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Celeste Abel Paulino Alifete

Edson Enesto Matsinhe


Ema Albino Bacar
Nadio Wagner Matsinhe
Perola Miguel Monjane
Regina Boaventura Tamele

INUNDAҪÕES URBANAS

UNIVERSIDADE PEDAGOGICA DE MAPUTO


Abril de 2022

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Trabalho a ser entregue na disciplina
de Climatologia lecionada pelo
docente Mestre

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Índice
Introdução..................................................................................................................................3

Conceitos de inundacoes em zonas urbanas...................................................................................4

Tipos de inundacoes...............................................................................................................................5

Tipos de inundacoes que afectam as zonas urbanas..............................................................................6

Zonas de risco.........................................................................................................................................7

Factores e agentes que condicionam as inundacoes..............................................................................8

Area de estudo.............................................................................................................................4

Efeitos........................................................................................................................................5

Mitigacao...................................................................................................................................11

Deficiente drenagem das águas pluviais para evitar inundacoes nas zonas urbanas............11

Conclusões ................................................................................................................................12

Referências...............................................................................................................................12

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Introducão

Moçambique é um dos países mais afetados por desastres naturais em África, e um dos mais
vulneráveis às mudanças climáticas, segundo estudo divulgado pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE, 2014).

O caso das inundações em Moçambique, mostra que este fenômeno tem sempre um impacto
negativo sobre a vida d das populações e do meio ambiente, como o exemplo de destruição
de infraestruturas, disseminação de doenças, perdas de bens e movimentos migratórios das
espécies, no qual esse impacto negativo mencionado deve-se às fragilidades das políticas
governamentais implementadas nas zonas de risco do país, e inflige diretamente sobre a vida
das populações e do meio ambiente.

As chuvas intensas e prolongadas durante os meses da estação chuvosa em Moçambique,


podem acarretar em consequências negativas para algumas cidades quando somadas a falta de
infraestrutura e a ausência de planejamento urbano, uma vez que, estas quando há elevação
do nível dos rios, em geral, têm se as inundações. Tal evento é considerado um desastre
natural, essas áreas tornam-se vulneráveis, aumentando os riscos de danos e prejuízos à
população( Marcelino et al., 2004)

Breve historial

Inundacao e a accao e o efeito das inundacoe. Refere-se a ocupacao pela agua de areas
geralmente livres dela. A palavra, como tal, vem do latim inundatio, inundatiōnis.

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Definição de inundações

Segundo MACKLIN e LEWIN (2005) “inundacoes sao processos naturais, inerente a


dinamica fluvial”.

Segundo o NWS/NOAA (2005) “ inundacao e uma area normalmente seca causado, pelo
aumento do nivel das aguas estabelecido, como um rio, um corrego, ou um canal de
drenagem ou um dique, pero ou no local onde as chuvas precipitaram”.

As inundações são um fenômeno natural extremo e temporário provocado por precipitações


moderadas, pos por longos períodos ou por precipitações curtas, mas de elevada intensidade.
(INGC, 2016)  Vários autores defendem que:

“As inundacoes sao fenomenos hidrologicos extremos, de frequencia variavel, naturais ou


induzidos pela accao Humana, que consistem na submersao de uma area usualmente emersa”.

2Diferença Conceitual entre os termos enchentes e inundações, tipos de inundações


Segundo Beny Muhacha a diferença conceitual entre os termos enchentes e inundações e
que o primeiro termo refere se a uma ocorrência natural que normalmente não afecta
directamente a população tendo em vista a sua ciclicidade enquanto as inundações são
decorrentes de modificações do uso do solo e podem provocar danos de grandes proporções.
Tipos de inundações
Inundações fluviais-Quando há uma grande precipitação causando esta o
transbordamento dos rios e lagos.
Inundações artificiais-causadas por falhas humanas na operação de diques e comportam o
rompimento de barragens.
Inundações repentinas- são aquelas que ocorrem em regiões de relevo acentuado,
montanhoso como acontece na zona sul dos pais, acontecem pela presença de grande
quantidade de água num curto espaço de tempo. (Home geografia)
Tipos de inundações que afectam as zonas urbanas Segundo Wagner e Francisco de
Carqueira Abril 2022, dos tipos de inundações que assolam as zonas urbanas destacam se:
Inundações localizadas-provocadas por acções antrópicas nas drenagens com
estrangulamento dos leitos fluviais em pontes bueiros e aterros.
O assoreamento agrava essa situação pois reduz seções dos canais. (“inundações urbanas”,
17 de Abril de 2022).

