[002]
Deus, O Uno Absoluto Infinito
Mestre Tibetano, no livro Tratado sobre Fogo Cósmico, escrito pela Sra. Alice A. Bailey,
na página 972, diz textualmente: “O Espírito e a matéria nunca estão dissociados
durante a manifestação; constituem a dualidade que está por trás de todo o objetivo.
Sem embargo algum fator é responsável por ela - aquele que não é Espírito nem
matéria, considerado como inexistente por todos, exceto pelo iniciado. Na 3ª iniciação,
o iniciado tem um lampejo de luz a respeito desta abstração e quando recebe a 5ª
iniciação terá captado bastante para permitir-lhe dedicar-se com afinco a desvendar
seu segredo”.
Como já tinha dúvidas a respeito da dualidade Espírito-matéria e nunca aceitei a idéia
de que DEUS é apenas Espírito, muito menos o DEUS dos religiosos, passei a meditar
profundamente nas informações do Mestre Tibetano.
Cheguei então a uma conclusão, que passo a descrever.
Inicialmente determinadas premissas devem ser estabelecidas.
• DEUS é infinito e, pelo princípio matemático da unicidade do infinito, é único e
uno, sendo portanto absoluto.
• Sendo infinito, nada por ser criado, na acepção de haver surgido do nada,
simplesmente porque se algo fosse criado num dado instante, no instante
imediatamente anterior esse algo não existia, o que é um absurdo, porque
negaria a infinitude de DEUS, pois faltava esse algo a ELE.
• No infinito não existem os conceitos de espaço e de tempo, pois, sendo DEUS
infinito, é onipresente, logo para ELE não há distância, não havendo distância,
não há espaço nem tempo.
• Como não pode haver vazio em DEUS, ELE tem a propriedade da continuidade.
Todas as possibilidades de estados de ser existem em DEUS, ao infinito. Nada mais
pode ser criado, em decorrência desse fato. Esses estados de ser existem NELE ao
infinito e simultaneamente, uma vez que para ELE não existe o tempo.
Em decorrência desse raciocínio, o que é chamado manifestação ou criação de DEUS,
na realidade é o conjunto de estados de ser DELE, não existindo nem criação no
sentido de haver surgido do nada, nem manifestação no sentido de exteriorização,
porque ELE não pode sair de Si Mesmo, o que seria um absurdo.
Assim, Espírito ou Mônada e matéria são dois estados de ser, opostos, de DEUS, ou
seja, Mônada é DEUS e matéria é DEUS, em estados de ser diferenciados e
simultâneos. Há também um terceiro estado de ser, chamado consciência, resultante
do relacionamento entre Mônada e matéria.
DEUS no estado de ser como Mônada possui consciência de individualidade, ou seja,
autoconsciência e como matéria, apenas consciência.
Isto significa que ELE, como Mônada, considera-se finito e com poderes limitados.
Como existe diferenciação (Mônada e matéria), para a Mônada existe tempo e espaço,
como estados de consciência, decorrentes do relacionamento com a matéria, uma vez
que há referencial para espaço e tempo.
DEUS possui infinitos estados de ser como Mônadas bem como infinitos estados de
ser como matéria.
Percebem aí, claramente, a trindade de DEUS: Mônada, o Pai, a Vontade - matéria, a
Atividade Inteligente - consciência, o Filho, o Cristo, o Amor-Sabedoria, gerado pela
relação Mônada (Pai) -matéria (Mãe).
DEUS, no estado de ser como Mônada, repete o processo de assumir estados de ser
como Mônada e matéria, sendo que essas Mônadas, sub-estados de ser da Mônada
Pai,acham-se mais limitadas e com poderes mais reduzidos. Assim, o processo de
Mônadas, sub-estados de ser, adquiriremsub-estados de ser cada vez mais limitados e
com poderes cada vez mais reduzidos, prossegue até chegar ao nosso Logos
Cósmico, nosso Logos Solar e nós, Mônadas humanas e às Mônadas Dévicas.
Por esse raciocínio, todo ser humano encarnado, é um estado de ser de DEUS, em um
número incomensuravelmente grande de divisões de estados de ser.
Todas as Mônadas humanas, encarnadas ou não, qualquer que seja o nível de
evolução, de um santo ou de um criminoso, sem exceção, são o Logos Solar, em um
número imenso de estados de ser e tendo a autoconsciência de individualidade, que é
conferida ao estado de ser chamado Alma, por ocasião do processo de
individualização, na 3ª sub-raça da raça Lemuriana, conforme o Mestre Tibetano
descreve no livro Tratado sobre Fogo Cósmico, página 570.
Podemos ter uma idéia mais clara do que seja estado de ser, analisando as
propriedades da água em seus estados sólido, líquido e gasoso. No estado sólido, a
água é dura. No estado líquido ela é fluida e adquire a forma do recipiente que a
contém. No estado gasoso, o de maior liberdade para a água, ela é dinâmica, exerce
pressão sobre as paredes do recipiente que a contém e pode executar trabalho, como
nas turbinas geradoras de eletricidade e nos navios. As propriedades são diferentes,
mas sempre será a mesma água.
Estando bem caracterizado, por lógica e raciocínio puros, que tudo é DEUS em infinitos
estados de ser, vamos começar a estudar a matéria. É consenso entre os físicos que
há fundamentalmente dois tipos de partículas: os férmions, que constituem a chamada
matéria densa, como elétrons, prótons, nêutrons e quarks e os portadores de energia,
chamados bósons, como os fótons e os glúons.
Mas quem é responsável pela energização dos bósons, quem fornece a sua energia.
Sabemos que cada bóson ou fóton tem um quantum de energia, mas de onde vem
essa energia?
Fica evidente que os bósons são relacionadores. Logo eles fazem o trabalho do Filho
ou do Cristo, sob o ponto de vista maior do estado de ser de DEUS como matéria.
Como o Cristo relaciona a Mônada com a matéria, em muitíssimas relações, deduzo
que quem fornece a energia para os bósons é a Mônada. No caso do nosso mundo
fenomênico, é a Mônada do nosso Logos Solar.
Dessa forma chegamos ao assunto Fogo, tema principal do Mestre Tibetano no livro
Tratado sobre Fogo Cósmico. No próximo estudo prosseguirei com esse tema.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fogo Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey,
em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos Aires,
Argentina.
GN 6-NOV-2002
[003]
Os Fogos que alimentam e mantêm nossos corpos, densos e sutis, a natureza e
todo o mundo fenomênico, objetivo e subjetivo – Parte 1
Dentro da nossa linha de visão do UNO ABSOLUTO INFINITO, DEUS, vamos
entrar agora numa área que o Mestre Tibetano considera de suma importância
não só para um entendimento mais claro e coerente do que ocorre em nosso
entorno e dentro de nós como em todos os níveis onde a vida se manifesta,
desde o mais denso até os mais sutis.
A conceituação de objetivo e subjetivo é muito relativa. Para nós, encarnados
num corpo denso e a consciência enfocada no cérebro físico, dependendo de
informações captadas pelos sentidos e do bom funcionamento dos nossos
neurônios, os mundos mais sutis que o físico são denominados subjetivos.
Todavia quando estamos atuando e vivenciando no mundo astral, utilizando o
corpo astral, em relacionamento com a matéria astral, o mundo astral é tão
objetivo como o nosso físico. O mesmo pode-se afirmar do mundo mental
concreto, do mental superior ou causal. Quando recebermos a 4ª Iniciação, a da
Renúncia, a 2ª Solar, viveremos e agiremos no mundo búdico ou intuicional de
uma forma tão objetiva quanto agora vivemos e agimos no mundo físico, sendo
lógico que os modos de vida e de ação serão bem diferentes, com mais
intensidade de vida, mais precisão de ação, mais clareza e abrangência na
utilização dos sentidos, enfim, vivendo uma vida mais plena e abundante,
conforme disse o Sr. CRISTO, quando, em corpo físico, ensinou à humanidade.
Para cada mundo de matéria, por mais sutil que ela seja, como o átmico, o
monádico, o adi ou divino etc., sempre haverá um corpo ou envoltura constituído
de matéria daquele mundo que será utilizado pela Mônada para adquirir
consciência desse mundo, cada vez com maior intensidade de vida, embora essa
simples expressão não consiga traduzir a verdadeira realidade. Na medida de
recebimento das iniciações, o homem vai conquistando esses mundos sutis e
superiores. Sabemos que as iniciações são conquistadas pelo esforço pessoal de
cada um, por isso é dito que o Iniciado se faz ou o Iniciado já é Iniciado.
Oportunamente falaremos com mais detalhes sobre o processo iniciático e sua
suprema importância.
Para fins de simplificar e facilitar o entendimento, vamos explicar os 3 Fogos,
considerando apenas o chamado mundo físico cósmico, corpo de expressão
física cósmica do nosso LOGOS SOLAR, que é o nosso DEUS, uma vez que
todos nós, sem exceção, homens e devas, somos Centelhas da DIVINA CHAMA
MAIOR e estamos imersos em sua DIVINA CONSCIÊNCIA, da qual nunca nos
afastamos, muito embora o mundo fenomênico e a grande deficiência de nossos
sentidos bem como a falta de conhecimento nos apresentem uma visão
muitíssimo distorcida e irreal. Resumindo e concluindo, ao homem estão
reservadas VIDAS CADA VEZ MAIS GLORIOSAS, ATUANTES E DE INTENSA
COLABORAÇÃO DENTRO DA VIDA DO NOSSO LOGOS SOLAR, bastando que
ele adquira os conhecimentos necessários e faça o devido esforço aplicando
esses conhecimentos, que nos foram dados pelo nosso Mestre Tibetano, de uma
forma mais clara e direta, pois ELE escolheu a tarefa de ajudar e orientar a
humanidade, através da Sra. Alice A. Bailey. O que o Mestre quer é que
entendamos o que ELE ensina, saibamos explicar com nossas próprias palavras
e apliquemos no dia a dia. Tanto no livro Tratado sobre Fuego Cósmico como em
Los Rayos e las Iniciaciones Mestre Tibetano descreve os estados de consciência
e as atividades e responsabilidades que estão reservadas aos iniciados e
conseqüentemente a todo ser humano que faça os devidos esforços. É um futuro
muito grandioso e não um eterno“adorar” a DEUS, como se ELE necessitasse de
adoradores, sabendo que tudo o que nós chamamos criação é ELE em infinitos
estados de ser. As religiões é que criaram essa visão distorcida da vida futura,
porque estabeleceram um conceito de DEUS de forma humana, antropomorfo e
fora do que chamam criação.
Após essas considerações, vamos ao tema dos Fogos. Iremos estudá-los a partir
do mundo adi ou divino, que, como sabemos, é a primeira divisão (que no
esoterismo é chamado sub-plano) e a mais sutil do mundo físico cósmico
(também chamado plano).
Quando o nosso LOGOS SOLAR decide iniciar um novo ciclo cósmico de
experiências em mundos mais densos, a primeira tarefa é construir seu corpo de
expressão e relacionamento com a matéria cósmica mais densa. Nós,
igualmente, quando como Almas decidimos avançar mais uma etapa de
experiências, construímos nosso corpo físico-etérico, para entrarmos em contato
com a matéria física, etérica e densa.
Vimos que nessa etapa o LOGOS já está diferenciado em si mesmo em 3
estados de ser, chamados aspectos no esoterismo: Vontade, Pai,- Amor /
Sabedoria (Filho) - Inteligência Ativa (Espírito Santo). Esse último aspecto se
subdivide em 4 estados de ser denominados: Harmonia pelo Conflito,
Conhecimento Concreto, Devoção / Idealismo Abstrato e Organização / Ordem /
Ritual.
Tudo isto, para o nosso ponto de vista, está ocorrendo no mundo adi ou divino.
Para o ponto de vista do LOGOS a visão é bem diferente.
Para adquirir e viver novas experiências o LOGOS tem de se relacionar com a
matéria do mundo adi. Aqui é muito importante realçar os relacionamentos do
LOGOS. Para tanto vamos usar a lei da analogia, tão utilizada pelo Mestre
Tibetano. Nós, seres humanos, quando encarnados, nos relacionamos com a
matéria que constitui as células do nosso corpo físico e com os órgãos como
organizações, tudo interiorizado. Vamos esquecer por agora os relacionamentos
com o corpo astral ou emocional, para não complicar o entendimento. Há também
os relacionamentos com a matéria exterior ao nosso corpo, para os quais nós nos
servimos dos sentidos. chamados jnanaindriyas, para captação de informações e
ainda a ação que exercemos não só em relação a nós mesmos como em relação
ao meio exterior, através dos mecanismos de ação, chamados carmaindriyas.
Da mesma forma e considerando as devidas diferenças quanto à amplitude e à
qualidade do nível cósmico de atuação, o LOGOS relaciona-se com o seu corpo
de expressão, no qual nós estamos inseridos e com o ambiente exterior cósmico.
O relacionamento do LOGOS com seus pares é assunto para outra ocasião.
Como o LOGOS tem 3 estados de ser principais, Vontade, Amor-Sabedoria e
Inteligência Ativa (que abrange o aspecto Mente ou Manas e a matéria), em sua
ação não só em relação a seu corpo físico cósmico como em relação ao meio
exterior, ELE utiliza 3 tipos de energia, que chamaremos Fogos. Neste estudo
trataremos apenas desses Fogos dentro do seu corpo.
Cada Fogo está ligado a cada estado de ser. O Fogo Elétrico éresultado da ação
da Vontade, que é por excelência a natureza da MÔNADA LOGOICA. O Fogo
Solar éresultado da ação do Amor-Sabedoria, que atua predominantemente em
relacionar, correlacionar, unir, juntar, agrupar, manter os grupos coesos. O Fogo
por Fricção ou da Matéria é conseqüência da Inteligência Ativa e vitaliza todos
osátomos de todos os tipos de matéria. Em termos de linguagem oriental, o Fogo
Elétrico é resultado da ação de Shiva, o Solar da ação de Vishnu e o de Fricção
da ação de Brahma. Mestre Tibetano utiliza as seguintes expressões: Fogo do
Raio Primordial da Matéria Ativa Inteligente, Fogo do Raio Divino de Amor-
Sabedoria e Fogo do Raio Cósmico da Vontade Inteligente. Como a Vontade do
LOGOS se manifesta no mundo mental cósmico, o Mestre também chama esse
Fogo de Fogo do plano (mundo) mental cósmico.
Com referência ao nível de perfeição e eficiência alcançados por esses Fogos, o
mais desenvolvido é o do Raio Primordial da Matéria Inteligente. Istoé devido ao
fato de o nosso LOGOS o ter utilizado muito no sistema solar anterior ao atual, no
qual a sua meta era desenvolvê-lo ao máximo. É bom que saibamos que em cada
encarnação do LOGOS, que é um sistema solar, ELE sempre tem um propósito
ou meta. No atual a meta é desenvolver ao máximo o Fogo do Raio Divino do
Amor-Sabedoria, o que ELE está fazendo utilizando principalmente o Raio
Primordial da Matéria Inteligente, embora ELE também faça uso do Raio Cósmico
da Vontade Inteligente.
O Raio Cósmico da Vontade Inteligente, o Fogo Elétrico, é o que distingue nosso
LOGOS dos demais LOGOS, é a sua principal característica e indica o lugar que
lhe corresponde na evolução cósmica. Neste atual sistema solar ELE não está
preocupado em acelerar muito esse Fogo. Sua meta agora é o Raio Divino do
Amor-Sabedoria. No próximo sistema, ELE aperfeiçoaráo Raio Cósmico da
Vontade Inteligente e nós, Mônadas humanas bem como as Dévicas, iremos viver
novas experiências sob condições no momento inimagináveis, por faltarem
termos de referência.
Se raciocinarmos em termos de efeitos no mundo fenomênico, podemos fazer o
seguinte resumo para melhor compreensão:
1-Atividade manifestação animadora da matéria fogo por fricção
Chamamos a atenção para o fato de que o magnetismo aqui citado não tem o
significado comumente aceito, mas é a capacidade atrativa e repulsiva no sentido
mais abrangente.
Fogo por fricção: energia animando os átomos da matéria do sistema solar e
resulta em:
• a forma esférica de toda a manifestação
• o calor inato de todos os átomos
• diferenciação dos átomos entre si.
Fogo solar: energia animando as formas ou conglomerados deátomos, resultando
em:
• os grupos coerentes
• a irradiação de todos os grupos ou a interação magnética (atrativa e
repulsiva) de tais grupos
• a síntese da forma
Fogo elétrico: é energia que se expressa e atua como vitalidade ou vontade de
ser de alguma Entidade e resulta em:
• Ser Abstrato
• obscuridade
• unidade
Todas essas definições serão devidamente esclarecidas, inclusive com exemplos.
Passemos agora a uma conceituação um pouco mais profunda e detalhada, sem
esgotar o assunto sobre os fogos. Estamos vendo que os 3 fogos são resultados
da ação dos 3 estados de ser principais do LOGOS: o mundo visível e tangível -
fogo por fricção - o mundo da consciência e relacionamento por excelência como
o das Almas - fogo solar - o mundo das Mônadas ou Espíritos (Espíritos no
sentido esotérico), onde a vontade realmente atua- fogo elétrico. Essas 3
energias ou fogos tem comportamentos diferentes conforme a matéria onde
atuam, ou seja, os fenômenos que produzem diferem de acordo com o tipo de
átomo no qual agem.
Todos os 3 fogos, qualquer que seja a matéria onde atuam, se subdividem em 3,
da seguinte forma:
Fogo por fricção: por fricção solar elétrico
[004]
Os Fogos que alimentam e mantêm nossos corpos, densos e sutis, a natureza e
todo o mundo fenomênico, objetivo e subjetivo – Parte 2
Vimos no final do último estudo que o fogo por fricção manifesta-se de 2 formas,
latente e ativo. Existe uma terceira forma, que estudaremos quando tratarmos da
ação dos fogos nas envolturas ou corpos de expressão.
É muito importante que fixemos muito claramente em nossas mentes, dentro do
assunto fogos, a ação dos Devas (chamados Anjos em algumas religiões). Mestre
Tibetano afirma que sem Eles não existiríamos. São Eles os incontáveis e
incansáveis agentes realizadores do Plano Divino, no que toca aos veículos de
manifestação. Eles exercem um papel de alta relevância na operação dos fogos.
O modo de evolução dos Devas é diferente do dos homens, mas todos são
manifestações de Mônadas, havendo portanto Mônadas dévicas e Mônadas
humanas, como também todas são centelhas da Divina Chama Maior, a Grande
Mônada, o nosso LOGOS SOLAR. Os Devas estão organizados em uma
hierarquia muito bem definida, na qual os cargos são conquistados por mérito.É
questão de gratidão reconhecer cotidianamente o esforço e trabalho que os
nossos amados irmão Devas fazem pela nossa evolução.
Antes de passarmos ao Fogo Solar ou da Mente, vamos discorrer mais um pouco
sobre o Fogo por Fricção, no nível do LOGOS SOLAR. Os dois tipos de fogo por
fricção do Logos atuam inicialmente no mundo adi ou divino, que é o primeiro e o
mais sutil das 7 divisões ou sub-planos do corpo físico cósmico do LOGOS
SOLAR, correspondente ao atômico, como também é o de maior energia e
freqüência vibratória. Ali, a ação dos 2 fogos por fricção, o latente e o ativo, na
matéria adi, provoca nela um movimento vibratório de tal intensidade que o
Mestre Tibetano descreve através da expressão: mar de fogo. Para nós humanos
esse mundo é o mais elevado e só será conquistado após a sétima iniciação
planetária, que é a quinta solar e a primeira de Sírius ou Cósmica.
É a partir do mundo adi, através do processo de penetração de átomos adi em
átomos dos mundos inferiores ao adi, que os fogos atingem a matéria desses
mundos, até chegarem a nós e ao nosso mundo fenomênico. O processo técnico
dessa transferência de energia ou fogo de um mundo ou plano para outro não
está no escopo deste estudo. Podemos apenas dizer que o processo é
semelhante à penetração de um fóton em um elétron, energizando-o, como
também à ação dos bósons e glúons atuando nos quarks, fatos esses do
conhecimento do mundo científico e objeto de pesquisa dos físicos que trabalham
nos grandes aceleradores de partículas. Quando esses fogos ou energias,
passando de átomo para átomo de cada mundo, chegam ao nosso mundo
tangível e visível, é que ocorrem os fenômenos da natureza, como por exemplo
os vulcões e os raios atmosféricos. Com referência aos raios atmosféricos, que
resultam da ação do fogo por fricção no aspecto elétrico e proveniente do centro
do nosso sol, a ciência tem feito estudos bastante profundos a seu respeito e,
quando tratarmos desse fogo, apresentaremos um desses estudos.
O fogo solar, Fogo da Mente, como diz o Mestre Tibetano, estabelece o
relacionamento entre a Mônada e a matéria, sendo por isso a base da
consciência. O Mestre afirma ainda que o Fogo da Mente é a soma total da
existência. A conhecida frase de René Descartes: “Cogito, ergo sum”, ”Penso,
logo existo“, contém uma grande verdade, embora alguns cientistas modernos
não tenham entendido e por isso distorceram esse conceito. Isto vale tanto para o
homem como para o LOGOS SOLAR e para os Logos Planetários. Lembramos
que o nosso mundo ou plano mental é uma divisão do corpo físico cósmico do
LOGOS SOLAR e corresponde ao estado gasoso da física. Portanto o que para
nós é subjetivo, para o Logos é matéria e objetivo. Obviamente o LOGOS SOLAR
tem um corpo mental cósmico, mas esse assunto é muito complexo para o nosso
início. Mais tarde, talvez, possamos falar desse assunto.
O Fogo da Mente também se manifesta como expressão ativa do pensamento,
através dos Elementais do Fogo, do reino dévico, que, em sua essência,
constituem esse fogo. Exemplificando, quando pensamos, a nossa Alma gera o
pensamento, pela atividade do aspecto Mente ou Manas (o 3º aspecto da Alma),
atuando nessa fase o Fogo latente da Mente, mas logo em seguida a matéria
mental que constitui o corpo mental da Alma, responde ao Fogo latente da Mente,
iniciando-se então a movimentação e organização da forma mental. A atividade
da Alma ao pensar é o fogo solar ou mental latente e a forma mental que
responde é resultado do fogo ativo. Da mesma forma quando a Alma do LOGOS
SOLAR pensa, Ela manipula Fogo Solar ou da Mente na forma latente, num nível
cósmico e em seguida a matéria mental cósmica, que constitui o corpo mental
cósmico do Logos, reage pela ação da forma ativa do Fogo Solar e entram em
ação os grandes Devas do Fogo, num nível bem mais elevado.
Vamos por alguns momentos nos restringir a dissertar sobre os 3 fogos atuando
no homem tríplice, ou seja, Mônada, Alma e Personalidade. Aqui necessário se
faz esclarecer o que seja Personalidade sob o ponto de vista esotérico. A Alma
para se manifestar nos mundos ou planos mental inferior, astral e físico, servindo-
se da unidade mental, do átomo astral permanente e do átomo físico permanente,
leva a cabo a construção,com a ajuda dos Devas, dos corpos mental, astral e
físico. A atuação conjunta desses 3 corpos e da capacidade de comandamento
da Alma sobre esses corpos gera a Personalidade.
Inicialmente temos o Fogo Vitalizador Interno ou Fogo por Fricção, que no homem
encarnado chama-se kundalini, em sua dualidade:
Calor latente, base da vida das células, de sua forma esférica, sua rotação e
ajustamento com as outras células.
Calor ativo ou prana (não é o prana solar ou planetário, que serão estudados
mais tarde), que anima todo o corpo e é a força impulsionadora da forma
evolucionante e mantém o corpo coeso como uma unidade. Ele se manifesta nos
chamados 4 éteres, que são as subdivisões da matéria chamadas: atômica ou
primeira, sub-atômica ou segunda, super-etérica ou terceira e etérica ou quarta
bem como no estado gasoso.
Essas duas modalidades do Fogo por Fricção constituem para a Mônada humana
a vibração ou energia básica, que permite a Ela por se em contato com o mundo
físico. É análoga ao Fogo de mesmo nome da Mônada do LOGOS SOLAR, que,
como veremos mais adiante, vitaliza todo o sistema solar. Como estão
percebendo, os Fogos energizantes originam-se na Mônada, quer Solar, quer
humana, quer dévica, dentro de cada sistema respectivamente. A lei que rege
esse fogo é a da Economia, numa sua sub-divisão, a lei da Adaptação no fator
tempo.
Em seguida temos o Fogo da Mente ou Solar. Na forma latente, é a própria
essência da Alma, cujo mecanismo é pouco conhecido, embora Mestre Tibetano
explique com bastante clareza no Tratado sobre Fuego Cósmico. É regido pela lei
da Atração. O efeito desse fogo é a atividade cíclica-espiral, que leva à expansão
e ao retorno à Mônada. É aí que se manifesta a vontade inteligente, vinculando a
Mônada a seu ponto de contato inferior, a personalidade. Deriva daí também os
ciclos de nascimento e morte nos mundos inferiores, aquisição de experiências
físicas, esforço para o domínio do mundo físico, término dos ciclos físico, astral e
mental inferior e análise e assimilação no mundo causal, para posterior início de
um novo ciclo numa espiral mais elevada, até à libertação total dos mundos
inferiores na quarta iniciação planetária e começo de um ciclo maior mais
elevado.
Como calor ativo, energizando as formas mentais construídas pela Alma, o
verdadeiro Pensador. Em muito poucas pessoas encarnadas a Alma domina
suficientemente os veículos inferiores e a personalidade para que, a partir do
cérebro físico, Ela consiga manipular eficientemente o Fogo Solar na modalidade
ativa, para energizar e vitalizar formas mentais. O verdadeiro Mago é aquele que
já tem essa capacidade.
Falta ainda falar sobre o Fogo Elétrico como energia da Mônada humana.
Deixaremos esse assunto para o próximo estudo, que será publicado dentro de
10 dias. Estamos ao dispor para quaisquer esclarecimentos.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
[005]
Os Fogos que alimentam e mantêm nossos corpos, densos e sutis, a natureza e
todo o mundo fenomênico, objetivo e subjetivo – Parte 3
No final do último estudo, prometemos falar sobre o Fogo Elétrico como energia
da Mônada humana. Trataremos agora desse fogo, sem aprofundarmos muito,
apenas o necessário para o entendimento do seu significado, sua atuação e seus
efeitos, para o controle da personalidade e assim acelerar o processo evolutivo
dentro do Propósito do nosso Logos Solar, na parte que é do nosso
conhecimento.
Vamos antes elucidar a nossa linha de subordinação em relação a Seres
Cósmicos. Como já foi dito, somos como Mônadas, centelhas da chama maior, a
grande Mônada, o nosso Logos Solar, que na realidade é um estado de ser do
Absoluto Infinito. O Logos Solar tem um propósito para este atual sistema solar,
que Ele construiu justamente para realizar esse propósito.
Para ajudarem-no nessa empreitada e ao mesmo tempo adquirirem experiência e
conhecimento bem como evoluírem cosmicamente, Ele convocou 12 Seres
Cósmicos, de menor hierarquia cósmica que Ele, chamados Logos Planetários.
Sete são chamados Logos Sagrados, porque suas funções, atividades e
responsabilidades constituem centros de força ou chacras principais, que são
núcleos irradiadores de energias, que são de vital importância para o
funcionamento correto de todo o sistema solar em diversos níveis.
Os outros cinco são denominados não sagrados, mas também são núcleos de
energias que produzem efeitos relevantes no sistema solar.
Cada Logos Planetário tem sob sua responsabilidade e guarda um determinado
número de Mônadas humanas e dévicas, velando portanto pela sua evolução.
Em conseqüência nós, Mônadas humanas, estamos subordinados ao Logos
Planetário do chamado esquema da terra, que não é sagrado no momento,
embora sejamos centelhas da Mônada Solar.
Esse Logos Planetário atualmente se faz representar na terra por uma Entidade
proveniente do esquema de Vênus, que é sagrado, Entidade essa conhecida
como SANAT KUMARA.
Esses esclarecimentos foram necessários porque nós estamos sob a atuação dos
fogos provenientes da Mônada Solar e da Mônada do Logos Planetário da terra.
O Fogo Elétrico é a energia essencial da Mônada humana, que só pode atuar
diretamente na matéria do mundo monádico. Mais tarde, pela evolução, ela
poderá atuar e conquistar mundos mais elevados, porém só após ter dominado os
cinco mundos inferiores ao monádico e este próprio.
Como o Fogo Elétrico é fundamentalmente o resultado da Vontade da Mônada ao
atuar nos átomos monádicos e ela é tríplice, ou seja, vontade, amor-sabedoria e
mente (atividade inteligente), esse fogo elétrico se manifesta como
elétrico/elétrico, elétrico/amor-sabedoria e elétrico/mente, ou falando de outra
forma, elétrico/elétrico, elétrico/solar e elétrico/por fricção. Observem que a
expressão mente ou atividade inteligente tem relação com a matéria, no sentido
de que a mente ou a atividade inteligente expressa-se pela matéria.
A vibração ou oscilação gerada pelo fogo elétrico nos átomos monádicos é a mais
alta que a Mônada pode conseguir. Esse fogo está regido pela Lei da Síntese,
que tende à fusão e é a causa do movimento progressivo do chamado Jiva
evolucionante, que somos nós.
Como o nosso Logos Solar, neste atual sistema solar, está interessado em
desenvolver ao máximo a freqüência do aspecto amor-sabedoria, a vibração do
aspecto vontade não é tão forte quanto a do amor-sabedoria. O Logos faz isso
deliberadamente. Como o fogo elétrico é resultado da ação da vontade, a
manifestação dupla desse fogo como fogo latente e fogo ativo não é atualmente
bem clara, embora num futuro ainda distante possamos obter indícios.
O objetivo do nosso processo evolutivo é fazer com que a freqüência da vibração
da matéria animada pelo fogo por fricção da personalidade entre em sintonia com
a freqüência da matéria mental animada pelo fogo solar da Alma e em seguida
essas matérias sintonizadas se sintonizem com a matéria superior animada pelo
fogo elétrico da Mônada. Então, quando todas essas matérias estiverem
perfeitamente sintonizadas entre si, sem nenhum ponto de dissonância, será
atingida a máxima freqüência e o Jiva evolucionante (nós) terá conseguido sua
meta: ajustar corretamente a matéria ao Espírito e a Mônada estará liberta
definitivamente da forma, que serviu apenas como instrumento de aprendizado e
crescimento.
Inicia-se então um outro ciclo muito mais grandioso e elevado de conquista.
O processo de sintonia dos diversos tipos de matéria que constituem os veículos
do tríplice homem em evolução pode ser melhor entendido, se usarmos a
analogia com dois aparelhos de todos conhecidos: o receptor de rádio e o de
televisão. Em ambos existe, na entrada do equipamento, um circuito chamado
sintonizador. É ele que permite ao ouvinte e ao telespectador ouvir a estação
escolhida e assistir o canal selecionado.
Essa sintonia baseia-se num fenômeno da eletrônica chamado batimento de
freqüências ou heterodinagem. Quando duas freqüências diferentes são injetadas
num dispositivo que antigamente era a válvula termo-iônica e atualmente é o
semicondutor, ocorre o surgimento de freqüências diferentes, mas que conservam
a informação existente na freqüência portadora, que interessa. De todas elas
somente uma é aproveitada, a chamada freqüência intermediária, que émenor
que a portadora, que foi irradiada pelo transmissor. A freqüência intermediária
contém todas as informações da portadora, ou seja, o som no caso do rádio, e o
som e a imagem (vídeo e cor) no caso da televisão. Outros sinais estão
presentes, mas não interessam ao nosso estudo.
O motivo desse abaixamento de freqüência é que, quanto mais baixa, mais fácil
seu processamento no receptor.
A escolha da freqüência correta para uma estação ou canal baseia-se nisso e é a
sintonia.
Da mesma forma quando a Alma procura fundir o fogo solar com o fogo por
fricção da personalidade, o que realmente Ela quer é sintonizara freqüência do
fogo por fricção da personalidade num submúltiplo exato (freqüência mais baixa),
mas que, ao mesmo tempo, seja a freqüência mais alta que o fogo por fricção
possa alcançar.
Exemplificando, se a freqüência do fogo solar for de 1000 gigahertz (1 000 000
000 000ou um trilhão de ciclos por segundo) e a do fogo por fricção for de 500
megahertz (500 000 000 ou quinhentos milhões de ciclos por segundo), queé o
resultado da divisão de 1 000 gigahertz por 2 000, então essa freqüência mais
baixa é um sub-múltiplo exato da maior. Sendo assim, fica mais fácil adequar a
formada freqüência menor (tecnicamente denominada forma de onda) para a
reprodução pelo fogo por fricção da personalidade das qualidades que a Alma
está manifestando pelo seu fogo solar. Tecnicamente chamamos as qualidades
de informações.
Basicamente o que a Alma faz é procurar sintonizar o receptor personalidade com
a sua freqüência, tal que, mesmo sendo muito mais baixa a da personalidade, ela
consiga reproduzir suas qualidades ou informações num nível inferior.
É óbvio que os veículos inferiores nunca alcançarão a freqüência dos superiores,
mas podem ajustar sua forma de onda.
É por isto que o Mestre Tibetano não se cansa de afirmar, no Tratado sobre
Fuego Cósmico, que nós vivemos fenômenos elétricos, quando diz que
Manas(Mente) é eletricidade, na página 271, 2, do citado livro.
É oportuno fazer um breve esclarecimento a respeito do segundo aspecto da
Divindade, Amor-Sabedoria-Razão Pura, também chamado aspecto Crístico ou
Búdico. O mundo búdico, onde esse aspecto mais se manifesta ao nosso
alcance, édenominado mundo da razão pura. A palavra razão (do latim ratio)
significa relação. Na matemática razão é quociente entre duas quantidades, ou
seja, é a quantidade que é dada a cada um do divisor quando o dividendo resolve
se dar. Isto é o verdadeiro relacionamento, o verdadeiro princípio cristico ou
búdico.
O amor que a grande maioria da humanidade interpreta e pratica édesejo,
portanto astral ou emocional e é o "gostar".Ora, as pessoas gostam daquilo que
lhes agrada, por lhes completar ou lhes dar prazer, sendo portanto posse. Isto
não é dividir, não sendo portanto razão, logo não éexpressão do princípio crístico
ou búdico.
O verdadeiro amor-razão pura é muito mais um estado mental que sentimento,
sendo este uma conseqüência do estado mental, que aciona o corpo astral,
gerando a emoção e levando à ação.
O Iniciado Martin Luther King soube muito bem expressar essa diferença entre
amar e gostar, quando afirmou que não era obrigado a gostar do xerife que o
perseguia ferozmente (apelidado bull dog), mas sim a amá-lo, caracterizando o
estado mental de amor.
É necessário que os conceitos aqui expostos sejam bem entendidos e
assimilados, para poderem ser aplicado no dia a dia. A visão clara e firme do que
ocorre em nós é que irá acelerar a nossa evolução pelo uso consciente da
vontade.
No próximo estudo, que será publicado dentro de 10 dias (em 14/fevereiro/2003),
faremos um resumo do que foi explicado até agora, para entrarmos na descrição
mais profunda dos fogos internos das envolturas (veículos ou corpos) utilizados
pela Mônada humana.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por
editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.
GN 4-FEV-2003
[006]
Os Fogos que alimentam e mantêm nossos corpos, densos e sutis, a natureza e
todo o mundo fenomênico, objetivo e subjetivo – Parte 4
Façamos agora uma revisão do que foi dito sobre os 3 fogos, de forma resumida
e destacando genericamente os conceitos principais, para melhor fixação e
assimilação, resultando em mais amplo entendimento e conseqüente maior
facilidade de aplicação no dia a dia.
Os 3 fogos são os sustentadores de toda a economia do sistema solar e de tudo o
que nele está contido. A palavra economia aqui tem o significado de utilização
ótima de recursos com o mínimo de desperdício, para alcançar um objetivo. Esse
objetivo é um conjunto de poderes, qualidades e conhecimentos que o ser em
manifestação deve adquirir, com determinada intensidade, quer se trate de um
Logos Solar, um Logos Planetário, um grande Deva, um homem, um pequeno
Deva ou um átomo.
Para tal é necessário um cenário, um campo de experimentação, onde possam
ser vivenciadas todas as situações experimentais imprescindíveis para que o ser
alcance o ideal de perfeição relativa. Quando digo perfeição relativa, quero dizer
que não existe para o ser em evolução perfeição absoluta e última, mas sim uma
sucessão infinita de perfeições, onde cada uma sempre é maior que a anterior. É
como o conjunto dos números da matemática, dado qualquer número, por maior
que seja, eu sempre vou achar um número maior que ele. Isto vale para qualquer
ser em evolução e é um fato lógico, como vale para qualquer número.
Os 3 fogos propiciam esse campo e suas condições dentro da capacidade e do
nível de evolução de cada um. Observem que esses 3 fogos não são a matéria,
porém os agentes dinâmicos que atuam sobre a matéria, qualquer que seja seu
grau de refinamento e sutileza.
Pelas razões acima expostas concluímos que os fogos constituem a totalidade ou
a soma de todas as atividades vitais de um sistema solar, de um esquema
planetário, de um homem em atividade física, astral e mental, como de um átomo
físico, de um átomo astral ou de um átomo mental e assim por diante.
De um modo geral, a nível de sistema solar, o fogo por fricção relaciona-se com:
• a atividade da matéria;
• o movimento de rotação da matéria;
• o desenvolvimento da matéria por fricção ou atrito, sob a Lei da Economia.
O fogo solar, que é proveniente do mundo mental cósmico,tem relação com:
• a forma através da qual evolui manas ou a mente;
• a vitalidade da Alma;
• o efeito da ação evolutiva da Alma, quando consegue produzir a síntese da
matéria, ou seja, manter todas as células e órgãos do corpo denso e o
corpo etérico como uma unidade, o mesmo fazendo com as partículas dos
corpos astral e mental. A fusão do fogo por fricção com o fogo solar, sob a
ação da Alma, produz o que chamamos consciência. À medida em que
esses fogos vão se fundindo, ou melhor dizendo, se sintonizando
continuamente, a existência consciente se aperfeiçoa cada vez mais e
ocorre sua expansão;
• a Lei da Atração atua cada vez com mais vigor;
• em conseqüência dos fatos acima ocorre o movimento cíclico em espiral,
que é a volta em nível superior e com um raio maior, em termos de
experiências, aprendizado, vivência e poderes. Isto é chamado no sistema
solar evolução solar, porém, sob o ponto de vista cósmico, é a
aproximação do nosso sistema solar do seu ponto central, ao longo do
tempo.
O fogo elétrico tem a ver com:
• a evolução da Mônada ou do Espírito. No momento nada se pode dizer
sobre essa evolução. O grau de evolução da Mônada só se pode
perceber pela evolução da matéria.
[007]
Os Fogos que alimentam e mantêm nossos corpos, densos e sutis, a natureza e
todo o mundo fenomênico, objetivo e subjetivo – Parte 5
Antes de prosseguirmos no estudo dos fogos, vamos dar algumas noções a
respeito da matéria e dos processos de propagação das energias, que na
realidade são os fogos. Para tal usaremos desenhos e gráficos, para facilitar o
entendimento, a assimilação e a aplicação dos conceitos.
Inicialmente daremos uma concepção dos mundos que nos rodeiam, nosso palco
de evolução, que é o corpo físico cósmico do nosso Logos Solar.
Mundo ADI
Constituído de átomos e moléculas (aglomerados de átomos), com 7 divisões,
origem dos fenômenos que ocorrem nos mundos abaixo. Para o Logos Solar é o
primeiro éter ou a divisão atômica. Envolve e interpenetra todos os mundos
abaixo.
Mundo Monádico
Constituído de átomos formados por átomos adi e moléculas, com 7 divisões.
Sede das Mônadas humanas. Para o Logos é o segundo éter ou a divisão
subatômica. Envolve e interpenetra os mundos abaixo.
Mundo Átmico ou Espiritual
Constituído de átomos formados por átomos monádicos e moléculas, com 7
divisões. Para o Logos é o terceiro éter. Envolve e interpenetra os mundos
abaixo.
Mundo Búdico ou Intuicional ou da Razão Pura
Constituído de átomos formados por átomos átmicos e moléculas, com 7 divisões.
Para o Logos é o quarto éter. Envolve e interpenetra os mundos abaixo.
Mundo Mental
Com duas divisões principais:
• Mundo causal, mental superior ou abstrato, constituído de átomos
formados por átomos búdicos e moléculas, com as divisões atômica,
subatômica e a terceira. É a sede dos pensamentos abstratos. É a sede
das Almas ou Egos humanos.
• Mundo mental inferior ou concreto, constituído de moléculas formadas por
átomos mentais e com quatro divisões. É a sede dos pensamentos
concretos, com forma. Para o Logos o mundo mental completo é o estado
gasoso. Envolve e interpenetra os mundos abaixo.
Mundo Astral ou Emocional
Constituído de átomos formados por átomos mentais e moléculas, com 7
divisões. É a sede das emoções. Para o Logos é o estado líquido. Envolve e
interpenetra o mundo físico.
Mundo Físico
Constituído de átomos formados por átomos astrais e moléculas, com 7 divisões:
atômica ou primeiro éter, subatômica ou segundo éter, terceiro éter, quarto éter,
estado gasoso, estado líquido e estado sólido. É o mundo onde vivemos quando
encarnados.
Como as matérias dos diversos mundos se interpenetram, o desenho a seguir
apresentado permite uma melhor visualização de como eles são.
Passemos agora aos processos descritos pela física de propagação da energia.
Vejamos a corrente elétrica.
008]
Os Fogos Internos dos envoltórios - Os três canais
Vamos estudar com bastante profundidade o fogo por fricção, que é o fogo que
atua na matéria. Como já sabemos, esse fogo só existe em presença da matéria
Ele é o resultado do contato do fogo elétrico com o fogo solar por meio da
matéria. Observem que contato não significa fusão ou sintonia.
O assunto a ser tratado aqui vai da página 72 à 82 do Tratado sobre Fuego
Cósmico, do Mestre Djwal Khul,pela Sra. Alice A. Bailey.
Voltando ao contato do fogo elétrico com o fogo solar através da matéria, gerando
o fogo por fricção, fica óbvia e lógica essa afirmação do Mestre Djwal Khul, uma
vez que o fogo solar é o relacionador, que relaciona a Mônada com a matéria dos
mundos inferiores.
Primeiro temos a Mônada, o que emite e a matéria o que recebe. Para que a
matéria receba a atuação da Mônada, é necessário o intermediário, o
relacionador, o que adeqüa a energia da Mônada à capacidade de recepção da
matéria.
Na nossa vida diária material temos uma analogia dessa adequação na
eletricidade que alimenta nossos aparelhos domésticos. A corrente elétrica que
sai da usina geradora é muito mais alta que a que chega às nossas residências.
Seu valor na linha de transmissão da usina até a estação de rebaixamento é de
100.000 volts. Nas estações de rebaixamento ela é transformada para 25.000,
13.500 e 5.000 volts, entre outros valores, para chegar aos 110 ou 220 volts, nas
residências. O esquema abaixo visualiza melhor essas transformações:
Terceiro Éter
Quarto Éter
[009]
Os Fogos Internos dos envoltórios - Os três canais (Continuação)
Continuando nosso estudo sobre os Fogos, segundo os ensinamentos do Mestre
Djwal Khul, vamos agora enfocá-os sob o ponto de vista macrocósmico, ao
mesmo tempo revendo e propiciando alguns detalhes novos.
O nosso Logos Solar, que é uma Entidade Cósmica, é tríplice, como o homem.
A Mônada, a Divina Chama Logoica, residente no mundo monádico cósmico.
A Alma Logoica ou o Ego Logoico, residente no mundo causal cósmico, sendo
uma manifestação da Mônada Logoica no mundo causal cósmico.
A Personalidade Logoica, constituída dos corpos mental inferior, astral e físico
cósmicos, sendo uma manifestação do Ego Logoico nesses 3 mundos inferiores.
Na realidade, a Mônada Logoica utiliza o Ego e seu corpo causal como
instrumentos ou veículos. O Ego Logoico também se serve da Personalidade e
seus corpos como veículos.
Por aí se vê que a Mônada Logoica é a verdadeira Entidade, utilizando o Ego
para atuar no mundo causal e o Ego e a Personalidade simultaneamente para
atuar nos mundos inferiores cósmicos.
A Mônada Logoica tem 3 aspectos ou modos de ser: vontade, amor-sabedoria e
inteligência ativa.
Quando Ela atua nos mundos exteriores a Ela, para adquirir experiências e
evoluir, o modo de ser que está prevalecendo nessa atuação é como se fosse um
Logos distinto. Mas isso é apenas uma aparência. Todavia cada modo de ser tem
3 sub-modos: sub-modo vontade, sub-modo amor-sabedoria e sub-modo
inteligência ativa.
Vamos exemplificar cada uma dessas situações.
• Quando Ela está usando a vontade, para algum propósito, ou seja, está
querendo algo e ao mesmo tempo está planejando, o modo de ser é
vontade e o sub-modo é inteligência ativa, sendo vontade inteligente ativa.
• Quando, estando num estado voluntarioso, Ela procura atrair ou amar, está
no sub-modo amor, sendo a vontade de amar.
• Quando, usando a vontade, procura impor ou usar a força, o sub-modo é
vontade, sendo a vontade pura.
• Quando está no modo amor e está usando a força para conseguir algo, é o
amor voluntarioso.
• Quando, no modo amor, simplesmente ama, é o amor puro.
• Quando no modo amor, age externamente ou pensa inteligentemente, é o
amor inteligente ativo.
• Quando está pensando ou agindo e ao mesmo tempo está usando a força,
é a inteligência ativa voluntariosa.
• Quando emprega a inteligência para aumentar o amor, é a inteligência
ativa amorosa.
• Quando simplesmente pensa, raciocina ou age, é a inteligência ativa pura.
Em qualquer situação ou modo de ser, a Mônada é uma só, embora num dado
momento prevaleça um modo de ser.
É essa a explicação para os três Logos.
• Quando prevalece a vontade, dizemos que é o 1º Logos.
• Quando predomina o amor-sabedoria, é o 2º Logos.
• Quando sobressai a inteligência ativa, é o 3º Logos.
A inteligência ativa ou Manas se relaciona diretamente com a matéria, porque
necessita de um espelho ou reflexo para perceber o grau de perfeição do que
está sendo tratado por ela.
Em essência a Mônada é vontade, embora neste atual sistema solar, melhor
dizendo, nesta atual encarnação cósmica do nosso Logos Solar, a meta seja
desenvolver o modo de ser amor-sabedoria.
No mundo monádico e, mais tarde, no mundo adi, a Mônada, por ser
essencialmente vontade, pela sua ligação direta com a matéria monádica, atua
como fogo elétrico, ou seja, dinamiza os átomos e as moléculas monádicas como
fogo elétrico, que é força.
• Quando está no modo vontade pura, a energia resultante é fogo
elétrico/elétrico.
• Quando está no modo amor-sabedoria, o resultado é fogo elétrico/solar.
• Quando está no modo inteligência ativa, resulta fogo elétrico/por fricção.
A matéria monádica é apta para responder a essa força elétrica, nos 3 modos
principais e, dentro do modo inteligência ativa, às 4 sub-modalidades que
constituem os chamados raios de atributo, que são: harmonia pelo conflito (4º),
conhecimento concreto (5º), idealismo abstrato e devoção (6º) e organização e
magia cerimonial (7º).
Quando a energia emanada da Mônada penetra nas matérias átmica, búdica e
causal (mental superior ou abstrato), ela é transformada em fogo solar, porque
predomina o modo amor-sabedoria e essas matérias são aptas para responder
essencialmente a esse fogo ou energia, igualmente nos 3 modos de ser e nos 4
sub-modos da inteligência ativa.
Temos fogo solar/elétrico, fogo solar/solar (puro) e fogo solar/por fricção e mais 4
sub-modalidades desse último correspondentes aos 4 raios de atributo.
Quando a energia irradiada pela Mônada se entranha nas matérias mental inferior
ou concreta, astral e física, oriunda do causal, ela é transformada em fogo por
fricção, porque prevalece a inteligência ativa e essas matérias foram preparadas
para responder a esse fogo, também nos 3 modos e nos 4 sub-modos do 3º,
como sejam: fogo por fricção/elétrico, fogo por fricção/solar e fogo por fricção/por
fricção (puro) mais os 4 menores.
No sistema solar anterior, o Logos Solar procurou desenvolver ao máximo o modo
de ser inteligência ativa. Daí afirmar-se que o 3º Logos é atualmente o mais
adiantado. Isto apenas significa que manas (inteligência ativa) é a qualidade que
sobressai no momento.
Como a meta atual é o amor-sabedoria (2º Logos), o esforço maior é dedicado a
esse modo de ser ou qualidade. Mas para tal Ele usa o que mais desenvolveu,
manas.
Por isso Mestre Djwal Khul diz que o objetivo do homem neste sistema solar é
expressar budi (amor-sabedoria) através de manas, no máximo grau.
O 2º Logos é o responsável por tudo o que tem forma, melhor dizendo, o modo de
ser do Logos Solar como amor-sabedoria e atuando como fogo solar na matéria
constrói as formas.
Somente no próximo sistemaé que o Logos Solar irá expandir e desenvolver ao
máximo seu modo de ser como vontade, o 1º Logos.
Então o fogo elétrico terá o papel mais importante e a meta seráexpressar a
vontade através do amor-sabedoria e da inteligência ativa unidas.
Mestre Djwal Khul afirma: “Nesta 4a. ronda e neste 4º globo (a terra) do nosso
esquema planetário, os fogos do 3º Logos de matéria inteligente fundem-se
parcialmente com os fogos da mente cósmica, manifestando-se como poder ou
vontade e animando o Pensador em todos os planos. A finalidade de sua
colaboração é manifestar, de forma perfeita, o Senhor Cósmico de Amor.
Devemos refletir sobre isso, porque revela um mistério.”
Isso significa que no atual período está havendo uma sintonia parcial entre o fogo
por fricção dos mundos inferiores e o fogo solar/elétrico do mundo causal,
proveniente do mundo mental cósmico (corpo mental cósmico do Logos Solar),
resultando dessa sintonia parcial uma manifestação de poder ou vontade que
anima e dinamiza o Ego, permitindo que ele atue com mais domínio nos mundos
inferiores.
Conseqüentemente, o Ego Solar como o Ego humano podem dar mais ênfaseà
expressão do amor cósmico (Ego Solar) e do amor mundial (Ego humano).
Lembramos que o Ego é fogo solar por excelência.
A expressão entrar em sintonia ou alinhar-se significa que o receptor está
conseguindo estabelecer uma freqüência que está em harmonia ou fase (as
ondas não se contrapõem) com a freqüência do doador e assim o receptor pode
receber e assimilar muito mais energia e se tornar muito mais dinâmico e vital.
Em termos de fogo por fricção do mundo mental inferior e o fogo solar/elétrico do
mundo causal (onde está o Ego), quer dizer que as moléculas da 4a. divisão do
mental inferior conseguem oscilar ou vibrar numa freqüência mais próxima da
freqüência dos átomos mentais animados pelo fogo solar/elétrico, os quais, por
isso, podem penetrar com mais facilidade nas moléculas mentais, aumentando
em muito sua capacidade vibratória, seu dinamismo e sua vitalidade. Essas
penetrações e transferências de fogo prosseguem nosátomos astrais e físicos,
chegando finalmente ao cérebro físico, onde a consciência de vigília manifesta os
efeitos do amor-vontade inerente ao fogo solar/elétrico.
O propósito tanto do Logos como do homem é a sintonia entre os fogos elétrico,
solar e por fricção.
O processo iniciático, sobre o qual falaremos mais tarde, acelera essa sintonia ou
fusão.
Atualmente o fogo por fricção é o que está mais desenvolvido e ativo, como
conseqüência das experiências e vivências do sistema solar anterior. O passo a
ser dado agora é, utilizando esse fogo por fricção (manas), estimular o fogo solar
(amor-sabedoria-razão pura) ao máximo e obter a sintonia perfeita entre os dois,
para a máxima transferência de energia. Em seguida, teremos de, utilizando
esses dois sintonizados, atrair e estimular o fogo elétrico (vontade), para, num
próximo passo, sintonizar os três.
Por isso é sumamente importante utilizar muito a mente analítica (não a
separadora), no nosso dia a dia, buscando tirar conclusões.
O Senhor Buda disse duas verdades utilíssimas para o homem. Uma é:“A falta de
conhecimento é a causa dos sofrimentos do homem”. A outraé: “Nunca aceitai
qualquer afirmação, venha de quem quer que seja, mesmo que seja eu, sem
passar pelo crivo de vossa razão”.
Mas, para podermos analisar com acerto, é necessário que
adquiramosconhecimento, a fim de termos subsídios com que raciocinar e
comparar.
Apresentamos a seguir um diagrama para melhor fixação dos conceitos
apresentados.
Mundo Monádico
Mundo átmico
Fogo solar/solar Fogo solar/elétrico Fogo solar/por fricção
Mundo búdico
Fogo solar/solar Fogo solar/elétrico Fogo solar/por fricção
Mundo astral
Fogo por Fogo por fricção/por
Fogo por fricção/solar
fricção/elétrico fricção
Mundo físico
Fogo por Fogo por fricção/por
Fogo por fricção/solar
fricção/elétrico fricção
[010]
Os Fogos Internos dos envoltórios - Os elementais do fogo e os Devas
Iremos neste estudo considerar com brevidade os elementais do fogo e os Devas.
São conhecidos certos fatos relacionados aos espíritos do fogo, pois há muita
literatura sobre eles. Porém o mais importante, que deve ser acentuado, é que
AGNI, o senhor do Fogo, rege os elementais e os Devas do fogo, nos três
mundos da evolução humana, o físico, o astral e o mental inferior, não só no
nosso planeta, mas em todo o sistema solar.
O Senhor AGNI é uma das 7 entidades (denominadas os 7 Irmãos, na Doutrina
Secreta) e cada uma expressa e personifica um dos 7 princípios e formam os 7
centros de força no corpo do Senhor Cósmico do Fogo, chamado FOHAT por
Helena Petrovna Blavatsky.
Por ser o regente do 5º princípio, Manas, AGNI é a expressão da inteligência ativa
da Mônada Solar, dentro do nosso sistema solar e, conseqüentemente, dos fogos
internos ou por fricção desse sistema.
Cada um desses 7 Irmãos rege um mundo do nosso sistema solar, desde o adi
até o físico. Três são chamados maiores (assim como existem os 3 raios maiores,
1º, 2º e 3º, os de aspecto, e 4 menores, os de atributo) e quatro menores.
Nesse contexto a palavra maior significa o que é mais forte, no sentido de usar
mais a vontade. Nesse enfoque 3 mundos estão ligados e são: adi - átmico -
mental superior. Portanto os 3 Irmãos maiores ou mais fortes no contexto regem
os mundos adi, átmico e mental superior.
Não devem confundir princípio com mundo de matéria. Princípio é um instrumento
e mundo de matéria é o meio onde o princípio se manifesta e adquire expressão.
Assim o princípio pode evoluir de mundo de matéria, quando é concluído o
trabalho de aperfeiçoamento de um mundo, ou seja, quando é conseguido o
desenvolvimento máximo (dentro de uma meta) das qualidades que o princípio
tem de expressar, através da interação com a matéria e, com essa interação, a
matéria evolui e o princípio se expressa plenamente. O corpo etérico é um
princípio , mas o corpo físico denso não o é. Utilizando o corpo etérico a Mônada
pode desenvolver determinadas qualidades. Prana é outro princípio, pois vitaliza
o corpo etérico e este o corpo denso. Prana contém certas propriedades que
permitem o corpo etérico atuar.
Não esquecer nunca que essa conquista é individual e estamos nos referindo à
matéria que constitui os veículos de cada um.
Melhor explicando, para que tudo fique bem claro. Quando a Mônada encarnada
consegue expressar ao máximo suas qualidades através dos veículos físico,
astral e mental inferior, Ela fez com que as matérias desses seus corpos
evoluíssem e Ela fica liberada da obrigação de encarnar nos mundos inferiores.
Daí o significado da expressão “ redenção da matéria ”. Isso é conseguido na 4a.
Iniciação Planetária.
Em outra ocasião falaremos com detalhes dos 7 princípios, porém no momento
basta o que foi explicado.
Todos constituem o fogo por fricção ou da matéria, em virtude do seu aspecto
Inteligência Ativa.
É por isso que AGNI é o regente do fogo e das entidades operadoras do fogo nos
mundos mental interior, astral e físico, em todo o sistema solar.
Resumindo, esses 7 Senhores, incluindo AGNI, são a essência do Senhor
Cósmico do Fogo, Fohat nos livros ocultistas.
De forma análoga, os 7 Choans de raio e seus grupos de discípulos são os 7
centros de força (chacras) no corpo do nosso Logos Planetário e 7 Logos
Planetários são os 7 chacras no corpo do Logos Solar.
Cada um dos 7 Senhores do Fogo age e atua através de numerosos grupos de
entes do fogo, desde os Senhores dos Devas de um mundo, até as pequeninas
salamandras das fogueiras internas.
As essências ígneas dos mundos superiores ao mental inferior não serão aqui
estudadas.
Assim temos:
• Mundo físico
Salamandras - são os minúsculos elementais do fogo, que alguns videntes podem
ver dançando nos fogos de uma casa e das fábricas. Pertencem ao mesmo grupo
de espíritos do fogo que se encontram nas profundezas das ígneas entranhas da
terra.
Os espíritos do fogo, ocultos em todo foco de calor, são a essência desse calor (a
ação deles na matéria provoca o calor que percebemos e sentimos). Encontram-
se no calor da estrutura corpórea humana, animal e terrestre.
Os Agnichaitas, os espíritos do fogo de grau superior (estão na linha de evolução
ou retorno), formam um vórtice de fogo (efeito) e são vistos em grande escala nos
vulcões e nos grandes incêndios. Estão intimamente ligados a um grupo de
Devas ainda mais importantes, que constituem o envoltório ígneo do sol.
Esses 3 grupos manipulam o fogo por fricção/por fricção.
Os elementais prânicos, essas microscópicas essências ígneas que têm a
capacidade de interpenetrar os tecidos dos corpos humanos e dos animais e do
reino vegetal e sintonizam-se, coordenam-se e trabalham juntas com os demais
fogos dos sistemas microcósmicos.
Manipulam o fogo por fricção/solar.
Alguns Devas, que podem ser descritos como animadores e vitalizadoresde
grandes raios de luz, sendo a essência desses raios. Como exemplo, temos os
que animam os GRB (Gamma Rays Burst), erupções de raios gama, que às
vezes atingem a terra.
Não é permitido passar mais informações sobre esses Devas, porque eles
manipulam o mais perigoso dos fogos, o fogo por fricção/elétrico.
2 - Mundo astral
Como a grande maioria da humanidade não tem a visão astral, torna-se muito
difícil explicar as entidades ígneas do mundo astral.
Elas são os agentes do calor do corpo astral ou emocional, onde as sensações
físicas são transformadas em emoções.
Quando o calor do corpo astral se expressa como desejo, essas entidades estão
na linha de involução, sendo chamadas pitris lunares. Quando o calor se
expressa como aspiração as entidades passam a Devas, na linha de evolução ou
retorno.
Existem muitos graus e categorias, porém não cabe aqui citar seus nomes.
Todavia há uma categoria que deve ser conhecida, porque cuidam dos fogos que,
mais tarde, destruirão o Loto Egoico e o corpo causal. O Loto Egoicoé o mais
importante instrumento da Mônada.
Deve ficar bem claro que a sintonia dos fogos por fricção, solar e elétrico
provocam destruição.
Esses Devas são os Agnisuryas, os quais são as essências ígneas do mundo
búdico e a sua manifestação mais baixa é no mundo astral.
Informações mais detalhadas e extensas serão fornecidas com a continuação
desses estudos do Tratado sobre Fogo Cósmico, pois o Mestre Djwal Khul está
muito empenhadoem que a humanidade compreenda o mundo fenomênico e a
evolução dévica, para que possam ambos os reinos prosseguir de forma mais
acelerada.
A seguir apresentamos um diagrama, para facilitar a assimilação do que foi
exposto.
Os Devas do Mundo Físico Salamandras
Espiritos do Fogo Fogo por fricção / por fricção
Agnichaitas
Devas animando
Fogo por fricção / elétrico
grandes raios de luz
011]
O Raio da personalidade e o fogo por fricção - O trabalho dos três raios
Iremos agora estudar o trabalho dos raios Monádico, do Ego e da personalidade,
e a relação entre o raio da personalidade e o fogo por fricção, quando esse raio
atua nos átomos permanentes.
O tema dos átomos permanentes, embora seja de amplo e geral interesse,é
muito pouco compreendido. Todo corpo ou forma em que a Mônada funciona e
se expressa, tem como ponto focal um átomo de matéria do mundo em que se
expressa, o qual serve para atrair a matéria daquele mundo a fim de formar o
corpo, distribuir força, conservar as faculdades, assimilar as experiências e
preservar a memória.
Os átomos permanentes não são átomos comuns. Eles ficaram durante muito
tempo sob a influência da chamada segunda emanação do Logos Solar, que é do
aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura, tendo por isso grande poder de coesão.
No nosso estudo iremos tratar da Tríade Inferior, constituída da unidade mental,
responsável pelo corpo mental inferior, do átomo astral permanente, responsável
pelo corpo astral ou emocional e do átomo físico permanente, responsável pelo
corpo físico.
A unidade mental é uma molécula da quarta sub-divisão do mundo mental.
Existe ainda a Tríade Superior ou Espiritual, formada pelos átomosátmico ou
espiritual, búdico ou intuicional e mental, que serve de veículo para a Mônada.
Esses átomos estão em relação direta com um dos três grandes raios, no que
respeita ao homem, o microcosmos, os quais são:
• Raio Monádico
• Raio Egoico
• Raio da Personalidade
A palavra raio aqui tem o significado de corrente ou emanação de força. O Logos
Solar se manifesta por meio de três raios maiores e quatro menores: Vontade ou
Poder, Amor-Sabedoria-Razão Pura, Inteligência Ativa ou Adaptabilidade (os três
maiores), Harmonia pelo Conflito-Beleza-Arte, Conhecimento Concreto ou
Ciência, Devoção-Idealismo Abstrato e Magia Cerimonial (os quatro menores).
As Mônadas humanas se manifestam através dos três raios maiores, ou seja, há
Mônadas de Vontade, Mônadas de Amor e Mônadas de Inteligência Ativa. Já os
Egos e as personalidades são dos sete raios, sendo o raio egoico um sub-raio do
raio Monádico e o raio da personalidade um sub-raio do raio egoico. Em cada
encarnação o raio da personalidade geralmente muda.
O raio Monádico atua na unidade mental. O raio egoico influencia o átomo astral
permanente e o raio da personalidade afeta oátomo físico permanente.
A ação desses raios é a seguinte:
• age na parede externa do átomo ou da unidade, aumentando sua
capacidade oscilatória e giratória;
• estimula o fogo por fricção interno do átomo ou da unidade, intensificando-
o e fazendo com que sua luz brilhe com mais resplendor;
• atua nas espirilas do átomo, pondo-as em atividade gradualmente.
Os átomos de um tipo de matéria são formados pela junção de átomos da
matéria imediatamente mais sutil, constituindo uma espécie de corda ou fio. Com
essas cordas ou fios são gerados vórtices. Essas cordas ou fios, em número de
sete, é que são as espirilas. Essa explicação é muito sucinta. Em outra ocasião
será dada uma explanação mais detalhada.
Cada espirila é ativada ciclicamente. Na atualidade quatro estão ativas. Mas elas
podem ser ativadas pelo esforço individual.
A ação dos três raios não é simultânea, mas obedece a ciclos ordenados. A
atuação do raio Monádico sobre a unidade mental só começa quando o homem
recebe a primeira iniciação planetária.
Iniciação planetária é uma expansão de consciência e dinamização dos centros
de força do homem (chacras), pelas energias que fluem do Cetro de Poder do Sr.
CRISTO nas primeira e segunda iniciações e do Cetro de Poder do SENHOR DO
MUNDO nas iniciações a partir da terceira. Esse assunto é tratado no livro do
Mestre Tibetano, pela sra. Alice A. Bailey, Iniciação Humana e Solar, que já
existe em português. No livro do mesmo Mestre, Os Raios e as Iniciações, o
assunto é tratado em muito mais profundidade e nele são descritos com detalhes
os modos de vida, as responsabilidades, as funções e a glória incomensurável,
que estão reservadas ao homem que tem disposição, decisão e vontade para
fazer o esforço necessário. Uma coisa é certíssima: o homem conquista a
iniciação. Por isso é dito que o INICIADO já é um iniciado.
Portanto, para estimular o interesse da Mônada nos veículos inferiores, devemos
usar ao máximo a capacidade discriminatória e analítica da mente concreta, uma
vez que Ela se preocupa muito com o conteúdo da unidade mental. Para tanto
devemos no dia a dia analisar tudo o que ocorre em nosso interior e ao nosso
redor, buscando entender e tirando conclusões. Na análise do comportamento
das pessoas, que é muito importante, devemos ter o cuidado de não julgá-las,
porém apenas efetuar a análise. O julgamento conduz àdiscriminação das
pessoas, o que maléfico, pois leva à separatividade. Discriminar para efeito de
análise é bom, mas discriminar devido ao julgamentoé trabalhar contra o Plano
Divino de fraternidade.
Usem a mente para tudo, inclusive nos cinco sentidos. Usem-na na audição, na
visão, no tato, no paladar, no olfato. Façam todos os dias, antes de conciliar o
sono, uma análise dos principais fatos do dia. Ao amanhecer, procurem efetuar
um planejamento do comportamento ao longo do dia. Garanto que a evolução de
todos será grandemente acelerada.
Embora no início a mente concreta tende a matar o real, como dizem, todavia o
seu uso é importantíssimo para a evolução, pois com o tempo as perguntas,
indagações e dúvidas que surgem vão estimulando a mente abstrata e, através
dela, a atenção do Ego, que, por sua vez, chama a atenção da Mônada. Assim, a
mente concreta passa a ser iluminada pela luz da Mônada e, dessa forma,
transforma-se no farol da Mônada para os mundos inferiores. Logo, a alegação
de que a mente concreta mata o real não é desculpa para não utilizá-la; os
preguiçosos mentais é que costumam alegar isso.
A ação do raio egoico sobre o átomo astral permanente só se inicia quando o
Ego consegue estabelecer uma boa conexão com o cérebro físico. Saibam
portanto fazer bom uso das emoções, estimulando as boas e transformando as
más, jamais bloqueando-as. Essa transformação, que é transmutação, é
conseguida pela análise mental. O corpo astral é uma ferramenta muito
importante para o Ego e para a Mônada, embora seja o mundo astral um mundo
de miragem. Mas, através da mente, podemos dissipar essa miragem do mundo
astral e vê-lo como ele érealmente.
No homem comum já se dá a influência do raio da personalidade sobre oátomo
físico permanente.
A história da tríade inferior, em termos de evolução, é a seguinte:
Inicialmente o Ego envia energias para o átomo físico permanente e nele se
concentra. Posteriormente, Ele passa a energizar o átomo astral permanente,
assim aumentando a luminosidade dos dois átomos. A seguir Ele trabalha a
unidade mental. Chega um momento em que os três componentes da tríade
inferior estão muito próximos e brilham fortemente como se fossem uma esfera
única, de rápidos movimentos.
Quando essa fase é atingida, ocorre a transmutação paulatina. Ao transcender o
átomo físico permanente, a polarização passa para o átomo mental permanente
da Tríade Superior.
Quando o átomo astral permanente se torna altamente radioativo, a polarização é
transferida para o átomo búdico permanente.
Finalmente quando a unidade mental se torna intensamente dinâmica, a
transferência é feita para o átomo átmico permanente.
Em temos práticos e de vivência, isso significa uma nova e muito mais intensa
vida, com as limitações dos mundos inferiores eliminadas. É o Reino dos Céus,
ensinado pelo sr. CRISTO, e que não foi entendido pelos religiosos, sendo por
eles completamente distorcido.
Este é o resultado da ação dos raios Monádico, Egoico e da personalidade sobre
a tríade inferior e, conseqüentemente, sobre os corpos, uma vez que os
componentes da tríade inferior são os focos irradiadores de energias para eles.
Toda essa conquista pode ser conseguida pelo esforço individual, acelerando a
própria evolução e escapando da longa demora do ritmo comum da humanidade,
que se deixa levar e não percebe que pode assumir o comando do processo,
através da busca do conhecimento e da devida ação.
Cabe esclarecer que a natureza do raio da Mônada tem um efeito muito forte na
aceleração da escalada evolutiva. As Mônadas do primeiro raio, por ser um raio
de poder, conseguem ir mais depressa. Como na realidade o Ego é a Mônada
expressando-se no mundo causal e a personalidade é a Mônada manifestando-
se nos mundos mental inferior, astral e físico através do Ego, o raio da Mônada,
quando Ela é do primeiro raio, atua com poder em todos os componentes da
tríade inferior e assim os efeitos são mais rápidos.
Cabe dizer que no atual período da humanidade as Mônadas de primeiro raio
encarnadas são raríssimas.
A seguir apresentamos um desenho com as conexões dos três raios com os
componentes da tríade inferior:
[012]
O Raio da Personalidade e o fogo por fricção - O Raio da Personalidade e os
átomos permanentes
No estudo anterior vimos que o raio Monádico estimula a unidade mental, o raio
Egoico o átomo astral permanente e o raio da personalidade o átomo físico
permanente.
No presente estudo vamos mostrar que o átomo físico permanente é afetado
também pelos raios Monádico e Egoico.
Essa atuação é feita nas espirilas do átomo físico permanente, que são sete.
A explanação técnica das espirilas será feita em estudo posterior. Por ora basta
que saibam que, normalmente, uma espirila é ativada por ronda e atualmente
estamos na 4ª ronda.
Ronda é um ciclo de uma cadeia. Cadeia é o nome dado a uma manifestação
física cósmica de um Logos Planetário, o que podemos chamar de encarnação
do Logos Planetário.
No caso do nosso Logos Planetário, ela é constituída de 1 globo físico denso, a
terra, 2 globos etéricos, 2 globos astrais e 2 globos mentais inferiores, totalizando
7 globos, todos com suas funções e finalidades.
Em cada cadeia ocorrem 7 rondas, ou seja, a Vida do Logos Planetário anima os
7 globos, globo a globo, por 7 vezes, detendo-se durante algum tempo em cada
globo. No final da 7ª ronda, os 7 globos da cadeia são desfeitos e o Logos
Planetário entra num período de abstração, chamadopralaia, com tudo o que está
sob a sua responsabilidade, incluindo nós. No momento estamos na 4ªronda da
4ª cadeia.
Cada cadeia tem uma meta para a humanidade. No nosso caso a meta é a 5ª
Iniciação Planetária, a do Adepto.
Como o átomo físico permanente é a fonte de energia para a construção dos
corpos físicos etérico e denso do ser humano, fluindo por ele as energias
emanadas pela Mônada via Ego e como as espirilas são analogicamente as
artérias do átomo físico permanente, quanto mais espirilas estiverem ativas,
maior será o dinamismo dele, melhorando em muito a qualidade do corpo físico
e, assim, permitindo uma melhor expressão das qualidades e energias da
Mônada.
Lembramos que o átomo físico permanente é o que está por detrás do nosso
DNA, controlando a atividade das proteínas (corpos físicos dos chamados
pequenos construtores), ao lerem a palavra-chave na região de controle do DNA
e darem instruções para a construção de outras proteínas necessárias à vida
física, de forma bioquímica.
Pelas espirilas fluem energias diferenciadas. Pelas 4 primeiras (ativas atualmente
no homem comum) circulam as energias mais grosseiras, que expressam as
qualidades desse homem comum. Somente o raio da personalidade atua e as
muitas diferenciações são devidas às variações dos raios de personalidade e
seus sub-raios, que, se considerarmos as proporções de intensidade de cada raio
e sub-raio, geram a imensa gama de personalidades, que observamos na
humanidade.
Nas 3 rondas anteriores à atual, as Mônadas provenientes da cadeia lunar, que
antecedeu a nossa cadeia e que estavam em condições de ingressar no reino
humano,permaneceram um muito longo período de tempo inativas, aguardando a
construção do novo cenário de evolução, ou seja, a nova cadeia.
Em conseqüência dessa inatividade, as tríades inferiores tiveram de passar por
várias etapas de reativação de seus átomos. Para tal na 1ª ronda, a 1ª espirila, a
mais grosseira, foi ativada. Na 2ª ronda, a 2ª espirila e na 3ªa 3ª espirila. Aí a
tríade inferior estava preparada e desperta para receber um corpo humano, o que
ocorreu na 4ª ronda, a atual.
Como pelas 5ª e 6ª espirilas do átomo físico permanente fluem energias da
Mônada, via átomos mental e búdico permanentes e Ego, essas espirilas têm de
ser ativadas pelo raio Egoico.
A 7ª espirila, a mais sutil, deve expressar energias da Mônada via átomo átmico
permanente, o mais elevado para a humanidade e para a sua ativação o raio
Monádico é que tem de atuar.
O homem de vontade não precisa esperar as rondas futuras para despertar as
espirilas superiores. Pela disciplina, conhecimento e serviço ele pode acelerar
sua evolução e alcançar a meta bem antes e prosseguir para regiões mais
elevadas.
Este tema é de grande interesse e utilidade e oferece ao pesquisador vastos
horizontes e abre extensos campos de investigação aos estudiosos que anseiam
pelo saber.
A sucessão e o tempo para essas ativações dependem do raio Monádico.
Quando se considera a questão sob a ótica do fogo, percebe-se como o fogo
latente no átomo é estimulado, chega a brilhar e torna-se útil pela ação do raio da
personalidade e a fusão de ambos, melhor dizendo, a sintonia de ambos produz
efeitos análogos aos produzidos pela ação de Fohat sobre a matéria do mundo
físico cósmico (os nossos 7 mundos).
O fogo está latente dentro da esfera, quer do sistema, quer do átomo físico. Por
um lado o raio da personalidade, atuando no átomo físico, incrementa o fogo
oculto e o põe em atividade. Por outro lado Fohat age sobre o fogo oculto na
matéria do sistema, colocando-o em atividade manifesta. Nesta analogia, as
devidas proporções e diferenças devem ser mantidas.
Vemos também que o raio da personalidade tem a ver com o terceiro aspecto,
Inteligência Ativa, a atividade do microcosmos, o homem. A tarefa do terceiro
aspecto logoico consistiu em por em ordem a matéria do sistema, de maneira
que, com o tempo, pudesse tomar forma pelo poder do segundo aspecto, Amor-
Sabedoria. É essa a analogia.
A vida no mundo físico (que é demonstrada plena e claramente pelo átomo físico)
ordena e separa a matéria com a qual será construído oportunamente o Templo
de Salomão, que é o corpo egoico, pela ação da vida egoica, o segundo aspecto.
No terreno da vida pessoal já estão preparadas as pedras do grande Templo. O
existir no mundo físico e o viver a vida pessoal objetiva, proporcionam essa
experiência que será transformada em faculdade do Ego.
A clara compreensão desses mecanismos, de suas ações e de seus efeitos sob o
ponto de vista da Mônada, o homem verdadeiro e real, fornece ao estudioso
criterioso e ávido de sabedoria diretrizes firmes e inabaláveis para ele prosseguir
na luta e no esforço em direção à conquista de sua meta, o mais rápido possível.
Portanto vivamos a nossa vida física, pondo a mente em tudo, usando os
sentidos de forma ampla e dinâmica e extraindo deles o máximo de informações
e conclusões que pudermos. Isso só será possível se soubermos usar a
capacidade analítica da mente concreta, essa riqueza que todos possuem,
podem e devem desenvolver ao máximo, para despertar a outra riqueza maior, a
mente abstrata.
Apresentamos a seguir alguns ilustrações, para melhor assimilação dos conceitos
acima explanados.
Esclarecimento: Princípios são arquétipos ou idéias básicas que devem ser
desenvolvidos e expressos pelos veículos. Esses princípios serão estudados com
detalhes em ocasião oportuna.
Os raios Monádico, Egoico e da personalidade na vida prática no mundo físico:
RAIO MONÁDICO
Quando a Vontade está ativa, na concentração, na meditação, no auto-controle,
na firmeza de decisão e de propósito.
RAIO EGOICO
Quando o desejo é transmutado em aspiração pelos ideais superiores e todo o
esforço é feito para a conquista da Sabedoria, juntamente com o serviço
desinteressado.
RAIO DA PERSONALIDADE
Está sempre atuando. Quando os raios Egoico e Monádico passam a atuar, esse
raio vai se transformando num canal cada vez mais puro e sem ação própria,
expressando e manifestando cada vez com mais fidelidade os outros dois raios.
O assunto tratado neste estudo está na página 85 do Tratado sobre Fuego
Cósmico.
Aqui encerramos nosso estudo. O próximo será publicado em 15/04/2003, sobre
o tema O Raio da Personalidade e a Lei do Carma (página 86 do Tratado sobre
Fuego Cósmico).
Estamos sempre à disposição para qualquer esclarecimento e opiniões.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 10-ABR-2003
[013]
O Raio da Personalidade e o fogo por fricção - O Raio da Personalidade e a Lei
do Carma
Antes de entrar no tema do nosso atual estudo, vamos fazer uma recapitulação
rápida do que foi dito sobre os 3 fogos que sustentam todo o nosso mundo
fenomênico.
Todos os fogos do nosso sistema solar, onde está nosso cenário de evolução
para este atual grande ciclo, são provenientes da Mônada Solar, o Logos Solar
verdadeiro, assim como a Mônada humana é o homem verdadeiro.
A Mônada Solar, neste atual sistema solar, sua encarnação cósmica, tem como
propósito desenvolver ao máximo seu segundo aspecto. o Amor-Sabedoria-
Razão Pura, em nível cósmico. Todo o seu relacionamento com os outros Logos
Solares, quer os seis com os quais constitui os centros ou chacras cósmicos
(sete) do Logos Cósmico, quer com os outros Logos Solares não sagrados e
Entidades Cósmicas que vivem e evoluem dentro do corpo do Logos Cósmico, é
baseado no Amor-Sabedoria-Razão Pura cósmico.
No sistema solar anterior, o propósito foi o desenvolvimento da Inteligência Ativa,
o terceiro aspecto, que se expressa na matéria.
Portanto, atualmente, todos os fogos agindo no sistema solar, em qualquer lugar
e planeta, tem como qualidade essencial e fundamental o Amor-Sabedoria-Razão
Pura.
O fogo por fricção (raio primordial) é responsável pelo movimento, que tem como
resultado o calor.
O fogo solar (raio divino) reúne a matéria em movimento para construir as
formas.
O fogo elétrico dinamiza tudo e é a base da vida da matéria, em todos os mundos
de matéria.
Por cima de todos esses três fogos paira supremo o Fogo do Amor, querendo a
todo custo se expressar, se manifestar, se expandir, crescer e se transformar
numa gigantesca labareda, abarcando a todos com esse incomensurável Amor
Cósmico.
Nós, Mônadas humanas, à semelhança da Mônada Solar, na qual estamos e da
qual somos fragmentos e centelhas, também estamos sujeitos à mesma divina
compulsão: desenvolver e expressar ao máximo o Amor-Sabedoria-Razão Pura.
Passemos agora para o tema em pauta. Para tanto fixemo-nos no fogo por
fricção, o fogo da matéria.
A Lei do Carma diz que somos responsáveis pelos efeitos e conseqüências das
ações que praticamos, em todos os mundos. Como estamos encarnados no
mundo físico, nossas ações nesse mundo geram efeitos, que podem ser
benéficos ou maléficos que, por sua vez, reagem também beneficamente ou
maleficamente.
Como a semeadura é livre, porém a colheita é obrigatória, ou seja, somos livres
para agir, porém somos obrigados a receber as conseqüências de nossos atos, é
óbvio que tem de existir um processo que torna a colheita obrigatória.
Como o fogo por fricção atua na matéria e nossos atos, quando encarnados,
produzem efeitos na matéria, mesmo os que se expressam nos mundos
emocional ou mental inferior, por exemplo, quando pela calunia, sem tocar
fisicamente na pessoa, fazemos com que ela sofra e nessa ação maléfica
usamos um poder do corpo físico, a fala, é óbvio que será pelo fogo por fricção
que iremos receber a reação da má ação.
Como o carma tem de ser justo, os Seres que o administram têm de ser imunes a
qualquer falha humana. Logo só podem ser Devas de elevada categoria, que são
os Lipikas ou Senhores do Carma. A palavra lipika significa aquele que escreve,
porque Eles têm dispositivos que registram todas as ações de todos os seresdo
reino humano e superiores.
Um pensamento concentrado de ódio contra uma pessoa, ao atuar na matéria
mental, atinge a vítima, provocando nela um efeito, que vai se manifestar no
corpo físico, pela lei da repercussão vibratória, caindo portanto no campo do fogo
por fricção.
Por outro lado, pensamentos de Amor e bem querer também atingem a pessoa
visada e as energias emanadas ao chegarem ao seu corpo físico, pela mesma lei
da repercussão vibratória, irão contribuir para a sua saúde, além do efeito
benéfico direto em seus corpos mental inferior e astral.
Enfim, sempre iremos cair no campo do fogo por fricção.
Os Senhores Lipikas são quatro. Um para cada raio ou fogo (três) e o quarto é o
sintetizador e coordenador, para que as ações dos três se harmonizem,
produzindo um efeito total coerente.
Vamos exemplificar, para que tudo fique bem claro. Uma pessoa que agride
fisicamente uma outra. Pela natureza do ato, ela atuou usando o fogo por fricção
na sua forma por fricção, logo o Lipika registrador é o ligado ao fogo por fricção.
Outra pessoa que provoca sofrimento em outra na área emocional. Aía atuação
foi na área do fogo por fricção no seu aspecto solar. Nesse caso o Lipika que irá
agir será o ligado ao fogo solar.
Uma terceira pessoa, dotada de um certo poder mental e de conhecimentos de
magia mental, ao efetuar um processo visando prejudicar outra pessoa, estará
agindo com o fogo elétrico, ficando pois sob a tutela do Lipika ligado ao fogo
elétrico. Como existe a lei da repercussão vibratória, pela qual o que ocorre num
mundo afeta o outro mundo abaixo dele, a ação mental provocaráefeitos nos
corpos mental inferior, astral e físico da pessoa atingida. Por causa disso é
necessária uma coordenação para que o carma aplicado ao agente gerador leve
em conta essas interações entre os três fogos. É bom lembrar que o carma é
corretor e não punitivo.
Esses quatro Lipikas têm seus pontos de contato na terra por meio dos três
Budas de Atividade e o quarto Kumara, o Senhor do Mundo, que é o coordenador
e sintetizador. Conseqüentemente o raio da personalidade, em sua relação com o
fogo por fricção, é influenciado e adaptado diretamente em sua atividade por um
dos Budas de Atividade.
O carma da matéria é um assunto muito complexo e até agora apenas foram
feitas sugestões a esse respeito. Todavia ele está fortemente ligado ao carma do
homem. Implica em controlar a evolução da essência monádica (a matéria
atômica) e da essência elemental (a matéria molecular). Consiste no despertar e
na dinamização das quatro espirilas, na sua atividade e aderência às formas
quando são atômicas e no desenvolvimento do fogo interno latente e na sua
intensificação ígnea, até que ocorra dentro do átomo o que ocorre com o corpo
causal: a destruição da periferia do átomo pelo fogo. Trata-se da utilização da
matéria para a construção de formas, através da interação dos dois fogos, o
Elétrico e o Solar, na matéria, produzindo assim o fogo por fricção, que leva àvida
e à fusão.
O tema do carma da forma é também muito amplo e demasiado complexo para a
compreensão comum, porém é um fator muito importante, que não se deve
passar por alto, em relação com a evolução de um mundo, de uma síntese de
mundos ou de um sistema, ao serem considerados de níveis mais elevados.
Na sua totalidade, é o resultado da ação empreendida por Essências e Entidades
Cósmicas em sistemas solares anteriores, desenvolvendo-se por meio dos
átomos individuais e dos conglomerados de átomos denominados formas.
Portanto, o efeito do Raio da Personalidade sobre os fogos internos é, na
realidade, resultado da influência do Logos Planetário de qualquer raio implicado,
na medida em que esgota a parte do carma que lhe corresponde em um ciclo
dado, grande ou pequeno.
Dessa maneira produz e, com o tempo, transmuta os efeitos de causas que Ele
iniciou anteriormente, no seu relacionamento com seus seis Irmãos, os outros
Logos Planetários.
Temos um paralelo ilustrativo no efeito que um indivíduo gera sobre outro nos
contatos mundanos do dia a dia, ao estimular ou desestimular, ao acelerar ou
atrasar a evolução de outra pessoa.
Devemos lembrar que toda influência e efeitos fundamentais se sentem no
mundo astral ou emocional e daí atuam por intermédio do etérico até o físico
denso, assim submetendo a matéria sob sua influência, o que não se origina no
mundo físico.
A seguir apresentamos um gráfico para melhor assimilação.
[014]
O corpo etérico e o prana - A natureza do corpo etérico - Seu propósito e
descrição
Em nosso atual estudo vamos esclarecer os ensinamentos do Mestre Djwal Khul
apresentados nas páginas 90, 91, 92 e 93 do Tratado sobre Fuego Cósmico.
Na análise desses ensinamentos, sua visualização, entendimento de sua
operação e assimilação, descobriremos coisas de vital importância, embora o
Mestre tenha dito que isso é para a futura geração de pensadores, todavia como
essa afirmação do Mestre foi feita em meados do século passado, podemos nos
incluir entre esses pensadores.
