede de computadores, precisamos ter algumas
regras para o controle das informações entre os computadores, o que é chamado
de protocolo.

87
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

E
IMPORTANT

HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) é o protocolo de comunicação que


viabiliza as ligações entre nós usuários do WWW e os sites na internet.

O Protocolo TCP/IP é o protocolo de comunicação entre os computadores


ligados na rede. Seu nome surgiu da junção do protocolo o TCP (Transmission
Control Protocol , o Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP (Internet Protocol
- Protocolo de Interconexão).

FIGURA 64 – TELA DE CONFIGURAÇÃO DO IP DO COMPUTADOR PARA ACESSO


À INTERNET

FONTE: Autor

O IP é um protocolo usado entre duas ou mais máquinas em rede para


encaminhamento dos dados. O endereço de IP é um número de 32 bits escrito
com quatro octetos e no formato decimal (ex.: 192.168.0.22). Um endereço IP não
identifica uma máquina individual, mas uma conexão à inter-rede.

88
TÓPICO 2 | INTERNET

FIGURA 65 – CONFIGURAÇÃO DO ENDEREÇO IP

FONTE: Autor

NOTA

Você pode também configurar seu computador na opção “Obter um


endereço IP automaticamente”. Geralmente, os computadores conectados às redes
de computadores de estabelecimentos comerciais possuem todos os computadores
configurados com um IP específico.

2.1 MÁSCARA DE REDE


A máscara de rede é um número de 32 bits, usado para separar em um
IP da parte correspondente à rede pública, à subrede e aos hosts. A subrede é
uma divisão de uma rede de computadores, isto é, a faixa de endereços lógicos
reservada para uma organização. A divisão de uma rede grande em menores
resulta num tráfego de rede reduzido, administrações simplificadas e melhores
desempenhos de rede. A subrede é identificada por seu endereço base e sua
máscara de subrede conforme a figura a seguir.

FIGURA 66 – CONFIGURAÇÃO DA MÁSCARA DE REDE

FONTE: Autor

2.2 GATEWAY
Um gateway, ou porta de ligação, é uma máquina intermediária, geralmente
destinada a interligar redes, separar domínios de colisão, ou mesmo traduzir
protocolos. Exemplos de gateway podem ser os roteadores (estudados no Tópico
1) e firewalls, já que ambos servem de intermediários entre o usuário e a rede. Um
exemplo é o proxy, que também pode ser interpretado como um gateway.

89
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

FIGURA 67 – CONFIGURAÇÃO DO GATEWAY

FONTE: Autor.

NOTA

Firewall (parede corta-fogo) é uma barreira protetora entre o seu computador e


a internet. Controla o acesso ao sistema por meio de regras e filtragem de conteúdo, inibindo
a entrada de vírus de computador e usuários desconhecidos acessar seu computador. O
Sistema operacional Windows 7 e Windows 8 já possuem firewall.

FIGURA 68 – FIREWALL

FONTE: Autor

2.3 DNS (DOMAIN NAME SYSTEM)

O servidor DNS (Domain Name System) traduz nomes para os endereços


IP e endereços IP para nomes respectivos, pois é mais fácil localizar um site na
internet utilizando nomes, como www.uniasselvi.com.br do que um endereço
IP, como 192.168.0.22. Esse serviço é localizado no servidor DNS preferencial. O
servidor DNS alternativo é uma espécie de cópia de segurança do servidor DNS
preferencial.

90
TÓPICO 2 | INTERNET

FIGURA 69 – CONFIGURAÇÃO DO DNS(DOMAIN NAME SYSTEM)

FONTE: Autor.

3 O ENDEREÇO NA INTERNET
Assim como cada um de nós temos um endereço residencial e comercial
para o recebimento de algumas correspondências, precisamos ter o nosso endereço
eletrônico. Os endereços na internet são representados por números de IP
(Internet Protocol) ou simplesmente nomes, conhecidos como Nome de Domínio.
O método utilizado é o DNS (Domain Name System), o qual referencia um número
de IP, utilizado pelos computadores para localizar os dados na internet, com
os endereços em formado de nomes, mais fáceis de utilizar. Já sabemos como
configurar o Servidor de DNS Preferencial e Alternativo, apresentado no item 2.4.

O DNS divide um endereço eletrônico em três partes, assim como o nosso


endereço residencial, que temos a rua, cidade e estado. Vamos a um exemplo:

ricardo.professor@uniasselvi.com.br

1 ricardo.professor: é o nome do usuário.

2 O símbolo @ (arroba) representa at que traduzindo do inglês para o português


significa a preposição “em”.

3 uniasselvi.com.br identifica a organização a que esta pessoa pertence.

Agora vamos entender o uniasselvi.com.br:

 uniasselvi é o nome do computador em que o usuário ricardo.professor pode


ser encontrado, um computador da empresa UNIASSELVI.

 .com é o domínio organizacional.

91
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

E
IMPORTANT

Os principais domínios organizacionais são:

.com – Entidades comerciais;


.edu – Instituições Educacionais;
.gov – Instituições Governamentais.

 .br é o domínio geográfico (país) ao qual pertence a Empresa UNIASSELVI.

E
IMPORTANT

Alguns Domínios Geográficos:

.br – Brasil;
.es – Espanha;
.uy – Uruguai;
Estados Unidos da América não utiliza um domínio geográfico.

4 SERVIÇOS DA INTERNET
A internet oferece vários serviços tais como o correio eletrônico, vídeo
conferência, comércio eletrônico, teleconferência entre outros. Mas para poder
realizar o acesso à internet, pois temos que ter além de um computador e um
modem, o acesso a um provedor de acesso.

E
IMPORTANT

Provedores de acesso são empresas que oferecem o acesso à internet que


atende a diferentes tipos de usuários, entre os quais você, que deseja ter acesso na sua casa,
bem como grandes empresas. Existem provedores de acesso gratuitos e pagos.

4.1 WWW
A World Wide Web significa “rede de alcance mundial“, e consiste em
um sistema de documentos em formato hipermídia que estão interligados e são
executados na internet. Os documentos podem estar na forma de vídeo, sons,
hipertextos e figuras.
92
TÓPICO 2 | INTERNET

Para acessar algum material na internet. como o site da Uniasselvi,


digitamos www.uniasselvi.com.br, ou seja, um URL (Uniform Resource Locator,
isto é, Localizador Uniforme de Recursos). Portanto, URL é um endereço de um
site ou outro recurso como um arquivo ou mesmo uma impressora, disponível na
internet ou mesmo na rede local existente na Universidade em que você estuda
ou mesmo na Rede da Empresa em que você trabalha.

FIGURA 70 – EXEMPLO DE URL

FONTE: Autor

Um URL tem a seguinte estrutura:

 protocolo://máquina/caminho/recurso;

 nome de domínio – endereço do computador host do site;

 a última parte do nome de domínio chama-se domínio de nível máximo e


identifica o país e o propósito da organização;

 a última parte da URL apresentada no exemplo acima /hp-2.0/home/index.


php é a sequência da navegação no site em que o usuário iniciou a navegação:
www.uniasselvi.com.br

E
IMPORTANT

Não precisamos digitar http:// antes da digitação da URL no navegador: www


uniasselvi.com.br.

Para visualizar as informações, precisamos utilizar um programa


de computador chamado navegador, o browser. Atualmente, existem vários
navegadores disponíveis na internet. Os mais conhecidos são:

93
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

FIGURA 71 – NAVEGADORES DISPONÍVEIS NA INTERNET

Microsoft Internet Explorer. Netscape>Navigator

Mozila/Firefox (código aberto). Ópera (pequeno e leve).

Google Chrome Safári (Apple).

FONTE: Autor

4.1.1 Portal

Sempre falamos em site na internet, mas, atualmente, muitos dos endereços


“www” oferecidos podemos chamá-los de Portal, pois os conteúdos que são
acessados na página inicial são direcionados para uma série de outros sites ou sub
sites dentro, e também fora, do domínio da empresa que desenvolveu o portal.

Na sua estrutura mais comum, os portais constam de conteúdos próprios,


uma área de notícias, um ou mais fóruns e outros serviços de geração de
comunidades e um diretório, podendo incluir ainda outros tipos de conteúdos. Ex.:
www.uniasselvi.com.br, www.msn.com , www.globo.com , www.uol.com.br.

94
TÓPICO 2 | INTERNET

FIGURA 72 – PÁGINA INICIAL DO PORTAL UNIASSELVI

FONTE: Autor

4.2 CORREIO ELETRÔNICO (E-MAIL)


É o serviço de envio de mensagens entre usuários da internet, também
chamado de e-mail. Todas as mensagens enviadas são armazenadas no servidor
que oferece o serviço de correio eletrônico até que o destinatário acesse sua caixa
de correio eletrônico para o recebimento da mensagem. O serviço de correio
eletrônico pode ser utilizado de duas formas:

1 Configurar um programa para o armazenamento das mensagens enviadas e


recebidas no seu computador, e o mais utilizado é o Microsoft Outlook.

2 Acessar sua caixa de correio eletrônico pelo “www” através do serviço chamado
WebMail oferecido pelo seu provedor de acesso.

4.2.1 Configurar uma caixa de correio eletrônico


Para o envio e recebimento de e-mails no seu computador, você precisa
ter configurado sua conta de e-mail. O Post Office Protocol (POP3) é um protocolo
utilizado no acesso remoto a uma caixa de correio eletrônico. Tem a função de
fazer com que todas as mensagens contidas numa caixa de correio eletrônico
possam ser transferidas para o seu computador.

95
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

FIGURA 73 – CONFIGURANDO UMA CONTA DE E-MAIL

FONTE: Autor

O protocolo SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é um protocolo bastante


simples e necessário para você poder enviar mensagens de correio eletrônico.

FIGURA 74 – CONFIGURANDO UMA CONTA DE E-MAIL

FONTE: Autor

96
TÓPICO 2 | INTERNET

Quando você realiza uma conexão à internet pelo serviço discado (Dial-
up) ou mesmo pelo serviço dedicado (ADSL), você está acessando o servidor em
que está a caixa de correio e, nesse momento, todas as mensagens existentes na
caixa de correio são transferidas sequencialmente para o seu computador. Após
este procedimento, as mensagens são apagadas da caixa de correio. Finalmente,
a ligação com o servidor é terminada e o usuário pode ler e processar suas
mensagens com o serviço POP3 off-line.

E
IMPORTANT

A característica off-line do protocolo POP3 é muito útil para aqueles usuários


que utilizam a internet através do serviço discado (Dial-up), em que o custo da ligação
é proporcional ao tempo da ligação. Apenas durante a transferência das mensagens o
microcomputador precisa estar conectado à internet.

E
IMPORTANT

Atualmente, os usuários estão trocando o uso do correio eletrônico pelos


serviços das redes sociais, tais como o Skype e o Facebook. Estes serviços permitem uma
troca de informações mais instantânea do que o e-mail, que, num futuro próximo, deve ficar
com seu uso bastante restrito às empresas. Um serviço que vai ter sua continuidade, pois
até os nossos dias ainda temos o envio de documentos e informações pelo correio padrão
(correspondências).

4.3 COMÉRCIO ELETRÔNICO


Conhecido também por e-commerce, é a realização de transações de
compras e transferências de fundos através da internet. Antes da internet, já havia
um tipo de comércio eletrônico que conhecemos no Tópico 1, o EDI (Electronic
Data Interchange). Como principais vantagens do comércio eletrônico, temos:

 vendedor disponível 24 horas/dia;


 novo canal de vendas e marketing;
 atinge o mercado global;
 redução de custos de estoques;
 redução de custos de vendas;
 maior Integração entre clientes e fornecedores.

Existem basicamente três tipos de comércio eletrônico: business-to-business,


business-to-consumer e consumer-to-consumer.
97
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

4.3.1 Business-to-business (B2B)


Soluções business-to-business (B2B) envolvem a construção de parcerias
entre empresas e seus fornecedores, de forma a se comunicarem com mais eficiência
e atenderem melhor a seus clientes. Como as empresas estão integradas na cadeia
de valor e os controles de fornecimento e estoques tornam-se mais eficientes, os
estoques podem ser menores e os níveis de customização e flexibilização para os
clientes podem ser maiores, gerando, assim, preços mais baixos.

4.3.2 Business-to-consumer (B2C)


Business-to-consumer (B2C) é a compra de produtos e serviços que você
pode realizar pela internet, tais como a compra de CD’s, Livros, carros, etc.
Quando acessamos um portal de vendas, não estamos acessando apenas páginas
estáticas mas também um Banco de Dados com informações dos produtos, telas
para o lançamento do pedidos e a efetivação do pagamento através do Cartão de
Crédito ou outra forma de pagamento.

FIGURA 75 – BUSINESS-TO-CONSUMER

FONTE: Autor

4.3.3 Consumer-to-consumer (C2C)


Consumer-to-consumer (C2C) é o comércio eletrônico de bens ou serviços
entre usuários particulares da internet. Não envolve produtores e, sim,
consumidor final com consumidor final, sem intermediários. Você publica em
um portal, como o Mercado Livre, e o cliente efetiva todo o procedimento da
compra do produto/serviço diretamente com você.

98
TÓPICO 2 | INTERNET

4.3.4 Segurança no comércio eletrônico


Em 1997, foi lançado o padrão SET (Secure Electronic Transactions), que
traz mais segurança no processo de efetivação do pagamento das transações
realizadas no comércio eletrônico. Você não precisa informar o número do cartão
de crédito para cada loja on-line que você realizou alguma compra. Ainda não é
utilizado por todas as empresas que oferecem comércio eletrônico.

O nível de segurança é bastante grande, pois quando você realiza uma


compra, está acessando o site de uma determinada loja. Quando você efetiva o
pagamento, o site que está acessando realiza uma conexão ao serviço de Cartão de
Crédito, não havendo a necessidade de você digitar todo o número do seu cartão.
Este serviço de Cartão de Crédito faz a verificação e confirmação do respectivo
débito no serviço diretamente com a Instituição Bancária. Concluindo, temos
três acessos, sendo muito mais seguro que os primeiros serviços de comércio
eletrônico, que dispunham de todo o serviço na empresa que realizava o site de
compra, apenas um acesso. Observe na figura a seguir:

FIGURA 76 – FUNCIONAMENTO DO PADRÃO SET PARA O COMÉRCIO


ELETRÔNICO

FONTE: Autor

5 VÍRUS DE COMPUTADOR
São programas desenvolvidos com o objetivo de causar algum tipo
de “dano” aos softwares existentes no computador, e estes programas são
“transferidos” para os computadores através de disquetes (hoje muito pouco
utilizados), pendrives, CDs, DVDs e, principalmente, pela internet, através do
acesso a sites de conteúdo duvidoso e mesmo através do correio eletrônico.

