Você está na página 1de 9

RESUMO

As angiospermas são plantas complexas que apresentam raiz, caule, folhas, flores, frutos
e sementes.
Elas representam o grupo mais diversificado de plantas, com mais de 250 mil espécies.
As angiospermas ocorrem nos mais variados tipos de habitats, desde ambientes
aquáticos até áridos. Angiosperma é o tema que vamos tratar aqui, neste trabalho que
esta divida em três partes: a primeira parte introdutória, segundo desenvolvimento e a
terceira conclusão.
INTRODUÇÃO
Na presente pesquisa vamos falar da angiosperma, sua estrutura, tipos, reprodução e
ciclo de vida neste capítulo vamos falar de uma forma aberta sobre o tema em seguida
(no desenvolvimento) vamos entrar nos detalhes.
As angiospermas formam o maior e mais complexo grupo de vegetais existentes. Têm
como característica principal a presença de flores e frutos, o que agrega valor
comercial a esse grupo que está presente em todo o globo e em praticamente todos os
biomas terrestres conhecidos.
São, ainda, divididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas, que
se diferem, principalmente, quanto à quantidade de cotilédones (primeiras folhas
modificadas e relacionadas com a nutrição do embrião) presentes.

Barbarea vulgaris. Orquídeas


Assim como os demais grupos de vegetais, as Angiospermas são
organismos eucariontes, pluricelulares e fotossintetizantes.
Além disso, são traqueófitas, possuindo, assim como as gimnospermas, vasos
condutores de seiva. Outra semelhança entre os grupos é a independência de água
para a reprodução, além de serem heterosporadas (possuindo gametófito masculino
diferente do gametófito feminino), embora o gametófito masculino seja bem reduzido
quando comparado aos das gimnospermas.
Apresentam endosperma, espécie de tecido encontrado nas sementes das
angiospermas (e em raríssimas gimnospermas) que contém reservas
nutritivas utilizadas no desenvolvimento do embrião.
São geralmente monóicas, apresentando em um mesmo indivíduo os órgãos
reprodutores masculino e feminino. Ainda assim, podem ser encontrados espécimes
dióicas de angiospermas.

1
DESENVOLVIMENTO
ESTRUTURA
Descendendo das gimnospermas, as angiospermas também possuem as estruturas
fundamentais dos vegetais:
 Raiz: necessária para a fixação do vegetal e absorção de nutrientes e água do
solo. As angiospermas apresentam diversos tipos de raízes, que estão inclusive
relacionadas à classe de angiospermas na qual o organismo faz parte
(monocotiledôneas ou dicotiledôneas).
 Caule: sustenta o vegetal e através dos vasos condutores, que transportam
nutrientes e água para o restante do organismo. O caule é o local onde surgem as
folhas. É geralmente lenhoso, mas podem ser encontrados outros tipos de caules
nesse grupo tão diverso.
 Folhas: estruturas clorofiladas responsáveis pela fotossíntese, trocas gasosas
com o meio, transpiração do vegetal e, ainda, absorção de compostos presentes
no meio.
A principal característica das angiospermas é a presença de flores e frutos que
envolvem e protegem as sementes contendo o embrião. Por terem os órgãos
reprodutores bem visíveis e produzirem sementes, as angiospermas, assim como as
gimnospermas, são chamadas de fanerógamas.
FLORES
As flores são consideradas o sistema reprodutor das angiospermas. São formadas a
partir de folhas modificadas e apresentam órgãos diferentes com funções especializadas.
O formato e características da flor são geralmente para atrair diferentes polinizadores.
Isto também é outra característica das angiospermas: diferentes formas e agentes de
polinização.
As flores podem ser coloridas e vistosas, atraindo polinizadores vivos através da visão,
podem exalar odor agradável ou, ainda, produzirem estruturas açucaradas como
néctar, que atrai polinizadores através do olfato e do paladar.
Por serem as estruturas reprodutivas das angiospermas, é nas flores que são produzidas
as sementes e, posteriormente, os frutos.
As flores são estruturas complexas, compostas por vários órgãos e estruturas. Possuem
órgãos de sustentação como o pedúnculo - que tem a função de ligar a flor ao restante
do vegetal -, órgãos de proteção como o cálice - que protege a flor quando ainda está
fechada no formato de botão - e os órgãos reprodutores, sendo o androceu o órgão
reprodutor masculino e o gineceu o órgão reprodutor feminino.
As quatro principais estruturas das flores são:
 Carpelo: estrutura feminina da flor, formada pelo estigma e pelo ovário. Todas as
estruturas presentes no carpelo formam o órgão reprodutor feminino (gineceu).
 Estame: estrutura masculina da flor, composta por filete e antera, resumidamente.
Cada flor pode apresentar mais de um estame e o conjunto de estames presentes
forma o órgão reprodutor masculino (androceu).
 Pétalas: geralmente coloridas, são formadas a partir de modificações em folhas.
Possuem a função de atrair polinizadores. O conjunto de pétalas forma a corola.
 Sépalas: localizadas abaixo das pétalas, possuem coloração geralmente diferente
da encontrada nas pétalas e protegem a flor enquanto ainda é um botão. O
conjunto de sépalas forma o cálice.