• Seu propósito e descrição
Primeiro - Se os cientistas e médicos já tivessem aceitado a existência do corpo
etérico e pesquisado o assunto, teriam compreendido em maior profundidade as
leis da matéria e da saúde. A palavra saúde tem sido empregada até agora de
uma forma muito limitada e seu significado tem sido aplicado à sanidade do corpo
físico, à ação colaboradora dos átomos do corpo físico do homem e à plena
expressão dos poderes do elemental físico, mesmo assim por aqueles que
possuem a visão esotérica do cosmos.
No futuro (que é agora) dar-nos-emos conta de que a saúde do homem depende
da saúde das outras evoluções afins, da ação colaboradora e da plena expressão
da matéria do planeta e do elemental planetário, o qual é a manifestação
conjunta e simultânea de todos os elementais físicos da natureza manifestada.
Segundo - O estudo e a pesquisa do corpo etérico e do prana revelarão os
efeitos de certos raios do sol, os quais, por falta de um vocabulário mais
adequado, o Mestre chama de “emanações prânicas solares”.
Estas emanações são efeitos do calor central (fogo interno) do sol, quando atinge
outros corpos do sistema solar, como os planetas (densos e etéricos), por um dos
três canais principais de contato ou aproximação(akasha, raios de luz de aspecto
prânico e eletricidade solar), produzindo nos corpos nos quais estabeleceu
contato efeitos diferentes dos demais, ou seja, cada emanação produz sua
própria e característica ação.
Tais ações poderão ser estimulantes e construtivas e, pela sua qualidade
essencial, produzem condições que estimulam o crescimento da matéria celular.
Sua adaptação depende das condições ambientais e, semelhantemente, da
saúde interna (que se manifesta como calor no átomo e sua conseqüente
atividade) e da evolução uniforme da forma, da qual esse átomo particular de
matéria é parte constituinte. Estamos tratando de prana.
As emanações de prana ajudam pouco na construção das formas, porque isso
não é de sua competência, porém conservam a forma preservando a saúde de
suas partes componentes.
Outros raios do sol atuam de maneira diferente sobre as formas e sua
substância. Alguns desses raios agem como destruidores das formas (como os
do primeiro raio, a eletricidade solar), outros realizam o trabalho de coesão e
atração (como o prana). As tarefas de destruir e preservar são efetuadas sob a
Lei de Atração e Repulsão.
Alguns raios do sol aceleram o movimento, outros retardam-no. Os raios ora em
estudo, “as emanações prânicas solares” atuam dentro dos quatro éteres. Esses
quatro éteres, embora sejam matéria física, não são ainda visíveis pelo olho
humano. Todavia os físicos que pesquisam na área das partículas de alta energia
e nos aceleradores lineares de partículas, usando a câmara de bolha para
visualizar e quantificar os efeitos das colisões das partículas altamente
aceleradas nos núcleos dos átomos, já estão trabalhando com matéria etérica,
todavia não admitem isso. As partículas subatômicas, como os quarks (6), os
taus, os múons, os elétrons, os três tipos de neutrinos (neutrino tau, neutrino
múon e neutrino elétron), num total de 12, são pertencentes aos éteres. Existem
mais componentes dos éteres. Os prótons e os nêutrons também são moléculas
do quarto éter.
Essas emanações são o sustentáculo de toda vida no mundo físico,
considerando-se unicamente em relação à vida dos átomos da matéria física, seu
calor inerente e seu movimento giratório (fogo por fricção, fogo interno, latente).
Terceiro - Estudando-se o corpo etérico e o prana, chegaremos a compreender o
método da manifestação do Logos Solar, assunto de grande interesse para os
metafísicos e pensadores abstratos, que somos nós.
O corpo etérico do homem oculta o segredo da sua objetividade. Tem sua
analogia no mundo arquetípico, chamado o mundo da manifestação divina, o
primeiro plano ou mundo do nosso sistema solar, o Adi. Mestre Tibetano usa a
palavra plano para designar os diversos mundos de matéria. Passaremos daqui
em diante a usar também essa palavra com o mesmo significado.
A matéria do plano Adi, o mais elevado para nós, é chamada às vezes “mar de
fogo” e é a origem do plano monádico, denominado akasha, pois o átomo
monádicoé formado a partir de átomos do plano Adi. É importante lembrar que o
plano monádico é a nossa sede como Mônadas.
Essa analogia será bem detalhada, pois sua exata compreensão trará grande
iluminação, juntamente com muitas coisas que servirão para esclarecer
problemas macro e microcósmicos. Começaremos com o homem e seu corpo
etérico.
O corpo etérico tem sido descrito como uma rede impregnada de fogo, ou uma
rede animada por uma luz dourada. Na Bíblia é denominado “cuenco dorado”,
que quer dizer tigela ou terrina dourada. É composto de matéria etérica e tem
essa aparência porque os finos fios dessa matéria se entrelaçam e os
Construtores menores as convertem na forma ou modelo, de acordo com o qual
será moldado o corpo físico denso. No próximo estudo explicaremos
detalhadamente como esses fios são construídos a partir dos átomos e
moléculas etéricas, tendo como origem o átomo físico permanente, como
também daremos informações sobre a interação entre o corpo etérico e o DNA,
tão em voga atualmente.
Sob a Lei da Atração, a matéria densa do plano físico (átomos e moléculas que
irão formar as células e depois os órgãos) se adere a essa forma vitalizada e
gradualmente vai se conformando ao seu redor e por dentro, até que a
interpenetração é tão completa, que as duas matérias (doscorpos etérico edenso)
constituem uma só unidade.
As emanações prânicas do corpo etérico atuam sobre o físico denso, da mesma
maneira que as emanações prânicas solares atuam sobre o corpo etérico
Existe um vasto sistema de transmissão e interdependência dentro do sistema
solar. Todos recebem para dar e ajudar o inferior ou menos evoluído. Este
processo pode ser observado em todos os planos.
Dessa forma o corpo etérico constitui o plano (planejamento) arquetípico, em
relação com o corpo físico denso. O Pensador (A Alma) em seu próprio
planoencontra-se com respeito ao corpo físico, na mesma relação em que o
Logos Solar se encontra com respeito ao seu sistema solar. De uma forma
sintética podemos dizer assim: “O Pensador no plano astral, o plano do desejo e
da necessidade, encontra-se com respeito ao corpo físico na mesma relação do
Logos Solar no plano astral cósmico com respeito ao seu sistema solar.”
A referência aqui feita pelo Mestre ao plano astral e ao plano astral cósmico será
explicada no próximo estudo.
Na medida do avanço do nosso estudo, iremos observando as analogias no
cosmos, no sistema e nos três mundos, pois devemos ter sempre presente que a
analogia tem de ser perfeita:
• O Homem, o Microcosmos, a Mônada em manifestação ou encarnada, o
Uno.
• O Homem Celestial, o Logos Planetário, o grupo manifestado.
• O Grande Homem dos Céus, o Macrocosmos, O Logos Solar, a
manifestação de todos os grupos e evoluções dentro do seu corpo, o
sistema solar.
Todos esses corpos - homem, Logos Planetário e Logos Solar - são produtos do
desejo originado nos respectivos planos da mente abstrata, seja a mente
cósmica, do sistemaou dos três mundos ou desejo-mente cósmica, desejo-mente
humana e todos os seus corpos, são “Filhos da necessidade”, como tão
apropriadamente expressa Helena Petrovna Blavatsky, na Doutrina Secreta.
Por ora encerramos nosso estudo. Voltaremos no dia 30/04/2003, quarta-feira da
próxima semana, quando elucidaremos em maior extensão alguns tópicos aqui
tratados, como a construção da trama etérica e a influência do corpo astral no
corpo etérico e a partir deste no corpo físico e entraremos nos Oito Enunciados
sobre o corpo etérico, páginas 93 a 98 do Tratado sobre Fuego Cósmico.
Solicitamos e enfatizamos que procurem entender e assimilar bem esse assunto,
porque é de suma importância para a saúde física.
Ao total dispor para quaisquer dúvidas e esclarecimentos.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 24-ABR-2003
[015]
A Construção do Corpo Etérico
Conforme prometemos no último estudo, iremos agora estudar a construção do
corpo etérico.
O processo de uma encarnação começa no plano causal, quando a Alma, após
ter assimilado as essências das experiências da última encarnação e
transformado-as em qualidades, pela inserção nas pétalas do Loto Egoico, o
mecanismo mais importante do homem e que será explicado em outro estudo,
sente um impulso oriundo da Mônada para viver novas experiências nos mundos
inferiores.
Ao responder a esse impulso, sua atenção é enfocada na unidade mental
permanente, onde está gravado todo o seu passado. Nessa fase os Senhores do
Carma definem a parcela do carma dessa Alma que deve ser cumprido na
encarnação que se inicia.
Detalhes desse carma, como os raios dos corpos mental inferior, astral, físico e
da futura personalidade como outras características são devidamente delineados.
Os Devas construtores, em diversos níveis, atuam nessa ocasião.
Quando a unidade mental permanente recebe o fluxo de energia da Alma,é
gerado um campo de força em torno dela, que atrai partículas dos quatro sub-
planos inferiores do plano mental, de acordo com o conteúdo da unidade mental
e do carma. Essas partículas irão constituir o núcleo do futuro corpo mental
inferior, que irá se desenvolver após o nascimento e crescimento do futuro corpo
físico.
O fluxo de energia prossegue, atingindo o átomo astral permanente, que gera em
torno de si um outro campo de força, que atrai partículas astrais, também de
acordo com o conteúdo do átomo astral permanente e o carma. É o núcleo do
futuro corpo astral.
A seguir a energia chega ao átomo físico permanente. Ao ser gerado o campo de
força em torno, ele atrai partículas dos quatro sub-planos etéricos, de acordo com
o que foi planejado para aquela encarnação.
Ao ser construído o núcleo do corpo etérico, as partículas atraídas se agrupam
linearmente, como o fio de cobre que conduz a corrente elétrica. A energia que
propicia essa coesão provém do segundo aspecto, juntamente, é óbvio, com a
energia do terceiro aspecto, o fogo interno ou fogo por fricção, inerente à matéria.
Os núcleos dos corpos mental inferior e astral e o minúsculo molde etérico com
todos os dados e informações necessárias, estão prontos, aguardando o
momento da fecundação do óvulo pelo espermatozóide, para ser iniciado o
processo físico da encarnação.
No pequeno molde etérico, em cada partícula do fio que irá se expandir até
chegar a formar uma rede, estão diminutos campos de força que irão atuar sobre
os genes dos DNA do pai e do mãe, contidos em seus cromossomos, ativando
aqueles necessários para que se efetive o que foi decidido pelos Senhores do
Carma para essa encarnação.
À medida em que esse corpo físico incipiente vai se desenvolvendo, passando
pelas fases dos reinos vegetal e animal, para, na fase mais adiantada da
gestação, adquirir a forma humana, o molde etérico vai se expandindo,
estendendo-se o fio etérico e entrelaçando-se, formando uma estrutura
semelhante a uma de arame, como esses desenhos que são vistos nos
computadores, para serem preenchidos e formarem o desenho definitivo.
É nessa trama etérica, em suas partículas, que estão armazenadas as instruções
que, através dos minúsculos campos de força, atuarão sobre os genes, ativando-
os e desativando-os, conforme o carma.
É digno de se notar que a dupla hélice do DNA, com os seus quatro
componentes fundamentais, adenina, timina, guanina e citosina, formando os
pares AT, TA, gc E cg, é também uma trama ou rede.
É de se observar também que, na linguagem de um computador, com apenas
dois dígitos, 0 e 1, dispostos em grupos de oito, efetuando-se permutações,
podemos codificar 2 elevado a 8 (256) unidades de informação. Se os grupos
forem de 32, teremos 4.294.967.296 unidades de informação.
No DNA, de base quatro e grupos de oito, teremos 4 elevado a 8 (65.536)
unidades de informação e com grupos de 16, teremos 4.294.967.296 unidades.
Com a expansão gradativa da trama etérica, atuando sobre o DNA, o corpo físico
vai crescendo, dentro da normalidade do homem.
Outro fato digno de nota é o aspecto astrológico do nascimento. A astrologia é
uma ciência e como ciência deve evoluir e, para tal, mais pesquisas e estudos
sérios devem ser feitos, dentro de moldes científicos e através de análises
estatísticas e não apenas se baseando em dados brutos, nem sempre
representativos.
Alguns astrólogos desavisados e sem mentalidade científica afirmam
enfaticamente que são os astros que fazem com que uma pessoa seja o que é.
Ora, se considerarmos que o planejamento e a escolha das características dos
novos corpos são feitos antes do nascimento, que é o homem que conquista
suas qualidades e que antes do nascimento, no ventre da mãe, o corpo físico já
está sendo construído, concluímos que a afirmação desses astrólogos é sem
fundamento.
Sabemos que as energias provenientes dos Seres Cósmicos que se expressam
pelas constelações atuam em toda a natureza e no homem, estimulando, porém
não são coercitivas no todo no homem, pois esse tem uma boa dose de livre
arbítrio.
Na nossa interpretação, o planejamento cármico é feito de acordo com os
méritos, conquistas, a cota de bem e mal e o que é melhor em termos de
evolução para atingir a meta prevista para o homem que, na atual cadeia, é a
quinta Iniciação Planetária, a terceira Solar.
Uma vez feito esse planejamento, em função do que o homem conquistou,
planejamento esse que prevê respostas dos veículos desse homem a certas
energias dos Seres Cósmicos, deve ser aguardado o momento certo em que as
condições astrológicas sejam coerentes com o planejado.
Concluímos então que as condições astrológicas (o mapa natal) no momento do
nascimento de um homem apenas indicam o que ele conquistou e fornecem
informações (se bem interpretadas por um astrólogo sábio, o que é raríssimo)
para que ele aproveite ao máximo aquela encarnação sob o ponto de vista de
evolução, porém jamais são forças escravisantes.
A seguir apresentamos um desenho para melhor esclarecimento.
[016]
O Corpo Etérico e o Prana - A natureza do corpo etérico - Oito enunciados
No decorrer dos nossos estudos dedicar-nos-emos ao corpo etérico de todas as
coisas, à sua vivificação pelo prana (cósmico, solar, planetário e humano), dos
órgãos de recepção e da fonte das emanações.
Para maior claridade, serão estabelecidos oito enunciados sobre o corpo etérico.
Primeiro - O corpo etérico é o molde do corpo denso.
Segundo - O corpo etérico é o arquétipo, segundo o qual é construída a forma
física densa, seja um sistema solar, seja uma cadeia planetária, seja um corpo
humano em qualquer encarnação.
Terceiro - O corpo etérico é uma trama ou rede de finos canais entrelaçados,
formados de matéria dos quatro éteres e organizados em uma forma específica.
É o ponto focal para certas emanações que irradiam e vivificam, estimulam e
provocam o movimento giratório dos átomos, microcósmicos e macrocósmicos.
Quarto - Estas emanações prânicas, uma vez enfocadas e recebidas, reagem
sobre a matéria densa, construída sobre e dentro do arcabouço e estrutura
etéricos.
Quinto - Esta trama etérica constitui, durante a encarnação, uma barreira entre o
plano físico e o astral, barreira que somente pode ser ultrapassada quando a
consciência está suficientemente desenvolvida para poder se evadir, o que
ocorre no microcosmos e no macrocosmos. Quando o homem, pela
concentração e pela meditação, expandir sua consciência até determinado grau,
poderá alcançar os planos mais sutis e ir mais além dos limites da trama
divisória.
Correspondência entre os subplanos físicos (divisões do mundo físico) e os
planos do sistema
Subplanos físicos etéricos Planos do sistema solar
1 - Primeiro éter - subplano
Adi - Mar de fogo - primeiro éter cósmico
atômico
2 - Segundo éter - subatômico Anupadaka - Plano monádico - elemento
Akasha - segundo éter cósmico
3 - Terceiro éter - superetérico Átmico - Plano espiritual - elemento Éter
terceiro éter cósmico
4 - Quarto éter - supergasoso Búdico - Plano intuicional - elemento Ar
quarto éter cósmico
Físico denso
Mental - elemento Fogo - gasoso
5 - Gasoso - subetérico
cósmico
Astral - Plano emocional - elemento Água
6 - Líquido
-
líquido cósmico
7 - Terreno - denso Físico - elemento Terra - denso cósmico
Uma vez que o Logos Solar tenha expandido sua consciência nos níveis
cósmicos, poderá ultrapassar a trama etérica logoica e ir além do “círculo não se
passa” da Sua manifestação objetiva. Ao refletir sobre essa analogia, devemos
ter sempre em mente que os sete planos do nosso sistema solar, desde o Adi até
o físico, são subplanos do plano físico cósmico, o mais baixo ou inferior.
Podemos observar aqui a exatidão da analogia com referência à matéria
(subplanos do plano físico do sistema solar relacionados com os subplanos do
plano físico cósmico) e com referência à irradiação (ultrapassagem das tramas
etéricas do homem e do sistema solar).
Sexto - Em cada um dos três corpos etéricos: humano, planetário e logoico,
existe um grande órgão receptor de prana. Tal órgão tem sua manifestação no
corpo denso.
No sistema solar, o órgão receptor de prana cósmico vitalizador da matéria de
todo o sistema, é o Sol central, que não é o nosso sol físico visível, receptor
direto e distribuidor do prana cósmico como das outras duas manifestações do
fogo por fricção cósmico.
O prana cósmico é uma das tríplices divisões do Raio Primordial de Inteligência
ativa. Cada um dos Raios Cósmicos é tríplice em sua essência, fato que muitas
vezes é esquecido, embora logicamente é evidente.
Cada raio é o veículo de um Ente cósmico e toda existência é necessariamente
tríplice na manifestação. O Sol central tem dentro de sua periferia um centro
receptor e uma superfície irradiante.
Os diagramas abaixo ilustram as triplicidades do Raio Primordial de Inteligência
ativa e a recepção e irradiação do Sol central:
[017]
A natureza do Prana - Prana Solar (Páginas 98 a 100 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)
Até agora o corpo etérico e suas funções, como assimilador e distribuidor de
prana, foram tratados do ponto de vista do lugar que ocupam no esquema das
coisas, ou seja, segundo a lei da analogia, onde se encontram no sistema solar,
no planeta e no homem.
Foi visto que o corpo etérico é o fundamento da forma física e é, por si mesmo, o
vínculo mais importante entre:
• O homem físico e o corpo emocional ou astral.
• O Homem Planetário (Logos Planetário em seu corpo físico cósmico) e a
qualidade emocional essencial.
• O Logos Solar, o grande Homem Celestial (em seu corpo físico cósmico) e
o plano astral cósmico.
Agora o corpo etérico do homem será estudado sem se falar das analogias
sistêmicas ou cósmicas. Contudo é conveniente lembrar que o estudante
inteligente obtém a sabedoria pela linha da interpretação.
Quem se conhece a si mesmo, como manifestação objetiva, qualidade essencial
e desenvolvimento compreensivo, conhece também o Senhor de seu Raio e o
Logos de seu sistema.
Portanto é somente questão de aplicação, expansão consciente e interpretação
inteligente.
Além disso deve se abster sensatamente de fazer afirmações dogmáticas e há
que reconhecer que a analogia se encontra na qualidade e no método
empregado, mais que em ajustar-se estritamente a uma ação específica num
determinado momento da evolução.
O material de estudo que é possível dar aqui, se houver reflexão profunda, pode
induzir a levar uma vida prática mais inteligente, empregando o verbo viver em
seu sentido esotérico.
Estudando este material de forma científica, filosófica e religiosa, o estudante
poderá também ser levado a desenvolver os objetivos do processo evolutivo no
ciclo menor imediato, ou seja, acelera em muito sua evolução, podendo
conseguir nesta atual encarnação (ciclo menor imediato) realizar muitas coisas
que poderiam levar muitas encarnações futuras.
Por isto o objetivo do estudo consiste em tornar mais real o corpo secundário (o
corpo etérico) do homem e expor algumas de suas funções e a forma em que
poderá ser posto oportuna e conscientemente ao alcance da compreensão
mental.
Como bem sabemos, a ciência está chegando rapidamente na etapa em que ver-
se-á obrigada a admitir a realidade do corpo etérico, pois as dificuldades que
surgirão ao negá-lo serão tão insuperáveis como admitir sua existência.
Os cientistas já aceitam a existência da matéria etérica, O êxito obtido na
fotografia tem demonstrado a realidade do que até agora foi considerado irreal,
porque é intangível do ponto de vista físico. As conclusões obtidas nos
aceleradores lineares de partículas comprovam essa afirmação. As atuais
pesquisas para detectar o neutrino constituem outra prova.
Continuamente ocorrem fenômenos considerados sobrenaturais, que podem ser
explicados por meio da matéria etérica e os cientistas, em seu empenho para
demonstrar que os espiritistas estão equivocados, têm ajudado a causa do
espiritismo verdadeiro e superior, apoiando-se na realidade e na existência do
corpo etérico, embora o considerem (pois se interessam pelos efeitos, sem ter
descoberto a causa) um corpo que emana irradiação.
A medicina começa a estudar (embora às cegas) a questão da vitalidade, o efeito
dos raios solares sobre o organismo físico e as leis subjacentes no calor inerente
e irradiante.
Atribui ao baço funções não reconhecidas anteriormente e estuda os efeitos da
ação das glândulas e sua relação com a assimilação das essências vitais através
da estrutura corporal.
Por isso encontra-se no caminho certo. Não levará muito tempo para que a
realidade do corpo etérico e suas funções básicas sejam afirmadas mais além de
toda controvérsia e o objetivo da medicina, preventiva e curativa, passe para um
nível superior.
Tudo o que é possível fazer aqui é dar, simplesmente e em forma condensada,
alguns dados que poderão acelerar a chegada do dia do seu reconhecimento, o
que despertará maior interesse no verdadeiro investigador.
Após tudo isso, vamos enunciar brevemente o que será tratado nos três pontos
que falta considerar:
• As funções do corpo etérico.
• Sua relação com o físico denso durante a encarnação.
• Os males e as enfermidades do corpo etérico (tendo em conta o
significado original da palavra enfermidade).
• Sua condição depois da morte.
O que for ensinado abrangerá aquilo que é de utilidade prática na atualidade.
Logo adquiriremos mais conhecimento, se o transmitido ao público for aplicado
com cuidado e se os investigadores estudarem inteligente, sensata e
amplamente tão importante tema.
À medida que a natureza do corpo etérico e suas funções ocupem o pensamento
do mundo e o lugar que lhes corresponde e as pessoas se conscientizem de que
o etérico é o mais importante dos dois corpos físicos, o homem fará contato
consciente e íntimo com outras evoluções que existem em matéria etérica, assim
como é feito com o corpo físico denso.
Existem certos grandes grupos de Devas denominados Devas dourados, “Devas
das sombras” ou Devas violetas, que estão intimamente vinculados com o
desenvolvimento evolutivo do corpo etérico humano e lhe transmitem irradiações
solares e planetárias. O corpo etérico humano recebe prana de diferentes
maneiras e de diversas classes, que o põem em contato com distintas entidades.
Prana Solar
Fluido vital e magnético ( por ser do segundo aspecto), que é irradiado pelo sol
(raios de luz de aspecto prânico) através de átomos físicos primordiais do
segundo raio, sendo transmitidos ao corpo etérico do homem por certas
entidades dévicas de ordem muito elevada e de matiz dourado. Elas absorvem
esses átomos carregados de prana em seus corpos etéricos, processam-nos e os
irradiam em potentes jatos em condições adequadas diretamente a certos
chacras situados na parte superior do corpo etérico humano, na região da cabeça
e dos ombros, donde descem a um chacra que tem conexão com o baço,
passando energicamente para ele.
Essas entidades prânicas de matiz dourado encontram-se no ar, sobre nós e
estão particularmente ativas em algumas regiões do mundo, como a Califórnia e
as regiões tropicais, onde o ar é puro e seco e os raios solares são considerados
essencialmente benéficos.
As relações existentes entre o homem e esses Devas são muito íntimas, porém
muito perigosas para o homem.
Os Devas têm muito poder e, na sua própria linha, estão muito mais evoluídos
que o homem.
O ser humano que não sabe se proteger está a sua mercê e devido a isto e à
falta de conhecimento das leis da resistência magnética ou de repulsão solar,
está propenso à insolação.
Quando o corpo etérico e seus processos assimilativos forem compreendidos
cientificamente, o homem será imune aos perigos da irradiação solar, pois
existem outras energias nos raios solares além de prana.
Proteger-se-á pela aplicação das leis que regem a repulsão e a atração
magnéticas e não meramente pelo tecido da roupa e pelo teto ou telhado da
casa. De uma forma geral é questão de polarização.
Poderemos sugerir que quando os homens entenderem a evolução dévica mais
corretamente, souberem como trabalhar em certas linhas relacionadas com o Sol
e se derem conta de que tal evolução representa o pólo feminino, assim como o
homem representa o pólo masculino (a quarta hierarquia criadora, as Mônadas
humanas, é masculina), compreenderão sua inter-relação e regerão essa relação
de acordo com a lei.
O reino humano evolui pela linha da resistência, devendo “fazer força” para
evoluir e atingir a meta da cadeia e por isso pode ir mais depressa, dependendo
do esforço que faz. Aí está a chave para o homem conseguir se defender dos
efeitos prejudiciais dos raios solares, pois esse modo de evoluir, se bem
entendido, torna bem claro o conceito de masculinidade do reino humano e a
postura interior, aliada ao conhecimento do mecanismo dos raios solares e da
feminilidade do reino dévico, dará ao conhecedor e senhor de si mesmo a chave
da polarização.
O reino dévico, por estar mais adiantado, segue a linha da “passividade”, não
significando inércia, em hipótese alguma, pois os Devas são os mais ativos
trabalhadores do Plano Divino.
Essa passividade significa que eles agem e laboram sem encontrar resistência,
sendo essa atividade uma coisa inerente à sua natureza, encontrando eles no
trabalho uma imensa alegria, felicidade e sensação de vida.
Estes Devas solares recebem os irradiantes raios do Sol, que saem desde o
centro e chegam até a periferia por um dos três canais de aproximação, passam-
nos pelo seu corpo e organismo e os enfocam ali.
Atuam como uma lente de aumento que concentra os raios solares. Em seguida
os refletem e transmitem ao corpo etérico do homem, que os capta e assimila.
Quando o corpo etérico está são e funciona corretamente, absorve bastante
prana para manter a forma (o corpo denso) organizada.
Este é o objetivo dessa função do corpo etérico, coisa que nunca se fará ressaltar
suficientemente.
O prana que sobra é emitido como irradiação animal ou magnetismo físico
(diferente do magnetismo da física), ambos termos expressando a mesma idéia.
Portanto o homem repete, em escala menor, a tarefa dos grandes Devas solares
e, por sua vez, acrescenta sua cota de emanações, re-polarizada ou re-
magnetizada, à soma total da aura planetária.
A seguir apresentamos um desenho para melhor visualização:
Encerramos aqui nosso estudo de hoje. Voltaremos no dia 17/05/2003, com o
tema Prana Planetário, páginas 101 e 102 do Tratado sobre Fuego Cósmico.
Sempre ao dispor para quaisquer dúvidas e esclarecimentos.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 12-MAI-2003
[018]
A natureza do Prana - Prana Planetário (Páginas 101 e 102 do Tratado sobre
Fuego Cósmico)
Energia fundamental e vital, que cuida da manutenção e vitalização das formas,
no sentido de mantê-las coesas e funcionando em perfeita harmonia, mantendo
as partes do organismo em ótima colaboração entre si, para que o todo, ou seja,
a forma como um todo, seja apta para que a Vida que a utiliza possa expressar o
planejado para essa forma. Tudo isso porque é uma função do fogo por fricção
ligada ao segundo raio ou aspecto do Logos, Amor-Sabedoria-Razão Pura que,
entre outras coisas, trata da união e coesão e, para tanto, é necessário haver
cooperação entre as partes. No atual contexto, vamos estudar o prana emanado
pelo planeta, qualquer planeta, embora estejamos mais interessados no prana do
nosso planeta, a terra. O que ocorre com o prana solar e com o homem, ocorre
também com o planeta, corpo físico, melhor dizendo, a parte mais densa do
corpo físico cósmico do Logos Planetário. Obviamente estudaremos só essa
parte mais densa, todavia é importante saber que prana também existe nas
partes astral e mental inferior do corpo físico cósmico do Logos Planetário, que
constituem as partes líquida e gasosa de seu corpo.
Esse prana planetário é o prana solar que a terra recebe, assimila, qualifica,
distribui para todo o planeta, interior e superfície, alimentando tudo o que está no
planeta e irradia o que sobra, constituindo a “aura de saúde planetária”.
Logicamente esse prana tem as qualidades do nosso Logos Solar, acrescida das
qualidades do nosso Logos Planetário, considerando todas as qualidades Dele
como Ego ou Alma e Personalidade, pois elas deixam suas marcas (vibrações ou
oscilações) nas partículas portadoras de prana. Como vêm, o tema prana
planetário é uma imensa área de estudo e pesquisa e pode nos fornecer muitas
informações sobre o nosso Logos Planetário. Mas esse assunto é para aqueles
que estão realmente interessados em conhecer os mistérios da manifestação em
profundidade e não se contentam em ficar somente na superfície.
No tratamento do prana solar que é transmitido ao planeta, trabalham Devas
Dourados de elevadíssima categoria, ligados diretamente ao nosso Logos
Planetário, muito acima dos Devas Dourados que trabalham com a humanidade.
Mas esse não assunto para este estudo.
O prana que é irradiado pela planeta é recebido, tratado e transmitido por um
grupo de Devas chamados Devas Violetas, denominados “Devas das sombras”,
cujo corpo mais denso é etérico, de matiz ligeiramente violáceo. Obviamente em
seus corpos entram os quatro éteres, o que lhes dá uma hierarquia em função da
elevação do éter que compõe seu corpo.
Eles concentram em si as emanações prânicas do planeta e de todas as formas
que existem nele. Em virtude da semelhança da essência etérica deles com a do
homem, eles estão muito intimamente ligados aos seres humanos, transmitindo a
eles as energias da “Mãe Terra”.
Assim, dois grupos de Devas trabalham com o homem:
• Os Devas Solares lhe transmite a energia vital que circula pelo corpo
etérico.
• Os Devas Planetários de cor violeta, ligados ao corpo etérico do homem,
lhe transmitem o prana da terra ou do planeta no qual atue o homem
durante uma encarnação física.
Podemos aqui fazer algumas perguntas e, embora elas não sejam totalmente
respondidas, podemos dar algumas sugestões.
Qual a razão da aparente falta de vida na Lua? Existe ali vida dévica? Em que a
Lua, aparentemente morta, difere de um planeta vivo como a Terra?
Aqui nos encontramos frente a frente com um mistério, cuja solução - para
aqueles que têm o hábito de investigar - ficará revelada pelo fato de que não
existem seres humanos nem certos grupos de Devas na Lua.
O homem não deixou de existir na Lua porque está morta e, em conseqüência,
não possa sustentá-lo, mas sim porque os homens e os Devas retiraram-se da
sua superfície e da sua esfera de influência.
O homem e os Devas atuam em cada planeta como intermediários ou agentes
transmissores. Onde eles não estão, torna-se impossível realizar certas
atividades, sobrevindo a desintegração.
A causa dessa retirada está na Lei Cósmica de Causa e Efeito ou Carma
Cósmico e na história conjunta, embora individual, de um dos Homens Celestiais
cujo corpo foi, num momento determinado e passado, a Lua ou qualquer outro
planeta.
Essas palavras do Mestre Tibetano significam o seguinte. Existiu uma cadeia
anterior à nossa, chamada cadeia lunar, constituída de sete globos, sendo um
físico, a Lua, dois astrais, dois mentais inferiores e dois causais. Essa cadeia foi a
encarnação anterior do nosso Logos Planetário. Nessa encarnação nosso Logos
Planetário cometeu o que respeitosamente chamamos de “erros cósmicos”, cujo
detalhamento não cabe neste atual estudo. Por isso, por intervenção do próprio
Logos Solar, a cadeia lunar teve de ser desintegrada antes do tempo previsto.
Isso quer dizer que o nosso Logos Planetário “morreu fisicamente antes do
tempo”.
Quanto ao aspecto cármico desses erros, muitos problemas que ocorrem e
ocorreram com a humanidade são conseqüências desses erros. Uma pergunta
pode ser feita aqui, se o erro foi do Logos Planetário, porque nós temos de sofrer
as conseqüências? A explicação para essa pergunta é muito longa e não cabe
aqui, todavia deve ficar bem claro que nós, Mônadas humanas, a quarta
hierarquia criadora, tivemos a nossa cota de culpa nesses erros cósmicos,
porque a nossa origem verdadeira está muito distante no passado, mas muito
mesmo, como nem imaginam. Oportunamente darei algumas informações sobre
este mistério.
No próximo estudo darei mais detalhes sobre o prana planetário, com bastante
ilustração gráfica.
Voltarei em 24/05/2003 com o tema Prana das Formas, além do acima
prometido. Tal tema encontra-se nas páginas 102 a 106 do Tratado sobre Fuego
Cósmico. Darei também esclarecimentos sobre o diagrama da página 104, Logos
de um Sistema Solar.
Aqui despeço-me, sempre ao dispor para quaisquer perguntas e esclarecimentos.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 17-MAI-2003
[019]
A Natureza do Prana - Prana das Formas (Páginas 102 a 106 do Tratado sobre
Fuego Cósmico)
Antes de estudarmos o prana das formas, devemos deixar bem claros as diversas
classes de formas. Elas são três:
• as formas mais simples incorporadas à substância, com a qual são feitas
todas as demais formas. Devemos ter sempre em mente que forma é o
veículo de expressão e ação de uma vida. Essa forma singela é a matéria
atômica e molecular, animada pela vida ou energia do terceiro Logos;
• as formas elaboradas com as formas mais simples citadas em “a” e que
constituem os reinos mineral, vegetal e animal. São animadas pelas vidas
conjuntas dos terceiro e segundo Logos;
• As formas também elaboradas com as formas mais simples citadas em “a” e
que constituem unicamente os reinos humano e dévico. São animadas pelas
vidas conjuntas dos três Logos.
No final deste estudo o diagrama que expõe essas três ações dos Logos (processos
de ação do Logos único) será elucidado.
Com respeito ao grupo “b”, o prana emitido pelos membros dos reinos vegetal e
animal (após terem absorvido, assimilado e utilizado o prana solar, planetário e
humano, sendo pois a combinação dos três, como excesso, é captado, como
irradiação de superfície, por certos grupos de Devas menores de ordem não muito
elevada, que têm uma curiosa e complexa relação com a alma grupal do animal ou
vegetal que o irradia.
Não é possível nem conveniente dar informações detalhadas sobre esses Devas
aqui.
Obviamente o reino mineral (como forma coesa) também capta prana e irradia o que
sobra, mas esse assunto não é para agora, pois trata-se de um processo cujo
conhecimento envolve o controle da matéria.
Eles têm um matiz violeta, porém tão pálido que é quase cinzento.
Estão numa fase de transição e misturam-se de forma confusa com certos grupos
de entidades que estão no arco involutivo, que é a etapa de descida para o mais
denso.
Quanto ao grupo “c”, a forma humana transmite o que sobra de prana a um grupo
de Devas de ordem muito mais elevada.
Esses Devas têm um matiz mais acentuado. Após terem assimilado devidamente o
prana irradiado pelo ser humano, transmitem-no principalmente ao reino animal,
demonstrando assim a íntima relação entre os dois reinos.
Ter-se-á conseguido muito, se o que foi dito anteriormente sobre as complicadas
relações (em termos de energias) entre o Sol e os planetas, estes e as formas que
neles evoluem, entre as formas de mesmo reino e de um reino para outro inferior,
servir para demonstrar, embora apenas isso, a intricada interdependência de tudo o
que existe.
Outro fato que se deve ressaltar é que a íntima relação existente entre todas as
evoluções da natureza, desde o Sol celestial à violeta mais humilde, por mediação
da evolução dévica, que atua como força transmissora e transmutadora em todo o
sistema.
Finalizando, todos trabalham com fogo. Fogo interno, inerente e latente; irradiante e
emanante; gerado, assimilado e irradiado; vivificador, estimulador e destruidor; fogo
transmitido, refletido e absorvido, base de toda a vida; essência de tudo o que existe
e agente que desenvolve e impulsiona o que está por detrás de todo o processo
evolutivo.
Fogo edificador, preservador e construtor; fogo originado, o processo e a meta; fogo
purificador e consumidor.
O Deus do fogo e o fogo de Deus interagem até que todos os fogos se fundam, se
sintonizem e ardam e tudo o que existe tenha passado pelo fogo - desde um
sistema solar até uma formiga - surgindo com perfeição tríplice.
Então o fogo emergirá como essência perfeita do “círculo não se passa”, seja do
“círculo não se passa” humano, planetário ou solar, o que quer dizer, as Mônadas,
geradoras do fogo pela sua atuação sobre a matéria, qualquer que seja, sairão de
seus “círculos não se passa”, como Mônadas perfeitas (perfeição que sempre busca
uma perfeição maior), sejam Mônadas humanas, planetárias ou solares.
A roda do fogo gira; tudo o que se encontra dentro dela é submetido a uma tríplice
chama e com o tempo tudo chega à perfeição, para em seguida iniciar a busca e
luta para uma perfeição maior ainda, em condições muito superiores e melhores.
Assim cada um dá sua cota de perfeição ao QUE JÁ É PERFEITO ABSOLUTO,
sendo tudo ELE MESMO, em infinitos estados de ser.
No prosseguimento dos nossos estudos, dentro do seqüenciamento do Mestre
Tibetano, iremos entrar em mais detalhes sobre a atuação dos fogos no processo
evolutivo.
Uma forma mais objetiva de explicar os três fogos é a dos três conceitos: fogo, calor
e movimento. Fogo, calor e movimento são a vida subjetiva manifestando-se
objetivamente.
Fogo: essência do primeiro Logos, fogo elétrico, vontade, Espírito que aquece.
Calor: dualidade, essência do segundo Logos, fogo solar, aspecto filho, consciência
que une.
Movimento: essência do terceiro Logos, fogo por fricção, matéria em movimento
pela ação do fogo que aquece e se une pela ação do calor do fogo solar.
O Macrocosmos
Expressão subjetiva
Primeiro Logos Fogo Vontade de viver ou de ser. Elétrico
Segundo Logos Calor Dualidade ou amor entre dois. Solar.
Terceiro Logos Movimento Fogo da mente, “relação entre”. Fogo por fricção
Expressão objetiva
O Sol Vontade ou poder.
Vênus-Mercúrio Amor e sabedoria.
Saturno Atividade ou inteligência.
O Microcosmos
Expressão subjetiva
A Mônada Fogo elétrico Vontade ou poder
O Ego Fogo solar Amor e sabedoria
A personalidade Fogo por fricção Atividade ou inteligência
Expressão objetiva
Corpo mental Vontade ou poder Fogo
Corpo astral Amor-sabedoria Calor
Corpo físico Inteligência ativa Movimento
Corpo físico
Cérebro Mônada Vontade ou poder Fogo elétrico
Coração Ego Amor-sabedoria Fogo solar
Órgãos inferiores Personalidade Inteligência ativa Fogo por fricção
Apresentamos a seguir o diagrama da página 104 do Tratado sobre Fuego
Cósmico, sobre o Logos de um sistema solar:
Estas emanações do Logos têm estreita relação com os fogos e devem ser
explicadas detalhadamente, pois trata-se do processo de construção do nosso
sistema solar, não apenas a parte física, porém toda a estrutura que abrange os
sete planos, desde o Adi até o nosso físico. Por isso o estudo ficará para o dia
24/06/2003.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 24-MAI-2003
[020]
Continuação do estudo do Prana das formas e explicação do diagrama das três
emanações do Logos Solar, da página 104 do Tratado sobre Fuego Cósmico
No estudo anterior tratamos do prana das formas, não sob a ótica do processo ou
técnica de absorção, assimilação e distribuição dentro das formas, mas sob o
ponto de vista de classificação com base na atuação dos três estados de ser do
Logos Solar, também chamados aspectos.
Tais atuações conduziram ao diagrama das três emanações, que iremos estudar
em seguida.
Contudo, antes devemos lembrar o que foi dito sobre os fogos, para que a
conexão entre fogos e emanações fique bem clara e inteligível, eliminando
qualquer dúvida e, de posse dessa clareza de entendimento, surjam a convicção
e a certeza inteligentes, tornando-se a aplicação desses conhecimentos em nós
mesmos imediata, profunda e efetiva.
Como sabemos, fogo é o resultado da atuação da Mônada ou Espírito nas
partículas (átomos e moléculas) do plano com o qual Ela tem conexão direta e
nos planos mais densos que esse pela penetração em seus átomos e moléculas
dos átomos e moléculas animadas pela atuação direta.
Exemplificando, a Mônada Solar, ao atuar diretamente nos átomos e moléculas
do plano monádico cósmico, no qual Ela é residente atualmente (no atual sistema
solar), gera o fogo elétrico, que se expressa de forma tríplice como fogo
elétrico/elétrico, quando prepondera o estado de ser vontade, fogo elétrico/solar,
quando prevalece o estado de ser amor-sabedoria e fogo elétrico/por fricção,
quando é mais forte o estado de ser inteligência ativa.
Existem átomos específicos para responderem a esse ou a aquele estado de ser.
Quando esses átomos monádicos cósmicos animados pela energia direta da
Mônada Solar, portanto fogo elétrico tríplice, penetram em átomos do plano
átmico ou espiritual cósmico, o fogo se transforma em fogo solar também tríplice:
fogo solar/elétrico, fogo solar/solar e fogo solar/por fricção, conforme o fogo que
anima o átomo monádico penetrante. Também no plano átmico há átomos
específicos para esse ou aquele fogo solar.
Assim, por esse processo de penetração, vem surgindo o fogo nos diversos
planos cósmicos, havendo uma transformação do fogo, de tal forma que nos
planos átmico, búdico e causal cósmicos é fogo solar tríplice e nos planos mental
inferior, astral e físico cósmicos ele passa a ser fogo por fricção tríplice, chegando
finalmente, através de outras transformações e penetrações, desde o plano adi
do nosso sistema solar até o nosso mundo fenomênico físico, no qual estamos
vivendo e evoluindo no momento.
O Logos Solar também absorve fogo por fricção cósmico para seu corpo físico
cósmico (nosso sistema solar como um todo), conforme veremos mais adiante.
No próximo sistema solar, a Mônada Solar, após ter recebido mais uma Iniciação
Cósmica, a quinta, deverá estar residente no plano Adi Cósmico, então os fogos
terão características diferentes, mas sempre serão o resultado da atuação direta
da Mônada Solar nos átomos e moléculas do plano de sua residência.
Contudo, não podemos esquecer que, assim como nós, Mônadas humanas, ao
atuarmos diretamente nos átomos e moléculas do plano monádico do sistema,
produzimos nosso fogo elétrico tríplice, que no início do nosso processo evolutivo
não é muito forte (na realidade fraquíssimo) e, por isso, para animarmos nossos
veículos (formas) precisamos dos fogos do Sol, e do Planeta, assim também a
Mônada Solar apropria-se do fogo da Mônada do Logos Cósmico, do qual é parte
constituinte, para animar suas formas, que são várias, incluindo nosso sistema
solar, juntamente com seu próprio fogo.
Portanto nossas formas (corpos físico, astral, mental inferior, causal, búdico,
átmico e monádico, esses três últimos incipientes na grande maioria da
humanidade encarnada e desencarnada e já desenvolvidos e atuantes nos
iniciados planetários, em diversos graus) trabalham com fogos do Logos
Cósmico, Solar, Planetário e de nossas Mônadas.
À medida que vamos evoluindo e adquirindo mais conhecimentos sobre o mundo
fenomênico visível e invisível, conquistando mais poder sobre nossos veículos e
expandindo nossas consciências e nosso círculo “não se passa”, iremos
controlando e aumentando nossos fogos e sintonizando-os.
Para equacionarmos corretamente as três emanações e os três fogos, devemos,
usando a lei da analogia, considerar a construção do nosso sistema solar(como
um todo, desde o plano adi até o nosso físico) como o corpo físico cósmico do
nosso Logos Solar, assim como o homem constrói seu corpo físico, por um
processo diferente, para adquirir experiências, desenvolver qualidades, corrigir
erros cármicos e prosseguir em sua evolução na direção da meta que, na atual
cadeia, a quarta, é a quinta iniciação planetária, a terceira solar, a do Adepto.
Assim como o homem inicia o processo de encarnação a partir do seu corpo
astral, pois, antes de reativar o átomo físico permanente (núcleo do futuro corpo
físico), ele reativa o átomo astral permanente e aglutina um incipiente corpo
astral, que irá se desenvolver no decorrer da nova encarnação, assim também o
Logos Solar, antes da construção de seu corpo físico (nosso sistema solar total),
já reativou seu átomo astral cósmico permanente e formou seu incipiente corpo
astral cósmico.
Mestre Tibetano é um Adepto que sempre demonstrou uma genial e excelente
capacidade de raciocínio lógico. Se Ele colocou esse diagrama no contexto dos
fogos, é porque existe uma correlação entre as emanações e os fogos, o que
vamos demonstrar.
No diagrama da página 73 do Tratado, está escrito que o átomo de um plano é
construído a partir de um vórtice gerado na matéria do sub-plano mais denso do
plano imediatamente mais sutil, com átomos desse plano mais sutil.
Exemplificando, o átomo físico é construído por átomos astrais gerando um
vórtice na matéria do 7ºsub-plano astral, o sub-plano astral mais denso, sendo
esse vórtice envolto por matéria astral.
Quando o Logos iniciou o processo de construção de seu corpo físico cósmico,
nosso sistema solar completo, Ele, no modo de ser Inteligência Ativa (3º Logos),
primeiramente alterou as três ganas, que são as relações vibratórias: tabas
(estabilidade), rajas (atividade) e satã (harmonia), do seu corpo astral cósmico na
parte mais densa, para adequá-las às condições necessárias de seu futuro corpo
físico cósmico.
Em seguida, Ele, sempre no estado de ser Inteligência Ativa ou 3ºLogos, gerou
os vórtices na matéria astral cósmica, que era a matéria virgem após a alteração
das ganas, pelo processo já descrito. Após, Ele, ainda no estado de ser
Inteligência Ativa, mas no sub-estado de ser Vontade, impregnou o interior dos
vórtices com a sua energia, gerando o fogo elétrico. Isso deu nova vida aos
vórtices, que passaram a ser a matéria prima dos átomos do plano adi. Com isto
a matéria virgem foi fecundada. Existindo então Espírito e matéria, tinha de existir
o relacionamento. Surgiu então o Filho para relacionar Espírito (Pai) e matéria
(Mãe). Esse Filho se expressou da seguinte forma: o Logos, em seu estado de
ser Inteligência Ativa e sub-estado de ser Amor-Sabedoria, impregnou os vórtices
com a sua energia, gerando o fogo solar. Os dois fogos, elétrico e solar, em
contato entre si dentro dos vórtices, transformaram-se em fogo por fricção, dando
uma nova vida aos átomos, que passaram a ser os átomos do plano adi.
Os átomos do 1º raio passaram a expressar fogo por fricção/elétrico, os do 2º raio
fogo por fricção/solar e os do 3º raio fogo por fricção/por fricção.
A seguir, por agrupamentos dos átomos adi, são formados os 6 sub-planos do
plano adi e posteriormente os demais planos e sub-planos, até o nosso físico,
todos impregnados pelo fogo por fricção tríplice.
Assim iniciou-se a evolução da matéria, pela atuação do Logos, no seu estado de
ser Inteligência Ativa ou 3º Logos.
Como acabamos de ver, a 1ªemanação é a atuação do fogo por fricção.
Em segunda etapa, o Logos, no estado de ser Amor-Sabedoria, atuou em uma
quantidade calculada de átomos, impregnando-os de fogo solar, também tríplice.
Esse fogo solar, por ser de natureza coesiva e atrativa, fez com que esses
átomos e as moléculas por eles formadas se organizassem em aglomerados, no
início sem a forma que nós concebemos, mas não deixavam de ser protótipos de
formas que, futuramente, iriam ser as formas dos reinos mineral, vegetal e
animal. Todos os planos foram atingidos por esse fogo. Nos planos mental, astral
e físico etérico, esse reino é chamado reino da essência elemental, que tem
grande importância e influência nos nossos veículos e no nosso comportamento.
Assim iniciou-se a evolução das formas pela 2ª emanação, que foi o fogo solar.
Numa terceira etapa, o Logos, no estado de ser Vontade, atuou novamente, mas
agora de forma diferente. Em vez de atuar diretamente nos átomos, Ele atuou
diretamente nas Mônadas humanas, que na realidade são fragmentos d'Ele, sem
se desprenderem d'Ele.
As Mônadas humanas, então, tiveram sua vontade aumentada e atuaram
diretamente nos átomos monádicos, gerando fogo elétrico tríplice. Esse fogo
elétrico manifestou-se no plano causal como fogo solar tríplice e provocou o
surgimento do Ego ou Alma, iniciando-se assim o processo de individualização, o
ingresso no reino humano.
A terceira emanação foi, portanto, a atuação do fogo elétrico.
Resumindo:
Fogo por fricção 1ª emanação do Logos Solar - 3º Logos
Fogo solar 2ª emanação do Logos Solar - 2º Logos
Fogo elétrico 3ª emanação do Logos Solar - 1º Logos
A 3ª emanação mantém a sua pureza, porque a atuação é direta nas Mônadas
humanas, que fazem parte da Mônada Solar.
No diagrama vemos que o plano átmico se reflete no plano físico, o búdico no
astral e o mental não se reflete, sendo, para nós, o intermediário. Eu disse para
nós, porque na realidade o plano intermediário é o búdico, mas para a atual
humanidade o intermediário é o mental, sendo por isso que a sede do Ego ou
Alma é o plano causal. Também é por isso que o corpo mental completo do
homem (mental inferior mais o causal) possui sete sentidos de percepção, que o
homem tem de desenvolver. Futuramente estudaremos essa questão dos
sentidos de percepção dos diversos corpos do homem, assunto que será de
grande utilidade prática.
Como esclarecimento e ainda dentro do assunto, Mestre Tibetano, no Tratado
sobre Fuego Cósmico, página 296, apresenta um diagrama no qual aparecem
três Logos no plano adi do físico cósmico, dando a impressão de que existem
três Logos Solares.
O que o Mestre quer dizer é que existem três entidades cósmicas sob a jurisdição
do Logos Solar, que se encarregam da execução das três fases do seu projeto de
construção do seu corpo físico cósmico, fases essas relacionadas com as três
emanações e fogos, oriundos dos três aspectos ou estados de ser do Logos
Solar único e uno.
Esses três modos de ser do Logos Solar, que deram origem às três emanações,
persistem hoje e agora, mais evoluídos, uma vez que o Logos Solar está
evoluindo cosmicamente.
Como exemplo vejamos a ação dos químicos no reino mineral. Quando o químico
produz um polímero (tecido sintético), que é uma grande molécula, com novas
qualidades e propriedades, pelo processo de unir átomos e moléculas, ele está
propiciando novas experiências e relacionamentos às vidas que evoluem
naqueles átomos e moléculas, propiciando assim a aquisição de novas
qualidades. Assim o homem, mesmo sem saber, contribui para o Plano Divino.
É óbvio que as condições atuais são bem diferentes das existentes no início da
cadeia e da ronda, quando só existiam as forças da natureza para atuar no reino
mineral, sendo na realidade mais ricas em experiências para o reino mineral,
graças aos avanços da ciência.
A quarta Hierarquia Criadora, as Mônadas humanas, é de fato uma hierarquia
criadora em muitos sentidos.
A seguir apresentamos um desenho ilustrativo dos cinco planos de evolução do
homem, no seu aspecto de se refletir.
[021]
Função do corpo etérico - Receptor de prana - Assimilador de prana -
Transmissor de prana (Da página 106 à 110 do Tratado sobre Fogo Cósmico)
Iremos agora analisar as funções do corpo etérico e sua relação com o corpo
físico denso. Essas funções devem ser estudadas em conjunto, pois se inter-
relacionam tão intimamente que se torna impossível separá-las.
São três as principais funções do corpo etérico:
• Receptor de prana;
• Assimilador de prana;
• Transmissor de prana.
• Receptor de prana
O corpo etérico é negativo ou receptivo para os raios do sol e positivo ou
irradiador para o corpo físico denso. Sua segunda função, a assimilativa, está
estritamente equilibrada e é interna.
Como foi explicado anteriormente, o corpo etérico absorve as emanações
prânicas do sol por meio de centros ou chacras situados principalmente na parte
superior do corpo denso, desde os quais passam para o centro denominado baço
etérico, contra-parte etérica do baço denso.
O principal centro receptor de prana, na atualidade, está localizado entre os
omoplatas, havendo um outro centro um pouco mais acima do plexo solar, que
tem permanecido parcialmente inativo, devido aos abusos da chamada
civilização. A próxima raça-raiz e cada vez mais a atual (quinta), valorizará a
necessidade de expor tais centros aos raios do sol, o que aumentará a vitalidade
física e a capacidade de adaptação.
Os centros situados entre os omoplatas, acima do diafragma e o baço formam, se
pudéssemos vê-los, um triângulo etérico radiante donde origina-se o impulso
para a posterior circulação prânica, que percorrerá todo o sistema corporal
etérico. O corpo etérico está realmente formado por uma rede de finos canais,
que constituem um sutil cordão trançado - o qual é parte do elo magnético que
une os corpos físico e astral, cortando ao retirar-se o corpo etérico do corpo físico
denso no momento da morte. Como o chama a Bíblia, o cordão prateado se
corta. Isto deu origem à lenda da “irmã fatal que corta o fio da vida com as suas
temidas tesouras”.
A trama etérica está composta pelo complicado tecido deste cordão vitalizado e,
separados dos sete centros da trama (centros sagrados, sendo que o baço
freqüentemente é considerado um deles), encontram-se os dois jámencionados,
que formam com o baço um triângulo ativo. A trama etérica do sistema solar é
análoga e igualmente possui três centros receptores de prana cósmico. A
misteriosa franja do firmamento denominada Via Láctea (não é a galáxia) está
intimamente relacionada com o prana cósmico, vitalidade ou alimento cósmicos
que vitalizam o sistema solar etérico e daí atingem a parte densa desse sistema,
mantendo todas as formas em atividade. Esse assunto émuito importante e de
grande utilidade e deveria ser alvo de pesquisa dos verdadeiros investigadores
científicos.
• Assimilador de prana
O processo de assimilação é levado a cabo no triângulo mencionado. O prana,
ao penetrar por qualquer desses centros, circula três vezes por todo o triângulo,
antes de ser transmitido ao corpo etérico e deste ao corpo denso.
O órgão principal de assimilação é o baço - a contra-parte etérica e oórgão físico
denso. A essência vital (prana) procedente do sol (após o processamento pelos
Devas Dourados) penetra no baço etérico; neste é submetida a um processo de
intensificação ou desvitalização, o que depende do estado de saúde desse órgão.
Se o homem está são, a emanação recebida será intensificada pela vibração
individual e o grau de vibração (a freqüência) será acelerado antes que o prana
passe ao baço denso. Se o estado de saúde não é bom, a vibração do prana
diminui e o processo torna-se mais lento.
Estes três centros, parecidos a pratinhos ou pires, têm a mesma forma que os
demais e assemelham-se a pequenos vórtices que atraem à sua esfera de
influência as correntes que se encontrem a seu alcance.
Os centros podem ser descritos como vórtices giratórios, unidos entre si por um
tríplice canal compactamente entretecido, que quase forma um sistema
circulatório separado. Este sistema tem seu ponto de saída no lado do baço
oposto àquele pelo qual penetra o prana.
O fluido vital circula três vezes por estes três centros e entre eles, antes de
passar à periferia do seu pequeno sistema. Depois de circular o prana pelos finos
canais entre-laçados, passa por todo o corpo, impregnando-o totalmente com
suas emanações, se assim se pode expressar.
Essas emanações saem finalmente do sistema etérico, irradiando-se pela
superfície. A essência prânica sai da circunferência do seu “círculo não se passa”
temporário como emanante prana humano, que é o mesmo prana recebido
anteriormente, porém carregado, durante sua transitória circulação, com a
qualidade particular que o indivíduo lhe transmite. A essência sai levando a
qualidade individual.
Neste processo temos uma nova analogia de como evadem-se todas as
essências de qualquer “círculo não se passa”, uma vez terminado seu ciclo.
O tema do corpo etérico é de grande interesse prático. Quando o homem se der
conta da sua importância, prestará mais atenção à distribuição do prana no seu
corpo e procurará que a sua vitalidade, através dos três centros, não seja
entorpecida.
Embora necessariamente o tema tenha de ser tratado de forma superficial e
somente possam ser dados esboços e sugestões espaçadas, concluir-se-á
todavia que se for estudado detalhadamente o que for passado, surgirá um
conhecimento das verdades, cujo conteúdo e qualidade resultarávalioso e algo
que até agora não foi ensinado.
O lugar que ocupa a envoltura etérica, como separadora ou “círculo não se
passa” e sua função como receptora e distribuidora de prana, serão esclarecidos
aqui de uma forma muito mais extensa que antes; possivelmente mais adiante o
tema será ampliado.
Dos dados tão superficialmente acima tratados deduzem-se duas verdades
fundamentais:
Primeiro. O quarto sub-plano etérico do plano físico é a preocupação imediata do:
• o homem, o microcosmos,
• o Homem Celestial, o Logos Planetário,
• o grande Homem dos Céus, o Logos Solar.
Convém aqui lembrar que o quarto sub-plano etérico para os Logos Solar e
Planetário é o plano búdico. Assim, os Iniciados que vivem, atuam e trabalham no
plano búdico, estão exercendo funções importantíssimas no corpo etérico do
nosso Logos Planetário. Essa atuação ocorre a partir da quarta iniciação
planetária, a da renúncia, quando o Iniciado começa o domínio, sub-plano a sub-
plano, desse plano, não só com referência ao seu corpo búdico como em relação
à matéria búdica exterior. Muito mais pode ser dito a esse respeito, contudo esse
assunto detalhado ficará para mais tarde.
Quando tiverem um vislumbre, por mais tênue que seja, a respeito da vida, das
atividades e responsabilidades nesse plano, sentirão com certeza umímpeto
muito forte para prosseguir nos esforços para alcançar a meta.
Segundo. Na quarta cadeia e quarta ronda (a nossa) é iniciado o estudo do
quarto éter que - visto como trama separadora - permite a saída ocasional das
vibrações correspondentes.
• Transmissor de prana
Até agora temos nos referido muito pouco ao tema do fogo, pois o propósito do
corpo etérico é levá-lo e distribuí-lo por todo o seu sistema; somente temos
tratado dos fatos que poderão despertar o interesse e acentuar a utilidade do
veículo prânico (o corpo etérico).
Devemos considerar e recalcar certos fatos, à medida em que estudarmos este
círculo estático e seus fogos circulantes. Para maior claridade vamos recapitular
brevemente aquilo já exposto:
O Sistema solar recebe prana de fontes cósmicas, por meio de três centros e o
redistribui a todas as partes de sua dilatada influência, até os limites da trama
etérica solar. Este prana cósmico está colorido pela qualidade do Logos Solar e
chega aos mais afastados confins do sistema solar. Poder-se-ia dizer que sua
missão consiste em vitalizar o veículo, a expressão material física do Logos
Solar.
O Planeta recebe prana do centro solar e o redistribui, por meio de três
receptores, a todas as partes de sua esfera influência. Este prana solar está
colorido pela qualidade planetária e é absorvido por tudo o que evolui dentro do
“círculo não se passa” planetário. Poder-se-ia dizer que sua missão consiste em
vitalizar o veículo de expressão material física de qualquer dos sete Homens
Celestiais.
O Microcosmos (o homem) recebe prana proveniente do sol, depois de ter
compenetrado o veículo etérico planetário, de modo que, além de prana solar,
possui a qualidade planetária. Cada planeta é a personificação de um aspecto de
Raio e sua qualidade se destaca predominantemente durante toda a sua
evolução.
Portanto, prana é calor irradiante, sua vibração (freqüência) e qualidade variam
de acordo com a Entidade receptora. Ao passar o prana pelo corpo etérico do
homem, é colorido pela sua própria qualidade particular, transmitindo-o a essas
vidas menores que formam seu pequeno sistema (seu corpo físico, etérico e
denso).
Assim produz-se uma grande interação; todas as partes se mesclam e fundem,
dependendo uma da outra e todas recebem, colorem, qualificam e transmitem.
Tem lugar assim uma interminável circulação sem princípio concebível e sem
possível fim, desde o ponto de vista do homem finito, porque sua origem e fim se
acham ocultos na ignota fonte cósmica.
Se existissem em todas as partes perfeitas condições, esta circulação continuaria
sem interrupção e seria quase interminável, porem o fim e a limitação são
produzidos pela imperfeição, que gradualmente é substituída pela perfeição.
Cada ciclo origina-se em outro ciclo ainda não finalizado, cedendo lugar a outra
espiral mais elevada; assim sucedem-se períodos de aparente e relativa
perfeição, que conduzem a períodos de maior perfeição.
O objetivo deste ciclo maior consiste, como sabemos, em fundir os dois fogos da
matéria, latentes e ativos, submergindo-os nos fogos da mente e do espírito
(fogos solar e elétrico), até que desapareçam na Chama geral; os fogos da mente
e do espírito consomem a matéria e com isso liberam a vida dos veículos que a
confinam. O altar terreno é o lugar onde nasce o espírito, quem o libera da mãe
(matéria) e é também a entrada para reinos superiores.
Quando o veículo prânico funcionar corretamente nos três grupos, humano,
planetário e solar, lograr-se-á a união com o fogo latente. Por esta razão recalca-
se a necessidade de construir veículos físicos puros e refinados. Quanto mais
refinada e sutil seja a forma, será melhor receptora de prana e oferecerá menos
resistência à ascensão de kundalini no devido momento.
A matéria tosca e os corpos grosseiros e imaturos são uma ameaça para o
ocultista; nenhum verdadeiro vidente terá um corpo grosseiro (trata-se do vidente
superior e não daquele que o é pelo chacra umbilical).
O perigo de ser desintegrado é muito grande e a ameaça de ser destruído pelo
fogo é terrível. Já uma vez, na história (na época lemuriana), a raça e os
continentes foram destruídos por meio do fogo. Os Guias da raça, nessa época,
aproveitaram tal acontecimento para eliminar a forma inadequada. O fogo latente
na matéria (por exemplo, nas erupções vulcânicas) e o fogo irradiante do sistema
combinaram-se. O kundalini planetário e a emanação solar entraram em
conjunção e teve lugar o trabalho de destruição. Na raça atlantiana (a quarta
raça-raiz) houve também uma conjunção de fogos, como consequência de uma
expansão de consciência do nosso Logos Planetário. O mesmo poderia voltar a
acontecer, porém só na matéria do segundo éter e seus efeitos não seriam tão
graves devido à sutileza desse éter e ao refinamento comparativamente maior
dos veículos.
Observaremos aqui um fato interessante, embora seja um mistério insolúvel para
a maioria; as destruições produzidas pelo fogo são parte das provas de fogo de
uma iniciação desse Homem Celestial cujo carma está ligado ao de nossa terra.
A destruição de uma parte da trama torna mais fácil a saída; em realidade (visto
desde os planos superiores) é um passo adiante e uma expansão. Sua repetição
efetua-se no sistema solar em ciclos determinados. No campo da astronomia
temos um exemplo atualmente desse aumento dos fogos, no caso da estrela Eta
Carinae, que bruscamente teve o seu brilho aumentado enormemente eé alvo de
estudos acurados dos astrônomos e astrofísicos. Houve uma expansão de
consciência devida a uma iniciação cósmica do Grande Ser que se expressa
fisicamente por essa belíssima estrela. Todavia os cientistas não interpretam
dessa forma. Ainda falta muito para que os cientistas vejam DEUS manifestando-
se na natureza, apesar da lógica perfeita que se observa dentro da imperfeição
aparente.
Apresentamos a seguir um diagrama, para clarear o acima exposto.
Aqui encerramos nosso estudo de hoje. Voltaremos em 08/07/2003, quando
estudaremos as desordens do corpo etérico - funcionais - orgânicas e estáticas -
da página 110 à 116 do Tratado sobre Fuego Cósmico.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 1-JUL-2003
[022]
Desordens do corpo etérico - Funcionais, Orgânicas e Estáticas (Da página 110 à
113 do Tratado sobre Fuego Cósmico)
Desordens do corpo etérico
Iremos estudar agora o corpo etérico, suas doenças e também sua condição
post-mortem. Ocupar-nos-emos dele muito brevemente. Tudo o que pode ser
feito é indicar, em linhas gerais, as doenças fundamentais às quais o corpo
etérico pode estar sujeito e a orientação que a medicina poderá seguir mais
tarde, quando as leis ocultas forem melhor compreendidas.
Ressaltaremos um fato significativo que tem sido pouco compreendido e nem
sequer captado: as doenças de que padece o corpo etérico do microcosmos (o
homem), também são sofridas pelo corpo etérico do macrocosmos (os Logos
Solar e Planetário), com as devidas diferenças e efeitos, em particular na
natureza, na humanidade como um todo e em cada um particularmente,
considerando o modo de ser individual.
Aí está a explicação para os aparentes sofrimentos da natureza. Alguns dos
grandes males do mundo têm suas origens nas doenças etéricas do Logos
Planetário. Ampliando-se a idéia, o mesmo podemos dizer com referência às
condições planetárias e solares.
Ao estudarmos as causas das doenças etéricas do homem, talvez sejam
percebidas as analogias e reações de ordem planetária e solar.
Há que ter em mente de forma bem clara e nítida que o corpo etérico do Logos
Planetário como o do Logos Solar são constituídos de matéria dos planos búdico,
átmico, monádico e adi, não esquecendo o corpo etérico da Entidade Planetária
(chamada por alguns autores de Espírito Planetário), que não é o Logos
Planetário e sobre a qual falaremos mais adiante.
Conseqüentemente qualquer perturbação no corpo etérico do Logos Planetário
irá ocorrer na matéria desses planos. Seus efeitos irão depender de vários
fatores:
• amplitude, intensidade e natureza da perturbação;
• proporção de matéria búdica, átmica, monádica e adi em seu corpo
etérico.
Como esses planos interferem nos três planos mais densos, mental, astral e
físico, é óbvio que qualquer anomalia nessas áreas do corpo etérico do Logos
Planetário irá se manifestar nos nossos planos mental, astral e físico, surgindo no
nosso campo etérico, afetando a natureza de diversas formas, inclusive no
comportamento dos vírus, bactérias, bacilos e outras micro vidas, em particular
os vírus, tão agressivos e destruidores para o reino humano, quando se
considera a Entidade Planetária.
O estudo desse aspecto irá trazer ao homem muito esclarecimento e muita
orientação no tocante à cura e à eliminação de muitas doenças que afligem a
humanidade, como irá explicar muitos fenômenos da natureza, inclusive o atual
aquecimento da nossa atmosfera e a atividade vulcânica.
Aqui cabe lembrar, expressando imensa gratidão, o importantíssimo trabalho dos
Mestres e seus discípulos aceitos (iniciados planetários), que atuam no plano
búdico, corrigindo as perturbações nessa matéria, minimizando seus efeitos na
humanidade, de uma forma análoga, porém num nível muito mais elevado, à
ação das pequenas vidas que trabalham no nosso corpo físico, as células do
nosso sistema imunológico, as células dendríticas, as células T, os macrófagos,
as células B, os bazófios e outras, que vigiam e defendem o nosso organismo
contra qualquer invasor que queira prejudicá-lo.
Infelizmente a humanidade desconhece totalmente esse trabalho e a maioria dos
ocultistas também não se dá conta dele. Esse trabalho dos Mestres e discípulos
aceitos é apenas uma dentre muitas atividades deles no corpo etérico do Logos
Planetário. A concepção do que os Mestres e iniciados planetários fazem ainda é
muito obscura para a humanidade.
Devemos ter muito em conta, ao estudarmos esse assunto, que as enfermidades
do corpo etérico são derivadas do seu tríplice propósito e poderão ser:
• funcionais, afetando a absorção de prana e demais energias;
• orgânicas, afetando a distribuição de prana e conseqüentemente o
funcionamento dos órgãos;
• estáticas, afetando a trama etérica, considerada estritamente como o
“círculo não se passa” físico e como elemento separador entre o físico e o
astral, conhecimento que deve ser muito útil para os psicólogos e os
médicos.
Essas três funções ou propósitos são de primordial interesse, produzem
resultados totalmente diferentes e reagem externa e internamente de distintas
maneiras.
Consideradas desde o ponto de vista planetário podemos perceber as mesmas
condições e o corpo etérico planetário (que é fundamentalmente o corpo dos
planetas sagrados, sendo que a terra não é um deles) também terá suas
desordens funcionais, que afetarão a absorção de prana e sofrerá transtornos
orgânicos, que alterarão sua distribuição, produzindo dificuldades na trama
etérica, o “círculo não se passa” da Entidade Planetária, que não é, repito, o
Logos Planetário.
Aqui cabe uma explicação para as palavras do Mestre Tibetano que estão entre
parênteses no período acima. Como o nosso Logos Planetário não é um Logos
Sagrado, como o são os Logos de Vulcano, Mercúrio, Vênus, Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno, a terra é também utilizada pela Entidade Planetária, um ser de
nível cósmico que está no ciclo chamado involutivo, ou seja, Ele busca
experimentar as vibrações mais densas e grosseiras, coletivamente. Isso quer
dizer que todas essas vibrações geradas pelos baixos instintos, sentimentos
torpes e emoções imundas, são experimentadas por Ele, como um todo.
Também se nutre das vibrações dos reinos inferiores. O Mestre também quer
dizer que os Logos Planetários sagrados estão polarizados em seus corpos
etéricos, ou seja, nos planos búdico, átmico, monádico e adi, não constituindo os
planos mental, astral e físico princípios para Eles.
Tudo isso faz parte do Plano Divino. Na cadeia anterior à nossa, a lunar, a
Entidade Planetária provocou transtornos sérios e graves, levando o nosso Logos
Solar a intervir e fazendo com que o nosso Logos Planetário desintegrasse a
cadeia lunar antes do final previsto e assim a cadeia lunar não completou a
sétima ronda. Nada mais posso dizer sobre o assunto.
Para essa Entidade Planetária, os sub-planos etéricos do nosso planeta
constituem seu corpo etérico e não a matéria búdica, pois Ele ainda não tem
condições de responder à matéria búdica. Por isso uma determinada perturbação
nesses sub-planos etéricos pode perfeitamente permitir que certas micro-vidas,
como os vírus, materializem-se no plano físico denso, pela ação dessa Entidade,
a partir do plano astral. O mecanismo desse processo não cabe no atual
contexto.
Quero adverti-los de que os Espíritos Planetários que se encontram no arco ou
ciclo evolutivo divino, os Homens Celestiais, os Logos Planetários sagrados,
cujos corpos são planetas, a trama etérica não constitui uma barreira, sendo que
Eles podem (como os Senhores do Carma fazem num plano superior) atuar
livremente fora dos limites da trama planetária, dentro da circunferência do
“círculo não se passa” solar. Quanto aos Logos não Sagrados, como o nosso,
Eles ainda estão no processo de destruir a tela etérica, processo que será
concluído quando Eles recebem a iniciação cósmica que torná-los-á sagrados. O
nosso Logos Planetário está em vias de se tornar sagrado.
Do ponto de vista do sistema, ou seja, do Logos Solar, podemos observar que os
mesmos efeitos estão vinculados funcionalmente, com o centro cósmico,
organicamente, com a totalidade dos sistemas planetários e estaticamente, com
o “círculo não se passa” solar logóico. Podemos agora, para maior claridade,
considerar esses três grupos de forma separada e indicar brevemente (o único
que posso fazer) os métodos curativos e retificadores.
a - Desordens funcionais no microcosmos. No homem, relacionam-se com a
absorção dos fluidos prânicos por meio de seus correspondentes centros.
Devemos ter sempre em conta e saber distinguir com claridade que as
emanações de prana têm relação com o fogo latente da matéria. Quando são
recebidas e atuam corretamente através do corpo etérico, colaboram com o calor
natural latente do corpo e ao se misturarem vitalizam-no, impondo à sua matéria
certo grau de ação vibratória, que leva ao veículo físico a necessária atividade e
o correto funcionamento de seus órgãos.
Portanto, é evidente que o abc da saúde física depende da correta recepção de
prana e que uma das mudanças fundamentais na vida do animal humano (o
aspecto que estamos considerando) deverá ser nas condições comuns do viver
diário.
Há que se procurar que os três centros principais, utilizados para a recepção de
prana, funcionem com mais liberdade e menos restrição. Devido ao atual sistema
errôneo de vida seguido durante séculos e aos erros fundamentais originados na
época lemuriana, os três centros prânicos do homem não funcionam
corretamente na atualidade.
O centro entre os omoplatas é o que está em melhores condições receptivas,
embora, devido a uma deficiente condição da coluna vertebral (que em muitas
pessoas está desviada), sua localização na espádua talvez não seja exata.
O centro do baço, situado perto do diafragma, é de tamanho menor que o normal
e sua vibração não é correta. No caso dos aborígines das ilhas do Pacífico sul,
suas condições etéricas são melhores e sua vida é mais normal (desde o ponto
de vista animal) que em qualquer outra parte do mundo.
A raça humana em geral necessita de certas capacidades, situação que pode ser
descrita da seguinte maneira:
Primeiro - Incapacidade para extrair as correntes prânicas, devido á vida malsã
que leva a maioria. Isto interrompe o aprovisionamento proveniente da fonte de
origem e causa a conseqüente atrofia e redução dos centros receptores. Isto se
observa, com exagero, nas crianças das zonas muito povoadas das grandes
cidades e nos moradores anêmicos e viciados dos baixos fundos (porões). A cura
é evidente: melhores condições de vida, uso de roupas mais adequadas e a
adoção de métodos de vida mais independentes e saudáveis. Uma vez que os
raios prânicos tenham livre acesso aos ombros e ao diafragma, a condição
subnormal do baço ajustar-se-á automaticamente.
Segundo - Excessiva capacidade de extração das correntes prânicas. O primeiro
tipo de desordem funcional mencionado é comum e muito difundido. Seu oposto
encontra-se onde as condições de vida são de tal natureza que os centros (por
estarem expostos e submetidos direta e prolongadamente às emanações
solares) desenvolvem-se exageradamente, vibram muito rapidamente e recebem
prana em demasia. Isso é pouco freqüente, porém acontece em alguns paises
tropicais, sendo em grande parte a causa da molesta fraqueza que ataca seus
moradores. O corpo etérico recebe o prana ou os raios solares com demasiada
rapidez e permite que entre e saia do sistema com excessiva força, deixando a
vítima presa da inércia e da desvitalização. Em outras palavras, o corpo etérico
torna-se preguiçoso. É como uma tela inconsistente (empregando um termo
muito familiar), semelhante ao tecido de uma raquete de tênis que ficou frouxa e
perdeu elasticidade.
O triângulo interno transmite as emanações de prana com demasiada rapidez,
não permitindo a subsidiária absorção e logicamente sofre todo o sistema. Mais
tarde descobrir-se-á que a maioria das doenças sofridas pelos europeus na Índia
têm origem nisso e algumas das dificuldades serão eliminadas cuidando-se do
baço e regulando inteligentemente as condições de vida.
Ao analisar as condições semelhantes que imperam no planeta, percebem-se as
mesmas dificuldades. Nada mais pode ser dito, porém ao estudar
inteligentemente a ação da radiação solar sobre a superfície do planeta, em
relação com o seu movimento giratório, compreenderão e aplicarão algumas
regras grupais sanitárias. A Entidade Planetária tem analogamente seus ciclos. O
segredo da fertilidade e da vegetação encontra-se na adequada absorção e
distribuição do prana planetário. Grande parte disto oculta-se na fabulosa lenda
que se refere à luta entre o fogo e a água, baseada na reação do fogo latente na
matéria, opondo-se ao fogo que vem do exterior de si mesma e atua sobre ela.
No intervalo que transcorre enquanto ambos os fogos (o latente e o ativo) estão
em processo de fusão, sucedem-se esses períodos, durante os quais, devido á
herança cármica, a absorção é irregular e a distribuição desigual. Quando for
alcançado o ponto de equilíbrio racial, será logrado também o equilíbrio
planetário e com isso será obtido um equilíbrio recíproco entre os planetas do
nosso sistema solar. Uma vez obtidos mútuo equilíbrio e interação, então o
sistema solar estará estabilizado e chegar-se-á à perfeição.
A distribuição eqüitativa de prana irá paralela ao equilíbrio obtido pelo homem,
pela raça, pelo planeta e pelo sistema solar. Esta é outra maneira de dizer, que
será conseguida uma vibração uniforme.
Apresentamos a seguir um desenho ilustrando os efeitos das perturbações nos
corpos etéricos do Logos Planetário da terra e da Entidade Planetária no planeta
e sua humanidade.
Por hoje encerramos nosso estudo. Não fomos até a página 116 como tínhamos
anunciado, em virtude da extensão. Como o assunto acima exposto, na parte
referente aos corpos etéricos do Logos Planetário e da Entidade Planetária e
seus efeitos no planeta e na humanidade, pode e deve ser mais explorado de
forma científica, para melhor entendimento e mais eficiente ação na cura,
voltaremos a ele em 15/07/2003.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 8-JUL-2003
[023]
Uma breve exposição sobre os corpos etéricos do Logos Planetário e da
Entidade Planetária da Terra.
Como prometemos no último estudo, vamos hoje desenvolver um pouco o
assunto dos corpos etéricos do nosso Logos Planetário e da Entidade Planetária
que utiliza a Terra como corpo denso.
Primeiramente falaremos do corpo etérico do nosso Logos Planetário. Ele é
construído com a porção de matéria dos planos búdico, átmico, monádico e adi,
de que Ele se apropriou para construí-lo. Esse planos, sob seu ponto de vista,
são os sub-planos etérico, super-etérico, sub-atômico e atômico do plano físico
cósmico.
Os nossos planos mental, astral e físico constituem os estados gasoso, líquido e
sólido da matéria cósmica densa, não sendo para Ele princípio, ou seja, Ele está
polarizado nos quatro planos superiores, em termos de consciência física
cósmica.
Os chacras do seu corpo etérico, atualmente, estão no plano búdico. Sanat
Kumara com seu concílio (Shamballa) formam seu chacra coronário. A Hierarquia
constitui seu chacra cardíaco e a humanidade seu chacra laríngeo.
Ao considerarmos que os chacras do Logos Planetário estão no plano búdico,
que a humanidade constitui o chacra laríngeo e quão poucos seres humanos
conseguem atuar na matéria búdica, concluímos logicamente que a contribuição
da humanidade para esse chacra é muitíssimo pequena. Somente os discípulos e
aspirantes, que já conseguem manipular matéria búdica, em diversos níveis
conforme seu grau evolutivo, contribuem para o funcionamento desse chacra.
Daí percebem a imperiosa necessidade de a humanidade acelerar sua evolução,
para que possa ser conseguida uma participação mais dinâmica e efetiva no
funcionamento desse chacra, com os conseqüentes benefícios para a
consciência física do Logos Planetário, benefícios esses que redundarão em
benefícios também para nós, pela expansão da consciência do Logos.
É portanto um sistema de realimentação, nós nos esforçamos para evoluirmos
mais depressa, melhorando o funcionamento do chacra laríngeo do Logos
Planetário, o que melhora a saúde do seu corpo físico etérico, com repercussão
na parte densa (planos mental, astral e físico) e nos atingindo, ou seja,
recebemos dele uma parcela do resultado do nosso esforço. Portanto é
inteligente acelerarmos nossa evolução.
O chacra laríngeo é regido pelo terceiro Raio, de Inteligência Ativa, atuando na
matéria. Podemos deduzir daí que a melhoria da qualidade desse chacra irá
melhorar as condições da Terra, pela potencialização da capacidade criadora da
humanidade, uma vez que o chacra laríngeo estimula a atividade criadora.
Os chacras ainda não são profundamente conhecidos pelos ocultistas. Eles têm
determinados vórtices chamados pétalas. Esses vórtices são fontes irradiadoras
e captadoras de energias, sendo também mecanismos de transferência de
informações do astral para o físico e do físico para o astral.
O mapeamento exato das funções das pétalas, na parte das funções orgânicas,
irá trazer imensos benefícios para o homem.
Nosso Logos Planetário está encarnado fisicamente, em termos cósmicos, pois
possui um planeta físico, a Terra, mais dois etéricos, dois astrais e dois mentais
inferiores. Mas também está encarnado fisicamente na Terra através de Sanat
Kumara.
É por isso que Mestre Tibetano muitas vezes refere-se a Sanat Kumara como
nosso Logos Planetário.
Assim como nós, encarnados fisicamente, temos sensações provocadas pelo
meio ambiente e outras derivadas de nossos estados emocionais, que, muitas
vezes, afetam nosso corpo físico, como são os casos de somatização, gerando
doenças, assim também nosso Logos Planetário tem sensações cósmicas, que
se manifestam em seu corpo etérico (matéria búdica e acima), repercutindo na
parte densa, nossos planos mental, astral e físico e nos afetando de diversas
maneiras.
Ele está lutando para alcançar determinadas qualificações, pois almeja receber
uma Iniciação Cósmica, não sendo portanto perfeito e pode cometer erros, como
cometeu na sua encarnação anterior, a cadeia lunar.
Considerando a diferença de vivência do tempo entre Ele e nós, um momento de
“mau humor” ou de “euforia” d'Ele pode equivaler a muitos anos para nós.
Determinadas crises pelas quais a humanidade passou foram resultados desses
estados emocionais do nosso Logos Planetário.
Como já disse, a atuação da Hierarquia nos planos superiores (corpo etérico do
Logos) minimiza os efeitos sobre a humanidade.
O conhecimento desses fatos nos é muito útil, pois passamos a saber a origem
das crises e, sabendo, podemos impedir, através do auto-conhecimento, os
efeitos negativos, utilizando a vontade e a mente.
Passemos agora à Entidade Planetária. Como já disse, é um Ser Cósmico no
ciclo involutivo, utilizando-se do corpo denso do Logos Planetário, a Terra.
Futuramente individualizar-se-á. Nosso Logos Planetário já passou por essa fase
no Sistema Solar anterior e nosso Logos Solar num Sistema Solar, distante do
atual no tempo de muitos sistemas solares.
Para se ter uma idéia de tempo cósmico, a duração média de um sistema solar é
de 311.040.000.000.000 anos terrestres (voltas da Terra em torno do Sol).
O corpo etérico da Entidade Planetária é a totalidade da matéria etérica da Terra,
sendo a parte densa seu corpo denso.
É afetada pelos estados emocionais e mentais do Logos Planetário.
As atitudes da humanidade como um todo também a afetam. As agressões ao
reino animal e à natureza geram nela reações, que podem repercutir na essência
elemental, fazendo com que se manifestem no plano físico denso como doenças
e pragas, que atingem o homem.
O homem tem de amar e respeitar a natureza, como um ser vivo. A humanidade
não é dona da Terra, mas hóspede.
Estamos assistindo os esforços dos cientistas financiados pelos governos, para
dominar planetas do nosso sistema solar, como Marte, com finalidades
exploratórias e predatórias. Esquecem que Marte faz parte de outro esquema de
globos, com sua humanidade, que no momento está em outro globo do esquema,
existindo em Marte apenas um pequeno núcleo humano.
Um outro Logos Planetário, não sagrado, está se manifestando por esse
esquema, assim como o nosso o faz pelo esquema da Terra.
Consideremos também os efeitos de certos estados interiores no nosso Logos
Planetário na Terra, através do seu corpo etérico.
Como Ele está em vias de receber uma Iniciação Cósmica, os fogos que circulam
pelo nadi principal de seu corpo etérico, no processo de transferência de chacras,
são estimulados.
Isso repercute na parte etérica da Terra, em particular na coluna vertebral etérica
da Terra, que cruza o planeta de norte a sul. A linha de vulcões do Pacífico está
próxima dessa coluna.
Havendo ativação do fogo por fricção na bolsa de kundalini, que está próxima do
pólo sul (Antártida), é natural que a temperatura desse continente aumente, com
o conseqüente degelo, já observado pelos cientistas.
Por outro lado, a circulação dos fogos estimulados pela coluna vertebral etérica
atua na linha de vulcões, levando-os à atividade.
Assim vemos efeitos físicos provocados por causas ocorrendo na matéria búdica
constituinte do corpo etérico do Logos Planetário.
Há muito mais sobre esse assunto, como o mapeamento dos chacras da Terra,
mas isso não pode ser revelado no momento, por causa do mau uso desse
conhecimento.
Apresentamos a seguir um desenho visualizando as relações entre os corpos
etéricos do Logos Planetário e da Entidade Planetária.
Por hoje encerramos nosso estudo. Voltaremos em 22/07/2003, continuando com
o tema Desordens do Corpo Etérico - Funcionais, Orgânicas e Estáticas, a partir
de Desordens Orgânicas no microcosmos, da página 113 à 116 do Tratado sobre
Fuego Cósmico.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 15-JUL-2003
[024]
Desordens do Corpo Etérico - Funcionais, Orgânicas e Estáticas - Desordens
Orgânicas no microcosmos - Desordens Estáticas no microcosmos. (Da página
113 à 116 do Tratado sobre Fuego Cósmico)
As desordens orgânicas no microcosmos, o homem, são fundamentalmente
duas:
• mal estar produzido pela congestão;
• destruição dos tecidos, por causa da excessiva absorção de prana ou sua
fusão demasiado rápida com o fogo latente da matéria (o chamado calor
corpóreo), assunto esse de suma importância, que geralmente passa
desapercebido, donde procuraremos esmiuçar um pouco.
A excessiva absorção de prana, pela sua abundância na atmosfera e demasiada
exposição ou alteração no corpo etérico, e sua fusão muito rápida com o fogo
latente da matéria são causas funcionais.
A congestão em alguma parte do corpo etérico é uma causa orgânica. Todavia as
duas causas se relacionam.
A absorção excessiva e a rapidez muito grande na fusão podem levar ao
congestionamento na área afetada, pelo grande acúmulo de prana.