99
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

E
IMPORTANT

A internet não é a responsável pelos vírus de computador. Ela é apenas um


meio de propagação destas “pragas” que são programas de computador. Não causam
problema nos hardwares e, sim, nos softwares instalados no computador.

Dentre todos os danos que podemos sofrer com um ataque de vírus de


computador, seguem os mais comuns:

 perda de desempenho do micro;


 exclusão de arquivos;
 alteração de dados;
 acesso a informações confidenciais por pessoas não autorizadas;
 perda de desempenho da rede (local e internet);
 monitoramento de utilização (espiões);
 desconfiguração do Sistema Operacional;
 inutilização de determinados programas.

Os vírus possuem algumas técnicas para ficarem “escondidos” no seu


computador e realizar alguns danos, tais como:

 desativação do antivírus ;
 esconder-se nas pastas do sistema;
 encriptação (instala-se no programa que vai danificar).

O surgimento de novos vírus de computador cresce em proporções


geométricas. Observe os Dados estatísticos:

 Até 1995 - 5.000 vírus conhecidos.


 Até 1999 - 20.500 vírus conhecidos.
 Até 2000 - 49.000 vírus conhecidos.
 Até 2001 - 58.000 vírus conhecidos.
 Até 2005 - 72.000 vírus conhecidos.
 Até 2008 - Mais de 170.000 vírus conhecidos aproximadamente.
 E este número continua aumentando nos dias atuais

100
TÓPICO 2 | INTERNET

E
IMPORTANT

Hackers são chamados os usuários que desenvolvem programas de computador


que quebram senhas e sistemas de segurança, isto é, vírus de computador.

5.1 TIPOS DE VÍRUS


Existem vários tipos de vírus de computador. Em seguida, veremos os
tipos mais encontrados:

5.1.1 Vírus de Boot


Infecta a partição de inicialização do sistema operacional, assim é
carregado quando o computador é ligado.

5.1.2 Time Bomb


São vírus programados para se ativarem em determinados momentos,
definidos pelo seu criador. Ex.: Sexta-feira 13, Feliz Natal etc.

5.1.3 Trojans ou cavalos de Troia


Trazem um código fonte à parte, que permite, a um estranho, acessar
e coletar informações do micro infectado. Chegam principalmente por correio
eletrônico, como trazendo alguma mensagem muito importante para o seu
destinatário.

5.1.4 Hijackers
São programas ou scripts que “sequestram” navegadores de internet,
principalmente o Internet Explorer. (Mudam a página inicial, exibem pop-up,
instalam ferramentas no navegador.)

101
UNIDADE 2 | REDE DE COMPUTADORES E INTERNET

5.1.5 Keylogger
Capturador de teclas. Ficam escondidos no sistema operacional.
Desenvolvido para fins ilícitos, estes vírus capturam senhas (Skype e Facebook)
e contas bancárias.

5.1.6 Vírus de macro


Vírus feitos na linguagem dos macros (assembly etc.), para funcionar
dentro do programa ao qual está ligado. Ao abrir um documento de Word (.DOC),
infectado com um vírus de macro, o vírus é ativado, gravando sobre o arquivo
NORMAL.DOT (modelo geral dos arquivos do Word) e criando macros que
substituem boa parte dos comandos normais do Word. Não danificam arquivos
nem provocam perda de dados, mas causam aborrecimento.

102
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:

A Internet é um conglomerado de WAN´s em escala de milhões de computadores



interligados pelo Protocolo de internet que permite o acesso a informações e
todo tipo de transferência de dados.

O
 termo internet surgiu depois que as universidades investiram no projeto de
divulgar os conhecimentos adquiridos em todas as áreas de conhecimento.

A
 internet teve início no Departamento de Defesa dos Estados Unidos, fruto de
um projeto experimental, a ARPA (Advanced Research Projects Agency). O intuito
do projeto era interligar pesquisadores com centros de computação remotos.

A
 primeira finalidade da rede foi na Guerra Fria, em que os cientistas queriam
uma rede funcionando em caso de um bombardeio.

A
 World Wide Web, que significa “rede de alcance mundial”, consiste em um
sistema de documentos em hipermídia que são interligados e executados na
internet. Os documentos podem estar na forma de vídeos, sons, hipertextos e
figuras.

Os
 principais navegadores são: Internet Explorer, Netscape, Mozila Firefox,
Ópera, Safári e Google Chorme.

A
 URL é definida por protocolo, endereço do computador host (domínio) e
caminho, diretório, nome do arquivo.

Portal
 é um site que funciona como centro aglomerador e distribuidor de
conteúdo para uma série de outros sites ou subsites que ficam dentro ou fora do
domínio.

Browser
 é o programa usado para navegar pelas páginas da internet.

TCP/IP
 = (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) protocolo de
comunicação de rede que interliga computadores de diferentes plataformas. O
TCP trata do transporte de informações e o IP do endereçamento das máquinas.

O
 servidor DNS traduz nomes para os endereços IP e endereços IP para nomes
respectivos, permitindo a localização de hosts em um domínio determinado.

O
 Post Office Protocol (POP3) é um protocolo utilizado no acesso remoto a uma
caixa de correio eletrônico.

103
A
 internet não é a responsável pelos vírus de computador. Ela é apenas um
meio de propagação destas “pragas” que são programas de computador. Não
causam problema nos hardwares e sim nos softwares instalados no computador.

Comércio
 eletrônico (e-commerce) é a realização de transações de compras e
transferências de fundos eletronicamente, especialmente através da internet.

As
 principais vantagens do comércio eletrônico são: vendedor disponível 24
horas/dia; novo canal de vendas e marketing; atinge o mercado global; redução
de custos de estoques; redução de custos de vendas; maior integração entre
clientes e fornecedores.
O padrão SET (lançado em 1997) permite autorização automática do cartão de

crédito, o que torna desnecessário que o cliente informe o número do seu cartão
para cada loja on-line em que compra.

Soluções
 business-to-business (B2B) envolvem a construção de parcerias entre
empresas e seus fornecedores, de maneira a se comunicarem com mais eficiência
e atenderem melhor a seus clientes.

Soluções
 consumer-to-consumer (C2C) envolvem o comércio de bens ou
serviços entre usuários particulares da internet. Não envolve produtores e sim
consumidor final com consumidor final, sem intermediários.

104
AUTOATIVIDADE

Ao final deste tópico, para aprimorar seus conhecimentos, resolva as


questões a seguir:

1 Apresente um conceito de INTERNET.


2 Pesquise e informe quando surgiu o termo INTERNET.
3 Verifique o local de origem da INTERNET.
4 Comente a primeira finalidade da INTERNET.
5 Defina World Wide Web.
6 Cite os principais navegadores.
7 Defina o protocolo responsável pelo envio de dados de um computador
para outro.
8 Explique o protocolo de comunicação que interliga computadores de
diferentes protocolos.
9 Fale acerca do comércio eletrônico, informando suas principais vantagens.
10 Disserte sobre o padrão SET.
11 Conceitue C2C.

105
106
UNIDADE 3

EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA


ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, o acadêmico estará apto a:

• trabalhar com um editor de textos Microsoft Word para a realização


de diversas atividades, conhecendo suas principais ferramentas, seu
ambiente de trabalho, inserir figuras, trabalhar com tabelas, formatar seus
documentos entre outras funções;

• conhecer a história das planilhas eletrônicas e como decorreu sua evolução.


Aprender a utilizar o Microsoft Excel e utilizar suas principais ferramentas,
tais como criar tabelas, utilizar fórmulas de acordo com sua necessidade
bem como algumas funções avançadas;

• entender sobre um banco de dados e algumas das suas aplicações.


Conhecer o SGBD (sistema gerenciador de banco de dados) Microsoft
Access e suas principais funções, tais como criar tabelas, chaves primárias
e consultas.

PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que, ao final de cada um
deles, você encontrará atividades que o auxiliarão na apropriação dos conhe-
cimentos aqui disponibilizados.

TÓPICO 1 – EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

TÓPICO 2 – PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL

TÓPICO 3 – BANCO DE DADOS - MICROSOFT ACCESS

107
108
UNIDADE 3
TÓPICO 1

EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

1 INTRODUÇÃO
Atualmente, necessitamos de um editor de textos para a elaboração de
uma carta, um paper ou qualquer outra atividade que contenha textos, figuras e
algumas tabelas. O Microsoft Word é um dos editores de textos mais utilizados
do mercado. Você conhecerá as principais funções para permitir a elaboração
de um documento, funções para a inclusão de figuras e tabelas, recursos para o
salvamento e impressão, bem como vários outros elementos para formatar seu
documento de acordo com as suas necessidades.

2 TELA INICIAL DO MICROSOFT WORD


O Microsoft Word é um software para a editoração de documentos
compostos por textos, figuras e demais elementos. Observe na figura a seguir os
principais elementos do Editor de Textos Microsoft Word:

109
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

FIGURA 77 – TELA INICIAL MICROSOFT WORD

FONTE: Autor

• BARRA DE TÍTULOS - É barra localizada no topo da página, que traz o nome


do documento, que está sendo usado no momento, os botões maximizar,
minimizar e fechar e o ícone de controle da janela.

• BARRA DE MENU - Contém os principais comandos que podem ser usados


dentro do Microsoft Word, tais como Arquivo, Editar, Exibir, Inserir, Formatar
entre outros. Está localizado logo abaixo da Barra de Títulos.

• BARRA DE FERRAMENTAS PADRÃO - Encontramos os comandos mais


usados em forma de botões, tais como: Novo Documento em branco,
Abrir, Salvar, Imprimir, entre outros, para facilitar a vida do usuário.
Fica localizado abaixo da Barra de Menus.

• BARRA DE FORMATAÇÃO - São consideradas as ferramentas de acesso rápido


ao usuário tais como: Estilo de Formatação,
Fonte, Tamanho, Negrito, entre outros.

• ÁREA DE TRABALHO - Como o próprio nome diz, é o local em que se pode


digitar o documento e fica localizado abaixo da Barra e Formatação.

• RÉGUAS - Disponibiliza o acesso às configurações de margens e noções de


espaço de margem do documento de texto.
110
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

• BARRAS DE ROLAGEM - São aquelas barras sombreadas encontradas ao


longo do lado direito e inferior de sua janela de um documento. Para deslocar-
se para uma ou outra parte do documento, basta arrastar a caixa ou clicar nas
setas na barra de rolagem.

• BARRA DE DESENHOS - Possui ícones para adicionar e editar desenhos


bem como para trocar fundos de páginas e área de impressão, efeitos 3D,
setas e autoformas. Está localizado na parte inferior, logo abaixo da barra de
rolagem inferior.

• BARRA DE STATUS - Indica algumas informações do documento que está


sendo digitado tais como: se as teclas Num Lock e a tecla Caps Lock estão
sendo usadas, indica a página atual em que estamos trabalhando entre outras
importantes informações.

E
IMPORTANT

Podemos também realizar a movimentação pelo documento sem a utilização


do mouse a partir do teclado com algumas combinações:

QUADRO 1 – MOVIMENTOS SEM UTILIZAR O MOUSE

TECLA POSICIONAMENTO DO CURSOR

Ctrl + seta para direita Início da próxima palavra

Ctrl + seta para a esquerda Início da palavra anterior

Ctrl + seta para baixo Início do próximo parágrafo

Ctrl + seta para cima Início do parágrafo anterior

PgUp Tela para cima

PgDn Tela para baixo

Tecla Posicionamento do Cursor

Ctrl + PgUp Primeira linha da tela

Ctrl + PgDn Última linha da tela

Home Início da linha da tela

End Fim do documento

Ctrl + Home Início do documento

Ctrl + End Fim do documento

F5 Ativa a caixa de diálogo Ir Para

FONTE: Autor

111
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

2.1 SALVANDO UM DOCUMENTO


Para salvar qualquer documento você pode clicar no menu Arquivo
o comando salvar, ou mesmo a utilização do botão Salvar na Barra de
Ferramentas padrão. Caso você queira salvar seu texto com outro nome, clique
no menu Arquivo comando Salvar Como, este comando abrirá a caixa de dialogo
salvar como, mesmo que o seu documento já esteja salvo.

FIGURA 78 – TELA SALVAR COMO DO MICROSOFT WORD

FONTE: Autor

2.2 FECHANDO UM DOCUMENTO


Para fechar qualquer documento, você pode clicar no menu Arquivo/
Fechar ou clique sobre o botão Fechar Janela para o fechamento do documento
que você está trabalhando, permitindo você digitar um novo documento.

FIGURA 79 – BOTÃO FECHAR JANELA

FONTE: Autor.

112
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

Será fechado somente o documento atual, deixando o Microsoft Word


livre para iniciar um novo documento.

2.3 ABRINDO UM DOCUMENTO


Você pode abrir um documento já existente em alguma unidade de
armazenamento, seja no disco rígido ou mesmo no seu pendrive. Para abrir um
documento, posicione o mouse no item Arquivo, localizado na Barra de Menus,
e aparecerá um menu com várias opções com o mouse (sempre) clique na opção
Abrir, que permite selecionar o arquivo desejado.

FIGURA 80 – TELA DE SELEÇÃO DO ARQUIVO A SER CARREGADO NO EDITOR DE TEXTO


(WORD)

FONTE: Autor.

E
IMPORTANT

Para você criar um novo arquivo, clique no menu Arquivo/Novo ou mesmo


clique no botão Novo Documento em branco.

113
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

2.4 SELECIONANDO O BLOCO DE TEXTO


É possível realizar algumas alterações no texto, e selecionar a parte do
documento através do posicionamento do cursor, a partir da palavra desejada e,
em seguida, segura a tecla Shift e as setas de direção no teclado ao mesmo tempo.

FIGURA 81 – SELECIONANDO UM BLOCO DE TEXTO

FONTE: Autor.

E
IMPORTANT

Outra maneira de selecionar parte do texto é com a utilização apenas do mouse:

QUADRO 2 - UTILIZAÇÃO DO MOUSE


ITEM SELECIONADO AÇÃO
Uma palavra Dois cliques na palavra desejada.
Uma linha Um clique antes da linha desejada.
Um parágrafo Dois cliques no início do parágrafo, ou três cliques
eu uma palavra do parágrafo.
O documento inteiro Três cliques no início de qualquer parágrafo ou CTRL+T.

FONTE: Autor

114
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

2.5 FORMATANDO O TEXTO


Trata-se de um dos procedimentos mais utilizados, e que costumamos
fazer após a digitação de parte ou de todo o documento desejado. A formatação
do documento consiste em mudar o tipo de fonte (letra), borda e alinhamento,
entre outros:

2.5.1 Mudando a fonte do texto


• Fonte: É o tipo de letra a ser utilizada no texto.

• Estilo da Fonte: São três variações: negrito, itálico, sublinhado, podendo


utilizar até mesmo as três variações simultaneamente.