2
Estrutura da flor mostrando: 1 (Receptáculo Floral), 2(sépalas), 3(pétalas), 4(estames) e 5(carpelo).

FRUTOS
Os frutos envolvem as sementes conferindo-lhes proteção. Possuem tecido carnoso que
se difere dos demais tecidos presentes nos vegetais. São formados a partir da
fecundação, através do desenvolvimento do ovário.
Também auxiliam na dispersão das sementes, já que muitas vezes são atrativos para
animais que se alimentam desses frutos e acabam levando as sementes para outros
locais.
As sementes geralmente passam pelo tubo digestivo e são eliminadas, ainda intactas,
nas fezes, muitas vezes, distantes da onde se encontra a sua árvore de origem,
contribuindo assim para a dispersão e germinação de angiospermas na natureza.

Frutos diversos

MONOCOTILEDÔNEAS E DICOTILEDÔNEAS  
O embrião, ao ser formado, depende de uma reserva nutritiva para se desenvolver até
conseguir realizar a fotossíntese. Essa reserva de nutrientes está contida
no endosperma ou no cotilédone - primeiras folhas localizadas no embrião e que são
modificadas, com a função de auxiliar na nutrição do embrião.
A quantidade de cotilédones presentes no embrião das angiospermas diferencia esse
grupo em duas classes:
 Monocotiledôneas: as que apresentam apenas um cotilédone, que tem a função
de transferir os nutrientes presentes no endosperma para a estrutura do embrião
que está se desenvolvendo (chamada de plântula);

3
 Dicotiledôneas: também chamadas de eudicotiledôneas, geralmente não
possuem endosperma, mas dois cotilédones com a função de armazenar
nutrientes e nutrir o embrião em desenvolvimento.
Outras características, como formato do arranjo floral e o tipo de raiz ou de caule também
são utilizados para separar as angiospermas nessas duas classes.

MONOCOTILEDÔNEAS
 Número de cotilédones: 1;
 Raiz: fasciculada (ramificada com numerosas raízes em feixe que emerge do
caule);
 Caule: vasos condutores de seiva dispostos de forma desordenada;
 Flores: número de pétalas múltiplo de três (trímeras);
 Folhas: nervuras paralelas;
 Ciclo de vida: curto;
 Representantes: aproximadamente 60 mil espécies;
 Exemplos: arroz, aveia, cana-de-açúcar, centeio, milho, trigo, gramíneas e
palmeiras.

O milho é outro exemplo de monocotiledônea


Arroz, um exemplo de planta monocotiledônea

Palmeira, planta monocotiledônea

DICOTILEDÔNEAS
 Número de cotilédones: 2;
 Raiz: axial (pivotante que apresenta estrutura principal e secundárias);
 Caule: vasos condutores de seiva dispostos de forma cilíndrica e crescimento
secundário (formando troncos);
 Flores: número de pétalas múltiplo de dois (dímeras) ou cinco (pentâmeras);
 Folhas: nervuras reticuladas;

4
 Ciclo de vida: longo (devido à raiz maior);
 Representantes: aproximadamente 160 mil espécies;
 Exemplos: abacate, algodão, amendoim, ervilha, feijão, goiaba, macieira, soja,
roseira, tomate e cactos.

