Você está na página 1de 30
Romeu Kazumi Sassaki oils) oleic ee As Sete Dimensées da Acessibilidade CAPITULO 3 ACESSIBILIDADE E suas DIMENSGES s medidas de a Solus cessibilidade cons M solugdes ag ‘as que se encontram na soc: ledade. As sete principais dimensées da acessibilidade, hoje obrigatérias por ei efou em consequéncia da pressio exercida pelos Praticantes do paradigma da inclusdo e valendo a sua aplicagao em todos os campos de atividade humana (trabalho, educagdo, lazer, turismo, cultura, esporte, religiao, recreagao, voluntariado ete.), sfo as seguintes; arquiteténica, comunicacional, atitudinal, programatica, metodolégica, instrumental e natural. Um dos eventos mais aguardados ¢ mais importantes do final do século 20 e inicio do século 21 aconteceu exatamente no dia 13 dedezembro de 2006 na sede da ONU em Nova York: A Assembleia Geral da Organizagio das Nagdes Unidas (ONU, 2006. BRASIL, 20086) adotou os documentos Convengio sobre os Direitos das Pessoas com Deficiéncia e seu Protocolo Facultative, cujo Contetido foi elaborado ao longo de quatro anos com & participagaio Pemtoesre: Organizagdes de paises-membros do Sistema ONU. Ne imeiros tratados de Stes documentos, que sao considerados os primeiros tral ae 127 oe Digitalizado com CamScanner ‘as Sete Dimensdes da Acessibilidade Giretos vumanos do sfulo 21 e608, €M Seu A sumatsverados: 4 acessbilidad também deve conemplar lireitos humé - ‘ aa te ‘i ae spyciade todos os tipos” (CRUZ, 2013, p.7). dfetencia q nseuida Andrésdela Cruz citandoo “Glosariode Términos oe espagos, entornos, produtos e servicos para pessoas alguns outros at modo que fiz a seguinte compilagao: Acessibilidade, Acesso das Pessoas com deficiin., gos, diversas ages ds palava cessing, om iqualdade de oportunidades com as demais pessoas, ami, x sre Disapaidad”, da Comissto de Politica Govemamental em «a0 transporte, @ informagdo e comunicagao, bem com « , sdeDireitos, da Secretaria de Governanga (MEXICO, 2012), tos ae servigas ¢ instalagies abertos ao piiblico ov de uso psy, seventa que a acessibilidade € definida como “a combinagao c zonas urbana erural, como por exemplo em: escolas,ensiny sp uclementos construtivos e operativos que permitem a qualquer ‘programas habitacionais pblicos, residéncias, instalasdes me, esa com deficiéncia entrar, deslocar-se, sair, orientar-se servigos de saiide, programas de orientagdo técnica ¢ profi, comunicarse, com 0 uso seguro, autdnomo e confortivel nos € colocagdo no, servicos de emergéncia, programas de py sqacosconstruidos, do mobilidrio, do equipamento, do transporte, Pe eR desancamenio bes, programas de iucns | giMllecomunicasbes" (CRUZ, 2013, p.7) ‘Pobreza, assisténcia social, bens culturais, conhecimentos cin € téenicos, eventos esportivos, recreativos, turisticos, monum A. DIMENSAO ARQUITETONICA Avessibilidade arquitetnica signifi tecnologias assistivas e teenologias da informagdio e comunca’s fas? servicos comunitérios de apoio, servicos de atendentes pesw “acesso sem barreiras “onsiruidas no interior € no entomo de edificagdes ¢ nos (ONU, 2006. BRASIL, 2008b), ‘90605 urbanos, Andrés Baledzar de la Cruz diz que: “A visiio da acessbli Fspaor internos em edificagses: residéncias escritérios, também mudoue jéndo se deve entendé-lasomente comoaaeio ‘tices comércios, €scolas, postos de trabalho, salas para diversos f *S liboratiios, corredores, "chonetes ete, e entornos urbanos ou arquitevénicos para pessoas ee esvecuiah de mobilidade. Assim como a deficiéncia, apresenta variants 129 Digitalizado com CamScanner iexraucaziri'Sessale ‘as Sete Dimensbes da Acessibilidade -Espagosnocentorno de edifeases: porto deen, fundamentacao legal ante jardin, estacionamento, calgadas ee. Elementos de urbanizagac bring, ais como 0s referentes 4 poring, _saneamento, encanamento para esgotos, Aistribuigae de eng ea elériea e de gis uminagao pibica, servicos de comin el, tim rapido a acessiilidade arqutetnica, « Consiuigan eae de consirugdo dos logradouros ¢ dos edifcios de uso ‘Quaisquer compon, diz, no art. 227, §2°, € art. 244, que “a lei dispord sobre wilco” DRASIL- 1988). abastecimento e distribuigdo de dgua, paisagismo ¢ y, « fm uma decisio de 2014, do Supremo Tribunal Federal mtrialzam as indagbes do planejamento urbanisizo” a” BRASIL, 2015). Recurso Extraordindrio 440.028-SP © que teve como (TF) em ‘ehir 0 Ministro Marco Aurélio, a 1* Turma do STF por spanimidade entendeu que “é obrigacdo da Administragao Piiblica ovidenciar os requisits de acessibilidade que viabilizem 0 acesso avénomo da pessoa com deficiéncia a qualquer prédio piiblico (MACIEIRA, 2014). Umadas medidas que podem reduziroueliminarcertas bareiras “des; fontes de ds | ailetGnicas se chama adaptagdes razosiveis. O terme adaptagoes | € definido como: e quaaisquer ouirosit “adaptagdes, modificagdes e ajustes 0 VIII. BRASIL, 2015) je adequadlos que néio acarretem dnus desproporeional € requeridos em cada caso, a fim de assegurar que deficiéncia possa gozar ou exercer, em igualdade de idades com as demais pessoas, todos os direitos iso VI). emtais” (LBI, 2015, art. 3 131 r Digitalizado com CamScanner _ ~~ romeu Kazumi Sassaki as Sete Dimensdes da Acessibiidade temo adpiases raznivls €wslizado retradgn, ae sri" 4,815 “ated Moet (at 28 ineiso I) em “eifieagd0 mulitany, a 432; imiso IM) em “eolocagao competitiva” (art. 37); em Ney smacional de Acesso ajudou a conscientizaro piblico, ty gt tao, ele tem sido uilizado incorretamente por muitas soos oraz 085: Essa utilizagdo incorreta, verdadeiro abuso, q do 0 verdadeiro significado do simbolo e deixando ver fos 08 I sega sendo cotoeado em produtos © Servgos que nada tém a com a acessibilidade ao meio fisico, Tal abuso te contibuido wa ie Par 55,S2)semaee8S08 USA (AM.79) ero, 2,5, 14,2427 (ONU, 2006). jum extenso argo intitulado “AdApLASHe5 pay, sob 0 ervoinclusvsta” ¢ publicado em t8S partes ng, Rea, onm detaleshstreos, elago com teenoloses, pug ‘ONU,relapdocomal.eidos Americanos com Deficienca, pring ‘xemposaplicadosa deficiéncias, ais como: deficigncia inteleau gos quando eles se deparam, por exemplo, com este foemente para atrasar 0 processo de desenvolvimento de-uma sexiedade acessivel para todos (SASAKI, 1996), Convido o leitor slermais sobre este simbolo no Capitulo 7 [*Simbolo Intemacional deAcesso ¢ Logotipo de Acessibilidade”}. jeossovial, deficiéncia visual, deficiéncia auditing Exemplos teéricos sarquitet6nica foi acolhida peal brigat6riaa colocagao do Simboh locais e servigos que pemian No campo da educacao Guias rebaixadas na calgada defronte a entrada da escola, (BRASIL, 1985). fs! | Saminhos em superficie acessivel por todo o espago fisico dentro da Scola, porias largas em todas as salas e demais revintos, sanitirios los tomciras acessiveis, boa iluminagio, boa ventilagio, correla de mobilias e equipamentos ete pela organiza? 1969. Se, por um ls? 133 Digitalizado com CamScanner ‘as sete Dimensdes da Acessblidade “ela explica no Tangamento do seu lvro Acesitidade -eaobra bo resultado de um trabalho de seis anos; esurgia fisicos do local de trabainy xperténciascoidianas como pessoa cega, Pretendo que f sri new sirva para go pelaiee esi porque _gsoutrossomasnéscompletaaadvogada(PRATES,2015) exige™ paraoadvogado ‘Antonio Rulli Neto, “as barreiras atitudinais on Panitrion sig que as pessoas pensem e mudem suas atitudes utilizados pelas empresas py, & ‘com vagas reservadas, a ética e 0 espirito republicano assim ‘ou turismo janiemcaneidas como barreiras culturais] provavelmente sa0 somasfieisdesevencereseapresentamenformadepreconeis terminais rodoviirios, cs, | _guigmas e eseredtipas sobre pessoas defcienes (por exemplo, 0 teatros, transportes coletivos, pars | io de que pessoas com deficiéncia tém péssima assiduidade no locais deeventos, acampameniose, | ahaa pode gerar comportamentos. discriminatérios contra as)", (RULLI NETO, 2002, p.123). ‘A simagdo de acessibilidade atitudinal & produzida com museus slo extensamente