Por outro lado, a absorção e a circulação pelo triângulo prânico muito velozes
pode dificultar a assimilação, provocando a fraqueza e as doenças conseqüentes.
Também a absorção excessiva e a fusão demasiadamente rápida podem levar à
destruição do tecido orgânico, pelo grande aumento do calor corpóreo, como
pode levar à destruição da trama etérica, porque os átomos e moléculas etéricas
constituintes da trama perdem a coesão entre si e se dispersam, provocando
uma desordem estática.
A congestão de prana numa determinada área do corpo etérico pode tornar a
trama demasiadamente espessa, dificultando a transmissão de energias da Alma
para o cérebro físico e provocando o desequilíbrio mental e a idiotia. Pode
também ocasionar um crescimento anormal dos tecidos e o engrossamento de
algum órgão interno, produzindo pressão excessiva, podendo chegar a um
câncer.
A região congestionada do corpo etérico pode alterar completamente a condição
física e dar lugar a diversas doenças.
A destruição dos tecidos pode gerar vários tipos de demência, especialmente as
incuráveis.
Por outro lado a queima da trama etérica dá margem à penetração de correntes
astrais estranhas, contra as quais o homem não tem defesa.
Os tecidos cerebrais podem ser destruídos, por causa da pressão excessiva,
como podem surgir problemas em conseqüência da ruptura em alguma parte do
“círculo não se passa” etérico.
A desvitalização de prana pode também provocar afrouxamento da tela etérica e
suas conseqüências.
Algo análogo pode acontecer ao planeta. Mais adiante será dada informação, que
até agora não o foi e esclarecerá de que forma raças inteiras foram influenciadas
e perturbados certos reinos da natureza, pela congestão etérica planetária ou
destruição dos tecidos etéricos do planeta, entre outras coisas afetando a
Entidade Planetária, pela penetração nela de energias astrais cósmicas, para as
quais Ela ainda não está preparada.
Temos tratado de perturbações funcionais e orgânicas do corpo etérico, dando
certas indicações para logo estender o conceito a outras esferas, além da
estritamente humana.
No reino humano se encontra a chave que abrirá a porta a uma mais ampla
interpretação, uma vez que permitirá a entrada nos mistérios da natureza.
Embora a chave deva ser girada sete vezes, sem embargo uma só volta revelará
inconcebíveis avenidas de eventual compreensão.
Essa questão de girar a chave sete vezes será estudada em outra ocasião.
Até aqui consideramos a recepção e distribuição de prana no homem, no planeta
e no sistema e observamos as causas que produzem desordens momentâneas e
desvitalização ou vitalização excessiva da forma orgânica. Trataremos agora do
tema desde outro ângulo.
Desordens estáticas no microcosmos
Nesse tipo de desordem consideramos o corpo etérico na sua função de “círculo
não se passa” entre os corpos denso e astral.
Segundo já foi dito aqui e nos livros de Helena Petrovna Blavatsky, o “círculo não
se passa” é a barreira ou o filtro que atua como separador ou linha divisória entre
um sistema e o que se encontra fora dele.
Como compreender-se-á, isso tem interessantes correlações, se considerarmos o
tema (como deve ser) desde o ponto de vista do ser humano, de um planeta e de
um sistema, recordando que ao estudar o corpo etérico, tratamos com matéria
física, o que não deve ser esquecido nunca.
Portanto, em todo grupo e conglomerado será achado um fator dominante,
devido ao fato de que o “círculo não se passa” atua como obstáculo para aquilo
que é de pouca importância para a evolução, porém não é barreira para o que é
importante para a evolução.
Tudo depende de duas coisas: do carma, seja do homem, do Logos Planetário ou
do Logos Solar, e o domínio que exerce a entidade espiritual interna sobre
veículo.
O que acaba de ser dito é de tão grande relevância, que deve ser mais
explorado.
Primeiramente vamos olhar sob a ótica do carma. Carma no atual contexto é o
resultado de uma ação anterior. Por isso o corpo etérico de qualquer entidade é
moldado segundo o que a entidade era no exato momento da sua última morte.
Tudo o que ela fez está gravado no último corpo etérico, para ser mais exato, no
átomo físico permanente.
A lei do carma tem dois lados. Se a entidade só praticou boas ações na última
encarnação, terá o que chamam bom carma e seguirá na nova encarnação o
plano individual de evolução, dando mais um passo para alcançar a meta
estabelecida para ela, que no caso do homem é a quinta Iniciação Planetária, a
terceira Solar, para a atual cadeia, a quarta.
Se a entidade mesclou boas com más ações, seu carma será exatamente
proporcional ao peso dessas boas e más ações. Portanto a trama etérica será tal
que ou cerceará a ação da entidade ou permitirá maior liberdade de ação.
A maior liberdade de ação, se bem aproveitada, conduzirá a um maior domínio
sobre o veículo, acelerando assim o processo evolutivo e propiciando uma
expansão do “círculo não se passa” etérico, que vai num crescendo, até a queima
total da tela etérica na 4a. Iniciação e a liberação dos mundos inferiores,
passando a ser um trabalhador altamente eficiente no corpo etérico do Logos
Planetário.
Esse assunto pode ser amplamente desenvolvido, dentro do enfoque particular
das doenças orgânicas e mentais que afetam o homem, cruzando-se os aspectos
cármicos individuais com os efeitos coletivos provocados pelos carmas do Logos
Planetário e da Entidade Planetária.
Por hoje encerramos nosso estudo. Voltaremos em 29/07/2003, com o tema dos
éteres macrocósmico e microcósmico, da página 116 à 119 do Tratado sobre
Fuego Cósmico.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 22-JUL-2003
[025]
Esclarecimentos sobre os Éteres Macrocósmicos e Microcósmicos(Da página
116 à 119 do Tratado sobre Fuego Cósmico)
Conforme prometemos no último estudo, iremos hoje analisar com detalhes o
assunto éteres macrocósmicos, buscando tirar conclusões e definir os efeitos na
humanidade, para melhor entendimento e aplicação no que for o caso.
Inicialmente vamos pesquisar as “saídas noturnas” do nosso Logos Solar,
quando penetra no plano astral cósmico e ao retornar ao seu corpo físico
cósmico, de uma forma ou outra afeta sua consciência física cósmica, que está
no plano adi, com as lembranças dos fatos presenciados, com o que aprendeu e
com as energias que recebeu através do seu corpo astral cósmico, limitado pelo
que pode passar para sua consciência física, pela tela etérica.
Com isso sua consciência se altera e todo o seu corpo físico cósmico manifesta
essa alteração e conseqüentemente toda a natureza e nós sentimos os efeitos.
Na página 59 do Tratado sobre Fuego Cósmico, Mestre Tibetano dá a duração
de uma noite de Brahma (Logos Solar), o equivalente a uma noite nossa de 12
horas. Essa noite de Brahma tem a duração média de 4.320.000.000 anos
nossos.
Se pudéssemos fazer uma análise do comportamento da natureza e da
humanidade por períodos de 4.320.000.000 anos, com certeza iremos perceber
alterações bem características.
Pela tabela que se encontra na página 59 do Tratado sobre Fuego Cósmico,
vemos que 1 segundo do Logos Solar equivale a 100.000 anos terrestres. A Kali
Yuga dura para nós 432.000 anos, que equivalem 43,2 segundos para o Logos.
Outra relação interessante existe entre as durações das Yugas. A Kali Yuga dura
432.000 anos, a Dwapara Yuga 864.000 anos, igual a 432.000 vezes 2, a Treta
Yuga dura 1.296.000 anos, igual a 432.000 vezes 3 e a Krita Yuga dura
1.728.000 anos, igual a 432.000 vezes 4. Temos aí uma relação 1, 2, 3, 4, muito
interessante. Isso faz parte do conhecimento dos ciclos.
Se admitirmos a hipótese de que o nosso Logos Solar já viveu a metade de sua
atual encarnação, então as 4 Yugas já ocorreram 36.000.000 de vezes.
A ligação do quarto grupo de Entidades Cármicas com a quarta Hierarquia
Criadora, que somos nós, Mônadas Humanas, encarnadas e desencarnadas, é
outro assunto de suprema importância para nós.
Os três Logos do V diagrama da página 296 do Tratado sobre Fuego Cósmico
são três Entidades Cósmicas em nível inferior ao do Logos Solar, mas acima dos
Logos Planetários. Elas expressam no plano físico cósmico os três aspectos do
Logos Solar: Vontade, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa.
Abaixo deles, no plano monádico, estão os 7 Logos Planetários Sagrados.
Observem que no quarto triângulo do diagrama, contando da esquerda para a
direita, estão as Mônadas Humanas. Podemos deduzir que este quarto triângulo
representa o Logos Planetário do quarto raio, que é o Logos do esquema de
Mercúrio. Mas as Mônadas Humanas, nós, estamos sob a guarda do Logos
Planetário do esquema da Terra, que não é um esquema sagrado. Daí
concluirmos que recebemos forte influência do Logos de Mercúrio, via nosso
Logos, como também dos outros 3 Logos (mente concreta, idealismo e
cerimonial/organização, respectivamente Vênus, Netuno e Urano). Essa
conclusão tem por base a informação do Mestre D. K. de que os 4 raios da mente
(harmonia pelo conflito, mente concreta, idealismo e cerimonial/organização) têm
conjuntamente a seu cargo o atual processo evolutivo do homem, considerado
como o Pensador.
Daí a explicação da forte ligação do quarto grupo de Entidades Cármicas
(constituído de 3 sub-grupos: primeiro e segundo sub-grupos e os 4 Maharajás)
com as Mônadas Humanas.
Por ser o quarto grupo, é de se supor que sua ação se exerça na linha do quarto
raio (harmonia pelo conflito). Como o objetivo do carma é orientar as ações para
a consecução das metas do processo evolutivo, entende-se claramente essa
forte ligação.
O fato de a quarta Hierarquia Criadora de Mônadas Humanas ser regida por uma
quádrupla lei cármica sob a guia dos Lipikas explica-se pelo fato de serem 4 os
atributos da mente a regerem o atual processo evolutivo do homem.
Sendo 4 as áreas de experimentação e aprendizado do homem e considerando
suas mútuas interferências, compreende-se que a lei do carma tenha de estar
baseada em 4 setores.
Os Senhores Devas Regentes dos planos búdico, mental, astral e físico
encontram-se mais empenhados na evolução humana que os dos planos átmico,
monádico e adi, porque a meta da humanidade para a atual cadeia é a quinta
Iniciação, que leva o Iniciado a viver e atuar no plano átmico. Mas para alcançar
a quinta Iniciação, é necessário antes passar pelas 4 primeiras, relacionadas
respectivamente aos planos físico, astral, mental e búdico. Como a grande
maioria da humanidade atual está fortemente centrada no plano astral, entende-
se perfeitamente o imenso trabalho dos Senhores Devas Regentes dos planos
abaixo do átmico.
No quarto plano, o búdico, os Logos Planetários começam e evadir-se de sua
trama etérica e a fazer incursões no plano astral cósmico. Como o objetivo d'Eles
é dominar completamente seus corpos físicos cósmicos, essa evasão só pode
ser conseguida estando Eles em manifestação física. Durante o pralaia isso não
é possível, porque não existe o corpo físico cósmico. Por isso Eles têm de
aproveitar ao máximo as encarnações.
Da mesma forma o homem deve conseguir evadir-se de sua trama etérica,
durante a encarnação, através do processo pessoal para a capacitação às
Iniciações.
Nunca esquecer que as 4 primeiras Iniciações só podem ser recebidas estando o
homem encarnado fisicamente, que já estamos além da metade da quarta ronda
e entrando na etapa final do período global da terra e que as raças-raizes e
rondas finais ocorrem mais rapidamente.
Acresce a tudo isso o fato de que as exigências para as Iniciações tornam-se
mais severas com o decorrer do tempo.
Portanto aqueles que querem alcançar a meta da cadeia não devem ficar
protelando, pois correm o risco de perderem oportunidades e em decorrência
terem de aguardar eons por uma nova oportunidade.
Quando o Mestre D. K. diz: “Nada o retém nos mundos inferiores”, Ele está sendo
textual, ou seja, é exatamente isto que Ele quis dizer. Quando o Iniciado tem
contato consciente em seu cérebro físico com um mundo superior como o causal,
ele pode comparar o tipo de vida nesse plano com o da vida no plano físico,
perdendo então naturalmente todo apego à vida material, simplesmente porque
vivenciou algo muito mais intenso e de muito maior plenitude. Quando vivencia o
plano búdico em cérebro físico, então nem se fala.
Quando o Mestre D. K. diz que a ciência na atualidade está estudando e
desenvolvendo o conhecimento do quarto éter e, em certa medida, este quarto
éter já se encontra a serviço do homem, Ele afirmou uma grande verdade,
embora o tenha dito há uns 75 anos passados.
A ciência hoje em dia chegou à conclusão de que a matéria visível e detectável
por instrumentos constitui apenas 5% da totalidade da massa do universo e que
95% é a chamada matéria escura e energia escura. Estudos atuais sobre as
partículas sub-atômicas em aceleradores lineares, bem como os neutrinos,
misteriosas partículas, alvo de intensa pesquisa, comprovam as palavras do
Mestre. Todos os aparelhos modernos utilizados na medicina, nas
telecomunicações, na indústria, na área de lazer e na ciência, atuam no quarto
éter e nos superiores.
O Mestre ainda diz que o quarto Manvantara (a quarta cadeia) verá que o “círculo
não se passa” solar oferece caminhos de escape para aqueles que tenham
alcançado o grande desenvolvimento necessário. Na realidade, ao receber a
quinta Iniciação (a da Revelação), o Iniciado toma conhecimento dos 7 caminhos,
que se resumem em 4 e na sexta Iniciação (a da Decisão) ele tem de escolher
um dentre os sete. Tomada a decisão, ele inicia o treinamento necessário e
posteriormente sairá do Sistema Solar, para adquirir conhecimentos que nem
podemos imaginar, receber novos treinamentos e exercer funções em outros
sistemas e em nível cósmico.
Quando o Mestre diz que o nosso Logos Solar, por ser de quarta ordem,
começará a coordenar seu corpo búdico cósmico e, à medida que desenvolva
sua mente cósmica, obterá gradualmente, com a ajuda dessa mente, a habilidade
de estabelecer contato com o plano búdico cósmico, Ele nos passou uma
valiosíssima informação para acelerarmos a nossa evolução e alcançarmos
celeremente a meta.
É pela utilização e desenvolvimento da mente, que conseguiremos nos evadir da
trama etérica, iniciar a coordenação (organização) do corpo búdico e estabelecer
contato com ele, para mais tarde atuar nele com desembaraço.
Inicialmente temos de usar intensamente a mente analítica, para em seguida
extrairmos a essência e os conceitos dos conhecimentos concretos e assim
desenvolvermos a mente abstrata e por meio dela estabelecermos contato com o
corpo búdico.
Portanto a regra é estudar, adquirir conhecimentos, analisá-los, extrair a
essência, trabalhá-la no mundo sem forma (plano causal), usando apenas a
mente abstrata, esquecendo qualquer forma, nem sequer enunciar mentalmente
palavras, apenas pensando em idéias e correlacionando-as.
Assim iremos ter cada vez mais vislumbres da vida dos Mestres, do Senhor do
Mundo e do Logos Planetário e, em escala bem pequena, do Logos Solar.
Aqui encerramos nosso estudo de hoje, esperando ter fornecido material
suficiente para meditação. Voltaremos em 12/8/2003, com o tema Éteres do
Cosmos e do Sistema, da página 119 à 124 do Tratado sobre Fuego Cósmico,
onde o Mestre aprofunda mais ainda esse assunto, dentro da sua técnica de
voltar para clarificar e consolidar o conhecimento.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 5-AGO-2003
[026]
Éteres do Cosmos e do Sistema (Da página 119 à 124 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)
Em benefício dos leitores deste tratado e considerando que a repetição
consecutiva leva a aclarar os fatos exporemos brevemente algumas hipóteses
fundamentais que giram definidamente sobre o tema em consideração e poderão
servir para eliminar a atual confusão a respeito do sistema solar.
Alguns de tais fatos já são bem conhecidos, outros deduzem-se e ainda outros
respondem a antigas e exatas analogias expressas em termos modernos.
• O plano cósmico mais baixo (mais denso) é o físico cósmico, o único que a
mente finita do homem pode compreender.
• Este plano físico cósmico está composto de matéria diferenciada em 7
qualidades, grupos, graus ou vibrações.
• Estas 7 diferenciações constituem os 7 planos principais do nosso sistema
solar.
Para maior clareza podemos classificá-los em plano físico, do sistema e cósmico,
para efeito de evidenciar suas relações e analogias e sua conexão com aquilo
que está acima e o que está abaixo ou incluído nele.
OS PLANOS
Plano Físico Planos do Sistema Planos Cósmico
1 - sub-plano atômico Divino - Adi Sub-plano atômico
1º Éter Matéria primordial 1ºÉter cósmico
2 - Sub-atômico Monádico - Anupadaka Sub-atômico cósmico
Akasha 2º Éter cósmico
Espiritual - Átmico 3º Éter cósmico
3 - Super-etérico Éter
Plano de união ou unificação
Intuicional - Búdico 4º Éter cósmico
4 - Etérico Ar
Os três mundos inferiores
5 - Gasoso Mental - Fogo Gasoso
6 - Líquido Astral - Emocional Líquido
7 - Sólido Plano físico Físico denso
• Os 7 planos principais do nosso sistema solar constituem os 7 sub-planos
do plano físico cósmico e nisso está a explicação para o fato de Helena
Petrovna Blavatsky ter enfatizado que matéria e éter são termos
sinônimos, que tal éter se encontra em uma e outra forma em todos os
planos e é somente uma questão de graduação da matéria atômica
cósmica, chamada, quando está indiferenciada, mulaprakriti ou substância
primordial pregenésica e, quando está diferenciada por Fohat (Vida
energizadora, o 3º Logos ou Brahma), é conhecida como prakriti ou
matéria. Esse processo já foi explicado em estudos anteriores.
• Nosso sistema solar está classificado como de 4ª ordem, porque está
colocado no 4º sub-plano etérico cósmico (nosso plano búdico), contando
do mais sutil para o mais denso, ou seja, a começar do adi.
A expressão “está colocado” significa que a consciência física cósmica do nosso
Logos Solar está no plano búdico, assim como a nossa consciência física está no
cérebro físico. É como se os “neurônios” do cérebro físico cósmico do Logos
Solar fossem formados de matéria búdica.
Nós ainda não sabemos ter consciência usando a matéria etérica,só conseguindo
ter consciência física através dos neurônios. Basta qualquer alteração em nosso
cérebro (um coágulo, uma ruptura de vaso sanguíneo cerebral, um aneurisma,
um tumor provocando pressão), para perdermos a consciência física ou para que
ela seja alterada.
• Daí que este 4º éter cósmico (búdico) representa o ponto de união entre o
passado e o futuro e é o presente.
Isso quer dizer que é no plano búdico que estão registrados todo o passado
histórico físico do nosso Logos Solar e o seu potencial para o futuro.
O átomo físico cósmico permanente do Logos Solar projeta suas informações no
plano búdico.
O Iniciado da 4ª Iniciação, que passa a viver relacionado com a matéria búdica,
toma conhecimento do passado do nosso sistema solar. Na 3ª Iniciação o
Iniciado, através da psicometria planetária (um sentido do corpo mental análogo
ao nosso tato), toma conhecimento do passado do nosso planeta, mas nada
capta do passado do sistema solar.
• Em conseqüência, o plano búdico é o ponto ou plano de união para aquilo
que constitui o homem e constituirá o super-homem, ligando o que foi com
o que será.
Isso significa que a chave para o homem se tornar um super-homemestá no
domínio do plano búdico.
• As seguintes analogias existentes no tempo merecem ser meditadas
profunda e detidamente. Baseiam-se no entendimento da relação existente
entre o 4º éter cósmico (plano búdico) e o 4º sub-plano físico etérico.
O 4º sub-plano mental, analogia do 4º sub-plano físico etérico para o plano
mental, é também um ponto de transição entre o inferior e o superior e o lugar de
transferência a um corpo superior (mental inferior para o causal).
O 4º sub-plano do plano monádico é realmente o lugar onde se passa do raio
egóico (qualquer que seja este raio) para o raio monádico. Os 3 raios maiores
monádicos (1º , 2º e 3º) encontram-se organizados nos 3 sub-planos superiores
do plano monádico, respectivamente.
Da mesma forma os 3 sub-planos superiores do plano mental (causal ou mental
abstrato) constituem a área de transferência do raio da personalidade ao egóico.
Mas o que significa essa transferência? A Tríade Inferior em conjunto (que vai
gerar os corpos inferiores e produzir a personalidade) manifesta-se sob a ação de
um determinado raio, sem responder inicialmente ao raio egóico. Quando chega
o momento da transferência, em conseqüência do processo evolutivo, a Alma
passa a ter maior domínio sobre sua Tríade Inferior e começa a impor as
qualidades de seu raio a ela, agindo no plano causal e pelas pétalas do Loto
Egóico, que são na realidade campos de força.
Assim a Tríade Inferior passa a expressar as qualidades do raio egóico, sendo o
raio da Tríade Inferior como um todo (personalidade) e os raios dos
corposinferiores sub-raios do raio egóico.
Os 4 raios menores fundem-se com o 3º raio maior de Inteligência Ativa nos
planos mental e átmico. Isso quer dizer que as qualidades dos 4 raios menores
expressam-se coordenadamente, sem conflito, em equilíbrio total, no máximo de
intensidade e simultaneamente, no plano átmico.
Em decorrência disso os 4 Logos Planetários dos raios menores (harmonia pelo
conflito, conhecimento concreto, idealismo devocional e cerimonial/organização)
atuam em uníssono no plano átmico.
Não esquecer que o plano átmico é o 3º sub-plano (super-etérico) do plano físico
cósmico, ou seja, os 4 Logos Planetários agem e trabalham fisicamente, em
uníssono.
• As Mônadas humanas do atual sistema solar formam 3 grupos:
• 5.000.000.000 no 1º raio, de Vontade e Poder, adiantadas,
• 35.000.000.000 no 2º raio, de Amor-Sabedoria-Razão Pura, em dia,
• 20.000.000.000 no 3º raio, de Inteligência Ativa, atrasadas.
Esses 3 grupos de Mônadas humanas atuam e trabalham no plano mental (como
Almas) sob a regência do Manu as do 1º raio, do Bodisattva (o Sr Cristo ou
Maitreya) as do 2º raio e do Mahachoan as do 3º raio.
Elas necessitam aprender a trabalhar e atuar em conjunto e muito bem
sintonizadas dentro do grupo e entre si.
Essa sintonia ocorre da seguinte forma:
• no plano búdico, utilizando a matéria do 2º sub-plano ou sub-atômico, as
Mônadas de 2º raio aprendem aprendem a trabalhar e atuar como uma
unidade.
• no plano átmico, as Mônadas de 1º raio aprendem a trabalhar e atuar
como uma unidade, utilizando a matéria atômica. Os grupos de Mônadas
de 2º e 3º raios aprendem a trabalhar como uma unidade. Disso resulta
uma atividade dual: Mônadas de 1º raio formando um grupo e Mônadas de
2º e 3ºraios formando outro grupo.
• no plano monádico os 3 grupos aprendem a trabalhar e atuar como uma
unidade, ao mesmo tempo em que as Mônadas de 2º raio aperfeiçoam
sua atividade grupal como uma unidade, utilizando a matéria do sub-plano
sub-atômico. Resulta apenas 1 grupo de Mônadas, atuando em conjunto e
em uníssono.
O 4º plano (búdico) e o 4º sub-plano contêem a chave para o domínio da matéria.
No 4º éter físico o homem começa a coordenar seu corpo astral ou emocional e a
transferir sua consciência cerebral física para este corpo com mais freqüência.
Quando ele chega a dominar os 4 éteres, então adquire continuidade de
consciência física e astral.
No 4º sub-plano do plano mental o homem começa a controlar seu corpo causal
e a enfocar sua consciência neste corpo, até que a polarização se torna total e
completa. Então funciona conscientemente neste corpo, uma vez que dominou as
analogias dos 4 éteres do plano mental.
No plano búdico (o 4º éter cósmico) os Homens Celestiais ou Logos Planetários
(ou a consciência grupal das Mônadas humanas e Dévicas) começam a atuar e a
evadir-se com o tempo dos sub-planos etéricos cósmicos.
Uma vez que as Mônadas humanas tenham os 3 éteres cósmicos (planos búdico,
átmico e monádico) dominados, aperfeiçoado seu funcionamento e centrado sua
polarização nos veículos monádicos, então os 7 Homens Celestiais terão
alcançado sua meta, com referência a seus corpos físicos cósmicos.
• Em conseqüência o Logos do nosso sistema solar repete nesses níveis
etéricos cósmicos, como resumo total, as experiências de seus minúsculos
reflexos nos planos físicos, coordenando seu corpo astral cósmico e
consegue continuidade de consciência, quando tenha dominado os 3
éteres cósmicos (búdico, átmico e monádico).
• Deve observar-se que assim como o corpo físico do homem, em seus 3
graus - denso, líquido e gasoso - não é reconhecido como um princípio, da
mesma forma, em sentido cósmico, os planos físico (denso), astral
(líquido) e mental (gasoso) são considerados inexistentes (não são
considerados princípio) e assim o sistema solar tem sua localização, como
sede de consciência física cósmica, no 4º éter cósmico, o plano búdico.
Os 7 Planetas Sagrados estão compostos de matéria deste 4º éter cósmico e os
7 Homens Celestiais têem sua consciência física cósmica neste 4ºéter, embora
também contenham matéria dos planos inferiores e superiores; a questão é
dominar todas as matérias.
Quando o homem adquire a consciência do plano búdico, eleva sua consciência
até a do Logos Planetário, de cujo corpo físico cósmico é uma célula.
Isso é conseguido na 4ª Iniciação, a Iniciação libertadora. Na 5ª Iniciação o
homem ascende, com o Homem Celestial, ao 5º plano, o átmico (do ponto de
vista humano) e na 6ª, domina o 2º éter cósmico, alcançando consciência
monádica e atividade ininterrupta.
Na 7ª Iniciação o homem (já um super-homem) domina toda a esfera de matéria
contida no corpo físico cósmico do Logos Solar, evade-se de todo contato etérico
cósmico e passa a atuar(na 8a. Iniciação, a Grande Transição) no 7º sub-plano
(que do ponto de vista humano é um plano) do plano astral cósmico.
No sistema solar anterior ocorreu a superação dos 3 sub-planos físicos cósmicos
inferiores (físico, astral e mental), do ponto de vista da matéria e da coordenação
da tríplice forma de vida densa, na qual encontra-se toda forma de vida, quer seja
em matéria densa, líquida ou gasosa.
Existe uma analogia deste fato, que se pode observar no trabalho realizado pelas
3 raças-raiz do atual período global.
A 1ª raça-raiz, a adâmica, era astral, com uma consciência muito rudimentar e só
possuía um sentido, a audição. A 2ª, a hiperbórea, era etérica, com mais um
sentido, o tato. A 3ª, a lemuriana, era densa, tendo mais um sentido, a visão,
sendo realmente uma raça humana, que se consolidou na 4ª raça-raiz, a
atlanteana.
A 5ª raça-raiz, a ária, a atual, está terminando seu ciclo, juntamente com grande
parte da 4ª e restos da 3ª Embora cada raça-raiz dê origem à seguinte, todavia
elas se sobrepõem.
Da população atual do planeta, os tártaros, mongóis, chineses, japoneses e
esquimós constituem remanescentes da raça atlanteana e os aborígines
australianos e os hotentotes constituem restantes da raça lemuriana.
Cabe aqui enfatizar que não se pode fazer julgamentos sobre raças, porque há
muitos Egos avançados e iniciados em corpos atlanteanos, com mentes de raças
futuras. Mestre Tibetano é um exemplo, pois já era um Adepto em corpo
atlanteano, como todos sabem. Confúcio em corpo chinês, portanto atlanteano,
era um homem da 5ª ronda, ainda por vir.
Na coordenação dos corpos monádico, átmico e búdico do Homem Celestial,
instrumentos da vida espiritual, analogia esotérica superior do prana, que flui
através do reflexo inferior, o corpo físico etérico, o ponto de síntese sempre se
encontra no sub-plano atômico, onde ocorrem a fusão e a transformação em um.
Prana é a analogia da coordenação porque manter organizado e coordenado é
sua função.
No atual sistema solar o plano onde produzir-se-á a síntese não está incluído no
esquema evolutivo. É o plano da união e do pralaia. No sistema solar anterior o
plano da fusão e da união era o 4º éter cósmico, o búdico, que representava para
os entes evoluídos daquele sistema o que é agora o plano adi, sub-plano atômico
físico cósmico, o ponto mais elevado de realização.
A meta no sistema anterior era o plano búdico. Hoje a meta é constituída por 3
planos distintos - o búdico, o átmico e o monádico - 3 planos por vez e sua
eventual síntese. No futuro sistema solar o éter atômico cósmico, o plano adi do
sistema atual, será o ponto de partida e os 3 planos a dominar serão os 3 sub-
planos inferiores do plano astral cósmico.
O homem sempre começa a partir de onde parou e o fará com matéria física
cósmica aperfeiçoada, como agora no atual sistema começamos com a matéria
física, astral e mental melhorada pelo trabalho realizado no sistema anterior.
No futuro sistema o corpo mais denso será o monádico, de matéria do 2ºéter
físico cósmico e não será considerado um princípio, como atualmente não é
considerado um princípio o tríplice corpo inferior do homem (físico, astral e
mental).
O presente sistema solar verá a superação dos 3 planos físicos cósmicos e a
coordenação do corpo etérico cósmico do Logos, pelo início da atuação no plano
adi.
Mas isso não impede que aqueles que têem suficiente vontade para irem
depressa superem o físico cósmico e atinjam o astral cósmico, como acontece
com aqueles que recebem a 8a. Iniciação, a 2ª Cósmica.
Infelizmente o que ficará para o próximo sistema serão a fusão e a síntese com a
maioria das outras Mônadas que não ultrapassarem o plano adi. Esse trabalho
em conjunto é necessário.
Essa Mônadas que no atual sistema receberem a 8a. Iniciação virão como líderes
no próximo sistema, pois terão muito a ensinar e muito que trabalhar.
Com referência à analogia com as 3 raças-raiz, a explicação é a seguinte:
No sistema anterior foram conquistados os 3 planos inferiores. No atual sistema
as Mônadas humanas começaram a atuar realmente a partir do causal, só o
fazendo quando houve o ingresso das Tríades Inferiores no reino humano.
As 3 raças-raiz iniciais representam esses 3 planos inferiores já conquistados,
tanto que o processo de individualização (conquista da auto-consciência, que de
fato caracteriza o homem) só ocorreu na 3ª sub-raça da3ª raça-raiz, a lemuriana,
há 18.000.000 de anos, com a chegada dos 107 Kumaras, liderados por Sanat
Kumara, o atual Senhor do Mundo, provenientes do esquema de Vênus, que é o
mais adiantado do sistema solar, já tendo iniciado o pralaia.
Falamos muito de matéria búdica, átmica, monádica e adi, que devem ser
dominadas. É importante, muito importante, que tenhamos sempre em nossas
mentes, sem hesitação, que todas essas modalidades de matéria, diferenciações
vibratórias da matéria primordial pregenésica, estão ao nosso redor, nos
envolvem e nos interpenetram, sem que tenhamos consciência. Não estão
distantes espacialmente, mas a nosso alcance. A questão é desenvolver os
mecanismos de percepção, para que alcancemos aquela vida mais plena, de que
falou o Sr. Maitreya.
Nesta fase temos primeiro de sentir a vibração relativa ao sentido, vibração essa
que contém uma informação assim como o som contém uma informação. Depois
temos de identificar essa vibração, o que significa entendê-la, para ocorrer a
conscientização, quando a percepção estará completa. Em seguida temos de
aprender a responder a essa vibração, de forma plenamente consciente,
produzindo efeito na matéria que nos cerca, sendo essa a fase de ação, que
requer que conheçamos os mecanismos de ação, para podermos utilizá-los e
atuarmos na matéria e no mundo exteriores.
Essas 2 fases, percepção e ação, devem ser desenvolvidas e dominadas para
todos os planos, melhor dizendo, para todos os tipos de matéria, física, astral,
mental, búdica, átmica, monádica e adi.
Mas para isso é necessário o conhecimento e sua aplicação, para nos
libertarmos dessa grande miragem, que impera no mundo atual e em muitas
religiões.
Aqui vamos encerrar nosso estudo. Voltaremos em 19/08/2003, com o tema
Propósito Protetor do Corpo Etérico, da página 124 à 128 do Tratado sobre
Fuego Cósmico.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 15-AGO-2003
[027]
Propósito Protetor do Corpo Etérico (Da página 124 à 128 do Tratado sobre
Fuego Cósmico)
Após a extensa elucidação anterior, deixaremos as coisas cósmicas e de difícil
entendimento, para entrarmos no que se refere à evolução. Estudaremos a
matéria do corpo etérico do homem e o dano que lhe pode ocasionar, se não
preenche (por ter sido quebrada a lei) sua função protetora.
Antes de mais nada vejamos quais são essas funções protetoras:
Primeiro - A trama etérica atua como separadora e divisória entre o corpo astral
e o físico denso.
Segundo - Permite a circulação ou afluência da vitalidade ou fluido prânico, ação
que é realizada em 3 etapas.
Na primeira etapa são recebidos o fluido prânico e as radiações solares, que
circulando 3 vezes pelo triângulo prânico e sendo distribuídos deste ao corpo
denso através do corpo etérico, animam e vitalizam todos os órgãos físicos, o
que permite que o corpo denso atue automática ou subconscientemente.
Quando o corpo etérico desempenha perfeitamente sua função, protege das
enfermidades. O homem que absorve e distribui o prana corretamente,
desconhece as doenças da carne. Os médicos devem ter isto em conta, porque,
quando chegar a ser devidamente compreendido, trará mudanças fundamentais
na medicina e ela, em vez de ser curativa, será preventiva.
Na segunda etapa os fluidos prânicos começam a fundir-se com o fogo da base
da coluna vertebral (a bolsa de kundalini tríplice) e a impelir tal fogo lentamente
para cima, transferindo seu calor (fogo por fricção , sob ação do aspecto Brahma
ou terceiro raio ou aspecto Inteligência Ativa) dos centros situados abaixo do
plexo solar aos 3 centros superiores, cardíaco, laríngeo e coronário.
Lembro aqui o que já foi explicado em estudo anterior. O fogo por fricção ou da
matéria que se encontra na bolsa de kundalini é tríplice: reação nervosa (a parte
elétrica, responsável por toda a atividade cerebral, nervosa e neuronial, sendo
por isso do primeiro sub-raio), emanação prânica (responsável pela coesão
celular e pelo trabalho coordenado de todas as células e órgãos em prol do
eficiente funcionamento do organismo como um todo, sendo por isso do segundo
sub-raio) e calor corpóreo (a parte por fricção ou da matéria pura, responsável
pelo calor da célula e sua atividade rotacional e forma esférica, sendo por isso do
terceiro sub-raio).
Essa interação na realidade se dá entre 3 tipos de fogo: reação nervosa,
emanação prânica e calor corpóreo, localizados na bolsa de kundalini, na base
da coluna vertebral etérica, de um lado, e eletricidade do sol (que chamam de
fohat), raios de luz de aspecto prânico (que chamam de prana) e akasha (que
chamam de kundalini), que recebemos do sol. Esta fusão se processa nos 3
pares: fohat/reação nervosa, prana/emanação prânica, akasha (kundalini do
sol)/calor corpóreo. Como kundalini provoca o movimento de rotação, sua
penetração nos chacras, que são vórtices rotacionais, faz com que a rotação dos
chacras aumente, com a grande vantagem da presença do prana, que induz os
chacras a se coordenarem melhor com seus correspondentes astrais, ao mesmo
tempo que a dinamização, pelo calor, da tela etérica (que separa o chacra etérico
do astral), permite um melhor contato com o mundo astral (função
transcendente), além do grande aumento da função puramente orgânica do
chacra junto ao organismo denso.
Simultaneamente a fusão de fohat/reação nervosa atua fortemente no sistema
nervoso e no cérebro, intensificando os neurônios, isso além dos efeitos nos
chacras, pois fohat, por ser energia do primeiro sub-raio, é essencialmente a
energia de vida.
Dessa ação tripla (fohat, prana e kundalini, reflexo na matéria da fusão dos
primeiro, segundo e terceiro raios) resultam:
• melhor saúde física;
• melhor fluxo de algumas energias superiores, que veremos já, com novos
resultados altamente benéficos;
• aumento da capacidade de contato com o mundo astral, sem prejuízo da
consciência cerebral física.
Este é um processo largo e lento, quando é deixado unicamente a cargo das
forças da natureza. Todavia, na atual estágio da humanidade é permitido em
alguns casos acelerar o processo, para melhor equipar o mecanismo físico
daqueles que trabalham para a humanidade. É o objetivo que persegue todo
verdadeiro treinamento ocultista. Este aspecto do tema será tratado mais adiante,
quando estudaremos o tópico que trata de kundalini e da coluna vertebral.
Na terceira etapa os 3 pares (fohat/reação nervosa, prana solar/emanação
prânica e akasha do sol/calor corpóreo), já fundidos, sintonizados e
sincronizados,melhor dizendo, os átomos portadores de cada tipo de energia
sintonizados par a par, inicia-se a sintonização dos 3 pares entre si.
Poeticamente falando, diríamos que os 3 pares de átomos portadores iniciam
uma dança altamente dinâmica e sincronizada, em grande velocidade,
provocando na matéria etérica oscilações que se manifestam como luzes de
cores de uma beleza inimaginável. Isto resulta em certos efeitos, que veremos
em seguida.
Produz a aceleração da vibração normal do corpo denso (suas células), para que
responda com mais rapidez à nota superior do Ego. Este aumento da nota
(freqüência vibratória) do corpo denso advém do aumento da nota do corpo
etérico. Com isto prossegue a elevação dos 3 fogos (reação nervosa, emanação
prânica e calor corpóreo) através do tríplice canal da coluna vertebral etérica
(sushuma, pingala e ida) , prosseguindo a fusão dos 3 pares.
Quando estes 3 fogos fundidos chegam a um chacra situado na parte inferior das
omoplatas (que faz parte do triângulo prânico), ocorre sua total fusão.
Aí então a evolução é altamente acelerada, o que ocorre definidamente na
primeira Iniciação, quando a polarização se fixa em qualquer dos 3 chacras
superiores, dependendo do raio a que pertence o homem.
Como conseqüência dessa fusão e sintonia, tem lugar uma mudança na ação
dos chacras, que se convertem em “ rodas que giram sobre si mesmas” e seu
movimento exclusivamente giratório transforma-se em atividade
quadridimensional, com 4 direções simultâneas de movimento: linear (1
dimensão), na superfície (2 dimensões), no espaço (3 dimensões) e a rotação do
conjunto todo sendo a quarta dimensão. Passam a ser centros giratórios
irradiantes de fogo vivo.
Os 3 chacras principais da cabeça (a ordem consecutiva varia de acordo com o
raio do homem) entram em atividade, desenvolvendo-se entre eles um processo
semelhante ao efetuado no triângulo prânico.
Aí os chacras da cabeça deixam de reagir fracamente um ao outro, mas iniciam
uma fase de intensa percepção e captação do calor e do ritmo dos outros,
embora de forma separada. Então o fogo passa a saltar de um chacra para outro,
ficando os 3 cada vez mais ligados por uma cadeia de fogo, até formar um
triângulo ígneo, pelo qual os 3 fogos vão oscilando para trás e para frente, em
vez de circular.
O fogo kundalínico produz o calor do chacra, assim como seu intenso fulgor e
brilho, enquanto que o fogo prânico emanante produz crescente atividade e
rotação, ao mesmo tempo em que fohat intensifica os dois.
À medida em que transcorre o tempo, entre as primeira e quarta iniciações, o
corpo etérico e o tríplice canal da coluna vertebral ficam limpos e purificados
gradualmente, graças à ação do fogo, até que (como dizem os cristãos) se
queima toda a “escória” e nada mais impede o avanço desta chama.
Conforme os 3 fogos continuam sua tarefa e o canal vai ficando limpo, os chacras
tornam-se mais ativos e o corpo se purifica, então, a chama do Espírito (a
Mônada) ou o fogo proveniente do Ego desce com mais energia, até que emana
da cúspide da cabeça uma chama resplandecente, surgindo para cima e através
dos corpos, em direção à sua fonte de origem, o corpo causal. Lembrem-se de
que até agora lidamos com os fogos da matéria, portanto os fogos da Alma só
podem se manifestar, quando os fogos da matéria estão plenamente ativos e
sintonizados ou fundidos.
Com a ativação simultânea dos fogos da matéria e do Ego, os da mente ou
manas ardem com maior intensidade.
Estes são os fogos conferidos na individualização. São nutridos continuamente
pelos fogos da matéria e seu calor aumenta devido ao fogo solar emanante, que
tem sua origem nos níveis cósmicos da mente.
Este aspecto do fogo manásico se desenvolve como instinto, memória animal e
recordação ativa, tão evidentes no homem pouco evoluído.
Com o passar do tempo, o fogo da mente arde com mais brilho, até que começa
a queimar e transpassar a trama etérica - nessa parte da trama que resguarda o
chacra situado na cúspide da cabeça (coronário), permitindo assim a entrada do
fogo do Espírito (fogo elétrico).
Assim produz-se o seguinte:
A mente ou o aspecto vontade, desde o plano mental, dirige e regula
conscientemente o fogo da matéria. Pelo poder mental do homem, mesclam-se
os 3 fogos da matéria, primeiro entre si e depois com o fogo da mente.
Esta fusão destrói (por Lei e ordem) a trama etérica, trazendo a conseqüente
continuidade de consciência, permitindo que penetre na vida pessoal do homem
(em sua consciência cerebral física e em seu corpo físico), a“Vida mais
abundante”, o terceiro fogo do Espírito, fogo elétrico.
A precipitação do Espírito e a subida dos fogos internos da matéria (regulados e
dirigidos pela ação consciente do fogo da mente) produzem os correspondentes
resultados nos mesmos níveis dos corpos astral e mental, produzindo assim um
contato paralelo e prosseguindo em forma ordenada a grande tarefa de liberação.
As 3 primeiras Iniciações aperfeiçoam e conduzem à quarta, quando a
intensidade e unidade destes fogos consomem e destroem totalmente as
barreiras, liberando o Espírito de sua tríplice envoltura inferior, mediante o
esforço conscientemente dirigido.
O homem terá concluído assim, conscientemente, sua própria liberação.
Estes resultados são auto-induzidos pelo homem ao emancipar-se nos 3 mundos
inferiores, sendo ele quem destrói a roda dos renascimentos, em vez de ser
destruído por ela.
Pelo exposto, é evidente a grande importância que tem o veículo etérico ao atuar
como fator separador dos fogos. Isto põe de manifesto os perigos a que está
exposto quem trata de manipular ignorante, imprudente e caprichosamente estes
fogos.
Se alguém, valendo-se do poder da vontade ou pelo desenvolvimento excessivo
do aspecto mental do seu temperamento, adquire o poder de fundir e ativar os 3
fogos da matéria, corre perigo de obsessão, loucura, morte física ou de que uma
terrível enfermidade ataque alguma parte do seu corpo; também corre o risco de
que a força ativa suba de forma desordenada, forçando sua irradiação para
chacras indesejados.
A razão disso está no fato de que a matéria do seu corpo não está
suficientemente purificada, para resistir à união dos fogos e o canal ascendente
da coluna vertebral encontra-se obstruído ou bloqueado e portanto atua como
uma barreira, fazendo com que o fogo retroceda para baixo; este fogo (soma dos
fogos produzidos pelo poder da mente, sem a simultânea descida do poder
desde o plano do Espírito, ao queimar a tela etérica, permite a entrada de forças,
correntes e até entidades estranhas e indesejáveis, que destroem, rasgam e
deterioram o que restar do veículo etérico, dos tecidos do cérebro e até do
próprio físico denso.
O homem desprevenido, que não sabe qual o seu raio e portanto não sabe a
exata forma geométrica triangular do correto sistema de circulação entre um
chacra e outro, fará o avanço dos fogos de forma errada, queimando assim os
tecidos; isto terá como resultado (se não ocorrer algo pior) atrasar em várias
vidas o relógio do progresso evolutivo, porque terá que dedicar muito tempo a
reconstruir o destruído e a recapitular corretamente o trabalho que deve efetuar.
Se o homem persiste durante encarnações sucessivas nessa linha de ação,
descuidando seu desenvolvimento espiritual e concentrando seu esforço
intelectual na manipulação dos fogos da matéria para fins egoístas e se, apesar
das advertências do seu eu interior e daqueles que vigiam, continua com esse
comportamento durante um extenso período de tempo, pode provocar a própria
destruição, que significa o fim do seu manvantara ou ciclo. Também, a união
desses fogos, da matéria e da dupla expressão do fogo mental, pode chegar a
destruir totalmente o átomo físico permanente e com isso cortar a conexão com o
eu superior por hinos de tempo, o que quer dizer, por rondas ou cadeias (milhões
de anos ou mais).
Helena Petrovna Blavatsky referiu-se a algo semelhante a isso, quando falou das
“almas perdidas” aqui devemos enfatizara gravidade deste terrível desastre e
advertir sobre os perigos que ameaçam aqueles que tratam de manipular os
fogos da matéria. A fusão desses fogos deve ser o resultado do conhecimento
espiritualizado, dirigida unicamente pela Luz do Espírito, que é amor e atua por
meio do amor e busca a unificação e a fusão total, não do ponto de vista dos
sentidos ou da satisfação material, mas com o objetivo de obter a liberação e a
purificação e estabelecer a união superior com o Logos; tal união não deve ser
desejada para fins egoístas, porque constitui a meta da perfeição grupal, cuja
finalidade é prestar um maior serviço à raça.
Por hoje vamos encerrar nosso estudo. Como esse assunto é sumamente
importante, não só para a saúde como para o processo evolutivo e iniciático,
daremos maiores esclarecimentos no próximo estudo, a ser apresentado em
26/8/2003.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 19-AGO-2003
[028]
Esclarecimentos sobre o Propósito Protetor do Corpo Etérico (Da página 124 à
128 do Tratado sobre Fuego Cósmico)
Iremos hoje tecer alguns esclarecimentos sobre o que o Mestre Tibetano ensinou
sobre o propósito protetor do corpo etérico.
Primeiramente Ele falou sobre a ação de filtragem da tela etérica (parte do corpo
etérico), que filtra o que pode passar do corpo astral para o corpo etérico e daí
para o cérebro físico, sede da consciência do homem encarnado.
Sem entrar no mérito da constituição da tela etérica, assunto que será estudado
numa etapa mais avançada, informamos que essa tela fica situada entre os
chacras etérico e astral, conforme o desenho abaixo:
Ao chacra astral chegam muitas energias contendo informações na forma de
oscilações (chamadas vibrações comumente), energias essas que afetam o
corpo astral, induzindo estados emocionais qualificados, que passam pela tela
etérica, chegando ao chacra etérico e são conscientizadas pelo cérebro físico
como emoções e sentimentos. Logicamente nesse processo físico são
empregados neuro transmissores e ativados determinados hormônios, ou seja,
ocorre uma ação bioquímica, como conseqüência.
Mas aquilo que os sentidos astrais percebem do meio exterior astral, com a
visão, a audição, o tato astral (psicometria) e outros, não conseguem passar pela
tela, devido à sua faixa vibratória limitada, uma vez que ela é sintonizada
somente para aquilo que a consciência do homem pode suportar e lhe é útil para
sua evolução.
É essa tela que começa a ser alterada em termos de resposta de freqüência,
quando os fogos, na fusão e dinamizados, sobem para os chacras acima do
diafragma.
Quando os fogos chegam, por exemplo, ao chacra cardíaco etérico na primeira
Iniciação, a rotação e oscilação dos vórtices (pétalas) aumentam de velocidade,
freqüência e amplitude.
Com isso a tela é afetada e também aumenta sua freqüência, permitindo que
mais energias e informações astrais passem para o chacra etérico (já apto para
responder à maior freqüência) e chegam à consciência cerebral. Não vamos
agora entrar no mérito da natureza da informação que passa do chacra astral
para o etérico.
Esse aumento de velocidade e freqüência da tela e dos chacras vai num
crescendo, até sua desintegração total (que o Mestre chama de queima), na
quarta Iniciação, porque ela deixa de ser necessária.
Também não vamos tratar dos casos de ruptura e frouxidão da tela, que explicam
muitas doenças mentais e físicas. Esse assunto é muito vasto e requer uma série
de estudos especiais orientados para a cura.
Quanto à função de receptor, qualificador e distribuidor de prana, há muita coisa
a ser esclarecida.
Mestre Tibetano, quando fala do fogo por fricção tríplice, que chega até nós
proveniente do sol, classifica-os em 3 tipos: eletricidade (chamada fohat), raios
de luz de aspecto prânico (chamado prana) e akasha (chamado kundalini). No
planeta Ele define também 3 tipos: fluido elétrico (eletricidade terrestre), prana
planetário e substância produtiva (kundalini terrestre). No homem Ele ainda
menciona 3 tipos: reação nervosa (eletricidade do homem), emanação prânica e
calor corpóreo (kundalini do homem), que permanecem armazenados na
chamada bolsa de kundalini e são utilizados para a sobrevivência do homem.
Fica óbvio que para sobrevivermos temos de captar os 3 fogos do sol e os 3
fogos da terra, utilizá-los no nosso organismo e guardar o que sobrar em nossa
bolsa de kundalini.
No útero da mãe, a criança utiliza os fogos da mãe. No processo de captação e
qualificação dos 6 fogos (3 do sol e 3 da terra) para produzirmos o nosso, a fusão
e sintonia deles 2 a 2 (elétrico do sol com elétrico da terra, prana do sol com
prana da terra e kundalini do sol com kundalini da terra) não é perfeita no início
da evolução.
Temos de sintonizá-los 2 a 2, para, numa etapa posterior, sintonizar os 3 pares
sintonizados, o que ocorre no chacra entre as omoplatas do triângulo prânico.
É essa fusão e sintonia, que somente cada um pode fazer, que acelera nosso
processo evolutivo e permitirá aos Hierofantes das Iniciações (Senhor Cristo ou
Maitreya, nas primeira e segunda Iniciações e o Senhor do Mundo, Sanat
Kumara, da terceira Iniciação em diante) elevar os fogos, após a abertura dos
filtros nos canais, para os chacras superiores.
As moléculas do quarto éter tornam-se mais dinâmicas e com a purificação do
corpo (duplamente, física e emocional, pela polarização mental), os terceiro e
segundo éteres ativam-se até o atômico.
Com isso ocorre um grande ganho em capacidade intelectual com a
intensificação do fogo chamado reação nervosa, que atua nos neurônios. Isso é
necessário, porque a partir da segunda Iniciação o discípulo inicia imediatamente
sua preparação para a terceira, a Transfiguração, sendo seu corpo mental
altamente incrementado, o que exige um cérebro físico adequado para expressar
todo o poder do corpo mental.
Mestre Jesus deixou isso bem claro, quando fez a simulação dessa Iniciação, ao
subir ao monte Tabor, com João, Pedro e Tiago e seu rosto ficou resplandecente
e emitia intensa luz, tendo aparecido a seu lado Elias e Moisés. Tal era o bem
estar irradiado que os apóstolos propuseram fazer uma tenda e lá
permanecerem.
Com a ativação dos 3 chacras da cabeça, após a sintonização ou fusão dos 3
fogos da matéria no chacra entre as omoplatas, o fogo solar da Alma ou Ego, que
atua no corpo mental, também de forma tríplice, passa a atuar no fogo tríplice do
corpo astral, melhorando o desempenho dos chacras do corpo astral e busca a
sintonia com o fogo tríplice, já sintonizado, do corpo físico.
Com essa nova sintonia, à medida em que ela se aperfeiçoa, o fogo elétrico
tríplice da Mônada é atraído, uma vez que os fogos tríplices inferiores já estão
sendo preparados e, nessa fase, rapidamente começa então a fusão e sintonia
do fogo elétrico tríplice da Mônada com o fogo solar tríplice da Alma e com o fogo
por fricção tríplice do corpo físico.
Observem que quando o fogo solar tríplice da Alma se sintoniza e se funde com o
fogo por fricção tríplice do corpo físico, ocorre a fusão plena da Alma com a
personalidade (na terceira Iniciação).
Rapidamente o Iniciado chega à fusão e sintonia total entre os 3 fogos tríplices,
elétrico da Mônada, solar da Alma e por fricção da personalidade, na quarta
Iniciação, quando se dá a grande libertação dos mundos inferiores.
Mestre Tibetano diz: “ Com a ativação dos fogos da matéria e do Ego, os da
mente ou manas ardem com mais intensidade.
Estes são os fogos conferidos na individualização. São nutridos continuamente
pelos fogos da matéria e seu calor aumenta devido ao fogo solar emanante, que
tem sua origem nos níveis cósmicos da mente.”
Percebemos nessas palavras uma nítida diferença entre o fogo solar do Ego e o
fogo de manas.
O fogo tríplice de manas surge no processo de individualização. Na realidade é o
fogo da matéria do corpo mental, que para a Mônada e a Alma é matéria, sutil
mas é matéria.
O fogo solar do Ego ou Alma tem sua origem nos níveis cósmicos da mente,
porque a essência do corpo causal (sede da Alma) é o Loto Egóico. O Loto
Egóico é constituído pela substância de uma Entidade Dévica elevadíssima,
chamada Anjo Solar, que se afasta voluntariamente do plano mental cósmico,
onde reside, para construir o Loto Egóico, conferir ao homem a auto-consciência
e velar pela evolução da Alma humana, ficando com ela até a quarta Iniciação,
quando é liberado do seu sacrifício.
Falaremos em detalhes mais tarde do Anjo Solar e do Loto Egóico, todavia,
considerando a seqüência dos assuntos do Tratado sobre Fogo Cósmico, falta
muito tempo ainda para chegarmos lá.
Apresentamos a seguir um quadro visualizando o processo de fusão dos 3 fogos.
Por hoje encerramos nosso estudo. Voltaremos em 04/09/2003, com o tema A
Morte e o Corpo Etérico, da página 128 à 132 do Tratado sobre Fuego Cósmico.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído po r editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 28-AGO-2003
[029]
A Morte e o Corpo Etérico (Da página 128 à 132 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)
Não temos o propósito de expor fatos para que a ciência os verifique, nem indicar
a direção do novo passo que devem dar os investigadores científicos; se isso
acontecer, será casual e secundário.
Nosso propósito especial é assinalar o desenvolvimento e as analogias da tríplice
totalidade (o Logos Solar), que faz do nosso sistema solar ser o que é - o veículo
pelo qual uma grande Entidade cósmica, o Logos Solar, manifesta inteligência
ativa com o propósito de demonstrar perfeitamente o aspecto amor da sua
natureza.
Atrás desse desígnio existe um propósito, posterior e esotérico, oculto na
Consciência Vontade do Ser Supremo, propósito que necessariamente
manifestar-se-á quando tenha conseguido o atual propósito.
As alternâncias entre a manifestação objetiva e o obscurecimento subjetivo, a
periódica exalação, seguida da inalação de tudo aquilo que foi levado a cabo e
conquistado pela evolução, personifica, no sistema, uma das vibrações cósmicas
fundamentais e a tônica dessa Entidade Cósmica da qual somos o corpo.
As batidas do coração do Logos Solar (se podemos nos expressar dessa forma
tão inadequada) são a fonte de toda a evolução cíclica; daí a importância que se
atribui a esse aspecto do desenvolvimento, denominado do “coração” ou do
“amor” e o interesse que desperta o estudo do ritmo.
Isto não só é verdade, cósmica e macrocosmicamente, como também quando se
estuda o ente humano. Subjacentes em todas as sensações físicas produzidas
pelo ritmo (vibrações ou oscilações), pelos ciclos e pelas batidas do coração (que
são ritmadas), encontram-se as analogias subjetivas - amor, sentimento, emoção,
desejo, harmonia, síntese e ordem consecutiva - e atrás destas analogias
encontramos a origem de tudo, a identidade desse Ser Supremo que assim se
expressa.
Portanto, o estudo do pralaya, a extração ou retirada da vida do veículo etérico,
não será diferente, seja que se estude a extração do duplo etérico humano, a do
duplo etérico planetário ou do duplo etérico do sistema solar. O efeito é o mesmo
e as conseqüências são semelhantes.
Qual é o resultado desta extração, ou melhor dizendo, o que causa esse algo que
chamamos morte ou pralaya ? Devido a que temos adotado o estilo de um livro
de texto, continuaremos neste tratado com nossos métodos de classificação.
A extração do duplo etérico do homem, de um planeta ou de um sistema, deve-se
às seguintes causas:
• Cessação do desejo - Deveria ser o resultado de todo processo evolutivo.
A verdadeira morte, de acordo com a lei, é produzida por ter sido
alcançado o objetivo e pela cessação da aspiração. Isso acontece quando
o ciclo perfeito chega a seu fim, com respeito ao ser humano individual, ao
Homem Celestial (o Logos Planetário) e ao Logos Solar mesmo.
• Consecução da vibração adequada e a realização do trabalho para a
redução e cessação gradual do ritmo cíclico. Quando a vibração ou nota é
sentida ou emitida com perfeição, é produzida (no ponto onde se sintetiza
com outras vibrações) a total desintegração das formas.
O movimento caracteriza-se como sabemos por 3 qualidades:
• Inércia
• Mobilidade
• Ritmo
Essas 3 qualidades são experimentadas sucessivamente na ordem indicada e
pressupõem um período de atividade lenta, seguido por outro de máximo
movimento. Neste período intermediário (quando se buscam a nota e o grau de
vibração exatos), ocorrem períodos de caos, de experimentação (tentativa e erro)
e de compreensão (análise e entendimento).
Em continuação a estes dois tipos de movimento ( que caracterizam o átomo, o
homem, o Homem Celestial ou grupo e o Logos Solar ou a Totalidade) vem um
período de ritmo ou estabilização, em que se alcança o ponto de equilíbrio. O
pralaya (ou a morte, outro nome) é a conseqüência inevitável da força
equilibradora, que equilibra os pares de opostos.
• Separação do corpo físico do corpo sutil, nos planos internos, mediante a
desintegração da trama etérica. Isto provoca um tríplice efeito:
Primeiro - A vida que animou a forma física (tanto densa como etérica) e que
partindo do átomo físico permanente “compenetrou o ativo e o estático” (o que se
encontra em Deus, no Homem Celestial, no ser humano e no átomo da matéria),
recolhe-se totalmente dentro do átomo no plano de abstração. Este “plano de
abstração” é distinto para cada um dos entes implicados:
• Para o átomo físico permanente é a esfera atômica.
• Para o homem é o veículo causal.
• Para o Homem Celestial é o plano monádico, onde habita.
• Para o Logos Solar é o plano adi.
Estes pontos indicam onde desaparece a unidade no pralaya. Devemos ter
presente na mente que sempre é pralaya observado de baixo. Desde a visão
superior, que percebe o mais sutil pairando sobre e observando constantemente
o denso, quando não está em manifestação objetiva, pralaya é simplesmente
subjetividade, aquilo que é esotérico, não aquilo “que não é”.
Segundo - O duplo etérico do homem, o do Logos Planetário, assim como o do
Logos Solar, quando se desintegra, já não se polariza com seu morador interno e
por isso pode evadir-se. Já não é (para expressar com outras palavras) fonte de
atração nem ponto focal magnético. Converte-se em não magnético, cessando de
ser regido pela grande Lei de Atração, por isso a desintegração é a condição
imediata da forma. O Ego já não é mais atraído pela sua forma no plano físico e,
mediante a inalação, retira sua vida da envoltura. O ciclo chega a seu fim, já foi
levado a cabo o experimento, foi alcançado o objetivo - o qual é relativo em cada
vida e em cada encarnação - então já não se deseja nada.
O Ego ou ente pensante perde seu interesse pela forma e dirige sua atenção
internamente. Muda sua polarização e, com o tempo, abandona o corpo físico.
Semelhantemente, o Logos Planetário, durante seu ciclo maior (a síntese ou o
conglomerado dos minúsculos ciclos das células de Seu corpo) segue o mesmo
curso; deixa de ser atraído para baixo ou para fora e dirige seu olhar para dentro;
recolhe internamente o conglomerado de pequenas vidas dentro de seu corpo, o
planeta e corta a conexão. A atração pelo externo desaparece e tudo gravita para
o centro, em vez de dispersar-se para a periferia de Seu corpo.
No sistema, o Logos Solar segue o mesmo processo; desde seu elevado lugar de
abstração já não é atraído pelo seu corpo de manifestação, porque este deixou
de interessar-lhe e os dois pares de opostos, o espírito e a matéria do veículo, se
separam. Com esta separação, o sistema solar, o “Filho da necessidade” ou do
desejo, deixa de ser e sai de sua existência objetiva.
Terceiro - Finalmente produz-se a dispersão dos átomos do corpo etérico, que
retornam à sua condição primitiva. Retira-se a vida subjetiva, ativa-se a síntese
da vontade e do amor. A sociedade é desfeita. Então a forma se desintegra,
porque o magnetismo que a mantinha coerente e coesa já não está presente e a
dispersão é total. Persiste a matéria, mas não a forma.
O trabalho do segundo Logos terminou e a divina encarnação do Filho chega a
seu fim. Porém a faculdade ou qualidade, inerente à matéria, persiste e no fim de
cada período de manifestação a matéria (embora volte ao seu estado primitivo)
torna-se matéria inteligente ativa, incorporando o adquirido durante a objetividade
e a acrescentada atividade latente e irradiante conseguida através da
experiência.
Vamos dar um exemplo: a matéria indiferenciada do sistema solar foi matéria
inteligente ativa e isto é tudo o que se pode afirmar dela. Tal matéria inteligente
ativa era matéria qualificada por uma experiência anterior e colorida em uma
encarnação anterior (sistema solar anterior). Agora esta matéria tem forma, o
sistema solar não se encontra em pralaya, mas em objetividade; esta objetividade
tem por meta agregar outra qualidade ao conteúdo logoico, a qualidade amor-
sabedoria. Por conseguinte, no próximo pralaya solar no final dos cem anos de
Brahma (311 trilhões e 40 bilhões de anos terrestres), a matéria do sistema solar
estará colorida pela inteligência e pelo amor ativos, o que significa que sua cor
será diferente da atual.
Isto quer dizer, textualmente, que o conjunto de matéria atômica solar vibrará,
com o tempo, a um ritmo distinto do que era no alvorecer da manifestação, ou,
segundo os físicos, no início do big bang.
Podemos aplicar este mesmo raciocínio ao Logos Planetário e à unidade
humana, pois a analogia é perfeita. Em pequena escala, temos a analogia no fato
de que em cada período da vida humana o homem ocupa um corpo físico mais
evoluído e de maior sensibilidade, sintonizado em uma vibração mais alta, mais
refinada e vibrando a um ritmo diferente. Estes três conceitos contêm muita
informação, se forem estudados e ampliados.
• A transmutação da cor violeta em azul. Sobre isto não podemos nos
estender. Simplesmente vamos expô-lo, deixando sua elucidação aos
estudantes cujo carma o permita e sua intuição esteja suficientemente
desenvolvida. Se analisarmos o que o Mestre disse acima a respeito da
coloração da matéria do atual sistema solar pela qualidade do amor-
sabedoria em cima da qualidade da inteligência ativa, do sistema anterior
e que cor é o resultado de vibração (oscilações cuja freqüência determina
a cor), entenderemos claramente o significado dessa informação. Quando
o atual sistema solar começou, o Logos Solar, ao se apropriar da matéria
virgem para formá-lo, imprimiu nela a vibração que estava armazenada em
seu átomo físico cósmico permanente, vibração essa oriunda do
aperfeiçoamento da qualidade inteligência ativa, que foi seu objetivo no
sistema anterior. Ora, vibração tem freqüência e a cor associada a essa
freqüência era o violeta.
Logo, quando o sistema atual começou, a cor que predominava era o violeta. Ao
longo do processo de aperfeiçoamento da qualidade amor-sabedoria, objetivo
atual do Logos Solar, a matéria foi respondendo a essa qualidade, melhorando
sua freqüência e forma de onda e, em conseqüência, a cor violeta foi se
transformando lentamente, passando para a cor azul, a cor do amor-sabedoria.
Por isso o nosso sistema solar na época do pralaya estará totalmente na cor
azul-índigo, que é realmente a cor do amor-sabedoria.
O próximo sistema solar iniciará com a cor índigo, que será transmutada para
uma outra cor coerente com a freqüência que será imposta à sua matéria pela
qualidade Vontade amorosa e inteligente, que será a nova meta do Logos Solar.
• Mediante a extração da vida, a forma dissipar-se-á gradualmente. Resulta
interessante observar a ação reflexa, pois os Construtores e Devas
superiores, agentes ativos durante a manifestação, que mantêm a forma
como um conjunto coerente, transmutam, aplicam e fazem circular as
emanações solares, no pralaya não são mais atraídos pela matéria da
forma e dirigem sua atenção a outra coisa.
No caminho da exalação (seja humano, planetário ou solar) estes Devas
construtores (que estão no mesmo raio ou num complementar ao do ente que
deseja se manifestar) são atraídos pela sua vontade ou desejo e executam sua
tarefa de construção.
No caminho de inalação (humano, planetário ou solar) já não são atraídos e a
forma começa a dissipar-se. Perdem seu interesse e as forças (entidades),
agentes de destruição, efetuam o trabalho necessário de destruir a forma;
dispersam-na (como se diz no ocultismo) aos “quatro ventos do céu” ou às
regiões dos quatro alentos -quádrupla separação e distribuição. Aqui há uma
sugestão que merece um estudo detido e atento.
Essa dispersão aos quatro alentos, citada pelo Mestre, significa a cessação da
atividade conjunta na matéria da forma dos quatro tattvas, Pritivi (terra), Apas
(água), Agni (fogo) e Vayu (ar). Quando a forma está integrada pela vida da
Mônada, humana, Planetária ou Solar, os quatro tattvas atuam
coordenadamente. Quando essa vida se retira, cada tattva vai agir
separadamente em suas respectivas partículas. São os quatro elementos, muito
citados, mas muito pouco compreendidos.
Embora não tenham sido descritas, como era de esperar, as cenas desenroladas
no leito de morte, nem a dramática evasão do palpitante corpo etérico através do
chacra coronário, mesmo assim foram dadas algumas das regras e propósitos
que regem essa evasão.
Vimos que o objetivo de cada vida (humana, planetária ou solar) consiste em
realizar e levar avante um propósito definido. Propósito que envolve o
desenvolvimento de uma forma mais adequada para uso do Espírito (Mônada);
uma vez isto conseguido, o Morador interno dirige sua atenção a outra parte e a
forma de desintegra, depois de ter preenchido seu papel.
Isto nem sempre ocorre em cada encarnação humana ou planetária. O mistério
da cadeia lunar é o mistério do fracasso. Conduz, uma vez compreendido, a levar
uma vida digna, oferecendo-nos um objetivo que merece nossos melhores
esforços. Tão pronto este aspecto da verdade seja reconhecido universalmente e
o será, se a inteligência da raça se desenvolver suficientemente, então a
evolução avançará com certeza e os fracassos diminuirão. Mais informações
sobre o assunto morte serão encontradas no livro Cura Esotérica, do Mestre
Djwal Khul (Mestre Tibetano), pela Sra. Alice Ann Bailey.
Ante esses ensinamentos tão sábios e úteis do Mestre Tibetano, só podemos
concluir que o medo apavorante que a maioria da humanidade tem da morte é
irracional, como é sem lógica a perseguição frenética da vida física eterna. A
forma física só tem um objetivo: a aquisição de qualidades e capacitação para
modalidades de vida de muitíssimo maior intensidade, impossíveis de serem
vivenciadas numa forma densa, aprisionadora e fortemente limitante. O nosso
amado Bodisattva, o Senhor Maitreya, o Cristo, que nos deu o exemplo,
expressou muito bem essa vida mais plena, quando disse, através do Mestre
Jesus: “ Abandonai as falsas riquezas terrenas, que a traça e a ferrugem corroem
e buscai a vida mais plena e os tesouros do Reino de meu Pai.” Ele é de fato o
caminho e ninguém vai ao Pai se não por Ele, porque Ele é o Iniciador nas
primeira e segunda Iniciações e só na terceira Iniciação é que estaremos diante
do Pai, Sanat Kumara, o Benditor Senhor do Mundo, a encarnação do Logos
Planetário.
Por hoje vamos encerrar nosso estudo. Voltaremos em 11/09/2003, com o tema
O Kundalini e a Coluna Vertebral, da página 133 à 134 do Tratado sobre Fuego
Cósmico.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da
Razão Pura.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 4-SET-2003
[030]
O Kundalini e a Coluna Vertebral - Introdução (Páginas 133 e 134 do Tratado
sobre Fuego Cósmico)
Como a manipulação de kundalini em suas três modalidades é de alta
periculosidade para aqueles não preparados e não possuidores do devido
conhecimento, nossa passagem sobre esse assunto será breve.
Inicialmente devemos ressaltar que se trata da coluna vertebral etérica e não da
estrutura óssea, comumente conhecida como espinha dorsal ou coluna vertebral.
Também lembramos que, quando se fala de coluna vertebral etérica, temos de
separar a estrutura etérica que envolve e interpenetra a estrutura óssea e os três
nadis, sushuma, ida e pingala, que serpenteiam pela coluna etérica.
Esses três canais principais passam pelo centro das vértebras e são na realidade
condutores.
A contraparte etérica da estrutura óssea atua nessa e seu conhecimento é de
grande utilidade na solução de problemas da coluna vertebral física, tão em voga
atualmente. Todavia o nosso estudo não versará sobre esse assunto, mas sobre
os canais pelos quais circula o fogo tríplice da matéria. É óbvio que o fogo, ao
subir pelos canais, em virtude do campo de força que desenvolve em torno, atua
na contraparte etérica e pode ser utilizado para resolver problemas da coluna
física, mas para tal é necessário saber manipular esse campo de força, mas,
como já disse, isso não é assunto para o momento.
Por conseguinte trataremos estritamente de:
• o canal etérico,
• o fogo tríplice que sobe por ele,
• a fusão ou conjunção deste fogo tríplice no ponto situado entre as
omoplatas,
• a subida conjunta para a cabeça,
• sua fusão oportuna com o fogo de manas, que eletrifica os três centros
localizados na cabeça.
Com referência ao fogo de manas, lembramos que ele também é tríplice e é
ativado pelo fogo solar da Alma, como também é estimulado pelo contato com o
fogo da matéria, quando isso se dá em seu devido momento, dependendo
unicamente do esforço e empenho de cada um em acelerar seu processo
evolutivo. É muito importante não esquecer que as condições reinantes hoje em
dia não são as mesmas do passado. Para o processo iniciático que ocorre no
atual estágio da humanidade, em virtude do tremendo avanço da ciência e do
aperfeiçoamento dos meios de comunicação e divulgação, como a internet, as
exigências foram acrescidas.
É por isso que o Mestre Tibetano enfatiza a necessidade da polarização mental,
com a saída da puramente devocional, que na maioria das pessoas é puramente
astral. Nunca esquecer que o objetivo da quinta raça-raiz, a atual, é desenvolver
a mente ou manas.
Cabe ainda lembrar que o fogo de manas nada mais é que o fogo da matéria
mental.
Na antiga Índia os ascetas em busca da iluminação recolhiam-se em grutas ou
matas, isolando-se assim da humanidade. O grande Senhor Buda demonstrou
com a sua vida que não era assim que se conseguia a iluminação, mas no meio
da humanidade e com ela convivendo e repartindo os conhecimentos adquiridos
e as experiências vividas, para dar sua contribuição no sentido de acelerar a
evolução dos outros, para que a meta da nossa cadeia seja atingida, que pelos
menos 2/3 da humanidade recebam a quinta Iniciação planetária.
Como o Mestre dará a continuação (O kundalini e os três triângulos) informações
que, entre outras coisas, envolvem o centro alta maior, necessário se faz
tecermos alguns comentários sobre esse centro ou chacra.
Esse chacra está localizado na parte posterior da cabeça, um pouco acima da
nuca. Ele foi desativado pela Hierarquia na raça atlantiana, em virtude do mau
uso da clarividência astral.
Os atlantianos possuíam a clarividência astral de nascença. Eles não sabiam
usar a mente analítica como a quinta raça-raiz o faz, pois sua meta era
desenvolver a parte emocional, para consolidar o corpo astral. Todavia, por terem
a clarividência astral, viam os seres da natureza efetuarem suas ações ao
produzirem os fenômenos naturais.
Também viam as pessoas continuarem vivas após a morte física e livres das
dores do corpo físico, bem como podiam se comunicar com elas.
Em conseqüência disso, incorreram em dois erros graves. Passaram a cometer o
suicídio ante qualquer dor, pois sabiam que, mortos, iriam continuar vivos em
outro tipo de matéria e livres da dor.
O outro erro foi mais grave. Por poderem observar os seres da natureza em seu
trabalho normal, aprenderam por imitação a atuar também e a produzir
fenômenos para se livrarem de inimigos, o que os levou à magia negra. Sabiam
manipular o fogo por fricção elétrico proveniente do sol através de cristais e o
utilizavam para matar seus inimigos. A situação tornou-se tão grave, a ponto de
comprometer o Plano Divino, que a Hierarquia não teve outro jeito que não
desativar o chacra alta maior ou carótido, desligando-o dos três canais principais
que envolvem a coluna vertebral etérica. Com isso eles perderam a clarividência
astral. O afundamento da Atlântida também foi uma conseqüência desse desvio
do Plano Divino.
A religação desse chacra aos canais principais é tarefa do homem da quinta
raça-raiz. Quando o homem se intelectualiza, inconscientemente ele começa a
fazer essa religação. Por intelectualizar queremos dizer usar a mente analítica.
Com a aquisição de mais conhecimentos, a prática da meditação ocultista e a
purificação e o domínio dos veículos, esse chacra liga-se definitivamente aos
canais principais, o que é acelerado pela fusão dos fogos no chacra entre as
omoplatas, pois o salto se dá daí para o alta maior.
O chacra alta maior ou carótido tem relação com o bulbo raquidiano e com o
plexo carotídeo. Constitui o chamado triângulo da cabeça, juntamente com os
chacras coronário (ligado à glândula pineal) e frontal (ligado à glândula hipófise
ou pituitária). O chacra frontal é o regente da personalidade e o coronário é o
principal mecanismo pelo qual a Alma exerce seu domínio sobre o corpo físico.
Por isso há uma íntima ligação entre o coronário e o frontal. Quando o alta maior
está construído, o fogo tríplice unificado no chacra entre as omoplatas passa para
ele e aí inicia-se a triangulação desse fogo tríplice em fusão com o fogo solar da
Alma e o de manas, triangulação essa entre o alta maior, coronário e frontal. Com
isso os sete chacras da cabeça e seus correspondentes centros no cérebro são
despertados e iniciam um processo de dinamização, que prossegue num ritmo
cada vez mais acelerado, dependendo muito do mecanismo disponível pelo
discípulo.
Para esclarecer a relação do chacra alta maior ou carótido com a clarividência,
apresentamos um esquema do livro Neuro anatomia funcional, de Ângelo
Machado, da editora Atheneu, página 144.
Observem que o plexo carotídeo interno e o nervo carotídeo interno estão na
área de atuação do chacra carótido (região da nuca), pertencem ao sistema
simpático e se conectam (linhas vermelhas tracejadas no esquema) ao globo
ocular. Não vamos entrar em detalhes funcionais do processo, porque não cabem
neste estudo, que visa demonstrar a íntima relação entre o esoterismo e a neuro
anatomia.
O esquema está ampliado para que vejam com detalhes essa importantíssima
relação.
Por hoje encerramos nosso estudo, para voltarmos em 2/10/2003, com o tema O
Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice
Objetivo, A Tríplice Função e A Tríplice Atividade, da página 139 à 143 do
Tratado sobre Fuego Cósmico. Como vêm, a palavra Movimento deve ser
tomada ao pé da letra, pois trata-se realmente de movimento, como ensina o
Mestre Tibetano, uma vez que todo o mundo fenomênico, quer o físico, quer o
emocional (astral), resulta do movimento de partículas, tudo como conseqüência
da lei que impera no plano Adi, a Lei da Vibração, e vibração é movimento de
partículas e, em conseqüência desse movimento de partículas, tudo o que é
composto de partículas se movimenta. Então, conhecendo-se as leis básicas que
regem os movimentos das partículas, poderemos conhecer os movimentos de
tudo o que é constituído por elas, incluindo nossos veículos, nossas sensações e
nossas emoções e assim saber controlá-los.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[033]
O Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice
Objetivo, A Tríplice Função e A Tríplice Atividade. (Da página 139 à 142 do
Tratado sobre Fuego Cósmico)
Hoje entraremos na seção E da Primeira Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico.
Esta é a penúltima seção da Primeira Parte deste valiosíssimo livro científico, que
esclarece dentro de uma perfeita lógica não só o universo visível como o invisível
aos nossos olhos físicos e aparelhos científicos, universo invisível esse que a
ciência atualmente denomina de matéria e energia escuras, constituindo
aproximadamente 95% do total calculado para haver coerência entre as
velocidades dos corpos celestes e as leis de Newton que regem a dinâmica celeste.
Nessa primeira parte o Mestre Tibetano explica os fogos internos, que alimentam
a matéria física, astral e mental. Na segunda parte Ele analisará o Fogo da Mente
ou Manas e o Fogo Solar, descendo a detalhes científicos de uma importância tão
grande, que a maioria da humanidade nem pode imaginar. Brevemente
chegaremos lá.
Iniciando o Mestre adverte e enfatiza que o movimento que vai considerar é
produzido pelo fogo latente da própria matéria.
Este movimento é a característica principal e a qualidade básica do Raio
Primordial de Inteligência Ativa, ou seja, a faculdade de maior realce do Terceiro
Aspecto do Logos Solar, chamado Terceiro Logos (Brahma na linguagem oriental),
considerado como Criador.
Essa faculdade é o produto de um sistema solar anterior. Vamos relembrar um
pouco o passado do nosso Logos Solar. Um sistema solar é a encarnação física
cósmica de um Logos Solar. Esse sistema compõem-se de sete estruturas, que se
interpenetram, na realidade na forma de esferas, como veremos em continuidade
aos nossos estudos. Essas esferas ou estruturas são: os planos
adi,monádico,átmico, búdico, mental, astral e físico, que em conjunto constituem
o físico cósmico.
No sistema anterior o nosso Logos Solar empenhou-se em desenvolver ao máximo
a faculdade Inteligência Ativa, que é a atividade da matéria. Esse objetivo Ele
conseguiu. Agora, no atual sistema, Ele se propôs desenvolver ao máximo a
faculdade Amor-Sabedoria-Razão Pura, servindo-se da Inteligência Ativa como
ferramenta, ou seja, Ele quer expressar na maior perfeição possível o Amor-
Sabedoria-Razão Pura através da matéria que Ele aperfeiçoou no outro sistema. É
como o artista que quer colocar na sua criação toda a beleza que consegue criar em
seu interior, quer seja um pintor, um escultor, um compositor, um poeta ou
qualquer pessoa que busca a perfeição em algum campo e quer exteriorizar essa
perfeição.
Os três Aspectos do Logos estão em manifestação simultânea e personificados nos
três Logos que aparecem no plano Adi (Mar de Fogo), no V diagrama da página
296, Evolução de um Logos Solar, do Tratado sobre Fogo Cósmico.
Para um melhor entendimento desses três Logos que personificam os três
aspectos do Logos Solar no plano adi, façamos uma analogia com o homem.
Quando o homem pensa, ele utiliza seus neurônios e os neuro transmissores. Ora,
o que acontece nos neurônios, troca de íons transportando carga elétrica, é o
movimento e a atividade de pequenas vidas, que adquirem experiência através
dessa atividade, o mesmo acontecendo com os neuro transmissores, que saem das
vesículas sinápticas para o outro neurônio, para ocorrer a devida comunicação
entre eles. Portanto o pensamento do homem é executado por essas microscópicas
vidas, para as quais o homem é o Deus ou o Logos. Com isso o Jiva encarnado
aprende, desenvolve qualidades e ajuda outras vidas a evoluírem.
Da mesma forma, quando o Logos Solar pensa, são os três Logos no plano adi que
executam o pensamento do Logos em seu corpo físico cósmico, fazendo um
trabalho semelhante ao dos neurônios e neuro transmissores. É óbvio que a
diferença dessa atividade é incomensurável, havendo apenas uma semelhança de
função.
Cada Logos personifica e põe em atividade os três aspectos do Logos Solar, porém
cada um vivencia em muito maior intensidade um determinado aspecto. No atual
sistema solar o Logos que expressa a Inteligência Ativa é o mais desenvolvido, em
virtude de ter sido o mais utilizado no sistema solar anterior. Mas Ele trabalha em
perfeita harmonia com seu irmão, o Logos do Amor-Sabedoria-Razão Pura,
porque o Logos Solar, atualmente, pensa intensamente em Amor-Sabedoria-
Razão Pura.
De modo análogo, cada Jiva encarnado, o homem, tem sempre uma determinada
qualidade que o caracteriza em relação aos demais Jivas, embora apresente outras
qualidades. Essa questão de qualidades do Jiva encarnado está muito bem
expressa nos 12 trabalhos de Hércules.
Uma vez bem esclarecida essa questão, vamos para os movimentos resultantes da
ação dos três Logos, considerando a tríplice meta, a tríplice função e a tríplice
atividade.
O Terceiro Logos, Inteligência Ativa - Atua por movimento rotatório ou rotação
compassada da matéria do sistema; primeiro põe em movimento todo o material
circunscrito dentro do “círculo não se passa” solar; segundo diferencia-o de acordo
com os sete graus vibratórios ou ritmos dos sete planos.
Isto é levado a cabo em cada plano, gerando os sete sub-planos, havendo portanto
para cada plano a totalidade do plano e as sete diferenciações, os sete sub-planos.
Esta diferenciação da matéria é conseqüência da rotação e está controlada pela Lei
de Economia. Havendo diferenças na velocidade de rotação e na freqüência de
oscilação, é lógico que haverá aproximação entre as partículas de mesma
velocidade de rotação e mesma freqüência oscilatória, dando origem aos planos e
sub-planos.
A Lei de Economia é o fator controlador da Vida do Terceiro Logos em toda a sua
atividade.
Em conseqüência temos:
• Sua meta consiste em lograr uma perfeita sintonização entre Espírito e
matéria, melhor dizendo, que a matéria consiga expressar o melhor
possível as qualidades do Espírito.
• Sua função consiste em manipular prakriti ou a matéria, a fim de capacitá-
la para atender às demandas e necessidades do Espírito.
• Seu modo de atuar é pela rotação, melhor dizendo, pela rotação da matéria
aumenta a atividade dela e portanto torna-a mais maleável.
Esses três conceitos estão regidos pela Lei de Economia, Lei de Adaptação em
tempo e espaço ou linha de menor resistência. Esta linha de menor resistência é a
que busca e segue o aspecto material da existência.
Incidentalmente o Terceiro Logos expressa Vontade, mas é vontade de Amar, de
adquirir Sabedoria e desenvolver a Razão Pura, que no atual sistema é a linha de
menor resistência. Todavia sua principal característica é a adaptabilidade, melhor
dizendo, adaptar a matéria para expressar Amor-Sabedoria-Razão Pura.
O Segundo Logos, Amor-Sabedoria-Razão Pura - O Segundo Logos, Vishnu, o
Raio Divino de Sabedoria, o grande princípio Budi, cuida de se unir com o
princípio Inteligência Ativa e está caracterizado pelo Amor.
Seu movimento é cíclico-espiral. Aproveitando o movimento de rotação dos
átomos, acrescenta a eles seu próprio movimento, movimento periódico em
espiral e circulando em órbita ou caminho esferoidal (que gira ao redor de um foco
central, subindo sempre em espiral) obtém dois resultados:
• agrupa os átomos em forma.
• Mediante estas formas estabelece o contato necessário e desenvolve plena
consciência nos cinco planos de desenvolvimento humano, sutilizando e
refinando gradualmente as formas, à medida em que o Espírito de Amor ou
Chama Divina ascenda, sempre em espiral, na direção da sua meta - meta
que é também a fonte de onde procede, ou seja, a Mônada Solar. Esses
cinco planos de desenvolvimento humano são os planos físico, astral,
mental, búdico e átmico, constituindo a meta a ser alcançada. Todavia nada
impede que aqueles que querem ir depressa ultrapassem essa meta,
passando a dominar planos superiores, como o monádico, o adi e até
entrando nos sub-planos do plano astral cósmico e mais além, dependendo
apenas da vontade de cada um, melhor dizendo, da verdadeira vontade, no
sentido de sacrifício, que significa tornar sagrado, pois a palavra sacrifício
provém do latim: sacer (sacra, sacrum), sagrado, e facio, torno, portanto
torno sagrado, este o verdadeiro significado da vontade.
Estas formas constituem a soma total de todas as esferas ou átomos dentro do
sistema solar, o “círculo não se passa” solar, as quais, em suas sete diferenciações
maiores, constituem as esferas dos sete Espíritos ou os sete Logos Planetários, ou
seja, os corpos físicos cósmicos do Logos Solar, dos Logos Planetários sagrados e
não sagrados, como também de outras Entidades Cósmicas com outras funções
dentro do corpo do Logos Solar.
Todas as esferas menores, partindo das maiores e em ordem descendente,
abarcam todos os graus da manifestação, descendo até a essência elemental do
arco involutivo. Devemos recordar que no Caminho de Involução percebe-se
principalmente a atividade de Brahma, Inteligência Ativa, buscando a linha de
menor resistência.
