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1). equ: itindo- rwsigio secedo- itas 20 cestario snotam, otro de sobre as 3s come ed todas a8 ospectiva- tikforio de 2) Se |} Reames ta # de corte ¢ Yio is 4 SS totes Bac — de vibragio tcaene @ Soe i o FFIGURA 1.37 Frosacera horzotal Capitulo 1- Pundamentos de vibragdes 21 onde F, + Fy = W, ¢ W denota a forga vertical total (incluin do a forga de inércia) que age sobre a maquina de fresar. Pela Figura 1.37(@, temos Fe keg Fa= Cah 3) ‘A Equagio (E.2) juntamente com as equagbes (E.1) © (3), dio Krag = byt eat hy + key = 4k mg AFH tee de «4 quando k, = ke ¢, = epara i= 1,2,3,4, Observagao: Se o centro de massa, G, nko estver local zado em posigdo simétrica em relagio Bs quatro molas e 20s ‘quatro amortecedores, a -€sima mola sofie um deslocamen- to de.x,¢ 0 i-6simo amortecedor experimenta uma velocidade «dex, onde x, e%, podem ser relacionadas com 0 deslocamen- to.xea velocidadei do centro de massa da méquina de fresar, G. Nesse caso, as equagdes (E.1) ¢ (E.4) precisam ser modi- ficadas de acordo com isso, . 1.10 Movimento harménico Movimento oscilatério pode repetir-se regularmente, como ro caso de um péndulo simples, ow pode apresentar conside- rével iregularidade, como acontece com 0 movimento do solo durante um terremoto. Se o movimento for repetido a interva- los de tempo iguais, € denominado movimento periddico. O tipo mais simples de movimento periédico € 0 movimento har- ‘ménico. O movimento imprimido & massa m devido a0 moca- nismo corredigo Gugo escocés) mostrado na Figura 1.38 é um cexemplo de movimento hartdnico simples (1.24, 1.34, 1.35), [esse sistema, uma manivela de raio A gira ao redor do ponto (O.A outta extremidade da manivela, P, desliza por uma haste centalhada que reproduz.o movimento na guia vertical R. Quando, a manivela gira a uma velocidade angular 0 ponto § na ‘extremidade da haste entalhada e, por consequéncia, a massa, ‘m do sistema massa-mola, sio deslocados de suas posigdes centrais por uma quantidade x (no tempo #) dada por x = Asen@ = Asenot 430) Esse movimento € mostrado pela curva senoidal na Figura 1.38. A velocidade da massa m no tempo 1 € dada por & & = aA cosat a aan ¢ a aceleracdo por ax Sy = -0FA sent = _ (1.32) Pode-se ver que a aceleracio ¢ ditetamente proporcional 0 deslocamento, Tal vibragio, com a aceleragio proporcio- nal ao deslocamento e dirigida & posigio média ¢ conheci como movimento harménico simples. O movimento dado por cos wt € outro exemplo de movimento harmOnico sim- ples, A Figura 1.38 mostra claramente a semelhanga entre movimento ciclico (harménico) ¢ movimento senoida, 22 Vibragies mecnicas k x) FIGURA 1.98 Mecanismo Scotch Yoko. 1.10.1. Representago vetorial de movimento harménico “Movimento harménico pode ser representado conveniente- ‘mente por meio de um vetor OP de magnitude A que gira a uma velocidade angular constante o. Na Figura 1.39, a projeglo da cextremidade do vetor X = OP sobre 0 eixo vertical € dada por y = Ascnot ass) ¢ sua projecio sobre 0 eixo horizontal por x =A coset as) 1.10.2 Representagao de movimento harmnico por ntimeros complexos ‘Como acabamos de ver, o método vetorial de representa- 0 de movimento harm@nico requer a descrigo de ambos ‘os componentes, horizontal ¢ vertical, E mais conveniente