discutos » (COHEN et al., 2012). programas e priticas de sensibilizacdo ¢ de conscientizacao dos trabalhadores em geral e da convivéncia na diversidade humana nos loeais de trabalho (TAVARES, 2013. TAVARES, 2013a. TAVARES, 2013 | No Seninrio Nacional sobre Controle das Politicas Pablicas e ideia da acessbiliit i . promovido pelo Tribunal de Contas da Unido, em ga de comportane- 13/09/2012, 0 Dr. Roberto Wanderley Nogueira, 135 Digitalizado com CamScanner ‘Romeu Kazumi Sassaki 1s Sete Dimensies da Acessibiidade present jue feel de Peamben, APFESENION 2 pole, “ i hou no Brasil nas décadasd que traball 1e80€ 90, ese Cidadania”, durante a qual cle tecey ’ a Acessbilidade ly sexo tivre): Umestudo das attudesedconhecimento (em abreas barreras atitudinais (NOGUpy,, =} sie considerapes re GUERRA y an) sidade em relagdo @ hanseniase” (FRIST, 1976), aques i -—Eimtemosinteracionas, 4 Darrciras at wa, Cindy Kolb, da equpe de Servgos Educaionis de tem sito dts om muita énf'se 20 longo de dca, ce : ‘exemplos mais antigos a partir de 1962. | 1--Raymond Dene do Cento & Assocagio gets = Mician € 0 autor do capitulo “AGES do pag ‘wade, do vo Total Rehabilitation of Epileprics Gey cacao da Wayne State University, ministou a paesta 4 do empregador para com pessoas com deficiéncia” nro live) durante 0 seminisio Career Developmen and ment Services with the Handicapped College Student, em atondale-IL (KOLB, 1977). 6 — Gary Goldacker, gerente da empresa Norge Co., em erimL, apresentou a palestra “Abordando empregadores: tides, leis e colocacdo” (em tradugao livre) durante 0 seminario Career Development and Placement Services with the Handicapped College Student, em Carbondale-IL, (GOLDACKER, 1977) 7 —Peritos da ONU escreveram o livro Social barriers othe integration of disabled persons into community sparaasleisquepraticames« | #€" fem tradugdo livre, “Barreiras sociais 4 insergio de ra do mercado det» | Peas com deficigneia na vida da comunidade’), 10 Divro Total Rehabiia's ‘ ‘obsticulos atitudinais © comportamentos (FABING, 19%) m (ONU, 1977). nsultor de reabilis* ‘William A. Crunk, Jr. & Jay Allen publicaram seu artigo baseados deficiéncia na, 137 naa Digitalizado com CamScanner anaes over th severely disabled among fiyy rehab, gros em ado livres “Atitudes para com poy, il deni severs em inc grupos de reabilitasig Hea, ALLEN, 197). : F Frist, 0 mesmo consultor citado ny item, padi T 1 seu artigo (em tradugo livre): Aeciasay ely de paciente com hansentase e outras PESOAS ey Romeu Kazumi Sasaki © AN anabyi with the attitudes of professionals toward dig ‘Uma anilise da pesquisa sobre atituies deficiéneia”) (CHUBON, 1982), an é Joyce Couch Cole esereveram ory d Cartwright & Peter 0s | eujos resultados fe 2): “Atitudes dos 8° ‘com paraples ‘As Sete Dimensbes da Acessiblidade RIWRIGHT & OSSORIO, 1984), =. de criangas surdocegas © professor associado da Ohio = Michael D. Oriansky, doutor em educagdo especial ial = sate Unive pecepotes publicas de palavras relacionadas a cegucna e 4 sain visto” CORIANSKY, 1984). 14—Louise F. Burton, Janice A. Chavez & Charles J. Kokaska ssity, escreveu © publicou o artigo (em tradugéo livre framosautres doartigo Lmployabiliy skill: Asurveyofemployers’ opinions [em Umestudo das opinides de empregadores”] (BURTON, CHAVEZ radugdo livre, “Habilidades de empregabilidade: &KOKASKA, 1987). 15 — Chuck Oakes escreveu 0 artigo Your company’s isunderstanding of the disabled may be a handicap (em tradugo livre, “O equivoco da sua empresa sobre pessoas com deficiéncias pode ser uma ineapacidade” | (OAKES, 1987). 