No Caminho de Evolução sente-se a atividade do Segundo Logos, a qual começa
num ponto do tempo e do espaço que oculta o mistério da segunda cadeia, porém
tem seu ponto acelerado de vibração (unificação dos dois tipos de manifestação -
rotatório-espiral-cíclico) na parte média do que chamamos a terceira cadeia. Isto
é, depois de tudo, a fusão da atividade de Brahma com o avanço progressivo de
Vishnu. Temos sua analogia nos efeitos produzidos nas segunda e terceira raças-
raiz.
Esclareçamos essa última analogia. A segunda raça-raiz, a hiperbórea, era etérica,
quando começou fisicamente o movimento de rotação em termos de corpos
humanos, mas não havia auto-consciência. Na terceira raça-raiz, a lemuriana, os
corpos humanos eram densos, consolidando-se o movimento giratório e
iniciando-se o movimento cíclico-espiral, no sentido de aquisição da auto-
consciência, na direção do Ego, expressão da Mônada no plano causal. Somente
na terceira sub-raça lemuriana é que foi possível ocorrer a sintonia dos dois
movimentos, quando, pela ação do Anjo Solar no plano causal e a influência dos
Senhores da Chama, de Vênus, no plano físico, a chispa da mente foi implantada
no homem, surgindo a auto-consciência. Essa sintonia dos dois movimentos ainda
está ocorrendo, em busca da perfeição, pois a consciência deve se expandir cada
vez mais.
A atividade do Segundo Logos se desenvolve sob a Lei Cósmica de Atração. A Lei
de Economia tem uma lei subsidiária de amplo desenvolvimento, chamada Lei de
Repulsão. As Leis Cósmicas de Atração e de Economia são, por conseguinte, a
razão de ser (desde certo ponto de vista) da eterna repulsão produzida pelo
Espírito ao procurar constantemente liberar-se da forma. O aspecto matéria segue
sempre a linha de menor resistência e rechaça toda tendência ao agrupamento,
enquanto que o Espírito regido pela Lei de Atração busca sempre separar-se da
matéria pelo método de atrair um tipo mais adequado de matéria no processo de
distinguir o real do irreal e de passar de uma ilusão a outra, até utilizar
plenamente todos os recursos da matéria, assim aprendendo, desenvolvendo
qualidades, dominando todos os tipos de matéria e fazendo com que ela também
evolua.
Com o tempo o Morador da forma, a Mônada, sente a urgência ou a força atraente
de seu próprio Ser. O Jiva reencarnante, por exemplo, perdido num labirinto de
ilusões, começa com o tempo a reconhecer, sob a Lei de Atração, a vibração de seu
próprio Ego, ou seja, a consciência do Ego (expressão da Mônada) atuando através
do cérebro físico identifica sua própria vibração, vibração essa que significa para o
Jiva o que o Logos é para seu próprio sistema, sua divindade nos três mundos de
experiência.
Mais tarde, quando o corpo egoico e o Loto Egoico são considerados ilusões, é
percebida a vibração da Mônada, ou seja, a consciência da Mônada expressando-
se pela Tríade Superior identifica sua própria vibração e o Jiva, atuando sob a
mesma lei, abre seu caminho de regresso através da matéria que compõe os dois
planos da evolução super-humana (os planos monádico e adi), até fundir-se com
sua própria essência. A palavra Jiva significa prisioneiro. Quando a Mônada se
expressa pela Tríade Superior, Ela está aprisionada nessa Tríade, que é matéria,
sutilizada mas matéria. À medida em que a Mônada vai melhorando o
desempenho da Tríade Superior, o que significa adequação e aperfeiçoando a
exteriorização de suas qualidades, cada vez mais se aproxima da fusão ou sintonia
exata, o que é fundir-se com sua própria essência. Uma vez essa fusão conseguida,
é iniciada de imediato uma nova espiral, mais elevada e de maior raio, em torno
da Mônada Solar, da qual todos somos centelhas, caracterizando assim o
movimento cíclico-espiral do Segundo Logos.
Resumindo:
• A meta do Segundo Logos é obter consciência em colaboração com o
Terceiro Logos.
• Sua função é a construção de formas ou veículos, que lhe servem de
instrumento de experiência.
• Seu modo de atuar é cíclico e em espiral e se encontra nas revoluções da
roda da existência em ciclos ordenados para um propósito específico e na
progressão das esferas de matéria ao redor de um centro fixo, dentro da
periferia solar. Isto observamos no movimento de translação dos planetas
em torno do sol, juntamente com o de rotação dos planetas em torno do
próprio eixo. Por sua vez o próprio sol, com todo seu sistema, executa uma
órbita em torno do centro da galáxia, com duração aproximada de 200
milhões de anos terrestres. Como a nossa galáxia se desloca na direção de
um ponto situado na direção da constelação de Lira, temos então um
movimento progressivo, formando o movimento cíclico-espiral do sistema
solar. O planeta terra tem ainda outros movimentos secundários, de
bastante importância para nós, como o de orientação do eixo norte-sul na
direção de sete estrelas boreais, que são: Polaris (alfa de Ursa Menor), alfa
de Cefeu, alfa de Cisne (Deneb), alfa de Lira (Vega), alfa de Hércules e alfa e
beta de Dragão, trazendo eras para a nossa humanidade. No momento a
orientação está sendo feita para Polaris, já bem próxima do alinhamento
exato, quando ocorrerão eventos importantes para a humanidade.
Estes três conceitos estão regidos pela Lei de Atração, lei que rege a interação ou a
ação e a reação entre:
• o Sol e seus seis irmãos,
• os sete planos do sistema solar, que giram vertiginosamente, conforme
veremos mais adiante,
• tudo o que existe na matéria de todas as formas, as próprias esferas de
matéria e o conjunto dessas esferas incorporadas nas formas de outras
esferas maiores.
Aqui vamos encerrar o nosso estudo de hoje, esperando que todos meditem
profundamente sobre essas informações e tirem conclusões aplicáveis em si
mesmos e no mundo fenomênico, para assim acelerar a evolução e melhor
aproveitar a atual fase planetária, muito propícia para o processo iniciático para
aqueles que souberem como fazê-lo.
Voltaremos em 9/10/2003, continuando com esse estudo, quando trataremos do
modo de atuar do Primeiro Logos, Shiva na linguagem oriental, o Aspecto
Vontade.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[034]
O Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice
Objetivo - A Tríplice Função - A Tríplice Atividade (Continuação) (Da página 142 à
145 do Tratado sobre Fuego Cósmico)
O Primeiro Logos - O Primeiro Logos é o Raio da Vontade Cósmica, que se
manifesta no plano mental cósmico e daí tem seu propósito executado pela
Entidade Cósmica chamada Primeiro Logos no plano Adi, abrangendo as matérias
dos planos abaixo dele, até atingir as do campo inferior de evolução: mental, astral
e físico.
Seu modo de atuar consiste literalmente em impulsionar para adiante o “círculo
não se passa” solar através do espaço.
É muito oportuno que fique bem claro nas mentes de todos que o sistema solar
não é apenas esse conjunto de planetas visíveis em órbita em torno do sol. As
informações que vou passar são muito importantes e a época em que elas devem
ser divulgadas é chegada.
Embora os cientistas pensem que os planetas originaram-se do sol, esse e os
planetas são irmãos, filhos de uma Estrela binária, que com o nosso sol e mais
uma outra estrela forma um sistema quaternário.
Essa Estrela binária está mais próxima de nós do que imaginam. Ela é que é
realmente o centro do nosso sistema solar. Helena Petrovna Blavatsky, essa
Iniciada da Terceira Iniciação, deixou indícios dessa situação.
Nosso Logos Solar é muito mais grandioso do que possam imaginar. Aqueles que
tiverem suficiente intuição e já estiverem preparados poderão descobrir que
Estrela é essa, ao lerem o que o Mestre Tibetano diz na página 976 do Tratado
sobre Fogo Cósmico, ao descrever o II caminho, o do Trabalho Magnético e
confrontarem com a Estância XVII, na página 991 do mesmo livro.
Após essa digressão, voltemos ao tema em pauta. O Mestre afirma que no atual
sistema solar não podemos conceber o que realmente é o Primeiro Aspecto,
Vontade ou Sacrifício ou Poder.
Conhecemo-lo agora como vontade de existir, manifestando-se por meio da
matéria de que estão compostas as formas (o Raio Primordial do Raio Divino) e
também como aquilo que, de forma desconhecida, vincula o sistema com seu
centro cósmico.
De maneira inconcebível para nós, o Primeiro Logos traz a influência de outras
constelações.
Quando se entender melhor este Primeiro Aspecto, no próximo mahavantara (o
próximo sistema solar), compreender-se-á também o trabalho dos sete Rishis da
Ursa Maior e a suprema influência da estrela Sírius.
Na presente manifestação do Filho ou aspecto Vishnu (o atual sistema solar), nos
afetam mais intimamente as Plêiades e a influência que exercem através do Sol e,
sobre a Terra, por meio de Vênus.
O tema do Primeiro Logos, o qual se manifesta unicamente quando está se
relacionando com os outros dois Logos do sistema, é um profundo mistério, que
ainda não foi compreendido plenamente nem sequer por aqueles que já receberam
a sétima Iniciação.
O Primeiro Logos personifica a “vontade de viver”. Por sua mediação os
Manasaputras (as Mônadas humanas e dévicas) vieram à existência objetiva,
constituindo as hierarquias humana e dévica.
No atual sistema a fusão do Raio Divino de Sabedoria (Amor-Sabedoria-Razão
Pura e fogo solar na atuação na matéria) com o Raio Primordial da matéria
inteligente (fogo por fricção na atuação na matéria) forma a grande evolução dual.
Por detrás de ambas Entidades Cósmicas existe outra Entidade que personifica a
Vontade e utiliza as formas - unicamente as formas dos grandes Devas
Construtores e das hierarquias humanas em tempo e espaço.
Ela é o princípio animante, o aspecto vontade de viver das sete Hierarquias
Criadoras.
Não obstante, como disse H. P. Blavatsky, essas sete Hierarquias constituem o
sétuplo raio de Sabedoria, o dragão em suas sete formas, sendo isto um profundo
mistério. Cada Hierarquia Criadora tem a sua função, mas todas estão sob o
propósito do Logos Solar de desenvolver o Amor-Sabedoria-Razão Pura, portanto
são sete funções ou modalidades de ação diferentes, constituindo sete sub-raios de
Sabedoria, o sétuplo raio de Sabedoria.
Somente uma pista pode achar o homem na atualidade, contemplando sua própria
natureza nos três mundos em que se manifesta.
Assim como nosso Logos Solar procura objetivar-se por meio do seu sistema solar
de forma tríplice - o sistema atual é a segunda forma - o homem procura objetivar-
se por meio dos seus três corpos: físico, astral e mental.
Atualmente o homem encontra-se polarizado em seu corpo astral, que é seu
segundo aspecto, da mesma forma que o Logos indiferenciado está polarizado em
seu segundo aspecto.
Em tempo e espaço, tal como o concebemos agora, a quase totalidade dos Jivas
está regida pelo sentimento, a emoção e o desejo, não pela vontade, somente
alguns que já passaram pelo portal da segunda Iniciação já estão se polarizando
pela vontade. Sem embargo, o aspecto vontade rege ao mesmo tempo a
manifestação, pois o Ego, fonte da personalidade, manifesta a vontade de amar.
A Mônada é vontade (fogo elétrico), sendo que no atual sistema Ela quer
desenvolver o Amor-Sabedoria-Razão Pura, portanto o Ego, expressão da Mônada
no plano causal, manifesta a vontade de amar, que se expressa no corpo astral
como desejo.
A raiz da dificuldade está na incapacidade da mente finita do homem para
compreender o significado desta tríplice manifestação; porém refletindo
profundamente sobre a personalidade e sua relação com o Ego que, embora sendo
o aspecto Amor, no que respeita à manifestação nos três mundos inferiores,
também é o aspecto Vontade, lançar-se-á um pouco de luz sobre os mesmos
problemas elevados à Divindade ou amplificados desde a esfera microscópica até a
macroscópica.
O aspecto Mahadeva (Vontade, Primeiro Logos), que personifica a Vontade
Cósmica, está controlado pela Lei de Síntese, que rege unicamente a tendência
para a unificação. Porém neste caso não é a unificação da matéria com o Espírito,
mas a unificação dos sete nos três e dos três no um.
Isto significa que a Entidade, quer o Jiva quer o Logos tem de aprender a
expressar as sete modalidades de ser (os sete raios) simultaneamente, em perfeita
harmonia e no mais alto grau.
Estas três modalidades de manifestação são primordialmente o Espírito, a
qualidade e o princípio e não especialmente a matéria que, embora inspirada pelo
Espírito, adota qualquer forma.
A Lei de Síntese tem relação direta com Aquele que é superior ao nosso Logos
Solar, sendo a Lei controladora que Ele aplica ao Logos do nosso sistema.
Esta relação espiritual busca a abstração ou síntese dos elementos espirituais (as
Mônadas), cujo resultado será o retorno consciente (a finalidade de tudo está
enraizada na palavra consciente) a seu ponto cósmico de síntese ou a unificação
com sua fonte de origem.
Esta fonte, como já vimos anteriormente, é AQUELE SOBRE QUEM NADA SE
PODE DIZER.
Este raciocínio do Mestre é lógico e óbvio. O Logos Cósmico se manifesta através
de sete Logos Solares Sagrados, dos quais o nosso é um. Cada Logos Solar é a
expressão de um raio emanado do Logos Cósmico. No final da encarnação, o
Logos Cósmico recolhe em si mesmo os frutos colhidos pelos sete Logos Solares,
sintetizando-os em um. Isto implica no retorno dos sete Logos Solares à sua fonte,
o Logos Cósmico.
Porém esse retorno e abstração não significa perda de identidade. Como cessou a
objetividade (a dualidade eu-não eu), cessa também a consciência, que é o
resultado do relacionamento eu-não eu. Todavia um novo estado de ser é adotado,
que podemos chamar identificação, sendo conservadas as qualidades e os poderes
adquiridos, mesmo sem objetividade, não existindo portanto aniquilação, o que
seria ilógico.
Resumindo, podemos dizer em relação ao Primeiro Logos:
• sua meta é sintetizar os Espíritos (as Mônadas), que estão adquirindo
consciência por meio da manifestação ou objetividade e qualidades e
poderes mediante a experiência na matéria;
• sua função é reter os Espíritos na manifestação por meio da vontade,
durante o período desejado e logo abstraí-los e fundi-los novamente com
sua fonte espiritual de origem. Fundir não significa perder a identidade.
Esse processo de abstração e unificação é análogo ao que ocorre na
Química, quando se estuda o fenômeno da solução, que pode ser
homogênea ou heterogênea, conforme as fases. No petróleo existem várias
substâncias diferentes, com diferentes qualidades e propriedades, todas
juntas e unidas. Para se ter uma compreensão mais clara do que ocorre com
as Mônadas ou Espíritos humanos e Dévicos no pralaya ou abstração,
quando o sistema solar, na desintegração, chega à totalidade das matérias
dos sete planos, do físico ao adi, passando a consciência do Logos Solar a
viver no plano astral cósmico, assim como o homem, ao morrer
fisicamente, passa a viver no plano astral do sistema, a melhor analogia é
um oceano.
Imaginemos o oceano Atlântico. Ele é constituído de água, na qual encontram-se
dissolvidas várias substâncias como cloreto de sódio, cálcio, manganês e potássio,
prevalecendo cloreto de sódio. Vamos acompanhar a trajetória de uma molécula
de água, quando, pela ação do calor (fogo por fricção), adquire maior velocidade
de rotação e se libera do oceano, subindo para a atmosfera. A água (H²O) é a
união de dois elementos que, coesos pela ação do fogo por fricção no seu aspecto
fogo elétrico, passam a evoluir unidos. Essa molécula, ao atingir a atmosfera, fica
exposta a diversas situações e forças. Citemos apenas algumas para não nos
alongarmos em demasia, pois eu poderia escrever um livro contando as
experiências dessa molécula de água nesse grande ciclo até seu retorno ao oceano.
O deslocamento em decorrência da variação de temperatura e pressão, as forças
ascendentes e descendentes quando é colocada em uma nuvem Cumulonimbus (a
nuvem de trovoada), a grande velocidade de rotação ao fazer parte de um furacão
ou tornado, sua agregação em torno da chamada partícula higroscópica, para
transformá-la em gota d'água na nuvem, as forças elétricas que nela atuam na
descarga do raio. Todas essas situações atuam nessa molécula d'água, que sente
esses impactos, responde a eles, memoriza e melhora sua capacidade de reação.
Ao se encaminhar para o continente, levada pelas correntes aéreas e pelas frentes
(frias ou quentes), precipita-se na forma de chuva, caindo ao solo, podendo
abastecer um manancial de água potável e indo parar no organismo de um ser
humano, no qual vive novas experiências, até ser eliminada na forma de suor ou
urina. Pode em seguida cair em um rio, retornando ao mesmo oceano de onde
partiu, o Atlântico. Quando nele chega, essa molécula d'água volta a constituir a
massa do oceano e funde-se com ela. Todavia ela não é a mesma de quando partiu,
pois adquiriu novas qualidades e poderes, decorrentes das experiências pelas
quais passou ao longo de todo seu ciclo fora do oceano. Embora dentro da massa
do oceano, ela conserva sua identidade. Quando ela iniciar um novo ciclo, fá-lo-á a
partir de uma situação mais elevada.
De forma análoga, quando as Mônadas retornam ao seio da Mônada Solar, que é o
seu oceano, analogicamente falando, após o grande ciclo solar de experiências,
elas se fundem naquele oceano, todavia conservam todas suas qualidades e
poderes adquiridos, sua memória e sua individualidade e mesmo sem o não-eu,
pois não há objetividade, elas tem um modo de ser muito acima do que nos
chamamos consciência, que, conforme já disse, podemos chamar identificação.
Quando o Logos iniciar um novo mahavantara (um novo sistema solar, um novo
grande ciclo), as Mônadas começarão de um patamar muito mais elevado,
conforme veremos no decorrer de nossos estudos do Tratado sobre Fogo Cósmico.
Daí a necessidade de recordar que, fundamentalmente, o Primeiro Logos controla
as Entidades Cósmicas ou Seres que existem fora do sistema, melhor dizendo, que
atuam acima do plano físico cósmico (lembro aqui que atuar acima do plano físico
cósmico significa relacionar-se conscientemente com a matéria astral cósmica,
utilizando um veículo adequado, com seus mecanismos de captação de
informações, jnanaindryas, e de ação, carmaindryas, o mesmo acontecendo com a
matéria mental cósmica etc.); o Segundo Logos controla as Entidades Solares, ou
seja, as que atuam no plano físico cósmico; o Terceiro Logos controla as Entidades
Lunares e suas energias, em qualquer parte do sistema; por entidades lunares
queremos dizer aquelas que energizam a matéria através do fogo por fricção.
Esta regra não deve ser interpretada ao pé da letra, enquanto a mente humana
possua o atual calibre. O mistério está em compreender que tudo se leva a cabo
com a colaboração divina, cuja base se encontra fora do sistema. Daí também que
se chame o Primeiro Logos o destruidor, que visto de baixo para cima é abstração
ou retirada. Seu trabalho consiste em sintetizar o Espírito com o Espírito, em sua
eventual abstração ou retirada da matéria e em sua unificação com sua fonte
cósmica. Por isso Ele produz o Pralaya ou a desintegração da forma da qual Ele
extraiu o Espírito.
Essa visão tão lógica e nítida que o Mestre Tibetano nos proporciona com
referência ao tão temido pralaya, que nós chamamos morte, elimina de uma vez
por todas o terror que a imensa maioria da humanidade sente, quando pensa ou
ouve falar essa palavra.
Mesmo nos pequenos pralayas, como a morte física, aquele que ao longo de sua
vida física adquiriu e entendeu os verdadeiros conhecimentos esotéricos e os
colocou em prática, não fica em desespero, mas permanece inalterado, pois para
ele tanto faz atuar aprisionado num corpo físico, como livre dele. O que ele
realmente quer é se ver livre o mais rápido possível da prisão da matéria. Para
tanto ele se esforça em dominar todos os seus veículos, para prestar um melhor
serviço à Hierarquia. Aqui cabe lembrar que após a terceira Iniciação (a primeira
solar) o Iniciado recebe instruções de como construir o maiavirupa, que significa
corpo ilusório.
Foi por esse poder que Santo Antônio de Pádua, estando em Coimbra
pronunciando a homilia, apareceu numa cidade próxima, num tribunal, para
defender o pai, inocente, mas que seria condenado, se não fosse o testemunho do
Santo, sendo este feito chamado milagre da bilocação pela igreja católica
(bilocação quer dizer estar em dois lugares ao mesmo tempo). A explicação
científica para o fato é a seguinte: o Ego de Sto. Antônio deixou os corpos físico e
astral na igreja onde estava pronunciando a homilia, foi em corpo mental até o
tribunal, construiu corpos astral e físico ilusórios (maiavirupa) e fez a defesa do
pai, uma vez que ele tinha a capacidade de coordenar simultaneamente a
permanência dos corpos na igreja e a ação do maiavirupa no tribunal. Cabe aqui
lembrar que Santo Antônio de Pádua era natural de Lisboa, mas, a pedido de São
Francisco de Assis (cuja Mônada atualmente é o chamado Mestre Kutumi, Choan
do segundo Raio e futuro Bodisattwa, quando o Senhor Maitreya ou Cristo
assumir o cargo de Buda), foi para Pádua, na Itália, para ensinar os irmãos da
recém fundada ordem dos franciscanos, pois Santo António era muito inteligente.
Por hoje vamos encerrar o nosso estudo, para continuar em 16/10/2003, dentro
ainda desse tema, que é de muita importância e utilidade, uma vez que nos
proporciona uma visão racional da constituição, organização e direção dos nossos
mundos de evolução e, com essa visão, a eliminação do maia e da miragem.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[035]
O Movimento nos Planos Físico e Astral - Considerações Preliminares - O Tríplice
Objetivo - A Tríplice Função - A Tríplice Atividade (O Primeiro Logos - Final - Da
página 145 à 147 do Tratado sobre Fuego Cósmico)
Continuando nossas considerações preliminares sobre o movimento nos planos
físico e astral, vamos aplicar mais uma vez a analogia à ação do Primeiro Logos,
comparando-a com a ação do Ego, o microcosmos. O Ego (que é para o homem no
plano físico o que o Logos é para seu sistema) é analogicamente a vontade
animadora, o destruidor de formas, o produtor de pralaya e quem extrai de seu
tríplice corpo o homem espiritual interno, atraindo-o para si, ao centro de seu
pequeno sistema.
Vamos esclarecer essa expressão “extrai de seu tríplice corpo o homem espiritual
interno, atraindo-o para si, ao centro de seu pequeno sistema”. Primeiramente
lembremos que o Ego é um mecanismo construído com átomos mentais, pelo qual
a Mônada se manifesta no plano mental, relaciona-se com a matéria mental, nos
três sub-planos mais sutis e se serve de um outro mecanismo importantíssimo,
denominado Loto Egoico, que é análogo ao disco rígido de um computador em
termos de armazenar informações.
O Ego vive experiências no plano mental concreto por meio do corpo mental, o
mesmo fazendo no plano astral através do corpo astral e no plano físico pelo corpo
físico.
Quando encarnado, a consciência se manifesta pelo cérebro físico, embora
atuando simultaneamente nos corpos astral, mental e causal.
Após a morte física, a consciência é transferida para o corpo astral, quando então
o Ego vive simultaneamente experiências nos planos astral, mental e causal.
Após a morte astral, é feita a transferência da consciência para o corpo mental,
passando o Ego a viver simultaneamente experiências nos sub-planos inferiores e
superiores do plano mental.
Após a morte mental, a consciência passa para o plano causal, ou seja, o Ego passa
a viver exclusivamente em seu habitat natural. Nessa fase Ele inicia o processo de
consolidar em seu Loto Egoico as memórias das essências das experiências
vivenciadas na última encarnação, abrangendo os três planos inferiores,
transformando-as em qualidades, que irão brotar na próxima encarnação.
Conseqüentemente o chamado “homem espiritual interno” é o conjunto dessas
essências citadas, que serão armazenadas no Loto Egoico, sendo que na quarta
Iniciação todo o conteúdo do Loto é absorvido pela Tríade Superior, ocorrendo
então a desintegração do Loto, uma vez que não é mais necessário.
O Ego é extra-cósmico no que concerne ao ser humano no plano físico, o que é o
mesmo que dizer: o Ego atuando através do corpo físico (cérebro físico) interpreta
a si mesmo atuante no corpo causal como um ser extra-cósmico. Se essa
conceituação for bem entendida, ficará elucidado o verdadeiro problema cósmico
que envolve o Logos e os “Espíritos aprisionados”, como diz o cristão.
• Seu modo de atuar consiste em impelir para adiante; Sua é a Vontade que
está subjacente ao desenvolvimento evolutivo e é o que impulsiona o
Espírito através da matéria, até que com o tempo consegue surgir dela,
depois de ter realizado duas coisas:
Primeiro - Ter acrescentado qualidade à qualidade, em conseqüência, surge com a
faculdade adquirida, engendrada por essa experiência.
Segundo -Ter aumentado o grau de vibração da matéria por meio de sua própria
energia, de maneira que a matéria, no momento do pralaya e da obscuração, terá
duas características principais - atividade, resultado da Lei de Economia e
magnetismo dual, resultado da Lei de Atração.
Tais conceitos estão regidos pela Lei de Síntese, lei da coerente vontade de ser, que
persiste não só em tempo e espaço, como também durante um ciclo maior.
Estas observações preliminares têm por objeto apresentar uma síntese do
conjunto. As palavras limitam e obscurecem as idéias; textualmente velam e
ocultam o pensamento, tirando clareza ao expressar de forma confusa. A tarefa
que desempenham os Segundo e Terceiro Logos (objetivar o Espírito essencial) é
compreendida mais facilmente por meio de uma ampla descrição, que a tarefa
mais esotérica efetuada pelo Primeiro Logos, a vontade animadora.
Em termos de fogo, talvez possamos esclarecer outro ponto de vista.
O Terceiro Logos é fogo da matéria. Arde por fricção, adquire velocidade e acelera
a vibração ou freqüência devido à rotação das esferas, cuja interação produz
fricção.
O Segundo Logos é fogo solar, a fusão ou sintonia do fogo da matéria com o fogo
elétrico do Espírito, que em tempo e espaço produz esse fogo chamado solar. Em
outras palavras podemos dizer o seguinte: quando o Imanifestado (que não é nem
Espírito nem matéria) sai do seu estado original para ingressar na manifestação,
surgem os dois fogos, elétrico e da matéria e da relação (contato) entre os dois, é
gerado o fogo solar, o que leva a concluir que para a matéria evoluir, o que só é
possível pela incrementação do fogo da matéria, é necessário a atuação do fogo
solar. Resumindo temos: o fogo solar só existe para relacionar o fogo elétrico com
o fogo da matéria e o fogo da matéria só pode evoluir pela ação do fogo solar
animado pelo fogo elétrico, por outro lado, o fogo elétrico, atuando no fogo solar e
por meio deste no fogo da matéria, adquire experiência e também evolui. Assim é
no atual sistema solar, no próximo será diferente. Apenas podemos fazer uma
conjectura com base na informação do Mestre Tibetano de que a meta do atual
sistema solar é expressar Budi através de Manas, o que em termos de fogo
significa o fogo da matéria sintonizar-se perfeitamente com o fogo solar. Então o
próximo sistema solar começará com a matéria muitíssimo mais refinada e com
uma muito maior capacidade de vibrar, o que, obviamente, permitirá uma
aproximação muito mais íntima entre o fogo elétrico e o da matéria, reduzindo em
muito a necessidade do fogo solar.
Voltemos ao fogo do Segundo Logos. Constitui a qualidade da chama ou chama
essencial, produzida pela fusão. O fogo elétrico atuando por meio do fogo solar no
fogo da matéria, leva este a expressar a qualidade essencial do primeiro (um outro
significado de fusão), a resposta do fogo da matéria ao fogo solar é realimentada a
este, fazendo então com que ele se torne na qualidade da chama, que é o fogo
elétrico.
Podemos ver essa analogia no fogo irradiante da matéria e na emanação, por
exemplo, do Sol central, de um planeta ou de um ser humano, denominada
magnetismo (não é o magnetismo da física) neste último. A emanação ou vibração
característica do homem é o resultado da fusão do Espírito (a Mônada) com a
matéria e da relativa adaptação da matéria ou forma à vida interna (a qualidade da
Mônada). Em outras palavras, a Mônada, fogo elétrico, por meio do Ego, fogo
solar, impõe sua qualidade à forma, seus corpos inferiores, fogo da matéria.
O sistema solar objetivo ou Sol manifestado, é o resultado da fusão do Espírito
(fogo elétrico) com a matéria (fogo por fricção); as emanações do Filho (fogo
solar) dependem em tempo e espaço do grau de adequação da matéria e da forma
à vida interna.
O Primeiro Logos é fogo elétrico, fogo do Espírito puro. Todavia, na manifestação
é o Filho, porque ao unir-se com a matéria (a mãe), o Filho é criado por Aquele
que O conhece. Na linguagem comum, o Filho é a imagem do Pai. “Eu e meu Pai
somos Um” é a afirmação mais esotérica da Bíblia cristã, que não só se refere à
união do homem com sua fonte, a Mônada, por conduto do Ego, mas também à
união de toda vida com sua fonte, o aspecto Vontade, o Primeiro Logos.
Vamos agora procurar nos manter estritamente dentro do tema do fogo da
matéria e seu efeito ativo sobre as envolturas, das quais é o fator animador e sobre
os centros que estão primordialmente sob seu controle.
Conforme já foi dito e geralmente aceito, o efeito do calor na matéria produz a
atividade denominada giratória ou rotatória das esferas. Certos livros antigos,
alguns dos quais não são acessíveis no Ocidente, ensinam que toda a abóbada
celeste é uma vasta esfera que, ao girar lentamente, arrasta, qual imensa roda,
esse número sem fim de constelações e universos nela contidos.
Esta é uma afirmação impossível de ser comprovada pela mente finita do homem
em sua condição atual ou com os elementos e instrumentos científicos de que
dispõe, porém, da mesma forma que toda afirmação ocultista, traz em si a
semente da idéia, o germe da verdade e um indício para descobrir o mistério do
universo.
É suficiente dizer aqui que a rotação das esferas dentro da periferia solar é um fato
esotérico aceito e a ciência já tem provas de que o “circulo não se passa solar”,
nosso sistema solar, gira também entre as constelações no lugar designado, o giro
em torno do centro da galáxia, numa duração de 200 milhões de anos.
Recentemente foi formulada mais uma teoria sobre a forma do universo, a de um
dodecaedro, um sólido com 12 faces, finito, havendo reflexão de sistemas. Ainda
não temos o modelo matemático dessa teoria, todavia cremos que ainda é uma
visão de sob o véu de maia, a grande ilusão provocada pela grande limitação dos
sentidos e pela ausência de mais informações.
Porém não vamos tratar agora deste aspecto do tema, mas estudaremos a ação
giratória das esferas do sistema e seu conteúdo - as esferas menores que
pertencem a todos os graus - lembrando sempre que tratamos unicamente das
características inerentes à matéria mesma e não da matéria em colaboração com
seu oposto, o Espírito, cuja colaboração produz o movimento cíclico-espiral, ou
seja, não vamos estudar ainda o aspecto consciência, contudo poderemos usar a
mente analítica e efetuar deduções sobre os efeitos dos movimentos na
consciência, que é fogo solar. É isto que o Mestre Tibetano tanto recomenda, que
cruzemos suas informações, façamos analogias, usemos bastante a mente
discriminadora, tirando conclusões, abstraiamos a essência do conhecimento
(mente abstrata), utilizemos as informações da ciência humana e assim
consigamos a expansão de nossa consciência, melhor dizendo, alarguemos nosso
“círculo não se passa”.
A seguir apresentamos um desenho no qual expressamos a nossa concepção da
geração e atuação dos três Logos e dos três fogos, configurando a Santíssima
Trindade, com base nos ensinamentos do Mestre Tibetano:
Do Dois surge o Três - A Santíssima Trindade - Segundo Logus - Aquele que
relaciona o espírito com a matéria, o filho, o crucificado entre o espírito e a
matéria, a consciência, o Ego crucificado, porque ao mesmo tempo está em
contato com o espírito e é prisioneiro da matéria, a qual deve subjugar, para
se libertar da Cruz, após adquirir experiências na matéria, conhecê-la
profundamente, dominá-la, expressar-se através dela, adaptando-a às suas
qualidades e passar a essência dessas experiências e desses conhecimentos
para o espírito - só pode existir em presença do espírito e da matéria
Por hoje vamos encerrar nosso estudo, devendo voltar em 23/10/2003, quando
abordaremos o assunto Efeitos do Movimento de Rotação, da página 147 à 149,
item 3 exclusive, do Tratado sobre Fogo Cósmico.
Aproveitamos o ensejo para comunicar a todos que estamos preparando um livro
sobre todo o conteúdo até agora divulgado neste site, com referência ao Tratado
sobre Fogo Cósmico, abrangendo os assuntos desde Postulados de Introdução,
página 33 até Kundalini e a Coluna Vertebral, Seção D da Primeira Parte, página
133. É nosso propósito continuar escrevendo livros em continuação aos assuntos
aqui tratados. É oportuno lembrar na atual época as palavras do Mestre Tibetano:
“Los iniciados del mundo vendrán a la encarnación en esta época y leerán mis
palabras al final de este siglo, con gran comprensión.” - Página 494 de Los Rayos y
Las Iniciaciones. Tradução: Os iniciados do mundo virão à encarnação nesta
época e lerão minhas palavras no final deste século, com grande compreensão.
Ora, o livro foi escrito em meados do século passado, quando os citados iniciados
estavam nascendo e agora estamos no início de um novo século.
“En el próximo siglo, a principios del mesmo, vendrá un iniciado que impartirá su
ensenanza, haciéndolo bajo la misma “égida”, pues mi tarea no ha terminado
todavia y esta serie de tratados que vinculan el conocimiento materialista del
hombre con la ciencia de los iniciados, tiene aún otra faz que recorrer.” - Página
363 de Astrologia Esotérica. Tradução: No próximo século, no princípio do
mesmo, virá um iniciado que divulgará seus ensinamentos, fazendo-o sob a
mesma “égide”, pois minha tarefa ainda não terminou e esta série de tratados que
vinculam o conhecimento materialista do homem com a ciência dos iniciados, tem
ainda outra face que percorrer.
“Uno de los resultados de este alineamiento y adaptación jerárquicos será el
establecimiento, por primera vez, de una interacción y movimiento fluídico, entre
los tres centros planetarios. Actualmente, los Chohanes salen de la Jerarquia y
entran en la Câmara del Concilio del Señor del Mundo, o en uno de los Siete
Senderos; los Maestros mayores, a cargo de Ashramas, están recibiendo grados
superiores de iniciación y ascendiendo al grado de Chohanes; iniciados que
pasaron del tercer grado están recibiendo rápidamente la cuarta y quinta
iniciaciones, convirtiéndose en Maestros (recibiendo ambas iniciaciones en una
sola vida), y sus puestos están siendo ocupados por iniciados menores, que a su
vez, estuvieron entrenando a discípulos que los reemplazarán hasta que en este
processo de sustituir y reemplazar lleguemos a la puerta que simbólicamente se
halla entre la humanidad y la Jerarquia y ahora está ampliamente abierta, y así los
discípulos aceptados recibirán la iniciación, los discípulos comprometidos serán
aceptados y los discípulos en aceptación prestarán juramento.” Página 439 de La
Exteriorización de la Jerarquia. Tradução: Um dos resultados deste alinhamento e
adaptação hierárquicos será o estabelecimento, por primeira vez, de uma
interação e movimento fluídico entre os três centros planetários. Atualmente, os
Choans saem da Hierarquia e entram na Câmara do Concílio do Senhor do
Mundo, ou em um dos Sete Caminhos; os Mestres maiores, a cargo de Ashrams,
estão recebendo graus superiores de iniciação e ascendendo ao grau de Choans;
iniciados que passaram do terceiro grau estão recebendo rapidamente as quarta e
quinta iniciações, convertendo-se em Mestres (recebendo ambas iniciações em
uma só vida), e seus postos estão sendo ocupados por iniciados menores, que, por
sua vez, estiveram treinando discípulos que os substituirão, até que neste processo
de substituir e remanejar cheguemos à porta que simbolicamente se acha entre a
humanidade e a Hierarquia e agora está amplamente aberta, e assim os discípulos
aceitos receberão a iniciação, os discípulos comprometidos serão aceitos e os
discípulos em aceitação prestarão juramento.
Citamos estas palavras textuais do Mestre Tibetano para enfatizar que estamos
vivendo o momento das oportunidades, que todos devem aproveitar e que em
seguida virá o momento do expurgo e da seleção.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 16-OUT-2003
[036]
Efeitos do Movimento de Rotação - Separação (Páginas 147 e 148 do Tratado
sobre Fuego Cósmico)
Iremos estudar agora os efeitos do movimento de rotação, que são: separação,
impulso, fricção e absorção. Nesta semana iremos tratar somente da separação.
Toda esfera gira no corpo macrocósmico. Esta rotação produz certos efeitos, que
podemos enumerar da seguinte maneira:
• Separação. Esta ação provoca a diferenciação das esferas, formando como
sabemos as seguintes unidades atômicas:
• O sistema solar, reconhecido como átomo cósmico; todos os átomos
dentro da sua periferia são considerados moleculares.
• Os sete planos, considerados como sete vastas esferas, que giram
latitudinalmente dentro da periferia solar.
• Os sete raios, considerados como as sete formas que ocultam os
Espíritos, são bandas esferoidais de cor, que giram
longitudinalmente e formam (com referencia aos sete planos) uma
vasta rede entrelaçada. Estas duas séries de esferas (planos e raios)
constituem a totalidade do sistema solar e produzem sua própria
forma esférica.
Deixemos por ora de lado a Consciência que anima estas esferas e concentremos
nossa atenção no fato de que cada plano é uma vasta esfera de matéria, ativada
pelo calor latente, que gira em determinada direção. Cada raio de luz, não importa
a cor, é igualmente uma esfera de matéria de máxima tenuidade, que gira
perpendicularmente à direção dos planos, ou seja, formando um ângulo de
noventa graus com a direção de rotação dos planos.
Estes raios produzem, em virtude de sua ação mútua, um efeito irradiante entre si,
ou seja, um influencia o outro através do campo de força que cada partícula de
matéria portadora da qualidade de um raio gera em torno de si e que atinge a
partícula portadora da qualidade de outro raio. Explicaremos essa interferência
mútua mais adiante.
Assim pela rotação das esferas, pela aproximação do calor latente das esferas e
pela interação desse calor, é produzida essa totalidade chamada “fogo por fricção”.
Com referência a estes dois tipos de esferas, poder-se-ia dizer, à maneira de
ilustração e para maior claridade, que:
• os planos giram de este a oeste e
• os raios giram de norte a sul.
Vamos deixar bem claro que não nos referimos aqui a pontos no espaço;
simplesmente estabelecemos tal orientação empregando palavras que tornam
mais inteligível esta idéia abstrusa.
Do ponto de vista dos raios e dos planos, não existem norte nem sul, este nem
oeste.
Aqui temos uma analogia e um ponto muito interessante, embora muito
complexo. Graças a esta mesma interação torna-se possível o trabalho dos quatro
Maharajás ou Senhores do Carma; o quaternário e todo o quádruplo poderão ser
vistos como uma das combinações fundamentais da matéria, produzidas pelas
revoluções duais de planos e raios.
Os sete planos e igualmente os átomos giram em torno de seu próprio eixo e se
adaptam àquilo que se exige de todas as vidas atômicas.
As sete esferas de cada plano, denominadas sub-planos, correspondem também ao
sistema; cada sub-plano tem suas sete rodas giratórias ou planos que giram por
sua própria capacidade inata, devido ao calor latente - o calor da matéria de que
estão formados.
As esferas ou átomos de qualquer forma, desde a forma logoica (à qual nos temos
referido sumariamente) até o último átomo físico e a matéria molecular que entra
na construção do corpo físico, demonstram correspondências e analogias
similares.
Todas estas esferas se ajustam a certas regras, preenchem certas condições e estão
caracterizadas pelas mesmas qualidades fundamentais. Mais adiante
consideraremos estas condições; por agora devemos continuar estudando os
efeitos da ação giratória.
Interpretemos essas informações do Mestre Tibetano, de forma a que fiquem mais
claras nas mentes de todos e assim possam ter uma visão mais inteligível e nítida
das diversas áreas do mundo fenomênico, em particular da área do
comportamento humano (devido à ação dos raios), não só individual como
coletivo (grupos, nações e humanidade).
Estabeleçamos um ponto de vista inicial. Será a visão do sistema solar como um
todo, desde o plano adi até o físico, que constituem em conjunto o físico cósmico.
Nesta fase devemos esquecer as estrelas (quatro), os planetas e asteróides que
constituem nosso sistema solar, a atual expressão física cósmica do nosso Logos
Solar. Não esqueçamos que esse sol que nós vemos nascer e se por todos os dias e
os planetas visíveis e invisíveis que circulam ao seu redor, constituem uma parte
do sistema verdadeiro do nosso Logos Solar.
Vamos nos colocar mentalmente fora desse sistema, olhando-o de uma posição no
mesmo nível em que ele está no espaço. Admitamos que tenhamos a visão das
matérias de todos os planos, desde o adi até a etérica, com a habilidade de, à
vontade, ver todas as matérias simultânea e isoladamente, ou seja, poderemos ver
apenas as partículas da matéria adi, ou somente as partículas da matéria
monádica e assim por diante, ou todas elas ao mesmo tempo. Obviamente a nossa
consciência terá a amplitude suficiente para abarcar, em termos de visão, toda a
imensidão desse sistema.
O que vamos fazer não é devaneio irracional, uma vez que vamos trabalhar com os
conceitos que o Mestre Tibetano nos passou.
Primeiramente concentremos nossa atenção apenas na visão mais elevada, a da
matéria adi. O que veremos ? Veremos uma esfera com uma depressão no centro
da parte superior. Para tanto já devemos ter um referencial para discernir o que
está acima, abaixo, à esquerda, à direita etc, podendo ser esse referencial um outro
sistema ou um conjunto de sistemas. Em contraposição a essa depressão no centro
da parte superior, veremos um ponto no centro da parte inferior. Esses dois
pontos poderemos chamar de pólo norte para a depressão superior e pólo sul o
ponto em contraposição na parte inferior, em analogia com a nossa geografia. A
região à nossa esquerda vamos chamar de oeste e aquela à nossa direita de este.
Assim conseguimos determinar quatro pontos cardeais para nossa orientação.
Essa esfera é constituída de um número quase infinito de partículas infinitesimais,
que circulam em velocidade muitíssimo maior que a da luz (300.000 km/segundo
é a velocidade da luz, aproximada), em torno do eixo central da esfera, de este
para oeste, ao mesmo tempo em que executam muitos outros movimentos. São os
átomos adi.
Essas partículas preenchem todas as regiões da esfera, não havendo um ponto em
que elas não estejam.
Agucemos a nossa visão adi para enxergarmos as moléculas adi, constituídas de
associações de átomos adi. Veremos então seis tipos de partículas, que diferem
entre si pelo tamanho, pela velocidade e pela habilidade de movimentos
simultâneos. Todas elas também circulam em torno do eixo central e preenchem
todos os pontos da esfera. Quanto maior a molécula, menor a velocidade e a
capacidade de oscilar. Esses seis tipos de partículas ou moléculas formam os seis
sub-planos do plano adi e juntamente com os átomos são os sete sub-planos adi.
Dentro de cada sub-plano há também sete diferenciações, que vamos esquecer por
enquanto para não complicar as coisas.
De uma forma sintética, veremos sete esferas, uma dentro da outra, girando em
velocidades diferentes, conforme o grau de tenuidade ou sutileza (tamanho da
partícula), ou seja, quanto mais sutil e menor, maior a velocidade, todas as esferas
cheias de suas partículas respectivas, sendo que as partículas menores podem
passar por entre os espaços existentes dentro das partículas maiores constituídas
de átomos, à semelhança dos neutrinos que nos atravessam da cabeça aos pés,
sem que sintamos.
Adaptemos agora nossa visão para vermos matéria um pouco mais densa que a do
plano adi. Veremos um número ainda quase infinito, porém um pouco menor do
que de partículas adi, de maior tamanho e menor velocidade, circulando de este
para oeste, por entre o oceano de partículas adi, com suas sete diferenciações,
como no plano adi. Essa é a matéria monádica. Lembrem-se de que não estamos
considerando as qualidades e propriedades de cada matéria, pois esse assunto não
é para agora.
Passemos a seguir nossa visão para a matéria átmica ou espiritual. Novamente
veremos partículas em número muito grande, porém um pouco menor que o
anterior, de maior tamanho e menor velocidade, preenchendo a esfera até o
centro, também com sete diferenciações, continuando a cair a velocidade em
função do aumento do tamanho da partícula.
Prosseguindo com a transferência da visão de um tipo de matéria para outro,
chegaremos aos sub-planos etéricos, esquecendo a matéria física densa,
constituída de partículas etéricas associadas, quando continuaremos a ver mais
esferas dentro de esferas, cada esfera circulando em velocidades diferentes,
conforme o tamanho da partícula.
Controlando a nossa visão e a nossa consciência para vermos simultaneamente
todas as esferas em circulação, presenciaríamos o belíssimo espetáculo de
quarenta e nove esferas, uma dentro da outra, cada uma com suas respectivas
partículas até o centro comum (esqueçamos as sete sub-divisões dos sub-planos),
girando em velocidades diferentes, sendo a mais veloz a mais sutil e a mais lenta a
mais densa.
As partículas mais sutis passando em maior velocidade por dentro das partículas
mais densas. Devido a essa diferença de velocidade e capacidade de oscilar, cada
plano conserva a sua identidade, juntamente com seus habitantes, que podem ter
ou não consciência dos habitantes dos outros planos. Há interferência de um
plano em outro, mas ela é regulada por leis.
Olhemos agora para a depressão no centro da parte superior. Veremos um fluxo
contínuo de partículas mais sutis que os átomos adi, penetrando na esfera por essa
depressão e prosseguindo na direção do pólo sul. Este fluxo de partículas sutis, em
seu trajeto do pólo norte ao sul, seguindo a curvatura da esfera em todo o seu
espaço interno, adquire a aparência de uma esfera que gira num ângulo de
noventa graus (ângulo reto) com a direção de rotação das matérias dos planos e
forma a rede entrelaçada.
Este fluxo é o resultado da atuação de entidades cósmicas chamadas Senhores de
Raio. Eles se manifestam através das sete estrelas principais da constelação de
Ursa Maior. Como são sete as cores do espectro luminoso, Mestre Tibetano usa a
expressão “bandas esferoidais de cor”.
As partículas portadoras das energias e informações referentes às qualidades dos
Senhores de Raio têm comportamentos diferentes, sendo específicas para cada
Raio. Por isso é possível identificar essas “esferas longitudinais” dos Raios, que
giram simultaneamente. É bom recordar que estamos estudando o sistema solar
como um todo, no seu aspecto movimento, logo não cabe um aprofundamento do
assunto Raios.
Pelo processo de penetração de uma partícula sutil em outra mais densa ocorre a
atuação de um raio em outro, não cabendo aqui o detalhamento técnico dessa
operação, pois é um assunto bastante complexo. Todas as matérias de todas as
esferas são influenciadas e qualificadas por essas energias de Raios.
Vamos agora procurar interpretar o que o Mestre Tibetano quis dizer quanto ao
trabalho dos quatro Maharajás. Se analisarmos bem os movimentos ortogonais
(em ângulo reto) dos dois conjuntos de esferas (planos e Raios), considerando os
objetivos dos dois conjuntos (experiências materiais e qualidades), perceberemos
nitidamente quatro setores de esfera. Se cortarmos uma esfera nos sentidos
vertical e horizontal em ângulo reto, teremos os quatro setores. Como as esferas
estão em rotação horizontal (experiências materiais) e vertical (qualidades), os
quatro Maharajás ou Senhores do Carma têm seus setores para aplicação do
carma, uma vez que podem dispor de matérias e qualidades diferenciadas para a
execução do carma.
Como prova da lógica do que o Mestre Tibetano diz, é suficiente lembrar o fato,
tão do conhecimento da Astronomia, do alinhamento do eixo norte-sul da Terra
com as sete estrelas boreais, provocando a inclinação desse eixo em relação com a
eclíptica, que é no momento de 23 graus aproximadamente. O alinhamento atual é
com a estrela Polaris, a alfa de Ursa Menor. Essa estrela tão brilhante, só visível
acima de 70 graus norte, é na realidade um sistema de cinco estrelas, um binário
em torno do qual giram três estrelas. Há uma grande particularidade em relação a
essa estrela sob o ponto de vista esotérico. Ela está alinhada com as estrelas
Dubhe e Merak, respectivamente as alfa e beta de Ursa Maior e serve de filtro para
as energias de primeiro e segundo raios de Dubhe e Merak respectivamente.
Merak (segundo raio) está mais próxima da Terra. Conseqüentemente as energias
de primeiro raio de Dubhe são atenuadas pelas de segundo raio de Merak e
atenuadas e adequadas por Polaris às condições da Terra.
Aqui encerramos nosso estudo. Voltaremos em 29/10/2003, continuando com
esse assunto, quando estudaremos o impulso e a fricção, nas páginas 148 e 149 do
Tratado sobre Fogo Cósmico. A absorção ficará para a outra semana, por ser um
assunto mais complexo, exigindo mais explicações.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 23-OUT-2003
[037]
Efeitos do Movimento de Rotação - Impulso e Fricção (Páginas 148 e 149 do
Tratado sobre Fuego Cósmico)
Impulso - Esse impulso aqui é conseqüência da repulsão provocada pelo
movimento de rotação. Quando dois átomos, girando cada um em torno de seus
próprios eixos no mesmo sentido, aproximam-se, tendem à repulsão, porque no
lado da aproximação os movimentos são opostos, conforme se vê no desenho
abaixo:
[038]
Efeitos do Movimento de Rotação - Absorção (Páginas 149,150 e 151 do Tratado
sobre Fuego Cósmico)
A absorção é o quarto efeito do movimento de rotação, provocado pelo fogo por
fricção. Ele é necessário para que a vida interna que se expressa pelo átomo viva
novas experiências, pela recepção de novas energias, de diversas qualificações e
fontes, experimente diversas modalidades de movimento de rotação, reaja a essas
experiências, que logicamente resultam de relacionamentos com outros átomos e
dessa reação sua energia interna seja estimulada.
Assim o átomo evolui no caminho da sua meta, estabelecida para este sistema
solar, contribuindo também com a sua cota para a evolução do ser mais elevado do
que ele, que pode ser o homem, o Logos Planetário, o Logos Solar e Seres maiores.
A penetração das energias no processo de absorção ocorre num determinado
ponto da superfície da esfera atômica e nesse ponto é formada uma depressão, que
podemos chamar pólo norte, em analogia com o pólo norte da Terra. O oposto ao
pólo norte é o pólo sul, girando o átomo em torno desse eixo norte-sul, assim
como a Terra.
O pólo norte é o principal local de entrada de energias no átomo, mas existem
outros pontos secundários. O pólo sul é o principal local de saída de energias do
átomo, havendo outros pontos secundários de saída.
Nos livros Principles of Light and Color (Princípios de Luz e Cor) de Edwin D.
Babbitt Química Oculta, da dra. Annie Besant, o átomo é descrito de uma forma
compreensível, ficando bem nítida a depressão.
Esta depressão é provocada pelas irradiações (partículas menores), que procedem
em sentido ortogonal (formando ângulo reto) com o sentido de rotação da esfera e
descem do pólo norte na direção do pólo sul, até um ponto intermediário.
Ali tendem a aumentar o calor latente, a produzir um maior impulso e a introduzir
uma qualidade específica, de acordo com a fonte de irradiação. A absorção das
emanações que provêm de fora da esfera encerra o segredo da dependência que
existe entre uma esfera e outra e tem sua analogia na periodicidade de um raio,
que ocorre em qualquer plano das esferas, ou seja, os raios atuam por
determinados períodos de tempo, gerando efeitos em todos os reinos, como agora,
num nível mais elevado, está saindo de atividade o sexto raio e entrando o sétimo.
Esta penetração de energia de uma esfera para outra ocorre desde um sistema
solar, como um átomo macrocósmico, até uma célula do corpo físico. O processo
consiste na penetração de partículas menores portadoras das energias em
partículas maiores, processo esse que segue uma técnica bem definida, que não
cabe aqui explicar, apenas citamos como exemplo a introdução de um fóton em
um elétron, aumentando o dinamismo do elétron.
Como o átomo recebe e emite, ele ao mesmo tempo é negativo ou receptivo e
positivo ou irradiante, assim sendo influenciado pelo meio ambiente e
influenciando-o. Dessa forma fica caracterizada a dependência mútua em todos os
campos de evolução, microcósmicos e macrocósmicos.
No nosso sistema solar existe uma interação muito importante, dentro dessa troca
de energias, que segue um planejamento no nível do Logos Cósmico, ao qual nosso
Logos está ligado intimamente. É lógico que nós, seres humanos, em particular,
somos fortemente afetados por essa interação.
A estrela Sírius (binário), as Plêiades (sete) e as sete estrelas principais (Dubhe,
Merak, Phekda, Megres, Alioth, Mizar e Benetnash) da Ursa Maior têm fortes
relacionamentos com o nosso sistema.
Assim como do sol são emitidos três energias, denominadas eletricidade (fogo por
fricção/elétrico, raios de luz de aspecto prânico (fogo por fricção/solar) e akasha
(fogo por fricção/por fricção), que mantêm nosso sistema em plena atividade e
evoluindo, igualmente desses astros chegam a ele esses fogos, porém em nível
cósmico.
Mestre Tibetano esclarece apenas o fogo proveniente das Plêiades, que é o fogo
elétrico cósmico, que atua no físico cósmico, sendo por isso fogo por fricção
cósmico/elétrico. Quanto aos demais Ele sugere que nós façamos as deduções.
Achamos que Sírius nos manda fogo por fricção cósmico/por fricção e a Ursa
Maior fogo por fricção cósmico/solar. Observamos que esses astros desenvolvem
outras atividades em relação ao nosso sistema, conforme veremos quando
entrarmos na segunda parte do livro.
O nosso Logos Solar, com o seu sistema total, que é muito maior do que o sistema
planetário aceito pelos astrônomos, é a personificação do aspecto Amor do Logos
Cósmico (chacra cardíaco) e portanto irradia essa energia para todo o seu corpo,
sendo positivo nesse sentido.
Igualmente, as Plêiades, ao mesmo tempo em que são positivas para nós,
irradiando fogo por fricção cósmico/elétrico, são negativas ou receptivas para os
sete Rishis da Ursa Maior, conforme vemos na página 296 do livro, no V
diagrama, Evolução de um Logos Solar. Quando chegarmos a essa parte, o assunto
será mais esclarecido e veremos a grandiosidade imensa dentro da qual estamos
inseridos.
Sintetizando o que foi dito sobre os efeitos do movimento de rotação nos planos
físico e astral, podemos concluir o seguinte:
• a separação é o efeito da repulsão;
• o impulso é o efeito interno;
• a fricção é o efeito no ambiente;
• a absorção é o efeito receptivo ou atraente.
Esses resultados ocorrem em todos os átomos, nos planetas, nas estrelas, nas
constelações, nas galáxias, nos aglomerados de galáxias, nos aglomerados de
aglomerados de galáxias, nas chamadas paredes, que são conjuntos de milhões de
aglomerados de aglomerados de galáxias e maiores ainda, como os astrônomos
descobrirão, quando possuírem telescópios de maior alcance.
Devemos procurar entender e visualizar essas interações e seus efeitos na matéria
astral e deduzir, em termos práticos, o que ocorre no comportamento humano, em
sua parte emocional, uma vez que a grande maioria da humanidade está centrada
na emoção e muito distante da polarização mental. Enfatizo aqui que a polarização
mental não significa de modo algum ausência de sentimento e emoção, mas pelo
contrário, eles se tornam muito mais intensos pela ação da mente vigilante,
poderosa e em contato com a mente abstrata, conferindo ao homem maior
sensação de vida e muito mais capacidade de ser útil à humanidade e à
Hierarquia.
Os efeitos do movimento no plano mental serão estudados na segunda parte do
livro.
Apresentamos a seguir o V Diagrama da página 296 do Tratado sobre Fogo
Cósmico e o átomo do livro do Babbitt.
[039]
Qualidades do Movimento de Rotação (Páginas 151 e 152 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)
O movimento de rotação, produzido pela ação do fogo por fricção, confere à
matéria de qualquer plano três qualidades fundamentais, chamadas gunas em
alguns textos e que são: inércia (tamas), mobilidade (rajas) e ritmo (satwa).
É muito importante que fique bem claro que estudaremos apenas as qualidades da
matéria e não da consciência, muito embora elas sejam interpretadas pela
consciência como informações, após terem passado por todo o processamento
específico para cada veículo. Pelos mecanismos de percepção (Jnanaindryas ou
sentidos, existentes em todos os corpos), essas qualidades (que atuam através de
oscilações ou vibrações) chegam à consciência, em qualquer veículo, sendo o
cérebro físico sua sede quando estamos encarnados fisicamente. Não vamos agora
detalhar o processamento que ocorre nos veículos, ficando para mais tarde.
Esclarecemos que o termo inércia é empregado aqui em dois sentidos: ausência de
outro movimento que não o de rotação e a resistência a mudar o estado em que se
encontra, essa última a definição da física, na parte em que trata da mecânica.
Ficará bem claro o sentido, conforme o caso. Comecemos pela inércia.
Inércia - Está presente em todos os átomos, no início de qualquer manifestação,
quer seja um ciclo solar ou mahamanvantara (cem anos de Brahma ou um sistema
solar), uma cadeia planetária, um globo ou qualquer forma esférica, sem exceção.
Abrange a totalidade das formas em manifestação dentro do sistema solar. Nossos
veículos ou corpos estão inclusos.
Nessa fase inicial, quando prevalece apenas a energia do Terceiro Logos (a
Primeira Emanação) e não existe ainda nenhuma forma, as esferas somente giram
em torno do próprio eixo, não havendo ainda atração nem repulsão. As três
divisões do fogo por fricção (elétrico, solar e por fricção) estão no interior da
esfera ou átomo, latentes, provocando unicamente o giro, sem outro movimento,
havendo portanto inércia, no sentido de que as esferas não passam daí, em outras
palavras, não há produção nenhuma. É uma quietude relativa, ou seja, não há
ainda inter-relacionamento, só movimento individual, que, ao ser atingido um
determinado grau de intensidade, estabelece condições para que advenha a
Segunda Emanação, do Segundo Logos, para a construção das formas e então
surge o:
Movimento - É um movimento diferente do giro. A Segunda Emanação induz
nas esferas ou átomos o impulso para a geração das formas, que então se
aproximam (outro movimento), trocam energias entre si (irradiação), atraem-se
ou repelem-se, nascendo as formas quando há atração.
Começam então as oscilações ou vibrações, tão presentes em nossa vida diária.
Vamos dissecar um pouco esse assunto.
Quando a corda de um violino vibra sob a ação do arco do violinista, essa oscilação
é mecânica. Quando o cone de papelão de um auto-falante oscila sob a ação da
corrente elétrica variando na bobina móvel, produzindo o som, temos ainda uma
oscilação mecânica. Todavia a corrente elétrica variando na bobina móvel também
é uma oscilação, com a diferença de que o que oscila é a intensidade da corrente
elétrica. Vamos dar exemplos práticos, para que esses conceitos fiquem bem
claros.
Imaginemos um atleta corredor, que fizesse o seguinte treino: o trajeto a ser
percorrido por ele seria de 1000 metros. Iniciaria a corrida, aumentando a
velocidade gradualmente até 20km/hora (333metros por minuto), ao atingir essa
valor, reduziria aos poucos até a parada, para repetir esse ciclo várias vezes até
completar os 1000 metros. Por meio do gráfico abaixo, vemos claramente que é
uma oscilação, no sentido de que ocorrem re petições ordenadas de
procedimentos:
É muito importante que esse conceito de oscilação, tão conhecido pelos físicos e
técnicos de eletrônica, fique bem assimilado nas mentes de todos, pois o que
ocorre em nossos veículos é exatamente isso.
Vejamos mais um exemplo do que ocorre em nossos aparelhos de televisão:
Neste gráfico vemos 3 casos de fase: fora de fase (no exemplo 90 graus), havendo
distorção e perda de rendimento; em fase, quando o rendimento é máximo; em
oposição total, quando um ciclo de uma onda começa num sentido (polaridade), o
ciclo da outra começa em sentido oposto (polaridade oposta). Nesses casos temos
de ver também a freqüência das 2 ondas. Um exemplo amplamente conhecido de
ondas em fase é o laser, no qual as ondas luminosas estão perfeitamente em fase,
produzindo os efeitos que todos conhecem.
Esse tipo de análise parece nada ter a ver com o esoterismo, mas tem e muito.
Embora tenhamos apenas considerado as qualidades do movimento da matéria,
não podemos esquecer nunca que os efeitos dessas qualidades constituem
alimentação para a consciência. Usando a linguagem da eletrônica, essas ondas da
matéria são o “input” (entrada) para a consciência, na qual provocam alterações,
que produzem “output” (saída) não só através dos mecanismos de ação
(carmaindryas), como nos próprios veículos. Os efeitos na consciência serão
estudados mais tarde, ao longo do Tratado sobre Fogo Cósmico. Logo existe uma
correlação entre freqüência e forma de onda dos movimentos da matéria dos
corpos do homem e sua consciência. Analisando-se pois esses parâmetros,
poderemos tirar conclusões sobre o que ocorre na consciência, o que será
utilíssimo no trabalho de cura e para acelerar o processo evolutivo.
Quando ocorre o equilíbrio perfeito (que sempre é relativo), são produzidos alguns
efeitos específicos, que parecem ser contraditórios e paradoxais, como diz o
Mestre Djwal Khul, mas se reflexionarmos profundamente, usando a lei da
Analogia, que Ele tanto recomenda e que nós usamos, quando fazemos a
comparação com os fenômenos da eletrônica e colocamos os resultados ante a
meta da evolução, concluiremos que são perfeitamente lógicos e coerentes.
Esses efeitos são:
• A desintegração da forma - é evidente, porque se o objetivo foi alcançado, o
instrumento (a forma) não é mais necessário.
• A liberação da essência confinada na forma - é lógico, porque o Espírito ou
a Mônada atingiu seu objetivo e não tem mais nada a fazer com a forma.
• A separação da Mônada e da matéria (forma) - também conseqüência
evidente.
• O fim de um ciclo, seja humano, planetário, solar ou cósmico.
• A obscuração e o fim da objetividade ou manifestação, que não significa o
término da existência.
• A reabsorção da essência e novamente a fusão da matéria diferenciada com
a raiz da matéria - no caso da desintegração do sistema solar considerando
o físico cósmico (os sete planos, do físico sistêmico ao adi), as energias do
Logos Solar que constituem as Terceira e Segunda Emanações e que
geraram o sistema, são recolhidas por ELE e então cessa a diferenciação,
pelo término do movimento, restando apenas a matéria raiz, enriquecida
pelas experiências adquiridas e que será utilizada em outro grande ciclo
solar (outro sistema solar). Nada se perde.
• O fim do tempo e do espaço, como os compreendemos. É óbvio, uma vez
que os conceitos de tempo e de espaço estão intimamente ligados à matéria.
• A unificação dos três fogos e a combustão espontânea, se assim podemos
expressar -Ocorrendo a sintonia perfeita entre os três fogos, haverá a
máxima transferência de energia entre eles, com o máximo de rendimento
e ganho, surgindo então um pico de energia, como se diz na linguagem da
física, que leva à combustão total.
• A atividade sintética da matéria nos três tipos de movimento - giratório, em
espiral-cíclico e progressivo - cujo movimento unificado será produzido
pela interação dos fogos da matéria, da mente e do Espírito - muito claro e
explícito, o Mestre já disse tudo, sem necessidade de mais explicações.
Concluindo, podemos afirmar que quando o ponto de equilíbrio ou ritmo é
alcançado, por um sistema cósmico, solar, planetário (uma cadeia) no caso do
macrocosmos e em qualquer corpo do homem (o microcosmos), então o morador
é liberado da prisão; pode retirar-se à sua fonte de origem, abandonando a
envoltura que lhe serviu de cárcere e sai do meio ambiente que utilizou para
adquirir experiência e foi o campo de batalha entre os pares de opostos (Mônada e
matéria). A forma ou envoltura, qualquer que seja a classe, automaticamente se
desintegra.
No próximo estudo, em 21/11/2003, veremos O Movimento de Rotação e o
Simbolismo, nas páginas 152, 153 e 154 do Tratado sobre Fuego Cósmico.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos. Que todos vejam a Máxima Luz da
Razão Pura.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 14-NOV-2003
040]
O Movimento de Rotação e o Simbolismo (Páginas 152, 153 e 154 do Tratado sobre
Fuego Cósmico)
Existe um princípio universal sobre o simbolismo: “ Toda esfera giratória de
matéria pode ser representada empregando-se os mesmos símbolos gerais
cósmicos, que se utilizam para representar a evolução.” (Mestre Tibetano)
• O círculo - Simboliza o “círculo não se passa” da matéria indiferenciada, em
outras palavras, os limites impostos pelo Logos Solar, quando define o
espaço dentro do qual vai vivenciar e desenvolver mais um grande ciclo de
sua escalada evolutiva cósmica, através da quantidade de matéria cósmica
selecionada, para Ele formar e construir as muitas combinações, de acordo
com o seu propósito e através desse veículo relacionar-se com o mundo
cósmico ambiental e os Grandes Seres Cósmicos, não só seus Pares como
seus Superiores, melhor dizendo, Os que estão acima d´Ele.
[041]
O Movimento e os Centros (Páginas 154 e 155 do Tratado sobre Fuego Cósmico)
A relação entre o movimento e os centros pode ser estudada sob três óticas. Muito
foi dito e escrito e ainda continua sobre os centros ou chacras. Paira um grande
mistério sobre o assunto, o que levou muitos a entrar numa área que não lhes
compete. Neste estudo serão proporcionadas informações para esclarecer um
pouco esse tema e apresentar um novo ponto de vista, para a pesquisa e o
entendimento destes complicados tópicos. Em hipótese alguma serão fornecidas
instruções para vivificar e ativar os centros.
Cabe aqui uma importante e solene advertência. O homem deve levar uma vida de
elevado altruísmo e adotar uma disciplina que controle e refine seus corpos
inferiores. Uma vez feito istoe elevada e estabilizada sua vibração, descobrirá que
o desenvolvimento e a conseqüente atividade dos centros efetuaram-se
paralelamente e a tarefa prosseguiu na direção certa, sem a sua participação
direta. Grande perigo e deploráveis calamidades ameaçam o homem que desperta
os centros, empregando métodos ilegítimos e experimentando com os fogos do seu
corpo, sem ter o necessário conhecimento técnico. Pelo esforço poderá despertar
os fogos e intensificar a atividade dos centros, sofrerá porém o castigo de sua
ignorância, destruindo a matéria, queimando os tecidos do corpo ou do cérebro,
provocando a demência e abrindo as portas para energias indesejáveis e
destruidoras. Não é covardia ser prudente e cuidadoso com referência às questões
da vida subjetiva. Em conseqüência o estudante deve fazer três coisas:
• Purificar, disciplinar e transmutar sua tríplice natureza inferior (corpos
físico, astral e mental).
• Buscar o conhecimento de si mesmo e equipar o corpo mental; o corpo
causal há de ser construído através de bons pensamentos e ações. Isto
significa entender a construção e funcionamento de seus três corpos
inferiores, físico, astral e mental (inferior e causal), o que pode ser
amplamente conseguido pelo estudo profundo do Tratado sobre Fogo
Cósmico, do Mestre Djwal Khul e assim acelerar em muito sua evolução.
• Servir a sua raça com total abnegação, o que inclui passar conhecimentos.
Assim procedendo ele cumpre a Lei, condicionando-se para receber treinamento e
capacitar-se para receber a culminante aplicação do Cetro de Iniciação. Dessa
forma minimizará os riscos de despertar os fogos. Toda a intenção dessa
divulgação de informações é projetar mais luz sobre os centros, demonstrar
suainter-relação e explicar os efeitos produzidos pelo correto desenvolvimento.
Para isso, como já foi dito, dividiremos o tema nas seguintes partes:
• A natureza dos centros.
• Os centros e os raios.
• Os centros e o kundalini.
• Os centros e os sentidos.
• Os centros e a Iniciação.
Pelo acima exposto vê-se que o assunto não só é amplo como complexo. Isto é
devido a que a atual humanidade está obrigada a aceitar as afirmações daqueles
que alegam saber (a Hierarquia), porém até que o homem consiga a clarividência,
não estará em condições de comprovar o que lhe é dito. Quando ele puder ver e
provar por si mesmo, então ser-lhe-á possível verificar estas afirmações; todavia o
momento ainda não chegou, exceto para uns poucos (os que já passaram pelo
menos pela segunda Iniciação).
Não podemos esquecer nunca que estamos estudando a relação entre o
movimento e os centros ou chacras. Como os chacras são constituídos de átomos e
moléculas, que efetuam movimentos, podemos entender claramente que,
conforme a fonte da energia que atua nos chacras, variarão o movimento e seus
efeitos na consciência e no comportamento. São quatro as fontes de energia que
podem agir nos chacras, conforme discrimina o Mestre. Nesta etapa iremos
estudar esses efeitos, sem descer a muita profundidade, olhando mais o
movimento em si.
Podemos concluir, tendo em vista o acima dito, que se pudéssemos ver a forma do
movimento executado pelas partículas dos chacras, estaríamos capacitados em
diagnosticar o estado de consciência e o comportamento das pessoas, o que seria
de grande valia para a compreensão e o trabalho de cura. Essa conclusão é análoga
à técnica muito empregada na eletrônica, quando, através de um aparelho
chamado osciloscópio, o técnico pode ver as diversas formas de onda presentes em
diversos pontos do equipamento (uma televisão, umvideocassete etc) e descobrir o
defeito, com base nas alterações dessas formas. Formas de onda são movimentos
de partículas, no caso elétrons.
Quando a humanidade for dotada de clarividência etérica e astral, ficará
comprovado tudo isso. Os que estão indo mais depressa, já têm a certeza. No
corpo mental ocorrerá o mesmo, quando surgir a clarividência mental.
O item 4, os centros e os sentidos, é muitíssimo interessante, importante e prático,
pois nos dá uma visão de grande amplitude e profundidade em relação aos
sentidos, desde o corpo físico até o corpo átmico. Essa visão, proveniente das
explicações claras e lógicas do Mestre, permite que entendamos, com crescente
clareza, os modos de vida nos diversos planos, do físico ao átmico. A expressão
“crescente clareza” significa que, a cada vez em que meditamos sobre o assunto,
obtemos mais clareza e percebemos coisas antes não vistas, o que é o mesmo que
enxergar os muitos reinos de Deus, os quais teremos de dominar, passo a passo,
para prestarmos serviços mais elevados, mais sofisticados, mais importantes e
mais úteis ao nosso Logos Planetário, simultaneamente com a maior plenitude de
vida. É assim que será compreendida a atividade dos Mestres nesses planos,
como, por exemplo, a natureza do trabalho deles e seus discípulos (iniciados) nas
pétalas do chacra cardíaco do Logos Planetário. Nós consideramos esse item 4 o
mais importante e esclarecedor, por causa dessa visão clara e lógica dos mundos
sutis, o que nos levou a um maior esforço no sentido de acelerar conscientemente
o nosso processo evolutivo, através de toda a técnica explicada pelo Mestre.
Se todos puderem entender com clareza o que vai ser explicado mais adiante sobre
esses tópicos, conseguindo perceber com nitidez como é a ação do Iniciado nesses
mundos sutis, com a mesma nitidez com que entendemos a ação aqui no mundo
físico, ficará enormemente facilitada a compreensão de tudo o que será tratado na
segunda parte do livro. Todos só terão a ganhar, pois, com a convicção oriunda do
claro entender, o esforço será muito menor, já que a própria felicidade da vida
mais plena estimulará fortemente, assim como já ocorreu em nós e o desapego das
coisas materiais será automático, simplesmente pela substituição para metas
maiores e mais amplas, que nem a traça nem a ferrugem conseguem destruir.
Porém é bom que saibam que, quando um plano sutil é conquistado, o Iniciado
não pode ficar preso a ele definitivamente, porque assim que a conquista ocorre,
por maior que seja a plenitude de vida, descortina-se um outro plano mais sutil e
de maior plenitude a ser conquistado, prosseguindo isso ao infinito, mesmo
quando o Iniciado penetra no plano astral cósmico e outros mais elevados.
O próprio Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, ao receber a Nona Iniciação, a
Terceira Cósmica e a Sétima Solar, a Grande Negação, terá de renunciar à vida no
primeiro sub-plano do plano astral cósmico, no qualELE já participa no seu dia a
dia da vida emocional do Logos Solar, para ingressar no segundo sub-plano do
astral cósmico, para uma participação muitíssimo mais intensa da vida do Logos.
Concluindo, é de grande importância o estudo detalhado desses tópicos, para que
todos saiam do estado mental confuso para o claro e pleno de luz.
Voltaremos em 5/12/2003, com o tópico A Natureza dos Centros, nas páginas 155,
156, 157 e 158 do Tratado sobre Fuego Cósmico.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[042]
A Natureza dos Centros (Páginas 155, 156,157 e 158 do Tratado sobre Fuego
Cósmico)
Não serão aqui tratados todos os centros, mas aqueles mais importantes para a
quíntupla evolução do homem. Conforme já foi dito, o homem, ao terminar sua
longa peregrinação, terá passado, no regresso à sua origem, pelos cinco reinos da
natureza:
• mineral,
• vegetal,
• animal,
• humano e
• super-humano ou espiritual (dos Iniciados e da Hierarquia),
e terá desenvolvido plena consciência nos cinco planos:
• físico,
• astral ou emocional,
• mental,
• búdico ou intuicional e
• espiritual, átmico ou nirvânico,
por meio dos cinco sentidos e suas analogias nos corpos dos respectivos planos:
• audição,
• tato,
• visão,
• paladar e
• olfato.
Quando chegar a quinta ronda (a próxima), três quintos da família humana terão
alcançado este desenvolvimento (os que conseguirem, desde que já estejam se
esforçando agora)e os cinco sentidos estarão plenamente ativos nos três planos,
físico, astral e mental. Os outros dois planos, búdico e átmico, serão dominados
nas duas rondas restantes.
Deve ser realçado aqui um fato pouco conhecido. Nesta quíntupla evolução do
homem e neste sistema solar, as duas últimas rondas de qualquer ciclo planetário
e as sexta e sétima raças raízes de tais ciclos sempre são sintetizadoras. Sua função
é reunir, consolidar e sintetizar o realizado nas cinco anteriores. Por exemplo, na
atual raça raiz, as sexta e sétima sub-raças sintetizarão e fundirão o que as cinco
anteriores produziram. A analogia está no fato de que neste sistema solar os dois
planos superiores ( logóico ou divino ou adi e o monádico) são sintetizadores. O
logóico é para o Logos, o qual extrai a essência do manifestado e desenvolvido, o
monádico é para a Mônada, a qual extrai e recolhe os frutos das experiências
vivenciadas durante a objetividade.
O estudo versará sobre os centros relacionados com a evolução dos corpos sutis, a
evolução da psiquê e não os vinculados com a evolução e propagação do corpo
físico denso. Tais centros são cinco e sua localização é a seguinte:
• na base da coluna vertebral, o básico, o único centro estudado que produz
efeitos físicos;
• no plexo solar, o umbilical, o centro mais importante do ponto de vista
astral;
• na laringe, o laríngeo, o mais importante do ponto de vista mental;
• na área do coração, o cardíaco, que se liga esotericamente com o plano
búdico;
• na parte superior da cabeça, o coronário, vinculado com o plano átmico.
Não serão tratados os centros inferiores da procriação, o sacro, nem o do baço, o
esplênico, que se relaciona diretamente com o corpo etérico e é o transmissor de
prana. Este último já foi tratado anteriormente.
Os centros ou chacras do homem são produzidos pelos fogos emanados pela sua
Mônada, através do canal ou condutor desses fogos, que vai da Mônada à Alma ou
Ego e daí para o corpo etérico, por um processo que podemos chamar de reflexão,
passando pelos corpos mental e astral. Eles não são órgãos no sentido com que o
homem está acostumado, sendo mais usinas geradoras de forças, que alimentam e
vitalizam o corpo denso, quando são distribuídas pela rede de condutores ou
canais do corpo etérico. São vórtices porque os fogos emanados pela Mônada
provocam nas partículas dos diversos corpos esse tipo de movimento. A
vinculação com a parte densa ou objetiva é indireta e não direta, sendo pois um
efeito. Esses fogos, como ocorre em todo o mundo fenomênico, são transportados
por átomos dos diversos planos, à semelhança do fóton que penetra no elétron e o
energiza e do elétron ao transporta carga elétrica, como ensina a física.
Vemos portanto que os chacras estão ligados à Mônada, aspecto Vontade,
Imortalidade (a Mônada é imortal e todos nós somos realmente Mônadas
imortais, que estão sempre evoluindo e crescendo e não somos em hipótese
alguma corpos perecíveis), Existência, Vontade de Viver (viver no verdadeiro e
amplo sentido e não apenas no mundo físico). Estão os chacras ligados também
aos poderes inerentes à Mônada, que é Vida Divina.
Podemos concluir portanto que os chacras estão diretamente ligados às energias
da Vida Divina, a imortal Mônada.
Olhando o Macrocosmos, constatamos que por trás dos movimentos giratórios e
em vórtice das nebulosas estão os grandes chacras ou centros cósmicos, surgindo
a partir desses movimentos os astros de forma esférica. Cada astro é a expressão
da “vontade de viver” de alguma Entidade Cósmica e a força atuando em vórtice,
construtora, solidificadora e que dá coerência à forma, é a força de algum Ser
Cósmico.
Os centros cósmicos que alimentam o nosso sistema solar estão no corpo mental
cósmico do nosso Logos Solar e são por assim dizer controlados por Seres
Cósmicos das sete Plêiades. Daí por reflexão geram centros correspondentes no
corpo astral cósmico do Logos, que por sua vez geram centros na matéria
monádica de seu corpo físico cósmico, para por sua vez refletirem-se na matéria
búdica (quarto éter cósmico) de seu corpo físico cósmico e finalmente, após
passarem pela matéria mental e astral, surgem como centros refletidos na matéria
do quarto éter físico, como planetas sagrados. Esta interpretação da atividade de
Seres Cósmicos pertencentes a outras estrelas, como é o caso de Alcione, a mais
brilhante das Plêiades, dentro do corpo mental cósmico do nosso Logos Solar,
requer uma explicação muito mais detalhada, a qual não é possível no momento,
uma vez que será necessária uma sólida base de conhecimentos, base essa que
demanda um longo tempo para ser passada.
Resumindo, os Homens Celestiais (Logos Planetários) possuem centros em três
planos solares:
• no plano monádico, o plano dos sete raios.
• no plano búdico, onde os Mestres e seus discípulos constituem os 49
centros dos corpos dos sete Homens Celestiais (Mestres e discípulos dos
sete esquemas planetários sagrados, que não incluem o nosso esquema
terrestre).
• no quarto éter físico, o quarto sub-plano físico, onde se encontram os
planetas sagrados, corpos de matéria etérica dos sete Homens Celestiais.
Façamos agora uma analogia com o microcosmos, o homem. Nele os centros estão
localizados no plano mental, em seu corpo mental, onde se origina o impulso que
leva à existência no plano físico, a vontade de encarnar. Ocorre sua reflexão no
plano astral, em seu corpo astral, para em seguida refletirem-se em seu corpo
etérico, sustentáculo do corpo denso, provocando assim a objetividade da Mônada
humana, analogamente ao que ocorre com os Logos. Observem que analogia não
significa que os processos sejam idênticos, pois há uma grande diferença,
simplesmente quer dizer que existe uma correspondência de funções.
Oportunamente esclareceremos detalhadamente esse assunto.
Podemos afirmar com convicção e certeza científica que os centros estão formados
em sua totalidade por correntes de força que partem da Mônada e passam pelo
Ego ou Alma. Aí está a explicação para o segredo da aceleração gradual das
vibrações dos centros, quando o Ego, pela primeira vez, começa a atuar e controlar
a personalidade ou os veículos inferiores. Logo, depois da primeira Iniciação, a
Mônada faz o mesmo, com mais intensidade a cada Iniciação, provocando
mudanças e aumentando a vitalidade dentro destas esferas de fogo ou força vital
pura (os centros ou chacras).
Continuaremos este estudo em 12/12/2003.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
043]
A Natureza dos Centros (continuação) (Páginas 158, 159, 160 e 161 do Tratado
sobre Fuego Cósmico)
Continuemos o estudo da natureza dos centros. Quando o homem consegue fazer
com que seus centros funcionem corretamente, eles passam a constituir
literalmente o “corpo de fogo”, a verdadeira transmutação, o veículo final para a
Mônada e seu Ego, nos planos físico, astral e mental, aproximando-se então o dia
da glória, a quarta Iniciação, a total libertação dos mundos inferiores.
É o corpo incorruptível (citado por Paulo de Tarso), o produto da evolução, o
resultado final da fusão total dos três fogos, que destroem a forma, que não é mais
necessária. Fica somente a chama pura, síntese dos sete centros flamejantes, que
ardem com o máximo de intensidade.
Neste fogo trino prevalece o elétrico, o dominante, em perfeita sintonia com os
demais, porém sendo o regente supremo. Os dois pólos (Espírito e matéria)
uniram-se completamente através do filho, a consciência, o fogo solar, a Alma. Por
isto foi dito: “ Nosso Deus é um fogo consumidor.” (a Bíblia, Cor. I, XV, 53)
Três centros são chamados maiores, porque expressam os três aspectos da
Mônada: Vontade, Amor-Sabedoria e Inteligência Ativa, os quais são:
• O centro coronário - representando a Mônada, a Vontade ou o Poder.
• O centro cardíaco - representando a Alma ou o Ego, o Amor-Sabedoria.
• O centro laríngeo - representando a Personalidade, a Inteligência Ativa.
Os outros dois, o básico e o umbilical estão relacionados respectivamente com os
corpos etérico e astral. Cabe aqui lembrar que são sete os centros sagrados,
incluindo o sacro, que não é tratado neste estudo e o frontal (entre as
sobrancelhas), que na realidade faz parte do coronário, com o qual se funde
totalmente no final do processo evolutivo humano nos planos inferiores.
O centro laríngeo é o sintetizador da vida da personalidade e está claramente
vinculado com o plano mental. Como já vimos no último estudo, o homem em
consciência cerebral está conectado (no início só potencialmente) com os cinco
planos de evolução (físico, astral, mental, búdico e átmico), através dos cinco
centros físicos, da seguinte forma: centro básico e sacro (como um só) com o
físico, umbilical com o astral, laríngeo com o mental, cardíaco com o búdico e o
coronário (abrangendo o frontal) com o átmico. O centro alta maior ou carótido,
depois de sua ativação e ligação com a coluna vertebral etérica, tarefa que o
homem tem de realizar, une-se ao coronário e é sumamente importante na
atividade mental.
Não podemos esquecer que o centro básico é também sintetizador, pois todo
ponto situado na região mais baixa é onde tudo se reflete com maior intensidade,
em toda a manifestação.
Também é nele que se reflete a fusão dos três fogos da matéria: reação nervosa,
emanação prânica e calor corpóreo, para em seguida ocorrer a segunda fusão com
o fogo de manas e solar da Alma e por último com o fogo elétrico da Mônada,
quando se dá a consumação final. Embora essas fusões se realizem no centro entre
as omoplatas, elas são refletidas no básico.
Esses centros, vistos como vórtices de fogo pelo clarividente, estão localizados nas
seguintes regiões do corpo etérico:
• Na base da coluna vertebral, o básico.
• Entre as costelas, logo abaixo do diafragma, o umbilical.
• Na zona que abrange o mamilo esquerdo, o cardíaco.
• No centro da laringe, o laríngeo.
• Na cabeça, abrangendo o coronário, na cúspide e o frontal entre as
sobrancelhas.
Segundo C. W. Leadbeater, no livro Vida Interna, Tomo I,pag. 407-460, as cores e
os números de pétalas dos centros são esses:
• Básico: quatro pétalas em forma de cruz e cor laranja.
• Umbilical ou plexo solar: dez pétalas e cor rosa mesclado de verde.
• Cardíaco: doze pétalas e cor dourada resplandecente.
• Laríngeo: dezesseis pétalas e cor azul prateada, predominando a azul.
• Coronário, em suas duas partes:
frontal, com dois lóbulos de 48 pétalas cada um, totalizando 96, de cores rosa e
amarela um e azul e púrpura o outro;
coronário, com dois vórtices: o interno, com doze pétalas na cor branca ouro (o
mais importante e ligado ao cardíaco) e o periférico, com novecentas e sessenta
pétalas secundárias dispostas em torno do interno.
Somando todas as pétalas (do frontal e do coronário em seus dois vórtices),
obtemos um total de um mil e sessenta e oito pétalas, o que significa trezentas e
cinqüenta e seis triplicidades: 3 x 356 = 1.068.
Esses números possuem um significado oculto, que não será pesquisado no
momento.
À semelhança da Mônada, que tem três aspectos e sintetiza os sete princípios do
homem, o centro coronário tem dentro do seu campo de força sete centros, dos
quais três são chamados maiores e quatro menores, todos sintetizados por ele.
Esses sete centros estão na cabeça do homem e a cada um corresponde um
pequeno órgão no cérebro. Quando estão ativos e unidos, são vistos coroados pelo
coronário.