ropresentar movimento harmonico usando uma represemta- io por mimeros complexos. Qualquer vetor X no plano xy pode ser representada como um nimero complexo: ¥ =a+b (1.35) onde i = V=T ¢aeb denotam os componentes xe y de X respectivamente (Figura 1.40), Os componentes a ¢ b tam- ‘bém sao denominados as partes real e imagindria do_yetor ¥. Se A denota o m6dulo ou valor absoluto do vetor X, e 0 representa o argumento ou o Angulo entre 0 vetor € 0 €ix0 X, centio X também pode ser expressa como: K =A cos6 + iA send (1.36) a3n e (1.38) ‘Observando que i? = -1, i? won C08 8, € i sen 0 podem ser expandidos em uma série como cos@ = 1 ~ 4.39) o a cok, Go ~ 9+, 3 5 (1.40) ‘As equagdes (1.39) ¢ (1.40) dio - Gio? , Go? (cos @ + isené) = 1+ 10 + 2 + 31 + ‘a4l) ca? _ wo (eos 8 ~ isen6) = 1~ 19 + : rr “a2 Assim, a Equagdo (1.36) pode ser expressa como ¥ =A(cosé + isen6) = Ae* 43) Um cielo de movimento lt [um ciclo de movimento Capito 1 -Pundamentos de vibragies 23. Detlocamento angular FIGURA 1.39 Newimento herménico come a projapio da exromidade do um voto grate 1.10.3. Algebra de némeros complexos a” ‘Niimeros complexes podem ser representados sem usar & notaco vetorial, como 38) aati Aga 38 8& onde a e b denotam as partes real e imaginétia de 2. A adi- ‘$40, subtragdo, multiplicagdo e divisto de mimeres comple- 0s podem ser executadas ntilizando-se as regras comuns da Algebra. Seja (1.45) 139) 46) onde a7) soy magne 7) aan 42) | (Real) amo (143) {FIOURA 140 Repreannts dum nner cones, e pees A soma e a diferenga de z, ¢ z, podem ser calculadas como ay + 2p = Apel + Ase = (ay + tb) + (a + 1) (ay + a4) + lb, + b3) (1.49) ty 22 = Aye” = Age = (ay + ib) ~ (a: + ib) (ay ~ a) + ilby ~ by) (1.50) 1.10.4 Operagdes com fungdes harmonicas Usando representago por miimeros complexos, © vetor girante X de Figura 1.39 pode ser escrito como X = Ae ast) conde w denota a freqiéncia circular (rads) de rotagto do vetor X no sentido ant-horéro, A diferenciago do movimento harm ‘co em relago ao tempo dada pela Equaso (1.51) resulta em a a ik iwAe™ 4 agin ae am Of dg =f Ganem) Ae = -u'f 153) 24 brags mecanicas Assim, 0 deslocamento, a velocidade € a aceleragio podem ser expressos como* deslocamento = RefAe!] velocidade = RefiaAe'f] = ~a sen wt A cos(at +90") (1.55) A cos ot = oA cos(wt + 180") 156) =A .cos wt «say aceleragio = Rel-w"Ael*] onde Re denota a parte real. Essas quantidades sao mostradas como vetores girantes na Figura 1.41. Pode-se ver que 0 vetor aceleragao esta deslocado de 90° em relago ao vetor velocidade, ¢ este esté deslocado de 90° em relago a0 vetor éeslocamento, FungSes harménicas podem ser somadas vetorialmente, como mostra a Figura 1,42. Se Re(X,) = A, cos wt e Re(Xp) A, cos (ot + 6), entio a magnitude do vetor resultante X 6 dada por (Ar + Aq cos 0 + (Azsend)? © 0 Angulo a por -(__Aasend Uma vez que as fungées originais silo dadas como com- ponentes reais, 2 soma X,+ X2 € dada por Re(¥) Acos(ot + a), asp EXEMPLO 1.11 Adigio de movimentos harménicos Determine a soma dos dois movimentos harménicos x,(0) = 10 cos at e x,{0) = 15 cos (wr + 2). Solugiio: Método 1: Usando relagdes trigonométricas: Jé que a fre- ‘qiéncia circular é a mesma para ambas, x)() €%,(0, expressa- ‘mos a soma como x(t) = A coswt +a) = 2,0) + 20) (ED) 2 Isto é, A (Cos wt cos a — seme sen a) = lO coset + 15 coset + 2) 10.cos wt + 15(c08 wt cos 2 — senor sen 2) (E.2) Ou seja, cos wi(A cos.) — sem wi(A sen a) = 08 wi(10 + 15 c0s 2) = senwi(15 sen 2) 3) Igualando os coeficientes cozrespondentes de cos wr ¢ sen cot de ambos os lados, obtemos A cosa = 10 + 15 c0s2 A sena = 15 sen2 A = V0 +15 cos 2)? + (5 sen 2) = 141477 4) e 15 sen2 a=tg" 14,5963" (pie) "es Método 2: Usando vetores: Para umn valor abitrro de w, 0s movimentos harménicos 2y(i) ¢ x40) podem ser denotados. sgraficamente como mostrado na Figura 1.43. A adigo veto- rial dé 0 vetor resultante-a(2): a(t) = 14,1477 cos(wt + 74,5963°) (E.6) ‘Método 3: Usando representacao por nimeros comple- _xos: Os dois movimentos harménicos podem ser denotados za forma de ntimeros complexos: x(t) = Re[Aye™] = Re{10e] Hat) = Re[Aze"*®] = Re[Ise"™*7} (E.7) ‘A soma de x,(1) €.x,(f) pode ser expressa como x(t) = RefAe 9) (8) onde A e ee podem ser determinados pelas equagbes (1.47) € (1.48) como A = 14,1477 ¢ a = 74,5963°, . 1.10.5 Definigées e terminologia ‘As soguintes definigées ¢ terminologia slo iteis quando se trata de movimento harmOnico e outras fungdes periicas FIGURA 1.41. Declocamento, vlocdade @ acoleragdee como vores scares. + Se odeslocamentoharmbnico for dado eriginalmente como x)= sen wt, ent, temos Adesloeamento = Im{AeM] = A sent velocidad = Inflate] = a senfot + 90°) sccleragdo = Ima Act] = aH A sealut + 180°) conde Im denote a pare imagindia, { t i { | 16) nple- tados ED 8) ane syando Se j6dicas. awe FIGURA 1.42. Adio vetoal de anaes hauménias. Ciclo, O movimento de um corpo vibratério de sua posigao de repouso ou equiltbrio até sua posigao extrema em um sen~ tido, enido até a posigdo de equilrio, dai até sua posigzo ‘extrema no outro sentido e de volta & posigio de equilfbrio é denominada um ciclo de vibracio. ‘Uma revolugio (isto €, deslocamento angular de 2 radia. nos) do pino P na Figura 1.38 ou uma revolugo do vetor OP na Figura 1.39 constitui um ciclo, Amplitude. O méximo deslocamento de um corpo vibrat6rio, tem relago A sua posigio de equilibrio ¢ denominado ampli- rude de vibragio, Nas figuras 1.38 ¢ 1.39, a amplitude de vibraglo € igual a . Perfodo de oscilagio. © tempo que Jeva para concluir um ciclo de movimento & conhecido como perfodo de oscilagiio, cu periodo e & denotado por 7. £ igual ao tempo requerido para o vetor OP na Figura 1.39 girar um Angulo de 27", por consequéncia, ae ° ass) onde « & denominada freqiéncia circular Freqincia de aselaglo. O nmero de cilos por unidade de tempo é denominadofregléncia de oscilagdo ou simples- mente fregiéncia e 6 denotado por f Assim 1_o iat (1.60) Nese caso, » 6 denominada fregiéncia circular para dis- tingui ta da freqhéncia linear f = o/2-r. A vardvel o denota 4 velocidade angular do movimento eictico; f€ medida em tietos por segundo (Hertz), enquanto « é medida em radia~ nos por segundo. Angulo de fase. Considere dois movimentos vibratérios denotados por A, sen ot (1.61) Arsen (ot + 6) (1.62) ‘Os dois movimentos harmdnicos dados pela equaibes (1.61) (1.62) séo denominados sincronos porque t@m a mesma fre~ 4 glencia ou velocidade angular, «. Duas oscilagces sincronas {nao precisam ter a mesma amplitude e nio devem stngir fscus valores méximos 20 mesmo tempo, Os movimentos elas equagdes (1.61) e (1.62) podem ser representa~ os graficamente como mostra a Figora 1.44. Nessa figura, 0 ‘Capitulo 1 Fundamentos de vibragdes 25 FIGURA 1.43. Adicio de movinenis herménicos, segundo vetor OB, esté & frente do primeiro, OF, por um Angulo 4, conhecido como dingulo de fase. Iss0 significa que fo méximo do segundo vetor ocorreria ¢ radianos antes do {que 0 do primnciro vetor. Observe que, em vez dos maximos, ‘quaisquer outros pontos correspondentes podem ser conside- rados para determinar 0 Angulo de fase. Nas equagées (1.61) ¢ (1.62) ou na Figura 1.44, diz-se que os dois vetores t¢m ama diferenca de fase ée ¢. Fregiiéncia natural. Se, apés uma perturbago inicial, um sistema continuar a vibrar por si proprio sem a agio de foreas externas, a freqincia com que ele oscila € conhecida como sua fregidéncia natural. Como veremos adiante, um sistema vvibratério com n graus de libendade terd, em geral n freqién- cias naturais de vibragSo distintas, Batimentos. Quando dois movimentos harmOnicos cujas fre- aiéncias estio préximas uma da outra sio somados, © movi- mento resultante exibe um fenémeno conhecido como batimentos. Pot exeraplo, se ay(0) = X cos of (1.63) (0) = X 0s (o + 5) 6.64) conde 5 & uma quantidade pequena, a soma desses movimen- tos dé A) = H(t) + (0) = X [eos oF + 00s (0+ 3A] Usando a relagaio ae (1.65) (1.66) ae ot é oo Essa equagiio € mostrada em grifico na Figura 1.45. Pede- se ver gue 6 movimento resultant, x), representa uma onda co-senoidal com freqiéacia w + 8/2, que 6 aproximadamente jgual a o, com uma amplitade varisvel de 2X cos 612. Sempre «que a amplitude alcangar um maximo, cla ¢ denominada um batimento. A freqiéncia (6) & qual a amplitude aumenta gra- dativamente e depois diminui at desaparecer entre 0 ¢ 2X é conhecida como freqiléncia de batimento. O fenémeno de batimentos é freqientemente observado em méquinas, estat ras centraiseltricas. Por exemplo, em méquinas ¢ estrutaras, 26 Vibragdes mecanieas hsm Ay sea) FIGURA 1.44. Diforonga do fase entre dols vores © fendmeno do batimento ocorre quando a treqiéncia excitado: 1a esté préxima da frequéncia natural do sistema (Sego 3.3.2). Oitava, Quando o valor muéximo de uma faixa de frequéncia é dduas vezes seu valor mfaimo, ea € conhecido como uma faixa de oitava. Por exemplo, cada uma das faixas 75-150 Hz, 150-300 Hz 300-600 Hz pode ser denominada uma faixa de citava. Em cada caso, diz-se que os valores maximo e minimo da frequéncia, cuja razdo € 2:1, diferem por uma oitava, Decibel. As vérias quantidades encontradas na érea da vibra- ‘Ho e do som (como deslocamento, velocidade, aceleragio, bressiio ¢ forga) so freqlientemente representadas usando a rnotagiio de decibel. Um decibel (4B) ¢ definido originalmen- ‘te como uma razao entre poténcias elétrcas, P/P,, como P 4B ~ 10 log > 5) (1.68) onde P é algum valor de referéncia de poténcia, Visto que a poténcia clésrica é proporcional 1o quadrado da tensio (X), 0 decibel também pode ser expresso como x x a= ne E) rome) conde X; é uma tensio de referéncia especificada, Na prética, a ‘Equacio (1.69) também € usada para expressar as razées entre ‘outras quantidades como deslocamentos, velocidades, avelera- {g0es e pressdes, De modo geral, os valozes de referéncia de Xp ‘na Equagio (1.69) sto geralmente consideradas como 2 X 10 Nim? para pressdo e wg =9,81 10-° m/s? para aceleragio. 