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Objectivos

Objectivos gerais

O objetivo geral deste trabalho é avaliar as inundações urbanas de acordo com as suas causas
naturais e antrópicas, seus impactos na sociedade moçambicana e as formas de mitigação dos
seus efeitos danosos. 

OBJETIVOSESPECÍFICOS

Como objetivos específicos decorrentes têm-se: 

 Descrever o fenômeno das inundações; 


 Caracterizar as inundações urbanas; 
 Analisar os efeitos das inundações sobre a vida das populações.

Efeitos de inundações urbanas

segundo o BANCO MUNDIAL (2017) “os principais efeitos das inundacoes sao evacoacao
e deslocamento de pessoas, danificacao de fornecimento de bens as populacoes perda de
produto e de produtividade, ocorrencia de movimento de deslizamento de terra, destruicao de
habitacoes e infraestruturas, a poluicao de rios, mares, propagacao de de doencas, destruicao
de culturas, areas de cultivo e materiais agricolas”.

Segundo GREEN, PARKER e TUNSTALL (2000) “os efeitos causados por inundacoes
classificam-se em tangiveis e intangiveis. Os danos tangiveis sao aquelas possiveis de
mensuracao em termos monetarios, normalmente estimados por meio dos precos de mercado.
As perdas intagiveis, ao contrario, relacionam-s a bens de dificil quantificacao ou quando
esta, por questoes eticas ou inapropriadas. Sao exemplos da vida humana, bens de valor
historico e arquiologico e objectos de valor sentimental”.

Deficiente drenagem das águas pluviais para evitar inundacoes nas zonas urbanas

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O acelerado processo de urbanização das cidades, associado à falta de planeamento e à
consequente existência de ocupações irregulares, originou inúmeros problemas socio-
ambientais, além de condições paisagísticas deletérias, acarretando vários desafios a serem
enfrentados pelo planeamento urbano. Esse crescimento urbano desordenado,
acompanhado das mudanças bruscas na paisagem, tem produzido grandes impactos socio-
ambientais, implicando na queda da qualidade ambiental5 e de vida da sociedade (Tucci,
2009).

De acordo com Colombo (2002), “as inundações urbanas constituem um dos principais
impactos negativos sobre a população urbana, tanto no ponto de vista da SP quanto da
economia. Segundo este autor, os prejuízos causados pelas inundações são de difícil
mensuração, levando-se em conta tanto as perdas directas como indirecta”s.

Segundo Braga (1997), “as principais causas da deficiente drenagem das águas pluviais nas
zonas urbanas estão aliadas aos seguintes factores:

 Rápida expansão da população que vive em áreas urbanas;


 Nível de consciencialização baixa da população a respeito do problema;
 Actividades antrópicas;
 Planos directores e planos de longo prazo ineficientes;
 As características físicas da zona;
 Precária utilização de medidas não estruturais”.

Importância da drenagem das águas pluviais

As inundações nas áreas urbanas, vêm, ao longo de várias décadas, tornando-se um


problema crónico, como consequência principalmente, da falta de planeamento apropriado
dos sistemas de drenagem. No processo de assentamento dos agrupamentos populacionais,
a drenagem das águas sobressai como um dos mais sensíveis problemas causados pela
urbanização, tanto em razão das dificuldades dos sistemas de drenagem quanto a razão da
interferência com os demais sistemas de infra-estrutura, além de que com a retenção da
água na superfície do solo, surge diversos problemas que afectam directamente a qualidade
de vida da população (Tucci, 2005).

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Factores e agentes que condicionam as inundacoes urbanas

As inundações urbanas tem sido um factor desastroso que vem desde muito assolando não só
a populacao urbana como tambem a natureza ou ambiente no geral.

Segundo SANTOS (inundacoes urbanas: um passeio pela literatura, artigo 179 pagina
2) “as inundacoes em areas urbanas, sao fenomenos condicionados por factores naturais que
podem ser agravados devido a factores antropicos”.

Segundo TOCCI (1999) “as inundacoes urbanas ocorrem quamdo as aguas dos rios, riachos,
galerias ploviais saem do leito de escoamento devido a falta de capacidade de transporte de
um destes sistemas, envolvendo a impermeabilidade de pequenas e medias bacias
hidrograficas urbanas. Afirma tambem o autor que efeito da urbanizacao no circulo das aguas
se da pela renovacao da cobertura vegetal original, colocando uma cobertura impermeavel
resultando na infiltracao das aguas no solo”.