• Tamanho: Você encontra na lista entre 8 e 72, mas você pode informar outro
valor tanto maior quanto menos que a faixa da lista.

E
IMPORTANT

Mas você pode também utilizar a opção Fonte no menu Formatar, localizado na
Barra de menu.

FIGURA 82 – TELA DE FORMATAÇÃO NA OPÇÃO FONTE NO MENU FORMATAR

FONTE: Autor

115
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

2.5.2 Ferramenta pincel


É uma ferramenta pouco conhecida, mas com um grande potencial. Você
pode copiar a formatação de um determinado parágrafo ou qualquer parte do seu
documento (letra, tamanho da fonte, cor etc.) para outra parte do seu documento.
O botão Pincel está localizado na Barra de Ferramentas Padrão.

Por exemplo, considere os dois parágrafos a seguir:

Parágrafo 1: Este parágrafo contém as formatações que eu quero utilizar


também no parágrafo 2, tais como espaçamento antes e depois, espaçamento de
linha, recuo e assim por diante. Vou utilizar o pincel para aplicar estes formatos
ao parágrafo 2.

Parágrafo 2: Este é o parágrafo ao qual quero aplicar as mesmas


formatações do parágrafo 1, usando a ferramenta pincel. Observe que, inclusive,
o alinhamento é diferente entre os dois parágrafos. O primeiro está justificado e
este está alinhado à esquerda.

Agora, vamos utilizar a ferramenta pincel para aplicar a formatação do


parágrafo 1 ao parágrafo 2:

1 Clique em qualquer local do parágrafo 1, para posicionar o cursor neste


parágrafo.
2 Clique na ferramenta pincel ().
3 Clique em qualquer local do parágrafo 2.
4 Pronto! As formatações do parágrafo 1 foram aplicadas ao parágrafo 2.
E
IMPORTANT

Você pode aplicar a formatação de um parágrafo a diversos outros, usando


a ferramenta pincel. Para isso, dê um clique duplo na ferramenta Pincel ( ). O cursor
transforma-se em pincel. Agora é só clicar nos parágrafos a serem formatados. À medida
que você clica cada parágrafo vai assumindo a formatação. Para encerrar, pressione a tecla
ESC ou clique novamente na ferramenta pincel ( ).

2.6 CONFIGURANDO PÁGINAS


No menu Arquivo você ativa a Caixa do comando Configurar Página.
Você tem a guia de margens que permite ao usuário mudar o tamanho das
margens (esquerda, direita, superior e inferior).

116
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

FIGURA 83 – TELA DE CONFIGURAÇÃO DA PÁGINA – OPÇÃO MARGENS

FONTE: Autor

A guia layout permite você mudar as configurações do documento com


relação ao cabeçalho e rodapé, alinhamento da página, ente outros.

FIGURA 85 – TELA DE CONFIGURAÇÃO DA PÁGINA – OPÇÃO LAYOUT

FONTE: Autor

117
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

A guia layout permite você mudar as configurações do documento com


relação ao cabeçalho e rodapé, alinhamento da página, ente outros.

FIGURA 85 - TELA DE CONFIGURAÇÃO DA PÁGINA – OPÇÃO LAYOUT

FONTE: Autor

2.7 MARCADORES E NUMERAÇÃO


A utilização de marcadores e numeração é um recurso extremamente
útil na criação de contratos, atas, listas de preços e outros documentos que exijam
uma ordem sequencial dos parágrafos, tais como o formato apresentado neste
Caderno de Estudos. Sua utilização é interessante para destacar determinados
parágrafos do texto.

2.8 RECORTAR, COPIAR E COLAR


Estas ferramentas são muito utilizadas. Você seleciona uma palavra ou
um bloco de texto, utiliza o botão Recortar ou a sequência de teclas CTRL +
X para recortar a parte do documento selecionado e vai até o ponto desejado do
documento e utiliza o botão Colar ou a sequência de teclas CTRL + V. Você

118
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

pode também utilizar o botão Copiar ou a sequência de teclas CTRL + C, e


neste caso, a parte do documento selecionado pode ser ‘colado’ pelo já conhecido
botão Colar.

NOTA

Quando você utiliza as ferramentas Recortar e Colar, a parte do documento


selecionado é transferida para a “Área de Transferência”, podendo utilizar esta parte do
documento selecionado com a ferramenta Colar quantas vezes quiser, até a próxima
seleção e utilização das Ferramentas Recortar ou Copiar.

Observação: O botão pincel copia a formatação de um texto

2.9 DESFAZER E REFAZER ALTERAÇÕES NO TEXTO


Às vezes, você faz alterações no texto e depois verifica que não deveria
ter realizado tal alteração. Para estas situações, o Word possui uma poderosa
ferramenta, o botão Desfazer Digitação. Caso você decida refazer a posição
anterior, deve utilizar o botão Refazer Digitação.

3 ALGUNS COMANDOS AVANÇADOS


Dentre todas as funções encontradas no Microsoft Word, você dispõe de
alguns comandos chamados de avançados devido à não utilização frequente dos
mesmos, tais como: quebrando a página, quebra de coluna, inserindo número na
página entre outros.

3.1 QUEBRANDO A PÁGINA


Na opção Quebra, do menu Inserir, localizado na Barra de Menu, você
escolhe a opção Quebra de Página, forçando quebra da página, ou seja, a troca de
página antes de o texto chegar ao final, deixando vazio o restante da página atual.

3.2 QUEBRA DE COLUNA


Na opção Quebra, do menu Inserir, localizado na Barra de Menu, você
escolhe a opção Quebra de Coluna, forçando uma quebra forçada de coluna, sem
também o texto ter atingido seu final.

119
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

3.3 INSERINDO NÚMERO NA PÁGINA


Na opção Números de Página, do menu Inserir, localizado na Barra de
Menu, você seleciona num pequeno menu a posição (Início ou fim da página) e o
alinhamento (esquerda direita ou centralizada).

FIGURA 86 – TELA PARA INSERIR O NÚMERO DA PÁGINA

FONTE: Autor

4 TABELAS
Você pode criar tabelas através da opção Inserir/Tabela na opção Tabela
localizada na Barra de Menu. Você pode escolher o número de linhas e colunas,
largura da coluna bem como outras opções mais avançadas. Você pode também
criar a tabela através do botão Inserir Tabela na Barra de Ferramentas Padrão.

FIGURA 87 – TELA PARA INSERIR UMA TABELA

FONTE: Autor

120
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

E
IMPORTANT

Uma terceira forma de gerar uma tabela é pelo comando Desenhar Tabela, na
opção Tabela, localizada na Barra de Menu.

FIGURA 88 – OPÇÕES TELA SELEÇÃO COMANDO DESENHAR TABELA

FONTE: Autor

4.1 USANDO FÓRMULAS PARA EFETUAR CÁLCULOS EM


TABELAS
Você não precisa fazer uma tabela em outro software, como uma planilha,
utilizando algumas fórmulas. Muitos destes recursos você tem condições de
realizar no próprio WORD, tais como: utilizar fórmulas para calcular o total de
vendas no semestre (soma), a média mensal de vendas (média), a maior venda
(máximo) e a menor venda (mínimo). Observe o exemplo a seguir:

TABELA 1 – VENDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE UMA DETERMINADA LOJA

VENDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008

MÊS TOTAL

JAN 12658,75

FEV 11985,10

MAR 11439,67

ABRIL 12612,05

MAIO 11470,94

JUNHO 10946,27

TOTAL SEMESTRE

MÉDIA DO MÊS

MAIOR VENDA

MENOR VENDA
FONTE: Autor

121
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

E
IMPORTANT

Para a utilização de alguma fórmula você precisa utilizar algumas células (A1, A2,
B1, B2, etc...) ou mesmo um intervalo (A1: A3 – da célula A1 até a Célula A3), consequentemente
você precisa saber qual a referência das mesmas conforme a figura a seguir:

FIGURA 89 – REFERÊNCIA DAS CÉLULAS NUMA TABELA CRIADA NO WORD


A B C

1 A1 B1 C1

2 A2 B2 C2

3 A3 B3 C3

FONTE: O Autor

Para a realização do cálculo do TOTAL SEMESTRE, você deve seguir os


seguintes passos:

1 Clique na célula em branco, da segunda coluna, abaixo de 10.946,27.

2 Selecione o comando Tabela > Fórmula.

3 Será exibida a janela Fórmula, com a função SUM (ABOVE) já selecionada.

FIGURA 90 – TELA PARA A UTILIAÇÃO DE FÓRMULAS NA TABELA CRIADA


NO WORD.

FONTE: Autor

122
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

E você obterá o seguinte resultado:

TABELA 2 – VENDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE UMA DETERMINADA LOJA


– CÁLCULO DO TOTAL DO SEMESTRE.

VENDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008

MÊS TOTAL

JAN 12658,75

FEV 11985,10

MAR 11439,67

ABRIL 12612,05

MAIO 11470,94

JUNHO 10946,27

TOTAL SEMESTRE 71112,78

MÉDIA DO MÊS

MAIOR VENDA

MENOR VENDA
FONTE: Autor

Você pode também alterar o valor de uma célula, como por exemplo, o
valor de 11985,10 do mês de fevereiro para 13239,55.

Para atualizar o TOTAL SEMESTRE, clique com o botão direito do mouse


no valor do TOTAL SEMESTRE e, no menu de opções que é exibido, clique na
opção atualizar campo. Pronto! O Word recalculou o valor, que agora é 72367,23.

123
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

TABELA 3 – VENDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE UMA DETERMINADA LOJA –


CÁLCULO DO TOTAL DO SEMESTRE.

VENDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008

MÊS TOTAL

JAN 12658,75

FEV 13239,55

MAR 11439,67

ABRIL 12612,05

MAIO 11470,94

JUNHO 10946,27

TOTAL SEMESTRE 72367,23

MÉDIA DO MÊS

MAIOR VENDA

MENOR VENDA

FONTE: Autor

Agora ficou fácil. Então, para a conclusão da nossa tabela, precisamos


calcular a MÉDIA MÊS, MAIOR VENDA e MENOR VENDA, a partir das
seguintes fórmulas:

FIGURA 91 – TELA PARA A UTILIAÇÃO DA FÓRMULA AVERAGE PARA O CÁLCULO


DA MÉDIA

FONTE: Autor

124
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

FIGURA 92 – TELA PARA A UTILIAÇÃO DA FÓRMULA MAX PARA O CÁLCULO DA


MAIOR VENDA

FONTE: Autor

FIGURA 93 – TELA PARA A UTILIAÇÃO DA FÓRMULA MIN PARA O CÁLCULO DA


MENOR VENDA

FONTE: Autor

Observe agora a tabela completa:

125
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

TABELA 4 – VENDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE UMA DETERMINADA LOJA


– CÁLCULO DA MÉDIA POR MÊS, MAIOR VENDA E MENOR VENDA
VENDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2008
MÊS TOTAL

JAN 12658,75

FEV 11985,10

MAR 11439,67

ABRIL 12612,05

MAIO 11470,94

JUNHO 10946,27

TOTAL SEMESTRE 71112,78

MÉDIA DO MÊS 11852,13

MAIOR VENDA 12658,75

MENOR VENDA 10946,27

FONTE: Autor

NOTA

Sempre que você alterar um ou mais valores das vendas, lembre-se de atualizar os
campos calculados, clicando com o botão direito do mouse e, em seguida, atualizar campo.

5 SALVAR UM DOCUMENTO
Você pode salvar um documento de duas formas: através do botão
Salvar ou pela opção Salvar como... a partir da opção Arquivo da Barra de
Menu, que permite que você escolha o nome do arquivo e o formato. Observe a
figura a seguir:

126
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

FIGURA 94 – SALVANDO UM DOCUMENTO

FONTE: Autor

E
IMPORTANT

A ferramenta Salvar Como é um poderoso conversor de arquivos, pois podemos


salvar um documento Word em diversos formatos. Você pode, por exemplo, salvar o seu
documento no formato de antigas versões do Word para utilizar em um computador que
possua alguma destas versões instalada.

O Word permite salvar seu documento em diversos formatos tais como:


.DOC -> Documento formato WORD;
.RTF -> Rich Text Format;
.TXT -> Texto sem formatação;
.HTML -> Página da Internet;

RTF – Rich Text Format: Este formato mantém a maioria das formatações suportadas pelo
Word. Além disso, vários programas são capazes de ler e imprimir arquivos no padrão .rtf, tais
como outros editores de texto, bem como versões mais antigas do Word. Esta pode ser uma
boa alternativa para enviar um documento para um usuário que não tem acesso ao Word,
mas tem acesso a um programa similar capaz de trabalhar com .rtf.

127
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

6 IMPRIMIR UM DOCUMENTO
A ferramenta Imprimir (ou tecla de atalho Ctrl+P) um documento
possibilita a você transferir um documento do WORD para uma folha de papel
através de uma impressora instalada no seu computador ou em uma impressora
configurada na rede. Você pode também utilizar a opção Imprimir a partir da opção
Arquivo da Barra de Menu, que disponibiliza uma tela com várias opções para
você configurar o material que você quer imprimir como: a quantidade de cópias,
o intervalo de páginas, qual a impressora, entre outras. Observe na figura a seguir:

FIGURA 95 – TELA DE CONFIGURAÇÃO DO MATERIAL A SER IMPRESSO

FONTE: Autor

7 ELEMENTOS GRÁFICOS
Uma ótima vantagem de se utilizar o Word é que podemos inserir figuras e
imagens em qualquer posição do nosso documento. Elas nos ajudam a enriquecer
o texto com exemplos ilustrativos, ou seja tem a função de prender a atenção dos
leitores. Você possui vários tipos de imagens tais como do clip-art, do arquivo,
ou seja, figuras de outras fontes como fotos e outros materiais digitalizados,
autoformas, entre outros.

128
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

FIGURA 96 – INSERIR ELEMENTOS GRÁFICOS

FONTE: Autor

8 TABULAÇÕES
Você pode criar colunas alinhadas no Word, mas precisamos conhecer
o funcionamento das marcas de tabulação. Essas marcas são feitas na régua
horizontal e definem o local em que o cursor se posicionará depois de pressionada
a tecla Tab. Existem quatro tipos de tabulação:

FIGURA 97 – TABULAÇÃO

FONTE: Autor

Esquerdo – Alinha o texto à esquerda da tabulação;


Centralizado – Alinha o texto no centro da tabulação;
Direito – Alinha o texto à direita da tabulação;
Decimal – Para números. Alinha os números pela vírgula.

Insira as tabulações antes de começar a digitar o texto. Escolha a tabulação,


clicando no botão localizado do lado esquerdo da régua. Clique sobre a régua
para inserir as tabulações desejadas. Para escolher outras opções de tabulação,
clique no menu.