1.11 Andlise harménica® Embora o movimento harménico seja o mais simples de tratar, © movimento de muitos sistemas vibratérios no 6 x0 FIGURA 1.45 Fontmeno de batmentos. anise harmonica Forma a base para Sepo 4.2 (ort) tee —st - patie yg jl = ot harménico. Contudo, em muitos casos, as vibragbes séo periddicas —- por exemplo, 0 tipo mostrado na Figura 1.46(a). Felizmente, qualquer fungao periédica de tempo pode ser representada por série de Fourier como uma soma infinita de termos em seno e co-seno [1.36]. 1.11.1. Expansio por série de Fourier Se x(0) é uma fungo periédica com periodo r, sua repre- sentagdo por série de Fourier & dada por a0) = B+ aye0s at + a;c05 201 + + bysenaar + bysen 2a + os = 2 Seajcos nut + b,sen net) 2 3 (1.70) onde @ = 2n/r € a frequéncia fundamental € dy dy 2, by, bay -» so coeficientes constantes. Para determinar os eveficientes a, e b,, multiplicamos a Equacko (1.70) por cos ‘nue sen nat, espectivamente, eintegramos sobre un perfo- do 7 = 2n/w por exemplo, de 0 a 2n/w. EntSo, percebemos que todos os termes, exceto uin do lado direito da equacio, serdo zero, ¢ obtemos ep ar a =F [ att) dt = = [ x) dt Jo th am a = [xo nonas = ® [a cosmacat 7h 7 an ante bi by = [x scanarar = 2 fx senna do TJo (1.73) A imterpretagao fisica da Equagio (1.70) é que qualquer fungio peridica pode ser representada como uma soma de x0) A ° 7 aT @ Aproximagio de um terme roximate de di ems = J Aproximagto de tes termos ©) FIGURA 1.46 uma tunpio parodies, fungdes harmdnicas. Embora a série na Equagio (1.70) seja, ‘uma soma infinita, podemos aproximar a maioria das fun- ‘es perisdicas com a ajuda de apenas algumas fungdes has- ‘mOnicas. Por exemplo, a onda triangular da Figura 1.46(a), pode ser representada muito aproximadamente pela soma de apenas trés fungdes harménicas, como mostra @ Figura 1.46(b).. ‘A série de Fourier também pode ser reptesentada pela soma de termtos somente em semo ou termios somente etn co- seno, Por exemplo, a série que usa apenas termos em co-sen10 pode ser expressa como 2(8) = do + dy costwot — 1) + dp cos(2ut ~ dx) + a7 onde dy = a2 (4.75) d, = (az + BR)? (1.76) 1g a7) Fendmeno de Gibbs. Quando uma funcao periédicaé repre- sentada por uma série de Fourier, pode-se observar um com- portamento anémalo. Por exemplo, a Figura 1.47 mostra ‘uma onde triangular sua representacdo por sétie de Fourier usando ntimeros diferentes de termos. A medida que o niime- 10 de termos (n) aumenta, pode-se perceber que @ aproxima- ‘s40 melhora em todos os Ingares, exceto na vizinhange da descontinuidade (ponto P na Figura 1.47). Nesse caso, 0 des- ‘vio em relacao & verdadeira forma da onda estrita-se cada vez mais, porém nfo diminui quase nada em relagio & ampli- tude. Observou-se que o erro na amplitude permanece em aproximadamente 9%, mesmo quando k 22. Essc compor~ tamento é conhecido como fenémeno de Gibbs, nome que se deve a seu deseobridor. Capitulo 1- Pundamentos de vibragies 27 x) FIGURA 1.47 Fenimena de Gités. 