16 — Reed Greenwood & Virginia A. Johnson publicaram © antigo (em tradugdo livre): “Perspectivas do. empregador sobre 0s trabalhadores com deficiéncia” (GREENWOOD & JOHNSON, 1987), ~ 17 Joel M. Levy et al. publicaram 0 seu artigo Determinants fattitudes of New York State employers towards the ‘employment of 139 —_ Digitalizado com CamScanner | eae een ear ae azumi Sasaki peerome” ‘As Sete Dimensdes da Acessibligade sm traduga0 livre, “D, here andcaes( termina, anpegadores do estado Je Novy yyy. a a ficiéneia ‘de pessoas com def severa”) ¢ “com 0 empres? LEVY inches & Maria Dolores ju, — igo(em radu live) “Alias perantceay, 1 Universidade de Granada” (SANC ye, , cm retagho 40s Mireitos das pessoas com defen estabelece a Convento sobre os Dirstos das Pessoa om ja(CDPD), em seu Artigo 8, “Conscientizag parigrato jersei) BRASIL, 20080). ‘p existéncia de barreiras atitudinais & mencionads po fo ‘e’ do Predmbulo da CDPD ao dectarar que 0s Estados paresreconhevem [Portanto, © Brasil reconhece] “que a deficiéncia ‘gam conceito em evolucdo © que a deficiéncia {neste caso, 4 on Disability Research icp spacidade] resulta da interagdo entre pessoas com defciéncia & borou a livro “Perspectivas do empreguiy |g bareiras devidas ds atitudes e ao ambiente que impedem a plena is eftiva participacdo dessas pessoas na sociedaae em igualdade de oportunidades com as demais pessoas” (BRASIL,2008b), Para a Lei Brasileira de Inclusio da Pessoa com Deficiéncia, (UBD), em seu art. 3°, inciso IV, letra ‘e’, barreiras atitudinais slo: “atitudes ou comportamentos que impecam ou prejudiguem 4 partcipacdo social da pessoa com deficiéncia em igualdade mdigbes e oportunidades com as demais pessoas 141 Digitalizado com CamScanner _ ‘as Sete Dimensées da Acessibiidage ki -omeu Kazumi Sassah es de ipromoverperceredO POsiivae maior medi gs ss cm ARIA ay,” sayin ose de “incentivar todos 0: érgdn, dy rere a pesos com dfca de manera cmp 0 propio da” CDPD € “promover programas de forma, x sensi a respeto das pessoas com deficiéncia ¢ sb, com deficiéncia” (BRASIL, 20085), mean | guava cerns, mals amiad mas cia, ‘no campo do trabalho piminagdo de preconceitos, estgmas, estredtpos ¢ ecrimingdes, como resultado Je prowramss © prices de seslzagioe de conscentiza520 dos trbalhadore em gale avivenia ma diversidade humana n0s locas de aba No campo do lazer ou turismo Edueagdo da sociedade como um todo e, especialmente, dos sde sensibilizagao e conscienzs | pofsionais com poder de decisio, mas aind preconcstuosos @ ‘fim de eliminar preconsi | _repeito de pessoas com deficiéncia, e que por isso deixam de abrir cpomunidades de lazer ou turismo para este seemento populacionl ticas atipicas (define C. DIMENSAO COMUNICACIONAL _ Acessibilidade comunicacional significa “acesso sem que todos aprenam ee" inte escolar (et comunicagio”. Esta comunicagio pode ser: fo seja_preconee® ontribui para que “mais alegria. Por escrito (jornal, revista livro, carta, apostla, em ‘ou face a face (falada, gestual, corporal, em lingut Digitalizado com CamScanner | romeu Kazumi Sassaki FP a my ass prt omic) ou a distancia (clefong aces ‘as Sete Dimensbes da Acessibiidade as formas de cominicacdo, entre as quais: linguas as Bele comunicagdo aumentativa e alternativa, ¢ todos neios, modos = pessoas com deficiéneta; e) Reconhecer ¢ promover 0 selina sina ", (Artigos 21,24 € 30). shantemente, a Lei Brasileira de Inclusio da Pessoa formatos acessiveis de comunicagao, & isltivo.n 186 (BRASIL, 2008), gue ri, so Dfitsia (Lei n- 13.146, de 6/7/2015) define comunicagio, ional a Convengao sobre os Dini ‘sas forma de interagao dos cidalaos que abrange, entre otras © seu Protocolo Facultatvo (oxy, | gtesaslinguas, inclusive a Lingua Brasileira de Sinas (Libras), vinlizapdo de textos, o Braille, o sistema de sinalizagao ow t eamunicacdo (aril, os caracteres ampliados, os dispositivos ‘milinidia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sstemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios ‘formatos aumentativos e alternativos de comunicagdo, incluindo asteenologias da informacdo e das comunicagdes”. (LBI,2015, ar. VY). ~ ALLéi n, 8.160, de 8/1/1991, dispie sobre a caracterizagio Ssimbolo que permita a identificagao de pessoa com deficiéncia tomando “obrigatéria a colocagao do Simbolo I de Surdez em todos os locais que possibilitem ‘€ utilizagdo por pessoas com deficiéncia auditiva 145 Digitalizado com CamScanner ee meu Kazumi Sassaki que forem postos & sua disposing, ae St 1991). 