9 CABEÇALHO E RODAPÉ
Um cabeçalho ou rodapé é aquele texto que pode conter também algum
elemento gráfico que aparece na parte superior, chamado de cabeçalho, e na parte
inferior, chamado de rodapé. Para incluir um cabeçalho, clique no menu Exibir/
Cabeçalho e rodapé.

129
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

FIGURA 98 – CABEÇALHO E RODAPÉ

FONTE: Autor

Ao exibir o cabeçalho e rodapé, a barra de ferramentas se abrirá:

FIGURA 99 – CABEÇALHO E RODAPÉ

FONTE: Autor

QUADRO 3 – FUNÇÕES CABEÇALHO E RODAPÉ


Botão Descrição
1 Insere um autotexto no cabeçalho ou rodapé
2 Insere o número da página atual
3 Insere a quantidade de páginas do documento
4 Formata a exibição do número de página
5 Insere a data atual
6 Insere a hora atual
7 Ativa a guia layout da caixa de diálogo configurar página
Exibe/oculta a exibição do texto do documento enquanto o cabeçalho ou rodapé é
8
editado
9 Mantém os mesmos estilos aplicados a seção anterior
10 Alterna a edição entre cabeçalho e rodapé
11 Mostra o cabeçalho da página anterior
12 Mostra o cabeçalho da próxima página
13 Fecha a barra de ferramentas e encerra o cabeçalho e rodapé
FONTE: Autor

Você pode utilizar cabeçalhos diferentes e ou alternados. Para isto, você


deve clicar no menu Arquivo/Configurar página e escolha a guia Layout, podendo
configurar um cabeçalho ou rodapé diferentes em páginas pares e ímpares ou
um cabeçalho diferente na primeira página. Na opção da borda, você controla

130
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

a distância do cabeçalho ou rodapé com relação à página. Após a inserção do


cabeçalho e rodapé, basta você clicar duas vezes sobre o cabeçalho ou o rodapé
para sua edição e possível manutenção.

FIGURA 100 – CONFIGURAÇÃO OPÇÃO DA BORDA – CABEÇALHO E RODAPÉ

FONTE: Autor

10 ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA
Após a digitação de um documento e sua formatação, você pode utilizar
esta poderosa ferramenta para corrigir erros de ortografia e gramática. Para
iniciar a verificação, você tem três opções:

 Menu Ferramentas/Ortografia e Gramática;


 Clique no botão Ortografia e Gramática;
 Pressione a tecla F7.

A seguinte caixa será aberta:

FIGURA 101 – VERIFICAÇÃO ORTOGRÁFICA E GRAMATICAL

FONTE: Autor

131
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

Na caixa de diálogo não encontrada, aparece uma palavra que o Word não
encontrou em seu dicionário. Se a palavra estiver ortograficamente errada, aparecerá
em vermelho; se a palavra estiver gramaticalmente errada, aparecerá em verde.

A caixa de diálogo sugestões, você encontra dicas sobre possíveis


palavras certas e sugestões para acentuação. Clique sobre a opção correta e
depois no botão alterar. O botão ignorar descarta a palavra errada uma única vez,
enquanto o botão ignorar todas a descarta todas as vezes que a palavra aparecer.
O botão adicionar ao dicionário coloca a palavra no dicionário do Word, para
que não apareça mais esta palavra como sendo errada. Após terminar de fazer a
verificação, o Word mostra a seguinte mensagem:

FIGURA 102 – FINAL DA VERIFICAÇÃO ORTOGRÁFICA E GRAMATICAL

FONTE: Autor

11 AUTOCORREÇÃO
Esta ferramenta corrige erros de ortografia à medida que o texto for
digitado. Por exemplo, você digita a palavra “vc” ao invés de digitar “você”,
a autocorreção irá alterá-la automaticamente, quando a barra de espaço for
pressionada. O Word possui uma extensa lista de autocorreção, mas esta pode
ser alterada sempre que se desejar. Para exibir a autocorreção, clique no menu
ferramentas/opções de autocorreção. A caixa abaixo será aberta:

132
TÓPICO 1 | EDITOR DE TEXTOS - MICROSOFT WORD

FIGURA 103 – TELA CONFIGURAÇÃO AUTOCORREÇÃO

FONTE: Autor

A autocorreção possui algumas opções que você poderá escolher apenas


clicando sobre a caixa de seleção, como a opção corrigir duas iniciais maiúsculas.
Na caixa substituir, você digita a palavra errada ou abreviação, como por
exemplo, “vc” (sem as aspas) e na caixa “por”, a palavra correta “você” (sem as
aspas). Clique no botão adicionar. Confirme com OK.

Quando você digitar e pressionar a barra de espaços, esta será automaticamente


substituída. Use a barra de rolagem para ver as opções de autocorreção.

133
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

LEITURA COMPLEMENTAR

Open Office.org x Microsoft Office 2007

Há poucos dias, por motivos de teste, tornei-me usuário do Microsoft


Office 2007. Logo, nota-se a tendência gráfica do Windows Vista. Sinceramente,
não estou acompanhando as opiniões dos profissionais do ramo da informática
sobre o novo software da Microsoft, mas é evidente que o OpenOffice.org é bem
superior ao novo “concorrente”.

Logo no segundo dia de uso, decepcionei-me completamente. Salvei


um trabalho sem nem dar-me conta do formato, pois não imaginava que seria
totalmente incompatível com as versões anteriores do Microsoft Office. Ao
tentar abrir meu documento em outro computador, deparei-me com um grande
problema, incompatibilidade. Usei outros artifícios para recuperar o arquivo e
salvá-lo no formato das versões anteriores.

Houve uma grande mudança, com certeza usuários não muito habilidosos
e experientes terão grandes dificuldades em adaptar-se ao Microsoft Office 2007.
Os menus superiores se mostram desorganizados, não é a minha falta de costume
com os aplicativos, é desestruturação dos mesmos.

Como é conhecido dos usuários Linux, o OpenOffice.org é um ótimo


software, sua estrutura e funcionalidades são impecáveis, além da facilidade
no uso e interatividade com o usuário. O OpenOffice possui uma considerável
semelhança com as versões anteriores do Microsoft Office, facilitando a migração
de novos usuários.

Porém, com essa mudança de recursos gráficos da Microsoft, o


OpenOffice tem tudo para ser o melhor pacote de softwares para funções de
escritório e outras mais.

Enfim, ou a Microsoft conquista de vez os usuários com seu software


repleto de recursos gráficos, ou os mesmos não se adaptarão e migrarão para
o OpenOffice.org, que é também disponível para Windows. Muitos usuários
experientes no mundo dos fóruns e colunas na internet acreditam que a segunda
opção é a mais provável.
FONTE: Disponível em: <http://www.vivaolinux.com.br/dica/OpenOffice.org-x-Microsoft-
Office-2007>. Acesso em: 2 out. 2008.

134
RESUMO DO TÓPICO 1

Neste tópico, você viu que:

 Com o Microsoft Word, você pode formatar (modificar) blocos de textos, criar
currículos, certificados, mala direta e muito mais de uma maneira fácil e prática.

 Para salvar um documento no Microsoft Word, basta clicar no menu arquivo/


salvar. Nesta hora, pode-se alterar também o formato do arquivo para que ele
possa ser acessado em versões mais antigas.

 É possível abrir um arquivo do tipo .DOC dentro do próprio Word. Para isso,
clique em arquivo/abrir e selecionar o arquivo.

 Paramudar o tamanho da página e as margens, clique em arquivo/ configurar


página. Dentro desta opção, também é possível configurar o tamanho do papel
usado para a impressão e o layout com a relação cabeçalho rodapé.

 O Microsoft Word também permite a criação de tabelas como na Planilha


Eletrônica Microsoft Excel. Clicando no menu tabela/inserir tabela, você
escolhe a formatação da tabela, número de linhas e colunas ou clicando em
desenhar tabela.

 É possível copiar qualquer parte do texto dentro do documento, mas é


importante ressaltar que, se usarmos a ferramenta pincel, não perderemos a
configuração do texto.

 Uma das tarefas mais simples disponibilizadas pelo editor de texto é a


impressão. Clicando em arquivo/imprimir ou usando o atalho Ctrl+P, na janela
que surgirá, pode-se escolher o número de páginas e o que deseja imprimir
(página atual, seleção ou uma sequência de páginas.

 Parainserir um cabeçalho ou rodapé, no menu clique em exibir/cabeçalho e


rodapé.

 O corretor ortográfico do Microsoft Word vem melhorando a cada versão,


dessa forma facilitando nossa vida. Ele serve para corrigir erros de ortografia
e gramática (até de concordância verbal). Para acessá-lo, no menu, clique em
ferramentas/ortografia e gramática ou simplesmente pressione a tecla F7.

 É possível salvar um documento em diversos formatos. Os mais utilizados são


o RTF (Rich Text Format): permite que o documento seja aberto em qualquer
editor de texto, HTML (Hypertext Makup Language): permite que o documento
seja aberto em um navegador de internet.

135
AUTOATIVIDADE

Ao final deste tópico, para exercitar seus conhecimentos, procure


resolver as questões a seguir:

1 Apresente as principais funções do Microsoft Word.


2 Explique como se salva um documento no Microsoft Word.
3 Comente a função do comando Arquivo/ Configurar página.
4 O Microsoft Word permite que sejam criadas tabelas? Qual procedimento
necessário para que isso aconteça?
5 Demonstre como se desfaz uma ação no editor de textos.
6 Dê o comando de atalho no teclado e apresente as opções de impressão no
Microsoft Word.
7 Demonstre como se faz a inserção de um cabeçalho ou rodapé.
8 Explique para que serve e como se acessa o corretor ortográfico.
9 Evidencie os formatos mais utilizados para a geração de documentos no
Word.

136
UNIDADE 3
TÓPICO 2

PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL

1 INTRODUÇÃO
A primeira planilha eletrônica do mercado foi o VisiCalc, que surgiu no
final da década de 70. Esta planilha não acompanhou a evolução e foi desbancada
em 1981, pelo Lotus 1-2-3, que é uma planilha eletrônica da Lotus Development
Corporation (http://www.lotus.com) que agora é parte da IBM (http://www.ibm.
com). Esta planilha tinha três funções, por isto o nome LOTUS 1-2-3:

 combinar gráficos;
 funções de planilha eletrônica;
 gerência de dados.

Uma planilha eletrônica é um programa projetado para permitir você


a trabalhar com números, uma melhor definição e o correspondente hightech
(alta tecnologia) de uma folha quadriculada ou uma calculadora. Uma tabela de
informações é a melhor representação de uma planilha em uma folha de papel.
Usamos uma planilha eletrônica quando desejamos criar tabelas com cálculos,
fórmulas e também gráficos. A planilha eletrônica Microsoft Excel possibilita a
alteração de qualquer informação, e quando vinculada a outras informações da sua
planilha, recalcula automaticamente as demais informações, inclusive os gráficos.

2 MICROSOFT EXCEL

Conforme apresentado anteriormente, o Microsoft Excel é um software


que funciona como uma tabela, permitindo a inserção de informações e valores,
e com o uso de funções e fórmulas você obtém os resultados automaticamente de
forma precisa e imediata. A planilha é composta de células, a unidade da planilha
em que inserimos os dados. As células estão dispostas em linhas e colunas. A
identificação de uma célula é dada pelo encontro da linha com a respectiva
coluna, dispostas em linhas e colunas.

137
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

E
IMPORTANT

As linhas são identificadas por números e estão inseridas no canto esquerdo da


planilha. Cada planilha pode ter até 65.536 linhas.
As colunas são identificadas com letras de “A” a “Z” e suas respectivas combinações para
disponibilizar até 256 colunas. Uma planilha pode conter até 16.777.216 células (65.536
linhas, multiplicadas por 256 colunas).

Chamamos de célula ativa aquela que estamos utilizando no momento e


fica representada na planilha com uma borda em negrito. Quando selecionamos
um número maior de células, a área selecionada fica contornada por uma borda
em negrito. Observe na figura a seguir a representação da célula ativa G10, que
representa que esta célula está localizada na linha 10 e coluna G.

FIGURA 104 – TELA INICIAL DO MICROSOFT EXCEL

FONTE: Autor

138
TÓPICO 2 | PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL

FIGURA 105 – SELEÇÃO DE UM INTERVALO DE CÉLULAS

FONTE: Autor

E
IMPORTANT

 Para selecionar um intervalo com o mouse, você dá um clique na célula


em um canto do intervalo e o arrasta para o canto oposto.

Para selecionar um intervalo com o teclado, você mantém pressionada a tecla Shift e usa

as setas do cursor para destacar o intervalo.

Para selecionar uma linha inteira, um clique no número da linha.


Para selecionar uma coluna inteira, um clique na letra da coluna.


Para selecionar a planilha inteira, um clique no retângulo em branco acima dos números

das linhas e à esquerda das letras das colunas

Para selecionar células que não estejam próximas umas das outras, você dá um clique na
primeira célula e, depois, aponte para a próxima que você deseja selecionar. Mantenha
pressionada a tecla Ctrl e dê um clique no botão esquerdo do mouse. Continue pressionando
Ctrl e dando um clique nas células até selecionar todas as que você deseja.

139
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

A planilha Microsoft Excel possui vários elementos já estudados no tópico


anterior, tais como: Barra de Título, Barra de Menu, Barra de Ferramentas Padrão
entre outras. Algumas características são específicas do Microsoft Excel tais como:

 BARRA DE FÓRMULAS - É a barra localizada no topo da página, logo abaixo da


barra de formatação, utilizada para a digitação de valores ou fórmulas bem como
para a edição de valores já existentes. Exibe sempre o conteúdo da célula ativa.

E
IMPORTANT

Para confirmar a digitação de alguma informação na célula selecionada, após


a digitação, clique na caixa de entrada localizada na Barra de fórmulas ou mesmo a tecla
< ENTER> . Para a edição do conteúdo de uma célula, clique na barra de fórmulas ou utilize
a tecla <F2>. Para cancelar as mudanças realizadas em uma célula, clique na opção
cancelar na barra de fórmulas ou mesmo a tecla <ESC>.

 PLANILHA ATIVA - Apresenta a planilha em uso no momento. Podemos


ter até 255 planilhas em uma única pasta, arquivo .XLS (formato documento
Microsoft Excel). Para alterar o nome de uma planilha, basta utilizar o botão
direito do mouse e escolher a opção “renomear”.

3 FORMATAR CÉLULAS
Existem várias opções para a alteração da aparência dos dados lançados
em uma planilha eletrônica. Podemos formatar números para diferentes situações
tais como valores, porcentagens, valores com decimais bem como a formatação
do estilo da planilha tais como a largura diferenciada de linhas e colunas,
tamanho de fonte, alinhamento entre outros. Muitas das opções mais utilizadas
são encontradas da barra de ferramentas de formatação:

FIGURA 106 – BARRA DE FERRAMENTAS

FONTE: Autor

Mas você tem a opção avançada através da opção formatar, na Barra de


Menu, na opção células.

