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Quando se diz, por exemplo, que determinada pessoa “vive com economia”, atribui-se-lhe um emprego
racional e moderado de bens económicos disponíveis. E a expressão “fazer economia” exprime a renúncia
à satisfação de necessidades económicas presentes e a constituição de reservas de bens destinados a
satisfazer necessidades económicas futuras.
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Ciência física é um termo abrangente para os ramos das ciências naturais e ciências que estudam
sistemas não vivos, em contraste às ciências biológicas. Entre esses ramos, podemos citar a Física,
a Química, a Astronomia e a Geologia.
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Fisiocracia é uma teoria económica desenvolvida por um grupo de economistas franceses do século
XVIII, que acreditavam que a riqueza das nações era derivada unicamente do valor de "terras agrícolas"
ou do "desenvolvimento da terra" e que produtos agrícolas deveriam ter preços elevados (já que para
eles a agricultura tinha um valor muito grande)
Acresce ainda que a noção de valor, embora ocupe uma posição central na
Economia, é das mais discutidas. Seria inconveniente definir a Economia através
de um conceito que a diversidade de opiniões tornou impreciso.
A concepção da Economia como Ciência das opções face à raridade dos bens
oferece vantagens várias. Coloca o Homem no centro da Economia, posto que
define esta como ciência dos comportamentos humanos; põe em relevo a
constante da raridade dos bens; foca o drama das opções que os sujeitos
económicos têm de enfrentar.
a) As Ciências Humanas
Afastada a ideia de que a Economia possa ser apenas a ciência da riqueza, dos
bens materiais, apresenta-se na actualidade como mais ou menos pacífico o
entendimento de que se trata de uma Ciência Humana, no sentido de que se
ocupa de comportamentos humanos.
Mesmo sem excluir que a Economia Política envolva também o homem isolado,
sendo os fenómenos económicos as mais das vezes factos sociais e ainda com
reservas relativamente à autonomia científica da Sociologia, parece
compreensível que a Economia Política se socorra, frequentemente, de
conceitos e juízos elaborados sob epígrafes da Sociologia. Também tem sido
frequente que os sociólogos se ocupem de questões alheias à Sociologia Geral,
sobretudo de natureza puramente política de Economia Social, respeitantes à
repartição dos bens produzidos.
7. A Metodologia Económica
Embora o conflito tradicional dos métodos ainda projecte a sua sombra sobre
todo o panorama da economia contemporânea, admite-se geralmente, na
actualidade, que se conjuguem a dedução e a indução nas investigações
São bens Naturais aqueles cuja produção e cujo emprego não pressupõe
qualquer actividade humana. É o caso da água que prota de uma nascente. É o
caso dos frutos silvestres. Os Bens produzidos já resultam de uma acção
exercida pelo homem.
* Noções Gerais
Bens sucedâneos são aqueles que podem ser usados no lugar de outros bens
para satisfazer necessidades sem que lhes altere a respectiva função. Ainda que
permitam um menor grau de satisfação. Exemplo: a margarina e a manteiga.
Nesse sentido se afirma que o pão é útil, o livro de História também é. Nesse
mesmo sentido se pretende que o tabaco, os estupefacientes e os filmes
pornográficos não são úteis, mas nocivos. Ora, a noção económica de utilidade
apresenta-se geralmente alheia aos efeitos, úteis ou prejudiciais do emprego de
um bem. Em sentido económico, aponta-se a cocaína, mesmo quando
empregado para satisfazer vícios e não com fins medicinais, como úteis, visto
serem desejados, terem procura. Isto não significa que o economista tenha que
aplaudir a circulação e o consumo de produtos nocivos, do ponto de vista
fisiológico, ou do ponto de vista ético.
b d
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k
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Mas, porque os bens económicos são limitados, são raros, na maior parte dos
casos o sujeito económico considerado não poderá dispor da utilidade total, não
poderá atingir o ponto de saciedade. E, desde que não se alcance a saciedade,
a última dose empregada terá ainda uma utilidade positiva. Essa última dose
empregada designa-se por dose marginal, final ou limite. Poderá, pois, definir-se
a utilidade marginal como sendo a utilidade da última dose de um bem
empregado na satisfação de uma necessidade. Ou a utilidade da última dose de
um bem disponível para satisfação de uma necessidade.
9. A PRODUÇÃO
A natureza, na generalidade dos casos, não oferece os seus produtos por forma
a serem directamente utilizados. Torna-se indispensável que os homens
apliquem o seu esforço sobre os factores naturais, sobre as riquezas naturais,
para os tornarem utilizáveis, ou para aumentar a sua utilidade. É àquele esforço
que corresponde ao factor de produção designado por trabalho.
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Adam Smith (1723-1790) foi um filósofo e economista britânico nascido na Escócia.
É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo económico. Autor
de Uma Investigação sobre a Natureza e a Causa da Riqueza das Nações, a sua obra mais conhecida, e
que continua sendo usada como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar
que a riqueza das nações resultava da actuação de indivíduos que, movidos inclusive (e não apenas
exclusivamente) pelo seu próprio interesse, promoviam o crescimento económico e a inovação
tecnológica.