0 aes informagio do at. 472088. 0, do Decry, ‘as sete Dimensbes da Acessibilidade 4a (€ nfo “soroban") para ciliar © apendizado de 0 ou g pes gs 0 de letras em tamanho ampliado para facilitar eA comunicardo € tema tray, vou para psoascom baxa vis. 4. Pemiso para o wo de coy |x a vi. de mesa c/ou notebooks para pessoas com restigdes Jembrando, em Seu ar. 8 inca 5, Utilizagdo de desenhos, fotos e figuras para we ‘nas mAs. eomunieagdo para pessoas que tenham estilo visual de pete ‘No campo do trabalho is comunicagdes ¢ informagdes é yyy edificulte ou impossibilit a expressayn, ‘por intermédio dos dispositivos ee ssejam ou néio de massa, bem con possibilitem 0 acesso a informaga, ‘oralacessibilidade comunicacional nas relagdesinterpessoais ps lois de trabalho, na comunicagio escrita e na comunicagio virual, inclusive, com 0 uso de tecnologia assistivae teenologias da ifomagdo e comunicagao. No campo do lazer ou turismo | Adequagao das sinalizagdes de locais (em atengdo is pessoas com baixa visio) contratagio de intepretes da sede sinais) ro ‘0 termo correto& de Li=lingua desi is junto aos trabalhadores em servigos ¢ locals de lazer > ou “Brill 147 Digitalizado com CamScanner -pomeu Kazumi Sasaki ‘as Sete Dimensbes da Acessibiidade da cultura pessoas com deficiéncia, a tecnologia torna aan x cosas. Em alguns casos, especialmente no local de ee dade comanicacional, mais yi ne 4g teonologia constitul 0 grande equalizador © propicia anistica, sto mostradas em um quadey pe, | 4 pasa com defer comliedes itis para compe ae a considerando 10 PUblico-alvo as pss UGH, 1988). sry | (RADABAI jauditiva (TAVARES, 2013, pp.83.g9) Fundamentacao legal O INSTRUMENTAL instrumental significa “acesso sem barnin, {Uma das medidas que podem reduzir ou climinar certas jentas, utensilios, tecnologias” vil, | pyqeiras existentes em instrumentos, ferramentas ou utensilios fem quaisquer campos. se cha adaptagdes razoaveis, cuja fundamentagio legal foi riados tipos de tecnologias assitiay | discutida na PARTE 3 [A. Dimensiio Arquitetdnica), deste livto teenologias da informasio + | (BL, 2015, art. 3%, inciso VI, ONU, 2006, Artigo 2. SASSAKI, de instrumentos, gue possr | 20l0e SASSAKI, 2010d. SASSAKI, 2010c). ;eonvencionaislipis, giz, cant si 9, teclado de computaior ox | Exemplos teéricos

Romeu Kazumi Sassaki __ As Sete Dimensées da Acessibilidade esse inciso foi copiady da, jcagdo do Decreto Federal n. 3298/99, o ctado inciso A 4 eontramao da Politica Nacional de Educasao Especial na da Edueagdo Inclusiva (BRASIL, 2008a)edomovimento poste educacional inclusivo em todos os niveis, assumido em seu art. 2°, paragrafo nico ing . in a compulsiria em cursos regay, Wes particulares de pessoas porta to sistema regular deni. | age 24 “Edvea620" ~ da Conveng sobre os Dinits das psoas com Deficiéncia (ONU 2006. BRASIL, 20088), e também spat. 27*Do Diteito & Educagio” —da Lei Brasileira de Inclusto apessoa com Deficiéncia (BRASIL, 2015). “outro exemplo de barreira progeamitiea contra ”, Ou seja, ele nao se aplica pun} gessibilidade constana Segdo IV, intituladaDoAcesso ao Trabalho”, considerada “incapaz de estuia J doacima citado Decreto Federal n. 3.298, de 20/12/1999, e abrange nto seria tecnicamente vililo J osanigos 34 até 44. Vou analisar apenas os artigos 34 (“Finalidade essa pessoa? Qual profssonl | dapoitea de emprego”) 35 (“Modalidades de insergio laboral”). nto? A matricula compulsiris “Art, 34. E finalidade primordial da politica de emprego a insergdo da pessoa portadora de deficiéncia no mercado de trabalho que nao tém deficitnis | tsuaincorporagdo ao sistema produtivo mediante regime especial sio “eapazes”? & trabalho protegido” (BRASIL, 1999) Este artigo esté mal formulado ¢, por isso, confunde 0 “enfimento de quem queira apicé-to a situagbes coneretss FS iso me obriga a fazer, pelo menos, das interpretagdes- de trabalho” € 8 €ncia que desejem estus 1 Politica Naviow! 