Ervilha, planta dicotiledônea A roseira também é uma dicotiledônea

Soja, outro exemplo de dicotiledônea

REPRODUÇÃO
As angiospermas podem apresentar reprodução assexuada ou sexuada.
 Reprodução assexuada: é chamada de Propagação Vegetativa e envolve a
retirada de estruturas vegetais contendo folhas, caules e pequena formação de raiz
de um indivíduo e colocada para crescimento em local separado, gerando um novo
indivíduo. Esse tipo de reprodução não gera variabilidade genética, pois o
indivíduo gerado é idêntico ao indivíduo do qual foram retiradas as estruturas.
 Reprodução sexuada: envolve a fecundação a partir do encontro do gameta
masculino e feminino, que ocorre nos arranjos florais do vegetal. A fecundação
pode ser cruzada, quando o gameta masculino de um indivíduo fecunda o gameta
feminino localizado em outro indivíduo, gerando grande variabilidade genética, ou
o vegetal pode realizar autopolinização ou autofecundação, quando a
fecundação ocorre entre seus gametas masculinos e femininos, gerando variação
genética mínima. Por isso, alguns procedimentos são adotados pelo vegetal para
impedir a autopolinização, como a maturação de androceu em época diferente
do gineceu, impedimento mecânico do encontro entre os gametas masculino e
feminino de um mesmo vegetal, entre outros.

5
CICLO DE VIDA
O ciclo de vida das angiospermas pode ser também chamado de ciclo de vida das
fanerógamas, e se inicia com um indivíduo adulto (2n) que dispersa seus grãos de pólen
- formados a partir dos microsporângios presentes no estame - através do processo de
polinização, que geralmente ocorre com auxílio de um agente, que pode ser o vento ou
algum animal como insetos e pássaros.
Em termos técnicos, a polinização é o transporte do grão de pólen localizado
na antera (parte do órgão reprodutor masculino) até o estigma (parte do órgão reprodutor
feminino). Uma vez em contato com o estigma, é formado o tubo polínico a partir do grão
de pólen até atingir o óvulo localizado dentro do ovário.
No interior do tubo polínico, podem ser encontrados dois tipos de núcleos:
dois espermáticos que são os gametas masculinos (n) e um núcleo do próprio tubo que
fica responsável pelo seu crescimento.
O óvulo apresenta dois tipos de tecidos e um megásporo diplóide (2n), que sofre meiose
e origina quatro células haplóides (n). Três dessas células haplóides se degeneram e
apenas uma forma um megásporo haplóide funcional (n). Este, por sua vez, sofre
mitose, originando o saco embrionário que contém, em seu interior, diversas estruturas,
como o gameta feminino chamado oosfera (n).
A oosfera é uma célula central com dois núcleos polares, duas sinérgides e três antípodas
que, juntas, vão compor a formação do endosperma.
Ao atingir o óvulo, um núcleo espermático (n) - que é o gameta masculino - fecunda a
oosfera haplóide (n) - que é o gameta feminino -, formando, assim, o zigoto diplóide (2n).
O outro núcleo espermático une-se aos dois núcleos polares presentes na célula central,
formando um núcleo triplóide (3n) que se desenvolverá junto com as sinérgides e
antípodas, até formar o endosperma com função de nutrir o embrião.

Composição do gametófito feminino em contato com o núcleo espermático

6
Assim que se inicia a fecundação, os tecidos do óvulo ficam mais rígidos, formando uma
casca. A estrutura conterá o embrião e o endosperma. Esse conjunto recebe o nome
de semente. Já o ovário, este se modifica gerando o fruto que envolve essas sementes.