Adam Smith acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma
intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do
preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de
produção e vencer os competidores.
Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia .
de Adam Smith, uma produção diária de 5000 alfinetes por operário, produção
essa impossível de atingir se cada operário tivesse de realizar todas as diversas
tarefas por que se decompunha o fabrico de alfinetes.
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Distinguem-se três tipos de Capital: 1 – Capital físico – formado pelos elementos materiais e tangíveis.
Ex: prédios, polgoes; 2 – Capital humano – que se refere à educação ea formação profissional de
empresários e trabalhadores; 3- Capital financeiro – o dinheiro necessário para fundar uma empresa e
mantê –la em atividade.
O capital em sentido jurídico abrange os bens que, por força das instituições
sociais, permitem obter rendimentos não provenientes do trabalho. Estes
rendimentos obtidos sem trabalho respeitam a um trabalho actual, imediato. Não
excluem um trabalho passado, que se tenha projectado em poupança, em
aforros, levando a criação do próprio capital. O conceito jurídico de capital inclui
não apenas os bens intermediários (bens manufacturados ou matérias primas
empregados na produção de outros bens intermediários ou de produtos finais),
abrangidos pelo capital em sentido económico, mas também os bens naturais,
que tenham sido objectos de apropriação.
- dinheiro
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Amortização é um processo de extinção de uma dívida através de pagamentos periódicos, que são
realizados em função de um planeamento, de modo que cada prestação corresponde à soma do
reembolso do capital ou do pagamento dos juros do saldo devedor, podendo ser o reembolso de ambos,
sendo que os juros são sempre calculados sobre o saldo devedor
Esta destrinça entre capitais fixos e capitais circulantes tem o maior interesse na
análise económica. O valor de capitais circulantes, geralmente adquiridos a curto
prazo, tem de ser reintegrado também rapidamente pela empresa ou pela
sociedade, através dos rendimentos próximos. Em relação aos capitais fixos,
porque utilizáveis em vários actos de produção, importará determinar quantos
sejam esses actos e qual a sua produtividade. A fim de calcular as respectivas
taxas de amortização. Desta dependerá a reserva, a poupança, de parte dos
rendimentos, suficiente para assegurar a substituição dos capitais fixos, ao fim
de um período previsto para o esgotamento da sua capacidade produtiva.
empréstimo. O capital, seja qual for o tipo de estrutura, não se formam senão na
base de constituição de aforros, de poupanças.
10. A MOEDA
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A expressão deriva de “Moneta”, sobrenome da deusa Juno, em cujo templo eram cunhadas as moedas
romanas. Aquele sobrenome provinha, por sua vez, de monere que significa advertir, anunciar porque
Juno Moneta era a deusa que advertia aos mortais, anunciando-lhes os acontecimentos futuros.
A moeda tem de ser entendida pelas suas funções e não pela sua substância.
Tem servido como moeda objectos muito diversos. Além das placas metálicas e
das actuais notas de banco, muitos outros objectos funcionam, funcionaram e
poderão vir a funcionar ainda, como instrumentos monetários. Tempos houve em
que as cabeças de gado foram utilizadas como instrumento geral de troca, como
moeda. Nos séculos XVI e XVII, no território que constitui hoje o Estado
americano da Virgínia, o tabaco funcionou como instrumento geral de troca.
Também o sal e o marfim, em África, o chá na China, as tâmaras na Pércia etc.
valores, o que quer dizer que o valor dos diversos bens e referido em unidades
monetárias.
Uma das razoes que levaram a amoedação dos metais preciosos foi a relativa
raridade, conjugada com a elevada procura. Mas também contribuiu para a sua
10.4 Moeda-papel
* As origens da moeda-papel
*A moeda-papel representativa
quantia àquele que guardava os seus valores monetários. Justifica-se que assim
fosse, porque os depositários, em regra, não movimentavam os valores
depositados, não colhendo, pois, do depósito, qualquer benefício que não fosse
a remuneração pela guarda dos valores.
*A moeda-papel fiduciária
Quando em certos períodos, houve motivo para recear que os bancos emissores
não dispunham do encaixe necessário para manter o regime de convertibilidade,
o Estado veio, geralmente, em auxílio, exonerando-os da obrigação de
reembolso em metal os portadores de notas de banco. Quando se entra nesse
regime de inconvertibilidade, a moeda passa a designar-se por papel-moeda.