1. A “insergdo no mercado 165 Digitalizado com CamScanner omeu Kazumi Sassaki ‘as Sete Dimensies da Acessibiidade incorporagiio ao sistema produtiyy» Aa jira, que independe da adocdo de procedimeniosespeciais com palavras diferentes, Ponan, . coneretizagdo, ndo sendo excluida a possibitidade de liso apoios especiais; Il - colocagao seletiva: processp 4 regular, nos termos das legislacdes trabathisia ¢ , que depende da adogao de procedimentos e apoios pss para sua coneretiza paaprdpia:processo de fomento daacao de wmaou mais pessoas, dissesse: “E finalidade Primordigy & sergio da pessoa portadora ded. ‘ “ fe FeRIMe especial de my, € 11 - promocao do trabalho por 9, euseriaiteiramente cng, dante trabalho autGnomo, cooperativade ou em regime de economia familiar, com vista & emancipacdo econdmica e pessoal” (BRASIL, 1999) Aquicomegaumasériedeeqi eos arespeitodasmodalidades ‘ insergdo laboral. O artigo 35 admite wes modalidades: a competitiva, a seletiva e © trabalho por conta propria. Mas, do ponto de vista téenico, baseado no. processo de reabilitagdo.profissional, essas trés modalidades so todas sional, Neste cus’ | SOmpetitivas. Por que apenas a primeira modalidade foi chamada de ‘também a inci} “Sompetitiva”? A colocagao seletiva ¢ competitiva também, assim Somoo trabalho por conta propria na forma de trabalho autonome € 3 iva. $6 nao sdio competitivos o trabalho em regime de a familiar e o trabalho protevido, 167 Digitalizado com CamScanner erated Kazim) Soseats ‘As Sete Dimens6es da Acessibiidage ‘vou analisar as trés modalid a ¥ lades Tomeaday No que se refere 4 modalidade de “colocagan seletiva”, 9 gagdo compettiva” © a “colocagi se ha osemina ave *§8°A entidade que se uiicar do proces de and ster deverd PTOMOWY em pacer com 6 oma m0 tomador aq seriees, programas de prevened de doencas profssona de reigao da copacidae labora, bem assim programas 8 de atagdo regular, nos termyy 4 +86 e diferenciando emg de “procedimentos espesi eign caso corram aclogias Ow Se maniestem guras weidades” (BRASIL, 1999) Muito esquisita esta observacdo voltada especiicamente a ra quanto a seletiva ocomen | “eolocagdoseletiva”. Pois a promogao de “programas de prevengdo itivas. A tinica diferenga exi | dedoengas profissionais e de reduedo da eapacidade laboral, bem podem, no exereicio de | asim programas de reabilitagdo caso ocorram patologias ow se jimento especial ["jornadi | manfestemoutras incapacidades” deve ser uma obrigacio de todos de salirio, ambiente | (eaidade, tomador de servigos, empresas comuns et}, qualquer (te sja a modalidade de inseredo laboral e quaisquer que sejam os ‘nbalhadores [com ou sem deficiéncia}. Detalhe semintico: Neste «50, em ver. do termo “incapacidades”, 0 correio ¢ “defciéncas". [orientagio, supervise rue anxiliem ov perma 0 §1° estabelece medidas ou agdes a serem tomadas somente ‘milardo& “colocagao seletiva” ¢ ao trabalho por conta PROPS: incia social na forma cionais motoras, sensoria® sncia, de modo a.supers possibilitanco « ple ‘As entidades beneficentes de assiste fo tntermedian « modalidade de inserga labora! de [0 referidoinciso tieaes de normalidadt incisos Ie Ill, nos seguintes casos: 169 —_— TELA Digitalizado com CamScanner As Sete Dimensées da Acessibilidade va" €9 nciso II, 0 taba po, serem considerados competitivos. Estas enidades, am ‘ty foxoteminemesia™ na “comercializacdo de bens ¢ servicos mes (-) em oficina protegida de producao ou terapéuica” eS, eM AE AS EMtidades beng. ts ago de servis, por ening ga dz0ineo (SASAKI, 2007), BdaUeficiencia fisica my | _ Fundamentacao legal € servicos decorrenes “po truarmos de qualquer assunto pertinene pessoas com adolescente & dui otegidla de producao 4 | sina, quer Soja para criar programas e servis, que seja para cabot leis, politicas piblicas © outros textos, & imprescindivel odeservigos” édesciix | jeamos em conta a opinifio das organizagdes de pessoas com