140
TÓPICO 2 | PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL

FIGURA 107 – OPÇÕES DE FORMATAÇÃO DAS CÉLULAS

FONTE: Autor

3.1 TIPO DE INFORMAÇÃO DAS CÉLULAS


O Excel manipula diferentes tipos de dados de maneiras diversas.
Podemos somar ou subtrair datas, números, mas não textos. É importante que
você e o Excel “concordem” com o tipo de dado que está sendo digitado. Se você
acha que está digitando um número, o Excel pode achar que é uma data, também.
Na maioria das vezes, você não tem que se preocupar com isto, porque o Excel e
você estarão de acordo. Quando você necessita que ele entenda perfeitamente o
tipo de dado que está sendo digitado, formate as células conforme apresentado
na figura 106, de acordo com a sua necessidade (moeda, contábil, porcentagem,
quantidade de casas decimais, símbolo etc.).

141
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

E
IMPORTANT

 Quando digitamos um número, o Excel assume o formato geral e os


números são alinhados à direita. Para números negativos, digite o sinal “-“ (menos) antes
do número.
 Para digitar uma data, utilize o separador (/) ou hífen(-);

 Para digitar hora utiliza o sinal de (:);

Para digitar uma fórmula, clique na célula desejada, em seguida o sinal de igual (=) e, em
seguida, a equação desejada.

4 TRABALHANDO COM FÓRMULAS


Agora já sabemos que, ao selecionar uma célula, iniciamos com a digitação
do sinal de igual (=) e, em seguida, a equação ou a fórmula desejada. Como
exemplo, temos a célula B1 que contém o valor “10” e a célula B2, o valor “7” e
você seleciona a célula B3 e inclui o seguinte conteúdo: = B1 + B2 e confirma este
conteúdo. O conteúdo apresentado na planilha será 17. Se você alterar o conteúdo
da célula B1 para 13 e confirmar seu conteúdo, automaticamente a célula B3 vai
passar a apresentar o valor 20.

Assim como informamos um conteúdo a ser calculado composto por


células, podemos utilizar algumas funções/fórmulas tais como:

QUADRO 4 – PRINCIPAIS FUNÇÕES

FUNÇÃO OBJETIVO EXEMPLO

=SOMA( ) Soma um intervalo de células =SOMA(A1:B5)


Calcula a média arimética de um intervalo
=MÉDIA( ) =MÉDIA(A1:B5)
de células
=MÁXIMO( ) Retorna o valor máximo do intervalo =MÁXIMO(A1:B5)

=MÍNIMO( ) Retorna a valor mínimo do intervalo =MÍNIMO(A1:B5)


=SE(teste;"valor_se_V";"va- Retorna um valor se for falso e outro se for
lor_se_F") verdadeiro

=SE(A1<=6,0;"Parabéns!!!"Está em Recuperação...")

FONTE: Autor

142
TÓPICO 2 | PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL

E
IMPORTANT

Das funções apresentadas, a função soma(), média() ou mesmo máximo() você


utiliza um intervalo de células, da mesma forma que você utiliza em uma tabela no Editor de
Texto Microsoft Word. Exemplo: =SOMA(A1:A5) representa que você vai obter a soma dos
valores contidos nas células A1, A2, A3, A4 e A5.

Quando você utiliza determinadas funções como


=SE(A1<=6,0;”Parabéns!”;”Está em Recuperação...”) você está utilizando
um operador relacional <=(menor ou igual). Seguem no quadro os principais
operadores utilizados:

QUADRO 5 – PRINCIPAIS OPERADORES RELACIONAIS


SINAL FUNÇÃO
> MAIOR QUE
< MENOR QUE
<> DIFERENTE QUE
>= MAIOR E IGUAL A
<= MENOR E IGUAL A
= IGUAL A
FONTE: Autor

E
IMPORTANT

Você pode encontrar algumas mensagens de erro quando está trabalhando


com fórmulas/funções ou mesmo digitando alguma informação em uma célula. Apresento
uma relação das principais mensagens de erro:

QUADRO 6 – PRINCIPAIS MENSAGENS DE ERRO DO MICROSOFT EXCEL

MENSAGEM O QUE SIGNIFICA


#DIV/0! Você está tentando dividir por zero e isto não é possível!!
Não, o Excel não quer saber qual é o seu nome. O valor de erro
#NOME? ocorre quando o Microsoft Excel não reconhece o texto em
#NOME? fórmula, ou seja, esta mensagem está dizendo que você cometeu um
erro de grafia no nome da função ou, digitou uma fórmula que contém
um nome (endereço) de célula que o Excel não reconhece.
Ocorre quando o tipo de operando ou argumento errado é usado
#VALOR!
(exemplo: inserir texto quando a fórmula requer um número).

FONTE: Autor

143
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

4.1 FUNÇÕES PARA ANÁLISE DOS DADOS EM UMA LISTA


No Microsoft Excel, existe uma série de funções utilizadas para analisar
dados em uma lista. Você pode utilizar a função “CONT.SE” para detectar
quantas células atendem a um determinado critério.

4.1.1 A função “CONT.SE”


Esta função calcula o número de células que atendem a um determinado
critério dentro do intervalo desejado.

Sintaxe:

CONT.SE (intervalo;critérios)

Intervalo: é o intervalo de células que a função aplicará os critérios.

Critérios: é o critério na forma de número, expressão ou texto que define


quais células serão contadas. Por exemplo, os critérios podem ser definidos como
18, “18”, “<18”, “Felipe”, “Rodrigo”, etc.

Vamos utilizar nosso quadro anterior como exemplo:

FIGURA 108 – TABELA EXCEL

FONTE: Autor

144
TÓPICO 2 | PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL

Vamos aplicar a função CONT.SE para retornar a quantidade de pessoas


que têm idade maior que 18 anos:

1 Clique na célula em branco na qual você deseja apresentar o resultado da


função.
2 Selecione o comando Inserir -> Função.
3 Abrirá a janela Inserir função.
4 No “menu” Selecione uma função, escolha a função CONT.SE e clique OK.
5 A janela Argumentos da função aparecerá.
6 Na caixa Intervalo, selecione a área da lista que será analisada.

FIGURA 109 – INSERIR FUNÇÃO NO EXCEL

FONTE: Autor

7 Na caixa Critérios, insira o critério para a análise dos dados, neste caso, “>18”.
8 Clique OK e pronto! O resultado da função aparecerá no campo escolhido.

145
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

FIGURA 110 – RESULTADO DA FUNÇÃO “CONT.SE”

FONTE: Autor

5 GRÁFICOS
Você pode gerar um gráfico de informações contidas na sua planilha para a
apresentação de um resultado para seu professor ou mesmo seu chefe. Apresento
uma sequência passo a passo para a geração de um gráfico no Microsoft Excel:

Etapa 1:

1 marque na planilha o que você quer que apareça no gráfico, ou seja, tem que
indicar para o Excel sobre o que é o seu gráfico;

2 clique no botão Assistente de Gráfico localizado na Barra de Ferramentas;

3 agora é só seguir as quatro etapas que o Excel lhe oferece para a criação de
gráficos.

FIGURA 111 – ETAPA 1 – ASSISTENTE DE GRÁFICO

Na etapa 1 escolhemos o tipo


e o subtipo de gráfico da nossa
preferência

FONTE: Autor

146
TÓPICO 2 | PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL

FIGURA 112 – ETAPA 2 – ASSISTENTE DE GRÁFICO

Na etapa 2 escolhemos a
opção Linhas ou Colunas de
acordo com nosso objetivo
(pode-se clicar em cada uma
delas e observar qual a mais
adequada).

FONTE: Autor

Para passar de uma etapa para outra clicamos no botão Avançar ou Voltar.

FIGURA 113 – ETAPA 3 – ASSISTENTE DE GRÁFICO


Na etapa 3 é onde temos
mais opções ("fichinhas")
para escolher (Título,
Eixos, Linhas de Grade,
Legenda, Rótulos de
Dados, etc.)
Vá clicando nas opções e
observando a visualização,
até que fique exatamente
como deseja!

FONTE: Autor

FIGURA 114 – ETAPA 4 – ASSISTENTE DE GRÁFICO

Se você escolher esta opção


seu gráfico ficará em uma
folha separada, na hora de
imprimir.

Se você escolher esta opção


seu gráfico ficará na mesma
folha (planilha) que você
está usando

FONTE: Autor

147
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

E
IMPORTANT

Você pode formatar um gráfico depois que estiver concluído a partir do


assistente de gráfico apresentado acima. Cada parte do gráfico tem um nome, como, por
exemplo, área do gráfico, título, legenda etc., dependendo onde estiver a seta do mouse,
aparecerá a indicação e, se você clicar com o “botão direito”, aparecerá um menu com
opções relacionadas ao lugar em que clicou, basta refazer ou desfazer o que quiser!

6 ORDENANDO LISTAS
Podemos utilizar o Excel para o lançamento de uma relação de alunos com a
sua respectiva idade. Após a digitação de toda a turma, podemos apresentar em ordem
alfabética, por nome do aluno. Quando classificamos uma lista, o Excel reordena as
linhas da lista de acordo com a coluna selecionada para ordenação. Por exemplo, se
você define que a lista seja ordenada em ordem crescente pelo campo nome, as linhas
serão reordenadas para ficar em ordem alfabética crescente do campo nome.

FIGURA 115 – ORDENANDO LISTAS

FONTE: Autor

148
TÓPICO 2 | PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL

Para facilitar seu estudo, segue a sequência passo a passo:

1 Para classificar a lista, não é necessário selecionar todas as linhas da lista. Basta
clicar em uma célula qualquer, que fazem parte da lista desejada.

2 Em seguida, selecione o comando dados e classificar na barra de menu. Observe


que todas as células da lista são selecionadas, com exceção da primeira linha,
que contém os rótulos das colunas.

3 Será exibida a janela classificar. Nesta janela, podemos classificar a lista por
até três campos diferentes. Para cada um, existe a possibilidade de classificar
por ordem crescente ou decrescente. No grupo meu intervalo de dados tem,
informamos se a primeira linha contém dados ou os rótulos das colunas.

4 Em classificar por, selecione o rótulo-chave da ordenação, no nosso caso, o


nome e, em seguida, selecione a ordem crescente.

5 Clique OK e pronto! A sua lista foi ordenada pela ordem alfabética dos nomes.

FIGURA 116 – ORDENANDO LISTAS

FONTE: Autor

7 CRIANDO MACROS
Você concluiu sua planilha e gostaria de formatar várias células com a
fonte em vermelho, negrito e com fundo cinza. Para simplificar seu trabalho, você
pode criar um macrocomando. Acompanhe as etapas:

149
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

1 Clique no menu ferramentas, vá até a opção macro, depois clique em gravar


nova macro.

2 Na caixa nome da macro, digite um nome qualquer para este macro ficar salvo.

3 Na caixa tecla de atalho, coloque a letra que deseja utilizar como atalho para
este macro, sendo que, se for colocada uma letra que já existe nos atalhos do
Excel, automaticamente será adicionada a tecla SHIFT ao atalho. Caso isto não
aconteça, para ativar, será apenas necessário pressionar Ctrl + a tecla escolhida.

4 Na caixa armazenar macro em é o local que vai ficar salvo.

5 Na caixa descrição, descreva a utilidade deste macro, como feito no exemplo a seguir.

FIGURA 117 – PASSOS PARA A CRIAÇÃO DE UM MACRO COMANDO

FONTE: Autor

6 Clique em OK, e então uma janela irá abrir.

7 Após ter aberto essa janela, selecione nos menus tudo o que este macro deve
fazer. Neste caso, vá até a barra de ferramentas, selecione a cor da fonte no
“A” na barra de ferramentas. Neste exemplo cor vermelha, em seguida, clique
no “N” para negrito, e selecione a cor do fundo, no balde de tinta, na barra de
ferramentas, para este exemplo, a cor cinza.

8 Após feito isso, clique no “quadrado” da janela que abriu, “parar gravação”, e,
então, seu macro está pronto para ser utilizado.

9 Agora, selecione a/as célula(s) em que deseja utilizar o macro, e, então, pressione
as teclas de atalho, como no exemplo acima Ctrl+Shift+H. De acordo com o que
seu macro está programado, ele vai modificar as células.

FIGURA 118 – RESULTADO DO MACRO COMANDO

FONTE: Autor

150
TÓPICO 2 | PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL

LEITURA COMPLEMENTAR

Fazendo um formulário de dados no Excel

Um Formulário de Dados é uma das maneiras mais práticas que o


Microsoft Excel dispõe para se preencherem dados de uma tabela tipo Banco-de-
Dados. Em geral, este recurso é colocado pelo autor da planilha para ser usado
por colegas com poucos conhecimentos de informática, que, em geral, são os
responsáveis apenas pela digitação desses dados.

O  Formulário de Dados garante que estes serão colocados apenas nas


células corretas, e que nenhuma outra célula será usada para nenhum tipo de
digitação espúria.

Preparando o Formulário de Dados:

Antes de poder utilizar o Formulário de Dados, será necessário montar


adequadamente a TABELA em que os dados deverão ser colocados. Siga os
passos abaixo:

 digite os nomes dos campos na primeira linha da planilha (não é obrigatório


ser na linha 1, mas ajuda a melhorar a aparência global);

 formate os nomes dos campos de tal sorte a serem visualmente diferentes


dos dados que virão abaixo (não é obrigatório colocar em negrito, ou em
MAIÚSCULAS, porém ajuda a melhorar a aparência global);

 digite os dados do primeiro registro e formate-os adequadamente (tipo,


tamanho, fórmula etc.) (*);

 cuide para que, se houver campos calculados, as suas fórmulas sejam colocadas
na célula correspondente ao primeiro registro, pois o Excel percebe a existência
da fórmula e - além de utilizá-la em todos os demais registros - impede que o
digitador sobrescreva a fórmula, estragando o banco-de-dados;

 se desejar, pode, o criador da planilha, colocar moldura sob a linha dos nomes
dos campos, para melhorar a legibilidade da planilha em si. Jamais deixe uma
linha em branco, mesmo que com altura diferente, já que o Excel vai se perder
nessa situação.