Existem três órgãos físicos no cérebro denominados: glândula pineal, expressão
do coronário, glândula pituitária, regida pelo centro frontal e o centro físico
chamado alta maior, comandado pelo centro etérico de mesmo nome, que
sintetiza quatro centros menores.
Há uma íntima relação entre os centros laríngeo e alta maior, cardíaco e frontal
(pituitária), coronário e pineal. Essas relações podem ser muito úteis na
meditação, para o aperfeiçoamento consciente e científico do corpo físico-etérico.
Uma informação de grande importância é a seqüência de triângulos formados por
centros, no processo de intensificação, fusão e transferência dos fogos, ao longo da
evolução do homem, servindo esses triângulos como indicadores do nível
evolutivo. Essa seqüência depende do raio da Mônada.
Temos então:
• O triângulo prânico: baço - o centro nas costas abaixo do diafragma - centro
entre as omoplatas. O homem unicamente material.
• Básico - umbilical - cardíaco. O homem regido pelo seu corpo astral.
• Básico - cardíaco - laríngeo. O homem regido pelo seu corpo mental.
• Cardíaco - laríngeo - os quatro centros menores da cabeça, sintetizados
pelo alta maior. O homem parcialmente regido pelo Ego, o homem
avançado, o aspirante.
• Cardíaco - laríngeo - os sete centros da cabeça. O homem espiritual, até a
terceira Iniciação.
• Cardíaco - os sete centros da cabeça - o coronário. O homem espiritual, até
a quinta Iniciação.
Quando os fogos estão enfocados em um triângulo, não significa que não circulem
em outros, mas sim que naquele a intensidade e o brilho são muito maiores, como
também a fusão ocorre a uma velocidade maior.
Pela visão desses triângulos, o Instrutor pode avaliar o progresso do discípulo.
Quando o homem, após a terceira Iniciação, aproxima-se rapidamente da quarta,
todos os triângulos estão ativos e brilham intensamente, havendo, é lógico, uma
graduação de intensidades.
Como nessa fase cada centro gira sobre si mesmo, como um prato girando em
torno do próprio eixo, ele adquire o aspecto de uma esfera de fogo, lançando
centelhas para todos os lados. Como são três centros interligados, a aparência do
triângulo é de uma grande esfera flamejante, na qual se vêm os fogos circulando
entre as esferas menores.
Porém a visão do triângulo da cabeça é a mais impressionante. Do alto do
coronário destaca-se um fluxo belíssimo de fogo para cima, com o matiz do raio da
Mônada, encontrando-se com outro fluxo, que desce, com o fogo elétrico da
Mônada.
Este espetáculo marca a libertação do jugo dos três corpos inferiores, em virtude
do total domínio do Iniciado sobre eles e, conseqüentemente, sobre os três planos
inferiores.
É o seu momento de maior glória, pois está pronto para ficar face a face com o
Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, a encarnação do Logos Planetário.
Neste estágio, são muitos os movimentos dos centros, sendo por isso que são
denominados multidimensionais. Vejamos esses movimentos: rotação dos átomos
em torno do próprio eixo, oscilação dos átomos, movimento deles em vórtice,
formando as pétalas ou raios, rotação de todo o conjunto em torno do centro,
rotação do conjunto em torno do próprio eixo, pulsação do conjunto e outros,
simultâneos.
Essa triangulação e esses movimentos ocorrem também nos centros dos corpos
astral e mental, o que transforma a visão simultânea dos três corpos em algo
muitíssimo mais belo e arrebatador.
A grandiosidade e a beleza desse espetáculo são indescritíveis e somente aqueles
que conseguem captar os significados, através do intenso raciocínio analítico e
dedutivo, iluminado pela mente abstrata,estão em condições de percebê-las em
sua visão interior. Quando isso acontece com o Iniciado (para essa visão é
necessário ter pelo menos a segunda Iniciação), sua certeza e convicção adquirem
um tal grau de solidez, que nada pode abalá-las, simplesmente porque ele viu
dentro de si.
É nossa firme e indesviável intenção passar para todos, dentro da capacidade de
alcance de cada um, o que sabemos e percebemos interiormente, adaptando-o a
uma linguagem compreensível, com o único objetivo de que todos consigam
acender a chama interior, levantem os véus de maia e da miragem, enxerguem o
verdadeiro caminho para a Iniciação, anunciado pelo sr. CRISTO e conquistem a
felicidade duradoura, que não depende de fatores externos. Essa nossa intenção é
inspirada na do Mestre Tibetano e de toda a Hierarquia.
Continuaremos em 19/12/2003.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[044]
A Natureza dos Centros (continuação) (Páginas 161, 162 e 163 do Tratado sobre
Fuego Cósmico)
Vamos descrever agora a evolução dos centros à luz dos símbolos.
• O círculo. Nesta etapa o centro tem a aparência de um pequeno prato de
fogo, que o envolve totalmente, porém é muito débil. A rotação é bastante
lenta, a tal ponto que é quase imperceptível. É a situação do homem
iniciando seu processo evolutivo, o homem lemuriano, quando era mais
animal que homem. O cérebro estava sendo preparado para a implantação
da chispa da mente pelos Senhores da Chama, os Kumaras, que vieram do
esquema de Vênus, liderados por SANAT KUMARA. Ao mesmo tempo o
ANJO SOLAR, no plano causal, começava a construção do LOTO EGÓICO.
• O CÍRCULO COM O PONTO NO CENTRO. Irrompe no ponto central do
prato uma intensificação do fogo, que acelera a rotação. É a fase em que a
mente inicia sua manifestação pelo homem, no final da raça lemuriana. O
trabalho de construção do LOTO EGÓICO por parte do ANJO SOLAR está
quase concluído, embora seu sacrifício continue por milhões de anos, pois
tem de velar pela sua obra.
• O CÍRCULO DIVIDIDO EM DOIS. O ponto de fogo no centro do vórtice
torna-se mais forte e sua luminosidade aumenta. Pelo incremento da
rotação, esse ponto se estende em duas direções opostas, dividindo
aparentemente o vórtice em dois semicírculos. Devido à aceleração, a linha
de fogo oscila para frente e para trás, o que faz crescer o brilho do centro. É
o homem da raça atlantiana.
• O CENTRO DIVIDIDO EM QUATRO. Nesta situação o ponto de fogo de
maior intensidade no meio do centro, além do movimento horizontal, inicia
outro movimento vertical, dividindo o centro em quatro quadrantes. Sua
atividade fica enormemente incrementada. A roda gira juntamente com a
cruz interna, lançando chispas de fogo em todas as direções no plano
gerado pela superfície do centro, provocando um espetáculo de grande
beleza. Indica que o homem alcançou um alto grau de desenvolvimento
mental, correspondente à quinta raça-raiz, a atual. Ele tem conhecimento
de suas atividades internas, na parte da personalidade, representada pelo
braço horizontal da cruz, bem como com referência à parte espiritual, do
Ego, expressada pelo braço vertical. Aproxima-se do caminho probatório. A
personalidade ainda atua fortemente.
• A SUÁSTICA. No final da fase anterior, as centelhas de fogo lançadas pelos
braços da cruz começam a dar a forma de suástica ao conjunto, devido à
rotação. Inicia-se então um novo movimento de giro em torno do eixo. O
centro gira em torno de seu ponto central, ao mesmo tempo em que gira em
torno de seu eixo. Assim ele gera uma esfera, que simultaneamente tem
duas rotações: longitudinal e vertical. O homem está então no Caminho. Os
raios ou pétalas da roda (conseqüência da evolução da cruz desde o ponto
central) se fundem e misturam em um fogo que consome tudo.
Lembramos que, embora tenhamos falado em cruz, que possui apenas quatro
raios, ela não se refere às pétalas dos centros. Essas variam conforme o centro e
são na realidade vórtices dentro do centro. Os raios (como raios de uma roda),
sinônimos de pétalas, citados nesse contexto, nada têm a ver com os sete raios,
qualidades da manifestação do Logos.
Mestre Tibetano cita palavras simbólicas referentes ao tema em pauta, afirmando
que a meditação sobre o assunto produzirá um efeito definido num dos centros,
que deverá ser descoberto por cada um. Nossa interpretação é a seguinte:
“O segredo do Fogo encontra-se oculto na segunda letra da Palavra Sagrada.”: a
palavra sagrada é AUM, que é uma abreviatura da frase (em sentido vibratório)
que o Logos Solar está pronunciando para a realização de seu projeto e propósito.
A letra A, a primeira, representa o sistema solar anterior, no qual o Logos
desenvolveu o terceiro aspecto. No atual sistema, a letra é a segunda, o U, que
expressa seu propósito atual, que é o Amor-Sabedoria-Razão Pura. Portanto o
Fogo dominante agora é o Solar, do segundo aspecto ou raio. A forma da letra U
traz a idéia de conter, de unir, de fundir.
O mistério da vida acha-se oculto no coração.“ : como o coração (comandado pelo
centro cardíaco) é regido pelo segundo raio, é ele onde a vida está ancorada. No
atual sistema solar, a meta é expressar budi por manas, ou seja, expressar a vida
do coração pelo centro laríngeo.
Quando vibra o ponto inferior, quando o triângulo sagrado resplandece, quando o
ponto, o centro médio e o ápice ardem, então os dois triângulos - o maior e o
menor - fundem-se em uma só chama, que consome tudo.” : o ponto inferior é o
centro básico; o triângulo sagrado é formado pelos centros frontal, coronário e alta
maior; o ponto é o básico, o centro médio é o cardíaco e o ápice é o coronário; o
triângulo maior é o da cabeça e o menor é o triângulo prânico, do qual o fogo
unido salta para o centro alta maior.
“ O fogo dentro do fogo menor é fortemente impelido em seu progresso, quando o
círculo do móvel e o imóvel, da roda menor dentro da maior, imóvel no tempo,
encontra sua dupla saída, então brilha com a glória do duplo Uno e de seu
sêxtuplo Irmão. Fohat se precipita através do espaço. Busca seu complemento. O
alento do imóvel e o fogo do Uno, que vê o conjunto desde o princípio, apressam-
se para unirem-se, e o imóvel transforma-se em uma esfera de atividade.” : o fogo
menor é o fogo tríplice da matéria (emanação prânica e calor corpóreo, unidos
atualmente e reação nervosa), o fogo citado é o solar, da Alma ou Ego; o círculo do
móvel é o central do coronário, de doze pétalas, o imóvel é o periférico de
novecentas e sessenta pétalas do coronário, o círculo externo, que no começo não
gira com muita velocidade; quando os dois, o móvel e o imóvel (o coronário duplo)
consegue enviar o fogo solar do Ego para o centro frontal, que tem dois lóbulos,
esquerdo e direito, totalizando 48 + 48 = 96 pétalas, é então que começa a brilhar
a glória do duplo Uno (o duplo coronário) e de seu sêxtuplo Irmão (os seis centros
sagrados), pois eles entram em plena atividade, multidimensional. Lembremos
que 960 = 96 x 10. A partir daí o fogo elétrico da Mônada (Fohat) penetra no
coronário e atinge os demais centros, iniciando a fusão dos três fogos, buscando
seu complemento.
O alento do imóvel (fogo solar da Alma) e o fogo do Uno (aqui o fogo da Mônada,
que persegue a fusão dos três fogos desde o início) aceleram a união. Então o
coronário (a periferia e a coroa central unificadas) transforma-se em uma esfera
de intensa atividade.
Temos pois nas palavras do Mestre Tibetano uma belíssima e poética descrição do
que ocorre no ser humano, quando ele decide, usando verdadeiramente seu livre
arbítrio, ser o condutor de sua evolução.
No próximo estudo, em 28/12/2003,trataremos do importante tema Os Centros e
os Raios, iniciando na página 163 do Tratado sobre Fuego Cósmico.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[045]
Os Centros e os Raios (Páginas 163, 164 e 165 do Tratado sobre Fuego Cósmico)
O assunto a ser estudado agora é de suma importância, porque o entendimento
profundo e claro dos raios irá permitir não só que cada um acelere a própria
evolução, como passe a compreender os efeitos provocados na civilização e nos
reinos pelas entradas e saídas dos raios, na medida da aquisição de mais
conhecimentos, é claro.
O tema é muito amplo, mas dará uma base para reflexão, analogias, deduções e
conjecturas inteligentes e racionais. Segundo as próprias palavras do Mestre
Tibetano, o único objetivo para essas informações é proporcionar fatos
fundamentais, sobre os quais, pelo emprego da imaginação, poderá ser erigida
uma estrutura baseada em teorias lógicas, que permitirá duas coisas:
Desenvolver a capacidade de ampliar e estender os conceitos mentais, que são
expostos na Tratado sobre Fogo Cósmico e construir o antakarana - a ponte que
devem construir, cientificamente e com pleno conhecimento do processo, entre a
mente superior e a inferior, aqueles que querem atuar no corpo búdico, o corpo
que permite acessar ao conhecimento puro e não distorcido. Daí a necessidade de
utilizar a imaginação, sentido do corpo astral, equivalente ao paladar do corpo
físico, à discriminação do corpo mental e à intuição do corpo búdico (mais tarde
estudaremos as equivalências de todos os sentidos). Logo, pelo uso da imaginação
conjuntamente com a discriminação (mente racional ou inferior), a teoria lógica é
construída e a reflexão sobre os conceitos subjacentes irá estimular a intuição, que
é a imaginação transmutada.
O Mestre ainda continua afirmando que todos os instrutores (como Ele) que
aceitam discípulos para treinamento, a fim de utilizá-los no serviço mundial,
empregam o mesmo método: expõem um fato (muitas vezes velado em palavras
ou oculto em um símbolo), deixando que o discípulo faça sozinho suas próprias
deduções. Assim desenvolve-se a capacidade de discriminar, método essencial que
libera o Espírito (a Mônada) das ligações da matéria e lhe ensina a discernir entre
a ilusão e o que ela vela. É portanto o único modo de vencer maia, a miragem e a
ilusão, as três etapas da ilusão geral. Vamos explicar melhor isso. Maia é o engano
provocado pela deficiência dos sentidos físicos, em relação ao mundo fenomênico
físico. Miragem é o engano gerado pelo corpo astral e ilusão é o engano articulado
pelo corpo mental inferior, que só atua nos Iniciados até a segunda Iniciação,
sendo que logo após essa Iniciação, ela começa de imediato a ser vencida e
eliminada, com uma velocidade que depende exclusivamente da vontade e do
esforço do Iniciado, podendo ele até conseguir sua total aniquilação na própria
encarnação em que recebeu a segunda Iniciação. É raro acontecer isso, mas não
impossível, sendo condição fundamental, sem a qual não, que ele faça uso intenso
da mente analítica, buscando sempre os significados e conceitos subjacentes,
inclusive sobre os fenômenos devocionais, como os êstases (samadi) dos místicos.
Como é do conhecimento de todos, o místico (apenas místico) não dá o menor
valor à mente analítica e atinge seus arroubos unicamente levado pela devoção.
Como existe uma linha de comunicação direta (via sub-plano atômico) entre o
plano astral e o búdico (relação 4-6), ele acessa o búdico, todavia essa linha é
incompleta, tanto que ele não consegue explicar nada e por isso desdenha a
mente, como fazem muitos deles, chegando ao cúmulo de condenar os que
valorizam e defendem o uso dela. Em parte são levados a esse comportamento,
porque usar o corpo astral é relativamente fácil, não requerendo muito esforço, é
uma linha passiva, mas saber se servir da mente exige muito esforço e disciplina.
Uma coisa é certa, a nossa raça-raiz, a quinta, tem como meta o desenvolvimento
da mente (quinto raio e quinto plano). Para concluir, os Mestres que seguiram a
linha devocional, como o sr. Buda, Jesus e Serápis Bey, escolheram o quarto
caminho, por ocasião da sexta Iniciação, a da Decisão, caminho esse que conduz a
Sírius, fonte da Inteligência Cósmica (Manas Cósmico) para o nosso sistema solar.
Lá irão chegar como aprendizes, para desenvolverem sua capacidade mental em
nível cósmico, pois não conseguiram a perfeição relativa necessária nessa área.
São Mestres de Compaixão, mas não Dragões de Sabedoria. Isto em hipótese
alguma coloca-os em situação inferior. A explicação é que na época deles a
humanidade respondia melhor ao estímulo devocional e não ao mental. Por isso
Eles escolheram essa linha de evolução, para melhor ajudarem a humanidade.
Quando concluírem o treinamento em Sírius, Eles serão Gigantes de Inteligência
Cósmica. O Planejamento Divino é sábio e atua de acordo com as necessidades
reinantes. Mas na época atual a linha prevista pelo Plano Divino é a mental. A
maioria dos seres humanos que conseguirem atingir a meta da cadeia, a quinta
Iniciação, a do Adepto, deverão escolher o caminho de Sírius, em virtude dessa
tendência devocional. Poucos terão condições e preparo para escolher os outros
caminhos. O Senhor Maitreya escolheu o quinto caminho, o de Raio, um dos mais
difíceis, o mesmo escolhido por Mãe Maria, que hoje não tem mais essa imagem
conhecida. Ela atualmente é um grande Deva, ocupando um altíssimo cargo
dentro da administração solar.
Após essa digressão, com o único objetivo de esclarecimento, voltemos ao tema
em pauta. Não é possível fornecer muita informação sobre a influência dos raios
sobre os centros, porque os mais capacitados, mas sem a devida solidez de caráter,
poderiam direcionar os conhecimentos para fins egoístas e antagônicos aos planos
da Hierarquia.
A evolução dos centros é um processo gradual e lento, que avança em ciclos
ordenados, que variam segundo o raio da Mônada do homem.
Sob o ângulo do desenvolvimento dos centros sob a ação dos raios, podemos
dividir a vida da Mônada encarnada em três períodos principais:
• O período sob a ação do raio da personalidade.
• O período sob a ação do raio do Ego.
• O período sob a ação do raio da Mônada.
O primeiro período, como é óbvio, é o mais prolongado e abarca a imensa
sucessão dos séculos, durante os quais se desenvolve o aspecto atividade do
tríplice eu. As encarnações se sucedem, sendo forjado lentamente o aspecto manas
ou mente. O homem é controlado cada vez mais pelo seu intelecto, atuando
através de seu cérebro físico.
Analogamente poderemos afirmar que este período corresponde ao primeiro
sistema solar, anterior ao atual, no qual o terceiro aspecto do Logos, Brahma,
Mente, Inteligência Ativa, alcançou a total culminação.
Em conseqüência no atual Sistema Solar o aspecto Amor-Sabedoria-Razão Pura
começou a fundir-se e a se estruturar por intermédio de Manas ou Mente, o que
demonstra clara e cabalmente que a mente é o cimento e o alicerce para a
construção do palácio do Amor-Sabedoria-Razão Pura.
Os milênios passam e o homem torna-se mais inteligente e seu campo de ação
passa a ser mais adequado para a manifestação do segundo aspecto.
A analogia está na semelhança e não nos detalhes observados em tempo e espaço.
A ação do raio da personalidade sobre os centros abrange o período dos três
primeiros triângulos (prânico-básico/umbilical ou plexo solar/cardíaco-laríngeo),
já explicados.
Para maior clareza não devemos esquecer que foram estabelecidas diferenças
entre os três aspectos e o seu desenvolvimento foi considerado separadamente,
todavia isto só é possível em tempo e espaço ou durante o processo evolutivo,
porém é impossível do ponto de vista do Eterno Agora ou da Unidade do Eu-Total
(inexistência de tempo e espaço). O aspecto Vishnu ou Amor-Sabedoria-Razão
Pura está latente no Eu-Total e é parte do conteúdo monádico, mas o aspecto
Brahma ou Atividade Inteligente antecede à sua manifestação no tempo.
Simbolicamente falando, o Tabernáculo no deserto surgiu antes da construção do
Templo de Salomão, como relata o Antigo Testamento. O grão de trigo permanece
na escuridão da Mãe Terra, antes de aparecerem as douradas espigas. O loto terá
de afundar suas raízes no lodo, antes de manifestar a beleza do seu botão.
O término da influência do raio da personalidade sobre os centros só ocorre
depois que o triângulo básico-cardíaco-laríngeo foi bem trabalhado, quando se dá
a transferência dos fogos para os quatro centros menores da cabeça, sintetizados
pelo Alta Maior ou Carótido. A ação simultânea do cardíaco (emoção sublimada) e
do laríngeo (atividade mental) torna o homem mental sem perder a sensibilidade
de sentimento, mas com conhecimento e controle das emoções e não escravo
delas, ou seja, adquire o amor inteligente. Não podemos esquecer que o chacra
cardíaco tem uma conexão interna com a coroa central de 12 pétalas do coronário.
Daí concluímos com certeza lógica e racional que somente usando a mente o
homem consegue escapar do domínio da personalidade.
A ação do raio da personalidade sobre os centros pode ser analisada à luz dos
movimentos e oscilações de átomos e partículas, o que ocorre em toda a natureza.
É por isso que o Mestre Tibetano deu ao assunto o título “ O Movimento nos
Planos Físico e Astral”. Contudo o detalhamento dessa análise requer uma base
sólida de conhecimentos sobre a estrutura do átomo, impossível de ser passada
aqui.
Por agora encerramos nosso estudo. Voltaremos em 7/1/2004, continuando com
esse assunto.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[046]
Os Centros e os Raios (Continuação) (Páginas 165, 166, 167 e 168 do Tratado sobre
Fuego Cósmico)
O segundo período, em que domina o raio egóico, não é tão longo quanto o
primeiro. É o período em que os quarto e quinto triângulos são vivificados
(cardíaco/laríngeo/os quatro centros menores da cabeça, sintetizados pelo Alta
Maior e cardíaco/laríngeo/os sete centros da cabeça). É a fase do ciclo evolutivo
em que o homem emprega suas forças a favor de sua evolução, submete-se
conscientemente a uma disciplina, ingressa no caminho da provação e vai subindo
até a terceira Iniciação.
Quando esteve sob o domínio do raio da personalidade, o homem vivenciou as
experiências dos cinco raios, os quatro de atributo inicialmente, para depois
sintetizá-los no terceiro, aprendendo assim a trabalhar com a mente.
Quando passa para a regência do raio egóico, o homem fica sob a influência de um
dos sub-raios de um dos dois raios maiores, o primeiro e o segundo, se não é o
terceiro seu raio egóico.
Aqui cabe perguntar se o raio egóico tem de ser necessariamente um dos três
maiores e se há Mestres e Iniciados em algum raio menor. A resposta é que o raio
egóico pode ser um dos sete. Todavia o nosso Logos Solar está cultivando com
mais ênfase seu segundo aspecto: Amor-Sabedoria-Razão Pura, nesta sua atual
encarnação, o Sistema Solar objetivo. Vishnu, o Filho, o Dragão de Sabedoria está
em manifestação, sendo pois sua meta construir a Obra Prima do Amor. Portanto
o segundo é o raio sintético e todos os outros são na realidade seus sub-raios.
Em conseqüência as Entidades Cósmicas que com Ele colaboram são também do
segundo raio.
Embora as Mônadas em evolução agora sejam dos três raios, prevalecem as do
segundo, assim distribuídas em número:
• Primeiro raio: 5 bilhões
• Segundo raio: 35 bilhões
• Terceiro raio: 20 bilhões
Apesar de existirem Mônadas dos primeiro e terceiro raios, contudo Elas são na
realidade dos primeiro e terceiro sub-raios do segundo, uma vez que o nosso
Logos Solar está no segundo raio.
As que estão no primeiro sub-raio estão adiantadas e as do terceiro atrasadas.
O conhecimento do sub-raio monádico é adquirido na terceira Iniciação.
O fato de que os Mestres e Iniciados pertençam a todos os raios deve-se aos dois
seguintes fatores:
• Cada raio maior tem sete sub-raios.
• Muitos dos Guias das raças mudam de raio conforme as necessidades e as
exigências do trabalho a ser efetuado. Quando um Mestre ou um Iniciado é
transferido, ocorre um total reajuste em termos de raio.
Da mesma forma quando um Mestre deixa de pertencer à Hierarquia do nosso
planeta, para trabalhar em outra parte, freqüentemente é preciso que seja
efetuada uma completa reorganização e a conseqüente admissão de novos
membros na grande Loja Branca. Poucos entendem esses fatos.
Lembramos oportunamente que as informações dadas sobre os raios referem-se a
todo o sistema solar e não somente às condições da terra e às Mônadas nela
evoluindo. A Terra é um órgão dentro de um organismo. Ainda prevalece entre a
maioria dos habitantes deste planeta a crença de que ele é o mais importante do
sistema solar.
Sob a supervisão do Ego predomina o raio no qual ele se encontra num dado
período. Este raio é simplesmente um reflexo direto da Mônada e depende do
aspecto da Tríade Espiritual, que em determinado momento constitui a linha de
menor resistência para os veículos inferiores.
Tendo isto em vista, é fácil entender que ora a ênfase está no aspecto átmico
(vontade), ora no búdico (amor-sabedoria-razão pura) e em outros períodos no
manásico (mental).
A Tríade Espiritual é constituída de três átomos permanentes: átmico, búdico e
mental. Cada um desses átomos tem a sua característica principal, mas pode
manifestar as qualidades dos outros dois de forma secundária.
Assim temos:
Aspecto átmico:
• Átmico-átmico
• Átmico-búdico
• Átmico-manásico
Aspecto búdico:
• Búdico-átmico
• Búdico-búdico
• Búdico-manásico
Aspecto manásico:
• Manásico-átmico
• Manásico-búdico
• Manásico-manásico
Exemplifiquemos essas sub-divisões. Uma Mônada decide desenvolver seu
aspecto Vontade (átmico), voltado para a qualidade Amor-Sabedoria-Razão Pura
(búdico). Então durante um período Ela estimula seu átomo átmico, dando ênfase
à atividade búdica dele. Isto irá fazer com que o Ego ingresse no primeiro raio e
gere personalidade do segundo raio.
Se a Mônada quer se exercitar no aspecto búdico orientado para a atividade
mental (manas), o Ego será do segundo raio, com personalidade que poderá do
terceiro raio ou qualquer dos quatro raios menores, conforme os objetivos da
Mônada.
Com essas combinações temos 21 possibilidades. Esse assunto é pouco entendido.
O terceiro período, no qual o raio monádico atua diretamente no plano físico, é o
mais curto. É quando o sexto triângulo(cardíaco - os sete centros da cabeça -
coronário) está em atividade. É a etapa de realização e liberação. Embora de
pequena duração sob o ponto de vista da personalidade, é de relativa permanência
para a Mônada. Estabelecendo uma analogia com o Logos Solar, equivale ao
tempo que resta dos cem anos de Brahma ou do processo de manifestação.
Há muito material para refletir, meditar e fazer deduções valiosíssimas no estudo
dos triângulos relacionados com a ação dos raios.
Cabe advertir que os triângulos de importância são cinco, se levarmos em conta
que o prânico está relacionado mais com o físico denso, que não é um princípio.
Assim temos:
• Dois triângulos vivificados pelo raio da personalidade
• Dois triângulos vivificados pelo raio egóico
• O triângulo sintetizador da Mônada.
A questão dos períodos dos raios não é tão simples como aparenta, porque os
triângulos da personalidade alcançarão plena atividade de acordo com o raio da
Mônada. Por isso não se pode estabelecer uma regra fixa para seu
desenvolvimento. Uma Mônada do primeiro sub-raio tenderá a evoluir
aceleradamente.
Os triângulos egóicos dependem em grande parte de como a força vital da Mônada
é refletida sobre a personalidade, ou seja, da capacidade do Ego em transferir a
energia da Mônada para ela. Os triângulos egóicos são o ponto intermediário,
assim como o corpo causal é o ponto transmissor (quando está construído e
suficientemente dotado) entre o superior e o inferior.
Os átomos permanentes da Tríade Inferior estão encerrados dentro da periferia do
corpo causal. Contudo este corpo, de relativa permanência, é construído,
expandido e transformado em um receptor central e em uma estação transmissora
(palavras inadequadas para expressar uma idéia esotérica) pela ação direta dos
centros, principalmente por eles. Do mesmo modo pelo qual a força espiritual ou o
aspecto vontade construiu o sistema solar, assim o corpo causal é construído no
homem. Vemos portanto que os centros ou chacras são de imensa importância.
Quando no Macrocosmos o Espírito e a matéria (Pai-Mãe) entraram em contato e
se uniram por um ato de vontade, o Filho, o Sistema Solar objetivo veio à
existência. É chamado Filho do desejo, porque é conseqüência da necessidade do
Logos Solar de adquirir experiência física cósmica, sendo sua característica o
Amor e sua natureza budi ou Sabedoria Espiritual.
No homem (o microcosmos) a força ou vontade da Mônada faz com que Ela se una
à matéria, gerando o mecanismo coerente para efetivar esse contato, o corpo
causal, seu sistema objetivo (juntamente com os corpos inferiores). Esse pequeno
sistema é também produto do desejo transmutado da Mônada e sua característica
(quando manifestada plenamente) será Amor, que com o tempo expressará budi
no plano físico.
Assim como o corpo causal é somente o envoltório ou corpo do Ego, da mesma
forma a parte da matéria causal cósmica que envolve o nosso sistema solar é
somente o envoltório ou corpo do Ego Solar.
Nos dois sistemas, o maior e o menor, existem, como sabemos, centros de força ou
chacras, que produzem a objetividade. Podemos afirmar que os chacras dos corpos
do homem são reflexos miniaturizados dos que existem nos corpos do Logos
Solar.
Será de grande utilidade desenvolver um pouco mais o que acima foi dito, antes de
se estudar a relação entre os chacras e kundalini.
Assim vamos passar informações valiosíssimas (para os que têm olhos de ver)
sobre os centros, com referência ao Sistema Solar e ao Sistema Cósmico maior, do
qual o nosso Logos Solar é um centro sagrado. Tudo o que se diz dos centros do
homem é aplicável aos grandes Seres Cósmicos, dos quais os homens são
diminutas células.
Alertamos que não será possível informar os triângulos dos sistemas, porque são
conhecimentos tão transcendentais, que só podem ser dados de forma muito
velada e por isso não teriam utilidade prática intelectualmente, exceto para os que
estão bem adiantados no ocultismo e têm desenvolvida a intuição. Todavia coisas
interessantes podem ser reveladas.
Continuaremos em 13/01/2004.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[047]
Os Centros e os Raios (continuação) (Páginas 168, 169 e 170 do Tratado sobre
Fuego Cósmico)
O Sistema Solar. Pode ser estudado brevemente do ponto de vista dos Homens
Celestiais (os Logos Planetários) e do grande Homem dos Céus, o Logos Solar.
• Os Homens Celestiais. Seus centros encontram-se na matéria búdica e
acima e se manifestam como grandes campos de força, dentro dos quais os
grupos de Adeptos e seus discípulos atuam, manipulando sua substância.
Cada grupo de Mestres, Iniciados, discípulos e os seres humanos, encarnados ou
desencarnados, que se encontram na periferia da consciência do Logos Planetário,
constituem um centro de algum tipo ou qualidade especial. Este fato é geralmente
aceito, mas é muito importante que os estudantes o correlacionem com as
informações dadas sobre os centros do homem, com o que aprenderão muito.
Assim como no homem, tais centros são constituídos de matéria etérica, porém
cósmica, o que significa matéria búdica. Os Logos Planetários também possuem
chacras ou centros em seus corpos astrais cósmicos, mentais cósmicos e
superiores. Nesses corpos a matéria presente em seus centros pode ser dos quatro
sub-planos superiores (primeiro ou atômico, segundo ou sub-atômico, terceiro e
quarto), dependendo do nível de evolução do Logos.
Igualmente ao que ocorre com o homem, serão vivificados pelo kundalini
planetário circulando pelos triângulos desejados. Esse kundalini não é o que
alimenta o homem, mas o que atua nas matérias búdica e acima.
Serão dadas duas informações para uma consideração bem conscienciosa e
profunda, que fornecerão muitas conclusões de elevadíssima importância e grande
aplicação prática para aqueles possuidores de visão intelectual oculta e com
capacidade de cruzar informações e usar o potencial da analogia. É muito comum
serem encontradas pessoas com formação científica e acadêmica, que só sabem
utilizar a mente racional na sua parte concreta, ou seja, elas só conseguem
entender o que pode ser demonstrado materialmente e que vêm, não tendo a
mínima condição de entender e assimilar conceitos abstratos. Essas informações
referem-se a um Logos Planetário, que o Mestre Tibetano não revela.
Existe um triângulo de força formado pelos três seguintes centros:
• O centro do Manu e seu grupo.
• O centro do Bodhisattva ou Cristo (sr. Maitreya) e seus discípulos.
• O centro do Mahachoan e seus discípulos.
Este triângulo ainda não foi totalmente vivificado na atual etapa de
desenvolvimento do Logos implicado.
Pela análise e reflexão profunda, não é muito difícil deduzir quem é esse Logos.
Também é relativamente fácil inferir quais são esses centros. De posse desses
conhecimentos, saberemos a etapa evolutiva do Logos. Como o Mestre Tibetano
diz que o nome desse Logos não pode ser revelado publicamente, só resta
incentivar os estudantes para que estudem detidamente o assunto, servindo-se
bastante da mente abstrata, da analogia e do cruzamento de informações.
A outra informação é que há um outro triângulo, referente ao nosso Logos
Planetário, formado pelos sete Kumaras. Os quatro Kumaras exotéricos
constituem os quatro centros menores da cabeça e os três maiores (incluindo
Sanat Kumara) são os três centros maiores da cabeça. A triangulação é assim
disposta: os quatro centros menores são sintetizados pelo Alta Maior, que abrange
um centro maior, o que nos dá a configuração na qual um vértice é formado pelos
quatro menores e um maior abrangido pelo Alta Maior, o outro vértice é o frontal
e o terceiro é o Coronário. Essa sintetização dos quatro centros menores pelo Alta
Maior é análoga à sintetização dos quatro raios menores pelo terceiro, o de Manas.
Com referência aos Kumaras, Eles são sete e provenientes do esquema de Vênus,
donde vieram há 18 milhões de anos, liderados por Sanat Kumara, num total de
108,para ajudar no processo de individualização e implantação da chispa da
mente na raça lemuriana. A maioria já retornou, permanecendo os atuais sete,
incluindo Sanat Kumara. Este com mais dois são esotéricos e possuem veículos de
matéria mais sutil que a etérica e os outros quatro são exotéricos, com veículos de
matéria etérica. Sanat Kumara transmite para a terra a força especializada do
nosso Logos Planetário, sendo considerado sua encarnação física, os demais
transmitem energias dos outros seis esquemas planetários sagrados. A energia do
outro esquema planetário sagrado que falta nos vem por Sanat Kumara, uma vez
que o nosso Logos Planetário tem uma ligação muito íntima com um Logos
Planetário sagrado.
Existe um outro triângulo planetário muito importante, formado pela Terra,
Marte e Mercúrio e que muito nos afeta. Não constitui um triângulo sagrado.
Mercúrio, sagrado, expressa o kundalini como atividade inteligente, relacionado
pois com Manas e Marte expressa o kundalini latente, voltado para o movimento
de rotação e o calor da matéria. Por isso Mercúrio e o chacra básico do homem
estão estreitamente vinculados. Nessa circulação triangular do kundalini a Terra é
beneficiada e aqueles que possuem o conhecimento necessário podem usufruir
dessa energia em muito. A verdade sobre esse triângulo encontra-se oculta nos
símbolos astrológicos dos dois planetas, que devem ser devidamente interpretados
à luz da mente abstrata. Usando a técnica de elevar para níveis planetários o que
ocorre com o kundalini do homem e as relações geométricas entre os três
planetas, o segredo é revelado. Mas isto não é assunto para o atual estudo. Este
triângulo é citado pelas implicações nos três Logos Planetários, demonstrando que
Eles se relacionam e se ajudam reciprocamente, afetando, é óbvio, as
humanidades neles evoluindo, incluindo os reinos.
• O Grande Homem dos Céus. Ele tem como centros principais os sete Logos
Planetários sagrados, os quais mantêm com Ele relações idênticas às dos
Mestres e seus grupos para com o Logos Planetário.Esses centros são
vivificados pelo kundalini do sistema e na atual etapa do desenvolvimento
logóico alguns estão mais ativos e estreitamente ligados, o que significa que
também formam triângulos, que traduzem o grau de evolução do Logos.
O triângulo citado anteriormente, Terra, Marte e Mercúrio, tem excepcional
importância sob o ponto de vista do nosso Logos Planetário. Mestre Tibetano
chama-os textualmente de os três planetas etéricos de nossa cadeia, dando a
entender à primeira vista que eles formam uma cadeia. Cremos todavia que o
Mestre quis se referir às ligações energéticas que Marte e Mercúrio têm com a
Terra, conforme pode-se comprovar pelo VI diagrama, à página 317 do Tratado
sobre Fogo Cósmico, quando é descrita a Divina Década. Neste diagrama vemos as
ligações de dois globos etéricos do esquema da terra com Mercúrio e Marte. Para
melhor esclarecimento, apresentamos um desenho com base no diagrama.
[050]
Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Páginas 172,173 e 174 do
Tratado sobre Fogo Cósmico)
É muito importante que certos esclarecimentos sobre os sentidos sejam dados
agora, com o objetivo de que o entendimento do que será explicado adiante seja o
mais completo possível.
Temos de compreender os sentidos tendo em vista sua definição, sua quantidade,
sua relação com a Mônada e os efeitos que eles produzem, sem o que jamais sua
grande importância será percebida e não será possível trilhar o caminho do
conhecimento.
Os sentidos são os mecanismos de que dispõe a Mônada, o Deus aprisionado, para
estabelecer contato com o ambiente exterior, tomar conhecimento do que ocorre
nesse ambiente, investigar, pesquisar, vivenciar e adquirir experiências e por meio
de tudo isso saber o que precisa aprender, expandir sua consciência e evoluir para
níveis cada vez mais elevados.
Estudaremos os cinco sentidos do homem. Os animais também os possuem, mas,
pelo fato de não possuírem auto-consciência, sua capacidade de relacionar o “eu”
com o “não eu” é muito limitada. Por “eu” queremos dizer a auto-consciência do
homem e por “não eu” tudo o que está fora dessa auto-consciência. Os sentidos
dos animais constituem uma faculdade grupal, que se manifesta como instinto
racial.
O que ocorre nos corpos do homem e chega à sua auto-consciência é considerado
como “não eu”, daí a necessidade de não se identificar com os corpos, muito
embora saibamos identificar essa ocorrência em nossos veículos.
Os sentidos do homem manifestam-se como: realização individual de sua auto-
consciência (nem sempre no comando), poder para afirmar esse individualismo,
instrumento poderoso para a evolução de sua auto-consciência, fonte de
conhecimento e saber e, finalmente, faculdade transmutadora quando se encerra
seu processo evolutivo nos três mundos inferiores.
Eles são os seguintes, na ordem de desenvolvimento:
• audição;
• tato;
• visão;
• paladar;
• olfato.
São os tattwas, as vibrações ou oscilações dos átomos, que dão origem aos
chamados elementos, os responsáveis pelos sentidos. Não cabe aqui uma
explanação detalhada e profunda sobre os tattwas, o que poderá ocorrer em outra
oportunidade. Apenas esclareceremos as relações entre eles, os planos e os
sentidos.
O tattwa akasha ou éter rege a audição. Seu plano é o átmico. Embora existam os
tatwas dos planos adi e monádico, nada será revelado sobre esses dois, pois não é
conhecimento para a atual humanidade.
O akasha dá origem ao vahiu, elemento ar, regente do tato, sendo seu plano o
búdico.
Tejas ou agni, elemento fogo, é o regente da visão, plano mental.
Apas, elemento água ou líquido, rege o paladar, plano astral.
Prítivi, elemento terra ou sólido, rege o olfato, plano físico.
Deve ficar bem claro que, embora os tattwas relacionem-se intimamente com seus
planos específicos, eles atuam em todos eles. Portanto temos akasha, vahiu, tejas,
apas e prítivi no plano físico, como no astral, no mental etc. O entendimento claro
e profundo dos tattwas requer o domínio intelectual da teoria das oscilações. É um
assunto perigoso, porque conduz ao domínio da matéria e sua transformação e
transmutação, para o que, como já dissemos, não está preparada a humanidade,
bastando lembrar os funestos resultados pela utilização da célebre fórmula de
Einstein: energia é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz.
Tendo em vista a seqüência do processo de evolução do homem, físico, astral,
mental, búdico e átmico,e o desenvolvimento de seus sentidos, audição, tato,
visão, paladar e olfato, existe a seguinte correlação sentido/plano:
audição plano físico
tato plano astral
visão plano mental
paladar plano búdico
olfato plano átmico
Na consideração acima devemos também ter em mente o reflexo entre os planos:
o plano átmico se reflete no físico, o búdico no astral, ficando o mental sem
reflexo.
Todos os corpos do homem, desde o físico até o átmico, possuem sentidos,
chamados jnanaindryas (vias do conhecimento). Os corpos monádico e adi
também os possuem, todavia não serão aqui tratados.
No corpo físico a correlação entre os sentidos e os sub-planos é a seguinte:
audição quinto sub-plano, gasoso
tato quarto sub-plano, primeiro éter
visão terceiro sub-plano, super-etérico
paladar segundo sub-plano, sub-atômico
olfato primeiro sub-plano, atômico
Observem que essa correlação acima é análoga à existente entre os sentidos e os
planos, na qual a audição está relacionada ao físico, o mais denso, e o olfato ao
mais sutil dos cinco planos, o átmico.
Nos planos físico e astral, os sub-planos de conquista do homem são os cinco
superiores. Os dois inferiores, o sexto e o sétimo, respectivamente, líquido e
sólido, estão simbolicamente debaixo do umbral e são utilizados pelas formas de
vida inferiores à humana.
No desenvolvimento das raças-raiz da atual ronda encontramos uma analogia
muito interessante. As duas primeiras raças, a adâmica e a hiperbórea, não eram
definidamente humanas, sendo a terceira raça, a lemuriana, realmente humana.
Conclui-se pois que o terceiro sub-plano dos planos físico e astral é o marco inicial
do esforço humano, devendo o homem conquistar os cinco sub-planos superiores.
O mesmo não ocorre no plano mental. Mas esse assunto ficará para o próximo
estudo, no dia 18/02/2004.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[051]
Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Continuação) (Páginas
174, 175 e 176 do Tratado sobre Fogo Cósmico)
O desenvolvimento e a conquista dos sentidos do corpo mental têm maior
amplitude do que nos corpos físico e astral. No decorrer da evolução
normal humana, os sentidos referentes aos cinco sub-planos inferiores
devem ser dominados. São eles: audição (clariaudiência superior)-sétimo
sub-plano, tato (psicometria planetária)-sexto sub-plano, visão
(clarividência superior)-quinto sub-plano, paladar (discriminação)-quarto
sub-plano, todos do corpo mental inferior ou concreto. Quando o homem já
é um iniciado e sua consciência está centrada no terceiro sub-plano
(causal), entram em atividade mais três sentidos superiores, que são: olfato
(discernimento espiritual)-terceiro sub-plano, resposta à vibração grupal -
segundo sub-plano e telepatia espiritual-primeiro sub-plano ou atômico.
Este último é o sub-plano de abstração ou síntese, ou seja, todos os demais
sentidos são resumidos e sintetizados nele. O corpo mental é o mais
solicitado, porque no atual sistema solar a mente é utilizada para expressar
budi, uma vez que ela foi conquista do sistema solar anterior.
Para o Homem Celestial ou o Logos Planetário, ocorre a mesma coisa. Os
dois planos superiores, monádico e adi, são os de abstração e síntese das
conquistas feitas nos planos inferiores.
Façamos agora uma tabulação comparativa entre os sentidos dos cinco
corpos do homem, desde o físico até o átmico, que são metas da
humanidade para a atual cadeia, pois a quinta iniciação tem de ser
alcançada e ela exige o domínio do corpo átmico.
Os sentidos resposta à vibração grupal e telepatia espiritual, do corpo
mental superior ou causal, não têm análogos nos corpos inferiores.
No corpo astral a correspondência entre os sentidos e os sub-planos é a
mesma do corpo físico.
No corpo búdico a correspondência é a seguinte:
captação sétimo sub-plano equivale à audição do corpo físico
cura sexto sub-plano equivale ao tato do corpo físico
visão divina quinto sub-plano equivale à visão do corpo físico
intuição quarto sub-plano equivale ao paladar do corpo físico
idealismo terceiro sub-plano equivale ao olfato do corpo físico
Os sentidos referentes aos sub-planos segundo e primeiro (atômico) do
corpo búdico são conquistados após a quinta iniciação.
No corpo átmico temos:
beatitude sétimo sub-plano equivale à audição
serviço ativo sexto sub-plano equivale ao tato
compreensão quinto sub-plano equivale à visão
perfeição quarto sub-plano equivale ao paladar
conhecimento total terceiro sub-plano equivale ao olfato
Também neste corpo os sentidos referentes aos sub-planos segundo e
primeiro são conquistados após a quinta iniciação.
A correspondência entre os sentidos dos corpos físico e astral é a seguinte:
audição clariaudiência astral
tato psicometria
visão clarividência astral
paladar imaginação
olfato idealismo emotivo
Um sentido mais elevado incorpora os inferiores. Então no tato existe
audição, na visão existem audição e tato, no paladar existem audição, tato e
visão e no olfato existem audição, tato, visão e paladar. O paladar e o olfato
são sentidos subsidiários do tato e este é o mais importante do atual
sistema solar, pois é regido pelo segundo raio, a meta do nosso Logos
Solar. Sabemos pela ciência que o paladar e o olfato exigem o contato das
moléculas portadoras das respectivas vibrações com as células
responsáveis por esses sentidos (papilas gustativas e células olfativas) e
que eles interagem entre si.
Quando estudarmos o significado de cada sentido dos corpos, desde o
físico até o átmico, comparando-os entre si e utilizando a analogia,
obteremos um entendimento bem profundo do modo de vida nos planos.
Com esse conhecimento crescerá o estímulo para acelerar o processo
evolutivo, pois o caminho ficará claro e todos saberão o que conquistar. A
técnica para adquirir o conhecimento do modo de atuação nas matérias dos
mundos sutis (astral, mental, búdico, átmico etc) consiste em analisar-se
profunda e exaustivamente as percepções dos cinco sentidos do corpo
físico, a propagação das informações via rede nervosa até o cérebro e o
que ocorre nesse, até chegar à conscientização, fazendo depois as devidas
ilações para os corpos sutis.
Vamos dar um exemplo. Na visão, os fótons (partículas de luz), após
passarem pela córnea, pupila, cristalino e humor aquoso, chegam à retina,
incidindo sobre os cones e bastonetes, onde são transformados em sinais
elétricos, os quais seguem pela rede nervosa e chegam ao centro cerebral
da visão. Nesse são processados e conscientizados, trazendo então mais
informações, o que significa mais conhecimento, não interessa que tipo de
conhecimento.
Na audição as ondas sonoras chegam à cóclea, após passarem pelos
diversos componentes do aparelho auditivo (tímpano, bigorna, martelo e
estribo). Os cílios vibráteis transformam as ondas sonoras em sinais
elétricos, os quais são transportados pelo nervos até o centro auditivo
cerebral, onde ocorre a conscientização da informação, o que significa mais
conhecimento.
De modo semelhante são processadas as informações dos demais
sentidos.
Vamos fazer um esforço para explicar o que ocorre com o sentido da
audição do corpo astral. Assim como no mundo físico determinados
estímulos provocam a formação de ondas sonoras, que são classificadas
como ondas mecânicas pela física, embora a origem seja etérica, da mesma
forma certos estímulos na matéria astral geram ondas ou oscilações das
moléculas astrais. Essas oscilações, ao atingirem o corpo astral, por ele se
propagam, sem necessidade de um órgão específico, como o ouvido do
corpo físico. Ao chegarem no chacra responsável pelo processamento
desse tipo de oscilação, as informações contidas são extraídas e levadas à
consciência astral. O corpo astral não é rígido como o corpo denso, mas
fluídico, sendo por isso que a audição astral é mais eficiente que a física.
No corpo astral a audição se dá por qualquer parte dele, como também a
visão, o tato (psicometria) e os demais sentidos. O que diferencia um
sentido astral do outro é o tipo de oscilação e o chacra responsável pelo
processamento. Na realidade há muito mais riqueza de informações e
detalhes nos sentidos astrais do que nos físicos.
Aquele que consegue continuidade de consciência entre o astral e o físico
e, é óbvio, sabe utilizar ao máximo os sentidos astrais, possui uma grande
capacidade de adquirir conhecimentos.
Exemplifiquemos o que foi dito acima. Na visão astral é possível reduzir a
linha de visão de tal forma que a área a ser examinada seja do tamanho de
uma molécula, como se fosse um microscópio. Assim é possível ver com
detalhes o funcionamento de uma molécula. Transferindo o que foi
percebido pelo corpo astral para o cérebro físico, muitas informações de
imensa utilidade poderão ser aplicadas para o bem estar geral dos
encarnados. Mas para tal é necessário que a pessoa em consciência
cerebral física tenha muitos conhecimentos sobre o mundo astral. Na
realidade a grande maioria das pessoas que estão vivendo nesse mundo,
após a morte física, não conhecem muito sobre ele. A grande maioria dos
encarnados que consegue acessar o mundo astral, é por ruptura da tela
etérica do chacra umbilical e não sabe empregar os sentidos astrais, por
falta de conhecimento, além da distorção na transferência das informações
para o cérebro físico.
Concluímos que quanto mais pudermos aprender sobre os mundos sutis,
mais liberdade de atuação adquiriremos.
Continuaremos com esse importante estudo no dia 5/3/2004.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina.
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Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - Audição
(Continuação) (Páginas 176. 177 e 178 do Tratado sobre Fogo
Cósmico)
Vamos estudar hoje o sentido da audição. O plano físico é o mais
baixo e denso. Sua construção e conformação é feita por vibrações
(oscilações) dentro da gama de freqüências e formas de onda
denominadas sonoras, que na Física são classificadas como ondas
mecânicas. O som é regido pelo tattwa Akasha ou éter, cujo plano é o
átmico, que manifesta essencialmente o terceiro aspecto da Divindade,
Inteligência Ativa. Por isso seu efeito mais forte e sentido se dá no
plano físico (sétimo plano) e nos sétimos sub-planos, os mais densos e
concretos.
Em decorrência do acima exposto, a audição é o primeiro sentido que
se manifesta. No nosso atual período global, que está ocorrendo no
planeta Terra, a primeira raça-raiz, chamada adâmica, que era astral,
só possuía o sentido da audição.
Será pela audição no plano físico que o homem conseguirá conhecer
plenamente o efeito produzido pela palavra sagrada, enquanto é
pronunciada pelo Logos Solar.
A medida em que a energia do som da palavra sagrada repercute em
todo o Sistema Solar, as partículas (átomos e moléculas) são forçadas
a ocuparem seus devidos lugares, alcançando o grau mais forte de
concreção.
A audição é a chave que o homem terá de girar, para descobrir:
• seu próprio som ou nota individual;
• o som ou nota de seu próximo;
• o som ou nota de seu grupo;
• o som ou nota do Logos Planetário com o qual está vinculado;
• o som ou nota do Logos Solar, o que lhe dará amplo
conhecimento sobre o Sistema Solar e permitirá alcançar
vislumbres da consciência do grande Homem Celestial.
Esses sons ou notas o homem conseguirá da seguinte forma:
• a sua nota, no plano físico;
• a do seu irmão, no plano astral, pelo processo de semelhança
de emoções, que o levará a conhecer a identidade do seu
próximo;
• a do seu grupo, no plano mental, onde aprende a responder a
essa nota grupal, pelo sentido chamado resposta à vibração
grupal;
• no plano búdico, começa a perceber, identificar e responder à
nota do seu Logos Planetário;
• no plano átmico, sua consciência começa a responder à nota do
Logos Solar, quando inicia a participação mais intensa na vida
do Logos.
Essas diferenças são apenas para maior esclarecimento. No processo
evolutivo, em virtude das sobreposições existentes na natureza, essas
diferenças não são tão nítidas e o raio do homem, seu grau de
desenvolvimento, o trabalho que já realizou anteriormente, suas
limitações temporárias e cármicas e outras causas, provocam uma
aparente confusão. Todavia, sob uma visão superior do grande
esquema divino, a tarefa avança da forma descrita.
No plano astral a capacidade de ouvir os sons astrais é denominada
clariaudiência astral. Embora as ondas sonoras astrais estejam numa
faixa de freqüências bem mais elevadas que os sons físicos, mesmo
assim são freqüências mais baixas em relação às da luz astral. Dessa
forma a relatividade de freqüência permanece e podemos dizer que os
sons astrais são ondas mecânicas astrais, existindo um significado
mais profundo nessa afirmação, que não vamos elucidar no momento.
Como já explicamos em estudo anterior, a audição astral se dá em
qualquer parte do corpo astral, em virtude de sua constituição fluídica
e mais dinâmica. A conscientização sonora astral também é mais
rápida, pois as ondas sonoras deslocam-se com maior velocidade no
corpo astral.
Outro aspecto importante e referente à audição física do homem é a
limitação de freqüências que ele pode ouvir. Embora uma quantidade
imensa de freqüências esteja presente no ar e chegando aos ouvidos
humanos, contudo eles só respondem a uma pequena faixa. A gama
de freqüências sonoras do ouvido humano normal é de 20Hz (20 ciclos
por segundo) a 20kHz (20.000 ciclos por segundo).
É fato sabido que os animais têm maior sensibilidade auditiva que o
homem. Os cães ouvem acima de 20kHz.
Um fato curioso é que os gatos possuem nos olhos um mecanismo
pelo qual eles podem ouvir.
O homem no momento não está preparado para todos os sons da
natureza. Se ele ouvisse a nota da natureza, a soma de todas as notas
produzidas pelas formas físicas densas, seu corpo físico desintegrar-
se-ia.
Quando ele tiver desenvolvido plenamente a audição astral e mental,
além da física (o tríplice ouvido interno), então ele poderá ouvir a nota
da natureza sem perigo. Há uma correlação entre o desenvolvimento
dos chacras e dos sentidos. Na primeira iniciação (o nascimento) os
chacras estimulados são os do corpo físico. Na segunda (o batismo)
são os centros do corpo astral. Na terceira (a transfiguração) são os do
corpo mental. Portanto só o Iniciado da terceira iniciação consegue
ouvir plenamente no plano físico.
No plano mental a audição é análoga à física, ou seja, a capacidade
de diferenciar as ondas mecânicas mentais, o que quer dizer,
compressões e rarefações de partículas mentais, que atingem o corpo
mental. Nada tem a ver com a telepatia (comunicação direta, sem
ondas sonoras, Ego a Ego) do corpo causal. A telepatia causal é a
síntese de todos os sentidos.
No plano búdico a audição (que já incorpora a telepatia causal) torna-
se mais aperfeiçoada, porque permite três coisas:
• conhecimento e identificação do som individual;
• conhecimento e identificação do som do grupo;
• sua completa unificação.
Por isso ela é chamada captação.
A culminação da audição búdica ocorre no fato de o homem começar a
ouvir a nota do seu Logos Planetário e assim entrar na sua
consciência. Não devemos esquecer que o corpo etérico do Logos
está no plano búdico para cima. Este é o segredo do poder do Mestre.
No plano átmico é análoga à do plano búdico, captação de sons da
matéria átmica, os quais, relativamente, podem ser considerados
ondas mecânicas átmicas. Todavia, em virtude da maior freqüência da
matéria átmica, as ondas sonoras átmicas possuem uma gama imensa
de informações (quanto maior a freqüência, maior a capacidade de
conter informações). Como o plano átmico é onde o terceiro aspecto
da Divindade, Inteligência Ativa, expressa-se mais essencialmente
para nós, a audição átmica atinge a perfeição relativa, permitindo ao
homem começar a ouvir a nota do Logos Solar (física cósmica), o que
trará à sua consciência informações valiosíssimas sobre a vida física
do Logos. Por isso a audição átmica é chamada de beatitude pelo
Mestre Tibetano, sendo então a base da existência, o método da
evolução e o unificador final. É no plano átmico que o homem
entenderá com clareza o significado da frase sagrada que o Logos
Solar está pronunciando, sendo o AUM apenas a abreviatura, pois na
realidade ela contém 21 letras. Muitas pessoas pronunciam o AUM
sem ter a menor noção do seu significado.
Como é do conhecimento de todos os que estudaram acústica, na
Física, o som produz formas, o que foi comprovado experimentalmente
em laboratório. Quando o homem tiver visão etérica, verá essas
formas. Os Devas vêm o som e ouvem a luz.
No processo de construção das diversas partes do universo
manifestado, o som gerado pelo Logos, dentro do seu planejamento,
produz modelos que forçam as partículas a se unirem de acordo com
eles e assim surgem as diversas formas cósmicas: nebulosas,
galáxias, estrelas, planetas etc.
Também no microcosmos o som do Logos atua nas formas. Um dos
caminhos que o Iniciado da sexta iniciação vê diante de si leva-o a
desvendar profundamente os mistérios reais do som, em diversos
planos. Este caminho é o terceiro, o de treinamento para os Logos
Planetários. São os Senhores da verdadeira ciência do Mantram. Por
aí podem perceber quão grande é a ignorância dessas pessoas que
vivem recitando mantrans, sem o menor conhecimento da mecânica
do som, nos planos físico, astral e mental.
É oportuno neste contexto citar um artigo da conceituada revista
Scientific American Brasil, de março de 2004, página 48, sob o título
Sinfonia Cósmica, pelos cosmólogos Wayne Hu e Martin White, que
descrevem a teoria da formação do universo por ondas sonoras no
plasma inicial constituído por partículas sub-atômicas (quarks,
glúons,fótons, elétrons etc). Esses cientistas fazem menção de uma
sinfonia cósmica produzida por músicos muito estranhos e
acompanhada de coincidências ainda mais estranhas. É a ciência
humana aproximando-se da ciência sagrada, como previu o Mestre
Tibetano. É um artigo que vale a pena ser lido por aqueles que querem
o conhecimento profundo e real e não se contentam em ficar na
superfície.
Ainda dentro do campo da ciência, existe uma arma desenvolvida por
um país, a qual, ao ser ativada perto de uma pessoa, emite ondas
sonoras na freqüência de ressonância de um órgão, por exemplo, o
baço, levando-o a oscilar com amplitude crescente, até a ruptura
completa, provocando a morte da pessoa.
Quando a visão etérica for conseguida, poderá ser construído um
aparelho que gerará ondas sonoras, que substituirão a cirurgia, na
reconstrução de órgãos.
Todavia a meta do homem é não depender de aparelhos, mas gerar
ondas usando apenas sua capacidade de manipular os três fogos. Aí
jaz o segredo. Há muito mais informações sobre o som que serão
passadas ao longo dos nossos estudos.
No próximo estudo, dia 12/04/2004, iremos tratar do tato, tão
importante no atual Sistema Solar.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído po r
editorial Kier, Buenos Aires, Argentina.
GN 5-MAR-2004
[053]
Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - O Tato Páginas 178, 179,
180 e 181 do Tratado sobre Fogo Cósmico)
Vamos estudar o sentido do tato. Este sentido foi o segundo a se manifestar na
raça humana, o que ocorreu na segunda raça-raiz do nosso período global, a
raça hiperbórea, que era etérica. Este fato demonstra que existe um tato etérico,
que será reconquistado pelo homem num nível muito elevado, quando a
humanidade se polarizar no corpo etérico. Aqueles que querem seguir depressa,
homens e mulheres, podem consegui-lo bem antes, desde que adquiram o
conhecimento necessário e saibam aplicá-lo.
Já que falamos de raça-raiz, vamos rapidamente esclarecer um assunto muito do
momento, embora fora do tema do nosso estudo. Na Bíblia está escrito que a
mulher (Eva) foi feita por Deus de uma costela do homem (Adão), dando a
entender que o homem foi criado primeiro e é superior à mulher. Nada mais
irracional e errado que isso. Nas duas primeiras raças-raiz (adâmica e
hiperbórea) e nas duas primeiras sub-raças da raça lemuriana (a terceira), o ser
humano era de um só tipo, não existindo homem e mulher distintos. O processo
de propagação da espécie era diferente do atual. Foi na terceira sub-raça da raça
lemuriana que ocorreu a separação dos sexos. Portanto homem e mulher vieram
de um mesmo ser e apareceram simultaneamente. Não existe portanto a
propalada superioridade do homem sobre a mulher.
As religiões que se baseiam unicamente na Bíblia, esquecendo que ela deve ser
interpretada, pois é um simbolismo, ensinam essa interpretação errada, de que a
mulher é proveniente da costela de Adão e contribuíram muito para essa
discriminação da mulher. Já na infância a criança aprende esse preconceito,
induzindo o menino a se considerar superior à menina e esta a se ver um ser
passivo e subordinado. Este ensinamento errado em muito atrasou a evolução da
mulher, prejudicando o Plano Divino, que prevê para a mulher o acesso ao
conhecimento e às oportunidades tanto quanto para o homem. Esquecem que a
Alma encarna como mulher e como homem, com o objetivo de adquirir
qualidades. Prejudicando a mulher, na realidade estão prejudicando a si mesmos.
Retornemos ao nosso assunto. O tato é um sentido de grande importância no
atual Sistema Solar, que é de consciência astral búdica. É a consciência básica
do sistema, porque o Logos Solar está desenvolvendo o segundo aspecto, Amor-
Sabedoria, que em seu corpo físico cósmico expressa-se no plano búdico e
reflete-se no plano astral como emoção, sentimento e sensação, que devem se
transmutar em intuição, percepção espiritual e unidade, ou seja, a polarização da
humanidade deve passar para o búdico, após passar pelo mental.
Não devemos esquecer que os sentidos, conforme vão se desenvolvendo,
começam a se sintetizarem com os outros, tornando-se muito difícil separar um
do outro.
O tato é o reconhecimento do contato estabelecido por Manas ou mente de três
modos:
• como conhecimento
• como memória
• como antecipação.
Como conhecimento, porque aprende algo novo sobre o não-eu. Como memória,
porque, uma vez gravado o que aprendeu, identifica e recorda num segundo
contato. Como antecipação, porque, com base no que está gravado (memória) e
em novo contato, pode prever.
Cada sentido, ao relacionar-se com a mente, desenvolve na consciência um
conceito, que personifica o passado, o presente e o futuro.
Em conseqüência, o homem muito evoluído, que já tem plenamente ativos os
sentidos dos corpos físico, astral e mental (o Iniciado com a terceira Iniciação, em
preparação para a quarta), pode observar os três planos inferiores do ponto de
vista do “Eterno Agora”, ou seja, transcende o tempo (como é conhecido nos
mundos inferiores). Isso significa que os sentidos foram substituídos pela plena
consciência ativa, sabe e não necessita mais dos sentidos para adquirir o
conhecimento sobre os planos físico, astral e mental, porque sua mente,
amplamente desenvolvida e potente, pode captar diretamente todas as vibrações
dos três planos, interpretando-as com fidedignidade, podendo assim ter uma
visão do futuro nesses planos inferiores. Não necessita de instrumentos, por mais
sofisticados que sejam, para entender o funcionamento do universo. Pela
qualidade conquistada pela psicometria planetária (tato do corpo mental) sabe a
origem do universo físico, o mesmo ocorrendo com relação aos universos astral e
mental, que antecedem o físico. É de fato um ser completamente livre dos três
mundos inferiores. Sua atenção se volta para os mundos búdico e superiores.
Porém, no tempo e nos três mundos inferiores, cada sentido, em cada plano,
fornece ao homem (o Pensador) um aspecto ou faceta do não-eu e com a ajuda
da mente ele pode ajustar sua relação com esse aspecto.
Vejamos esses aspectos.
A audição dá noção de direção relativa e permite ao homem definir sua posição e
localizar-se no esquema do qual faz parte. Essa localização não é apenas
espacial. A audição astral fornece detalhes de orientação, que permitem
avaliação da direção evolutiva do não-eu, havendo maior riqueza desses
detalhes na audição mental. Assim pode prestar melhor ajuda a seu irmão.
O tato dá noção de quantidade ou medida e permite ao homem fixar seu valor
relativo em relação aos outros corpos estranhos a si mesmo.
A visão dá noção de proporção e permite o ajuste do movimento ao dos demais.
Como cada sentido inclui os anteriores, na visão também existem as noções de
direção e quantidade, sendo portanto a visão um sentido sintetizador. Como o
paladar e o olfato são subsidiários do tato, a visão aperfeiçoada contém as
noções propiciadas por esses dois.
O paladar dá noção de valor e permite decidir o que parece melhor.
O olfato dá idéia de qualidade inata e permite achar o que o atrai, porque é da
mesma qualidade ou essência.
É muito importante que, em todas essas definições, tenha-se em mente que a
finalidade dos sentidos é revelar o não-eu e permitir ao Pensador (o Eu)
diferenciar o real e o irreal. Pelos mecanismos de percepção (Jnanindriyas) o
Pensador colhe informações do não-eu e reage a elas pelos mecanismos de
ação (Carmindriyas), que são seis:
• boca, aparelho fonador-falar
• mãos-aferrar
• pernas-andar
• anus -evacuar, excreção
• órgãos genitais-procriar.
A mente é o verdadeiro órgão dos sentidos, sendo a parte física apenas o coletor
de informações, na forma de vibrações ou oscilações. Por isso o Iniciado
avançado consegue prescindir dos órgãos físicos para captar as informações e
obter o conhecimento do não-eu. Daí a grande importância do conhecimento,
inclusive no serviço. Quanto maior a capacidade dos sentidos, maior a
capacidade do curador para detectar o que está errado no seu irmão e conseguir
a harmonia (a cura).
Na evolução dos sentidos, é o ouvido que atrai a atenção do Eu, aparentemente
cego, para algo que ocorre fora dele, dando-lhe a noção de exterior e de direção
da fonte de som.
Esse sentido com o tempo provoca a formação de outro sentido. Pela Lei de
Atração, o Eu quer se aproxima daquilo que está gerando o som que lhe chega
aos ouvidos e sentir com mais detalhes esse algo. Surge então o tato, que
fornece ao Pensador incipiente mais informações: dimensão, contextura externa
e tipo de superfície. Assim a consciência se amplia, pode ouvir e apalpar, todavia
ainda não tem subsídios para correlacionar e definir.
Quando consegue definir e dar nomes às coisas, terá dado um grande passo
avante.
Podemos aqui aplicar aos sentidos os antigos símbolos cósmicos.
O ponto no centro- a consciência do eu na etapa em que só pela audição
consegue perceber o não-eu.
O círculo dividido em dois - a consciência do eu percebendo o não-eu pela
audição e pelo tato.
Quando a fase do tato está consolidada (final da segunda raça-raiz, a
hiperbórea), nasce o terceiro sentido, a visão, iniciando a habilidade de
estabelecer relações entre os diversos não-eu e consigo mesmo. É a partir daí
que a Mente começa realmente a funcionar, através do raciocínio.
A visão surgiu na terceira raça-raiz, a lemuriana, a primeira densa. Na terceira
sub-raça lemuriana o ser humano, ainda sem sexo definido, estava bastante
treinado no uso da vista e dos outros dois sentidos, ferramentas excelentes para
o raciocínio. Foi então que ocorreram dois fatos importantíssimos na história da
humanidade: a divisão em dois sexos, homem e mulher e a chegada dos
Senhores da Chama, provenientes do esquema de Vênus. Esses excelsos Seres
são citados no Antigo Testamento como os Filhos de Deus. Eles vieram para
implantar no lemuriano a chispa da mente.
Foi aí que realmente iniciou-se o processo de individualização do ser humano.
Esse assunto é de imensa importância para a humanidade, pois envolve um Ser
de elevadíssima categoria, que voluntariamente se sacrificou pelo homem,
descendo do plano búdico cósmico para o nosso plano causal, com o objetivo de
construir o Loto Egóico, sem o qual não teríamos auto-consciência. Esse Deva
permanece velando pelo homem até a quarta Iniciação, quando é liberado.
Devemos cotidianamente prestar gratidão ao nosso Anjo Solar, como é chamado
pelo Mestre Tibetano. Todo o trabalho do Anjo Solar está descrito com riqueza de
detalhes no Tratado sobre Fogo Cósmico. Chegaremos lá.
Com a auto-consciência definitivamente implantada e o Loto Egóico em
funcionamento, embora nessa fase tinha o aspecto de um botão, com as pétalas
totalmente fechadas, houve um grande incremento no relacionamento entre o eu
e o não-eu, os quais se coordenaram imediatamente, havendo intensa troca de
informações, tendo como conseqüência uma aceleração da evolução.
Com essas informações, já podemos concluir quão importante é saber utilizar
corretamente os sentidos, aplicando intensamente a capacidade analítica da
mente, no processo evolutivo. Quanto mais conhecimentos pudermos adquirir
através dos sentidos, quanto mais pudermos utilizá-los, quanto mais pudermos
expandi-los, mais acelerada será a nossa evolução. Devemos também saber
utilizar os sentidos astrais e mentais. O pensar constante nos significados desses
sentidos, irá desenvolvê-los. Assim também o Loto Egóico irá abrir suas pétalas.
No intervalo entre a morte e o renascimento, quando a consciência é transferida
para o plano causal, dá-se a transferência da essência do conquistado na última
encarnação para as devidas pétalas do Loto Egóico, que assim entram em
atividade e abrem-se. Pelo serviço prestado ao próximo com amor
desinteressado, as pétalas do Amor-Sabedoria se dinamizam, sendo importante
que esse serviço seja ligado ao conhecimento, para ocorrer a transformação do
conhecimento em sabedoria.
O Iniciado com a segunda Iniciação já tem condições de fazer a transferência
para as pétalas do Loto Egóico, bem como acelerar o movimento das partículas
constituintes, ainda encarnado, não necessitando esperar a morte. Por isso ele
pode optar, com a autorização de seu Mestre, por abdicar de ir ao plano mental,
permanecendo curto tempo no plano astral e retornando rapidamente a uma nova
encarnação. Ele não pode perder tempo, pois a Hierarquia necessita
urgentemente que ele receba Iniciações mais elevadas, para ocupar cargos
importantes, liberando os Mestres para seguirem os caminhos escolhidos. Como
exemplos, temos o Senhor Buda e os Mestres Jesus e Serápis Bey, que devem
seguir para Sírius, mas que estão aguardando que novos Iniciados sejam
sagrados e ocupem os cargos vacantes.
Continuaremos o nosso estudo no dia 18/03/2004, ainda dentro do mesmo tema.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído po r editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
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Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - (Continuação) (Páginas 181
e 182 do Tratado sobre Fogo Cósmico)
A continuação do estudo dos sentidos relacionados com os centros, vejamos
suas vinculações com os três aspectos do Logos Uno, chamados os três Logos.
Essas vinculações derivam dos aspectos abrangidos pelos sentidos.
Três sentidos são chamados maiores, audição, tato e visão, sendo os outros
dois, paladar e olfato, considerados menores, pois são derivados do tato. De fato,
o paladar e o olfato, exigem o contacto da molécula portadora de suas
respectivas informações com as células sensoras (gustativas e olfativas), para a
conscientização.
Pela audição o homem consegue reconhecer a quádrupla palavra, a atividade da
matéria, o Terceiro Logos. A quádrupla palavra (quádruplo som) é responsável
pelas quatro leis que regem a matéria:
• lei de vibração
• lei de adaptação
• lei de repulsão
• lei de fricção.
Essas quatro leis são subsidiárias da Lei de Economia, que rege a matéria.
Estudá-las-emos mais tarde.
Pelo tato o homem reconhece o sétuplo Construtor de Formas, a construção das
formas, sua aproximação e inter-relacionamento, que constituem a atividade do
segundo Logos. De fato tato é aproximação e tende a unir (embora possa
afastar). A Lei de Atração começa a atuar pelo tato entre o eu e o não-eu.
Pela visão o homem reconhece a totalidade, a síntese dos muitos no UNO e a
partição do UNOnos muitos, a atuação da Lei de Síntese em todas as formas que
o eu ocupa e a unidade essencial de toda a manifestação. É tarefa do primeiro
Logos, Vontade.
O tato, por estar relacionado com o segundo aspecto, Amor-Sabedoria-Razão
Pura, que é a meta do nosso Logos Solar para este atual sistema, é o sentido
mais importante e, por isso, seu mecanismo, sua utilização, as informações que
ele fornece e seus efeitos devem ser estudados em profundidade, em todos os
planos. Tal estudo levar-nos-á a conclusões interessantes e muito úteis.
Através do reconhecimento da superfície da forma, podemos identificar a
essência nela oculta. Uma vez conseguida essa identificação, é possível ao eu
harmonizar-se com o não-eu em qualquer etapa evolutiva e assim saber qual a
ajuda correta e mais adequada que deve dar, usando o processo de maior
rendimento. Isso é servir ativamente.
É Senhor de Compaixão aquele que, pelo tato, sente, capta plenamente e
compreende a maneira de corrigir o inadequado (o que está em desarmonia) no
não-eu, assim acelerando sua evolução.
Devemos também estudar o valor do tato na cura, embora aí seja um carmindriya
(os jnanindriyas e carmindriyas se relacionam). Todos os curadores da raça são
exímios na arte do tato. É a linha dos Bodhisattvas, de Amor-Sabedoria e ensino,
a linha do CRISTO, caminho esse que todos deverão percorrer com o tempo.
Eles sabem manipular a Lei de Atração e Repulsão. Não esquecer que atração e
repulsão são pólos de uma mesma força.
Mestre Tibetano diz que a origem etimológica da palavra tato é um tanto obscura
e que provavelmente significa “extrair com movimento rápido”. Aí está todo o
segredo do nosso Sistema Solar objetivo, que demonstrará a aceleração do
movimento pelo tato.
As qualidades essenciais do não-eu são: inércia (tamas), movimento (rajas) e
ritmo (sattva). O ritmo, o equilíbrio, a vibração estável, serão alcançados pelo
tato.
Vejamos um exemplo. Quando o homem medita corretamente, pela concentração
e obediência às regras, ele consegue estabelecer contacto com matéria mais
elevada e refinada que a usual, a causal e, com o tempo, com a búdica, por
breve período. Com esse contacto a sua vibração rotineira se acelera, com os
óbvios benefícios.
Aqui entramos novamente no tema principal do nosso estudo, os fogos. Na
meditação, o fogo por fricção atrai a si o fogo de manas, que lhe é superior. Eles
se tocam, reconhecem-se e fazem-se conscientes um do outro. O fogo de manas
arde continuamente e se nutre com o que dele se aproxima e por ele é
rechaçado.
Quando ocorre o contacto entre os dois fogos, de manas e por fricção, inicia-se o
processo de fusão e incrementa-se intensamente a força estimulante,
aumentando a capacidade de estabelecer contacto, que dá origem a um ciclo de
realimentação (feedback) positiva. Desse aumento da capacidade atrativa, o fogo
elétrico da Mônada aproxima-se e entra em contacto com os outros dois fogos
fundidos, iniciando-se a segunda fusão, a tríplice.
Isto está relacionado com o mistério do Cetro da Iniciação. Quando estudarmos
os centros e a Iniciação, veremos que o assunto envolve esse misterioso aspecto
do tato, faculdade do segundo Logos, que aplica a Lei de Atração.
No ato da Iniciação ocorre uma intensa manipulação de fogo elétrico
(solar/elétrico), armazenado no Cetro Iniciático, qualquer que seja, o do Sr.
Maitreya, o do Senhor do Mundo, o Diamante Flamígero ou o do Logos Solar, o
Sétuplo Fogo Flamejante.
O Iniciando, por ter feito a sua parte, levar inicialmente seus fogos por fricção e
solar a um elevado nível de atividade e fusão e posteriormente fazer o mesmo
com seu fogo elétrico da Mônada, faz jus a uma carga extra de fogo elétrico de
níveis cósmicos, o que acelera tremendamente sua evolução, tornando-se com
isso altamente útil ao Plano Divino.
Por isso Mestre Tibetano diz que o homem é um fenômeno elétrico e que Manas
é eletricidade, no que Ele está certíssimo. Não tiro essa conclusão apenas
porque é um Mestre que está afirmando, mas porque vejo uma lógica perfeita na
sua afirmação. Quem conseguir entender com clareza e ver o processo iniciático
e em conseqüência compreender e ver a atividade que está reservada ao
Iniciado nos planos superiores, jamais esmorecerá em seu esforço evolutivo,
porque sabe e não porque lhe falaram.
Voltemos à visão, ao paladar e ao olfato, para logo resumir as relações entre os
centros e os sentidos e suas interações. Uma vez isto concluído, restam apenas
dois pontos para o término da primeira parte.
Esses dois pontos são: os centros e a Iniciação e a Lei de Economia, que rege a
matéria.
Terminados esses dois pontos, entraremos na parte mais importante do livro, a
que trata dos fogos de Manas, tanto coletivamente (os Logos Planetários), como
individualmente (os divinos Manasaputras). É a verdadeira evolução da Mônada
e como ela usa a fusão cósmica dos fogos da matéria e de Manas.
Manasaputras são os filhos da Mente, o princípio individual no homem, o Ego ou
Alma, às vezes chamado Anjo Solar, que não deve ser confundido com o Anjo
Solar, o grande Deva construtor do Loto Egóico. É bom aqui recordar a célebre
frase de Renè Descartes:“ Cogito, ergo sum”, que quer dizer: penso, logo existo.
Continuaremos o nosso estudo no dia 19/03/2004, ainda dentro do mesmo tema.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
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Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Continuação) (Páginas 183 e
184 do Tratado sobre Fogo Cósmico)
Continuando nosso estudo dos sentidos, iremos analisar a visão, o paladar e o
olfato, em seus aspectos transcendentes e evolutivos, pois seu objetivo é fazer o
homem evoluir, em direção à sua meta: adquirir conhecimentos e dominar todos
os planos previstos pelo Plano Divino para esta cadeia.
A visão é o principal correlacionador do Sistema Solar.
Sob a ótica das leis regentes, pela Lei de Economia o homem ouve. O som
penetra o íntimo da matéria e provoca sua diferenciação ou heterogeneidade.
Ouvindo, o homem é levado a tocar a fonte do som que lhe chega aos ouvidos
(Lei de Atração). O toque provoca duas reações no que toca e no que é tocado:
atração ou repulsão, dependendo da sintonia.
Ao tocar, o homem percebe que as informações captadas não são suficientes,
ele quer saber mais. Então seus olhos se abrem e ele vê. Pela Lei de Síntese ele
reconhece sua posição na ordem do mundo manifestado.
A audição expressa a unidade, porque o homem apenas ouve, mas não tem
experiência de algo concreto sem ser ele mesmo e assim sente-se só e um.
Quando toca e sente concretamente, sabe realmente que existe algo fora dele, o
não-eu. É a dualidade. Quando enxerga, ele pode relacionar, o que o leva à
triplicidade: eu, não-eu e o relacionamento entre o eu e o não-eu.
Todo o presente está contido nesses três sentidos. Evoluir é reconhecer, utilizar,
coordenar e dominar tudo, até que o Eu se torne plenamente consciente da
existência de todas as formas e de todas as vibrações oriundas do não-eu.
Lembramos aqui que a expressão não-eu não se refere somente ao outro
homem, mas a toda a natureza, inclusive os próprios veículos, numa etapa mais
avançada.
Dessa forma o objetivo do Eu, utilizando-se do poder ordenador da mente, será
achar a verdade, ou seja, o ponto no círculo da manifestação que, para o Eu, é o
ponto de equilíbrio, onde a coordenação é perfeita. Isto é um estado interior,
significando a conquista de qualidades bem definidas, através do conhecimento
(estudo) e sua aplicação não só em relação a si mesmo, como a seu próximo.
Incluímos aqui como próximo a natureza.
Somente quando este ponto for conquistado, é que o Eu poderá dispensar todos
os véus, contactos e sentidos. Ele saberá por captação direta, não precisando de
mecanismos intermediários. É a etapa em que o homem recebe a quarta
Iniciação, quando se liberta dos três mundos inferiores, iniciando uma nova fase
de conquistas.
Nos estágios do processo evolutivo nos mundos inferiores, ocorrem três tipos de
separação:
Involução. A separação ou diferenciação da matéria, quando o Uno se converte
nos muitos. Os sentidos se desenvolvem e o Eu os aperfeiçoa, para utilizar a
matéria, sob o comando da Lei de Economia.
Evolução, até chegar no caminho de Provação. O uso intensivo dos sentidos
conduz a uma identificação progressiva do Eu com todas as formas, desde as
mais densas até as relativamente refinadas. Rege a Lei de Atração e o Espírito
se funde com a matéria, ou seja, o Espírito consegue melhorar a matéria para
seu uso.
Evolução no Caminho. Outra separação, o Espírito se separa da matéria, passa a
se identificar com o Uno e finalmente repele a forma (terceira separação), porque
não mais dela necessita. Pela experiência vivida, os sentidos são sintetizados
numa faculdade adquirida e o Eu dispensa o não-eu. Funde-se com o Omni-Eu
(Eu Total). Rege a Lei de Síntese.
Nestas três etapas observa-se a atuação dos três aspectos do Logos. Na
partição ou diferenciação da matéria está agindo o Terceiro Logos, o Criador. Na
repulsão da matéria pelo Espírito comanda o Primeiro Logos, o Destruidor. Na
evolução até o caminho de Provação, o grande regente é o Segundo Logos, o
Preservador.
Na realidade os três aspectos estão sempre presentes simultaneamente, as
tarefas e funções é que são exercidas separadamente. O mesmo acontece com o
homem.
No aperfeiçoamento final da visão, que ocorre no corpo átmico, a palavra
compreensão é totalmente inadequada para defini-lo. Mais uma vez lembramos
que a expressão aperfeiçoamento final é relativa. Ela significa a consecução da
meta para a atual cadeia, a quarta, que é a quinta Iniciação, a do Adepto, que
implica no domínio do plano átmico. O aperfeiçoamento continua.
Uns poucos ultrapassarão essa meta. Serão os dirigentes nas futuras rondas e
cadeias.
Pela análise cuidadosa das informações que os sentidos captam nos cinco
planos da evolução humana (físico, astral, mental, búdico e átmico), em
particular, comparando entre o físico e o átmico e levando em conta o resumo
feito pelo Mestre Tibetano na página 184, podemos fazer ilações
interessantíssimas, que muito nos auxiliarão a adquirir uma compreensão nítida e
lógica do modo de vida nos planos superiores.
Infelizmente a maioria da humanidade está profundamente identificada com a
vida material, a ponto de achar que a vida no chamado paraíso, post-mortem, é
continuação da vida física, como ensinam algumas religiões.
No momento em que entenderem com clareza como é a vida em cada plano,
concluirão quão insanos foram. Esse entendimento só pode ser conseguido pelo
estudo, pesquisa, comparação, meditação e lógica, o que requer esforço e
disciplina. A chamada salvação é tarefa de cada um. O instrutor fornece as
informações necessárias e ajuda no raciocínio, mas o trabalho tem de ser de
cada um. É muito cômodo pensar que algum Mestre irá fazer o nosso trabalho
por nós, salvando-nos. Esse modo de pensar é irracional e férrea lógica, pois
como iremos desenvolver qualidades sem praticá-las ? Assim como a função faz
o órgão, igualmente o exercício da qualidade a faz crescer.
Analisemos o resumo do Mestre, sentido a sentido.
Audição - Beatitude - Logra-se por meio do não-eu.O que é beatitude ? É o
estado mais elevado de felicidade relativa. Como se refere à audição átmica,
significa que esse estado, análogo ao samadi da ioga, é conseguido pela
captação de vibrações mecânicas átmicas, contendo informações de ordem
muito elevada. Na audição átmica começamos a ouvir a nota física cósmica do
Logos Solar. Essa nota, que não é um som único, mas um imenso conjunto de
sons, fornece à consciência muitas informações e detalhes da natureza da vida
física do Logos. Além dessa conscientização, as partículas do corpo átmico
passam a vibrar em resposta à nota do Logos, assim como o som físico afeta o
nosso corpo e pode nos alegrar. É essa vibração do corpo átmico, aliada à
conscientização, que provoca a suprema euforia, que o Mestre chama beatitude.
Isso é conseguido por meio do não-eu e pelo constante exercício da audição em
todos os planos.
O som no plano átmico não gera formas como nos planos físico, astral e mental
inferior, porque o átmico é um plano arupa, que quer dizer sem forma. Todavia
produz figuras geométricas, que encerram conceitos matemáticos elevados e
abstratos. Por conceitos matemáticos elevados estamos nos referindo à
matemática que descreve relações e fenômenos nos planos superiores. Por
exemplo, uma equação diferencial relaciona variáveis, funções e suas derivadas
e pode descrever um fenômeno físico ou uma teoria física. De forma análoga
uma equação diferencial transcendental pode descrever a atuação de energias
cósmicas extra-sistêmicas, que darão subsídios à Hierarquia para auxiliar a
humanidade. Na aplicação das energias superiores é necessária a quantificação,
a dosagem dessas energias. Há Adeptos que se especializam nesse ramo e são
muito úteis, assessorando a Hierarquia na tomada de decisões,o que comprova o
velho aforismo: “ Assim como é em cima, é em baixo”, que deve ser interpretado
com as devidas diferenças.
Chamamos a atenção para uma observação muito importante. Mestre Tibetano
fala por diversas vezes que na etapa final o Eu rechaça o não-eu. Esse rechaçar
o não-eu não significa o abandono do próximo. Nas etapas iniciais e
intermediárias do processo evolutivo, dentro do Planejamento para a nossa
cadeia, o Eu necessita do não-eu para adquirir experiência e se desenvolver.
Nessa relação muitas vezes o Eu se identifica com o não-eu, por exemplo, com o
próprio corpo, pensando que ele é a sensação física, a emoção e o pensamento,
esquecendo que são fenômenos que estão ocorrendo em seus veículos e que
são muito úteis para o desenvolvimento da sua consciência, mas efetivamente
ele não é isso. Quando chega na etapa final, da evolução no Caminho (já tendo
passado pela primeira Iniciação), ele começa a perceber o Omni-Eu, o Uno, em
todos os não-eu e conclui que todas as formas de não-eu são ilusórias como
partes separadas, mas necessárias e importantes para o seu desenvolvimento.