Dessa forma, as angiospermas são conhecidas por apresentarem fecundação dupla.


Uma entre os gametas masculino e feminino formando o zigoto e, posteriormente, o
embrião, e outra entre o segundo gameta masculino e os núcleos polares, formando o
endosperma.

Ciclo de vida das Angiospermas

7
CONCLUSÃO
Angiospermas são plantas espermatófitas, cujas sementes são protegidas por um fruto.
Suas principais características são: folha, fruto, flor, caule e raiz. A flor contém óvulos e
possuem estruturas para atrair polinizadores, como abelhas. São divididas em dois
grupos:
1. Monocotiledôneas: possui um ciclo de vida curto, folhas paralelas e, a semente
apresenta apenas um cotilédone.
2. Dicotiledôneas: possui um longo ciclo de vida, a nervura da folha é reticulada, as floros
são tetrâmeras ou pentâmeras.
Na reprodução, o pólen é levado até o estigma da flor. Ali, ele irá germinar e produz o
tubo polínico até o gametófito feminino. Os gametas masculinos não possuem flagelos.
No óvulo, haverá o desenvolvimento de uma semente.
Angiospermas: São as plantas mais abundantes no mundo, representando mais de dois
terços das plantas, podem variar entre arvores e ervas, podem possuir frutos, mas a
sua fecundação ocorre através das flores.
A sua reprodução ocorre sem necessidade de água, onde o grão de pólen é produzido
nas anteras, esse pólen precisa ser depositado sobre o estigma do sistema reprodutor
feminino.
Assim concluímos o nosso trabalho, conseguimos fazer uma abordagem geral, sobre o
tema que o professor nos deu. Com as pesquisas feitas conseguimos, reunir os dados e
depois fizemos uma filtragem cuidadosa das informações, encontradas.
Com este trabalho, tivemos a oportunidade de conhecer, conteúdos muito interessantes
relacionados a esse tema.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
H. Melchior. 1964. A. Engler's Syllabus der Pflanzenfamilien (12ª edición)
Cronquist, A. (1981). The evolution and classification of flowering plants. Nueva York: Columbia
University Press.
P. F. Stevens, 2008 en adelante, Angiosperm Phylogeny Website. Versión 8, junio de 2007, y
actualizado desde entonces. http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/
Cronquist, A. (1981). An integrated system of classification of flowering plants.. Nueva
York: Columbia University Press.
The Angiosperm Phylogeny Group III ("APG III", en orden alfabético: Brigitta Bremer, Kåre Bremer,
Mark W. Chase, Michael F. Fay, James L. Reveal, Douglas E. Soltis, Pamela S. Soltis y Peter F.
Stevens, además colaboraron Arne A. Anderberg, Michael J. Moore, Richard G. Olmstead, Paula
J. Rudall, Kenneth J. Sytsma, David C. Tank, Kenneth Wurdack, Jenny Q.-Y. Xiang y Sue
Zmarzty) (2009). «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and
families of flowering plants: APG III.» (pdf). Botanical Journal of the Linnean Society (161): 105-
121. Archivado desde el original el 25 de mayo de 2017. Consultado el 11 de agosto de 2010.
The Angiosperm Phylogeny Group. 2003. "An update of the Angiosperm Phylogeny Group
classification for the orders and families of flowering plants: APG II". Botanical Journal of the
Linnean Society, 141, 399-436. (pdf aquí (enlace roto disponible en Internet Archive; véase
el historial, la primera versión y la última). )
Theodor C. H. Cole & Hartmut H. Hilger 2015 Angiosperm Phylogeny, Flowering Plant
Systematics. Freie Universität Berlin
Qiu et al. 1999. "The earliest angiosperms: evidence from mitochondrial, plastid and nuclear
genomes". Nature 402, 404-407

8
Douglas E. Soltis y Pamela S. Soltis. 2004. Amborella not a "basal angiosperm"? Not so
fast! American Journal of Botany 91 (6): 997-1001. (resumen aquí Archivado el 2 de octubre de
2008 en Wayback Machine. )

Você também pode gostar