(*) Atenção: Lembre-se de que o Excel permite uma gama muito ampla na
formatação de campos numéricos, porém atente para o fato que nem tudo que
é formado por algarismos é um número - na acepção matemática da palavra);
muita gente tem me perguntado como formatar um RG, ou um CIC, ou mesmo
um código especial de produtos, a resposta é: isso NÃO É número, e assim a
única maneira que o Excel coloca em nossas mãos é:
151
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

Formate o campo como TEXTO; tudo que você digitar, como você
digitar, irá sair na célula do Excel. Exemplo: se digitado “456.544.678/0001-49”
(sem as aspas é óbvio) num campo cujas células forem formatadas como texto,
então o Excel irá reproduzir - literalmente - o texto digitado, ficando assim:
456.544.678/0001-49;

Utilizando o Formulário de Dados:

Para se utilizar o Formulário de Dados, a partir de agora, basta que o


usuário selecione o menu DADOS * FORMULÁRIO, não esquecendo de um
pequeno, mas importante detalhe:

O cursor deve estar dentro da lista (sugestão: colocar o cursor na célula


A1 clicando [CTRL][HOME]). O Excel vai criar um formulário dinamicamente,
contendo um campo da tabela por linha, mas com os campos calculados em cinza
(isto é: indisponíveis para digitação direta - por razões óbvias). Veja a figura a
seguir como exemplo:

Ações Possíveis num Formulário:

NOVO registro: permite incluir um novo registro no fim da tabela do


banco de dados;
152
TÓPICO 2 | PLANILHA ELETRÔNICA - MICROSOFT EXCEL

EXCLUIR: permite que se exclua o registro que aparece no formulário;

RESTABELECER: permite que se dê um UNDO na alteração efetuada


(volta ao que estava digitado);

LOCALIZAR ANTERIOR: vai para o registro anterior (se existir um


critério: vai para o registro anterior que atenda ao critério colocado);

LOCALIZAR PRÓXIMO: vai para o próximo registro (se existir um


critério: vai para o próximo registro que atenda ao critério colocado);

CRITÉRIOS: permite que o usuário pesquise a tabela (banco-de-dados)


para consultar, alterar, ou excluir os registros que atendam a determinado critério
(ver como usar o botão critérios a seguir).

FECHAR: fecha o formulário, escrevendo os dados, da ficha atual, na


planilha, se os mesmos forem novos ou tiverem sido alterados.

Como usar o botão critérios:

O botão critérios abre um formulário idêntico ao que você usou até agora,
porém com os campos em branco. O usuário deverá preencher o campo (ou
campos) que deseje usar como critério da pesquisa. Para facilitar o entendimento
deste processo, veja alguns exemplos abaixo:

Exemplos Básicos:

 digitando 2* o Excel vai mostrar o primeiro registro que tenha um algarismo 2


no início desse campo;

 digitando 00???, o Excel vai mostrar o primeiro registro que tenha os algarismos
00 e mais quaisquer 3 outros algarismos nesse campo (assim só mostrará
campos cujo conteúdo tenha exatamente 5 algarismos iniciando por 00);

 digitando*Pentium* o Excel vai mostrar o primeiro registro que tenha a string


Pentium em qualquer lugar desse campo;

 digitando >548 o Excel vai mostrar o primeiro registro que tenha um conteúdo
de valor maior que 548 nesse campo;

 digitando =1573,29 o Excel vai mostrar o primeiro registro que tenha exatamente
o conteúdo desse campo igual ao número 1573,29;

 digitando no campo x o texto Pentium* e no campo y o booleano <1100, o Excel


vai mostrar o primeiro registro que tenha AO MESMO TEMPO a string Pentium
no início do campo x e o valor do campo y seja MENOR QUE 1100.
FONTE: Fazendo um formulário de dados no Excel. Disponível em: http://www.superdicas.com.
br/excel/excel05.asp. Acesso em: 20 out. 2008.

153
RESUMO DO TÓPICO 2

Ao estudar este tópico, você teve oportunidade de estar em contato com


os seguintes conteúdos:

A
 primeira planilha eletrônica foi o VISICALC que surgiu na década de 70.

A
 segunda geração veio com o Lótus 1-2-3, que tinha esse nome porque fazia
três funções: combinar gráficos, funções de planilha eletrônica e gerência de
dados.

Uma
 planilha eletrônica é um programa projetado para permitir trabalhar-
se com números. É o correspondente hightech (alta tecnologia) de uma folha
quadriculada ou uma calculadora.

Uma
 Célula Ativa é aquela em que está o cursor, ou seja, aquela em que se está
no momento. E ela fica com uma borda mais escura que as demais células.

A seleção de várias telas chama-se intervalo. O intervalo possui um endereço, que



são as coordenadas da célula (X,Y), as colunas são o eixo “X” e as linhas o “Y”.

O
 “Excel” manipula diversos tipos de dados, pode subtrair datas, por exemplo.
Porém, os dados devem concordar. Não podemos diminuir ou somar o valor
de um contracheque com uma data. Pode-se também configurar a célula para o
tipo de dado que ela vai receber (moeda, contábil, porcentagem, quantidade de
casas decimais, símbolo etc.)

Para
 digitar uma fórmula, dê um clique na célula em que você quer que o
resultado apareça. Em seguida, digite um sinal de igualdade (=). O sinal de
igualdade informa ao Excel que o que vem a seguir é uma fórmula. Depois,
digite a equação que você quer e pressione Enter.

As
 principais fórmulas utilizadas no Excel são: Máximo = MÁXIMO(A2:A5),
Mínimo =MÍNIMO(A2:A5), Média =MÉDIA(A2:A5), Raiz =RAIZ(A1),
Exponencial =EXP(A1).

Para
 inserir um gráfico no “Excel”, primeiro selecione o que você quer que
apareça no gráfico. Depois, no menu clique em Inserir/Gráfico e siga o passo a
passo do “wizard” do “Excel”.

O
 “Excel” também permite a formatação da planilha. É possível adicionar
bordas mudar a fonte da letra, tamanho, cor, etc. das células para que elas sejam
visíveis na impressão.

154
AUTOATIVIDADE

Para exercitar seus conhecimentos referentes a este tópico, resolva as


questões que seguem:

1 Comente acerca da primeira planilha eletrônica da história.


2 Explique por que a segunda geração de planilhas recebeu o nome de Lotus
1-2-3.
3 Discorra acerca da planilha eletrônica.
4 Defina célula-ativa.
5 Descreva o que é intervalo e endereço de célula.
6 Fale sobre os tipos de dados que uma célula pode ter. Quais os cuidados
necessários?
7 Descreva o procedimento necessário para digitar uma fórmula em uma
célula.
8 Dê as principais formulas utilizadas no “Excel”.

155
156
UNIDADE 3
TÓPICO 3

BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

1 INTRODUÇÃO
Banco de dados é uma coleção de dados inter-relacionados, representando
informações sobre determinados assuntos, tais como, uma lista telefônica,
relação de alunos e professores, fichas do acervo de uma biblioteca, ente outros.
O objetivo de um banco de dados é a possibilidade de um ambiente eficiente
e adequado para o armazenamento e recuperação das informações através de
consultas e relatórios.

2 SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS (SGDB)


É o software que possibilita a definição das estruturas para armazenamento
de informações e fornecimento de mecanismos para manipulá-las. Como
exemplos de SGDB, temos:

 Microsoft Access
 DB2
 Oracle
 SQL

Um banco de dados possui várias características, tais como:

 Integridade
 Restrições
 Segurança/Privacidade
 Restauração
 Reorganização
 Eficiência

157
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

E
IMPORTANT

Todo banco de dados possui três principais objetos que são: tabelas, índices
e visões.

Mas para você montar um banco de dados, precisa, inicialmente, montar a


estrutura das informações que você quer registrar nele. Você deve transformar o seu
problema real em dados a serem interpretados. Os dados são conjuntos de símbolos
“arranjados” a fim de representar a informação fora da mente humana, uma
representação em forma de estrutura de dados para ser criado no software de banco
de dados (SGDB). O elemento de dado é o subconjunto de símbolos que compõe um
dado com significado específico, mas não representa a informação completa.

Como exemplo, temos: o número de alunos matriculados na disciplina de


Computação Científica no primeiro semestre de 2008 é 50. Quais são os elementos
de dados?

Disciplina: Computação Científica.


Período: primeiro semestre de 2008.
Matriculados: 50

FIGURA 119 – NÍVEL DE ABSTRAÇÃO PARA A MONTAGEM DO BANCO DE DADOS

MUNDO
REAL
Seres,
Objetos, Representa organização e suas
Organismos, MODELO alterações
Fatos. DESCRITIVO
Descrição de estruturas de
Informações Procedimentos
Informais MODELO
CONCEITUAL Estruturas de Informações e
Informações Definições de Manipulação
Informais
MODELO Estruturas Externas de Dados
Dados OPERACIONAL
Estruturas Internas de Arquivos
Bits e Bytes

MODELO
INTERNO
FONTE: Autor

158
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

3 MODELO DE DADOS
Temos que entender o que desejamos criar no Banco de Dados, a partir
de várias informações que encontramos do problema em questão. A figura 120
representa, de maneira bastante objetiva, como vemos o problema no mundo
real e as etapas que devem ser desenvolvidas para a montagem da estrutura do
banco de dados.

Temos que “desenhar” o nosso problema para a criação dos objetos do


nosso banco de dados, as Tabelas para o registro das informações. Todo problema
segue um modelo de dados padrão representado detalhadamente que segue:

FIGURA 120 – MODELO DE DADOS


objeto "do mundo real: um ser,
ENTIDADE um fato, coisa, organismo social,
etc.

ATRIBUTO informações que se deseja


guarda sobre o objeto

RELACIONAMENTO associação existente entre


elementos de entidades

CARDINALIDADE número de ocorrências possíveis


1-1 de cada entidade envolvida num
1-N relacionamento
N-N
FONTE: Autor

TABELA - É objeto criado no banco de dados para armazenar os dados


fisicamente. Os dados são armazenados em linhas (registros) e colunas (campos).
Os dados de uma tabela, normalmente, descrevem um assunto tal como alunos,
clientes, pedidos etc. Observe o exemplo:

FIGURA 121 – TABELA DE CLIENTES


 Tabela de Clientes colunas

RG Nome Cidade Telef


12345 João da Silva Campinas 2639900
linhas 89476 Maria Barreto São Paulo 5764928
27489 José Buscapé Valinhos 993421

FONTE: Autor

159
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

Agora que você já conhece o modelo de dados e uma tabela, vamos montar
o modelo de dados e as tabelas da ficha cadastral a seguir:

FIGURA 122 – FICHA CADASTRO DE FUNCIONÁRIOS

Matrícula Nome:

Data Nasc: Nacionalidade: Sexo:

Est. Civil: RG: CIC:

Endereço: Telef:

Data Admissão:

Cargos Ocupados

Cargo: Dt Início: Dt Fim:

Cargo: Dt Início: Dt Fim:

Dependentes

Nome: Data Nasc:

Nome: Data Nasc:

FONTE: Autor

Então vamos lá:

FIGURA 123 – MODELO DE DADOS FICHA CADASTRO DE FUNCIONÁRIOS

FUNCIONÁRIOS N OCUPAÇÃO N CARGOS

Matrícula Matrícula Código cargo


Nome Código Cargo Descrição
Data Nasc Dt Início
Nacionalidade Dt Fim
Sexo
Estado Civil
Rg
Cic
Endereço 1
Telefone Matrícula
Data Admissão N Nome Dependente
TEM DEPENDENTES Dt Nascimento

Fonte: Autor

160
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

A figura anterior demonstra que criamos as Entidades Funcionários,


Cargos e Dependentes, e criamos dois relacionamentos: o primeiro chamado
Ocupação, que faz a relação que “N” funcionários podem ocupar “N” cargos,
e o segundo que não possui um nome, mas representa a relação de que um
funcionário pode possuir “N” dependentes.

E
IMPORTANT

A Relação de “N” para “N”, 1 para “N” ou 1 para 1 chama-se Cardinalidade,


e representa o número de ocorrências possíveis de cada Entidade em um determinado
relacionamento.

E criamos as tabelas de funcionários, ocupação, cargos e dependentes


conforme apresentado a seguir:

FIGURA 124 – TABELAS CRIADAS E SUAS RELAÇÕES

Funcionários Ocupação
Cargos
Matrícula Matrícula
Nome Código Cargo Código Cargo
Data Nasc Dt Início Descrição
Nacionalidade Dt Fim
Sexo
Estado Civil
RG
CPF
Endereço Dependentes
Telefone
Data Admissão Matrícula
Nome Dependente
Dt Nascimento

FONTE: Autor

A relação entre as tabelas está representada por uma flecha. A tabela


“Funcionários” está ligada à tabela “Dependentes” pela informação “Matrícula”,
que é a unidade da tabela chamada de atributo, que representa determinada
informação que queremos representar da tabela funcionários. Na tabela
funcionários, temos os seguintes atributos: matrícula, nome, data nascimento,
nacionalidade, sexo, estado civil, RG, CPF, endereço, telefone e data admissão.

Mas o atributo matrícula também faz parte da tabela ocupação e


dependentes, pois estas tabelas estão diretamente relacionadas.

161
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

Uma outra característica de um banco de dados é a forma de pesquisa das


informações armazenadas nas tabelas. Você precisa de performance num banco
de dados, para trazer as informações no menor tempo possível para seus usuários.
Para isto, você precisa ter uma chave primária ou mesmo uma chave secundária
para a classificação dos registros na respectiva tabela, chamados de índices.

3.1 CHAVE PRIMÁRIA E CHAVE SECUNDÁRIA


Este recurso é necessário para facilitar a busca de linhas (registros) dentro
de uma tabela. Você sempre deve ter uma chave primária e pode também ter mais
de uma chave secundária para a classificação em diferentes ordens dos registros
da respectiva tabela.

3.1.1 Chave primária


Toda a tabela tem uma chave primária, pois você deve ter alguma
informação exclusiva e determinante na Tabela. No exemplo acima, a chave
primária da tabela funcionários é o atributo matrícula, mas poderia ser também
o RG ou mesmo o CPF, informações únicas, ou seja, não podemos ter mais de um
funcionário com o mesmo número da matrícula.

3.1.2 Chave secundária


Também conhecida como índice de performance, permite a classificação
da tabela por outras informações, ou seja, outros atributos da respectiva tabela.
Por exemplo, criamos uma chave secundária por RG para a realização de consulta
da tabela de funcionários por esta informação. Observe, como exemplo, a figura
que segue:

FIGURA 125 – REPRESENTAÇÃO DAS CHAVES PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS

Funcionários Ocupação
Cargos
Matrícula - dc Matrícula - ch
Nome Código Cargo - ch Código Cargo - ch
Data Nasc Dt Início - ind Descrição
Nacionalidade Dt Fim
Sexo
Estado Civil
RG - ind
CPF
Endereço Dependentes
Telefone
Data Admissão Matrícula - ch
Nome Dependente - ch
Dt Nascimento

FONTE: Autor

162
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

A tabela funcionários tem como chave primária a “matrícula”, e como


chave secundária, o “RG”;

A tabela cargo tem como chave primária o “Código do Cargo”;

A tabela ocupação tem como chave primária a “Matrícula” mais o


“Código Cargo”;

E, para finalizar, a tabela dependentes tem como chave primária a


“Matrícula” mais o “Nome Dependente”.