Então ele abandona essa identificação com as formas, que é o rechaço do não-
eu. Como conquistou as qualidades derivadas de todas as percepções, por ter
usado muito os sentidos na sua escala mais ampla, dispensa esses mecanismos,
porque sabe diretamente.
Então, por ter entendido por lógica o Omni-Eu presente em todos os não-eu, com
Ele se identifica e passa a ajudá-lo, ajudando todas as formas de não-eu, usando
os poderes e as qualidades conquistadas. Todavia nunca perde sua identidade.
Não confundir essa confusão de identificação com a identificação no sentido de
entender os problemas do próximo.
Quando começar a espiral mais elevada, a conquista dos planos monádico, adi e
superiores, terá de enfrentar uma nova batalha, porém em condições muitíssimo
diferentes. São pugnas que só trazem alegrias e felicidade de uma modalidade e
intensidade inimagináveis pelo homem comum. Procurem descobrir a luta no
nível dos Logos, porque ela existe.
No próximo estudo, em 23/03/2004, falaremos sobre o tato, dentro dessa mesma
ótica do Mestre Tibetano.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[056]
Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - O tato (Continuação) Página
184 do Tratado sobre Fogo Cósmico)
Neste estudo vamos analisar e pesquisar o tato, dentro do objetivo do Mestre
Tibetano, que façamos deduções, comparando a natureza das informações que
esse sentido leva à consciência, plano a plano, tentando dessa forma entender
como é o modo de vida nos planos. Tenhamos sempre em mente que o tato é o
sentido mais importante no atual Sistema Solar, porque está regido pelo segundo
aspecto do Logos Solar, Amor-Sabedoria-Razão Pura, sua meta e tem dois
sentidos menores subsidiários: o paladar e o olfato.
Vejamos quais informações o tato físico fornece à consciência física. São noções
de contextura, forma, suavidade ou aspereza, tamanho, quantidade e
temperatura.
Fisiologicamente a pele, onde o tato está localizado, é a blindagem de defesa do
corpo humano. Existe um tipo de célula da pele, o melanocito, que possui
características muito interessantes e, quando se altera, transforma-se num
câncer dos mais agressivos, o melanoma. Fizemos essa citação, apenas porque
existe uma conexão profunda entre a pele e o tato, não somente porque o tato
nela está.
As energias portadoras das informações acima descritas afetam o corpo denso,
seguindo o processo da transformação da pressão mecânica sobre a pele em
sinais elétricos, que são transportados pelos nervos para o cérebro, onde ocorre
a conscientização. Para a informação da temperatura, há duas energias que
atuam: o movimento das moléculas excitadas pelo calor (energia mecânica) e e
as ondas eletromagnéticas na faixa do infravermelho; no caso do frio
(temperatura externa menor do que a da pele), a sensação é proveniente da
retirada do calor da pele, que é fogo por fricção. Na realidade sempre o fogo por
fricção age no processo do tato, ou seja, ocorre entrada ou retirada de fogo por
fricção. Esse assunto é um pouco mais complexo, todavia não vamos entrar em
detalhes agora.
Existem também as informações que chegam à consciência por meio da aura
etérica. Essa aura estende-se mais ou menos por cinco centímetros além da
superfície da pele e é constituída de partículas do corpo etérico. Ela pode ser
penetrada por energias portando informações, que são conduzidas ao cérebro
por condutores etéricos chamados nadis. Na maioria das vezes a
conscientização da informação não é clara, mas expressa-se como sensação
agradável ou desagradável, dependendo da natureza da energia. Quem está
habituado a aplicar constantemente sua mente ao tato, pode entender
imediatamente e com clareza esse tipo de informação táctil. É questão de
treinamento e, é óbvio, depende do desenvolvimento dos centros etéricos, em
particular do cardíaco.
Informações sobre doenças podem ser captadas pelo tato bem treinado, sendo
necessário um mínimo de conhecimentos anatômicos e fisiológicos.
No corpo astral o tato chama-se psicometria, a faculdade de perceber não só as
informações análogas às do tato físico, como outras de fatos ocorridos em torno
do objeto com o qual o corpo astral está em contacto. Semelhantemente ao tato
físico, a psicometria está em toda a periferia do corpo astral.
Vemos nitidamente como o tato, ao passar para o corpo astral, torna-se mais
abrangente, com mais riqueza de detalhes e mais informações, dentro de sua
área. Essa expansão crescente ocorre sempre ao passar o sentido para um
corpo mais sutil, refinado e dinâmico, comprovando a afirmação de que, quanto
maior a freqüência (número de ciclos da vibração por segundo), maior a
capacidade de conter informações. Isso pode ser entendido facilmente, se
raciocinarmos da seguinte forma: uma informação pode ser decomposta numa
quantidade do que chamamos tecnicamente unidade de informação, que fica
armazenada num ciclo ou até num semi-ciclo, então, quanto maior o número de
ciclos por segundo (freqüência), maior a quantidade de unidades de informação
contida num segundo da onda portadora.
No corpo mental o tato é a psicometria planetária. Qual a diferença entre essa
psicometria e a astral ? Pelo princípio acima explicado, é a maior abrangência de
informações nessa área, por ser o corpo mental de maior freqüência. Isso
significa que no corpo mental a psicometria fornece informações de fatos
ocorridos em torno do objeto, numa profundidade que envolve a história do
planeta.
No corpo búdico o tato chama-se cura. Embora a cura seja um carmindriya, pois
é uma ação, todavia se analisarmos com bastante atenção as funções do corpo
búdico, concluiremos que há uma associação direta entre o tato búdico
(jnanindriya) e a cura búdica (carmindriya), provando que o Mestre Tibetano está
certo.
A matéria búdica é regida pelo quarto Raio, da harmonia pelo conflito, o que
significa que ela tende a conciliar o que está em conflito ou desarmonia. O que é
a doença ? É o resultado da falta de harmonia. Num corpo sadio todas as partes,
todos os órgãos, todas as células, trabalham em estreita colaboração, para o
bem-estar do todo, o corpo. Qualquer falta de cooperação provoca a doença.
Num câncer, por exemplo, as células cancerosas só trabalham para si mesmas,
esquecendo o trabalho compartilhado com outras células para o todo, não
estando portanto em harmonia. Logo, curar é restaurar a harmonia, onde quer
que ela tenha se ausentado.
Sem entrar em detalhes sobre a fisiologia do corpo búdico, o tato nesse corpo
capta minúcias do processo de desarmonia e passa-as para a consciência
atuando no corpo búdico. Então sua capacidade harmonizadora entra em ação e,
dependendo da capacidade da Mônada de se comunicar com sua Alma e com o
cérebro físico do corpo que está ocupando, tanto a informação sobre o processo
de desarmonia que está provocando a doença, como as energias búdicas
restauradoras podem chegar à consciência cerebral física. Aí o conhecimento e
as energias curadoras atuam pelo tato físico e efetuam a cura. Lembremos que
existe uma linha de comunicação entre o tato búdico (como jnanindriya e
carmindriya) e o tato físico.
É óbvio que quanto maior a capacidade de domínio da Mônada sobre todos os
seus veículos (incluindo a Alma), maior sua capacidade curadora, que irá se
manifestar em seu corpo físico.
Mestre Jesus, quando encarnado, tinha esse poder em alto grau. Como já tinha a
terceira Iniciação, da Transfiguração, seu corpo búdico já estava bem organizado
e coordenado, como também sua Mônada já possuía um excelente contacto com
o cérebro físico. Sabemos que bastava tocar em seu corpo, para ficar curado.
Assim, com argumentação lógica e raciocínio, demonstramos que Mestre
Tibetano está correto, quando chama o tato do corpo búdico de cura.
No corpo átmico o tato é denominado pelo Mestre como serviço ativo. Sigamos a
mesma linha de raciocínio utilizada para o tato búdico. A matéria átmica é regida
pelo terceiro Raio, de Inteligência Ativa. Esse Raio é sintetizador dos quatro raios
menores de atributo. Essa síntese significa que todas as faculdades do tato dos
corpos inferiores são absorvidas e acrescidas pelo tato átmico, que funciona ao
mesmo tempo como jnanindriya (ao captar informações) e como carmindriya (ao
exercer ação).
O domínio do plano átmico é a meta da nossa cadeia para o homem e na quinta
Iniciação, da Revelação, o Adepto tem de desenvolver ao máximo seu corpo
átmico.
Portanto, o despertar do tato átmico até sua plenitude significa o alcance da
perfeição desse sentido (na captação e na ação), perfeição relativa, é claro, pois,
como já dissemos, a conquista de novas perfeições continua, a partir do plano
monádico.
Falemos um pouco das novas qualidades acrescidas ao tato átmico. No tato
búdico citamos o estabelecimento da harmonia, como a principal qualidade. No
tato átmico surge o estímulo para a correta evolução. O que é agir para a correta
evolução ? É saber o nível de evolução da pessoa ajudada, sua posição no
processo evolutivo, suas qualidades e deficiências, seus diversos raios, em
particular os raios da Mônada e da Alma e seu carma, antes de agir.
Todas essas informações são necessárias para a escolha da melhor ação de
ajuda, que será o melhor serviço. Portanto o sentido tato átmico opera
juntamente com a ação, sendo perfeitamente coerente a expressão serviço ativo,
dado pelo Mestre a ele.
Em todos os veículos existe a aura, semelhante à etérica. O que iremos falar do
corpo átmico cabe aos demais corpos sutis, com as devidas diferenças, é óbvio.
O corpo átmico é constituído por um conjunto de partículas (átomos e moléculas)
de matéria átmica. Sua organização inicia-se pela dinamização do átomo átmico
permanente pela Mônada, quando chega o momento certo. Essa dinamização
não é abrupta, mas paulatina. Começa após a dinamização do átomo búdico
permanente, estando o corpo búdico com razoável grau de coordenação e
atividade, o que ocorre a partir da segunda Iniciação, uma vez que na quarta
Iniciação o corpo búdico será a sede da consciência e o plano búdico terá de ser
plenamente experimentado e dominado, sendo esse trabalho acompanhado pela
coordenação do corpo átmico, que será utilizado na quinta Iniciação e, segundo o
Mestre Tibetano, atualmente a quinta Iniciação é conferida logo após a quarta.
Existe toda uma fisiologia do corpo átmico em relação ao ambiente átmico, à
semelhança da fisiologia do corpo físico em relação ao ambiente físico. A palavra
fisiologia é aqui empregada no sentido de estudo das funções do corpo.
A aura do corpo átmico, que é muito maior que as dos inferiores, recebe
informações do meio exterior e nele atua pelo tato átmico, chamado serviço ativo.
Se essas informações forem meditadas, se refletirem bastante sobre elas, se
procurarem estabelecer comparações entre os mecanismos do tato nos diversos
corpos, com certeza obterão muitos vislumbres a respeito do modo de vida nos
planos, o que em muito irá clarear a visão desses planos. Mas o mais importante
é que, com isso, irão atrair a atenção e o interesse de suas Mônadas, com os
imensos benefícios resultantes, em particular, no caso do tato, o processo de
cura.
Continuaremos em 26/3/2004, quando falaremos sobre a visão.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
057]
Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - A visão - (Continuação)
(Página 184 do Tratado sobre Fogo Cósmico)
O objetivo principal da visão é estabelecer a noção ou informação de
proporção na mente do Pensador (o Eu), que assim pode ajustar ou regular
seu movimento ao dos demais eu´s, que constituem seu não-eu.
Lembramos que o vocábulo movimento, aqui, tem um sentido mais amplo,
não significando apenas movimento físico, mas o movimento de evolução e
o movimento ou ação de ajudar.
Proporção significa grandeza relativa entre pelo menos duas coisas. Por
meio dela o Eu pode saber sua posição no conjunto de todos os eu´s e
assim aprender de quem deve receber ajuda e a quem ajudar. Reconhecer a
sua situação verdadeira no processo evolutivo é um dever de todos e não é
vaidade. Aquele que se considera inferior a todos e a tudo é falso humilde,
podendo até padecer da vaidade de ser considerado humilde por todos os
seus pares.
A verdadeira humildade consiste em respeitar a todos e a tudo, mantendo
simultaneamente sua altivez e dignidade e reconhecendo seu verdadeiro
valor e sua importância no contexto geral, bem como de todos.
Como os sentidos maiores são três: audição, tato e visão, sendo o paladar
e o olfato derivados do tato, a visão é a coroação dos sentidos. Por isso a
visão será o sentido mais importante no próximo Sistema Solar, quando o
Logos Solar irá aperfeiçoar-se, desenvolvendo ao máximo seu primeiro
aspecto, a Vontade, que também é chamada Sacrifício, do latim sacer
(sacra, sacrum: sagrado) e facere (fazer, tornar), significando tornar
sagrado ou divino. Essa palavra, pela sua etimologia, nada tem a ver com
sofrimento. Essa conceituação errada simplesmente derivou do péssimo
costume de agradar a Deus (melhor dizendo tentar comprar), através do
sofrimento de alguém, que podia ser um homem ou um animal.
Nesse novo sistema viveremos experiências impossíveis de imaginar
atualmente. Só aqueles que já passaram pelo portal da segunda Iniciação e,
portanto, estão se preparando para a terceira, da Transfiguração, podem
entender e aceitar esse futuro. O Logos expressará todo o seu aspecto
Vontade através do Amor-Sabedoria-Razão Pura, assim como agora Ele
está se esforçando para externar seu Amor por meio de Manas ou Mente,
coisas que muitos não compreendem, porque erroneamente acham que o
amor nada tem a ver com a mente, esquecendo que o Iniciado que atua no
plano mental, usando somente seu corpo mental, também expressa Amor e
num nível muito mais elevado, porque a triplicidade existe em todos os
planos e corpos e a autêntica inteligência reconhece e entende o amor
verdadeiro. O que acontece é que a maioria da humanidade tem uma noção
completamente errada do amor e vive apenas o amor puramente emocional
ou astral e egoísta, simplesmente porque lhe agrada e lhe dá prazer.
A visão é um sentido sintetizador, o que é demonstrado pela sua
capacidade de captar a proporção e assim propiciar a percepção global e
do UNO nos muitos.
Por isso a visão engloba os outros dois sentidos, audição e tato e, através
do tato, também engloba o paladar e o olfato, porque são derivados dele.
Sabemos que é muito difícil para o atual estágio evolutivo da humanidade
entender e aceitar o que estamos afirmando.
Por isso pedimos que raciocinem, analisando as características dos
processos de cada sentido. A audição exige as ondas sonoras, que são
ondas mecânicas, portanto grosseiras. O tato exige a pressão sobre a pele,
por menor que seja, sendo também força grosseira. O paladar requer o
contacto direto com as papilas gustativas. O olfato depende do contacto
das células olfativas com as moléculas portadoras do odor.
A visão no entanto funciona com as ondas eletromagnéticas, uma energia
muitíssimo mais refinada, sutilizada e com maior capacidade de armazenar
informações. É por essa sua qualidade de responder a uma energia com
maior poder de transportar informações, que a visão é um sentido
sintetizador. É óbvio que no período atual ainda não acontece isso, mas é a
meta.
As cores, com suas nuances e matizes, constituem a prova do enorme
potencial discriminador da visão. Por outro lado, a luz branca, como
sintetizadora de todas as cores, demonstra o poder de síntese da visão,
uma vez que o olho humano responde às cores e à luz branca. Por isso
Mestre Tibetano diz que, pela visão, o homem pode ver o UNO nos muitos
(a luz branca) e os muitos no UNO (as cores).
No corpo astral a visão é análoga à física, porém com uma riqueza muito
maior. As cores e suas nuances e seus matizes são em quantidade
inconcebível. As cores levam informações e é por isso que o Mestre
Tibetano diz que os Devas ouvem a luz, sendo essa sua linguagem de
comunicação. Portanto quem quiser se comunicar com os Devas, tem de
aprender seu código de cores e a gerá-las mentalmente. Não adianta nada
ficar pronunciando palavras e sons, sem o devido acompanhamento de
cores, muito embora Eles possam entender uma pessoa pura de
sentimento, que pede socorro e atendê-la. Mas isso é uma emergência e
não uma conversação clara.
A capacidade de síntese da visão astral é muito maior que a física, o que é
óbvio, porque todos os sentidos astrais possuem maior capacidade
discriminadora, em conseqüência das propriedades da matéria astral. Uma
outra particularidade da visão astral é que ela está em todo o corpo astral,
não ficando restrita a um órgão único, como acontece com o corpo físico.
Um outro detalhe é que todos os lados de um objeto são visíveis ao mesmo
tempo, não sendo necessário mudá-lo de posição. É impossível a qualquer
pessoa no plano astral ocultar seus sentimentos a quem sabe utilizar a
visão astral, pois ela penetra no mais profundo da pessoa, tornando-a
transparente, pelas cores geradas.
No corpo mental a visão opera de forma análoga à astral, numa escala
muito mais elevada. Com a visão do corpo mental superior, o homem
consegue ver a essência das grandes massas de matéria mental que atuam
sobre a humanidade e entender seu envolvimento com a matéria astral e os
efeitos no seu comportamento. Só assim poderá realmente compreender os
problemas da humanidade.
No plano búdico, o Mestre chama a visão de visão divina. Porque essa
expressão ? Simplesmente porque a vida física efetiva do nosso Logos,
portanto nosso DEUS, manifesta-se realmente a partir do plano búdico, uma
vez que os três planos inferiores não constituem princípios para ELE.
Portanto com a visão do corpo búdico, o homem começa a ver a beleza do
corpo físico cósmico do Logos, DEUS, sendo realmente visão divina. Para
tanto já deve ter recebido a quarta Iniciação, da Renúncia. Quem já tem a
segunda e começou a coordenar seu corpo búdico, pelo uso sistemático da
capacidade analítica da mente, como diz o Mestre Tibetano, tem vislumbres
dessa Vida e isso é suficiente para estimulá-lo a prosseguir com mais
ímpeto, acelerando assim sua evolução, uma vez que crê, porque viu
diretamente. As particularidades e os detalhes são indescritíveis por
palavras, pois faltam termos de comparação na linguagem humana.
O Mestre chama a visão no corpo átmico de realização e compreensão,
definindo assim: “ Reconhecimento da necessária triplicidade para a
manifestação e a ação reflexa do eu e do não-eu”. Com essas palavras Ele
resume o que realmente é a visão átmica, em termos de perfeição desse
sentido, como sempre perfeição relativa, porque há mais conquistas.
É realização, porque, com a visão átmica plenamente desenvolvida, o
homem consegue realizar a meta. É compreensão, porque, pelo enorme
poder de discriminação e síntese da visão átmica, o homem
simultaneamente vê as muitas diferenciações entre os eu´s, gerando a
multiplicidade de relações entre eles e sua ação recíproca, provocando a
existência do eu e do não-eu e a seqüência de interações entre eles, que
enriquece cada eu de experiência. Com isso cada eu cresce em poder,
sabedoria e inteligência, passando a se ver nos outros eu´s, até que vê o
UNO em todos e todos no UNO.
Dessa forma a visão átmica permite entender a necessidade da existência
da diferenciação (eu e não-eu) e de sua relação, constituindo a triplicidade,
para que a manifestação possa ocorrer.
Entende porque vê todo o processo em seus mínimos detalhes, uma vez
que o plano átmico é um plano de síntese.
Voltaremos a falar sobre esse sentido do corpo átmico, ainda dentro do
tema Os Centros e os Sentidos Normais e Supranormais. Pedimos a todos
que reflexionem, meditem, utilizem-se bastante das analogias e tirem
conclusões, pois só assim conseguirão estimular os neurônios e construir
linhas de comunicação com a mente superior, obtendo inspiração (insight),
que facilitará o entendimento. Fazendo isso, estarão ao mesmo tempo
estimulando os sentidos imaginação (paladar do corpo astral),
discriminação (paladar do corpo mental), idealismo emotivo (olfato do
corpo astral), discernimento espiritual (olfato do corpo mental) e intuição
(paladar do corpo búdico).
No próximo estudo, em 30/3/2004, falaremos do paladar e do olfato, ainda
dentro do mesmo prisma do Mestre Tibetano.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina.
[058]
O Centros e os Sentidos Normais e Supranormais - paladar e olfato
(Continuação) (Páginas 184 e 185 do Tratado sobre Fogo Cósmico)
Iremos discorrer neste estudo sobre o paladar e o olfato, esses dois sentidos
derivados do tato eque interferem-se mutuamente com predomínio do olfato. São
os mais importantes no atual Sistema Solar, por serem expressões do objetivo do
Logos Solar para essa Sua encarnação: Amor-Sabedoria-Razão Pura.
Mestre Tibetano diz que o paladar dá idéia de valor, para se escolher o que é
melhor. Na realidade no corpo físico ele nos informa o que mais nos agrada e dá
prazer, não só na área dos alimentos, como com qualquer coisa que entre em
contacto com a língua.
Assim o homem começa a discriminar materialmente, selecionando o que lhe
parece de mais valor. Pelo tato ele aprendeu a diferenciar quanto ao conceito de
dimensão, contextura, suavidade ou aspereza e temperatura. Pelo paladar a
diferenciação refere-se a outro conceito, o de agrado, que no corpo físico é o que
ele considera de valor.
No corpo astral o paladar é chamado de imaginação pelo Mestre Tibetano. Se
analisarmos os sinônimos da palavra imaginação, fantasia e devaneio,
perceberemos claramente a analogia entre o sentido astral e o paladar físico.
Pela imaginação o homem encontra deleite, imaginando aquilo que mais lhe
agrada e dá prazer. Assim ele discrimina o que acha que tem mais valor e
seleciona. Um desencarnado, vivendo no plano astral, usando a imaginação,
pode simular o paladar físico. No entanto como o mecanismo astral é diferente do
físico, a sensação astral será diferente.
A gama de diferenciação do paladar astral (imaginação) é muito maior, como
também a sensação.
No corpo mental o paladar é denominado discriminação pelo Mestre. Pelas
propriedades da matéria mental e dentro do conceito de valor, esse sentido do
corpo mental leva à consciência subsídios para que o melhor valor seja
escolhido. Esse melhor valor significa aquilo que é mais correto, o mais
adequado e o mais útil. É o que é chamado na linguagem comum de bom senso,
discernimento e viveka na linguagem do ioga. Para isso é necessária grande
capacidade de perceber detalhes, não apenas físicos, mas em termos de
conseqüências e efeitos. É a aproximação da Sabedoria, somente aproximação,
sendo um estágio para a intuição.
Na discriminação são percebidas as muitas diferenciações entre o eu e o não-eu,
dentro da dualidade, mas já é feita a abstração dos conceitos e das idéias.
No corpo búdico o paladar é a intuição, esse sentido que permite ver a unidade
através das diferenciações e cujo desenvolvimento confere a seu possuidor a
capacidade de realmente se unir com os outros eu´s, sendo bem distinta da
faculdade de fazer contacto com eles. De fato pode haver o contacto sem a
união. Pela intuição é possível entender um fenômeno qualquer da natureza,
vendo simultaneamente cada parte atuando e todas as suas ações recíprocas,
como um todo. Não é como na análise mental, em que cada parte só pode ser
vista separadamente. Nada tem a ver com a premonição, como muitos
erroneamente pensam.
Essa capacidade é muito rara hoje em dia, quando prevalece o intenso
egocentrismo, devido à identificação com a forma, embora necessária, mas que
deve ser rechaçada posteriormente.
Pelo despertar do paladar búdico, a intuição, são feitas distinções cada vez mais
sutis, até se alcançar o âmago da nossa verdadeira natureza, por meio das
formas.
No corpo átmico o paladar é chamado perfeição e o Mestre assim descreve: “
Evolução que se completa utilizando o não-eu e sua lograda suficiência ”.
Analisemos essas palavras. Por meio das interações e dos relacionamentos entre
eu e não-eu, o eu evolui na direção da meta, servindo-se dos sentidos dos
diversos corpos, do físico até o átmico, onde está a meta da cadeia. No plano
átmico as diferenças são muito mais sutis que no búdico, na área do paladar.
Como cada eu é não-eu para os outros eu´s, todos na realidade ajudam-se no
processo evolutivo, mesmo não tendo consciência disso nas fases iniciais. Assim,
no plano átmico, aqueles que conseguem alcançá-lo (quinta Iniciação, da
Revelação), completam sua evolução (a programada), com a ajuda do não-eu,
que também consegue a suficiência, porque chega ao topo. Todavia, mais uma
vez repetimos, a caminhada prossegue para picos mais altos e grandiosos. A
prova é que a quinta Iniciação é chamada a Revelação, porque no ato são
revelados ao Iniciando os sete caminhos, dos quais Ele terá de escolher um na
sexta Iniciação, da Decisão. Esses caminhos nada mais são que cursos de
treinamento, para o desenvolvimento de qualidades e poderes, sobre os quais é
muito cedo para falarmos.
Vejamos agora o olfato. Subsidiário também do tato, porque exige o contacto
com a molécula portadora do odor com as células olfativas. A idéia básica desse
sentido é a de qualidade inata, que permite saber o que é da mesma qualidade
ou essência e assim atrair, deixar-se atrair ou repelir.
O olfato físico é um sentido muito importante para o homem. Sua segurança
depende dele em grande escala. Por ele podemos perceber se um ambiente é
mortífero, como uma sala repleta de gás venenoso, como o de cozinha. Sabemos
por ele de imediato se um alimento está deteriorado, antes de levá-lo à boca e
usar o paladar. Por isso é regido pelo centro básico, que também rege o sistema
imunológico.
O olfato interage com o paladar e na sensação do gosto ele tem papel
predominante. É por isso que quando a pessoa está resfriada e com olfato
reduzido, perde o paladar. Na maioria das pessoas a quantidade de sabores
básicos percebidos é em média de cinco, ao passo que os odores são em
número de vinte mil em média.
Pelo olfato sentimos prazer, quando o cheiro nos agrada. É fortemente utilizado
nas relações sexuais, sendo fator estimulante ou repelente. No reino animal
também tem suma importância.j
Existe uma poderosa indústria que explora o olfato, a de perfumes.
Esse sentido, quando desperto e plenamente ativo no corpo átmico, conduz o
homem à sua fonte de origem, o plano arquetipico (o átmico), sua verdadeira
morada. Pelo hábito de perceber as diferenças, surge uma divina nostalgia, como
diz o Mestre, no coração do Peregrino (a Mônada enclausurada), pela saudade
de seu local de origem. Pelas comparações que faz, ao notar as diferenças pelo
uso dos outros sentidos, aprende a identificar as vibrações, inclusive a do seu lar,
usando-se aqui uma certa flexibilidade de expressão. Essa capacidade é a
equivalência espiritual do sentido que, em alguns animais como o pombo correio,
as aves, as tartarugas e outros, orienta-os no retorno ao local de reprodução.
Resumindo, é a captação da vibração essencial do Eu e o rápido retorno por
esse instinto ao ponto de origem.
No corpo astral o olfato é chamado idealismo emotivo. O que quer dizer essa
expressão ? A função do olfato é perceber diferenças nas qualidades, ora como
toda qualidade contém idéias, cuja soma a define e caracteriza e essas idéias
manifestam-se no plano astral como vibrações específicas, o olfato astral é capaz
de captar essas vibrações e levá-las à consciência astral como idéias que dão a
sensação de qualidades.
Como acontece com o paladar astral (a imaginação), um homem desencarnado
pode ter a sensação de um odor físico, porque esse odor permanece em sua
memória astral. Mas não é esse o objetivo principal.
Também a gama de odores astrais (idéias) é muito maior que a de odores físicos,
pois é muito importante que a capacidade discriminatória aumente cada vez
mais.
No corpo mental o olfato é discernimento espiritual. Discernimento espiritual é a
capacidade de captar diferenças dentro das qualidades, como vibrações, para
que, ao serem levadas à consciência mental e serem identificadas, o Eu possa
aperfeiçoar a qualidade que ele quiser, uma vez que fica de posse dos detalhes
necessários. Como é fácil de observar, em duas pessoas com a mesma
qualidade, encontraremos diferenças nessa qualidade, por mais idênticas que
sejam as pessoas. Essa análise baseia-se no conceito de unidade de qualidade,
ou seja, a qualidade é decomposta em partes.
No corpo búdico o olfato é o idealismo. É análogo ao idealismo emotivo do corpo
astral, com a diferença de que as idéias componentes das qualidades são em
número muito maior e já está presente a percepção da unidade.
Não é difícil entender que no plano búdico a quantidade de idéias que formam
qualidades constitui um verdadeiro oceano, se considerarmos que é nesse plano
que começa o corpo físico cósmico do Logos Planetário.
No corpo átmico o Mestre chama o olfato de conhecimento perfeito e o define
com estas palavras:“ O princípio manas (mente) em sua atividade discriminadora,
aperfeiçoando a inter-relação entre o eu e o não-eu ”. É no plano átmico que a
mente atinge sua máxima capacidade discriminadora, conseguindo detectar as
mínimas diferenças nas qualidades, utilizando esse sentido. Assim a mente
consegue saber todas as possibilidades de diferenciação das qualidades e,
dessa forma, passa a conhecer todas as essências, nos mínimos detalhes e
conclui com toda clareza que por dentro de toda essa variação jaz soberano o
UNO. É o ápice e a otimização do olfato, em seu significado mais elevado e
profundo. Com o seu aperfeiçoamento o homem atinge o alto da montanha, ou
seja, a meta da nossa cadeia, que todos devemos alcançar.
Vimos como é importante aplicar a mente aos sentidos, usando seu poder de
análise, cujo objetivo é desenvolvê-la ao máximo, para que, através da mente
aperfeiçoada, o Amor-Sabedoria-Razão Pura possa se expressar em toda a sua
glória e excelsitude.
Continuaremos com esse estudo em 2/4/2004, dando ênfase aos centros e aos
fogos, em sua relação com os sentidos.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
059]
O Centros e os Sentidos Normais e Supranormais (Final) (Página 185 à 189
do Tratado sobre Fogo Cósmico)
Antes de prosseguirmos com o nosso estudo, é muito oportuno e
importante enfatizar as recomendações e palavras do Mestre Tibetano,
dentro do atual contexto, para o que transcrevemos suas palavras, em
português: “ Ao considerar este tema, perceber-se-á a vasta região
abrangida pelas idéias envolvidas, pois significa o completo
desenvolvimento evolutivo do ser humano. Todavia, tudo o que se pode
fazer aqui ou em qualquer outra parte, é dar idéias para serem refletidas
cuidadosamente e realçar certos conceitos, que poderão servir como
pensamentos fundamentais para a futura atividade mental da geração
imediata”.
Analisemos atentamente essas palavras do Mestre, o que Ele tanto
recomenda que façamos. A utilização e o aperfeiçoamento dos sentidos de
todos os corpos previstos para a meta atual é a chave da evolução. Porque
? Simplesmente porque pelos sentidos adquirimos conhecimentos do
universo manifestado e de nós mesmos, entendemos nossos semelhantes
e os reinos inferiores, pelo raciocínio aprendemos a servir, pois
entendemos claramente que, ajudando os outros, estamos ajudando a nós
mesmos, já que passamos a nos ver nos outros e, o que é muito precioso,
estamos aliviando o fardo da Hierarquia.
Quanto às palavras “ idéias para serem refletidas...” , nós somos a geração
imediata, uma vez que o Tratado sobre Fogo Cósmico foi escrito por volta
de 1925 e estamos em 2004. Logo é nosso dever refletir, meditar, comparar
e tirar conclusões desses excelsos ensinamentos do Mestre, aplicá-los e
divulgá-los ao máximo. Esse é um serviço útil à humanidade e à Hierarquia,
porque só mudaremos a mentalidade reinante pelo ensino e pelo raciocínio
lógico. Esse é o verdadeiro amor: esclarecer as mentes e libertá-las dos
preconceitos, quaisquer que sejam, incluindo os religiosos que pregam a
separatividade e, às vezes, dificultam o progresso da ciência. Não é o amor
piegas ou cegamente devocional, que muitos apregoam. É o amor que,
através do conhecimento, desperta a dignidade e libera. Não basta a
simples afirmação de que Deus está dentro de nós. Só o auto-conhecimento
dá a certeza de que de fato Deus está dentro de nós. Como o conhecimento
dá a convicção serena, aqueles que gritam e berram afirmações religiosas
não têm certeza nenhuma.
Passemos ao estudo. Façamos inicialmente algumas considerações úteis:
• Nessa parte do livro foram tratados os sentidos, porque eles se ligam
à forma material. Os cinco sentidos, tais como os conhecemos, são
os meios de contacto construídos pelo Pensador (polarizado em seu
corpo etérico, quanto ao corpo físico). Eles se manifestam pelas
células sensitivas especializadas, pela rede nervosa (os condutores
da informação), neurônios, gânglios e plexos, reconhecidos pela
ciência exotérica.
• Que tais sentidos, para os propósitos da atual manifestação, têm seu
ponto focal no plano astral e, conseqüentemente, são estimulados
em grande parte pelo plexo solar - esse grande ponto focal situado
no centro do corpo, agente que estimula a maioria da família humana
na atualidade.
• A medida que o triângulo superior entra em ação e a polarização se
eleva aos centros superiores, os sentidos do corpo mental entram em
atividade e o homem passa a ser consciente nesse plano e nele atuar
com desembaraço, tão bem quanto no físico e no astral. Quando a
polarização é transferida da personalidade para o Ego ou corpo
causal, ou seja, do corpo mental inferior para o causal, que é
constituído pelos três sub-planos superiores do mental, observamos
um interessante reflexo dessa divisão no corpo físico.
De fato abaixo do diafragma estão os centros:
• o básico
• o baço
• o sacro
• o umbilical ou plexo solar.
Esses correspondem aos quatro sub-planos inferiores do corpo mental,
chamados em conjunto de corpo mental inferior ou concreto.
Acima do diafragma temos:
• o cardíaco
• o laríngeo
• o coronário.
Esses correspondem aos três sub-planos superiores do mental e
constituem o corpo causal, mental superior ou abstrato.
Semelhantemente temos no microcosmo (o homem) a Tríade Superior
separada do quaternário inferior (corpos físico, astral, mental e
personalidade).
Reflitamos sobre essa analogia e assim elucidaremos a ação reflexa entre
os centros e os sentidos, desde os diversos corpos, tendo em conta que, a
medida que os centros vão despertando, o processo será triplo:
Primeiro- o despertar no plano físico e a atividade crescente dos centros,
até alcançar o caminho de Provação. Isto ocorre em paralelo com o uso
aumentado dos sentidos, em particular a utilização constante para
identificar o Eu e seus corpos.
Segundo- o despertar no plano astral e o aumento gradual da atividade dos
centros e sentidos astrais, até alcançar a primeira Iniciação. Isso ocorre
simultaneamente com o uso extraordinariamente acentuado dos sentidos
para discriminar o Eu e o não-eu.
Terceiro- O despertar no plano mental e a conseqüente atividade acelerada
dos centros e sentidos mentais. O efeito em ambos os casos tende a
identificar o Eu com sua essência em todos os grupos e a rechaçar os
envoltórios e as formas.
Esse desenvolvimento é paralelo entre os corpos superiores (búdico e
átmico) e inferiores. Quando os centros e sentidos do corpo astral se
tornam plenamente ativos, os correspondentes centros e sentidos do corpo
búdico vão despertando e entrando em atividade, culminando com uma
mútua interação vibratória e a força da Tríade Superior (na realidade a força
da Mônada atuando pelo átomo búdico permanente da Tríade) começa a se
expressar de forma clara pela personalidade, através do corpo astral, ou
seja, pelos sentimentos e pelas emoções, o aspecto amor. O modo dessa
manifestação depende das pétalas do Loto Egóico que estão abertas.
Igualmente quando os centros do corpo mental se tornam
quadridimensionais e os sentidos mentais plenamente atuantes, os centros
e sentidos correspondentes do corpo átmico despertam e o homem começa
a ter consciência no plano átmico. Então o aspecto Vontade da Mônada
começa a se expressar, via átomo átmico permanente da Tríade Superior,
no corpo mental e na personalidade. O modo também depende das pétalas
do Loto Egóico que estão ativas.
Com isso uma maravilhosa atividade ígnea tem lugar nos três corpos
inferiores. Sob o ponto de vista do fogo, sem considerar no momento a aura
e as suas cores, esses fatos indicam de forma bem definida uma etapa no
processo evolutivo do homem:
• Aa vivificação do calor interno dos envoltórios ou corpos, ou do
pequeno ponto de fogo em cada átomo individual da matéria. Este
processo ocorre nos três corpos inferiores, no princípio lentamente,
logo mais rápido e finalmente de forma simultânea e sintética.
• O início da atividade latente dos sete centros de todos os corpos,
começando do físico para cima, o prosseguimento dessa atividade,
corpo a corpo, com a conseqüente ativação dos sentidos, até o corpo
átmico, para culminar com a perfeita coordenação e inter-relação
centro a centro, de tal forma que no Adepto perfeito são vistos trinta
e cinco (7 centros X 5 corpos) vórtices de fogo, em uma interatividade
exatamente coordenada e com uma irradiação e fulgor exuberantes.
• Os vórtices de fogo (centros) conectam-se entre si em grupos de três,
formando triângulos, em cada corpo, de tal forma que são vistas
bolas ígneas ligadas por tramas de fogo (os condutores das
partículas portadoras dos fogos, os três canais fundidos). Cada bola
de fogo ondula com movimentos multidimensionais, pois são em
número altíssimo as informações e qualidades processadas e não
devemos esquecer que os centros são responsáveis pelos sentidos e
pela veiculação das energias da Mônada. Por isso é verdadeira a
afirmação de que os Filhos da Mente são Chamas.
• Somente quando a Vontade, que de fato representa o Espírito,
começa a atuar, é que os centros se aceleram para a perfeição. É o
fogo solar ou da mente que une os centros, formando os triângulos
unificadores, enquanto o fogo por fricção ou da matéria mantém a
forma unida e coordenada. Então temos o fogo elétrico (da Vontade)
acelerando para a perfeição, o fogo solar formando os triângulos e o
fogo por fricção unindo a matéria para a forma, donde se conclui que
Espírito, mente e matéria se interdependem e o resultado é a sintonia
exata dos três fogos.
• O tema dos centros aplicado aos Homens Celestiais (Logos
Planetários) nos conduz a interessantes deduções, com base na Lei
da Analogia. Eles também possuem mecanismos de percepção ou
sentidos, pelos quais captam informações de seu ambiente cósmico
e assim evoluem em direção a uma meta estabelecida. A natureza
dessas informações é muito complexa para o nosso atual
entendimento. Mas os Logos também têm suas deficiências e lutam
para eliminá-las. Como nós, possuem mecanismos de ação, pelos
quais se relacionam entre si. Os Logos Planetários manifestam-se
através de um esquema de sete cadeias, sendo cada cadeia uma
encarnação. Foi dada indevida importância ao planeta físico de uma
cadeia, embora nem todas as cadeias tenham planeta físico, o que
tirou um pouco da importância da cadeia como um todo, ou seja,
todos os globos de uma cadeia são igualmente importantes. Uma
cadeia pode ser vista como um centro de um Homem Celestial.
Embora elas se sucedam no tempo para nós, contudo para Eles a
visão das sucessivas cadeias é bem diferente, elas se comportam
como se estivessem sempre presentes. Por exemplo, o nosso Logos
Planetário, para nós, está na quarta cadeia. Mas Ele vive os efeitos
das três cadeias anteriores no seu contínuo presente e assim
podemos conceber uma cadeia como um centro. É também correta a
concepção de Egos formando centros de um Homem Celestial,
todavia somente para os planos búdico, átmico e monádico. Como
vemos, a concepção dos centros dos Logos Planetários é muito mais
complexa e abrangente.
Chamamos a atenção para um fato importante: os sete Homens Celestiais
estão encarnados fisicamente, através de um planeta físico. No caso do
nosso Logos é a Terra e SANAT KUMARA é seu representante, melhor
dizendo, a extensão na Terra da sua Consciência.
Da mesma forma com que o carma dos homens varia de um para outro, o
carma dos Logos também varia. O nosso Logos Planetário está com um
carma muito pesado, atualmente oculto no mistério da sua personalidade.
Apenas como indício muito vago, sabemos que a sua cadeia anterior, a
lunar, não foi até o fim previsto, tendo sido desintegrada por intervenção do
próprio Logos Solar, devido a um erro do Logos, erro esse sem
possibilidade de correção.
Concluindo, a manifestação dos Logos Planetários difere, em função do
grau de atividade dos centros. Esse campo de estudo é extenso, complexo
e de grande interesse em relação ao Sistema Solar, porque os sete Logos
Planetários constituem centros no corpo do Logos Solar, ficando portanto
evidente a importância do estudo, em termos de se saber o nível de
evolução do Logos Solar, entre muitas outras informações de grande
utilidade para a humanidade. Em se tratando do Sistema Solar, achamos
muito louvável o esforço dos cientistas em conhecer o sistema por meio de
naves e sondas espaciais, mas é muita presunção pretender colonizar
planetas.
No próximo estudo, em 06/04/2004, entraremos no tema Os Centros e a
Iniciação, de grande relevância.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina.
[060]
Os Centros e a Iniciação (Páginas 189, 190 e 191 do Tratado sobre Fogo
Cósmico)
Após termos dissertado sobre a relação entre os centros e os sentidos,
entraremos agora nos efeitos da Iniciação sobre os centros. Informaremos ainda
muita coisa sobre os sentidos no decorrer dos nossos estudos, quando a relação
se fizer presente e for útil no dia a dia no mundo físico.
O que iremos explicar é da mais profunda importância e utilidade, em termos de
noções do processo iniciático, seu efeito nos centros e o que resulta na
personalidade. É ponto pacífico que quanto mais conhecimentos tivermos sobre
as Iniciações, mais estímulo teremos para a conquista da meta, pois veremos e
entenderemos claramente o que está à nossa frente e não agiremos mais às
cegas.
Foi feita uma breve explanação sobre a função, organização e atividade gradativa
dos centros, desde a lentidão inicial até o máximo de movimento. A partir daí os
múltiplos movimentos da periferia, dos vórtices internos chamados pétalas e de
todo o conjunto produzem um efeito multidimensional. Isto é devido ao
alinhamento entre os centros etéricos e os sutis, na seqüência: astral - mental -
búdico - átmico.
Tal alinhamento é obtido oportunamente na Iniciação. Quando o homem, por
esforço próprio, pelo conhecimento e pela vontade de servir consciente e
sabiamente, põe os centros em atividade, então ele faz jus à primeira Iniciação.
Neste sagrado momento, os quatro centros inferiores (básico, baço, sacro e
umbilical, correspondentes à personalidade) iniciam a transferência dos fogos
para o triângulo superior. Como já vimos, nessa etapa evolutiva o triângulo que
vai ser estimulado é o constituído pelo cardíaco, laríngeo e os sete centros da
cabeça. Na fase imediatamente anterior (do homem intelectual, parcialmente
regido pela Alma) o triângulo ativo era cardíaco-laríngeo-os quatro centros
menores da cabeça sintetizados pelo alta maior.
Deve ficar bem claro na mente de todos a diferença entre estar ativo e ter os
movimentos multidimensionais.
A dupla rotação dos centros inferiores é nitidamente visível (periferia e pétalas) e
os centros do triângulo superior iniciam essa dupla rotação
Quando o Cetro da Iniciação é aplicado ao Iniciado pelo Sr. Maitreya, ocorrem
certos efeitos nos centros, que assim descrevemos:
• O fogo tríplice contido no básico e em circulação é transferido
definitivamente para o centro que é objeto de atenção especial, o que varia
conforme o raio ou o trabalho especial a cargo do Iniciado. Por exemplo,
se o Iniciado deve fazer um trabalho na área da inteligência, então o
centro estimulado será o laríngeo, se for na área que requeira unicamente
o amor, será o cardíaco, se houver predominância de raios pares, será o
cardíaco ou um centro da cabeça de número par, se prevalecerem os raios
impares, então será o laríngeo ou um centro da cabeça de número impar.
Essa transferência significa que o centro escolhido é o estimulado
primeiro, mas os fogos ficam circulando pelos outros dois do triangulo,
uma vez que todo o triângulo tem de atingir o máximo de atividade.
• Esse centro escolhido imediatamente intensifica sua atividade,
aumentando com isso sua taxa de evolução e entram em atividade
determinadas pétalas ou vórtices dele. Essas pétalas têm relação direta
com certas espirilas dos átomos permanentes e, em conseqüência, elas
também entram em atividade crescente, acontecendo isso nos átomos
permanentes físico e astral e na unidade mental, porque o estímulo ocorre
nos centros dos três corpos inferiores. Após a terceira Iniciação, pelo
estímulo dos centros dos corpos búdico e átmico e sua conseqüente ação
nas espirilas dos átomos búdico e átmico, os corpos correspondentes
passam a ser coordenados e utilizados pela Mônada, intensificando-se
também os sentidos desses corpos, com um grande incremento da
intensidade de vida. A polarização então passa a ser superior.
• Pela aplicação do Cetro da Iniciação a afluência da força do Ego ou Alma
à personalidade é triplicada. A direção dessa força depende de qual seja a
Iniciação. Se for a primeira, são os centros etéricos, se a segunda, são os
do corpo astral, que influenciam os correspondentes etéricos, se for a
terceira, são os corpo mental. Quando o Iniciador é o Instrutor do Mundo, o
Sr. Maitreya, nas primeira e segunda Iniciações, a força da Tríade Superior
vivifica os centros cardíaco e laríngeo e é extraordinariamente aumentada
a capacidade de sintetizar a força dos centros inferiores. Quando o
Iniciador é o Senhor do Mundo, a partir da terceira Iniciação, a afluência da
força provém da Mônada e, embora os centros cardíaco e laríngeo
respondam a ela incrementando mais ainda sua atividade, a direção
principal da força é para os sete centros da cabeça. Finalmente, na
liberação (quarta Iniciação) a força da Mônada se dirige para o irradiante
centro coronário, que sintetiza os sete centros menores da cabeça.
• Nas Iniciações o grande aumento do poder e da capacidade de vibração
dos centros provoca na vida física do Iniciado os seguintes efeitos:
Primeiro- Maior refinamento e sensibilidade dos corpos, o que no início gera
sofrimento, porém a capacidade de responder aos contactos anula esse
sofrimento incidental.
Segundo- O despertar e desenvolvimento das faculdades psíquicas, o que
também produz mal estar transitório, mas com o tempo leva ao reconhecimento
do Eu Uno em todos os eu´s, meta do esforço.
Terceiro- A fusão ou sintonia dos três fogos, elétrico, solar e por fricção e sua
correta progressão geométrica através da trama etérica. Isto permite adquirir
continuidade de consciência. Inicialmente essa consciência é entre a consciência
física e astral, mas com o tempo atinge o consciência mental. Então o Iniciado
passa a ter consciência simultânea nos três mundos e assim torna-se capaz de
utilizar o tempo como fator para os planos da evolução.
Quarto- A crescente compreensão da Lei de Vibração como um dos aspectos da
Lei básica de construção (uso do som como construtor e como destrutor). Em
decorrência o Iniciado aprende a construir conscientemente, a manipular a
matéria mental para aperfeiçoar os planos do Logos, a trabalhar com a essência
elemental mental e a aplicar a lei nos sub-planos mentais, afetando o plano físico
(o que constitui um grande perigo, caso o mago das trevas pudesse ter acesso).
O movimento ou vibração (oscilação) origina-se nos sub-planos mentais
cósmicos, seguindo a mesma ordem no microcosmo. Existe aqui uma informação
velada muito importante, que pode revelar muita coisa, se houver a devida
meditação e reflexão sobre o assunto, com os devidos cruzamentos de
informações. No exato momento da aplicação do Cetro de Iniciação, o Iniciado
entende conscientemente o significado da Lei de Atração na construção de
formas e na síntese dos três fogos. O poder e o progresso do Iniciado
dependerão de sua capacidade de reter essa compreensão e de aplicar a lei.
Essa capacidade de reter será grande se o Iniciado estiver habituado a prestar
atenção aos sentidos no dia a dia, a meditar continuamente, mesmo no tumulto
das multidões, a buscar continuamente conhecimento, a cruzar informações e a
tirar conclusões. É por isso que a Hierarquia toma muito cuidado ao selecionar o
candidato à Iniciação.
• A aplicação do Cetro de Iniciação provoca um novo despertar nos três
fogos da matéria (reação nervosa, emanação prânica e calor corpóreo) e
os sintoniza em maior profundidade e guia em progressão ascendente. Há
também a ação do fogo solar, da mente, que tem de dominar e se
sintonizar com os três da matéria, incrementados pelo Cetro, que os dirige
por certas rotas e triângulos. Existe uma razão esotérica precisa, de
acordo com as Leis da Eletricidade, atrás do fato bem conhecido de que
todo Iniciado que se apresenta ante o Iniciador vai acompanhado por dois
Mestres, um de cada lado. Os três juntos formam um triângulo que facilita
o trabalho. Por essas informações do Mestre concluímos que a Iniciação é
um fenômeno que envolve eletricidade, da qual a nossa eletricidade
comum é uma expressão, sendo a eletricidade atmosférica (a solar), que
atua nas nuvens de trovoada (cumulo nimbus), outra expressão,
possuindo por sua vez um comportamento muito característico, como já foi
comprovado pelos grupos de cientistas que pesquisam o assunto, no
mundo inteiro. Essas nossas conclusões finais, aparentemente sem
conexão com um tema tão elevado, como a Iniciação, têm sua razão de
ser, pois é um estímulo para que usem a Lei de Analogia, façam
comparações e tirem conclusões, pois só assim é que terão uma visão
clara e nítida dos fenômenos ocultos e transcendentes.
Por hoje vamos encerrar nosso estudo. Voltaremos em 9/4/2004, continuando
com o mesmo tema.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina
061]
Os Centros e a Iniciação (Continuação) (Página 191 à 194 do Tratado sobre
Fogo Cósmico)
Continuemos nosso estudo sobre os centros e a Iniciação. Como o Cetro da
Iniciação, tantodo Sr. Maitreya, comodo Senhor do Mundo, está carregado
de eletricidade cósmica, concordamos plenamente com a afirmação do
Mestre Tibetano de que a Iniciação é um fenômeno elétrico.
Os Iniciadores, que possuem o Poder, são hábeis no controle da carga
elétrica aplicada ao Iniciando. Essa carga é função dos raios e da Iniciação
do Iniciando.
O Iniciando sozinho não suportaria a tremenda descarga elétrica e todos os
seus veículos sofreriam sérios danos. Não esqueçamos que o fogo elétrico
é oriundo do primeiro raio, que ao mesmo tempo constrói e destrói. Vemos
isso no mundo físico. Na medicina a eletroterapia cura, mas na cadeira
elétrica a eletricidade mata. A manipulação do DNA é por eletricidade.
Por isso no ato da Iniciação existe a formação triangular, os dois Mestres
padrinhos e o Iniciando constituem o triângulo. Os dois Mestres são os dois
pólos necessários para a circulação da corrente elétrica. Um Mestre é o
Chohan do raio do corpo em foco na Iniciação. O outro é o Chohan do raio
da personalidade. Por exemplo, na segunda Iniciação de um discípulo de
primeiro raio de personalidade e de sexto raio de corpo astral (o corpo em
foco na segunda Iniciação), os Padrinhos serão os Mestres Morya e Jesus.
Há que lembrar que a segunda Iniciação é regida pelo sexto raio e por isso
o Mestre Jesus sempre está envolvido nesta Iniciação.
Um discípulo de sexto raio de corpo astral, ao receber a segunda Iniciação
sentirá em grau altíssimo os efeitos dessa coincidência de raios: sexto raio
de corpo astral e sexto raio regente da segunda Iniciação. Mesmo que,
devido ao trabalho a ser feito, seja o laríngeo ou um da cabeça o centro
visado, ele terá o cardíaco hiper-ativado e ficará em estado de graça por
vários dias, em consciência física.
Podemos conceber o triângulo iniciático, embora de forma grosseira, como
a lâmpada elétrica de filamento de tungstênio. O Iniciador é a origem da
corrente, os dois Padrinhos são os pólos positivo e negativo e o Iniciando é
o filamento que, ao receber a corrente, incandesce e emite luz. Os dois
pólos também exercem a função de dosar a voltagem ao valor que o
Iniciando pode suportar.
Falemos agora dos Cetros da Iniciação. Não devem imaginar os Cetros
como coisas físicas. No plano onde ocorre a Iniciação não existe a forma. O
Cetro da Iniciação na realidade é um aglomerado de energias muito
especiais, à semelhança do depósito de forças do Cristo no plano búdico.
Eles são três:
Primeiro - O Cetro do Sr. Maitreya, utilizado nas primeira e segunda
Iniciações. Ele é carregado pelo Cetro do Senhor do Mundo, o Diamante
Flamígero, carga que se repete cada vez que um novo Instrutor do Mundo
assume o cargo.
A cerimônia dessa carga é maravilhosa. O novo Instrutor do Mundo recebe
seu Cetro de Poder, o mesmo utilizado desde que se fundou a nossa
Hierarquia Planetária e o apresenta ao Senhor do Mundo, que o toca com
seu potente Cetro, carregando-o de eletricidade. Essa cerimônia ocorre em
Shamballa.
A verdadeira história do Sr. Maitreya, o Cristo, é muito pouca conhecida
pela humanidade. Seu verdadeiro valor não é reconhecido, a não ser por
aqueles que tiveram a glória de ficar face a face com Ele por duas vezes.
Então torna-se impossível esquecê-lo e surge uma vontade inquebrantável
de evoluir depressa como Ele. Para terem uma idéia da grandiosidade do
Sr. Maitreya, é suficiente saberem que Ele se individualizou na raça
lemuriana. Em todo o Sistema Solar foi o homem que mais depressa
evoluiu, ultrapassando muitos que já vieram individualizados da cadeia
lunar. Jamais foi superado por quem quer que seja nessa velocidade de
evolução. Por isso chamou a atenção do Logos Solar e do Logos de Sírius.
Muito mais será dito a seu respeito no decorrer dos nossos estudos.
Segundo - O Diamante Flamígero, o Cetro de Poder do Senhor do Mundo,
utilizado a partir da terceira Iniciação, da Transfiguração. O Senhor do
Mundo, SANAT KUMARA, é conhecido na Bíblia como o Ancião dos Dias.
Este Cetro nas Iniciações finais (sexta e sétima) transmite força elétrica
extra-sistêmica, por conduto do próprio Logos Solar. É o Cetro empregado
na Terra. Está guardado no “Oriente”, como diz o Mestre Tibetano e retém o
poder latente que irradia a Religião da Sabedoria. O próprio Sr. SANAT
KUMARA o trouxe ao tomar forma física na Terra há 18 milhões de anos. No
início de cada período mundial, quando um novo Senhor do Mundo assume
o cargo, esse Cetro é carregado pela ação direta do Logos Solar. O local
onde fica guardado só é conhecido pelo próprio Senhor do Mundo e pelos
Chohans de Raio. Por ser o talismão da evolução da Terra, o Chohan do
segundo raio, Mestre Kutumi, é seu principal guardião, abaixo do Senhor do
Mundo, ajudado pela Deva Regente do plano monádico. Os Budas de
Atividade são também responsáveis pela sua custódia, juntamente com os
Chohans de Raio, a Eles subordinados. Ele não é utilizado unicamente nas
Iniciações, mas em certas funções relacionadas com a ronda interna e com
o triângulo formado pela Terra, Marte e Mercúrio.
Terceiro - O Cetro de Iniciação do Logos Solar, denominado, entre outros
nomes, como o “Sétuplo Fogo Flamejante”. Foi confiado ao nosso Logos
Solar pelo Logos de Sírius e enviado ao nosso Sistema desde essa estrela
binária. Uma de suas finalidades é ser utilizado em casos de urgência.
Nunca foi empregado com esse propósito na atual cadeia, embora tenha
estado perto por duas vezes, uma na época atlantiana e outra no terceiro
ano da última guerra mundial. É também usado para Iniciação dos sete
Logos Planetários em níveis cósmicos e para Iniciação de grupos, algo
ainda quase incompreensível para a humanidade. Ele á aplicado aos
centros dos Homens Celestiais, de modo semelhante aos Cetros menores
aplicados aos centros humanos, sendo todavia o efeito numa escala muito
maior. Na realidade este assunto tão complexo não concerne ao homem.
Mestre Tibetano entrou nele, porque ficaria incompleta a enumeração dos
Cetros. Mas serve para demonstrar a maravilhosa síntese do conjunto e o
lugar do nosso Sistema dentro de outro esquema maior. Em todas as
coisas cósmicas regem a lei e a ordem perfeitas. As ramificações do Plano
Divino são percebidas em todos os planos e sub-planos. Este Cetro, o
maior de todos, está sob a custódia do primeiro grande grupo de Senhores
do Carma. A sua carga elétrica é de níveis cósmicos muito elevados. Os
outros dois Cetros menores são carregados com eletricidade diferenciada.
O Cetro Solar está guardado no Sol e é carregado somente no início do
período de cem anos de Brahma, ou seja, no início do Sistema Solar.
A razão de se tratar dos Cetros de Poder é que eles têm relação com os
centros, vórtices de força da matéria e(embora canais para a força espiritual
ou centros em que se expressa a “vontade de ser”) se manifestam como
atividade da matéria.
Eles são os centros da existência e assim como na manifestação os dois
pólos, Espírito e matéria, não podem se separar, igualmente é impossível
aplicar o Cetro na Iniciação sem produzir efeitos definidos entre ambos.
Não podemos esquecer que o fogo cósmico da matéria se divide em fogo
da matéria/elétrico, fogo da matéria/solar e fogo da matéria/da matéria.
Os Cetros são carregados com Fohat, que é fogo da matéria e também fogo
elétrico, daí seu efeito sobre a matéria e o Espírito. Há também o aspecto
solar, que é o relacionador.
Não é possível explicar este mistério com maiores detalhes, porque os
segredos da Iniciação não se podem revelar.
O que foi dito sobre esse tema significa muito, nunca tendo sido tratado
antes, embora alguns já tenham ouvido falar dessas coisas.
Muito mais será dito sobre as Iniciações ao longo dos nossos estudos,
inclusive sobre os Cetros, uma vez que o objetivo é que, pela assimilação
das informações aqui passadas e devidamente aplicadas no dia a dia, o
maior número possível de pessoas adquira condições e se qualifique para
atravessar o Portal Iniciático.
No próximo estudo, em 13/04/2004, entraremos na seção F da primeira parte
do livro, a Lei de Economia, que é bem curta. Após estaremos na parte mais
importante, mais extensa e mais complexado livro, que trata do Fogo Solar,
o fogo da mente. Lembramos que a compreensão dessa segunda parte
depende fundamentalmente da perfeita assimilação do conteúdo da
primeira parte.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina
[062]
A Lei de Economia - Seus efeitos sobre a matéria (Da página 195 à 197 do
Tratado sobre Fogo Cósmico)
Entraremos agora num assunto que esclarecerá muito a execução e o
desenvolvimento da obra do Terceiro Logos, denominado Atividade Inteligente. O
Logos Solar é um só, mas na construção do seu corpo físico cósmico, que vai
servir de mecanismo para que expresse e desenvolva ao máximo sua qualidade
Amor-Sabedoria-Razão Pura, Ele utiliza sua Mente (Manas). Isso Ele faz
estabelecendo e seguindo a Lei de Economia, que consiste em obter o máximo
de rendimento e aproveitamento, com um mínimo de gasto ou custo, usando o
material disponível.
Material disponível sim, porque Ele o recebe do Logos Cósmico ao qual está
subordinado.
Nessa tarefa Ele convoca Seres Cósmicos a Si ligados e sob seu comando, para
materializarem o projeto que Ele concebeu, desenvolveu e amadureceu.
Embora nessa tarefa prevaleça o aspecto Mente ou Manas, ela se divide em três
partes, que são: Inteligência Ativa, Amor-Sabedoria-Razão Pura e Vontade.
Então os três Seres Cósmicos são responsáveis pelas seguintes funções:
• Inteligência Ativa pura ou Manas puro,
• Inteligência Ativa/Amor-Sabedoria-Razão Pura
• Inteligência Ativa/Vontade.
Essa tríplice divisão é devida à triplicidade reinante em tudo.
A Entidade Cósmica responsável pela função Inteligência Ativa pura ou Manas
puro é chamada Terceiro Logos e é a mais importante na tarefa da parte material.
A outra Entidade responsável pela função Inteligência Ativa/Amor-Sabedoria-
Razão Pura é chamada Segundo Logos e chama-se Primeiro Logos Quem cuida
da Inteligência Ativa/Vontade.
Esses três Seres, ao executarem essas funções, adquirem experiência,
aprendem e assim evoluem. Eles convocam e utilizam uma equipe bem
numerosa de outros seres para os ajudarem nesse trabalho, que também
adquirem experiência, aprendem e evoluem. Acontece a mesma coisa, numa
escala muito menor, com os seres menores que trabalham nos nossos corpos,
desde os minúsculos até os mais elevados, sendo que para eles nós fazemos o
papel de logos, corroborando a Lei de Analogia: “Assim como em cima, é em
baixo”.
Todos os três Logos recebem as energias e a orientação do Logos Solar Único,
que é sua fonte de vida.
Resumidamente as três funções podem ser assim descritas:
Terceiro Logos - (Aspecto Brahma ou Inteligência Ativa) - Formação dos
vórtices na matéria virginal, que serão os átomos primordiais, sua diferenciação,
distribuição espacial, qualidade de cada tipo e seu conseqüente ritmo vibratório e
o movimento giratório, comum a todos os átomos. Rege a Lei de Economia, que
faz com que a matéria siga a linha de menor resistência, causa da tendência
separatista dela.
Segundo Logos - (Aspecto Vishnu ou Amor-Sabedoria-Razão Pura, o
Construtor) - Atrair a matéria ao Espírito ou à Mônada e aproximá-los paulatina e
progressivamente, para que a matéria consiga expressar as qualidades da
Mônada, o que significa a fusão dos dois pólos. Surge então a coesão, que leva à
formação de conglomerados de átomos, o que produz as diversas formas. Este
poder atrativo é do Espírito e se manifesta como:
• Associação,
• Construção de formas,
• Adaptação da forma à vibração imposta pela Mônada, ao expressar suas
qualidades,
• Homogeneidade relativa da unidade grupal, ou seja, no homem o
funcionamento global como um ser individual e no Sistema Solar como um
Sistema específico e determinado,
• Movimento cíclico em espiral.
Não segue a linha de menor resistência, mas a de Atração.
A causa da dor e do sofrimento do mundo está no conflito entre o poder de
atração da Mônada e a adaptação da matéria às necessidades dela. Como a
matéria segue a linha de menor resistência, ela se opõe à atração da Mônada,
que a força a se adequar ao que Ela quer, o que significa um esforço maior da
matéria e isto gera sofrimento e dor. Portanto sofrimento e dor só existem para a
matéria. Mas isso é necessário, até que o homem entenda esse mecanismo e
passe a evoluir conscientemente, o que só se torna possível pelo conhecimento,
jamais pela fé cega, sendo por isso que o Senhor Buda falou: “ A falta de
conhecimento é a causa do sofrimento do homem”.
Primeiro Logos - (Aspecto Shiva ou Vontade) - A atividade das entidades
subordinadas a este Logos induz a unidade forçada e a homogeneidade
essencial. É a Lei de Síntese, a última a atuar, após a fusão do Espírito ou
Mônada com a matéria e sua adequação perfeita. É a síntese final do eu menor
com o Eu maior (personalidade e Ego ou Alma) e finalmente com o Omni-Eu (a
Mônada, em diversos níveis).
Em espiral mais elevada sintetiza a essência com a Essência, o que quer dizer,
as Mônadas individuais com a Mônada maior, a Solar, no nosso caso, sem perda
de identificação. Há graus crescentes de sínteses. Por exemplo, a síntese das
Mônadas Solares com a Mônada Cósmica. É diferente da síntese matéria e
Mônada.
A atividade do Primeiro Logos se manifesta como:
• Abstração,
• Liberação espiritual,
• Destruição da forma ou corpo, ao retirar a vida da Mônada (o aspecto
Destruidor),
• Homogeneidade e unidade essencial absolutas, de um modo muito mais
profundo que no caso do Segundo Logos,
• Movimento de avanço progressivo.
Nessa atividade conjunta, progressiva e coordenada das três Entidades (os três
Logos), gerando as três Leis (Economia, Atração e Síntese), percebemos
claramente uma maravilhosa síntese. Cada lei é a personificação do modo de
trabalhar de cada Entidade.
Trataremos brevemente da Lei de Economia, ficando as outras duas para outra
oportunidade.
Esta lei é o fundamento do que erroneamente os religiosos chamam “a queda” ou
a “expulsão do paraíso”. Na realidade ela define o processo involutivo,
considerado cosmicamente. Produziu a sétupla diferenciação da matéria do
sistema (os sete planos), da mesma forma que a Lei de Atração gerou a sétupla
diferenciação psíquica dos Filhos da Mente, ou seja, a diferenciação dos Egos ou
Almas segundo os sete raios.
Em todo esse processo percebemos uma interessante conexão entre:
• os sete planos ou sete graus de matéria,
• os sete Homens Celestiais (os sete Manasaputras Divinos ou Logos
Planetários), que espalham pelo sistema os sete sub-raios de Amor-
Sabedoria-Razão Pura, uma vez que Eles são os sete Senhores de Raio
para o nosso sistema, portanto irradiam os sete tipos de Amor.
• as sete qualidades da Sabedoria que as Entidades Cósmicas, os
Kumaras, introduziram com a ajuda do conhecimento adquirido por meio
da matéria. Os Kumaras aqui citados não são os Senhores da Chama
provenientes do esquema de Vênus, pois Esses atuaram e atuam apenas
na Terra. São Seres que trabalham para expressar as qualidades dos sete
raios através da matéria. Como um exemplo disso temos os elementos
químicos da tabela periódica, classificados segundo os sete raios. Se
analisarmos suas propriedades, perceberemos a veracidade dessa
classificação.
A Lei de Economia tem várias leis subsidiárias, que regulam o efeito produzido
sobre os diferentes graus de matéria. A ação dessa lei se faz sentir pelos sons
emitidos pelo Logos Solar, que obviamente são oscilações ou vibrações impostas
por Ele à matéria de todos os planos, desde o adi até o físico.
Essas oscilações têm características de seqüências de compressões e
rarefações de partículas, chamadas ondas mecânicas pela Física. É por isso que
se diz que o som construiu o universo. É um fato claro que, conforme o modo
pelo qual essas seqüências de compressões e rarefações são realizadas, as
partículas se aglutinam e ocupam seu devido lugar no universo organizado.
Vamos parar por agora. No próximo estudo, que será colocado em 16/04/2004,
iremos esmiuçar esse assunto, de grande fascínio, todavia muito mal entendido,
que leva a atitudes cegas, ou seja, ficar pronunciando sons, sem ter a mínima
compreensão de como eles atuam nas partículas das matérias dos planos, em
particular nos três planos onde está a maioria da humanidade, físico, astral e
mental. É lógico que certos sons induzem bem estar nas pessoas, mas o
conhecimento do seu modo de operação dará muito mais poder e eficiência.
Antes de terminarmos, devemos esclarecer uma coisa. Assim como nós somos
responsáveis pelos nossos corpos e através deles experimentamos,
aprendemos, desenvolvemos qualidades, capacidades e poderes e assim
evoluímos, embora inúmeros seres trabalhem nesses corpos, da mesma forma o
Logos Solar também é responsável pelo seu sistema e através dele experimenta,
aprende, desenvolve qualidades, capacidades e poderes e assim evolui. Há que
considerar ainda, o que é muito mais importante, os relacionamentos do Logos
com seus Pares, os demais Logos e outros Seres Cósmicos, que não exercem
funções de Logos, mas alguns no mesmo nível evolutivo e outros em nível mais
elevado. Nós igualmente evoluímos nos relacionamentos com nossas famílias,
amigos, chefes, subordinados, enfim, com toda a humanidade e com a natureza.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina
[063]
A Lei de Economia - Seus efeitos sobre a matéria (final) e suas Leis
Subsidiárias (Da página 197 à 200 do Tratado sobre Fogo Cósmico)
Conforme prometemos, vamos detalhar um pouco a ação do som (ondas
sonoras) na aplicação da Lei de Economia e na construção do sistema
solar. É dito que a Palavra Sagrada ou o Som emitido pelo Criador tem
diferentes formas, embora na realidade seja uma só palavra com várias
sílabas. Juntas formam uma frase solar, separadas constituem palavras de
poder e provocam diferentes efeitos.
A grande Palavra ressoa e reverbera durante os cem anos de Brahma
(duração do Sistema Solar). Essa frase divina é simbolizada pelo som
sagrado AUM. Essas três letras representam as iniciais das três frases, que
são pronunciadas no tempo e no espaço, contendo cada frase vários sons.
A primeira letra, A, está seguida de quatro letras, totalizando cinco,
representam as cinco grandes ondas sonoras consecutivas que
construíram o Sistema Solar e o mantêm materializado, sem entrar no
aspecto forma. É a nota de Brahma ou do Terceiro Logos, Inteligência Ativa.
Se analisarmos essas cinco ondas sonoras em comparação com a divisão
do terceiro raio, Inteligência Ativa ou Manas, nos quatro raios de atributo,
Harmonia pelo Conflito, Conhecimento Concreto, Devoção e Idealismo e
Organização/Cerimonial, entenderemos com clareza a correlação entre a
construção do Sistema e os raios. Esse é o significado do Pentágono, a
estrela de cinco pontas, o quinto princípio da Mente. O Pentágono
relaciona-se também com os cinco planos da evolução humana: físico,
astral, mental, búdico e átmico, como meta da atual cadeia, embora os que
querem ir mais depressa e fazem o esforço necessário, podem ultrapassar
essa meta, indo mais além e muito mais, como já o fez o nosso Amado
Senhor Maitreya, o Cristo.
A compreensão exata das ondas sonoras simbolizadas por essas cinco
letras e das tonalidades (conjunto de harmônicos, freqüências abaixo da
fundamental e de maior comprimento de onda), fornecem a chave da
natureza interna da matéria e do seu controle (a desintegração e a
construção, sendo a fusão nuclear a frio um dos efeitos). Este controle é
conseguido por aquele que aprende a correta interpretação da Lei de
Economia. Impera o fogo por fricção.
A segunda letra, U, vem seguida de seis letras, totalizando sete e
representam as sete grandes ondas sonoras consecutivase simultâneas,
pois ainda ressoam. Essa frase é de Vishnu, o Segundo Logos, o
Construtor de formas, Amor-Sabedoria-Razão Pura. Cada grande onda
sonora, expressando os propósitos de cada raio, é “pronunciada” (está
entre aspas porque é muito mais do que pronunciar) por cada um dos sete
Logos Planetários sagrados, entre os quais não estão incluído o nosso, o
que nos leva a concluir que a Terra e a sua humanidade estão sob a
influência de um outro Logos Sagrado.
Essa segunda frase está regida pela Lei de Atração. A conformação dessas
ondas sonoras (seqüências de compressões e rarefações de partículas), ou
seja, como essas seqüências se movimentam (como ondulações de uma
serpente), leva as partículas a se unirem na infinidade de formas, incluindo
nossos corpos até os planetas e globos sutis. A correta entonação, total ou
parcial, provocando a correta ou parcial reverberação (a reverberação é
conseqüência da ressonância ou resposta da matéria ao som original),
conduz à organização da forma e à sua adaptação às necessidades da
Mônada ou Espírito. Impera o fogo solar.
A terceira e última letra, M, vem seguida de oito letras, totalizando nove e
formam a última frase, a do Primeiro Logos, Shiva, Vontade e completam a
grande sentença Logóica que construiu seu corpo. Essa última frase é a
última no tempo, mas no momento está reverberando juntamente com as
outras duas e vai ser a mais forte e dominante no final dos tempos, ou seja,
no fim dos cem anos de Brahma. No final de cada ciclo menor, ela sempre
atua com mais força e anula as demais, como na hora da morte e no fim dos
períodos globais,das rondas e das cadeias. Por falar em período global, é
bom lembrar que já estamos próximos do fim do período global da Terra.
Quem tem olhos de ver, que entendam e tomem as decisões necessárias.
Somando as letras de toda a sentença, temos 5 + 7 + 9 = 21, sendo portanto
vinte e um os tipos de ondas sonoras que atuam no Sistema Solar, desde o
plano físico até o adi. Como dissemos, essas ondas estão presentes
simultaneamente, embora em alguns momentos umas atuem com mais
vigor que outras e prevaleçam. Essa última frase está regida pela Lei de
Síntese e é ela que vai imperar soberana no final, quando ocorrerá a
liberação total do Espírito da forma. Impera o fogo elétrico.
Quando comparamos acima os movimentos das ondas sonoras às
ondulações de uma serpente, tivemos a intenção de preparar as mentes de
todos para uma informação que o Mestre Tibetano dará, quando entrarmos
na segunda parte do Tratado, o Fogo Solar, sobre a ligação do Reino das
Répteis com o nosso Logos Planetário e os Lipikas.
Existe uma forte correspondência entre essas nove ondas sonoras do
Primeiro Logos e as nove Iniciações, cada uma propiciando ao Iniciado uma
união mais perfeita do Eu com o Omni-Eu e uma maior liberação das
ataduras da matéria. Embora cada Iniciação seja regida por um raio, sempre
em todas está também presente o primeiro raio como libertador
esintetizador, por etapas.
Uma outra aparente coincidência é observada nos vinte e dois aminoácidos
que constituem os fundamentos de todas as proteínas e enzimas que atuam
no nosso organismo. Temos 21 + 1 = 22, ou seja, o número de aminoácidos
é igual ao número de ondas sonoras fundamentais mais a
ondasintetizadora, que representa o UNO. Um fato interessante com
referência à união dos aminoácidos ao formarem a proteína, é que, após se
unirem eletricamente, eles constituem um filamento, que tem somente uma
dimensão, comprimento. Mas em seguida o filamento se retorce ao longo
das ligações, de uma maneira misteriosa para a ciência, fazendo com que a
proteína resultante passe a ter três dimensões. Como os ângulos, nos quais
há campos elétricos, são diferentes, é conseguido um modo eficiente para
identificação da proteína pelo sistema imunológico, de modo semelhante a
chave e fechadura.
Somente quando o homem tiver aperfeiçoado seu sentido de audição, é que
ele saberá a sentença completa. Isso ocorrerá na quinta Iniciação, em que a
beatitude(a audição do corpo átmico, quando o homem começa a ouvir a
nota do Logos Solar) estará plenamente ativa e ele entenderá corretamente
a Lei de Economia. A medida que as Iniciações forem sendo recebidas, o
homem vai entendendo melhor esse mecanismo, em particular, quando está
sendo preparado para a terceira, o Iniciado já compreende nitidamente a
lógica desse processo, tem noções do seu mecanismo operacional e
vislumbra sua expressão matemática. Não podemos esquecer nunca que,
para a Mônada, todos os planos, desde o físico até o adi, constituem
matéria e são objetivos e todos nós somos Mônadas enclausuradas nos
diversos corpos materiais, logo, nossas consciências cerebrais são da
Mônada ancorada no cérebro físico e se expressando pela atividade elétrica
dos neurônios. A atividade hormonal e dos neurotransmissores é
conseqüência, a etapa final, de um processo anterior com início na Mônada.
Como existe a reciprocidade, é óbvio que uma perturbação nessa atividade
do cérebro, induzida por meios externos, como substâncias químicas, pode
alterar o estado da consciência. Mas o Iniciado, que já percebeu e entendeu
por lógica esse mecanismo, não se deixa iludir e assume o comando.
De posse da audição aperfeiçoada e tendo entendido o verdadeiro som
sagrado, o Iniciado, agora o Conhecedor,prenunciá-lo-á em sua própria e
autêntica chave, efetuando a fusão de seu som com todas as vibrações,
conseguindo assim instantaneamente a compreensão de sua identidade
essencial com Aqueles Seres que emitem as palavras. A medida que os
sons da matéria (os cinco primeiros sons) fazem impacto em seus ouvidos
aperfeiçoados e em todos os planos, verá que todas as formas são ilusões
e delas se libertará, sabendo que ele é onipresente.
Quando o som de Vishnu (os sete sons simbolizados pela letra U) ressoa
dentro de si mesmo sem distorção, ele sabe que é sabedoria perfeita e
distingue a nota de seu ser (ou a do Logos Planetário em cujo corpo se
encontra) das notas grupais e se vê onisciente. Quanto os nove sons finais
de Shiva, Mahadeva ou Primeiro Logos fazem seus ouvidos vibrarem em
perfeita consonância, o Iniciado se reconhece, sem nenhuma margem de
dúvida, como Espírito puro e na sintonização perfeita dos sons, seus e do
Primeiro Logos, dá-se a fusão dele com o Eu Maior ou a fonte da qual se
originou. Então, para ele, passa a não existirem mais mente e matéria,
restando somente ele imerso no oceano do Eu Maior, sem, contudo, perder
sua identidade.
Nas etapas de relativa realização, rege uma das leis, inicialmente a lei da
matéria (Lei de Economia), em seguida a lei dos grupos (Lei de Atração) e
finalmente a Lei do Espírito e da liberação (Lei de Síntese), embora haja
simultaneidade.
SUAS LEIS SUBSIDIÁRIAS
São quatro as leis subsidiárias da Lei de Economia e se relacionam com o
quaternário inferior:
• A Lei de Vibração - rege a nota chave ou ritmo da matéria em cada
plano. Através do conhecimento dessa lei pode-se controlar a matéria
de qualquer plano nas suas sete divisões ou sub-planos. Quem
entender essa lei, saberá qual a freqüência de ressonância de
qualquer tipo de matéria, bem como de qualquer agrupamento. Não
esquecer que som é vibração.
• A Lei de Adaptação - rege o movimento giratório de qualquer átomo,
em todos os planos e sub-planos. Por meio do conhecimento dessa
lei e da anterior, o Iniciado domina a ciência dos tattwas.
• A Lei de Repulsão - rege as relações entre os átomos, evitando que
se encostem e permitindo que atuem livremente, mantendo-os
girando a distâncias fixas da esfera de polaridade oposta. Vemos sua
ação, entre outras, no nosso Sistema Solar, em que os planetas giram
ao redor do Sol, em órbitas fixas e ordenadas.
• A Lei de Fricção - rege o aspecto calor de qualquer átomo, sua
radiação e seu efeito sobre qualquer outro átomo. Isso é a
transferência do fogo por fricção.
Essas quatro leis subsidiárias estão no campo de ação do fogo por fricção.
O conhecimento e o domínio dessas leis outorgam o domínio do fogo por
fricção e torna o Iniciado um curador no sentido exato da palavra.
;Todo átomo de qualquer plano pode ser estudado sob quatro aspectos e
está sob o comando de alguma ou de todas as leis combinadas.
• Todo átomo tem seu ritmo ou freqüência e forma de movimento.
• Tem velocidade de rotação.
• Age e reage sobre os átomos a seu redor.
• Contribui com sua cota de calor ao calor geral do sistema atômico,
qualquer que seja.
Essas leis gerais aplicam-se não somente aos átomos individuais, mas aos
seus agrupamentos: moléculas, células, órgãos, corpos, planetas, globos, o
Sistema Solar, as constelações, as galáxias, enfim, todos os conjuntos
esféricos. Podemos ver um sistema solar como um átomo cósmico. Todos
evoluem sob a Lei de Economia, em algum de seus quatro aspectos.
Concluindo, afirmamos que a Lei de Economia, com suas subsidiárias, é
uma das leis que o Iniciado deve dominar antes da liberação (quinta
Iniciação). Tem de aprender a manipular a matéria e a trabalhar com a sua
energia ou força, aplicando essa lei. Esse conhecimento e domínio são
necessários para o Iniciado usar a matéria e a energia com o objetivo de
conseguir a libertação do Espírito e realizar os propósitos do Logos no
processo evolutivo.
Aqui terminamos o estudo da primeira parte do Tratado sobre Fogo
Cósmico. Entraremos em 20/04/2004 na segunda parte, a mais importante,
profunda, complexa, abrangente, longa e aparentemente abstrata. Dissemos
aparentemente abstrata, porque vai depender de como nos posicionamos
como consciência. Si a nossa visão é de Mônadas olhando o mundo mental
exterior através do mecanismo chamado corpo mental, então o assunto não
será abstrato, mas objetivo. O mesmo raciocínio vale para os planos
superiores, búdico, átmico, monádico etc.
Do nível de entendimento e assimilação da primeira parte dependerá a
compreensão da segunda. Portanto, rogamos a todos que se esforcem para
adquirirem o máximo de clareza. Estamos à disposição para sanar as
dúvidas.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina
064]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução (Da página 203 à205)
Entraremos hoje na parte mais importante do Tratado, com título genérico
Fogo Solar. Esse título expressa aquilo que gera as muitas diferenciações
de atividade e processo, no que concerne realmente à nossa evolução.
Trata essencialmente do fogo da mente. Na nossa quinta raça-raiz a meta é
o desenvolvimento da mente, pois ela é regida pelo quinto raio, da mente
concreta. Daí o tremendo avanço da ciência e da tecnologia. Por outro lado,
temos o objetivo do nosso Logos Solar, expressar Budi (Amor-Sabedoria-
Razão Pura) através de Manas (Mente, Atividade Inteligente). No Sistema
Solar ou sua encarnação anterior, Ele desenvolveu ao máximo a qualidade
ou aspecto Inteligência Ativa. Agora Ele quer cultivar e fazer crescer ao
máximo seu Amor, no verdadeiro sentido e não como a maioria da
humanidade pensa. A ferramenta que Ele usa para tal é a mente ou
inteligência ativa. É por essa razão que o Mestre Tibetano dedica a maior
parte do seu livro ao estudo detalhado e profundo do fogo solar ou da
mente. Não esqueçamos que o Tratado sobre Fogo Cósmico é o seu livro
mais importante, segundo suas próprias palavras.
Todas as raças-raiz têm seu nascimento, coexistindo com o final da raça-
raiz anterior durante um certo período, para a transferência, assimilação e
desenvolvimento das conquistas culturais da raça que se finda (o que nem
sempre é bem feito), vindo em seguida seu amadurecimento, suas
conquistas, seu auge, sua glória e o declínio. Como estamos na quinta sub-
raça da quinta raça-raiz, já passamos da metade da raça. A sexta sub-raça,
da qual já existem exemplares encarnados, irá aperfeiçoar mais ainda o
intelecto, aliado ao amor. Na sétima sub-raça ocorrerá a consolidação do
conquistado e sua transferência para a primeira sub-raça da sexta raça-raiz,
da qual também já existem Egos encarnados, na realidade já há Egos com
mentalidade da sétima raça e até da quinta ronda, pois é questão de
mentalidade e não de corpo físico. Se a transferência for harmoniosa, clara
e eficiente, não haverá na realidade um declínio de civilização, pois será tão
grande a harmonia e o entendimento, que haverá uma continuidade para
atingir uma elevação e uma glória maiores. Mas se não ocorrer essa
harmonia, será realmente um declínio. Atualmente temos membros das
sétimas sub-raças atlantiana (a quarta)e lemuriana (a terceira) coexistindo
com a quinta raça-raiz. A explicação para essa coexistência não é para o
momento.
Essa segunda parte está dividida em seis seções, de A até F, que são
longas.
Após esse preâmbulo, comecemos o assunto.
Mestre Tibetano inicia o tema, fazendo considerações de suma importância.
Diz Ele que o que vai ser estudado é profundamente misterioso, constitui a
base de tudo o que vemos e conhecemos, objetiva e subjetivamente.
Acabamos de estudar parcialmente o pólo da manifestação chamado
matéria. O que vamos estudar agora abrange uma variedade de coisas que,
em termos gerais, podemos denominar consciência e, em termos
específicos, engloba os seguintes tópicos, o que lhe dá uma importância
fundamental:
• A ciência da objetividade.
• A manifestação do Filho através do Sol e suas esferas subsidiárias,
ou seja, o Sistema Solar em sua totalidade.
• O desenvolvimento evolutivo da consciência no tempo e espaço, logo
a evolução do Espírito e da matéria.
Analisemos sucintamente cada tópico. O que é ciência da objetividade ? É o
estudo de tudo aquilo que é exterior à nossa consciência. Envolve a
natureza e seus fenômenos e muito mais, como as relações humanas, com
sua imensa gama de diferenciações. Dentro dessa conceituação, em todos
os planos existe objetividade.
Mesmo no cérebro físico, temos de separar a atuação dos neurônios da
consciência cerebral. Essa consciência é subjetiva e interior, mas os
neurônios são objetivos, embora forneçam insumos para a consciência, na
sua ação eletro-bioquímica.
No item b entendemos a expressão do Logos Solar, servindo-se do Sistema
Solar, com seus planetas visíveis e invisíveis, para adquirir experiência,
aprender, evoluir e adquirir qualidades e poderes, simultaneamente
prestando serviço a seus Semelhantes e recebendo ajuda, pois sabemos
que nosso Logos orienta e dá instruções a outros Seres Cósmicos, pois Ele
está na linha do segundo Raio (o raio dos Instrutores) e também recebe
instruções, como por exemplo do Logos de Sírius.
O item c é bem claro, significando o aperfeiçoamento da relação do Espírito
com a matéria, em sua ação recíproca, o que produz o aprimoramento de
ambos. O Filho (a relação, a consciência) faz o Pai (Espírito) e a Mãe
(matéria) evoluírem até alcançarem a meta planejada.
Vemos nitidamente que esses três tópicos são muito vastos, o que nos
limita a dar um conceito claro e geral do longo processo e gradual
desenvolvimento da consciência.
Para que possamos prosseguir com o tema de forma inteligente e racional,
é conveniente que estabeleçamos perguntas básicas, que (embora
conhecidas e sabidamente de valor) servirão para o estudante de
arcabouço, sobre o qual poderá ser erigida a correspondente estrutura do
conhecimento.
Se aquele que estuda a Sabedoria for capaz de captar de forma geral a
natureza do tema, ele poderá ordenar com mais facilidade e exatidão a
informação detalhada, colocando as diversas partes em seus devidos
lugares.