ifeita mediante celebragiv | deicitncia. A exigéncia no sentido de que essas onganizagdes @ entidade beneficenie de | xjam consultadas — para se garantir a dimensio programitica da s,noqualconstardarelacio | mesibilidade ~ foi reconhecida ¢ registrada na legislagao federal deficiéncia colocaiosi' | tasikima e também em inimeros documentos mungiais dese a Girada de 70 até os dias de hoje. Seguem-se aqui alguns exemplos jimento equivocaio | (SASAKI, 2008): colocagao seletiva 4? | ODecreto Legislative Federal n, 186, de 9/7/2008, ratificou 35 deixam transpares z emenda constitucional a Convensio sobre os Diteitos or conta propria pol com Deficiéncia, que em seu Preimbulo afirma que os reconhecem [portanto, © Brasil reeonhece} “ave qi eS Digitalizado com CamScanner As Sete Dimensées da Acessibilidade deficiéncia na elaboracao, execuedo ¢ avaliagio de lticasparaaplicar”|..| Os Estados Partescriardocanais 5 eficazes que permitam difundir entre as organisagdes rc privadas que trabalhan com pessoas com defciinia ssaangas normativos ¢ juridicos ocorrids para a eliminagdo da jrinago contra as pessoas com deficiéncia” (BRASIL, 2001), | ADeclaragiio dos Direitos das Pessoas Deficientes, ONU, giNI9T5, diz: “As organizagdes de pessoas deficientes. podem (05 Estados Pare: | wn fe consultadas em todos ox assuntos referentes aos te pessoas con | disdas pessoas deficientes” (ONU, 1975). por intermédio de su -ADeclaragio dos Direitos das Pessoas Surdocegas, aprovada mConferéncia Mundial Helen Keller sobre Servigos para Jovens ¢ Adultos Surdocegos (16/9/77) ¢ no Conselho Econdmico ¢ Social da ONU) diz: “As pessoas surdocegas tem o direito de ser consultadas “E responsabilidade dos implementagdo da presente Declaragdo; para este fim, ‘adotar todas as possiveis medidas legislativas, téenicas egurar que pessoas com deficiéncia, suas associagdes ‘ndio governamentais especializadas participem na didas” (UNESCO, 1981). 173 Digitalizado com CamScanner ‘As Sete Dimensdes da Acessiblidade nacional, regional e internacional. Sua habildade ingen jaa de sua experencie, pode dar contibuccessignticatvas ap janerto de programas € servicos para pessoas com deficiéncia aire sore ose do BIC sia seem conta, a ves proprias _pessoas com deficiéncia deverdo ter uma influéncia samancial para determina eficécia dos programas, servigos pleas, lanejados para o beneficio delas” (ONU, 1983). A Convencio n. 159 - Reabilitagio Profissional e Emprego de {rem as politica. | pesoas Deficientes diz: “As organizacdes representativas de e para thes digam respein | yesoas com deficiéncia devem ser consultadas sobre a aplicagéo da rr dar 0 necessirio pultiea nacional de reabilitagdo profissional e emprego de pessoas com deficiéncia” (ON\ dgfciéneia e sobre as medidas. ‘que devem ser adotadas para promover a De cwperagdo e coordenacdo dos organismos piiblicos ¢partculares que tivo a Pessoas com | puricipam nas atividades de reabilitagdo profissional” (OT, 1983). “em programas ik As Diretrizes para Agdes Prioritirias em Nivel Nacional do ser treinados pars fiom: “As fimedes do drgdo nacional para assuntos de deficiéncia restimular eajudy | deri ineluir: (...) “Apoiar a criagdo de organizagies de pessoas ae suas familias ms SOndefciéncia e adotar medidas para assegurar que tais organizagbes fitagdo e subsequent’ | ham acesso aos drgdos decisérios nos niveis nacional, estadual ¢ a" (ONU, 1984), ria sobre Educagio Especial diz: “Os planos 175 Digitalizado com CamScanner ‘As Sete Dimensies da Acessibilidade de pessoas com deficiéncia e em coopera com els devem elaborar una estratégia para odesenvoh ge imine volvimeno ‘organizagdes. [..] Os planos nacionais frateciment? ; 108 nacional spenprpiar ativaconsuioriaentreo fern € as organizagdes jciéncia” (ONU, 1992), cxpsoas.com ei " o Plano de Agio Afirmativa de Naieib 0 Inch 0 desenyyi, izagBES voluntirias. i, “Os governos sao desaiados, em particular, nos paises em desenvolvimento, a paar ocrescimento e desenvolvimento de organizagdes de pessoas camdefciéncia para que elas possam assumir um papel de ideranga sm frmulagdo de politicas nacionais sobre a deficiéncia ¢ no izem: “As organiza ‘plenamente envolvidas» zntacdo, monitorane j@ técnica relaias j planejamento, implementagio, pesquisa ¢ avaliagdo de programas ue visam @ equiparacdo de oportunidades” (REHABILITATION *Pessoas com decixi» | INTERNATIONAL, 1992). “A Declaragiio de Vancouver diz: “Nos exigimos que os pparceirosindispensiv: | gmemantes, legisladores jevitdveis” (OMS.1%!