3.2 VISÕES
É uma tabela lógica de um banco de dados, isto é, a forma com que os
usuários “veem” as informações do banco de dados, tanto nas consultas como nos
relatórios. Dentre as visões, destaco a visão idêntica e a visão por junção de tabelas.

3.2.1 Visão idêntica


O usuário visualiza as informações das tabelas do banco de dados num
relatório ou consulta exatamente como é encontrada na tabela.

FIGURA 126 – VISÃO IDÊNTICA


Tabela Visão

A B C A B C

FONTE: Autor

3.2.2 Visão por junção de tabelas


O usuário visualiza as informações das tabelas do banco de dados num
relatório ou consulta, através de informações de mais de uma tabela do banco de
dados, como apresentado na figura a seguir:

163
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

FIGURA 127 – VISÃO POR JUNÇÃO DE TABELAS


A B C

Visão

A B C X Y

Tabela 2
A X Y

FONTE: Autor

4 O BANCO DE DADOS MICROSOFT ACCESS


O Microsoft Access é um Sistema de Gerência de Banco de Dados
Relacional Interativo (SGBD) para o Microsoft Windows. Sua utilização é muito
simples, não sendo necessário programar para criar um banco de dados. Ao
inicializar o Access, será apresentada uma caixa de diálogo, você deverá escolher
uma das opções a seguir:

FIGURA 128 – TELA INICIAL DO MICROSOFT ACESS

FONTE: Autor

164
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

Banco de Dados Vazio:

Permite criar um Banco de Dados vazio. Ao exibir a caixa de diálogo:

 “Novo Arquivo de Banco de Dados”, na caixa de texto “salvar em” você deve
procurar o caminho, em “Nome do Arquivo”, preencher o nome do novo banco
de dados e, em “Salvar como tipo”, escolher Banco de Dados Microsoft Access
e clique no botão “CRIAR”.

Assistente de Banco de Dados

Você pode criar um banco de dados, utilizando o assistente de banco de


dados. Ao exibir a caixa de diálogo “Novo”, você terá as guias:

 “Geral” - apresenta um ícone de banco de dados vazio (idem à primeira


opção).

 “Banco de Dados” - apresenta vários ícones de banco de dados pré-definidos,


você deve clicar duas vezes no banco que mais lhe convém. Este exibirá a caixa
de diálogo.

 “Novo Arquivo de Banco de Dados”- (seguir os passos da caixa de diálogo


“Novo Arquivo de Banco de Dados” que estão descritos na primeira opção).
Após ter clicado no botão “CRIAR”, automaticamente será aberto o assistente
de banco de dados, com as tabelas pré-definidas para este banco.

 “Abrir Banco de Dados Existente” – Abre um banco de dados já criado. Ao


escolher esta opção, você pode selecionar “Mais Arquivos”, que exibirá a
caixa de diálogo “Abrir”. Na caixa de texto “Examinar”, você deve procurar o
caminho, em “Nome do Arquivo”, preenchê-lo no arquivo de banco de dados
e, em “Arquivos do tipo”, escolher Banco de Dados Microsoft Access, ou você
pode selecionar um dos últimos arquivos de banco de dados acessados.

A partir da tela inicial do Access, você pode criar, abrir, converter,


compactar ou preparar um banco de dados. Pode atribuir segurança ao definir
contas de usuários e grupos e/ou criptografar um banco de dados (codificar um
banco de dados que só poderá ser lido pelo Access).

4.1 CRIANDO UMA TABELA


Uma tabela é um objeto do Access que armazena dados em linhas
(registros) e colunas (campos). Os dados normalmente descrevem um assunto
como, por exemplo, jogadores, alunos, pedidos, etc.

165
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

FIGURA 129 – CRIANDO UMA TABELA

FONTE: Autor

Para criar uma nova tabela você deve seguir os seguintes passos:

 Com a janela de banco de dados ativa, clique sobre o objeto “Tabela”.

 Clique sobre o botão “Novo”.

O Access apresenta a caixa de diálogo “Nova Tabela”, com as seguintes


alternativas:

 Modo Folha de Dados - Você cadastra diretamente os dados e a estrutura a ser


criada baseada no conteúdo dos dados cadastrados, como por exemplo, se você
cadastrar uma data (20/08/08), na estrutura o tipo do campo será data/hora.

 Modo Estrutura - Você primeiramente cria a estrutura de sua tabela, como nome,
tipo de dados e características de cada campo, para depois cadastrar os dados.

 Assistente de Tabela - O assistente ajuda na criação de sua tabela, porém, é


limitado em tabelas pré-definidas.
 Importação de Tabela - O assistente ajuda na importação de dados.

 Assistente de Vinculação de Tabela - O assistente cria tabelas no banco de


dados atual que estão vinculadas a um arquivo externo, você pode utilizar o
arquivo como se fosse uma tabela do seu banco de dados atual, porém, não
pode modificar a estrutura de uma tabela vinculada.

166
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

FIGURA 130 – CRIANDO UMA TABELA

FONTE: Autor

O Access apresenta esta janela para você definir a estrutura da tabela a ser
criada.

E
IMPORTANT

Para criar uma tabela, você precisa:

 Criar os campos que a compõem (nome campo).


 Definir o tipo de dados dos campos (texto, número, data/hora, ...).
 Definir as propriedades dos campos (tamanho, formato, regras, ...).

 Definir que campos são indexados e o tipo de índice.

 Definir qual campo ou conjunto de campos será chave primária da tabela.

A janela de estrutura da tabela é constituída por:

 Nome do Campo: nesta coluna você deve definir os campos para a tabela (os
nomes podem ter até 64 caracteres, contendo espaços e acento).

 Tipo de Dados: Define-se o tipo dos campos (nesta coluna, clique na seta para
baixo para visualizar a lista dos tipos de campos disponíveis).

 Descrição: Digite uma descrição que informe sobre o conteúdo do campo (não
é obrigatório).

167
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

 Propriedades: aqui você deve definir as propriedades (características) dos


campos e da tabela. Todos os objetos do Microsoft Access possuem propriedades,
que são definidas para determinar a sua aparência e o seu funcionamento.

Para criar um campo na estrutura da tabela:

Clique na primeira linha da coluna “Nome do Campo”. Depois de digitar o


nome do campo aperte a tecla <TAB> para mover o cursor para as próximas colunas.

FIGURA 131 – CRIANDO UM CAMPO NA TABELA

FONTE: Autor

Para cada campo que é criado na tabela, o Access atribui um conjunto de


propriedades de acordo com o tipo de dados escolhido.

Veja a seguir a descrição dessas propriedades:

 Tamanho - Define o tamanho do campo na tabela (tipo texto, número e


autonumeração).

 Casa Decimal - Define o número de casas decimais dos campos numéricos


(tipo número e moeda).

 Formato - Define o layout que o campo assume (todos os tipos, exceto o objeto OLE).

 Máscara de Entrada - Define o padrão para entrada de dados num campo (tipo
texto, número, data/hora e moeda).

168
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

 Legenda - É um título para o campo (todos os tipos).

 Valor Padrão - Define o mesmo conteúdo para um campo (todos os tipos,


exceto autonumeração e objeto OLE).

 Regra de Validação - É uma condição de validade para a informação ser


aceita (todos os tipos, exceto autonumeração e objeto OLE (Object Linking and
Embedding ).

 Texto de Validação - A mensagem que o usuário recebe quando afeta a regra


de validação (todos os tipos, exceto autonumeração e objeto OLE).

 Requerido - Define se um campo deve ou não ser preenchido (todos os tipos,


exceto autonumeração).

 PermitirComprimento Zero - Indica se uma sequência vazia é válida como


informação para um campo (tipo texto, memorando e hyperlink).

 Indexado - Ajuda na pesquisa e classificação dos campos de maneira rápida e


eficiente (todos os tipos, exceto memorando, objeto OLE e hyperlink).

 Novos Valores - Como novos valores devem ser gerados (tipo autonumeração):
incremento ou aleatório.

4.1.1 Definindo as propriedades do campo


Para definir qualquer propriedade de um campo você deve:

 Clique no seletor de linhas do campo desejado.

 Clique na linha da propriedade que deseja alterar.

Na propriedade, “Tamanho do Campo”, procure usar sempre o menor


tipo de dados, pois exige menos memória e o processamento fica mais rápido.
Um campo definido como tipo de dados igual a “Número” pode ter os seguintes
tamanhos: Byte (ocupa 1 byte); Inteiro (ocupa 2 bytes); Inteiro Longo (ocupa
4 bytes); Simples (ocupa 4 bytes); Duplo (ocupa 8 bytes); Código de Replicação
(ocupa 16 bytes

169
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

FIGURA 132 – CRIANDO UM CAMPO NA TABELA

FONTE: Autor

4.1.2 Chave primária


A chave primária permite a identificação única de cada registro de uma
tabela. Considerada como índice principal para a tabela, ela é utilizada para
associar dados entre as tabelas. Você pode selecionar mais de um campo (até dez
campos) para chave primária, ou seja, a concatenação dos campos passa a ser
uma Chave Primária.

FIGURA 133 – CRIANDO A CHAVE PRIMÁRIA DA TABELA JOGADOR

FONTE: Autor

170
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

4.1.2.1 Passos para definir a chave primária


Clique no seletor de linhas do campo que será chave primária.

Para selecionar mais de um campo:


Clique no seletor do primeiro campo aperte a tecla <CTRL> e clique nos
outros campos que deseja marcar.

Clique sobre o ícone “Chave Primária” na barra de ferramentas ou a partir


do menu “Editar”, escolha a opção “Chave Primária”.

Se, ao gravar sua tabela, o Access não encontrar um campo como chave
primária, ele pergunta se você deseja ou não que ela seja criada. Caso responda
“Sim”, o Access criará na tabela um campo com o nome “Código”, do tipo
“Autonumeração” e o definirá como chave primária da tabela. Se a tabela já
possuir um campo do tipo “Autonumeração”, o Access o designará como chave
primária da tabela.

4.2 MODO FOLHA DE DADOS – INCLUIR E EXCLUIR


REGISTROS
A folha de dados permite a inclusão, alteração e exclusão de registros em
uma tabela. Pode ser utilizado para a manutenção das informações das tabelas
criadas no Microsoft Access.

Veja, em seguida, os passos para a criação do Modo Folha de Dados:

 Se a janela de banco de dados estiver ativa, selecione a tabela desejada e clique


o botão “Abrir”.

 Se a estrutura da tabela estiver ativa, clique o ícone “Folha de Dados”, na barra


de ferramentas.

 Para incluir um registro na tabela, digite as informações campo a campo,


registro a registro, utilize o mouse ou a tecla <TAB> para mudar de campo.
Cada registro digitado é automaticamente inserido na tabela ativa.

 Para excluir um registro da tabela, clique com o mouse no seletor de linha do


registro desejado e pressione a tecla <DEL>.

171
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

FIGURA 134 – CRIANDO A CHAVE PRIMÁRIA DA TABELA JOGADOR

FONTE: Autor

4.3 CONSULTA
Após a criação das tabelas de um banco de dados no Microsoft Access, você
pode criar objetos de consulta para a visualização das informações armazenadas
nas tabelas

Com a janela de banco de dados ativa, siga os passos a seguir para criar
uma consulta:

 Clique sobre o objeto “Consulta”.

 Clique sobre o botão “Novo”.

O Access exibirá a caixa de texto “Nova Consulta”, com as seguintes


opções:

Modo Estrutura: cria uma nova consulta sem utilizar assistente.

Assistente de Consulta Simples: cria uma consulta de seleção a partir de


campos que você escolheu.

Assistente de Consulta de Tabela de Referência Cruzada: exibe os dados


no formato de uma planilha eletrônica.

Assistente de Consulta Localizar Duplicatas: localiza registros com


valores de campos duplicados na tabela.

Assistente de Consulta Localizar não Coincidentes: encontra os registros


em uma tabela que não possui registros relacionados em outra.

Para terminar a execução de uma consulta, tecle CRTL+BREAK.

172
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

FIGURA 135 – CRIANDO NOVA CONSULTA

FONTE: Autor

4.3.1 Escolhendo as tabelas para compor a sua consulta


Ao escolher o modo estrutura será apresentada a tela “Mostrar Tabela”, na
qual você deve selecionar uma tabela ou consulta para compor sua nova consulta.

Para selecionar o objeto:

 Clique sobre a consulta ou tabela desejada.

 Clique sobre o botão “Adicionar”.

Para fechar a janela:

 Clique sobre o botão “Fechar”. Este comando pode ser efetuado, também,
se a janela “Mostrar Tabela” não for apresentada, ou se você precisar apenas
inserir uma nova tabela/consulta em uma consulta já existente, na barra de
ferramentas.

FIGURA 136 – ESCOLHENDO AS TABELAS PARA COMPOR UMA CONSULTA

FONTE: Autor

173
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

4.3.2 Tela de estrutura da consulta


Ao escolher o modo estrutura e ter adicionado as tabelas desejadas para sua
consulta você poderá especificar os campos desejados e condições para executar a
consulta. Nesta tela de estrutura, é mostrado o relacionamento existente entre as
tabelas, se não existir esse relacionamento, você terá que criá-lo em sua consulta,
ligando os campos que possuem o mesmo propósito.

Na grade de consulta, você deverá preencher as linhas da seguinte


maneira:

 Campos: Preencher o nome dos campos que desejar para a consulta.

 Tabela: Tabela que o campo faz parte.

 Classificação:Para classificar um campo, você deverá escolher se o campo será


apresentado na ordem crescente ou decrescente.

 Mostrar: Assinalar somente o campo que será apresentado na consulta.

 Critério: Conjunto de informações que definirão as características da sua


consulta.

 Ou: Faz parte do critério.

FIGURA 137 – TELA DA ESTRUTURA DA CONSULTA

FONTE: Autor

174
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

4.3.3 Criando consultas com critérios


Critério é a condição utilizada para limitar o conjunto de registros
desejados para o resultado da consulta, como o exemplo acima, em que você
consulta apenas o jogador Eduardo. Para isso, é necessário estar com o modo
estrutura da consulta ativo.

Na linha critério, do campo “nome do jogador”, digite Eduardo* (o


asterisco (*) é necessário quando não se sabe o nome completo). Em seguida,
executa-se a consulta. Você pode especificar os critérios de vários outros modos,
por exemplo: na linha critério, do campo “num do jogador”, digite:

Entre 2 e 3 e execute, depois digite: > 1 e < 4 e execute a linha Critério, do


campo “nome do jogador”, digite:

“c* (o resultado desta consulta será os registros com os nomes dos jogadores que
começam com “c”).”