Das respostas às perguntas básicas, poderemos fazer ilações e deduções,
que constituirão um conjunto de informações explicativas do processo
evolutivo da consciência, da matéria e da Mônada. Este parece-nos o
melhor método.
Baseamo-nos na suposição de que essas perguntas surgem ao estudante
da Doutrina Secreta, que já está no ponto de perceber o grande Plano
Divino, todavia é iniciante na técnica de captar os detalhes desse Plano.
Vamos às perguntas:
• Que relação existe entre o Filho e o Sol ?
• O que é a evolução e como se desenrola ?
• Porque o Sistema Solar evolui como dualidade ?
• O que é a consciência ? Que lugar ela ocupa no atual esquema das
coisas ?
• Existe uma analogia direta entre um sistema solar, um planeta, um
homem e um átomo ?
• O que é o aspecto mente e porque o princípio manásico ou mental é
de tanta importância ? Quem são os Manasaputras ou Filhos da
Mente ?
• Porque a evolução se desenvolve ciclicamente ?
• Porque consideramos ainda certos conhecimentos como esotéricos e
em outros aspectos como exotéricos ?
• Que relação existe entre :
• os dez esquemas planetários ?
• os sete planetas sagrados ?
• as sete cadeias de um esquema ?
• os sete globos de uma cadeia ?
• as sete rondas de uma cadeia ao passarem por cada globo ?
• as sete raças-raiz e suas sete sub-raças ?
Quando tivermos respondido breve e resumidamente a essas nove
perguntas e identificado pelas respostas o que está oculto e impulsiona a
evolução da consciência do Filho e de tudo o que inclui esta expressão,
estaremos prontos para estudar o Plano mais inteligentemente e entender
com maior exatidão a etapa imediata que devemos alcançar, partindo do
nosso atual desenvolvimento.
Enfatizamos que a investigação e um entendimento mais profundos do
Plano do Logos não têm importância para o homem, a menos que ele
consiga correlacionar o presente com aquilo que ele crê encerrado no
futuro, esteja seguro de seu desenvolvimento alcançado e compreenda em
que consiste o trabalho imediato a realizar durante o processo gradual de
obter plena consciência.
• Que relação existe entre o Filho e o Sol ?
Primeiramente temos de esclarecer quem é o Filho e qual sua função. Todo
sistema que faz jus ao adjetivo filosófico, reconhece universalmente dois
fatores, Espírito e matéria, Purusha e prakriti.
Há uma tendência de confundir os termos “vida e forma”, “consciência e
veículo de consciência”, com as palavras “Espírito e matéria”. Tais
vocábulos relacionam-se, mas a confusão desaparecerá, quando for
compreendido que, antes do nascimento de um sistema solar
(manifestação), é mais correto empregar as palavras Espírito e matéria.
Antes da manifestação, durante o descanso entre dois sistemas solares
(pralaya ou abstração), não existem consciência e forma nem tão pouco a
vida expressando-se como princípio atuante. Existe unicamente Espírito-
substância, em estado de total neutralidade, sem polaridade, sem
movimento, ou seja, prevalece a passividade. Esclarecemos que no pralaya
de um sistema solar não existe o corpo físico cósmico do Logos, isto é, os
sete planos, do físico ao adi, foram desintegrados. Todavia o Logos
continua a se manifestar através do seu corpo astral cósmico, que também
se desintegrará mais tarde, quando ocorrerá o pralaya astral.
Isto significa que estamos estudando o que ocorre com a substância que
deu origem à matéria adi, da qual se originaram os demais seis planos.
Essa substância retorna à situação de não diferenciada, existente antes da
manifestação. É por isso que ela se torna neutra, não havendo a forma para
que o Espírito se expresse, embora Ele continue atuando através da matéria
astral cósmica.
Quando chega o momento em que o Logos vai iniciar seu novo ciclo de
manifestação, dá-se a polarização (cessando a neutralidade), advém a
aproximação entre Espírito e matéria, com sua ação e reação, começam o
movimento e a vibração (oscilação) sob novos moldes e ambos se utilizam.
Então surge a forma, que vai ser impregnada pelo Espírito ou Mônada, do
que resultam a vida e a consciência em veículos adequados. Portanto vida é
o resultado da atuação do Espírito nas formas ou na matéria. Quando
ocorre a abstração ou o pralaya, a vida cessa, porque o Espírito se ausenta
da forma, mas a origem da vida, o Espírito, permanece. Quando um homem
morre, sua vida física cessa e seu corpo físico se desintegra, todavia a
origem da sua vida, o Espírito (nesse caso atuando através do Ego ou
Alma), continua expressando a vida por meio do corpo astral.
Concluímos então que o Sol (o Sistema Solar) é o Filho, resultado da
aproximação ou relação do Espírito (o Pai) com a matéria (a Mãe).
No próximo estudo, a ser colocado em 21/04/2004, daremos ao tema dessa
pergunta o enfoque dos fogos.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina
[065]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - Que relação existe entre o Filho e o Sol? (Da página 205 à 208)
Continuemos com a análise da pergunta I - Que relação existe entre o Filho
e o Sol ?, sob o prisma dos fogos, ou seja, como é a parte operacional ou
como se manifesta.
Comecemos usando a lei de Analogia e façamos comparações com fatos
científicos do dia a dia. Vejamos a geração de luz pela lâmpada elétrica
comum, de todos conhecida. Ela é feita de um filamento de tungstênio
dentro de um bulbo de vidro, dentro do qual foi feito o vácuo, para impedir a
oxidação do filamento e a sua queima. Ao se ligar o interruptor, fechando
os contactos, os elétrons fluem do pólo negativo do gerador para o
positivo, passando pelo filamento. Nessa passagem, os elétrons colidem
com os átomos do filamento, transferindo energia (fogo por fricção/elétrico)
para os elétrons orbitais dos átomos do tungstênio. Esses elétrons ficam
excitados e saltam para uma órbita exterior, de maior nível. Mas são
obrigados a retornar para a órbita original e devolvem a energia recebida na
forma de fótons (luz). É também gerado calor.
A luz e o calor são portanto resultados do contacto entre os pólos positivo
e negativo. Simbolicamente é um casamento, uma vez que é uma união.
Já sabemos que a Mônada ou o Espírito é fogo elétrico por excelência,
quando atua na matéria, sendo o pólo positivo do grande GERADOR, que é
o UNO ABSOLUTO INFINITO, já explicado no início dos nossos estudos,
AQUELE que não é nem Espírito nem matéria, mas que pode assumir os
dois modos de ser.
A matéria, o pólo negativo, é fogo por fricção por excelência. Para o
contacto dos dois (o Divino Matrimônio), é necessário o fogo solar (o
filamento de tungstênio), que ao servir de meio de comunicação entre os
dois pólos, é excitado pelas suas energias e irradia luz e calor cósmicos.
O relâmpago, de todos conhecido, gera luz e calor, sendo que o calor
produz ondas sonoras, que são ondas mecânicas, seqüências de
compressões e rarefações de partículas (matéria), o nosso conhecido
trovão, que a muitos assusta.
O relâmpago é o resultado do contacto da carga elétrica positiva da nuvem
(que, embora a ciência não saiba, é eletricidade solar) com a carga negativa
da Terra (que o Mestre Tibetano chama de fluido elétrico).
O comportamento do relâmpago já foi pesquisado pela ciência e foi
comprovado que ele tem particularidades não observadas em outros tipos
de descarga elétrica que forma arco.
O deslocamento do chamado líder escalonado e das partículas portadoras
de carga elétrica que o seguem, quando a tensão de ruptura é alcançada,
não produz luz nesse trajeto. Somente quando eles e seus seguidores
entram em contacto com o fluido elétrico da Terra, já próximo do solo, é
que surge a luz e o calor.
De forma muito análoga, o fogo elétrico do Espírito ou Mônada,em contacto
com o fogo por fricção da matéria, gera o fogo solar, que produz luz e calor,
que dá origem ao som cósmico, seqüências de compressões e rarefações,
emmuitas planejadas e diferenciadas formas de onda, que farão surgir o
sistema solar objetivo total, que inclui os sete planos.
A luz, juntamente com o som, é a responsável pelas formas, sendo que a
luz tem como escopo principal a consciência. Não esqueçamos que a luz
física é ondaeletromagnética, uma seqüência de campos elétricos e
magnéticos, formando ângulos de noventa graus entre si.
No caso da luz cósmica, ela é também uma seqüência de campos elétricos
e magnéticos ortogonais (em ângulos de noventa graus), só que aqui o
campo elétrico é uma região onde atua o fogo elétrico e o campo magnético
é outra região onde atua o fogo solar.
Nós temos um exemplo disso na física. A todo elétron em movimento está
associado um campo magnético que o envolve, em noventa graus de
ângulo. Há outras leis na Física, que ajudam a entender o assunto, como a
lei de Lenz (eL = - di/dt), ou seja, a força elétrica gerada pelo colapso do
campo magnético é diretamente proporcional à velocidade de queda da
corrente elétrica geradora do campo magnético, em outras palavras, quanto
mais rapidamente o campo magnético cair a zero, maior será a voltagem
produzida. A expressão matemática di/dt é a derivada da correnteem
relação ao tempo. O sinal - (menos) significa que a voltagem induzida é
invertida em relação à original. Mas a explicação da correlação dessa lei
com o esoterismo fica para mais tarde.
A multiplicidade de formas com que esses campos de fogo elétrico e fogo
solar se unem e interagem, em todos os planos, é a responsável pela
construção dos veículos, pelos quais a consciência se estabelece e evolui.
Um exemplo é o Loto Egóico, tão importante segundo o Mestre Tibetano e
tão desconhecido, muito embora o Mestre tenha dado um oceano de
informações claras no Tratado sobre Fogo Cósmico, as quais iremos
estudar. É muito lamentável esse desconhecimento, pois o Mestre nos deu
pérolas e a grande maioria da humanidade as desprezou, preferindo ficar
escrava das religiões, em vez de buscar o verdadeiro conhecimento que
liberta.
É o fogo solar que o Logos Solar quer desenvolver ao máximo neste atual
Sistema Solar. No anterior foi o fogo por fricção a meta. No próximo será o
fogo elétrico.
Como o fogo por fricção já está bastante aperfeiçoado, quanto maior e mais
intensa a interação entre ele e o fogo elétrico, mais crescerá o fogo solar.
Essa linguagem técnica e científica do Mestre Tibetano é muito coerente,
pois ela explica a expressão de qualidades, assim como a Física explica as
propriedades da matéria. Assim como numa televisão, pela manipulação do
elétron por meio de capacitores, indutores, resistores, cristais de quartzo,
transistores e diodos armazenados em circuitos integrados (CI ou Chip),
transformadores e o cinescópio (a tela da imagem, TRC ou de cristal
líquido), são reproduzidas imagens e obtidas belíssimas nuances, que são
qualidades de cores, da mesma forma, manipulando partículas por meio de
campos de força (campos de fogo elétrico e fogo solar) gerados pelo
Espírito, este expressa qualidades, intensifica-as, modifica-as e sintetiza-as,
resultando em aumento de poder.
Vejamos a evolução da consciência do homem, o microcosmo, nos três
mundos inferiores, físico, astral e mental. Ele é o contacto (ainda imperfeito
na imensa maioria) dos dois pólos: Espírito (o Pai, a Mônada no céu, via
Alma ou Ego) e a matéria, o corpo(a Mãe). Este contacto produz o Filho de
Deus individualizado, a unidade do Eu divino e a reprodução exata em
miniatura no plano mais denso do Grande Filho de Deus ou Omni-Eu, que
constitui em si mesmo a totalidade dos filhos em miniatura, dos Eu´s
individualizados e de todos e de cada um dos entes.
O microcosmo, sob o ponto de vista subjetivo, é um sol em miniatura, que
se distingue pelas qualidades de luz e calor, sendo a luz seu conhecimento
e ocalor seu amor e vigor com que se empenha no serviço coerente com
seu nível evolutivo.
Na atualidade essa luz está oculta, como dentro de um cristal opaco, que
ainda não foi trabalhado. A medida que for sendo burilado pela Alma, o
cristal vai se tornando transparente e translúcido, ao mesmo tempo em que
a luz interna aumenta seu brilho e intensidade, tornando-se então visível e
radiante.
No momento o calor microcósmico é mínimo, ou seja, a radiação magnética
entre os entes microcósmicos é pouco sentida (segundo o significado
oculto da palavra), porém com o tempo irá aumentando, não só pela ação
da chama interna, como pela assimilação das radiações dos outros
microcosmos e atingirá tal proporção, que a interação entre os Eu´s
individualizados resultará na perfeita fusão da chama e do calor em cada
um, o que significa a sintonia exata entre os três fogos: elétrico, solar e por
fricção.
Isto prosseguirá até um nível de sintonia, em que haverá “uma só chama
com incontáveis chispas” e o calor será geral e equilibrado, o fogo por
fricção será harmonioso, sem nenhum ponto de conflito ou dissonância.
Quando essa situação for atingida e cada Filho de Deus se torne um Sol
perfeito, caracterizado pela luz e pelo calor perfeitamente expressados e
sintonizados, com o máximo de vigor e todas as qualidades exigidas em
total atividade e visíveis e sentidas em todo o sistema, então o Sistema
Solar, o Filho Maior de Deus, será um Sol perfeito.
A glória será tão grande, que será radiante e visível, resplandecendo em
todo o espaço do Logos Cósmico, ao qual nosso Logos Solar está
subordinado, chamando a atenção não só do próprio Logos Cósmico, que
ficará jubiloso pelo seu Filho, como também dos Logos irmãos, que serão
beneficiados pela radiação cósmica.
Nesse estado será estabelecida uma conexão consciente com seu centro
cósmico, seu Logos Cósmico. Isso significará a liberação do Filho e Seu
retorno à longínqua fonte que originou o impulso primordial.
Em conseqüência temos o seguinte:
• O Filho é o resultado da união do Espírito com a matéria e pode ser
considerado como a totalidade do Sistema Solar: o Sol, os sete
planetas sagrados e os cinco não sagrados.
• O Filho se manifesta através de suas qualidades, que se expressam
materialmente como luz e calor, como é o Sol com suas
propriedades.
• O Filho é o produto da união elétrica do fogo elétrico com o fogo por
fricção e é também fogo solar, resultante desse contacto, que gera
luz e calor, que se vê e se sente. O fogo solar é pois o relacionador.
No próximo estudo, que será colocado em 27/4/2004, concluiremos essa
primeira pergunta, para ingressarmos na segunda: O que é a evolução e
como se desenvolve ? , que é um assunto de extrema importância, porque
nos esclarecerá os motivos e objetivos pelos quais estamos neste mundo
material, passando por tudo isso, para onde iremos e nos fornece
orientação para a libertação.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina
066]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - I - Que Relação existe entre o Filho e o Sol? (Final) - II - O que é
a Evolução e como se desenvolve ? (Da página 208 à 210)
Continuemos nosso estudo sobre a relação existente entre o Filho e o Sol.
Vimos três conclusões decorrentes dessa pergunta, veremos agora a
última, a mais abrangente e sintética.
O Filho, visível e invisível, é por conseguinte a manifestação intermediária
produzida, ocultamente falando, tanto para o que está acima, como para o
que está embaixo. Dissemos visível e invisível, porque por Filho não
estamos só nos referindo à matéria física, acessível aos nossos sentidos,
quer direta quer indiretamente, como as ondas eletromagnéticas e
partículas só detectáveis por aparelhos especiais e pelos efeitos: raios
cósmicos, infravermelhos, ultravioletas, elétrons, íons, neutrinos e outras
partículas. Incluímos também a invisível: as partes etérica, astral, mental e
causal, que constituem a invisível aos olhos físicos e aos instrumentos da
ciência.
Assim, no caso do Logos Solar, o Filho, em seu próprio plano, o mental
cósmico, é o corpo egóico do Logos, melhor dizendo , seu Loto Egóico.
Igualmente, no caso do homem, o microcosmo, seu Loto Egóico, cujo
envoltório ou campo de força gerado é o corpo causal, é o resultado do
contacto da Mônada do homem com a matéria mental, sendo portanto o
Filho.
No homem o corpo egóico está apenas em processo de formação, na
maioria da humanidade, mas nos Iniciados já está em adiantada fase e,
conforme a Iniciação, em fase final. A partir da segunda, o adiantamento é
enorme, na terceira ocorre a fusão plena do Ego com a personalidade,
significando a grande proximidade do aperfeiçoamento (para esta etapa),
que será alcançada na quarta, quando será destruído, por não ser mais
necessário, iniciando-se uma nova etapa, a partir do corpo búdico.
Igualmente o Filho Maior, o corpo de expressão do Logos Solar, seu Corpo
Egóico, está também em processo de formação e aperfeiçoamento. Seus
corpos inferiores cósmicos, mental, astral e físico, ainda carecem de
retoques. É aí que entra a nossa tarefa para com Aquele que nos deu a Vida.
O Logos Solar só atingirá a sua perfeição e meta previstas, quando todas as
células do seu corpo, que somos nós, tiverem alcançado suas perfeições e
metas previstas, que, embora num nível bem abaixo do nível do Logos, não
deixam de ser perfeições, relativas, é lógico.
Somente quando nós tenhamos conquistado, por esforço próprio e com
plena consciência, a Vida Plena estável, de que falou o Sr. Maitreya no
Sermão da Montanha, através do corpo físico do Mestre Jesus, é que nosso
Pai Maior, o Logos Solar, conseguirá seu lugar entre as constelações
celestes (os Filhos de DEUS em sentido cósmico), quando sua Luz, sua
radiação e seu resplendor sejam vistos e sentidos perfeitamente.
O Filho nos Céus não resplandecerá, até que cada uma das células de seu
corpo seja uma esfera de radiante glória ou, falando esotericamente, uma
chama de fogo e luz e uma fonte de radiação magnética ou calor.
Como sabemos, nosso Sol, sob o ponto de vista cósmico, é de quarta
ordem e está no plano cósmico inferior, o físico cósmico, que significa que
Ele está encarnado fisicamente.
Quando o Logos tiver alcançado, através do seu corpo egóico, o Filho,
plena e total expressão por meio do seu Sistema Solar, o que significa ter
aperfeiçoado sua emissão de luz e calor, é que brilhará em outro plano, o
mental cósmico.
Temos a analogia disso no homem, o microcosmo. Quando a luz do homem
(sua Sabedoria e seu Amor) brilhe plenamente e sua radiação magnética e
seu calor (sua Sabedoria e seu Amor servindo e aquecendo a todos)tenham
alcançado uma interação viva ou atividade grupal, é que o homem terá
logrado a plena auto-expressão e incluído em sua esfera de influência e
controle o plano mental, ou seja, aprenderá a viver correntemente com total
domínio no plano mental, tão bem como vive no plano físico.
Então será considerado um Mestre, embora também de quarta ordem, um
quaternário, porque ainda dependerá de quatro componentes: corpos
mental, astral e físico e personalidade.
Fisicamente os sub-planos etéricos são seu centro de vida, assim como o
Sol e os planetas existem em matéria etérica (em sentido cósmico, da
matéria búdica para cima).
Assim como é em cima, é em baixo. Logo a relação entre o Filho, o Pai e a
Mãe, no que diz ao Sol, é a mesma existente entre o homem e o veículo pelo
qual atua. É Seu modo de agir, Seu modo de expressão, Sua ferramenta de
trabalho, que Ele anima com a Sua vida para:
• adquirir experiência,
• fazer contactos,
• desenvolver total conhecimento de Si mesmo,
• alcançar total domínio e controle de Seus veículos,
• chegar cosmicamente à “maturidade”. O Cristo cósmico deve
conquistar a estatura do “homem plenamente maduro”, como diz a
Bíblia.
• expandir Sua consciência.
Estas etapas serão alcançadas nos níveis cósmicos, exatamente como o
homem persegue ideais semelhantes no sistema, que são os planos
cósmicos físico, astral e mental. Por aí se vê o quanto a ciência ainda
desconhece a respeito do Sistema Solar como um Todo, quando são
incluídos os corpos cósmicos inferiores do Logos Solar.
• O que é a Evolução e como se desenvolve ?
• Ciclos de Vida.
Limitar-nos-emos a tratar brevemente do processo evolutivo e a indicar que
o método de evolução consiste em adequar o aspecto matéria ao aspecto
Espírito, para que o primeiro seja um instrumento perfeito de expressão
para o segundo. Na realidade a ação é recíproca. O Espírito age pela
matéria, manifestando o que quer, ela reage e se modifica; na ação o
Espírito se exercita e melhora, exercendo uma atuação mais avançada na
matéria já um pouco melhor e assim o progresso segue num ritmo
crescente, até chegar à perfeição de ambos. É esse o verdadeiro significado
da expressão “redimir a matéria”, da Bíblia.
O ciclo de vida do Filho (o Sistema Solar) é de cem anos de Brahma
(trezentos e onze trilhões e quarenta bilhões de anos terrestres), referindo-
se a uma encarnação do Logos. Semelhantemente o ciclo de vida do
homem, sua encarnação, é de um certo número de anos, dependendo de
seu Karma.
Em seu ciclo de vida, o homem expressa em sua etapa particular tudo o que
adquiriu e conquistou, desenvolvendo-o gradualmente desde o período pré-
natal, em que oEgo influi sobre o aspecto matéria (seus veículos em
construção), com uma intensidade muito variável, quase nula no homem
primitivo e iniciante, um pouco maior no homem mais avançado e com
intensidade crescente a medida que se adianta no caminho.
Prossegue o desenvolvimento com mais ênfase, quando o Ego toma posse
dos veículos. Esse desenvolvimento varia conforme o nível evolutivo do
Ego. Ele deve desenvolver com mais plenitude a auto-consciência e, caso
esteja progredindo normalmente, expressar-se com mais propriedade
através de seus veículos.
Em cada ciclo menor de vida, dentro do grande ciclo do Ego, completa-se
cada vez mais essa expressão, os corpos são mais controlados e o Ego
passa a se realizar com mais consciência, até que chega uma sucessão
culminante de vidas, em que o Ego domina rapidamente e assume total
autoridade. A forma torna-se completamente adequada, dá-se a plena fusão
dos dois pólos, Espírito e matéria e a luz (fogo solar) e o calor (irradiação
do fogo por fricção) são vistos e sentidos em todo o ambiente.
Durante o grande ciclo do Ego, há vários ciclos de maior e menor
importância, ou seja, ciclos de sucessão de encarnações em que o avanço
é maior e ciclos em cujas encarnações a velocidade ou taxa de evolução é
menor.
Quando ocorre a fusão do Espírito com a matéria, melhor dizendo, quando
ocorre a fusão do Ego com a personalidade na terceira Iniciação, a
adequação da forma às necessidades do Ego é perfeita, todavia o Ego é a
manifestação da Mônada (Espírito) no plano causal, que é matéria, superior
sim, mas matéria, para Ela. Isso quer dizer que essa fusão Espírito/matéria
nessa etapa é relativa, sendo necessária outra fusão em nível mais elevado.
Na Iniciação seguinte, a quarta, o Ego consegue a liberação da roda de
encarnações, ficando totalmente livre dos planos físico, astral e mental.
Aí a Mônada abandona a forma inferior ou a conserva, uma vez que Ela
mantém a Tríade Inferior, que é a base dos veículos inferiores,quando quer
realizar um trabalho específico consciente junto à humanidade encarnada.
Na quarta Iniciação os três fogos, elétrico, solar e por fricção sintonizam-se
perfeitamente e percebe-se com toda a clareza o esplendor e a glória do
fogo solar.
Elevemos esses fatos desde o o homem, como unidade individualizada de
consciência, até os grandes Homens Celestiais, os Logos Planetários, em
um de cujos corpos o homem é uma célula. O corpo de expressão de cada
Logos Planetário sagrado é um planeta sagrado. Eles perseguem o mesmo
objetivo que o homem, só que num nível bem mais elevado. Na realidade,
os Logos Planetários não sagrados, como o nosso, também perseguem o
mesmo objetivo, nesse caso tornarem-se sagrados, o que implica uma
Iniciação cósmica maior. Em termos do nosso Logos Planetário e da nossa
humanidade, a meta para a atual cadeia, a quarta, é que pelos menos 2/3 da
humanidade total (encarnada e desencarnada) recebam a quinta Iniciação, a
da Revelação, na qual o homem será um Adepto. Nessa Iniciação são
revelados ao Iniciado os sete caminhos, dos quais terá de escolher um na
sexta Iniciação, da Decisão. Ele tem o tempo entre elas para decidir, mas
esse tempo não é muito longo. É por esses sete caminhos, que na realidade
são cursos, que ele verá a glória e as responsabilidades que lhe estão
reservadas.
Todos Eles querem obter em seus altos níveis a plena e total expressão de
suas consciências aperfeiçoadas através de seus veículos, os planetas,
incluindo tanto o reino humano neles evoluindo como os demais. Quando
tal acontecer, haverá também a fusão dos três fogos em espiral
elevadíssima, a luz de cada um será vista e o calor sentido em todo o
Sistema Solar, ocorrendo uma intensa interação entre todos Eles, com forte
atração e união. Cosmicamente serão vistos como uma imensa esfera de
fogo, de cores nunca vistas nem imaginadas.
Subamos mais ainda, até incluir o Filho Maior e todo seu Sistema Solar. A
sua meta é também expressar plenamente sua Consciência aperfeiçoada
através de todo seu Sistema, incluindo os sete planos. Sua Luz e seu Calor
devem ultrapassar os limites de Seu “circulo não se passa”, atingindo
Sistemas Solares vizinhos e Seu Pólo Cósmico oposto, essa constelação
que é o oposto magnético do nosso Sistema Solar.
No próximo estudo, a ser colocado em 30/04/2004, iremos estudar o
objetivo das Unidades de Consciência, o homem, o Homem Celestial e o
Homem Cósmico.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina.
GN 27-ABR-2004
[067]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução -II - O que é a Evolução e como se desenvolve? - 2 - Objetivo das
Unidades de Consciência - 3 - Unidades de Consciência em
Manifestação(Da página 210 à 213)
Veremos agora o objetivo das Unidades de Consciência. O que são
unidades de consciência? São todas as Mônadas em estado de
individualização, como os homens, em qualquer esquema, Iniciados de
qualquer nível, os Logos Planetários, o Logos Solar e Maiores. Todos são
centros de consciência, em seus respectivos campos de evolução.
Em todo o plano evolutivo está presente a idéia de fusão e união. Por isso
todos Eles têm por meta:
• fazer seu calor ultrapassar seu “escudo não se passa”
• resplandecer sob o ponto de vista esotérico, ou seja, pelo seu vigor
interior e demonstrando sua luz ou objetividade ígnea, o que significa
irradiar seus fogos elétrico, solar e por fricção;
• expandir-se até abranger o que está além de sua esfera imediata;
• fundir e sintetizar os fogos elétrico e por fricção, para produzir o fogo
solar com perfeição;
• aperfeiçoar o corpo, para que ele expresse com fidelidade o Espírito;
• fundir ou sintonizar a essência de sua própria forma, qualificada
segundo a Ciência Divina (o Plano Divino), com as essências de
todas as formas - nas esferas humana, planetária e cósmica;
• conseguir a maturidade, como homem, como Logos Planetário e
Logos Solar;
• dominar os três planos inferiores, físico, astral e mental, no que
respeita ao homem;
• dominar os cinco planos, do físico ao átmico, no que respeita ao
Homem Celestial;
• dominar os três planos cósmicos, físico, astral e mental, no que toca
ao Filho Maior ou o Logos Solar. Essas três áreas de domínio
referem-se à situação de encarnado, ou seja, o homem encarnado em
seu corpo físico, o Homem Celestial encarnado num planeta físico,
com sua consciência física no plano búdico e o Logos Solar
encarnado num Sistema Solar, com sua consciência física no plano
adi.
Podemos resumir tudo o que foi dito acima na expressão : “crescer
continuamente, através da luta e do esforço”.
• Unidades de Consciência em Manifestação
Se analisarmos profundamente os objetivos explicados acima,
concluiremos que cada unidade de consciência ocupa seu lugar no Plano
Divino e que a palavra evolução no contexto significa desenvolvimento
gradual, em tempo e espaço, da capacidade inerente de um ser humano, um
Homem Celestial e do Grande Homem dos Céus. Devem ser considerados o
lugar e a posição que cada um ocupa, em relação aos outros, pois ninguém
pode evoluir sem os demais, o que significa a ação reflexa do eu e do não-
eu, já explicada anteriormente.
Logo nós temos:
• O Filho, o Grande Homem dos Céus . Expressa-se por meio do Sol (o
Sistema Solar), com os sete Planetas Sagrados, cada um
personificando um de seus sete princípios, da mesma forma que Ele,
como um Todo, personifica um princípio do Logos Cósmico (no caso
o Amor-Sabedoria-Razão Pura cósmicos).
• Um Homem Celestial. Expressa-se por meio de um planeta (na
realidade por meio de um esquema de sete globos), sendo
responsável por um princípio do Logos Solar. Desenvolve-se
igualmente através de sete princípios, fonte de sua unidade essencial
com os demais Homens Celestiais. Como o Grande Homem Celestial,
o Logos Solar, está desenvolvendo o princípio Amor-Sabedoria-
Razão Pura, cada princípio do Homem Celestial é um sub-princípio
daquele.Temos então, quanto ao Homem Celestial a seguinte
situação: Ele desenvolve em primeiro plano um princípio subsidiário
do Amor-Sabedoria-Razão Pura do Logos Solar e em segundo plano
Ele cultiva mais seis princípios subsidiários. Em outras palavras, se o
Logos Planetário é responsável pela qualidade Vontade (primeiro
raio), Ele manifesta Amor voluntarioso, se for a Inteligência Ativa
(terceiro raio), a manifestação será de Amor Inteligente Ativo, se for
Amor, então a manifestação será Amor Puro e assim com os demais
princípios. Sempre sobressairá o princípio do Logos Solar.
• Um Ser Humano. Também se expressa por meio de uma forma, no
plano físico, possuindo sete princípios e se esforça para desenvolvê-
los em cada ciclo de vida. Tem sete chacras ou centros, que
expressam os sete princípios, todavia tem uma vibração fundamental,
que depende do princípio que seu Logos Planetário está
manifestando.
Assim temos:
O Logos Solar
Geram
O Filho ou o Grande Homem dos Céus, o Ego Logóico auto-consciente, que evolui por
meio
de :
O Sol e os sete Planetas Sagrados, cada um personificando:
Um princípio cósmico, com seis diferenciações, pelo método de :
• Expansão, estímulo vibratório, interação magnética ou a lei de
atração e repulsão.
• Progressão cíclica, repetição rotatória, simultaneamente com
ascensão em espiral e desenvolvendo:
• a qualidade Amor-Sabedoria-Razão Pura, utilizando a forma por
meio da Inteligência Ativa (a Mente);
• plena auto-consciência;
• um perfeito Sistema Solar, adequado às necessidades da
Mônada imanente.
A mesma metodologia classificatória pode ser empregada para demonstrar
a semelhança do processo no caso do Homem Celestial e do ser humano.
Vejamos no caso do homem:
Mônada - - - --- matéria causal
geram
trabalha com
os três corpos inferiores, físico, astral e mental, cada um com sete chacras, cada um
personificando um princípio e tendo seis diferenciações desse princípio, totalizando sete.
Trabalha da seguinte forma:
• procurando expandir a consciência, buscando o conhecimento de tudo,
intensificando conscientemente sua freqüência vibratória e, relacionando-se com
o não-eu, exercita a Lei de atração e repulsão;
• procurando sempre crescer e subir, vive a Lei de Progressão cíclica, pratica a
repetição rotatória, ou seja, repete experiências para consolidar as qualidades
resultantes e fortificando-as, ascendendo assim em espiral de raio cada vez maior
(as encarnações). Ao fazer tudo isso, desenvolve:
• o Amor-Sabedoria-Razão Pura, servindo-se da forma e empregando a
Inteligência Ativa, ou seja, age inteligentemente, buscando sempre
entender e não às cegas;
• a plena auto-consciência, pela sua expansão contínua, que passa a ser
sua característica, no esforço de tudo analisar para compreender, o que
quer dizer, no uso constante da mente analítica, no princípio usando a
concreta, idéias com formas, com o tempo, dependendo de sua
velocidade de atividade mental (taxa mental), utilizando apenas a mente
abstrata, trabalhando somente com idéias e conceitos sem formas e
vendo as relações existentes entre os conceitos e idéias, desse modo.
Com isso aproxima-se rapidamente (novamente dependendo de sua taxa
mental) da ativação de seu corpo búdico, em particular da verdadeira
intuição (sentido do corpo búdico análogo ao paladar do corpo físico);
[070]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - III - Porque o Sistema Solar evolui como Dualidade? - 2- Sua
Natureza e Dualidade (Final) (Páginas 217 e 218)
Detalhemos um pouco o processo de expressão da auto-consciência do
Logos Solar, o Filho Cósmico, através da humanidade. O homem é a melhor
expressão do princípio manásico ou mente e, desde um ponto de vista
muito especial, dirige a obra de Brahma ou Inteligência Ativa, porque o
humanidade faz parte da consciência do Logos Planetário, que faz parte da
consciência do Logos Solar. A humanidade como um todo constitui o
centro laríngeo do Logos Planetário. A auto-consciência do Logos Solar se
expressa pelas auto-consciências dos Logos Planetários. Cada ser
humano, conforme sua evolução, tem uma função no centro laríngeo do
Logos Planetário. Os Iniciados passam a atuar no centro cardíaco do
Logos. Quando entram na Câmara do Concílio de Shamballa atuam no
centro coronário.
Na figura abaixo procuramos visualizar essas linhas de consciências, ou
seja, a difusão da Auto-Consciência do Logos Solar:
O Logus Solar- - -
Auto-consciência
---
. do Logos Solar
Os 7
Logos Os 7 não
Planet. Sagrados.
Sagr.
Auto-
consc.
do Logos
As
humani-
dades
SANAT KUMARA, o Senhor do Mundo para o atual período global, é a
consciência encarnada fisicamente na Terra do Logos Planetário. É dele
que é dito que não cai uma folha sem que o Pai saiba. Tudo o que ocorre na
Terra está dentro de Sua Consciência. Todavia Ele tem o direito do Divino
Isolamento, ou seja, Ele toma conhecimento de tudo, mas não é afetado. Ele
foi escolhido há dezoito milhões de anos, quando o Logos decidiu encarnar
fisicamente. Como Ele não podia assumir forma física humana
pessoalmente, manifestou esse seu desejo e logo vários candidatos se
apresentaram e SANATKUMARA foi o escolhido. É proveniente do esquema
de Vênus, o mais adiantado e em vias de pralaya ou abstração. Por isso o
homem faz parte da consciência do Logos.
O homem é o aspecto Vishnu ou Amor-Sabedoria-Razão Pura em
desenvolvimento por meio da inteligência ativa, em seu nível, impulsionado
pelo aspecto Vontade ou Shiva.
Daí o homem ser muito importante, porque é o ponto de união dos três
aspectos, todavia não o é, sob o ponto de vista maior do triângulo, ou seja,
ele é o ponto médio do triângulo, mas não o vértice mais elevado, o aspecto
Espírito ou Pai, sendo apenas o Filho, quando olhamos a Trindade:
Espírito-Pai
O Filho ou o homem
Matéria-Mãe
Quando o homem, na quarta Iniciação, passa a viver, atuar e trabalhar com
a matéria búdica, ele participa ativamente do funcionamento dos chacras
laríngeo e cardíaco do Logos, porque sua consciência física está nas
matérias búdica e acima. É por isso que todos devem acelerar a própria
evolução.
Para o Grande Ser maior que nosso Logos Solar, AQUELE DE QUEM NADA
SE PODE DIZER (o Logos Cósmico do Qual nosso Logos Solar com mais
seis Sagrados são centros), a evolução do nosso Logos Solar, o Grande
Filho, o Cristo Cósmico (porque Ele representa o Amor-Sabedoria-Razão
Pura Cósmicos) é muito importante.
As Grandes Entidades Cósmicas, que se manifestam fisicamente pelas
constelações e estrelas ligadas, observam com muita atenção a evolução
do nosso Logos.
Da mesma forma que a Terra é o campo de batalha entre o Espírito e a
matéria dentro do Sistema Solar e por isso de grande importância,
igualmente nosso Logos Solar, o Divino Arjuna, luta para aperfeiçoar sua
auto-consciência e tornar-se independente da forma e do não-eu cósmicos,
sendo por isso muito importante cosmicamente.
Na Terra o homem batalha para conseguir a mesma coisa, em escala menor.
Nos Céus, dizemos simbolicamente, Miguel e seus Anjos ou os divinos
Homens Celestiais travam a Divina Pugna para os mesmos objetivos, em
escala muito mais elevada.
Concluindo e resumindo, a dualidade e a sua interação produzem:
• a objetividade, o Filho ou o Sol manifestado;
• a própria evolução;
• o desenvolvimento da qualidade;
• o tempo e o espaço, que surgem pelo referencial.
Essas perguntas contêm aspectos fundamentais da manifestação, quando
ela é contemplada do ponto de vista subjetivo ou psíquico.
Encerramos aqui a pergunta III. Iniciaremos no próximo 14/05/2004 o estudo
da pergunta IV: O que é a Consciência ? Que lugar ocupa no atual esquema
das coisas ? - Esse assunto é de fundamental importância, porque o
homem é essencialmente um Pensador e a consciência é o resultado da
ação de pensar, portanto entendendo o que é a consciência, todos
adquirirão conhecimentos dos objetivos do processo evolutivo no atual
Sistema Solar e assim terão mais estímulo e motivação para acelerar esse
processo, na luta pela conquista da meta da nossa cadeia, a quinta
Iniciação, da Revelação. Com os conhecimentos que serão passados no
decorrer do estudo do Tratado (falta muita coisa), essa motivação crescerá
exponencialmente, temos a certeza, uma vez que, tendo a visão clara do
processo evolutivo, não haverá nunca mais hesitação, por não haver mais
dúvida.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina.
[071]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - IV - O que é a Consciência? Que lugar ocupa no atual esquema das
coisas ? (Páginas 218, 219 e 220)
A consciência pode ser definida como o resultado da captação. O homem tem
cinco mecanismos de percepção, os sentidos (jnanaindriyas) e cinco de ação
(carmaindriyas). Pelos sentidos ele capta o que acontece em seu exterior, o não-
eu. Pelos mecanismos de ação ele atua no seu exterior. Mas ele também percebe o
que está fazendo, quando usa seus mecanismos de ação, melhor dizendo, ele capta
o que está fazendo, embora nem sempre tenha noção de sua ação, sob o ponto de
vista do correto e justo. Quando ele toma conhecimento de sua ação, está se
relacionando com seus veículos, logo esses constituem também o não-eu, uma vez
que a consciência está além dos veículos, apesar de depender do cérebro físico,
que faz parte do corpo.
Portanto existe o Pensador e o pensado, o Conhecedor e o conhecido, o que sugere
o conceito de dualidade, o objetivo e o que está atrás do objetivo.
Quando se olha a consciência do ponto de vista da manifestação, conclui-se que
ela é o ponto médio desse processo. Não se fixa totalmente no Espírito, nem na
matéria, mas prende-se ao Espírito por uma metade e à matéria pela outra, sendo
pois o elo entre os dois, provocando uma interação entre ambos e, pela ação e
reação dos dois, dá-se a adaptação, que é a evolução.
Temos na eletrônica um fenômeno bem análogo a isso. E a realimentação, que
pode ser positiva ou negativa. A figura abaixo visualiza esse fenômeno:
Amplificador ou o Sistema
no qual ocorre a interação
Razão Pura
Ativa
Espírito
Consciência
Matéria
Pai
Egou ou Alma
Personalidade
o Eu
A relação entre
O Não-Eu
o Conhecedor
O Conhecimento
O Conhecido
Vida
Realização
Forma
Muitas outras comparações podem ser feitas, para demonstrar o processo da
consciência na manifestação.
O que deve ser enfatizado é que o Sistema Solar personifica, durante a
objetividade evolutiva, a relação logoica acima explicada, ou seja, os três aspectos
do Logos único interagem, como se fossem três separados, para que a auto-
consciência logoica consiga plena realização, completo conhecimento ativo e o
máximo de expansão.
Embora neste atual Sistema Solar o objetivo é desenvolver o Filho, quando
olhamos o Logos como um Todo, entendemos que Ele, Filho, é objetiva ou
exteriormente o Sistema Solar, em essência é Vontade ou Poder e subjetiva ou
interiormente é Amor-Sabedoria-Razão Pura, que está sendo desenvolvido pela
utilização máxima da Inteligência Ativa, que é o próprio Sistema Solar.
A manifestação tríplice do Logos Solar, através dos chamados Três Logos, que
estão no plano Adi e têm sob suas responsabilidades grandes equipes de Seres
elevados, procura alcançar completo desenvolvimento nos três aspectos, embora o
desenvolvimento maior é o do segundo.
Os três Logos se inter-dependem. O primeiro Logos, Mahadeva, a Vontade, com a
ajuda do terceiro Logos, a Inteligência de Brahma, procura desenvolver o segundo
Logos, Vishnu, Amor-Sabedoria-Razão Pura. Não podemos esquecer que cada
Logos é tríplice e cada um, quando procura desenvolver seu segundo aspecto,
utiliza os outros dois, embora dando ênfase ao segundo. Com isso o segundo
Logos é o beneficiado, pois sendo Ele preferencialmente Amor-Sabedoria-Razão
Pura, os trabalhos dos outros dois, com ênfase no segundo aspecto, geram
condições em todo o Sistema para seu êxito. No próximo Sistema, o beneficiado
será Mahadeva, o primeiro Logos.
O microcosmo, o homem, reflexo do tríplice Logos, usando seus três corpos, busca
alcançar o mesmo desenvolvimento em seu nível.
Nos planos superiores os Homens Celestiais, servindo-se de atma-budi-manas,
esforçam-se para conseguir progresso similar. Os Homens Celestiais, sagrados e
não sagrados, juntamente com os entes de seus corpos, compostos de Mônadas
Dévicas e humanas, constituem em conjunto o corpo do grande Homem Celestial,
o Logos Solar.
Quando o homem se realiza e obtém êxito em sua luta pela meta proposta, os
Homens Celestiais também se realizam e logram seus êxitos, alcançando total
conhecimento e desenvolvimento e plena auto-consciência em todos os planos.
Então o Filho, o Logos Solar, realiza-se e obtém sua vitória final, conseguindo
completo conhecimento e desenvolvimento e total auto-consciência nos planos
cósmicos, como também seu Sistema, que é seu corpo de manifestação, do físico
ao adi, serviu ao seu propósito, expressando as qualidades previstas.
Então, porque seu corpo cósmico não é mais necessário, ele é abandonado e o
Sistema Solar deixa de existir, tornando-se o Logos Solar um Homem Cósmico
livre.
Entra num período de descanso, para preparar sua futura encarnação cósmica, o
próximo Sistema Solar.
Vejamos essa evolução tríplice do Logos Solar, através dos três Sistemas Solares,
dos quais o nosso é o ponto médio, em conjugação com a evolução tríplice do
microcosmo, o homem, nesses três Sistemas:
O Macrocosmo, o Logos Solar
O primeiro Sistema Solar expressou o princípio “Eu sou”.
O segundo Sistema manifesta o princípio “Eu sou esse”.
O terceiro Sistema externará o princípio “Eu sou esse eu sou”.
O microcosmo, o homem
A primeira manifestação, a Personalidade, expressa o princípio “Eu sou”.
A segunda manifestação, o Ego, personifica o princípio “Eu sou Esse”.
A terceira manifestação, a Mônada, externa o princípio “Eu sou Esse eu sou”.
Embora essas três fases do homem ocorram em cada Sistema Solar, todavia em
cada um é dada ênfase a um princípio. Expliquemos melhor.
No primeiro Sistema, o Logos viveu o princípio “Eu sou”, então o homem viveu as
três fases assim:
Personalidade
“Eu sou/Eu sou”
Ego
“Eu sou/Eu sou Esse”
Mônada
“Eu sou/Eu sou Esse eu sou”
Os princípios vividos pelo homem eram sub-princípios do princípio maior “Eu
sou”, do Logos.
No atual Sistema, quando o Logos está vivendo o princípio “Eu sou esse”, o
homem vive:
Personalidade
“Eu sou esse/Eu sou”
Mônada
“Eu sou esse/Eu sou Esse eu sou”
Ego
“Eu sou esse/Eu sou Esse”
[072]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - V - Existe uma analogia direta entre um Sistema, um Planeta, um
homem e um átomo? (Páginas 220, 221 e 222)
Ao entrarmos na quinta pergunta, que envolve analogia, necessário se faz tornar
bem clara uma coisa: a analogia não é semelhança exata, mas apresenta
semelhanças de funções e conceitos. Por isso, para se entender analogia, é
condição sine qua non (sem a qual não) ter grande capacidade de raciocínio
abstrato, para extrair a idéia ou o conceito fundamental das partes comparadas e
suas relações. Os detalhes operacionais das idéias são diferentes em quantidade,
nível, funções em ação e complexidade.
Demos um exemplo. Quando afirmamos que existe uma analogia entre um
homem e um animal em vias de ingressar no reino humano, queremos dizer que o
animal tem a mesma trindade que o homem: Espírito, consciência e corpo de
expressão, sendo três funções análogas, porém não idênticas. O animal tem
Espírito atuando através de uma Tríade Inferior incipiente, com pouca capacidade
de ação ou função, enquanto que no homem a Tríade é muito mais ativa e
operante e suas funções muito mais amplas e em nível mais elevado. O animal tem
consciência, mas não auto-consciência, o que por si só expõe nitidamente a
diferença. O animal possui um corpo físico, capaz de exercer efeitos físicos, com
sentidos e mecanismos de ação como o homem. Todavia o corpo do animal tem
detalhes anatômicos e fisiológicos diferentes dos do homem.
Um Logos Planetário também tem Mônada ou Espírito, auto-consciência e corpo
físico, como o homem. Contudo o nível e a complexidade dessas idéias ou funções
são bem diferentes. Portanto para saber usar a analogia, é imprescindível ter a
habilidade de perceber diferenças dentro de semelhanças. Essa habilidade só pode
ser desenvolvida com o exercício de cruzar informações, procurando ver os pontos
em comum.
Quando descrevemos um fenômeno por meio de uma equação matemática,
estamos quantificando os conceitos regentes do fenômeno. Futuramente o
esoterismo será expresso por meio de equações matemáticas, como também a
astrologia, que trabalhará com modelos probabilísticos, do tipo: y = f (x1, x2, x3,
x4, ......., xn) + ε , sendo ε o termo de erro, y o resultado de um determinado
prognóstico e f (x1, x2, x3, x4, ......, xn) a função de n variáveis ou fatores que
concorrem para o prognóstico. Mas ainda falta muito, porque atualmente
pouquíssimos conseguem enxergar assim e a imensa maioria não aceita que DEUS
usa a matemática ao construir seus universos, em todos os níveis.
Comecemos o estudo dessas analogias com o átomo.
O átomo
• O átomo físico primordial é uma esfera, que contém dentro de si mesma
um núcleo de vida.
• O átomo físico contém dentro de si átomos de outro nível e diferenciados,
que por sua vez contêm dentro de si átomos de nível mais elevado e
diferenciados, que por sua vez contêm dentro de si átomos de nível mais
elevado e diferenciados e assim prosseguindo, até o plano arquetípico,
totalizando quatorze bilhões de átomos arquetípicos. Todavia esses
quatorze bilhões manifestam-se como uno.
• O átomo se distingue pela atividade, expressando as qualidades de:
• - movimento giratório,
• - poder discriminador,
• - capacidade de desenvolvimento.
• É dito que o átomo possui três espiras maiores e sete menores, que estão
em processo de vitalização, não tendo ainda conseguido plena atividade. Na
etapa atual apenas quatro estão ativas, estando a quinta em fase de
desenvolvimento.
• O átomo está regido pela Lei de Economia, está sendo lentamente
governado pela Lei de Atração e, com o tempo, estará sob o domínio da Lei
de Síntese.
• O átomo tem seu lugar em todas as formas e o conjunto de átomos produz a
forma, na seqüência de moléculas, células, órgãos, sistemas e a forma
completa.
• Um átomo responde aos seguintes estímulos externos:
• estímulo elétrico, que afeta sua forma objetiva ou exterior, por
exemplo a valência e campos elétricos;
• estímulo magnético ou de atração, que atua sobre sua vida subjetiva
ou interior.
O efeito combinado de ambos esses estímulos leva ao conseqüente crescimento e
desenvolvimento internos.
Assim o átomo caracteriza-se por:
• Sua forma esférica. Seu “ círculo não se passa “ é preciso e nítido.
• Sua disposição interna abrange a esfera de influência de qualquer átomo,
ou seja, eles se comunicam e interagem.
• Sua atividade vital ou vitalidade ( a medida com que a vida de seu centro o
anima ), muito pequena na atual etapa.
• Sua sétupla economia interna em processo de evolução. Essa sétupla
economia interna é a atividade das sete espirilas. Na realidade, como são
dez espiras, a economia é constituída de dez funções, tendo em vista a
síntese final.
• Sua eventual síntese interna das sete espiras em três.
• Sua relação grupal, por exemplo, quando formam moléculas.
• O desenvolvimento de sua consciência ou capacidade de resposta, quando
por exemplo tornam-se radioativos.
Vejamos quais conceitos ou idéias podemos extrair desses sete itens. No primeiro
temos o conceito de forma ou corpo de expressão. No segundo percebemos o
conceito de relacionamento. No terceiro captamos o conceito de capacidade de
atuação. No quarto detectamos a idéia de organização interna para atingir um
objetivo. No quinto vemos a idéia de processo de aperfeiçoamento e síntese. No
sexto é o conceito de trabalho grupal, utilizando as relações entre si, para um
objetivo comum ao grupo, que muitas vezes serve a um grupo maior, constituído
de vários grupos menores. No sétimo é o conceito de consciência, resultado da
interação com o meio, como no caso do elemento U (urânio), que pela
radioatividade altera outros elementos. A Química apresenta muitos exemplos
desses conceitos. Quando o químico moderno constrói as grandes moléculas
chamadas polímeros, com muitas propriedades planejadas, como por exemplo os
tecidos sintéticos, ele está manipulando esses conceitos.
Seguindo essa mesma linha conceitual, iremos analisar o homem no próximo
estudo, a ser colocado em 21/5/2004.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído po r editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 18-MAI-2004
[073]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - V -Existe umaanalogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e
um átomo? - O homem (Páginas 222, 223 e 224)
Analisemos agora o homem segundo os mesmos conceitos utilizados para o
átomo.
• Um homem tem forma esférica. Pode ser visto com um “círculo não se
passa” esférico, uma esfera de matéria com um núcleo de vida no centro.
Se considerarmos o Ego no centro do corpo causal, de forma ovóide,
teremos a esfera, com o núcleo de vida no centro, sendo o ponto médio
entre Espírito e matéria. O corpo astral com sua aura também é ovóide, o
mesmo acontecendo com o corpo etérico e sua aura.
• Se o homem for olhado desde o plano búdico, será visto como quatro
ovóides, o mais sutil (o causal) envolvendo o mental inferior, esse
envolvendo o astral, esse envolvendo o etérico e dentro desse o corpo
denso. Todos os ovóides são constituídos de átomos diferenciados, que se
unem formando unidades mais complexas, com funções especializadas,
como por exemplo os centros, até chegarem a formar o corpo. A vida da
Mônada está ligada a cada átomo, a cada conjunto de átomos, ao corpo
inteiro, vitalizando-os, conferindo a todos a vontade de viver e fazendo
com que vibrem a uma determinada freqüência, de acordo com o grau de
evolução da Mônada e, em conseqüência dessa freqüência, surge uma
cor, que indica sua posição e o ritmo de seu ciclo de vida.
• O homem é caracterizado pela atividade e pelo dinamismo que consegue
desenvolver em um ou mais planos inferiores (físico, astral e mental)e
manifesta as seguintes qualidades:
• Movimento de rotação, ou seja, cada encarnação sendo
considerada um giro da roda da vida, em torno de seu pólo egóico.
• Capacidade de discriminar ou seu poder de escolher, decidir e
adquirir experiência.
• Capacidade de evoluir, com o objetivo de acelerar sua freqüência e
estabelecer contactos cada vez mais elevados.
• Contém em si mesmo os três princípios maiores: Vontade, Amor-
Sabedoria-Razão Pura e Inteligência Ativa ou adaptabilidade, sendo que
esse último se divide nos quatro menores, formando os sete no todo.
Esses sete princípios são ativados e vividos individualmente no início.
Posteriormente os quatro menores são sintetizados no terceiro,
Inteligência Ativa, requerendo isso mais uma vivência. Em seguida vem a
sintetização do terceiro no segundo e finalmente do segundo no primeiro.
Com isso somam-se dez vivências ou princípios, que irão constituir as dez
manifestações perfeitas. No momento apenas os quatro princípios
menores estão ativos, fato comprovado pelas quatro espirilas ativas do
átomo físico permanente, o que caracteriza o homem como o quaternário
inferior. O quinto princípio, Inteligência Ativa (o terceiro contando a partir
da Vontade, o primeiro) está despertando, o que leva ao despertar da
quinta espirila. Portanto Manas está se desenvolvendo.
• O homem está regido pela Lei de Atração, evolui segundo a Lei de
Economia e lentamente vem caindo sob o domínio da Lei de Síntese. A Lei
de Economia comanda o processo material, do qual o homem não é muito
consciente. A Lei de Atração regula suas ligações com outras unidades ou
grupos. A Síntese é a lei de seu eu interior, a vida que anima a forma, ou
seja, a Mônada manifestada dando vida à forma.
• O homem ocupa um lugar dentro do grupo formado pelas formas. Os
grupos egóicos e os Homens Celestiais estão formados pelo conjunto de
homens e Devas.
• O homem responde ao estímulo externo:
• Estímulo pelo fogo por fricção tríplice (elétrico, solar e por fricção),
que afeta a forma externa.
• Estímulo pelo fogo solar (magnético), que age sobre sua vida
subjetiva ou interna. Esta sua vida interna provém de seu grupo
egóico, ou seja, de sua Alma, que pertence a um grupo de Almas.
Mais tarde essa vida virá diretamente do Homem Celestial, de cujo
corpo é uma célula.
• O efeito combinado dos dois estímulos conduz ao crescimento e
desenvolvimento contínuos, propiciando a chegada do fogo elétrico
da Mônada.
Conseqüentemente o homem é caracterizado por:
• Sua forma esférica, visível pela forma esférica de seus átomos, suas
células, a maioria de seus órgãos e a forma ovóide de seus corpos sutis.
Seu “círculo não se passa” é exato e perceptível.
• Sua organização interna. Toda a sua esfera de influência está em
desenvolvimento. Atualmente tal esfera é limitada e seu campo de
atividade pequeno. A medida que seu corpo egóico for se desenvolvendo,
o núcleo de vida Monádica (a Alma), que se encontra no seu centro, dilata
seu raio de controle, até controlar e dominar todo o conjunto de suas
formas.
• Sua atividade vital ou aquilo que ele pode expressar em determinados
momentos de auto-consciência ou o controle que exerce sobre sua tríplice
natureza inferior, os corpos físico, astral e mental.
• Sua sétupla economia interna, o desenvolvimento de seus sete princípios,
expressos pelas sete espirilas do seu átomo físico permanente e,
finalmente, sua síntese nas três maiores.
• Sua eventual síntese interna, sob a ação paulatina e progressiva das três
leis, as sete (pelo desmembramento da terceira em quatro) nas três e
finalmente as três em uma, quando passa a ser Vontade, enriquecida com
todas as qualidades adquiridas ao longo de seu grande ciclo evolutivo.
Então a Vontade transforma-se literalmente em Sacrifício, com o sentido
de tornar sagrado (do latim sacer, sacra, sacrum - sagrado e facere -
tornar).
• Suas relações com o grupo.
• Seu desenvolvimento de consciência, de resposta ao contacto, que implica
no aumento da capacidade de percepção, donde a suprema importância
de usar todos os sentidos, pondo neles a mente e do poder de análise do
que é percebido, conforme já foi explicado, quando estudamos os centros
e os sentidos.
Ficou bem clara a analogia entre o átomo e o homem. Há semelhança de
características, funções e metas,porém no homem elas se expressam em áreas e
campos bem mais elevados e amplos, com muito maiores complexidades e
relações.
Portanto vale a pena se esforçar para evoluir, pois a Glória espera os Valorosos
que se dispõem a lutar.
No próximo estudo, a ser colocado em 25/5/2004, demonstraremos as analogias
com o Homem Celestial.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 21-MAI-2004
[074]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - V - Existe uma Analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem
e um átomo ? - O Homem Celestial (Páginas 224, 225 e 226)
Iremos aplicar agora a Lei de Analogia ao Homem Celestial ou Logos Planetário.
• Seu corpo físico pode também ser visto como tendo forma esférica. Os
globos físico ( planeta) e de matéria sutil totalizando sete e constituindo um
esquema, são todos esféricos. O esquema todo é esférico, como também
seu “círculo não se passa”. Esse esquema é seu corpo físico cósmico,
análogo ao corpo físico do homem e ao átomo físico. Cada esquema tem
sete cadeias, ou seja, ele se renova sete vezes, num processo de
aperfeiçoamento do Homem Celestial que se expressa pelo esquema. As
sete cadeias de um esquema são sete fases ou ciclos menores de uma
encarnação do Logos Planetário, assim como o homem tem vários ciclos
em uma encarnação física. Vemos aí a semelhança de processo entre as
encarnações do Homem Celestial e do homem, com as diferenças de
detalhes desse processo, ou seja, vemos a analogia em seu real
significado. Isso é assim, para que, ambos, Homem Celestial e homem,
vivam e adquiram experiências, para evoluírem. Para o Homem Celestial,
seu corpo físico cósmico abrange as matérias física, astral e mental, que
não constituem princípios para Ele, mais as matérias búdica, átmica,
monádica e adi, estando sua Consciência física focalizada na matéria
búdica atualmente, com ativação das matérias superiores, a medida que
for evoluindo. Quando nós, homens, nos tornarmos plenamente
conscientes na matéria búdica, estaremos contribuindo para a ativação da
consciência física do Logos e para sua evolução.
[075]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - V - Existe uma analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e
um átomo? - O Homem Celestial (Páginas 226,227 e 228)
Continuemos com o estudo da aplicação da Lei de Analogia ao Logos Planetário
ou Homem Celestial. Ele está regido pela Lei de Atração, já transcendeu a Lei de
Economia e está passando rapidamente para a influência da Lei de Síntese. Para
comprovar essas afirmações temos o gradual e crescente controle, com base nos
seguintes fatos:
Primeiro - A Lei de Economia é a lei primária do átomo. A Lei de Atração está
assumindo o controle do átomo, o que pode ser observado pela rádio-atividade,
que é resultante do aumento de partículas sub-atômicas no núcleo do átomo
químico (o átomo dos cientistas, para diferenciar do átomo físico primordial).
Esse aumento de partículas é conseqüência do aumento do poder de atração dos
átomos físicos primordiais, que são as partículas sub-atômicas, pela ação da Lei
de Atração. A Lei de Síntese só é sentida fracamente pela vida do átomo ou o
minúsculo ente que se expressa pelo átomo. Constitui a Lei da vida. Os efeitos
práticos dessa lei no átomo só serão percebidos pela Ciência no futuro. As novas
propriedades conseguidas não só pelos Químicos como pelos Físicos, como os
polímeros e o transistor, são resultantes da Lei de Síntese. No caso do transistor,
a dopagem do germânio e do silício permite que eles se tornem amplificadores e
controladores da corrente elétrica, permitindo o estupendo avanço da tecnologia
não só de telecomunicações como de informática, com seu imenso leque de
aplicações. No caso dos polímeros, temos o tecido inteligente.
Segundo - A Lei de Atração é a lei primária do homem. A Lei de Economia é uma
lei secundária para ele; rege a matéria de seus corpos. A Lei de Síntese começa
a atuar e a fazer-se sentir paulatinamente. Que a Lei de Atração é a mais forte
para o homem é um fato óbvio, pois uma de suas manifestações mais em
evidência, embora ainda em nível inferior, é a intensa atividade sexual que
impera hoje em dia. Mas já se observa a elevação do nível nos movimentos de
defesa do ser humano, como da natureza. Quanto aos efeitos da Lei de Síntese,
eles são percebidos pela utilização crescentemente intensa da mente por uns
poucos no momento. Cabe lembrar que a Vontade se manifesta no corpo mental,
para o homem.
Terceiro - A Lei de Síntese é a lei primária do Homem Celestial. A Lei de Atração
o domina totalmente e já transcendeu completamente a Lei de Economia. A
comprovação de que a Lei de Síntese é a lei primária está no fato de que os
Homens Celestiais estão saindo da polarização astral ou emocional, sob o ponto
de vista cósmico, para ingressarem na mental, onde a Vontade irá se impor e
sintetizar as qualidades adquiridas e ampliá-las. Quanto à Lei de Atração, é
evidente seu domínio total, uma vez que os Homens Celestiais geram grupos
naturalmente, sendo a humanidade como um todo um exemplo.
Como já sabemos, o corpo físico denso, constituído pelas matérias física, astral e
mental, não é um princípio para os Homens Celestiais, porque já transcenderam
a Lei de Economia. A Lei de Atração rege o processo material da construção de
formas. A Lei de Síntese constitui a lei de Seu Ser.
• Cada Homem Celestial sabe seu lugar dentro dos grupos logóicos e
procura descobrir quais são suas posição e função entre os sete sagrados
e, mediante a realização de seu propósito, está prestes a constituir uma
unidade, ou seja, realizar plenamente a Lei de Síntese.
• Sua eventual síntese final dos sete nos três e dos três em um, cujo
processo já foi explicado. Isto abarca o obscurecimento dos globos da
cadeia e a fusão na unidade dos sete princípios que cada globo está
desenvolvendo. Como são sete cadeias, deduzimos que ocorrem sete
fusões, dando-se a última na sétima cadeia.
• Sua relação grupal, ou seja, seus relacionamentos entre si, agindo como
grupo, para atingir as metas e objetivos do Logos Solar, do Qual são
Colaboradores.
[076]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - V - Existe uma analogia entre um Sistema, um Planeta, um homem e
um átomo ? - O Logos Solar (Páginas228, 229, 230 e 231)
Estudemos agora o Logos Solar à luz da analogia.
• Essa excelsa Vida, o Grande Homem dos Céus, possui também veículos de
forma esférica. Não é apenas pelas estrelas e seus planetas, através das
quais Ele se expressa e vive, para adquirir experiências em nível cósmico e
evoluir na direção da sua meta e para alcançar seus objetivos, em harmonia
com o Grande Plano de seu Logos Cósmico. Dissemos propositadamente
pelas estrelas, porque Seu corpo físico cósmico mais denso não é somente
esse nosso Sol, Ele vai muito mais além. Esse glorioso corpo é constituído
por quatro estrelas, sendo duas principais, que giram uma em torno da outra,
formando um binário e mais duas estrelas, incluindo o nosso Sol, que orbitam
em torno do binário. Por isso podemos afirmar que o nosso Logos, do qual
somos centelhas, é muito mais portentoso do que possam imaginar. Todo
esse conjunto tem forma esférica. Seu “círculo não se passa” abarca toda a
periferia desse conjunto. Na parte que nos toca, habitantes do Sistema Solar,
o Sol ocupa uma posição análoga à do núcleo de vida no centro do átomo. Na
realidade Ele é o chacra esplênico solar para a nossa área. Abarca os sete
esquemas planetários, que com os três sintetizadores compõem os dez da
manifestação logoica. A vida central circula por todos os esquemas, em todas
as cadeias, da mesma forma que a vida do Logos Planetário circula sete
vezes pelo seu esquema, totalizando sete cadeias e em cada cadeia circula
sete vezes, constituindo as sete rondas e em cada ronda circula pelos sete
globos formadores da cadeia. Cada cadeia tem uma posição em relação ao
Sistema análoga à do globo em relação à cadeia. Eis aí a beleza da analogia,
embora não exista exatidão na semelhança de detalhes, sendo isso óbvio,
uma vez que os níveis são bem diferentes.
• O Logos Solar está regido pela Lei de Síntese. Mantém o todo em uma
unidade sintética ou homogeneidade. Sua vida subjetiva, ou Sua Alma,
está regida pela Lei de Atração e Sua forma material, seu Sistema, pela
Lei de Economia, que no momento começa a ser regida por outra lei
cósmica, incompreensível atualmente pelo homem, sendo revelada
somente aos Iniciados mais elevados.
• A síntese final dos sete esquemas nos três e dos três em um, processo já
explicado. Com isso ocorre o obscurecimento dos esquemas e a
unificação dos sete princípios que eles personificam. Lembramos que
nessa síntese final, cada Homem Celestial conserva sua identidade,
jamais perdendo sua auto-consciência. Quando os Homens Celestiais
efetuam suas sínteses, o Logos Solar também efetua sua síntese.
Esclarecemos que nessa fase na realidade desenvolve-se o processo de
fusão, harmonização e sintonia, dando-se a síntese final na fase seguinte.
É lógico que o Logos Solar depende do que os Logos Planetários estão
fazendo.
• Sua sujeição à Lei de Seu Ser, ou seja, a síntese final. No caso do atual
Sistema Solar, essa Lei de Seu Ser, segundo a qual ocorrerá a síntese, é
a Lei de Amor-Sabedoria-Razão Pura.
• Sua relação grupal. Essa relação grupal envolve não só os grupos dentro
do Logos Solar, humanos, dévicos e os Logos Planetários, como também
as relações do Logos Solar com seus Pares dentro do corpo do Logos
Cósmico, como sejam, os outros seis Logos Solares e os outros Entes
Cósmicos, que executam funções no mesmo nível de Logos Solar. Da
mesma forma, dentro do Sistema Solar, há Entidades no mesmo nível de
Logos Planetário e que exercem funções diferentes das de Logos
Planetário.
[077]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VI - O que é o aspecto Mente? Porque o princípio Manásico é tão
importante ? Quem são os Manasaputras? (Páginas231, 232, 233 e 234)
Entraremos agora no mistério mais profundo de todo o Sistema Solar
manifestado, o mistério da Eletricidade, ao qual refere-se H. P. Blavatzky. Ele
está intimamente vinculado com a vida de Deus, tal como se manifesta por meio
de seus sete Centros, os sete Homens Celestiais, os divinos Manasaputras. É
impossível explicar este mistério exotericamente e muito pouca coisa pode ser
revelada ao público, devido a três razões:
Primeiro - o grau de evolução alcançado pelo homem comum não permite
entender corretamente essas abstrações.
Segundo - grande parte do que pode ser revelado só é possível aos Iniciados que
passaram pela terceira Iniciação e, mesmo assim, de forma muito reservada.
Terceiro - a revelação do estreito vínculo existente entre a mente e fohat ou
energia, ou entre o poder do pensamento e o fenômeno elétrico - efeito do
impulso fohático sobre a matéria - encerra muitos perigos. O elo que falta (se é
possível assim chamar) na cadeia de raciocínio, partindo dos fenômenos ao
impulso que os gera, só se pode informar sem risco, quando já foi construída
devidamente a ponte entre a mente superior e a inferior, ou seja, o Antakarana.
Quando o inferior está sendo construído pelo superior, ou quando o quaternário
está sendo fundido com a Tríade Superior, só então pode-se confiar ao homem
os quatro fundamentos restantes. Três fundamentos fá foram descritos no início
da Doutrina Secreta e, conjuntamente com o conceito evolutivo da psicologia,
formam os três conceitos revelados e o quarto que está aparecendo. Os outros
três são esotéricos e assim ficarão, até que cada homem tenha realizado por si
mesmo seu desenvolvimento espiritual, construído o Antakarana, preparado o
santuário para a Luz de Deus no Templo de Salomão (seu corpo causal) e
dedicado suas atividades a colaborar sem interesse pessoal para os planos do
Logos.
Quando essas qualidades tenham alcançado um bom nível de proeminência e o
homem tenha dedicado toda a sua vontade ao serviço, então será posta em suas
mãos a chave que lhe permitirá encontrar o método, mediante o qual o impulso
elétrico, manifestando-se como calor, luz e movimento, poderá ser dominado e
utilizado; descobrirá a fonte do impulso inicial, que provém de fontes de fora do
Sistema e o ritmo básico. Só então poderá ser um verdadeiro colaborador
inteligente e (escapando do controle da Lei que rege os três mundos inferiores)
manejará ele mesmo essa lei.
Analisemos um pouco essas palavras do Mestre Tibetano, no que for possível
revelar ao público, considerando os perigos oriundos, em particular no uso da
energia nuclear, a qual, com o pouco conhecimento obtido pelos cientistas, foi
utilizada para destruir vidas. De uma certa forma há bastante clareza nas
palavras do Mestre, caso se consiga enxergar em profundidade. Sabemos que a
eletricidade no nível mais elevado do homem é a qualidade essencial da Mônada.
Eletricidade ou fohat são sinônimos. Mesmo sendo o aspecto Amor-Sabedoria-
Razão Pura, o segundo Raio, o objetivo do nosso Logos nesse atual Sistema, a
Mônada é em essência Vontade ou Eletricidade, manifestando Amor agora. Seria
como um choque elétrico amoroso, usando uma linguagem simbólica com termos
conhecidos e comuns. A vontade da Mônada sempre se manifesta no plano mais
elevado relativamente. No homem já liberado e com a sétima Iniciação, ela atua
com máxima capacidade diretamente no plano adi. Nos Iniciados com a sexta
Iniciação, o homem está batalhando para dominar completamente o plano
monádico e só recebe a sétima quando completar esse trabalho. Cabe aqui
lembrar que, embora a Mônada humana se relacione com a matéria monádica
desdeo início do atual Sistema, essa relação é muito superficial, sendo
necessário e imprescindível que Ela experimente e domine as matérias de todos
os planos inferiores ao monádico, para, só após isso,com seus poderes (Vontade
e Conhecimento) possa iniciar a conquista plena da matéria do plano monádico.
É necessário que Ela vença todas as tentações dos mundos inferiores.
Em relação aos planos inferiores, a Vontade da Mônada se manifesta na matéria
do plano mental superior (causal) através do Ego, para o homem ainda em
evolução nesses mundos. O segundo aspecto tem preferência pela matéria astral
e o terceiro atua melhor no físico. Por dedução lógica conclui-se que é na matéria
mental inferior que a Vontade da Mônada via Ego irá se manifestar. Como
Vontade é Eletricidade, pela natureza essencial elétrica da Mônada, a matéria
mental inferior é eletricidade, quando devidamente energizada pela Vontade da
Mônada. Temos um vislumbre disso, quando vemos que toda a atividade cerebral
do homem é elétrica, uma vez que ocorrem nos neurônios troca de íons com
carga elétrica, até as vesículas sinápticas, onde são liberados osneuro
transmissores, moléculas que levam a informação de forma elétrica para o outro
neurônio. Há mais coisas sobre esse assunto, com referência à atuação dos
fogos, em particular o elétrico, no processo iniciático, cujos detalhes técnicos não
podem ser revelados. Apenas podemos resumir que o auto-controle total e
completo irá dinamizar a matéria mental, elevando a voltagem dela e, pela
atuação dela nos átomos inferiores, produzir fenômenos físicos e no mundo
astral. Todavia lembramos que faz parte desse auto-controle total e completo ter
desenvolvido em alto grau a capacidade de amar e servir com desinteresse.
Portanto, através do serviço, da dedicação ao estudo, para entender todo o
mundo fenomênico e da disciplina, a Vontade irá crescendo, até o ponto de atuar
diretamente no fogo elétrico do átomo. Os fenômenos elétricos da natureza
ocorrem pela atuação do fogo elétrico da Mônada Solar, atravessando todas as
matérias dos planos cósmicos superiores, a partir do monádico cósmico, sede da
Mônada Solar. A chave está em entender com clareza esse processo de
transferência do fogo elétrico da Mônada Solar átomo a átomo, até chegar ao
nosso átomo físico. Quando o Mestre diz que a fonte está fora do Sistema Solar,
Ele quis dizer fora do Sistema visível, pois na realidade a Mônada Solar está
muito além do Sistema visível. Existem as influências elétricas que vêm de outros
Sistemas, mas fundamentalmente é a Mônada Solar a principal origem, assim
como no homem é sua Mônada a fonte de sua energia de vida, embora
precisemos dos fogos do sistema, como os pranas solar e planetário, para
mantermos nossos corpos vivos e atuantes. Essas influências de outros Sistemas
são devidas aosinter-relacionamentos existentes e necessários nos níveis
cósmicos, assim como o homem se relaciona com outros homens, num processo
contínuo de troca de energias e influências.
• Há três perguntas importantes, que podem ser consideradas como uma,
uma vez elas se referem ao mesmo tema e referem-se à objetividade
inteligente. Talvez se modificássemos essa tríplice pergunta e a
reduzíssemos à objetividade microcósmica, o problema não pareça tão
complexo. Assim diríamos:
O que é o aspecto pensante do ser humano ? Porque sua mente e seus
processos mentais são tão importantes? Quem é o Pensador?
O homem, em sua essência fundamental, é a Tríade Superior (através da qual a
Mônada se manifesta para se relacionar com as matérias inferiores à monádica)
expressando-se por meio de uma forma que evolui gradualmente, o corpo causal
ou egóico e usa a tríplice personalidade como instrumento de contacto com os
três mundos inferiores. Tudo isso tem por finalidade o desenvolvimento da auto-
consciência perfeita. Acima da Tríade Superior está a Mônada ou o Pai no Céu -
um ponto de abstração quando o homem o contempla desde o plano físico, para
quem a Mônada ocupa a posição do Absoluto, no mesmo sentido em que o
Logos indiferenciado se encontra com respeito à Trindade, as três Pessoas da
manifestaçãologoica. Esta analogia é exata. É óbvio que quando o homem vai
evoluindo e adquirindo mais conhecimentos e entendendo cada vez com mais
clareza todo esse processo e técnica do contacto da Mônada com os mundos
inferiores, ele se identifica cada vez mais com sua Mônada, até atingir um tal
grau de certeza, convicção e compreensão, que se torna uma expressão quase
exata dela, quase exata porque as matérias inferiores sempre impõem limitações,
devido à sua limitação de capacidade de oscilar. Temos então:
• A Mônada.
• A Tríade Superior (átomos átmico, búdico e mental ligados entre si),
vontade espiritual, intuição e mente superior.
• O corpo causal ou egóico (na realidade o Loto Egóico, como veremos mais
tarde), santuário do princípio búdico, uma vez que ele representa por
excelência o segundo aspecto, o relacionador entre a Mônada e a matéria
inferior. Este corpo se constrói com o poder da mente, sendo a
manifestação dos três aspectos acima citados.
• A tríplice natureza inferior, os pontos de objetividade mais densa.
• A tríplice natureza inferior é, em essência, um quaternário: corpo etérico,
vida animante ou prana, kama-manas (o corpo astral) e o corpo mental
inferior. Manas, o quinto princípio, constitui o elo entre o superior e o
inferior.
Temos, conseqüentemente, quatro inferiores e três superiores e a relação
existente entre eles, o princípio mente. Eis aqui os sete, formados pela união dos
três e dos quatro e outro fator (a relação, o princípio mente) totalizando oito. Os
sete finais serão percebidos quando budi e manas se fundam, ou seja, quando o
aspecto búdico (Amor-Sabedoria-Razão Pura) aperfeiçoado consiga se expressar
sem distorções e cristalinamente pelo aspecto manas. Em alguns livros ocultistas
são feitas muitas insinuações com respeito à oitava esfera. O Mestre sugere que
nesse fator vinculador, mente inteligente, temos a chave do mistério. Quando a
mente obtém um desenvolvimento indevido, cessa de unir o superior com o
inferior e cria uma esfera própria. Este é o maior desastre que pode ocorrer ao
homem. É literalmente o caso do homem sem Alma, que tem duas formas de
apresentação.
Temos portanto:
A Mônada, o Absoluto microcósmico
Espírito Puro
O uno e único
A Trindade Monádica
Atma ou vontade
Primeiro aspecto
espiritual
Segundo aspecto Budi ou princípio crístico
Manas ou mente
Terceiro aspecto
superior
O quaternário inferior
Corpo
1- Prana ou energia vital
mental
3- (na realidade os três
Corpo
fogos).
2- astral ou
4- Corpo etérico.
emocional
O homem, o microcosmos, é a reprodução do Sistema Solar em miniatura. Isso
refere-se às formas objetivas, que correspondem ao Sol e aos sete planetas
sagrados. Porém, paralelamente à forma exotérica ou objetiva do Sistema Solar,
é levado a cabo um desenvolvimento psíquico (que ocorre na Alma ou Ego
Logóico), denominado os sete princípios. O homem também desenvolve sete
princípios, que concernem ao seu Ego (na realidade aplicam-se à Mônada, quem
de fato evolui em última instância).
Aqui encerramos nosso estudo. Voltaremos em 8/6/2004, quando explanaremos
os princípios microcósmicos, os do homem.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura .
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 4-JUN-2004
[078]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VI - O que é o Aspecto Mente ? Porque o Princípio Manásico é tão
importante ? Quem são os Manasaputras ?1. Natureza da Manifestação -
Princípios Microcósmicos(Páginas234,235, 236 e 237)
Iremos estudar hoje os princípios microcósmicos, do homem. Inicialmente é
importante fixar de forma clara o que se entende por princípio. Analisando em
profundidade o que o Mestre Tibetano diz, princípio pode ser uma qualidade, um
modo de ser ou uma energia, que pode ser isolada ou inerente a um veículo. O
modo de ser também pode estar ligado a um veículo. Sempre o objetivo do
princípio é desenvolver as qualidades e os poderes da Mônada, que, em última
instância, é quem evolui. Princípio, como a palavra diz, é aquilo que dá origem a
algo.
Dentro dessa linha de raciocínio, vejamos a inteligência ativa, classificada pelo
Mestre como um princípio. É um estado de ser da Mônada, utilizando-se da
matéria para se realizar. Ao mesmo tempo pode ser vista como uma qualidade.
Passemos para o prana, também classificado pelo Mestre como um princípio. O
que é o prana ? Conforme Ele próprio afirma no início de seu livro (assunto que já
foi explicado em estudos anteriores), o prana serve para energizar o corpo etérico
e por ele o corpo denso. Mas os corpos etérico e denso necessitam de três
energias diferenciadas, que são: fogo por fricção/elétrico (chamado fohat), fogo
por fricção/solar (prana) e fogo por fricção/por fricção (kundalini). Os corpos
etérico e denso do homem precisam dessas três energias para sobreviverem,
provenientes de duas fontes: do Sol e da Terra. Do Sol temos: eletricidade solar
(de um só pólo), raios de luz de aspecto prânico (prana solar) e akasha (kundalini
solar). Da Terra temos: fluido elétrico, prana planetário e substância produtiva
(kundalini da Terra), sendo essas três energias resultantes da absorção,
assimilação e qualificação pela Terra das três energias oriundas do Sol.
O corpo etérico do homem absorve, assimila e qualifica essas seis energias e as
transforma em: reação nervosa (a componente elétrica), emanação prânica e
calor corpóreo (kundalini do corpo). Sem essas energias o homem não sobrevive
fisicamente. Por isso essas três energias, que podemos chamar fogo por fricção
conjuntamente e o corpo etérico são princípios, pois realmente constituem origem
para a vida física do homem. O homem tem de sintonizar e dominar essas
energias.
No decorrer da descrição dos princípios iremos dando mais detalhes.
Inicialmente o Mestre apresenta dois princípios superiores: Inteligência Ativa e
Amor-Sabedoria-Razão Pura, latentes e acrescenta que a natureza psíquica da
Mônada é dual. Mas como entender essa dualidade da Mônada, se Ela é tríplice
? Simplesmente porque o Mestre se refere à natureza psíquica da Mônada, o que
significa a natureza da Mônada que atua na geração da Alma, pois o adjetivo
psíquico vem de psiquê (palavra de origem grega), que quer dizer Alma.
Conforme veremos futuramente no decorrer dos nossos estudos, Mestre
Tibetano descreve a construção da Alma pela Mônada como a manifestação de
budi no plano causal ou mental superior, utilizando três átomos mentais.
Portanto, para o homem, os princípios superiores são realmente dois: Inteligência
Ativa (os três átomos mentais) e Amor-Sabedoria-Razão Pura (budi), de fato os
mais elevados para o homem, olhando de baixo para cima.
Em seguida temos a Tríade Superior, composta de um átomo átmico (o princípio
atma, a natureza espiritual, a Vontade), um átomo búdico (o princípio budi, a
natureza Amor-Sabedoria-Razão Pura) e um átomo mental (o princípio manas, a
natureza Inteligência, atividade).
Esses três princípios, expressos pela Tríade Superior, com os dois superiores
sintetizadores da Mônada somam cinco e são a chave da enumeração
empregada por H. P. Blavatzky em algumas partes.
Podemos fazer uma comparação analógica, sob o ponto de vista da realidade
antes da manifestação. No princípio só existia Aquele (o ABSOLUTO), que não é
nem Espírito nem matéria. Então ELE decidiu se manifestar como Espírito e
matéria, conservando-se ELE mesmo.
Temos pois analogicamente:
O ABSOLUTO a Mônada
Espírito Amor-Sabedoria-Razão Pura, Purusha, Vishnu
Matéria Inteligência Ativa, Prakriti, o Divino Manasaputra
Na objetividade espiritual temos a Tríade Superior
Portanto uma dualidade dentro da unidade.
Na manifestação do homem temos:
Primeiro Princípio: o ovo monádico, esfera de manifestação da Mônada
Segundo Princípio: Atma, Vontade
Terceiro Princípio: Budi, Razão Pura, Sabedoria
Quarto Princípio: Manas Superior
Quinto Princípio: Manas inferior
Sexto Princípio: Kama-manas, a mente inferior mesclada com emoção
Sétimo Princípio: emoção pura, kama separa de manas
Esta classificação acima refere-se à vida subjetiva ou da Alma, esquecendo o
conjunto prana e corpo etérico.
Quando consideramos a vida puramente espiritual, definimos apenas cinco
princípios, faltando dois, os quais são: a Vida do Logos Planetário, em cujo corpo
o homem se encontra e a Vida do Logos Solar, em cujo corpo o Logos Planetário
também tem o seu lugar.
A medida que o homem vai evoluindo, os princípios espirituais vão se ativando.
No homem pouco evoluído na atualidade, os princípios são:
• corpo etérico,
• fogo por fricção tríplice,
• kama-manas, emoção mesclada com manas inferior,
• manas inferior,
• manas superior,
• budi,
• atma.
O Ego ou Alma se vê como o Absoluto em relação aos veículos inferiores e como
absoluta vontade deser e para baixo vê os seguintes princípios:
• budi e manas - o binário (seus modos de ser)
• corpo causal ou mental superior (seu principal veículo de expressão)
• corpo mental inferior
• corpo astral
• fogo por fricção tríplice
• corpo etérico.
A classificação para o Ego é a mesma que para o homem inferior, variando
apenas a ordem, sendo isso devido ao fato de que no homem primitivo os
princípios superiores estão semi-adormecidos. O homem, com a evolução,
também vive o corpo causal.
Concluindo, os princípios dependem do nível de evolução, sendo essa a
explicação para as diversas classificações. A medida que as qualidades previstas
no Grande Plano Divino para o homem se desenvolvem, os princípios superiores
passam a se impor, enquanto os inferiores ficam subordinados.
Os três níveis de evolução, do homem comum (a puramente objetiva), do homem
voltado para a Alma (a subjetiva) e do Iniciado (a espiritual), caracterizam a
definição dos princípios em atividade.
Assim como um atleta utiliza aparelhos e pesos, que impõem resistência,
obrigando-o a fazer força, para desenvolver os músculos, igualmente os
princípios são os “aparelhos” para a Mônada desenvolver suas qualidades e
poderes (“seus músculos”). Uma vez desenvolvidas as qualidades e os poderes
no nível desejado, os princípios são abandonados, pois já serviram à sua
finalidade. Mas a evolução prossegue, na direção de novas conquistas, quando
novos princípios são ativados.
Por hoje encerramos nosso estudo. Voltaremos em 15/6/2004, quando
estudaremos o item 2. Desenvolvimento objetivo, tanto das Entidades Cósmicas
(Macrocosmos), como do homem (microcosmos). É um assunto muito
interessante, pois aumenta nossa compreensão do belíssimo processo evolutivo
reinante no Universo. Na realidade, toda a segunda parte do Tratado sobre Fogo
Cósmico do Mestre Tibetano é de um interesse e deslumbramento crescentes,
porque nos fornece muitas informações a respeito não só do mundo fenomênico,
como das vidas subjetivas.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 8-JUN-2004
[079]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VI - O que é o Aspecto Mente ? Porque o Princípio Manásico é tão
importante ? Quem são os Manasaputras ?2. Desenvolvimento
Objetivo(Páginas237 e 238)
Iremos estudar agora resumidamente o desenvolvimento objetivo, ou seja, o
processo seguido na utilização das formas, para que a Mônada desperte e amplie
seus poderes e qualidades, em espiral mais elevada (não esquecer nunca que
estamos num novo Sistema Solar, uma nova encarnação do Logos Solar). Por
formas, enfatizamos e deixamos bem claro que um Sistema Solar é uma forma
gigantesca para o Logos Solar, assim como um esquema planetário é uma forma
para o Logos Planetário e o corpo físico (como os demais) o é para o homem.
Todos Eles utilizam-nas para expandir cada vez mais suas Mônadas, melhor
dizendo, as Mônadas servem-se das formas para conseguirem seus objetivos,
abandonando-as quando eles são alcançados.
Esse processo é sétuplo (ocorre em sete etapas) durante o período maior,
tornando-se nônuplo (mais duas etapas) na fase de abstração ou obscurecimento,
quando inicia-se o afastamento das formas e décuplo (mais uma e última etapa)
na destruição das formas, por não serem mais necessárias e úteis.