Em tais casos, a moeda não é constituída pelo próprio cheque. A entrega deste
nem se quer tem efeito liberatório para o devedor, o que bem se compreende,
até porque o cheque pode não ter provisão, ou não ser pago por falência do
banco sobre o qual foi sacado. A moeda bancária é constituída pelos saldos dos
depósitos à ordem e não pelos depósitos à ordem, porquanto os depósitos
realizados são em parte absorvidos por cheques sucessivos. Não se julgue
também que a moeda escritural representa apenas a moeda-papel de que
alguém já dispunha e depositou num banco. Não é assim. Até porque o saldo de
um depósito pode não ter a sua origem numa entrega de notas de banco. Será
o caso de ele depender da concessão de um crédito pelo banqueiro. Com efeito,
há depósitos bancários primários, originados em entrega de moedas pelos
depositantes, e depósitos bancários derivados, baseados em concessões de
crédito. Uns e outros dão lugar a moeda escritural. E, de resto, a moeda escritural
tem existência autónoma, porque aos bancos utilizam parte das importâncias
depositadas. E, assim, a moeda escritural corresponde a um acrescentamento
da massa monetária em circulação.
11. OS PREÇOS
Não se entenderia o que é preço sem saber o que seja moeda. Nem o que é
valor da moeda sem se esboçar uma noção o de preço. Porquanto o preço é o
valor dos bens expresso em unidades monetárias, é a expressão monetária do
valor dos bens.
A definição dos valores dos bens em unidades monetárias visa a troca desses
bens por moeda. Quando um bem não se destina a ser vendido não há
necessidade de definir o seu valor em termos monetários. A venda só será
possível quando o valor atribuído a um bem pelo vendedor coincidir com o valor
atribuído ao mesmo bem pelo comprador. Daí que o preço pressuponha um
encontro de vendedores e compradores, no sentido de um ajustamento das suas
avaliações, por forma a tornar possível a venda dos bens. Esse encontro realiza-
se através dos mercados, posto que o mercado é ponto de encontro de
vendedores e de compradores em ordem à fixação de preços.
Apesar de muitas vezes serem citados juntos numa mesma frase, crescimento
e desenvolvimento económico tem algumas diferenças bem evidentes.
Capital físico: são os activos não humanos, feitos por humanos e que são
utilizados na produção, como por exemplo as ferramentas, máquinas e
estruturas físicas usadas nas empresas e instituições. Entram nessa lista as
máquinas, os prédios da companhia, infra-estrutura, como transportes, energia,
comunicações e tecnologia.
PIB= C+I+G+(X-M)
Sendo que:
C: consumo privado
G: gastos do governo
A renda per capita é calculada pela divisão do valor do produto nacional bruto
(PNB) pela população. O PNB é a soma do valor total de tudo que foi produzido
no país por durante um ano. Ou seja, a renda per capita ou renda média para
cada habitante de um país, estado ou região, calcula-se dividindo a Renda total
acumulado pelo número de habitantes do país.
Embora seja um índice muito útil, por se tratar de uma média amplamente
utilizada na literatura económica em geral, tal coeficiente esconde várias
disparidades na distribuição de renda. Um país, por exemplo, pode ter uma boa
renda per capita, mas um alto índice de concentração de renda e
grande desigualdade social. Também é possível que um país tenha uma baixa
renda per capita, mas não haja muita concentração de renda, não existindo
assim grande desigualdade entre ricos e pobres. Actualmente, os países com a
mais alta renda per capita são, em primeiro lugar Luxemburgo, segundo
Noruega, e em terceiro os Estados Unidos.
PNB = PIB + renda (dinheiro) vinda do exterior - renda (dinheiro) que saiu para
o exterior.
Tanto o PIB quanto o PNB são índices bastante utilizados para medir o grau de
riqueza de um país. Normalmente, os países ricos têm PIB e PNB altos, e os
pobres têm PIB e PNB baixos.
A renda per capita familiar é a renda per capita que considera todas as pessoas
que vivem em uma mesma casa. Para fazer o cálculo basta dividir o valor da
renda total da família pelo número de pessoas que moram na casa.
Isso acontece porque o cálculo é feito apenas através da divisão do valor do PNB
pelo número de habitantes do lugar, sem levar em consideração outras questões
como a distribuição de renda em um determinado lugar ou em uma camada
social.
O cálculo da renda per capita não considera a forma como é feita a distribuição
de renda no país e também não considera as desigualdades sociais de um lugar.
Por isso, ainda que seja um dado muito usado para avaliação de
desenvolvimento económico, nem sempre revela a realidade da distribuição de
renda do país.
Se a riqueza dos milionários fosse diminuída em quinze por cento, este facto
tornaria o mundo mais igual? Ou existem outros problemas dentro do ciclo
económico que não pode trazer a certeza de igualdade?
B: Câmbio Negro
C: Corrupção
D: Oferta e Demanda
F: Sistema Económico
13.BIBLIOGRAFIA
AMARAL, João Ferreira do et al (2007). Introdução à Macroeconomia, 2ª Edição,
Escolar Editora.
LANGE, Oskar (1991). Economia Política. In: Economia. (Org. Lenina Pomeranz,
Coleçao Grandes Ciências), São Paulo.
https://www.significados.com.br/renda-per-capita/
https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/crescimento-e-
desenvolvimento-economico/
https://www.portaleducacao.com.br/...problemas-economicos/29776
http://economia.culturamix.com/mercado/principais-problemas-economicos-
mundiais