\ | defiiéneia sao verdadeiramente peritas em assuntos de deficiéncia e Implementagie & ] enaseonsultem diretamente envolvendo-nos nos emas pertinentes ‘com Deficiasit ssa experiéncia™ (OMPD, 1992). s sobre a Equiparagio de Oportunidades para pverdio ser plenanest J] reconhegam que as pessoas com Deficigneia dizem: “As organizagdes de pessoas devem ser consultadas quando estiverem sendo 77 Digitalizado com CamScanner as Sete Dimensées da Acessibildage Be TATION ERNATIONAL, 1999), | Pecarapio de Pequim diz: "Nésaeredtamos gu imar povo séeul é uma época oportuna para todos — pessoas cone apeiniade qualquer tipo e suas organizagdse ourasinstuiaes jas, gvernosTocais €nacionais, membros do sistema da ONU as gos intergovernamentals, bem como osetorprvado — seus direto cn i [a] “Os Govern colaborarem estreitamente em wm processo consultivo inclusivo camplo, visando elaboracdo e adogdo de uma convengado }deficiéncia em io | jemacional para promover e proteger os direitos das pessoas com ‘relativosapessoascon | deiciénciae aumentar as suas oportunidades iguais de participagao fesocial”(ONU, 1993) | macorrente principal da sociedade” (PEQUIM, 2000). sisamos partiipar A Declaragio de Madri diz: “Nada sobre mis sem nd HOS 0s niveis e, através &e | (a) “Todas as agdes devem ser implementadas mediante didlogo idos decisivamentecn | € cooperagdo com as relevantes organizagdes representativas de _Nés somos os pri sTRICHT, 1953) gas com deficiense Pesoas com deficiéncia. Tal participaydo ndo deve estar limitada @receber informagdes ou endossar decisdes. Mais do que isso, ‘(Mlodos os niveis de tomada de decisdes, os governos precisam r ou fortalecer mecanismos regulares de consulta € Possibil fem ds pessoas com deficiéncia através de 8 contribuir para o planejamento, implementagao, € avaliagdio de todas as agées.” [..] “A midia deve 179 Digitalizado com CamScanner ‘As Sete Dimensdes da Acessibiidage ar oTganizardes de pergy, om io de pessoas com dei, ia a (CONGRESSO EUR, sia em 2004 & ‘Nada Sobre Nos Sem Nés’ 0 tema eoloeg ee dade de uma participagao ati, *. e., ipacdo ativa das pessoas com eo @ planejamento das politicas dos programasque afetam an fu] “A prética de consultar pessoas com defiiénca ¢ etnies de sus OTEAIEAEDES € eid para asseguray qu Z merits resultantes (educagdo, treinamento profssional, amprego, transporte, moradia, servicos legais ¢ sociais, entre urs) rarem 5 seus interesses e necessidades adequadamente” (ol, 2004). sons Para um fortalecimery _ Exemplos teéricos | Participacdo dirs ee dos servigos acs | No campo da educagéo ~ Revisio atenta de todos os programas, leis, regulamentos, ‘€ normas da escola, a fim de garantir a exclusto de isiveis neles contidas que possam impedir ou dficultar ‘plena de todos os estudantes, com ou sem deficiéncia, 181 Digitalizado com CamScanner eB Romeu Kazumi Sassaki aN No campo do trabalho ‘ as barreiras invisjye; Eliminagio de todas Visiveis fe ay i liticas: lei inadyertidamente embutidas em politicas: leis, decretos, ong i resolugdes, ordens de servigo, regulamentos ete, “4 No campo do lazer ou turismo Eliminagio das barreiras invisiveis existentes nos decrety leis, regulamentos, normas, politicas publicas e outras Degas escrts barreiras estas que se apresentam implicitamente, mas que na pritis impedem ou dificultam para certas pessoas a utilizagao dos servigas de lazer ou turismo, 182 Digitalizado com CamScanner

Você também pode gostar