Serão delineados os aspectos principais, sem descer a detalhes, que serão
considerados ao longo dos estudos, dentro da programação do Mestre Tibetano.
Vejamos inicialmente o Macrocosmo, o Logos Solar, o Grande Homem Celestial.
Seu corpo físico de expressão é constituído principalmente de:
• os sete planetas sagrados(os sete esquemas sagrados),
• entre esses sete dois sintetizadores, o que perfaz o total de nove, em termos
de funções (a função de sintetizar),
• o sintetizador final, o Sol, totalizando dez em termos de funções.
O Logos Solar tem portanto dez centros.
Não consideramos aqui os planetas não sagrados, que exercem suas funções, não
só quanto à própria evolução, mas também quanto à do Logos Solar.
Enfoquemos o Logos Planetário. Ele se expressa por meio de:
• as sete cadeias de um esquema,
• entre essas sete duas são sintetizadoras, totalizando nove, também em
termos de funções,
• a sétima e última cadeia é a sintetizadora final, totalizando dez.
Portanto um Logos Planetário também possui dez centros.
Vejamos o homem, o microcosmo. Na fase humana evolui através de sete corpos:
• átmico,
• búdico,
• causal ou egóico,
• mental inferior,
• astral ou emocional,
• etérico e
• físico denso.
Dois corpos são sintetizadores: o causal e o físico, fazendo nove.
O homem possui o sintetizador final: o envoltório monádico, também chamado
ovo monádico, o instrumento com que a Mônada se relaciona com a matéria
monádica. Assim o homem perfaz também o dez. Embora o homem utilize sete
corpos para evoluir na fase humana propriamente dita, todavia a Mônada, quem
realmente evolui, abstrai e sintetiza tudo o que for conquistado nos mundo abaixo
do monádico, em seu corpo monádico. Esse corpo só será plenamente ativado na
sétima Iniciação planetária, que é a quinta solar e a primeira cósmica.
No corpo físico há sete centros, que correspondem aos sete corpos. Entre eles, dois
são sintetizadores: o cardíaco e o laríngeo. O grande e final sintetizador é o
coronário. Os centros estão situados no corpo etérico e daí influenciam o denso,
que não é um princípio. O corpo físico é sintetizador, porque as qualidades da
Mônada, via Ego e os corpos causal, mental e astral, devem se expressar por ele
(em particular o cérebro físico).
O corpo causal, na realidade o Loto Egóico, é o depositário da essência de todas as
experiências vividas nas encarnações físicas, como nas passagens pelos planos
astral e mental, no intervalo entre encarnações.
O centro coronário corresponde ao corpo átmico e faz par com o básico, que é a
expressão mais forte do corpo físico, sendo responsável pelo instinto de
sobrevivência, ao mesmo tempo o corpo átmico reflete-se no físico. O centro
cardíaco corresponde ao corpo búdico e faz par com o umbilical, que corresponde
ao corpo astral, ao mesmo tempo o corpo búdico reflete-se no astral. O centro
laríngeo corresponde ao corpo mental e faz par com o sacro, responsável pela
capacidade procriadora física.
Demonstramos que assim como é cima, é em baixo, no que toca às formas ou ao
processo de evoluir, ocorrendo a mais exata analogia de funções, todavia com
profundas diferenças na amplitude,intensidade, quantidade e complexidade de
ações. Obviamente o espaço e o tempo, que surgem na manifestação, são sentidos
de modos diferentes. Para o Logos Solar, como já vimos, uma vida física tem uma
duração equivalente a trezentos e onze trilhões e quarenta bilhões de anos
terrestres (311.040.000.000.000).
A sensação de espaço também é diferente. Ela existe para o homem e para o Logos
Solar, mas o que para o homem é uma imensidão, para o Logos é apenas seu corpo
e sua sensação de imensidão (o espaço onde o Logos atua e trabalha) soa ao
homem como o infinito, uma vez que ele não é capaz de medi-lo, embora possa
calculá-lo matematicamente.
Tudo isso refere-se apenas ao lado objetivo da manifestação, exteriorização e
mecanismos de exercitar e experimentar, para a aquisição de poderes e
qualidades.
No próximo estudo, a ser colocado em 18/6/2004, analisaremos o
desenvolvimento subjetivo, a relação entre os corpos e as qualidades, em suas
diversas etapas e fases. Trataremos da vida que se expressa pelas formas, de suma
importância para todos, pois irá clarear a visão dos mundos chamados subjetivos e
incrementar em muito a convicção e a certeza, pela lógica bem explícita.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído po r editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 15-JUN-2004
[080]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VI - O que é o Aspecto Mente? Porque o Princípio Manásico é tão
importante? Quem são os Manasaputras? 3. Desenvolvimento Subjetivo (Páginas
238 e 239)
Estudemos agora a programação do desenvolvimento subjetivo ou do lado
psíquico, de forma comparativa, através da utilização dos diversos tipos de
matéria (os chamados planos), pelos quais dá-se a manifestação, com o objetivo
de ativação de poderes e qualidades.
Como era de se esperar, esse desenvolvimento também é sétuplo. Assim temos
as seguintes etapas:
• astral ou emocional: desejo, emoção, sentimento puro,
• kama-manásica: desejo mesclado com a mente, na maioria dos casos o
desejo dominando a mente,
• manásico: mente inferior,
• manásico superior: mente abstrata ou pura,
• búdico: razão pura,
• átmico: vontade pura (e não desejo), realização,
• monádico: o conjunto, a síntese de: vontade, amor-sabedoria-razão pura e
inteligência.
As qualidades inerentes a cada etapa são desenvolvidas com a ajuda da mente,
mesmo quando ela é dominada pelo desejo, para a conquista do amor-sabedoria-
razão pura o mais perfeito possível, que é a meta do atual Sistema Solar.
Isso é realizado pelo Logos Solar, o Macrocosmo, utilizando-se em particular dos
sete Homens Celestiais, os Logoi (o plural da palavra Logos em grego é Logoi)
Planetários sagrados, mas também dos Logoi não sagrados como o nosso e
outras Entidades cósmicas que labutam e evoluem dentro dos esquemas e do
Sistema. Assim como o homem vive principalmente através de seus sete chacras
ou centros principais e secundários, mas também possui órgãos físicos de
suprema importância, que exercem funções muito bem definidas dentro da
economia do corpo físico, da mesma forma os Logoi têm em seus corpos
cósmicos físicos outros órgãos importantíssimos, com suas funções também
muito bem definidas. Analisemos melhor isso. No nosso estômago há enzimas
que decompõem as moléculas dos alimentos, para que os nutrientes sejam
absorvidos, sem o que o homem não sobreviveria. No corpo de um Logos há
órgãos com funções de suma importância para a sua sobrevivência, sendo essas
funções muitíssimo complexas, totalmente diferentes das funções das enzimas
do corpo físico do homem. Quando olhamos para o céu, vemos de dia o Sol e
possivelmente a Lua e de noite as estrelas, os planetas e também a Lua. Mas só
vemos isso, devido à limitação de nossa visão física. Contudo se tivéssemos
visão mais acurada, essa seria muitíssimo diferente, pois veríamos esses órgãos
ocultos e seus modos de operação. Os Iniciados que já passaram pela quarta
Iniciação adquirem os conhecimentos sobre esses assuntos, como também são
treinados (aulas práticas) para ajudar nessas atividades, porque elas ocorrem na
matéria búdica para cima. Mas em nível mais baixo, como na matéria etérica,
veríamos também o desenrolar de funções do corpo do Logos. Não é sem razão
que o Mestre Tibetano diz que o espaço é vivo.
No caso do Logos Planetário, Ele se desenvolve psiquicamente utilizando-se dos
sete grupos de entes humanos, que formam seus centros psíquicos. Esses
grupos, em seu próprio plano, desenvolvem a inteligência (manas), são
essencialmente amor e podem estabelecer contacto objetivamente com as sete
cadeias do esquema. Tais grupos são constituídos de Egos, no plano causal,
onde cada grupo se encarrega de atividades em seu respectivo centro.
Trabalham com matéria mental superior, dentro das limitações impostas pelo
nível de evolução do Ego. É lógico que os Egos Iniciados (os que ainda não
receberam a quarta Iniciação) já operam na matéria búdica e acima, conforme
seu grau de evolução. O contacto objetivo com as sete cadeias requer uma
explicação mais detalhada. As cadeias existem no espaço e no tempo, ou seja,
elas existem no espaço através dos sete globos que as constituem e existem no
tempo através das energias que geraram, mesmo após a desintegração dos sete
globos (as energias da extinta cadeia lunar, anterior à atual, ainda persistem e
influenciam a humanidade). O citado contacto objetivo é com essas energias. É
contacto objetivo porque o Ego utiliza-se de seu corpo causal (o Loto Egóico),
portanto objetivo e exterior a Ele, para estabelecer o contacto. Cabe ressaltar
aqui que os Iniciados a partir da quarta Iniciação, a segunda solar, não possuem
mais Ego, atuando objetivamente através da Tríade Superior e dos veículos do
búdico para cima, sendo seu nível de trabalho nessas matérias.
No caso do homem vivendo unicamente em seus veículos inferiores, o
desenvolvimento ocorre através de seus sete centros principais, o que constitui a
chave da sua evolução psíquica. Também está desenvolvendo a inteligência, é
essencialmente amor, mesmo com as distorções e é visto objetivamente por meio
de qualquer de seus corpos inferiores.
Devemos enfatizar que o desenvolvimento psíquico, da Alma ou Ego, como
também a evolução subjetiva, é o principal empreendimento do Logos Solar, dos
Logoi Planetários e do homem. O amor inteligente ativo, a ser despertado e
desenvolvido pela aplicação inteligente da mente, que trará á atividade o amor
latente, será o fruto do processo evolutivo no atual Sistema Solar. Como vêm, a
mente é importantíssima nesse processo e sem ela jamais o objetivo será
alcançado. É por isso que aqueles que desdenham o uso da mente analítica e da
busca do conhecimento, estão completamente equivocados e poderão cair na
lista dos que serão expurgados no grande dia do juízo da quinta ronda, caso
persistam nessa inércia mental, contentando-se em permanecer no sexto raio, da
devoção sem mente. Serão expurgados porque não terão atingido a meta.
Sabemos que o trabalho é lento para alguns, mas se não houver um início,
jamais sairão desse estado de inércia. Ficar só na linha devocional é muitíssimo
fácil, porque esse tipo de devoção está fortemente ligado à emoção e ao corpo
astral, que é a linha de menor resistência da grande maioria da humanidade.
É por isso que o desenvolvimento psíquico ou subjetivo é dual, porque é mente-
amor, como o é o desenvolvimento objetivo. A fusão mente-amor produz a
consciência. Somente o Espírito ou a Mônada é uma unidade indivisível. O
desenvolvimento da Mônada ou a obtenção dos frutos da evolução, somente será
alcançado, quando a dupla evolução da forma e da psiquê se tenha consumado.
Então os resultados da evolução serão colhidos pela Mônada, que reunirá em si
as qualidades cultivadas durante o processo de manifestação. Esses resultados
serão: perfeito amor e perfeita inteligência, expressando-se como amor-
sabedoria-razão pura inteligente e ativo, ou seja, produzindo efeitos.
Podemos agora dar a resposta às perguntas: o que é o aspecto mente e porque
é tão importante ? A habilidade mental é na realidade a capacidade que o Logos
tem de pensar, agir, construir e evoluir, para desenvolver a faculdade de amor
ativo e atuante. Quando o Logos, que é inteligência ativa, tiver percorrido seu
ciclo de vida (o Sistema Solar), será também amor-sabedoria-razão pura em
plena manifestação e atuante em toda a natureza. Ele manifestará as duas
qualidades, amor e inteligência, simultaneamente e em perfeita harmonia, em
todos os recônditos do Sistema Solar, mesmo estando esse nessa época em
obscurecimento material.
O mesmo pode ser afirmado com referência aos Logoi Planetários em suas
esferas e ao homem em seu pequeno ciclo.
Aí está o motivo da suprema importância da mente ou manas. É o instrumento
pelo qual a evolução é possível, a compreensão pode ser alcançada e é possível
ser ativo, porque atividade sem inteligência somente destrói.
Vejamos essa pergunta sob o enfoque do Fogo:
OBJETIVAMENTE SUBJETIVAMENTE
1- o mar de fogo, o fogo do nosso Deus é um fogo Vontade
plano adi consumidor energizante
2- akasha, o fogo do plano
a Luz de Deus aspecto forma
monádico
aspecto
3- éter, o fogo do plano átmico o calor da matéria
atividade
4- ar, o fogo do plano búdico a iluminação pela intuição
o fogo da mente, a atividade
5- fogo, o fogo do plano mental
mental
6- luz astral, o fogo do plano
o calor das emoções
astral
o tríplice fogo por fricção, por trás do mundo
7- o mundo fenomênico físico
fenomênico.
ESPIRITUALMENTE
• O mistério da eletricidade ou as leis que regulam a ação e o uso do fogo
elétrico nos diversos planos
• O mistério das sete constelações que formam o corpo de expressão do
nosso Logos Cósmico
• O mistério do UNO, o nosso Logos Cósmico, do qual nosso Logos Solar é
o chacra cardíaco.
Aqui encerramos nosso estudo de hoje. Voltaremos em 22/06/2004, quando
trataremos dos Homens Celestiais, os Logoi Planetários e do homem, dentro da
mesma ótica comparativa ou analógica, para mais clara compreensão do
processo evolutivo. Mais uma vez enfatizamos a importância, que o Mestre
Tibetano não se cansa de dar, do desenvolvimento e da aplicação da mente, em
particular da sua capacidade analítica, para o florescimento da qualidade amor-
sabedoria-razão pura. Para tal, é condição sem a qual não,adquirir conhecimento
em diversas áreas, para através da conjugação desses conhecimentos
perceberem-se os pontos em comum e assim ser despertada e desenvolvida a
mente abstrata e, através dessa, a intuição. Com esse exercício contínuo, os
sentidos dos corpos superiores serão estimulados, ocorrendo um belíssimo
processo de realimentação (feedback) positiva: o exercício estimula os sentidos
superiores, esses permitem que novas informações cheguem ao cérebro físico,
clareando o entendimento, o que por sua vez realimenta o estímulo dos sentidos
superiores, os quais novamente respondem para o cérebro físico. Assim o
processo segue num ritmo crescente, acelerando em muito a evolução.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
GN 18-JUN-2004
[081]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VI - O que é o aspecto Mente? Porque o princípio manásico é tão
importante ? Quem são os Manasaputras ? 4 - Os Homens Celestiais e o Homem
(Páginas 239,240, 241 e 242)
Iremos agora responder à pergunta “Quem são os Manasaputras ?” Com
referência ao nosso Logos Planetário, serão dadas informações mais detalhadas,
quando for tratado o assunto da chegada na Terra dos Senhores da Chama,
provenientes do esquema de Vênus, em meados da terceira sub-raça da raça
lemuriana, há 18 milhões de anos. Inicialmente assentaremos as bases para
qualquer pensamento sobre o tema.
Os Divinos Manasaputras, com diversas denominações na Doutrina Secreta,
podem ser definidos como os Filhos nascidos da mente de Brahma, o terceiro
Aspecto, Inteligência Ativa, pois Eles vêm à atividade neste Sistema Solar sob a
influência desse Aspecto, que é executado no plano Adi (a parte atômica do
corpo físico cósmico do Logos Solar) por uma Entidade denominada terceiro
Logos e que está numa posição acima dos Logoi Planetários.
Esses Divinos Manasuputras são os sete Logoi Planetários, os Senhores dos
Raios, os sete Homens Celestiais. Eles desenvolveram o aspecto mente no
Sistema Solar anterior, quando a meta para aperfeiçoamento foi a Inteligência
Ativa, a mente (Brahma na linguagem oriental). A ênfase foi dada à existência
objetiva, material. Esse aperfeiçoamento foi conseguido. Atualmente o objetivo é
desenvolver o segundo aspecto, Amor-Sabedoria-Razão Pura (Vishnu), sendo a
soma total da existência atual. Os Logoi Planetários não sagrados, como o
nosso, também são Divinos Manasaputras e exercem funções altamente
relevantes no Sistema Solar. Brevemente, em sentido cósmico, Ele tornar-se-á
sagrado.
As evoluções humana e dévica, em seus respectivos esquemas, constituem as
células de seus corpos, assim como entes menores são as células dos corpos
dos seres humanos, obviamente numa espiral bem inferior. Estudando-se
profundamente as relações entre o homem e suas células, poderemos, utilizando
os conceitos existentes nessas relações, captar muitas idéias sobre as relações
entre os homens como células e os Logoi Planetários, nas funções de seus
corpos físicos cósmicos. Muitos esclarecimentos e entendimentos advirão com
esse estudo. É lógico que requer esforço e a busca de conhecimentos em várias
áreas científicas, para o cruzamento de informações e a consecução de idéias
novas.
Há um fato importantíssimo, que nunca deve ser esquecido. Assim como o
homem é a Mônada fundamentalmente, a qual se expressa por meio de um
corpo semi-permanente, o Loto Egóico e o corpo causal (semi-permanente,
porque é desintegrado na quarta Iniciação) e de três outros corpos inferiores, o
mental inferior e o astral (que são princípios) e o físico, do qual apenas o corpo
etérico é princípio, não o sendo a parte densa, da mesma forma o Homem
Celestial é fundamentalmente a Mônada, que se expressa por meio de um corpo
semi-permanente, o Loto Egóico e o corpo causal, no plano mental superior
cósmico e de três corpos inferiores (cosmicamente falando), mental inferior (de
matéria mental inferior cósmica), astral (de matéria astral cósmica), os quais
constituem princípios. Ele possui também um corpo físico cósmico, o qual é
formado de matéria etérica cósmica (os nossos planos monádico, átmico e
búdico), de matéria mental superior, constituindo essas matérias princípios e de
matéria mental inferior, astral e física, as quais não são princípios.
O homem energiza seu corpo denso com os três fogos (reação nervosa,
emanação prânica e calor corpóreo), que permitem a utilização dos nutrientes da
alimentação para a manutenção da vida física. Assim o homem utiliza esse
instrumento, seu corpo denso, para suas atividades físicas, apenas isso, não o
vendo como um princípio. De forma semelhante, o Homem Celestial energiza
com seus fogos as matérias mental inferior, astral e física de seu corpo denso,
mas também não as vê como princípios.
Somente quando o homem desenvolve a consciência egóica no plano causal é
que ele toma conhecimento claro da sua relação com seu Logos Planetário,
como célula de seu corpo. Isso é óbvio, porque o Logos é alheio aos planos
inferiores ao causal.
Podemos explicar isso de outra forma. O corpo causal do homem, como célula do
corpo físico do Homem Celestial, em sua totalidade, é a área mais densa pela
qual o Homem Celestial se manifesta. Igualmente o corpo etérico do homem é o
ponto mais denso no qual sua consciência se expressa. Esclareçamos um pouco
essa atuação do corpo etérico do homem. A consciência do homem encarnado
manifesta-se no cérebro físico, que é constituído de matéria densa. Mas
atentemos para a atividade dos neurônios. Essa é elétrica, pela troca de íons
para dentro e fora da membrana do axônio, sendo o íon o portador de carga
elétrica, havendo uma modulação que porta a informação. No final do axônio está
a vesícula sináptica, que libera os neuro-transmissores, moléculas portadoras da
informação para o outro neurônio. Essas moléculas transportam carga elétrica.
Ora essa atividade elétrica se dá no corpo etérico, pois é o fogo chamado reação
nervosa o responsável. Portanto a consciência está no corpo etérico, utilizando-
se da parte densa do cérebro apenas como suporte. No futuro o homem
dispensará o corpo denso, quando poderá viver fisicamente apenas utilizando o
corpo etérico.
Convém deixar bem claro que todas as Entidades em evolução têm seus planos
e projetos para essa evolução e, conforme o ciclo, necessitam se expressar em
determinadas matérias mais densas, com variação de níveis.
O homem, como já dissemos, é fundamentalmente Mônada, atuando no plano
monádico. Seu principal ponto de enfoque atualmente é o mental, o quinto plano.
Todavia procura obter pleno desenvolvimento consciente nos três planos
inferiores: mental, astral e físico.
O Homem Celestial é fundamentalmente Mônada, atuando no plano monádico
cósmico, portanto fora do Sistema Solar, como o homem como Mônada está fora
dos três mundos de seu esforço. Seu principal ponto de enfoque físico em termos
cósmicos está no segundo plano do sistema, o monádico (o mesmo do homem
como Mônada), porém se esforça para desenvolver plenamente sua consciência
física cósmica por meio das matérias dos planos das Tríades Superiores
humanas, suas células, os planos átmico, búdico e causal. Sua consciência física
cósmica nos planos mental, astral e físico, utilizando-se das Tríades Inferiores
humanas, Ele a desenvolveu no Sistema Solar anterior.
O homem repete até a quinta Iniciação o esforço do Homem Celestial no Sistema
anterior e assim conquistará o nível de consciência alcançado pelo Ele naquele
Sistema. Esse processo de conquista está sempre ligado às Iniciações.
O Logos Solar, o Grande Homem Celestial, é fundamentalmente Mônada
atuando no plano monádico cósmico, porém num sub-plano monádico mais
elevado que o dos Logoi Planetários. Seu principal ponto de enfoque está no
plano causal cósmico, mas procura se exercitar e evoluir por meio dos três
planos cósmicos inferiores: mental inferior, astral e físico, à semelhança do
homem. Para Ele os sete planos, desde o adi até o físico, constituem seu
corpofísico-etérico, sendo os planos adi, monádico, átmico e búdico os quatro
éteres e o causal, a parte mais refinada do denso. A relação é a mesma existente
para o homem, quanto a seu corpo físico-etérico.
Portanto, com referência ao Grande Homem Celestial, podemos dizer que:
• Ele vitaliza seu corpo físico com os três fogos da matéria: elétrico, solar e
por fricção, em nível cósmico.
• Anima-os.
• É plenamente consciente através dele.
• O etérico (adi, monádico, átmico e búdico) é seu princípio mais denso,
atualmente.
• A parte densa de seu corpo não é um princípio, logo não é levada em
conta. Essa parte densa é constituída pelas matérias mental inferior, astral
e física. Donde se conclui que o plano búdico é o quarto éter cósmico.
Embora repetindo, vamos consolidar:
Sete Homens Celestiais, os Sagrados, formam os sete centros principais do
corpo físico cósmico do Logos Solar. São esferas das quais saem os fogos que
vitalizam e animam esse corpo, expressando cada Um a força que o caracteriza,
segundo sua posição dentro do corpo.
Os seres humanos, como Egos, formam grupos no plano causal se estão
conscientes nesse plano, sendo que conjuntos desses grupos constituem centros
no corpo do Homem Celestial.
O Logos Solar, também repetindo para consolidar o conhecimento, forma um
centro no corpo de uma Entidade Cósmico ainda maior, o Logos Cósmico,
AQUELE DE QUEM NADA SE SABE.
Conseqüentemente os seres humanos, de qualquer esquema planetário, ocupam
lugar em um dos quarenta e nove centros (observar que um centro pode ser
formado de vários grupos egóicos, que atuam em diferentes partes ou pétalas do
centro) dos sete Homens Celestiais.
Existe um relacionamento muito íntimo entre os sete Homens Celestiais sagrados
e os sete Rishis da constelação de Ursa Maior, relacionamento esse que passa
pelas sete Plêiades, o aglomerado estelar que se encontra no pescoço da
constelação de Touro. Essa relação entre os sete Homens Celestiais sagrados e
os sete Rishis da Ursa Maior tem a mesma distância energética que a existente
entre a Mônada e o homem encarnado. Isso não quer dizer que os sete Rishis
sejam as Mônadas dos Homens Celestiais, mas apenas dá uma idéia da
distância energética.
Por meio dessas comparações, podemos vislumbrar como são esses grandes
Seres Cósmicos e seu dia a dia cósmico. Como um dia seremos também Seres
Cósmicos, não interessa de quantos eons necessitemos, esses conhecimentos
que o Mestre Tibetano nos propicia incrementam em nós a vontade para
acelerarmos a nossa evolução.
No próximo estudo, a ser colocado em 25/06/2004, entraremos na VII pergunta:
Porque a evolução se desenvolve ciclicamente ?
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[082]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente ? (Páginas
242,243 e 244)
Mestre Tibetano diz que esta pergunta é desconcertante (difícil de explicar) e nos
obriga a pensar. Assim Ele fixa determinados conceitos, para que possa haver
um claro entendimento. Esses conceitos são explanados a seguir.
Repetição
No tempo: a atividade cíclica ou periódica compreende períodos de tempo de
diferente duração, havendo ciclos maiores e menores, ambos uniformes quanto à
duração. Assim como os dias humanos têm a mesma duração, vinte e quatro
horas, variando apenas quanto ao ciclo do Sol, ou seja, no solstício de inverno, o
percurso do Sol ao longo da eclíptica durante o dia é o menor do ano para a
região onde está iniciando o inverno, sendo o período diurno de menor duração,
enquanto no solstício de verão é o maior do ano, para a região onde está
começando o verão, da mesma forma um Dia de Brahma ou um Dia do Logos
Solar sempre tem igual duração. O mesmo ocorre com um mahamanvantara,
uma encarnação do Logos Solar. O período de giro de um átomo em torno do
próprio eixo é constante, para todos os átomos em seus respectivos planos.
Obviamente há pequenas variações em torno de uma média. Portanto estamos
tratando de valores médios.
De fatos: Cada grupo de átomos que constitui uma forma possuiuma particular
freqüência, ou seja, um número fixo de oscilações por segundo. Este conjunto de
átomos atuará no meio ambiente, gerando determinadas circunstâncias e
procurará manter a sua freqüência (freqüência natural ou de ressonância) e,
quando um agente externo atuar sobre ele nessa freqüência, ele responderá com
ênfase a ela, sendo sua linha de menor resistência. Se esse agente externo
repetir a sua atuação dentro de um cronograma, sempre o conjunto de átomos
constituintes da forma responderá a essa freqüência, atuando por sua vez no
meio ambiente. Isso nada mais é que a interação entre o Eu e o não-eu. É lógico
que, pela constante influência do agente externo, a reação do Eu sobre sua
forma vai lentamente (rapidamente quando o Ego está mais desenvolvido)
modificando-a, alterando assim sua freqüência de ressonância ou natural, o que
significa evolução. Isso é análogo às oitavas de uma freqüência fundamental,
pois podemos excitar um cristal em várias oitavas da mesma nota.
No espaço: esse conceito está profundamente ligado ao carma, essa grande Lei
que rege realmente a matéria do Sistema Solar e iniciou sua ação em sistemas
anteriores. Assim temos repetições ordenadas e ascendentes, formando
simbolicamente uma espiral ascendente, sob a regência de uma lei precisa.
Como fatos observados resultantes da aplicação desses conceitos, temos:
O Sistema Solar repete sua atividade- Repetição no Espaço
Uma cadeia planetária repete sua atividade - Repetição no Tempo, porque o
sistema, o espaço e o local são os mesmos
A repetição consecutiva e constante da freqüência de ressonância, também
chamada nota, de um plano, um sub-plano e de tudo que tal nota traz à
objetividade - Planos de Repetição
A tendência dos átomos constituintes de formas para manter sua freqüência e
gerar circunstâncias ambientais e corpos semelhantes - Repetição da Forma.
Vemos claramente essa lei funcionar no ser humano: o ciclo da gravidez, o ciclo
da infância, o ciclo da adolescência, o ciclo da maturidade e o ciclo final da
senilidade. Esses ciclos repetem-se para todos, exceto, é óbvio, para os que
morrem cedo. O comportamento nos diversos ciclos varia, conforme o grau de
evolução da Alma encarnada. Também aqui estamos falando de valores médios,
havendo flutuações em torno dessas médias.
Se raciocinarmos em profundidade, concluiremos que esse processo de
repetição cíclica é o mais eficiente para o aprendizado, o que é a evolução, um
contínuo aprendizado. Nas escolas e faculdades, temos esse método. O ciclo
letivo de um ano, no ano seguinte outro ciclo em que as matérias estudadas são
aprofundadas e assim prossegue até o término do primeiro grau. Depois vem o
segundo grau, com repetição dos ciclos anuais com novas matérias e mais
aprofundamento das estudadas. Em seguida, para alguns felizardos (o que
deveria ser para todos, sem exceção), vem o terceiro grau, atualmente com ciclos
semestrais, com mais aprofundamento. Conseqüentemente o homem segue
fielmente a lei dos ciclos.
Temos, em nível mais elevado e coletivo, o nascimento, ascensão, auge e queda
das civilizações. Temos também em nível planetário as grandes eras, a de Áries,
já passada, a de Peixes, que está no final e a de Aquário, que entrará em
seguida. No fato de a era de Peixes estar terminando e estar começando a de
Aquário, temos a explicação para o recrudescimento das religiões. Como a
maioria da humanidade é fortemente pisciana, ela resiste tenazmente às energias
de Aquário, que são de índole mental e de liberdade. Mas essa resistência é
inútil, pois quem não se sintonizar com Aquário, será expurgado. Essa sintonia
com Aquário nada tem a ver com o signo do Sol ou do Ascendente, sendo uma
questão de nível evolutivo e de mentalidade. Uma informação que cabe ser
lembrada aqui, é que o nosso Logos Planetário vai receber uma Iniciação
Cósmica menor na atual ronda, Iniciação essa que antecede a quarta Cósmica
que Ele irá receber na próxima ronda. Ora, como a quarta Iniciação é a da
renúncia, o que requer desapego e liberdade, nada mais lógico que a
humanidade, células em seu corpo, esteja passando por provas de renúncia e
desapego. Portanto está tudo dentro de uma lógica e planejamento perfeitos.
Cabe a nós entender isso e nos adequar a essa situação consciente e
inteligentemente. O que vamos dizer a seguir é uma conjugação lógica de fatos e
informações, que nos leva a uma conclusão e que se encaixa no assunto atual,
os ciclos.
O calendário maia só vai até o ano 2.012. Sabemos que o Senhor Maitreya, o
Cristo, em uma encarnação na Atlântida, esteve entre os Maias, onde ficou
conhecido como Quetzal-Coatl,a Serpente Emplumada, tendo sido um Rei muito
sábio, que ensinou muitas coisas àquele povo. Por outro lado, o eixo norte-sul da
Terra está se alinhando com a estrela Poláris, a alfa de Ursa Menor. Essa estrela
é um filtro para duas estrelas da Ursa Maior, Dhube e Merak, respectivamente a
alfa e a beta, transmitindo Dhube energias do primeiro raio e Merak do segundo.
Portanto, via Poláris, a Terra está recebendo energias dos primeiro e segundo
raios. Portanto juntando esses fatos com a Iniciação Cósmica menor que o nosso
Logos vai receber na atual ronda, com o fato de o nosso globo, a Terra, ser o
único denso do esquemae o último da ronda e ainda com a necessidade de a
quarta Iniciação ter de ser recebida em encarnação física e o nosso Logos estar
encarnado fisicamente através de SANAT KUMARA, podemos deduzir que essa
Iniciação Cósmica menor do nosso Logos será recebida no ano 2.012.
Logicamente a Terra e a humanidade sentirão os efeitos dessa Iniciação.
Estendendo essas idéias para planos além do Sistema Solar, por exemplo o
astral cósmico, estaremos caminhando rumo ao infinito. Esclareçamos melhor o
que acabamos de dizer.
Sabemos que sete Sistemas Solares formam o corpo de expressão de um Logos
Cósmico. Para esse Logos, muito superior ao nosso, a Lei dos Ciclos também
funciona e ELE não pode dela escapar. A área de atuação dessa lei é muito mais
complexa e elevada que a do Logos Solar. Indo mais alto, encontramos o Logos
Hiper-cósmico, o Parabrahma cósmico, cujo corpo de expressão é formado por
sete Logoi Cósmicos. Também ELE obedece à Lei dos Ciclos. Podemos ter uma
idéia aproximada, se considerarmos os ciclos de nascimento, existência, ápice e
extinção de uma galáxia, de um aglomerado de galáxias e de um aglomerado de
aglomerados de galáxias, já detectados pelos modernos telescópios. Com base
nessas diferenças de grandezas, podemos inferi-las entre Logoi, ou seja, Logoi
Solares, Cósmicos, Hiper-cósmicos e acima. As matérias de atuação e vivência,
nas quais esses Seres Cósmicos evoluem e adquirem experiência, são de tal
freqüência e energia, que é muito difícil conceber sua ordem de grandeza.
Sabemos que existem e devemos nos dar por muito felizes em saber isso e nos
contentar em entender que a grande Lei dos Ciclos a ELES se aplica.
Sabemos que esse assunto é muito complexo, por isso vamos parar por hoje,
para que todos reflitam e tirem suas próprias conclusões, pois só assim poderão
expandir suas mentes. No próximo estudo, a ser colocado em 29/06/2004,
trataremos das leis que regem a repetição da atividade cíclica.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído po r editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[083]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? 2 - A repetição
da Atividade Cíclica está regida por duas Leis (Páginas 244 e 245)
Estudemos agora as leis que regem a atividade cíclica. Na realidade há apenas
uma lei maior, sendo a outra sua subsidiária. Com isso temos dois tipos de ciclos
envolvidos na natureza do Eu e do não-eu.A ação recíproca entre os dois, pelo
uso da mente, produz o meio ambiente ou o conjunto de circunstâncias, que leva
o homem a evoluir.
A Lei maior é a de Atração e Repulsão, causa dos ciclos pelo seu modo de agir.
Sua subsidiária é a Lei de Periodicidade e Renascimento. A Vontade do Espírito
ou da Mônada juntamente com a atividade da matéria leva à evolução em ciclos.
A Mônada cria modelos (as formas) com a matéria ativa, sendo esses modelos
necessários para as experiências e aprendizado, ou seja, para evoluir. Por isso
toda forma tem Vida. Há uma tendência para toda vida se unir com a vida
semelhante latente nas outras formas. Quando a Mônada conseguir que a forma
se sintonize perfeitamente com Ela, o que significa que a freqüência ou nota
emitida pela forma seja um sub-múltiplo exato, o mais próximo possível, da nota
da Mônada, cessará a evolução para aquela meta, iniciando-se imediatamente
um novo ciclo de evolução, em espiral mais elevada.
Quando a freqüência ou a nota da forma é mais forte que a da Mônada, há
atração exercida pelas formas, que dominam. Quando a freqüência emitida pela
Mônada é mais potente que a da matéria e forma, então a Mônada rechaça a
forma. Esse é o campo de luta da vida (a Mônada) e as suas incontáveis etapas
intermediárias, o que pode ser dito da seguinte maneira:
• O período em que prevalece a nota da forma (matéria), é o ciclo da
involução.
• O período em que a Mônada rechaça a forma, é o ciclo da batalha nos três
mundos inferiores.
• O período em que uma Mônada atrai Outra, é o ciclo de abandono da
forma e da entrada no Caminho.
• O período em que se impõe a freqüência ou nota da Mônada, é o ciclo da
evolução nos planos superiores ao mental.
O que ocorre nos ciclos mundiais (por exemplo na última guerra mundial) é
conseqüência da falta de sintonia entre as freqüências emitidas. É assim que a
harmonia é alcançada: primeiro a matéria impõe sua freqüência, que passa a ser
a fundamental; gradualmente a Mônada vai aumentando a potência da sua
freqüência em cima da nota da forma e monopoliza a atenção, até que aos
poucos a freqüência da Mônada é a dominante sobre as outras da matéria.
Todavia cabe lembrar que é a nota da Mônada que mantém unidas e coesas as
partículas constituintes da forma. A nota do Sol atrai os planetas do Sistema e os
mantém em órbitas ordenadas, através da força gravitacional. Essa sintonia das
freqüências prossegue num crescendo até ser obtida a sintonia exata ou
harmonia, entre os planetas, os esquemas, as humanidades evoluindo nos
esquemas e os Logoi responsáveis pelos esquemas, ao conseguirem expressar
com perfeição o modelo cósmico que o Logos Solar estabeleceu para esse
Sistema Solar. Então advirá o ciclo de abstração, o desinteresse pela forma e a
conseqüente desintegração do Sistema.
O mesmo ocorre com o ser humano. Por meio da nota da Mônada ele mantém
seus corpos coesos e unidos (seu Fogo Solar). Para as pequenas vidas que se
expressam pelas partículas (átomos, moléculas, células etc) de seus corpos a
Mônada faz o mesmo papel do Sol em relação aos planetas.
Analisando em maior profundidade, concluímos que a Lei de Atração expressa os
poderes da Mônada e que a Lei de Repulsão, mesmo oriunda da Mônada, rege
as formas, melhor dizendo, a Mônada exerce a atração que mantém os
elementos constituintes da forma, que se repelem entre si, coesos para existir a
forma, ao mesmo tempo as formas repelem-se entre si. Expliquemos a ação
dessa Lei maior de outro modo.
A Mônada atrai a Mônada durante todo o ciclo maior. Nos ciclos menores, a
Mônada atrai temporariamente a matéria constituinte das formas. Prevalece
sempre a tendência de as Mônadas se unirem e se fundirem, o que é coerente
com a natureza essencial delas, uma vez que Elas são estados de ser da Grande
Mônada Solar. Com a repulsa das formas entre si, dá-se a separação. Essa
separação é a causa da luta travada pela Mônada para desenvolver seus
poderes e qualidades, pelo domínio pleno das formas. Quando a mente, o
terceiro fator,começa efetivamente a atuar, a Mônada passa a buscar o ponto de
equilíbrio, quando inicia-se o estabelecimento da harmonia entre as formas e
entre ela e a Mônada. Mas para isso, as experiências em diversas condições são
imprescindíveis, o que implica em repetição ou ciclos ordenados e bem
planejados. Isto é válido para Sistemas Solares, esquemas planetários, o homem
e o átomo, como também para Sistemas maiores que os solares. Dessa forma,
pela repetição constante, a consciência é aperfeiçoada e é estimulada a
capacidade de resposta. Com a aumento dessa capacidade de resposta, ela se
torna patrimônio muito valioso da equipagem da Entidade (Logos e homem).
Inicialmente isso ocorre na equipagem física, ou seja, o corpo físico. Mas essa
capacidade de resposta tem de ocorrer também nos corpos astral e mental. Daí a
necessidade imperiosa dos renascimentos, para todos sem exceção.
Quando essa faculdade auto-consciente, na captação de informações
(jnanaindriyas) e na resposta (carmaindriyas), estiver no nível ideal de
aperfeiçoamento, tal que haja uma coordenação perfeita (dentro da meta
estabelecida pelo Logos Solar) e, em conseqüência, todos os Entes dentro do
Sistema Solar, em todos os planos desde o físico até o adi (o físico cósmico no
todo), exerçam suas funções em perfeita harmonia e na mais perfeita sintonia e
coordenação, tornando-se parte integrante da equipagem do Logos, só então
cessará a evolução cíclica para o físico cósmico. O movimento oscilatório em
todos os sub-planos (nossos planos sistêmicos) do plano físico cósmico será tão
afinado e sincronizado, que provocará o início de idêntica ação no plano astral
cósmico, o imediato ao físico. É óbvio que nessa ocasião ocorrerá a
desintegração do físico cósmico.
Novamente vemos a grande importância da capacidade analítica da mente. É
somente por meio dela que é possível entender todo esse magno processo
evolutivo e apreciar sua imensa beleza.
Aqueles do reino humano que receberem a sexta Iniciação Planetária e
obtiverem êxito no caminho escolhido nessa Iniciação, saberão o que é trabalhar
no plano astral cósmico e até em planos cósmicos superiores. Na oitava
Iniciação, a segunda Cósmica, o felizardo Iniciado já começa a trabalhar com a
matéria astral cósmica.
Concluindo, há uma lógica exata no processo pelo qual a evolução prossegue
aos ciclos. Ao mesmo tempo, mais uma vez percebemos a glória que aguarda o
homem que, usando sua Vontade e sua Inteligência Ativa, faz o esforço
necessário para desenvolver o Amor-Sabedoria-Razão Pura e adquirir
conhecimentos (não esquecer que o conhecimento liberta). A Sabedoria só é
possível após a conquista do conhecimento. Essa glória suprema (até um certo
nível) consiste em poder viver e atuar em matéria cósmica de altíssima energia,
como é a matéria astral cósmica, sede das emoções cósmicas do nosso Logos
Solar. Dissemos suprema até um certo nível, porque há níveis mais elevados de
vivência para o homem, como a matéria mental cósmica, a búdica cósmica e
outras mais refinadas e de maior energia.
Encerramos aqui nosso estudo de hoje, voltando em 2/7/2004, com o item 3 - A
Terceira Idéia Implicada no Conceito dos Dois Tipos de Ciclos, quando, partindo
dos movimentos, chegaremos aos resultados desses movimentos, abrangendo
desde o átomo até o Logos Solar.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído po r editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina
[084]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? 3 - A Terceira
Idéia Implicada no Conceito dos Dois Tipos de Ciclos (Páginas 245e 246)
Iremos estudar a seguir o significado dos movimentos, não apenas no sentido
físico, mas no de processo de evolução, ou seja, o significado simbólico, suas
conseqüências, implicações e resultados.
Rotação em torno do eixo
Este movimento ocorre fisicamente no átomo, nos planetas e no Sol. No caso dos
planetas, correlacionando esse movimento com os conhecimentos esotéricos
relativos aos Logoi que por eles se expressam, tiramos conclusões muito
interessantes. Vejamos Vênus. Ele gira em torno de seu eixo, formando um
ângulo de 177,3 graus em relação à eclíptica, apontando seu pólo norte para um
determinado ponto no espaço, que não é difícil de descobrir, assim como o pólo
norte da Terra aponta para Poláris. O sentido de rotação de Vênus é oposto ao
da Terra e da maioria dos planetas, girando Vênus de este para oeste e não de
oeste para este. Esses dados astronômicos fornecem muitas informações a
respeito do nível evolutivo dos Logoi, para aqueles que têm olhos de ver.
Mestre Tibetano cita um movimento de rotação do Sol com todos os corpos
celestes que estão dentro do seu “círculo não se passa”. Sabemos que o Sol gira
em torno do próprio eixo, mas para entendermos o que o Mestre quis dizer,
temos de considerar a ligação do Sol que nos aquece com uma estrela binária,
em torno da qual o Sol gira com seus planetas. H. P. Blavatzky conta a
verdadeira história do nosso Sistema Solar, que não é essa que a maioria pensa.
Embora esse movimento possa parecer uma órbita, não o é, se atentarmos para
o Sistema Maior, que é o constituído pelo nosso Sol e seus planetas, a estrela
binária, onde está o Sol Central e verdadeiro e uma quarta estrela também
pertencente ao Sistema Maior. Essa estrela binária igualmente gira em torno de
um eixo, em um processo mais complexo que o do nosso Sol.
Em significado simbólico temos o seguinte:
• Quanto ao homem, temos o envio para a consciência central da Alma das
informações dos três corpos inferiores, físico, astral e mental inferior,
durante uma encarnação. Podemos considerar a consciência central como
o eixo de rotação e as diversas fases de desenvolvimento das
capacidades de captação dos corpos como a rotação.
• Quanto ao Homem Celestial, temos o sucessivo enfoque da consciência
do Logos Planetário em cada globo da sua cadeia, que é uma encarnação,
sendo essa sucessão a rotação e a consciência do Logos o eixo. A título
de exemplo, no período atual, nosso Logos Planetário tem sua consciência
enfocada na Terra.
• Com referência ao Grande Homem Celestial, o Logos Solar, considerando
o Sol Central (a estrela binária), o giro dele produz diversos estados de
consciência para o Logos.
Movimento de órbita em torno de um centro
Devemos ter em mente que as órbitas dos planetas são elípticas, estando o Sol
num dos focos da elipse, causa do periélio (aproximação máxima do Sol) e afélio
(afastamento máximo), não sendo isso a razão das estações do ano. Essas são
provocadas pela inclinação do eixo norte-sul da Terra em relação à eclíptica.
Considerando o significado simbólico, temos:
No homem é o ciclo completo de uma encarnação, desde a saída do plano
causal, a ativação da unidade mental, do átomo astral permanente e do átomo
físico permanente, a construção do corpo físico, em suas etapas etérica e densa,
o desenvolvimento dos corpos astral e mental inferior, a morte física, a passagem
pelo plano astral, a morte astral, a passagem pelo plano mental inferior, a morte
mental e o ingresso no plano mental superior ou causal, retornando. Todas essas
etapas podem ser consideradas como sendo uma órbita em torno da consciência
central da Alma.
No Homem Celestial é o período de uma ronda, quando a consciência do Logos
Planetário passa pelos sete globos de uma cadeia, sendo essa passagem uma
órbita em torno da consciência central.
No Grande Homem Celestial, temos de considerar o Sol Central (a estrela
binária), em sua órbita em torno de seu Centro Cósmico (lembremo-nos de que o
nosso Logos Solar faz parte do corpo de um Logos Cósmico), levando consigo o
nosso Sol e seus planetas e a outra estrela pertencente ao Grande Sistema
estelar. É óbvio que essa grande órbita leva muitas informações cósmicas à
consciência do Logos Solar, da mesma forma que a órbita da Terra em torno do
Sol, percorrendo os doze signos do Zodíaco, afeta o comportamento humano,
pelas influências emanadas deles.
No que acima foi dito ficou bem explícito que sempre o pólo central é a
consciência. Não se pode conceber tempo, espaço e atividade sem o Pensador,
o ser consciente, que se nutre, enriquece, expande-se e evolui com o que
consegue colher nas diversas etapas.
Dessa conexão muito íntima do tempo e do espaço com a consciência e o
Pensador, podemos fazer muitas ilações de grande interesse e de suma
importância para o nosso entendimento de como esses dois conceitos são
fortemente relativos e ilusórios, uma vez que, usando uma linguagem
matemática, podemos afirmar que tempo e espaço são funções da consciência.
Quanto mais ampla e veloz a consciência, mais tempo e espaço tendem a zero.
Por isso, o que para o homem gera a sensação de um milênio, para um Ser
Cósmico gera a sensação de um minuto, pelo fato de a consciência do Ser
Cósmico ser muito mais abarcante e rápida, com grande capacidade de viver
eventos simultâneos. Essa mudança de sensação já é percebida quando se
trabalha com plena consciência com a matéria dos planos sutis, ainda dentro da
esfera humana, ou seja, os planos astral e mental inferior. O mesmo acontece
com a sensação de espaço. Para um vírus o espaço dentro de uma célula do
corpo humano é enorme. Para o homem o espaço da Terra é muito grande, mas
para o Logos Planetário é apenas uma parte de seu corpo de expressão. Temos
hoje um exemplo marcante dessa diferença em termos de espaço. Como todos já
devem saber, a nave Cassini-Huygens chegou em Saturno ( o Senhor dos Anéis)
no dia primeiro de julho corrente, tendo sido lançada da Terra há sete anos. Essa
distância, enorme para o homem, é uma proximidade para os Logoi Planetários,
pois suas consciências são muitíssimo mais abrangentes e velozes.
É um fato científico comprovado que, quanto maior a freqüência de um oscilador,
maior a capacidade de conter e processar informações, como sua velocidade.
Vemos isso nos modernos computadores. Como seus processadores operam em
freqüências da ordem de grandeza doGiga Hertz (um gigahertz significa um
bilhão de ciclos por segundo), sua velocidade e capacidade são bem maiores que
as dos computadores de menor freqüência.
Como nos planos astral e mental inferior os átomos oscilam em freqüências mais
elevadas que as do plano físico, a sensação de tempo já é diferente. O ocultismo
chama essa faixa de freqüências, dentro da qual os átomos podem oscilar, de
tanmatra do plano, sendo seus efeitos os tattwas. Com referência aos tattwas,
cabe aqui uma pequena observação, embora saindo um pouco do tema em
pauta. Os ocultistas falam muito em tattwas como energias, considerando apenas
o desenho do movimento da partícula, segundo esse ou aquele tattwa. Mas se
considerarmos que para cada plano existe uma faixa de freqüências, também
para cada sub-plano de um plano existe uma faixa menor de freqüências, sendo
cada sub-plano regido por um tattwa secundário, dentro do tattwa principal
regente do plano. O plano físico é regido pelo tattwa Pritivi. Os sub-planos físicos
têm as seguintes sub-regências:
• sub-plano super-etérico (o terceiro): tattwa akasha ou éter (som)
• sub-plano etérico (o quarto): tattwa vaiu (ar)
• sub-plano gasoso (o quinto): tattwa tejas ou agni (fogo, luz)
• sub-plano líquido (o sexto): tattwa apas (água)
• sub-plano sólido (o sétimo): tattwa pritivi (terra)
Não falamos propositadamente dos sub-planos atômico (o primeiro) e sub-
atômico (o segundo), pois não constituem assunto para o momento.
O estudo das formas de onda (o desenho do movimento das partículas) e das
freqüências de cada sub-plano físico, segundo os tattwas, será muito útil, em
particular, para a saúde humana, pois o corpo humano, em suas diversas partes,
é regido por tattwas diferentes, sob a regência maior do tattwa pritivi.
A inserção aqui desses comentários sobre os tattwas é justificada, porque tattwa
é movimento e o assunto em pauta é movimento.
No próximo estudo, a ser colocado em 6/7/2004, teceremos considerações a
respeito da interação entre a consciência e as diversas etapas do tempo, dentro
do movimento, seguindo a programação do Mestre Tibetano.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina.
[085]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? - A Terceira
Idéia Implicada no Conceito dos Dois Tipos de Ciclos - Continuação (Páginas
246, 247, 248 e 249)
Estudemos agora a interação entre a consciência e o tempo, dentro da idéia de
movimento. Relembremos que o tempo é a sucessão de estados de consciência,
sendo sentido portanto de forma diferente, não só quanto à expansão da
consciência como à matéria, em relação à qual a consciência atua, age e capta
informações. Einstein já afirmou que o deslocamento do tempo está intimamente
ligado à velocidade. Ante isso podemos admitir que, quanto mais ampla e
dinâmica ou veloz a consciência, mais rapidamente passa o tempo, até chegar à
velocidade infinita para o ABSOLUTO INFINITO, o que significa o eterno agora.
Todos nós, com a evolução, viveremos essas experiências de aproximação
contínua do ABSOLUTO INFINITO, sem nunca chegar a ELE, muito embora
cada vez mais perto.
Comecemos pela consciência do átomo. Ele gira em torno de seu eixo, valendo
isso para todos os planos. Nesses giros penetra no campo de atividade de outros
átomos, atraindo-os para seu campo de atividade (formação de moléculas,
visando suprir uma necessidade, como a valência) ou repelindo-os, dando origem
à separação. Na união cada átomo conserva sua identidade (na água, H2O, os
átomos de hidrogênio e oxigênio mantêm suas identidades). Nessas
combinações os átomos adquirem experiências e expandem suas consciências.
Os Químicos, quando atualmente constroem gigantescas moléculas como os
polímeros ou manipulam o silício com a dopagem (inserção de impurezas), para
transformá-lo em semicondutor e transistor (de imensa utilidade hoje em dia, sem
o qual não teríamos o estupendo avanço da tecnologia em diversas áreas), estão
decididamente contribuindo para a evolução do reino mineral. Esse atrair e repelir
é a chave dos outros estados de consciência.
As consciências mineral, vegetal e animal diferem da consciência humana em
muitos detalhes, em particular no fato de não saberem coordenar, deduzir nem
reconhecer uma outra entidade separada. É semelhante à consciência humana
na capacidade de responder aos múltiplos contactos, mesmo não possuindo
auto-consciência.
O homem, durante seu ciclo de manifestação, em qualquer plano, gira em torno
de seu ponto central, sua Alma, manifestação da Mônada (o homem verdadeiro),
fonte de sua vida. Nesse movimento entra em contacto com outros homens
(podemos considerá-los como átomos humanos), o que o leva à cooperação e
interação, podendo atrair, formando grupos ou repelir. Também conserva sua
identidade nos grupos, pois sabe que é uma célula no grupo.
O Homem Celestial, quando se expressa por meio de uma cadeia planetária, gira
também em torno de seu eixo, ocorrendo com Ele a mesma interação com outros
esquemas planetários. Em suas órbitas em torno do Sol, os planetas interagem e
se influenciam mutuamente. A Astrologia está aí para confirmar isso, muito
embora a visão da grande maioria dos astrólogos ainda é muito parca. Um
planeta afasta outro similar, em virtude da lei muito conhecida de que os
semelhantes se repelem, embora com o tempo as vibrações de ambos se
intensificam e se harmonizam, ocorrendo então a atração. Um planeta positivo
atrairá outro negativo (positivo e negativo no sentido de polaridade). Esta é a
manifestação do sexo, desde o átomo até as imensas cadeias planetárias,
alcançando também Sistemas Solares, sendo a base da atividade. Essa
interação entre sexos opostos é a atividade irradiante, que se observa entre os
átomos, entre homem e mulher, entre esquemas planetários e entre Sistemas
Solares, quando vibram entre si, buscando a complementação.
Podemos concluir conseqüentemente que essa passagem do tempo é o
desenvolver da consciência, em que ela procura seu pólo oposto e segue regida
pela Lei de Atração. o que a leva ao matrimônio atômico, humano, planetário,
solar e cósmico. Esse processo é facilmente inteligível no que concerne ao ser
humano, o qual é conduzido pelas simpatias e antipatias. Esses dois estados de
ser são resultantes da percepção pela consciência de que uma outra forma
entrou em seu “círculo não se passa” ou seu campo magnético, podendo ser
atraída ou repelida, segundo a lei regente de seu ser.
Unicamente quando a Mônada dominou e transcendeu a forma, cessa a
repulsão, porque a Mônada passa a enxergar outra Mônada, de sua mesma
essência divina, servindo-se de outra forma para evoluir. Para o Logos Solar,
quando for alcançada essa etapa, será o início do pralaia solar ou a
desintegração do Sistema Solar, o que é o mesmo que dizer que cessa o tempo
físico. Isso vale para o homem e para os Logoi Planetários.
A consciência também está ligada ao espaço, ao utilizar a matéria, o que já foi
comprovado pelos Físicos, quando uniram o espaço e o tempo através da
consciência do observador. Para o Logos Solar espaço é a área onde se
desenvolvem seus propósitos, objetivos e atividades conscientes, seu “círculo
não se passa” (o que sua consciência alcança). Para um Logos Planetário
espaço é a parte do Sistema Solar que Ele pode utilizar, para cumprir seu
propósito de vida, dentro das limitações de sua consciência. O homem repete o
mesmo processo, dentro de seu nível evolutivo, o qual pode ser muito restrito, no
caso de um homem pouco evoluído, ou bem mais amplo e extenso, para um
homem muito evoluído (um Iniciado), podendo até estabelecer contacto
conscientemente com a periferia do campo de ação de seu Logos Planetário, do
qual é uma célula consciente. Essa é a meta atual e todos devem se esforçar
conscientemente para alcançá-la e ir mais além, muito mais além.
Para o átomo fazendo parte do corpo de um homem, o espaço é o corpo desse
homem, no qual está a consciência maior, podendo ser atraído ou rechaçado: se
atraído, incorpora-se à atividade rotineira do corpo do homem, se rechaçado, fica
impedido de se locomover em algum ponto. Isso também ocorre com o homem,
se muito evoluído (um Iniciado), trabalha rotineiramente dentro do corpo de seu
Logos Planetário, se não, fica restrito a uma pequena área.
Concluímos, através dessa linha de raciocínio, que espaço e tempo são apenas
idéias ou conceitos que traduzem a atividade cíclica de uma entidade, em relação
com a sua consciência. O assunto é bastante complexo para a maioria da
humanidade, em virtude de seu pequeno desenvolvimento intelectual, uma vez
que ela está mais preocupada com a manifestação material do que com a
atração entre as Mônadas, sendo essa nada mais que um mero conceito. Se
mais seres humanos obtivessem contacto mais íntimo com suas Almas ou Egos
e assim procurassem se desapegar da matéria e da forma, seria facilmente
entendido o processo transmutador. Só então o tempo poderá ser transcendido,
conforme ele é sentido e medido nos três mundos inferiores, como também
descobrir-se-á que o espaço (os três planos inferiores ou os dezoito subplanos)
constitui uma barreira, que pode ser ultrapassada. Esses dezoito subplanos são:
os sete físicos, os sete astrais e os quatro mentais inferiores.
O mesmo ocorre com os Logoi Planetários, sagrados e não sagrados, os Logoi
Solares e Cósmicos, indo mais além. Para os reinos inferiores ao humano
também dá-se o mesmo, em sentido inverso, pois, quanto mais tende para o
denso, maiores são a inércia, a falta de resposta aos estímulos exteriores e a
limitação da irradiação.
No próximo estudo, a ser colocado em 9/7/2004, faremos uma análise do quinto
diagrama, que está na página 296 do Tratado, com vistas ao problema do Logos
Solar, dentro do que é possível passar e à exata analogia entre Ele e seu reflexo,
o homem.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice A.
Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier, Buenos
Aires, Argentina.
[086]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VII - Porque a Evolução se desenvolve ciclicamente? 3 - A
Terceira Idéia implicada no conceito dos dois tipos de Ciclos - Continuação
(Páginas 249,250 e 251)
Vejamos rapidamente o V diagrama, na página 296 do Tratado sobre Fuego
Cosmico, citado pelo Mestre Tibetano. Neste diagrama observamos
claramente que a Mônada Solar se encontra, como um centro (o cardíaco),
no corpo do quarto Logos Cósmico, que por sua vez é um centro no corpo
do PARABRAHMA CÓSMICO, AQUELE QUE ESTÁ ACIMA DOS LOGOI
CÓSMICOS. O plano de residência é o Monádico cósmico, ou seja, todo
relacionamento da Mônada Solar é com a matéria monádica cósmica. Por aí
temos uma idéia do que está muito acima de nós e de como é a nossa maior
aproximação de DEUS.
No diagrama vemos no plano búdico cósmico sete triângulos, que
simbolizam os sete Rishis da Ursa Maior, como centros no corpo búdico
cósmico do nosso Logos Solar. São Eles os portadores das energias de
Raios, cuja origem está numa constelação além da Ursa Maior. Obviamente
as energias de Raios chegam à Mônada Solar, provenientes dessa
misteriosa constelação, que é o centro coronário do Logos Cósmico. Os
sete Rishis da Ursa Maior trabalham essas energias dentro do corpo búdico
cósmico do Logos Solar. Daí elas prosseguem passando pelos corpos
causal, mental inferior e astral cósmicos do Logos, chegando aos sete
Logoi Planetários do nosso Sistema. Há muito mais coisa a ser dita sobre
esse diagrama, mas o momento não é agora.
Busquemos as analogias entre o Logos Solar e o homem, seu reflexo, em
termos de processo evolutivo e identifiquemos onde se localiza o problema
do Logos.
Primeiro - Ambos estão em encarnação física. O Logos Solar no plano físico
cósmico, através de seu Sistema Solar, o que nos mostra que esse Sistema
vai muito mais além dessa ínfima parte visível e que pode ser detectada e
estudada pela Ciência humana. O que está mais além só pode ser estudado
e compreendido no decorrer das Iniciações, quando o Iniciado conquista a
capacidade e o direito de atuar conscientemente nessas matérias de
altíssima energia.
Segundo - Ambos estão na situação de maior densidade ou involução, pois
o físico é o mais denso. Isso não significa que o Logos esteja num baixo
nível evolutivo, uma vez que Ele é um Logos Solar sagrado, mas apenas
que está encarnado fisicamente.
Terceiro - Os dois estão limitados pela matéria física e estão desenvolvendo
a consciência egoica no plano físico, o homem no físico sistêmico e o
Logos no cósmico.
Quarto - O homem deve se esforçar para que seu Deus interno (sua
Mônada) adquira total controle dos corpos inferiores e por eles possa
expressar suas qualidades, com plenitude de consciência, conseguindo
assim manipular as diversas matérias e usá-las como instrumentos. O
Logos Solar desempenha o mesmo papel nos níveis cósmicos. Ainda falta
muito para os dois conseguirem realizar seus objetivos.
Quinto - A energia básica de trabalho para os dois é a eletricidade (que
advém da Vontade atuando na matéria). Por isso podemos dizer que eles
estão nela e com ela trabalham.
Sexto - Os dois estão subordinados às leis que regem a forma, ou seja, o
carma, que atua no tempo e no espaço. Portanto o carma é a Lei da forma.
Essa lei faz com que a qualidade se desenvolva, da mesma forma que a
energia gera a vibração ou oscilação.
Sétimo - Ambos executam seus projetos por meio de formas compostas de:
• Três tipos principais de formas: uma forma mental (o corpo mental
inferior), expressão da Vontade, primeiro aspecto, nos mundos
inferiores, uma astral, expressão do Amor-Sabedoria-Razão Pura,
segundo aspecto e uma forma física, manifestação da Inteligência
Ativa, terceiro aspecto. A capacidade oscilatória do corpo mental fixa
a chave do ritmo e permite utilizar e coordenar adequadamente o
corpo físico, de acordo com a Vontade. Cuida da consciência e a
conecta às três formas inferiores, mantendo uma só direção. Pode
também rechaçar e provocar separação. A capacidade oscilatória do
corpo astral é responsável pela qualidade e o ritmo de atração. É o
componente psíquico. O corpo físico é o mecanismo de contacto da
consciência com matéria densa. A forma material é o resultado da
sintonia das oscilações do corpo mental com as oscilações do corpo
astral, ou seja, da chave (freqüência fundamental) com o tom (os
harmônicos).
• Sete centros de força, responsáveis pela manutenção dos três corpos
inferiores em um conjunto coerente, pela sua vitalização e
coordenação. Relacionam também os três corpos inferiores com o
centro principal de consciência nos planos superiores, a Alma no
corpo causal, melhor dizendo, no Loto Egoico, seja do homem, seja
do Logos Planetário, seja do Logos Solar.
• Milhões de células infinitesimais, personificando cada uma uma vida
menor, encontram-se em constante atividade e rechaçam outras
células, para manter sua individualidade ou identidade. Todavia estão
coesas entre si pela força central atrativa, a Alma. Todas as formas
em manifestação são assim constituídas, um mineral, um cristal, um
vegetal, um animal, um homem, um planeta, um sistema solar, uma
constelação, uma galáxia, um aglomerado de galáxias, um
aglomerado de aglomerados de galáxias, uma parede de galáxias etc.
Concluindo, os dois agem dentro de uma dualidade: atraem e repelem.
A atração exercida pela Mônada ou Espírito sobre a matéria, para construir
seu corpo de expressão, é conseqüência da eletricidade existente em todo
o Universo (o fogo elétrico), a qual, para cada caso, coloca as vidas ou
esferas menores dentro do campo de influência da Mônada. Resulta na
força magnética (fogo elétrico/solar) na fase de atrair e manter coesão. O
Logos Solar, como Mônada Solar, usa seu próprio fogo elétrico/solar,
juntamente com o fogo elétrico/solar que extrai do “círculo não se passa”
cósmico em que se encontra, para manter unido seu Sistema Solar. Um
Logos Planetário, igualmente como Mônada, usa seu fogo elétrico/solar,
juntamente com o fogo elétrico/solar que extrai do “círculo não se passa”
solar, para manter coeso seu esquema de globos. O homem, comoMônada,
usa seu fogo elétrico/solar através do Ego ou Alma, juntamente com o fogo
por fricção/solar (prana) do esquema ou planeta no qual vai encarnar, para
manter unidos seus corpos inferiores. É óbvio que na construção de corpos
os três fogos são necessários, qualquer que seja a entidade encarnante. O
que é enfatizado aqui é que na atração de matéria para os corpos prevalece
o fogo solar. A principal observação a ser feita através dessas informações
é que, qualquer que seja o nível de evolução da entidade em manifestação,
sempre vidas menores circularão dentro de vidas maiores.
Na realidade, tempo e espaço só surgem dentro da consciência, quando a
Mônada, qualquer que seja seu nível evolutivo, está se relacionando com
algum tipo de matéria, para adquirir experiência. Nessa relação ocorrem
ciclos de atração e repulsão, em sucessão e simultaneamente. Quando a
Mônada abandona a relação com um tipo de matéria e a dirige para outro
tipo, por exemplo, deixa a matéria física (a morte comumente conhecida) e a
enfoca na matéria astral, cessaram o tempo e o espaço físicos, o que é
óbvio, mas eles continuam, de outra forma, dentro da consciência astral.
Conclui-se então, de modo lógico e racional, que tempo e espaço são
grandezas, cujos valores dependem do grau de evolução da entidade
geradora da consciência, consciência essa que é resultante da interação
Mônada/matéria, bem como da natureza dessa matéria.
Podemos fazer uma comparação entre os dois movimentos básicos e os
ciclos de consciência. Para o movimento de rotação em torno do próprio
eixo, pensemos, no caso do homem, no ciclo de consciência de uma
encarnação, durante o qual ele, através das experiências e vivências,
avança e expande um pouco sua consciência. Esse seria um ciclo menor,
no qual o homem efetuou um giro em torno de sua própria consciência.
Para um Logos Planetário, podemos interpretar esse movimento de várias
maneiras, dependendo do ponto de vista. Sob o ponto de vista de uma
ronda, os períodos globais seriam os giros em torno do próprio eixo. Já sob
o ponto de vista de uma cadeia, os giros seriam as rondas.
Para o movimento de translação ou órbita em torno de um centro,
pensemos na sucessão de ciclos menores de encarnação até a primeira
Iniciação Planetária, quando o homem se torna um Discípulo atuante. Esse
período entre a individualização e a primeira Iniciação pode ser interpretado
como uma órbita completa em torno da consciência central da Alma ou
Ego, que se expandiu e cresceu enormemente. Esse seria um ciclo maior,
composto de vários ciclos menores, ou seja, em termos de movimentos,
uma órbita completa em torno do centro de consciência egoica, com muitos
giros em torno das consciências para cada encarnação. O mesmo
raciocínio pode ser aplicado para o período mais curto entre as primeira e
quarta Iniciações.
Há um terceiro tipo de ciclo, para o qual fica difícil estabelecer uma analogia
com algum tipo de movimento, segundo o Mestre Tibetano. O nosso Logos
Solar possui seu Oposto Cósmico, com o qual procura se relacionar. Nessa
relação ocorrem influências mútuas, como as que ocorrem num casal.
Quando isso atinge um certo nível de intensidade, o Logos Cósmico, dentro
de cuja consciência o nosso Logos Solar e seu Oposto Cósmico se
encontram, toma conhecimento, ou seja, é estabelecido um contacto. A
resposta do Logos Cósmico a esse contacto marca o início de um ciclo
para Ele e abarca os outros dois ciclos. É dificílimo ter uma idéia do que
consiste essa resposta, pois faltam palavras que expressem os conceitos
envolvidos. É óbvio que, quando o Logos Cósmico responde a esse
contacto, os dois Logoi implicados recebem um fluxo tremendo de energia,
que acelera em uma quantidade inconcebível a evolução dos Dois.
Podemos ter uma idéia infinitesimal, se pensarmos no que ocorre na
consciência cerebral do homem, quando ele, pela primeira vez, fica face a
face, como Ego, com o Senhor do Mundo, SANAT KUMARA, na terceira
Iniciação, a primeira Solar e estabelece o primeiro forte contacto com sua
Mônada, melhor dizendo, o canal de comunicação Mônada/cérebro é
enormemente alargado. A inclusão dessa última informação é muito útil e
estimulante, porque esclarece nitidamente e com grande lógica como o
processo evolutivo avança, penetrando nos níveis cósmicos.
Voltaremos em 13/7/2004, entrando na VIII Pergunta: Porque o
conhecimento é a um tempo exotérico e esotérico?
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina.
[087]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - VIII - Porque o Conhecimento é a uma vez exotérico e esotérico
? (Páginas 251, 252, 253 e 254)
Analisemos agora a VIII pergunta, porque o conhecimento é ao mesmo
tempo exotérico e esotérico ? Sabemos, por um raciocínio lógico, que o
conhecimento esotérico refere-se ao aspecto subjetivo, à vida, que é
subjacente a toda a matéria e a todas as formas por ela constituídas, o que
é o mesmo que a energia ou força que anima a matéria e as formas. O
conhecimento exotérico abrange o aspecto objetivo, ou seja, a matéria e as
formas, em seu funcionamento e organização. Daí o grande perigo do
conhecimento esotérico, pois, em mãos indevidas e não preparadas, resulta
em destruição e não emconstrução e evolução. Fica evidente que, enquanto
a maioria da humanidade, em particular a Cíência, não tiver desenvolvido
mecanismos ou processos para comprovar os conhecimentos subjetivos,
uma grande parte deles ficará fora de seu alcance. Somente alguns poucos
entenderão esses conhecimentos.
Como já foi dito várias vezes, a meta da evolução para o homem é ele ser
consciente em relação a todos os tipos de matéria, desde a física até a
átmica (quinto plano e quinta Iniciação Planetária), sendo esta a meta da
atual cadeia planetária, podendo, quem quiser e fizer o esforço necessário,
prosseguir para Iniciações maiores e ser consciente em planos superiores
ao átmico e dominá-los. Esse é o verdadeiro livre arbítrio: saber fazer uso
da vontade e não ser escravo dos desejos.
Devido ao pouco desenvolvimento da maioria da humanidade, no momento
somente o plano físico está sendo conscientemente controlado. A Ciência
atual já possui muitos conhecimentos a respeito dos cinco sub-planos
inferiores do plano físico. As leis que regem os três estados mais densos,
sólido, líquido e gasoso (os sub-planos sétimo, sexto e qunto), já são
conhecidas, o que é demonstrado pela abundância de livros de Física e
Química e pelas habilidades dos Físicos e dos Químicos, bem como pela
sofisticação de seus aparelhos e laboratórios. No campo da medicina,
todos estão vendo seus avanços. Quanto aos sub-planos quarto e terceiro
(respectivamente os sub-planos etérico e super-etérico), a Ciência já
penetrou neles, pois já se fala em outros estados da matéria. Nos
aceleradores de partículas já foram descobertas muitas partículas sub-
atômicas, demonstrando o conhecimento desses sub-planos. Portanto
podemos afirmar que esses conhecimentos são exotéricos. A humanidade
já viveu os terrores do mau uso desses conhecimentos, com as bombas
atômicas que arrasaram Hiroxima e Nagasaki. Vivemos ainda sob ameaça,
com o aperfeiçoamento delas e a produção de bombas de hidrogênio, muito
mais poderosas e letais que a atômica. Acresce que o homem ainda não
detém todos os conhecimentos a respeito da energia nuclear, ou seja, da
vida que anima os átomos. Se com os poucos conhecimentos, o homem foi
capaz de tanta destruição, o que não faria, caso fosse detentor de mais
conhecimentos.
Nas próximas duas raças-raiz, sexta e sétima, o homem adquirirá
conhecimentos sobre os outros dois sub-planos físicos, o sub-atômico
(segundo) e o atômico (primeiro e mais energético) e pelo conhecimento
domina-los-á. Então todo o conhecimento referente aos sete sub-planos
físicos será exotérico e estará ao alcance de toda a humanidade, a qual
poderá fazer uso à vontade das energias animadoras da matéria e das
formas. Os cinco sentidos físicos de percepção (jnanaindryias) estarão
plenamente desenvolvidos e o homem viverá uma era dourada e de vida
física abundante. Temos uma pequena idéia desse futuro, quando
analisamos o imenso progresso da Ciência e da Tecnologia hoje em dia.
Todavia os conhecimentos a respeito da vida que se manifesta através das
formas continuarão sendo, por longo tempo ainda, esotéricos. Igualmente
as informações sobre a matéria astral e mental, bem comoas leis regentes
da vida nelas em manifestação, continuarão esotéricas. Contudo, isso
ocorrerá para o homem médio e para as massas.
Todo o conhecimento exotérico e objetivo foi adquirido pelo homem, em
grande parte, na Aula do Aprendizado, por meio dos cinco sentidos e da
experimentação (reprodução do fenômeno). No decorrer do tempo e após
muitas encarnações, a repetição e a vivência das experimentações
produzem o que é chamado experiência de vida, o que leva ao instinto ou à
reação natural, aliado a algum tipo particular de estado de consciência,
reação essa a certas circunstâncias ou conjunto de condições
ambientais.Também é chamado reflexo ou condicionamento.
Isso pode ser observado nos reinos animal e humano. No reino animal, por
não estar ainda plenamente ativa a mente no cérebro e sendo sua memória
instintiva, pois ele emprega o plexo solar como mente instintiva, falta a
capacidade de analisar e discriminar, não podendo portanto fazer ilações e
se beneficiar conscientemente com informações de fatos passados, isso de
forma genérica, pois, hoje em dia, já se notam animais com grande
capacidade de avaliar situações, embora limitada. Já no homem, é bem
desenvolvida a habilidade de usar a mente concreta e racional. Por isso ele
pode fazer previsões com base em fatos passados e antecipar.
Tudo o que pode ser adquirido por meio da mente concreta atuando no
cérebro físico é denominado conhecimento exotérico. Mas as velocidades
(taxas) e os níveis de evolução dos homens diferem muito e, por isso,
podemos definir os seguintes parâmetros regentes da capacidade de
adquirir conhecimentos:
• A idade da Alma.
• A experiência e os conhecimentos adquiridos e aplicados.
• As condições do cérebro e do corpo físico.
• As circunstâncias e o meio ambiente.
Quando o homem atinge uma certa etapa em sua evolução, que podemos
avaliar pelo triângulo de centros que está ativo, a mente passa a se
desenvolver com maior velocidade, quando o homem inicia uma fase de
captar relações entre diversos aspectos e fatores a respeito do que
experimenta e vive. Nessa fase ele se preocupa com os conceitos e idéias
que estão por baixo dos fatos observados e com as interrelações. É quando
sua mente abstrata passa a atuar. Com o uso e avanço da mente abstrata, a
intuição, um sentido do corpo búdico análogo ao paladar do corpo físico,
começa a atuar através do cérebro físico, empregando-o como placa
receptora. Isso faz com que a atividade cerebral seja transferida dos
neurônios para os centros da cabeça existentes em matéria etérica, embora
os neurônios continuem sendo utilizados, mas não mais como os principais
atuantes. Atualmente isso só ocorre com poucos. A massa humana só
chegará a essa condição nas próximas raças-raiz, mesmo assim não todos,
pois muitos serão expurgados, por não apresentarem qualificações para
prosseguirem.
Situação idêntica ocorre com o reino animal, quando a atividade do plexo
solar é progressivamente transferida para o cérebro rudimentar, sob a
influência de manas incipiente.
Vemos pois claramente que esses conhecimentos sobre os estados de
consciência ainda não são de domínio da massa da humanidade, embora
alguns setores científicos já principiaram a desconfiar e pesquisar. Portanto
são conhecimentos esotéricos.
Enfatizamos que, quando esses fatos forem plenamente compreendidos,
ficará evidente o verdadeiro significado do exotérico e do oculto ou
esotérico. Então, aqueles detentores do conhecimento real esforçar-se-ão
em passar esse conhecimento para aqueles que já estão preparados para
semelhante expansão de consciência, pois terão a devida capacidade de
avaliar e selecionar, para não divulgar conhecimentos ocultos para os não
aptos, ou seja, para não atirar pérolas aos porcos, como ensinou o Mestre
Jesus.
A Hierarquia trabalha dessa forma. Ela atrai os homens em condições e lhes
ensina essas verdades sagradas. Aí está o processo iniciático, que não é
apenas um ritual, mas um curso intensivo para os que conseguem
acompanhá-lo. Sempre haverá oportunidade para os que decidem ir com
maior rapidez e servir à humanidade, à Hierarquia e ao Logos Planetário.
Esses que estão aptos irão trabalhar em um determinado centro do Homem
Celestial, sob as instruções da Hierarquia.
Assim como os Mestres, nossos Irmãos Maiores,ajudam e estimulam os
homens, da mesma forma o homem ajuda seus irmãos do reino animal,
estimulando neles a mente, para que a vida que neles evolui seja transferida
para o reino humano, em época futura.
É assim que o entrelaçamento (a fraternidade) e a responsabilidade se
desenvolvem e sãodistribuídas, dentro do Grande Plano Divino.
No próximo estudo, a ser lançado em 20/7/2004, começaremos a estudar a
IX e última pergunta de introdução, que trata de relações bastante
complexas.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina.
[088]
Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - IX - 1. Partes Interrelacionadas (Páginas 254 e 255)
Esta última pergunta é muito abrangente, envolvendo diversas áreas de
conceitos cósmicos e referentes ao homem, em seu processo evolutivo.
Como são muito subjetivos, pois tratam das vidas expressando-se pelas
formas, de diversos tamanhos, necessário se faz limitar o campo de análise
em conceitos amplos e gerais, ficando os aspectos secundários e detalhes
para a continuidade dos estudos.
Tratemos inicialmente das partes que se relacionam. Para facilitar o estudo,
enfoquemo-nos unicamente no que se refere ao Homem Celestial e ao
Grande Homem Celestial, respectivamenteo Logos Planetário e o Logos
Solar. Assim, deixaremos de lado a estrutura celular de seu Corpo, ou seja,
as unidades separadas de consciência, denominadas Devas e seres
humanos. Será pois uma visão de grupo, não individual.
A parte do meio do Tratado sobre Fogo Cósmico explica o desenvolvimento
da consciência dos Homens Celestiais e do processo que Eles usam para,
servindo-se da mente ou manas, transformarem o conhecimento adquirido
no Sistema Solar anterior em sabedoria, através das ferramentas da
objetividade e das formas, como também consolidarem as faculdades
adquiridas e as expandirem, para que se tornem Amor aplicado e atuante.
É um trabalho semelhante ao dos seres humanos, suas células, que é
desenvolver o princípio mente. Quando os homens conseguirem realizar
isso, através da vivência de experiências nos três mundos inferiores (físico,
astral e mental), poderão então entender um pouco do conceito de grupo,
após terem recebido as Iniciações finais, ou seja, terão plena consciência
de seu lugar, suas funções e responsabilidades dentro do “círculo não se
passa” de seu particular Logos Planetário, o que é o mesmo que dizer:
saberão trabalhar eficientemente como células no corpo de seu Logos
Planetário.
Dentro dessa postura conceitual, iniciemos com as responsabilidades do
homem para com o Homem Celestial. Elas são tríplices e consistem em
adquirir:
• Consciência do controle conseguido sobre seus próprios corpos. É o
período compreendido entre a individualização e a primeira Iniciação,
que significa a entrada no reino espiritual. É o despertar da
consciência nos três mundos inferiores.
• Consciência do centro particular do Logos Planetário, no qual os
seres humanos devem trabalhar. Essa fase leva à quinta Iniciação e é
o despertar da consciência nos cinco planos de evolução, ou seja, o
homem consegue ser plenamente ativo nos planos físico, astral,
mental, búdico e átmico. Para a atual cadeia da Terra, é a conquista
da meta.
• Consciência do centro no corpo do Logos Solar, do qual todo Logos
Planetário é a soma total, melhor dizendo, a contribuição de cada
Logos Planetário para que o Logos Solar exerça com eficiência sua
função de centro cardíaco no corpo do Logos Cósmico. Uma coisa é
saber isso teoricamente, outra coisa bem diferente é ter expandido a
consciência a um nível tal, que possa trabalhar em uma pequena
parte, dentro desse centro maior. Esse estado supõe a sétima
Iniciação, a primeira Cósmica, com a consciência plenamente
desperta nos sete planos do nosso Sistema Solar, desde o físico até
o adi, ou seja, no plano físico cósmico, uma vez que esse centro
cardíaco do corpo do Logos Cósmico é etérico cósmico.
Essas expansões de consciência são alcançadas com a ajuda da mente
transmutada em Amor-Sabedoria-Razão Pura, implicando, é lógico,
conforme já foi dito, no domínio plenamente consciente dos sete planos do
Sistema Solar, o físico cósmico.
Reflitamos profundamente sobre essas informações do Mestre Tibetano.
Ele diz claramente, sem margem de dúvida, que o processo consiste em
fazer a metamorfose da mente em Amor-Sabedoria-Razão Pura. Ora, isso
implica em buscar o máximo de conhecimentos, trabalhar esses
conhecimentos, aplicá-los, vivenciá-los no serviço, fazer ilações e
conclusões, sempre procurando ir mais alto. Só assim a mente crescerá na
direção do Amor verdadeiro, que é o Amor Inteligente e eficiente, eficiente
não só no sentido humano, como também no ponto de vista do Logos
Planetário e do Logos Solar. Ficar somente no aspecto devocional,
esperando que Deus faça tudo por nós, é grande ignorância e egoismo.
Infelizmente a grande maioria da humanidade só sabe pedir, eximindo-se do
esforço para evoluir e ser útil a Deus, que é o verdadeiro servir a Deus, uma
vez que o nosso Logos Planetário e o nosso Logos Solar são
manifestações do ABSOLUTO INFINITO, DEUS, ao nosso alcance imediato e
inteligível, conforme já foi demonstrado no início de nossos estudos, que
tudo é o INFINITO ABSOLUTO, DEUS, em infinitos estados de ser, numa
hierarquia infinita, cada conjunto contendo muitos conjuntos menores.
O grande Senhor Buda já havia dito que a falta de conhecimento é a causa
dos sofrimentos do homem. A busca de conhecimentos nunca vai cessar.
Quando o homem recebe a quinta Iniciação, da Revelação, imediatamente
recebe novas instruções para receber a sexta, da Decisão, quando tem de
escolher um dentre sete caminhos, que na realidade são cursos, nos quais
receberá instruções e conhecimentos muito mais grandiosos do que tudo o
que recebeu antes. Mas o saber não termina aí. Quando retornar dos
cursos, ao aplicar os conhecimentos adquiridos, irá aprender mais coisas,
em nível cósmico. Não existe a chamada iluminação total definitiva. Novas
iluminações sempre ocorrerão, em níveis cada vez mais altos. Sempre o
empenho e a vontade de aprender estarão presentes, seja um Adepto, o
Bodisattwa, o Buda, o Senhor do Mundo, um Logos Planetário, um Logos
Solar, um Logos Cósmico, um Parabrahma Cósmico.
É justamente nesse processo contínuo de expansão, no rumo do INFINITO,
que está a Glória da Vida mais Plena, de que o sr. CRISTO falou.
Portanto façamos a nossa parte, estudando, pesquisando, passando para
os outros o que for conquistado, servindo à humanidade no que estiver ao
alcance, pois assim receberemos cada vez mais através do esforço.
No próximo estudo, a ser colocado em 23/07/2004, entraremos na análise do
trabalho dos Homens Celestiais, dentro do mesmo ponto de vista.
Que a Paz do Senhor Cristo fique com todos.
Que todos vejam a Máxima Luz da Razão Pura.
Fonte: Tratado sobre Fuego Cósmico, do Mestre Djwal Khul, pela Sra. Alice
A. Bailey, em espanhol, da Fundação Lucis e distribuído por editorial Kier,
Buenos Aires, Argentina.
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Segunda Parte do Tratado sobre Fogo Cósmico - Fogo Solar - Perguntas de
Introdução - IX - 1. Partes Inter-relacionadas - O Trabalho dos Homens
Celestiais (Páginas 255 e 256)
Vamos estudar a atividade dos Homens Celestiais, os quais, como grupo,
efetuam um trabalho, cujo resultado dentro do corpo do Logos Solar, é
equivalente ao dos sete centros no corpo do homem. Se tivermos uma
noção bem nítida e real das funções dos nossos sete centros principais na
fisiologia dos nossos corpos etérico e denso, como receptores e
distribuidores de energias especializadas, poderemos vislumbrar como o
Sistema Solar funciona, desde que saibamos fazer as devidas adequações.
Recordemos que os centros não têm apenas as funções físicas, mas
também as transcendentais, ao trazerem para o corpo energias do nível do
Ego, que chegam à consciência cerebral, produzindo também efeitos no
corpo denso. Todavia não podemos no momento nos aprofundar no
assunto, por ser muito vasto e exigir muito detalhamento.
Assim como o homem, ao fazer seu trabalho para evoluir, também trabalha
para um centro de seu Logos Planetário, mesmo de forma imperfeita,
igualmente os Logoi Planetários trabalham para os centros do seu Logos
Solar, ao seguirem suas vidas evolutivas.
Essa atividade dos Logoi Planetários também é tríplice e resulta em
conquistar:
• Completa auto-consciência nos cinco planos cósmicos: físico, astral,
mental, búdico e átmico, tal qual o homem com referência aos planos
de mesmos nomes dentro do físico cósmico, do qual são sub-planos.
De início essa auto-consciência deve ser reforçada nos sub-planos
mais densos do físico cósmico, como sejam búdico e átmico, uma
vez que os sub-planos físico, astral e mental não constituem
princípios, sendo a parte densa do corpo físico cósmico do Logos
Planetário. Isso é conseguido nas três primeiras cadeias e rondas, no
chamado ciclo involutivo, quando ocorre uma recapitulação. Como
estamos na quarta cadeia e quarta ronda, essa etapa já foi superada e
o nosso Logos Planetário está agora na fase de novas conquistas.
Dentro do seu “círculo não se passa”, ou seja, o espaço de sua
consciência e atuação, Ele está se esforçando agora para adquirir a
plena auto-consciência física nos sub-planos búdico, átmico,
monádico e adi. Sabemos que numa ronda, a consciência do Logos
passa sucessivamente com enfoque maior pelos sete globos da sua
cadeia, levando toda a humanidade com ela. A nossa atual cadeia é
constituída de dois globos de matéria mental inferior e acima, dois de
astral e acima, dois de etérica e acima e um, a Terra, de matéria densa
e acima. Em cada um, tanto Ele como sua humanidade vivem novas
experiências, cada um no seu próprio nível, desenvolvendo e
aprimorando diversas qualidades. Não devemos esquecer que
simultaneamente o Logos vive seus relacionamentos, que podemos
chamar sociais (comparando com o nosso modo de vida), com seus
pares, os demais Logoi Planetários, como também com seus
Instrutores, porque Eles, como nós, aprendem. Da mesma forma nós
cuidamos de nossos corpos e mantemos nossas relações.