FIGURA 138 – CONSULTAS COM CRITÉRIOS

FONTE: Autor

175
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LEITURA COMPLEMENTAR

Uma Nova Era na Tecnologia dos Bancos de Dados

O modelo orientado a objeto (OO) tem sido fortemente divulgado pelos


desenvolvedores de software e muito bem aceito pelas principais empresas e
organizações. O mercado que demanda essa tecnologia deve alcançar a cifra de
US$10.5 bilhões em 2002, apenas nos EUA.

No Brasil, vários órgãos do governo e grandes empresas dos setores


financeiro, elétrico, de telecomunicações e de saúde definiram que vão
empregar orientação a objeto, principalmente Java, em todos os novos projetos.
Isso porque essa tecnologia oferece aumento de produtividade, segurança e
facilidade de manutenção. Como objetos são modulares, mudanças podem ser
feitas internamente, sem afetar inadvertidamente outras partes do programa. A
capacidade de utilizar componentes (verdadeiros blocos de construção de software,
já testados e validados) representa uma revolução na engenharia de software.

Qualquer aplicação corporativa precisa utilizar dados, um grande volume


de dados. Os dados são armazenados em servidores por softwares especializados:
os Servidores de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD), ou, simplesmente,
banco de dados. Atualmente, os bancos de dados são predominantemente
relacionais, mas uma aplicação orientada a objeto precisa armazenar objetos.
Como armazenar objetos em um banco de dados relacional? Os bancos de dados
orientados a objeto são viáveis? Vamos entender melhor cada um dos modelos.

O Modelo Orientado a Objeto

O modelo orientado a objeto é baseado no conceito de classes, que possuem


atributos e métodos fortemente acoplados. Os objetos são as ocorrências de uma
classe. Cada objeto possui um estado, definido pelo valor de seus atributos, e um
comportamento, definido por seus métodos.

Enquanto em um programa estruturado os atributos (ou variáveis) ficam


espalhados pelo código, em um programa OO os atributos são armazenados
dentro dos objetos. Podemos definir a visibilidade de um atributo, dizendo se
ele é público, protegido ou privado. Uma boa técnica é definir todos os atributos
como privados e fornecer métodos (ou funções) para que outros objetos tenham
acesso controlado a seu valor. Isto é chamado encapsulamento.

Uma classe pode estender outra para adicionar ou modificar


funcionalidades. A nova classe herda todos os métodos e atributos da classe
original, também chamada superclasse. Esse recurso, que permite uma grande
reutilização de código, é chamado herança.

176
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

Se a assinatura de um método espera receber como parâmetro uma


determinada classe, podemos passar uma classe filha, pois sabemos que a classe filha
possui todos os atributos e métodos da classe original. Isto é chamado polimorfismo.

Encapsulamento, herança e polimorfismo são as três principais


características do modelo orientado a objeto.

O Modelo Relacional

O modelo relacional é baseado no conceito matemático de relação. Os


matemáticos definem como relação um subconjunto de um produto cartesiano
de uma lista de domínios. Uma tabela é uma relação, e suas linhas representam
relacionamentos entre um conjunto de valores.

Em uma tabela, identificamos cada uma de suas linhas a partir de uma


chave única, ou chave primária. Essa chave pode ser simples, formada por apenas
uma coluna, ou composta, formada por duas ou mais colunas. Os bancos de
dados possuem mecanismos para garantir que a unicidade da chave primária
seja preservada.

As chaves únicas também são utilizadas para criar relacionamentos de


uma linha com linhas armazenadas em outras tabelas. Ao replicarmos o valor
de uma chave em outra tabela, podemos identificar quais linhas se relacionam.
Nessas outras tabelas, as chaves são conhecidas como chaves estrangeiras. Esse
artifício nos permite criar ligações entre tabelas, e representar relacionamentos
com cardinalidade um-para-muitos e muitos-para-um.

A álgebra relacional é uma linguagem procedural, e suas operações básicas


são: seleção, projeção, produto cartesiano, união e diferença entre conjuntos. Todas
essas operações produzem uma nova relação como resultado. As operações de
consulta de um banco de dados relacional são construídas sobre essas operações
básicas. É claro que os bancos de dados comerciais oferecem linguagens mais
amigáveis do que expressões matemáticas, sendo o SQL a mais utilizada.

O SQL é um acrônimo para Structured Query Language. A estrutura básica


de uma expressão SQL consiste em três cláusulas: select, from e where. O SQL
forma o produto cartesiano das relações especificadas na cláusula from, faz uma
seleção em álgebra relacional usando o predicado da cláusula where e projeta o
resultado nos atributos da cláusula select. O resultado de uma consulta SQL é,
naturalmente, uma relação.

A linguagem SQL é mais do que uma linguagem de consulta. Ela possui


também recursos para a criação de tabelas, definição de regras de integridade,
inclusão e remoção de registros, e funções de controle necessárias para o
gerenciamento de dados. A linguagem SQL possui um pequeno número de
tipos de dados, e o desenvolvedor precisa construir todo o seu modelo de dados
usando apenas esses tipos oferecidos.
177
UNIDADE 3 | EDITOR DE TEXTOS, PLANILHA ELETRÔNICA E BANCO DE DADOS

São características dos bancos de dados relacionais: capacidade de


armazenar grande volume de dados, executar pesquisas rápidas, identificar e
tratar erros para garantir a integridade dos dados.

O maior ganho da utilização do modelo relacional é a separação entre os


dados e a lógica de negócios, reduzindo a complexidade das aplicações e utilizando
os recursos oferecidos pelos bancos de dados para garantir a integridade das
informações.

A Impedância Entre os Modelos OO e Relacional

O modelo relacional é simples, mas fundamentalmente diferente do


modelo OO. Bancos de dados relacionais não foram concebidos para armazenar
objetos, e programar uma interface para armazenar objetos em tabelas não é uma
tarefa trivial.

Bancos de dados relacionais não possuem mecanismos para representar


características básicas de objetos, como encapsulamento, herança e polimorfismo.
Enquanto objetos possuem identidade, estado e comportamento, o modelo
relacional pode apenas armazenar dados em tabelas. Só o armazenamento dos
dados já é um grande problema. Os limitados tipos disponíveis no SQL não são
suficientes para representar as informações de um objeto. Além disso, objetos
complexos e agregações precisam de várias tabelas para serem “normalizados”.

Objetos são interligados por referências, tabelas são relacionadas


através de chaves primárias e chaves estrangeiras. Um modelo relacional busca
normalizar as informações, ou seja, eliminar ao máximo a redundância dos dados
armazenados nas tabelas, enquanto um modelo OO busca criar objetos que
representem o mundo real.

Em geral, duas abordagens são empregadas para armazenar objetos em


bancos relacionais: partir da modelagem OO e criar as tabelas para representar
os objetos, ou partir de um modelo relacional e criar objetos para representar os
processos. A primeira exige programação adicional para refletir as estruturas dos
objetos em tabelas, uma situação em que a manutenção do código é complexa e
cara. A segunda abordagem pode comprometer totalmente a modelagem da
aplicação. Mesmo utilizando uma linguagem orientada a objeto, sua estrutura
pode vir a ser muito próxima às antiquadas soluções cliente/servidor.

Uma estratégia para mapeamento objeto-relacional requer um sólido


conhecimento das similaridades e diferenças dos dois modelos. É necessário
garantir a performance e a robustez nessa solução.

Existem várias ferramentas no mercado que facilitam esse trabalho, como


o TopLink e o Persistence.

178
TÓPICO 3 | BANCO DE DADOS – MICROSOFT ACCESS

O Estado da Arte

Os bancos de dados OO evoluíram muito nos últimos cinco anos, e


atingiram maturidade e performance surpreendentes. As novas estratégias de
armazenamento e recuperação permitem que esses bancos consigam um tempo
de resposta geralmente melhor do que as subsequentes chamadas a um banco
relacional, necessárias para desmontar e remontar objetos. Vários fabricantes
oferecem produtos que suportam diretamente encapsulamento, herança e
polimorfismo – características fundamentais dos objetos. Caché, da InterSystems,
é um representante dessa categoria.

Embora seja mais fácil desenvolver suas aplicações orientadas a objeto


utilizando os recursos de um banco de dados OO, muitas vezes temos que fazer
integração com uma base relacional que não pode ser modificada. O modelo
relacional foi amplamente empregado nos últimos quinze anos, e não podemos
simplesmente “descartar” todas as aplicações já construídas. Esses sistemas devem
coexistir pacificamente com as novas aplicações OO. Nesse ponto destacam-se
os bancos de dados pós-relacionais. Oferecendo um suporte aos dois modelos,
objeto e relacional, esses produtos permitem que todo o investimento nas
antigas aplicações seja preservado, enquanto as novas aplicações são construídas
utilizando a tecnologia de objetos. A ideia é evolução, e não revolução.

O Caché é um banco de dados pós-relacional que possui uma arquitetura


unificada de dados. Objetos e tabelas são descritos por um meta-modelo, e o próprio
banco de dados se encarrega de fazer o mapeamento em ambas as direções. Ao
criarmos uma classe, o banco cria as tabelas correspondentes; quando alteramos
uma tabela, a definição da classe é automaticamente atualizada. O acesso aos
objetos e tabelas é independente, diferentemente do que ocorre quando um banco
relacional oferece uma “visão” de objetos, empilhando camadas de mapeamento.
Além disso, sua estrutura de armazenamento multidimensional permite a
manipulação de coleções e objetos através de um único acesso.

Quando uma query SQL é executada pela primeira vez, ela é analisada
e otimizada (como em outros bancos de dados). Entretanto, o Caché gera uma
stored procedure que é mantida em caché, e reutilizada para todas as chamadas
subsequentes.

O Caché suporta desenvolvimento em Java, Enterprise JavaBeans, C++, Caché


ObjectScript, Corba e ActiveX. Possui mecanismos para geração e armazenamento
de documentos XML. Suporta conexões JDBC e ODBC.
FONTE: Uma Nova Era na Tecnologia dos Bancos de Dados. Disponível em: <http://www.
linhadecodigo.com.br/ArtigoImpressao.aspx?id=68>. Acesso em: 20 out. 2008.

179
RESUMO DO TÓPICO 3

Ao estudar este tópico, você, caro acadêmico, teve oportunidade de estar


em contato com os seguintes assuntos:

 Bancode dados é uma coleção de dados inter-relacionados, representando


informações sobre um domínio específico.

 O objetivo principal de um sistema de banco de dados é possibilitar um ambiente


que seja adequado e eficiente para uso na recuperação e armazenamento de
informações.

 Dados são conjuntos de símbolos “arranjados” a fim de representar a informação


fora da mente humana. O elemento de dado é o subconjunto de símbolos que
compõe um dado com significado específico, mas não representa a informação
completa.

 Alguns sistemas que gerenciam bancos de dados são: Access, DB2, Oracle,
SQL. Um SGBD tem como características: integridade, restrições, segurança,
restauração, reorganização e eficiência. Os principais objetos de um SGBD são:
telas, visões e índices.

 Tabelas
são objetos criados para armazenar os dados fisicamente. Os dados são
armazenados em linhas (registros) e colunas (campos). Os dados de uma tabela
normalmente descrevem um assunto tal como clientes, vendas etc.

 Chaveprimária permite a classificação única de cada registro na tabela.


Exemplos de chave primária são: RG, CPF, Matrícula.

 OAccess é um Sistema de Gerência de Banco de Dados Relacional Interativo


(SGBD) para a Microsoft Windows. Sua utilização é muito simples, não sendo
necessário programar para criar um banco de dados.

 Paracriar um banco de dados vazio no Access, clique em “Novo Arquivo


de Banco de dados”. Na caixa de texto “Salvar em” você deverá procurar o
caminho, em “Nome do Arquivo” preencher o nome do novo banco de dados
e em “Salvar como tipo” escolher Banco de Dados Microsoft Access e clique no
botão “CRIAR”.

 O assistente de banco de dados permite criar um banco facilmente. Se


escolhermos “Geral”, será apresentado um ícone de bancos de dados vazio. O
assistente também permite abrir um banco de dados existente.

180
 Quando clicamos em Tabela/Novo, podemos escolher entre as alternativas:
modo folha de dados, modo estrutura, assistente de tabela, importação de
tabela e assistente de vinculação de tabela.

 Paracriar uma tabela, precisamos criar os campos, definir os tipos de dados,


definir as propriedades dos campos, definir que campos são indexados e o tipo
de índice e escolher qual campo ou conjunto será a chave primária.

 O “Excel” permite várias formas de consulta, as mais usadas são: Consulta


seleção, consulta de tabela de referencia cruzada, consulta criar tabela, consulta
atualização, consulta acréscimo, consulta exclusão.

 Critério
é a condição utilizada para limitar o conjunto de registros desejados
para o resultado da consulta, como é o caso do exemplo acima, no qual você
consulta apenas o jogador Eduardo. Para isso, é preciso estar com o modo
estrutura da consulta ativo.

181
AUTOATIVIDADE

Para aprimorar seus conhecimentos, ao final deste tópico, resolva as


questões a seguir:

1 Defina um banco de dados.


2 Apresente o principal objetivo de um banco de dados.
3 Cite alguns sistemas que gerenciam bancos de dados e quais suas principais
características.
4 Descreva o que é uma tabela.
5 Defina chave primária. Dê exemplos.
6 Fale um pouco sobre a ferramenta de SGBD da Microsoft, o Access.
7 Comente o procedimento (ou procedimentos) necessários para se criar um
banco de dados no Microsoft Access.
8 Exponha a utilidade do assistente de bancos de dados.
9 Evidencie as opções que se tem ao criar uma nova tabela.
10 Demonstre quais são os procedimentos para criar uma tabela.
11 Defina critério de uma consulta.

182
REFERÊNCIAS
CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à Informática. 8ª edição. São
Paulo: Prentice-Hall, 2004. 
  
CARTER, Nicholas. Arquitetura de Computadores. São Paulo: Bookman, 2003.

DANTAS, Mario. Tecnologias de Redes de Comunicação e Computadores. 1ª


ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.

KELLER, Gilberto; AUDY, Jorge Luis Nicolas; CIDRAL, Alexandre.


Fundamentos de Sistemas de informação. Porto Alegre: Bookman, 2005.

HENNESSY, Josh. Arquitetura de computadores, uma abordagem quantitativa.


Rio de Janeiro: Campus, 2003.

HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de banco de dados. Porto Alegre: Sagra


Luzzato, 2001.

KUROSE, James F.; ROSS, Keith W. Redes de Computadores e a Internet. São


Paulo: Addison Wesley, 2003.

TANNENBAUM, Andrew S. Redes de Computadores. 4ª. Edição. Rio de


Janeiro: Campus, 2003.

VELLOSO, Fernando de Castro. Informática: conceitos básicos. Rio de Janeiro:


Campus, 1999.

183

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