Segundo FRANCES (2006) “as inundacoes urbanas ocorrem por diversos factores sendo os
principais a ineficancia dos sistemas de drenagens e a construcao de centros urbanos em
terrenos que natralmente sao afectados pelas inundacoes. Estas inundacoes sao tambem
resultado de desmatamento, intensificando o escoamento superficial, impermeabilizacao do
sitio urbano, construcoes inadequadas de diques, alteracao dos cursos naturais dos rios,
projectos ineficazes de captacao de aguas pluviais”.

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Segundo LOURÊNҪO (Geografia, cultura e riscos, pagina 314) O autor afirma que as
inundacoes urbanas resultam do avanco da urbanizacao que induz um incrementosignificativo
da frequenciae magnetude das inundacoes em resultado de ocupacao de territorio e da sua
consequente impermeabilizacao, e ainda, a canalizacao de drenagens em condutores
artificiais. A expansao de areas urbanas podem tambem alterar a morfologia natural do
territorio produzindo barreiras ao escoamento, como aterros, pontes e outras obras de
construcao civil.

Segundo MARTINEZ (2003) “ a inundacao urbana è causada normalmente pela dinamica


da natureza sendo intensificada pela intervensao antrópica no ambiente. Os efeitos socios
ambientais sao agravados a medida que o processo de uso e ocupacao de solos urbanos”.

Segundo RIGHETTO (2009) “ a ocupacao territorial urbana gerou a impermeabilidade de


grandes areas, alteraxndo o circulo hidrologico natural com a insercao de revestimento que
impedi a infiltracao de aguas pluviais no solo, o volume escoado superficialmente aumenta,
gerando necessidade”.

Segundo KOBIYAMA et al (2004), “existem dois (2) tipos de medida preventivas basicas a
citar:

 As mediadas estruturais;
 Medidas nao estruturais.

As medidas estruturais envolvem obras de engenharia, como as realizadas para a contencao


de cheias, tais como:

 Barragens;
 Dique;
 Alargamento; de rios;
 Reflorestamento.

Contuto, atis obras sao complexas e caras.

As medidas nao estruturais geralmente envolvem accaoes de planeamento e


gerenciamento, como sistemas de alertas e zoneamento ambiental.

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A implantacao da infraestrutura necessaria as actividades humanas devem ser orientadas
por um zoneamento ambiental que considere a possibilidade de riscos ambientais, o que na
practica, e representado por mapas de areas de risco. No caso da existencia de actividades
humanas ja implantadas em areas suscetiveis a desastres (centros urbanos onde ocorrem
inundacoes, edificacoes construidas em encostas ingremes), a criacao de um sistema de
alerta nestas areas pode auxiliar na reducao dos danos e prejuizos. Portanto, os principais
factores causadores dos desastres devem ser monitorados continuamente, os dados devem
alimentar um modelo capaz simular os fenomenos em tempo real. Assim no momento em
que o sistema identifica a aproximacao de uma condicao critica, inicia-se o processo de
alerta e retirada da populacao do local do risco”.

Conclusões

Em suma de acordo com os autores acima supra-citado, podemos afirmar que a evolucao da
urbanizacao tem sido o maior causador das inudacoes nas cidades ou zonas urbanas visto que
o uso de material impermeaveis para a construcao de obras diversas de construcao civil e nao
so, tem dificuldade no escoamento das aguas pluviais das zonas urbanas para os rias, mares e
ou oceanos. Conduto observa se que quanto maior for o desenvolvementodas zonas urbanas o
maior

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Referências

VAZ, Álvaro Carmo et al. Comissão de inquérito ao acidente da Barragem de Massigir.


Maputo: Conselho de Ministros, 2008.

Tradoss, M2009. Instituto Nacional de Gestão de Calamidades: Estudo sobre impacto


do clima e desastres, 2017.

Republica de Moçambique. Conselho de Ministros. Plano director para a redução do


risco de desatres 2017-2030. Moçambique: [s.n.], 2017

Cançado Vanessa consequências económicas das inundações e vulnerabilidade belo


horizonte escola de engenharia da UFMG 2009.

Ribeiro Shakil gestão de inundação como a menizar seus efeitos em Moçambique


UNILAB 2019.

Tucci, C. M. (2009). Gestão da drenagem urbana. Textos para discussão cepal • IPEA

Colombo, J. C. (2002). Diagnóstico e diretrizes para plano director de drenagem urbana:


Ribeirão

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Braga, B. F. (1997). Controle de cheias urbanas em ambiente tropical. In: Drenagem
urbana: gerenciamento, simulação e controle. Porto Alegre: Ed. da UFRGS: Associação
Brasileira de Recursos Hídricos – ABRH.

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