1.11.2 Série de Fourier complexa Uma série de Fourier também pode ser representada por riimeros complexos, Observando-se pelas equagdes (1.41) € (1.42) que = cos wt + isenot 078) ‘ eM = cos ot = fsenest 179) cosa sen ox podem ser expressos como cos on = te 2 (1.80) ‘ a ast) Assim, a Bquagdo (1.70) pode ser eserita como wats 3 fe. (“ * “) : (2 = jh te SI ginar{ Sa Ele (1.82) ‘onde bg = 0, Definindo os coeficientes complexos de Fourier 6, 8 C4, COMO 1.83) e ay + iby am 2 (1.84) ‘8 Equagio (1.82) pode ser expressa como x= > ceo =, (185) 28 Wibragées mecinieas Lilli ‘w 2 Bo dw 50 bw To Bo So Frequcncia (na) on aaron OFS TPote to Jota to 8 Su Freqitncia Gru) FIGURA 1.48 Especio de Heqiénda o uma tpn funglo paren de teres, (Os coeficientes de Fourier podem ser determinados usando as equagées (1.71) a (1.73), como ay iby 1 Be BS £ [ x0 eosnor ison nos] dt ° 1 ei] sperma sf oem aus 1.11.3 Bspectro de fregiiéncia As fungdes harmonicas a, cos next ou b, sen not na Equagio (1.70) stio denominadas as harmdnicas de ordem a fungdo periédica x(0). A harménica de ordem tem um perfodo tin, Esses harménicas podem ser representadas ‘como linhas verticais em um diagrama de amplitude (a, b, ‘oud, e@,) om relagao & freqtiéncis (no) denominado espec= tro de fregiléncia ou diagrama espectral. A Figura 1.48 mos- ‘tra um espectro de freqliéncia tipico. 1.114 Representacdes no dominio do tempo e da frequéncia A expansio por série de Fourier permite a descrigéo de qualquer fungao periédica usando uma representagdo no domi- nio do tempo ou da freqiéncia. Por exemplo, uma fungo har- monica dada por x() = 4 sen wt no dominio do tempo (Figura 1.492) pode ser representada pela amplitude e pela freqiiéncia @ no domfnio da frequéncia (Figura 1.49b). De modo semelhante, uma fungo periddica, tal como uma onds teiangular, pode ser representada no dominio do tempo, como mostrado na Figura 1.49(¢), ou no dominio da freqiiéncia, como indicado na Figura 1.49(d). Observe que as amplitudes 4, € 08 angulos de fase ¢, comespondentes is reqiigncias w, podem ser usados no lugar das amplitudes a, ¢ b, para repre sentagdo no domfuio da freqiiéncia. Usar uma integral de Fourier (considerada na Secio 14.9) permite a representagio de fungdes pares nio periédicas em um dominio do tempo ou em um dominio da frequéncia, A Figura 1.49 mostra que representagao no dominio da freqliéncis néo da as condigées inieiais, Todavia, essas condigées sto freqlentemente consi- deradas desnecessirias em muitas aplicagSes priticas, e someate as condigses de regitne permanente so de principal interesse, 10 Auster) 5 ® eo je ye (cote de emon de enon Ege.) Peer @ FIGURA 1.49. Reprevertayéo do una fungao nos dominios do tompe © da ‘roc, 1.1.5. FungGes pares e fmpares ‘Uma funglo par satisfaz ¢relagdo x(=1) = xi) 87) esse caso, a expansio por série de Fourier de x() con- ‘6m somente termos em co-seno: aS w= zo cos nor (1.88) onde dg ¢ a, so dados pelas Equagdes (1.71) ¢ (1.72), res- pectivamente, Uma fungio fmpar satisfaz a relagao x(-8) = —a(0) 89) ‘Nesse caso, a expansio por série de Fourier de x(0) con- ‘tém somente termos em seno: = Db, sen nor xt) 2 sen nwt 2.90) conde b, € dado pela Equagdo (1.73). Em alguns casos, determi- nada fungio pode ser considerada par ou impar, dependendo da localizago dos eixos coordenados. Por exemplo, o deslocamen- to em relagdo ao cixo vertical de (2) para (b) ou (c) na Figura 1.504) a tomar uma fangzo fmpar ow par. Isso significa que precisamos calcular somente 0s coeficientes b, ou a, De manei= ra semelhante, um deslocamento de (d) para () no eixo do tempo equivale somar uma constant igual & quantdade de deslocamento. No caso da Figura 1.50Qi), quando a Fangio € considerada uma fungéoimpar,# expansio por série de Fourier tomtse (Problema 1.65): 4d & 1 2aQn - Dt O° Bape asp Por outro lado, se a fungdo for considerada uma fungdo par, como mostra a Figura 1.SO(i), sua expansio por série de Fourier toma-se (Problema 1.63): ng = AG CUM Ban = De 10 nD 7 92) Visto que as fungdes 4y(0) € 2,0) representam a mesma ‘onda, exceto pela localizaio da origem, também existe uma felago entre suas expansbes por série de Fourier. ( ) 9 4 (1.93) aft) determinamos, pels Equagao (1.9), 1 so H, + A) aS a.94) o @—- Es" s (i) Fangio impar vl) 4 A tHe Ae FIL: H (i) Pongo par FIGURA 1.50 Fungées paras» impares Capitulo 1 Fundamentes de vibragdes. 29 Usando a relagdo sen (A + B) = sen A cos B + cos A sen B, a Bquagio (1.94) pode ser expressa como a\_ 44 3foa 2u(Q2n Dt a(t) 43 {Gwe 2A = WD 4, gg BOHM 1 (95) Visto que cos [2ar(2n— 1/4] = O paran = 1,2.3,..4€ seo [2ir(2n~ 1/4) = 1)" para n = 1,2,3,..., @ Bquagao, (1.95) reduz-se a 2) 4 S Cy aan - Ut que poclemos verificar que é igual & Equagao (1.92) 1.11.6 Expansées em meia-faixa Em algumas aplicagées priticas, a fungio x(@) & definida somente no intervalo 0 a r como mostrado na Figura 1.51(a). esse caso, no ha nenhuma condicio de periodicidade da fun- ‘920, jé que a propria fungio no é definida fora do intervalo, a7. Todavia, podemos estendé-la arbitrariamente para inckuir © intervalo —r a 0 como mostrado na Figura 1.51(b) ou na Figura 1.51(¢).A extensio da funcdo indicada na Figura 1.5106) resulta em uma fungo fmpar,x,(?) 20 passo que a extenso da fung3o mostrada na Figura 1.51(0) resulta em uma fungo par 4,0. Assim, a expansdo por série de Fourier de x,(?) resulta ‘em termos somente de seno e ade x,(t) envotve somente termos, x) (@) Fangio original 210 (b) Extensio como ura fungéo impar co) (©) Extensio como uma funcdo par FIGURA.1.51. Extereto do uma fungéo por expanses de meia fata 30 Vibragies mecnicas de co-seno, Essas expansBes por série de Fourier de x(t) ¢ 4x(0) so conbecidas como expansGes de meia-faixa [1.37] ‘Qualquer dessas expanses dle meia-faixa pode ser usada para determinar x(/) no intervalo 0 a 7. 1.11.7 Céleulo numérico de coeficientes Para formas muito simples da fungo.x(), as integrais das cequagies (1.71) a (1.73) podem ser avaliadas com facilidade. Contudo, a intogragio torna-se complicada se x(¢) ndo tiver ‘uma forma simples. Em algumas aplicagSes priticas, como no caso da determinagio experimental da amplitude de vibragdo usando um transdutor de vibragdes, a fungdo a(t) nfo est dispontvel na forma de uma expresso matemitica; somente os valores de-x()em Varios pontos fy... Hy e5t80 disponiveis, como mostra a Figura 1.52. Nesses casos, os coeficientes a, ¢ b, das equagdes (1.71) a (1.73) podem ser avaliados usando um procedimento de integragao numérica ‘como a regra trapezoidal ou a de Simpson {1.38} ‘Vamos supor que fy fy ---» fy Sejam um niimero par de pontos eqiidistantes no periodo + (N= par) com 0s valores cor- respondentes de (0) dados por x, = xf), Xp = x0), ey Sy = _x(fy), respectivamente. A aplicagio da regra trapezoidal dé 08 coeficientes a, ¢ 6, (fazendo 7 = NAA) como:$ asy «a.98) 99) EXEMPLO 1.12 Expansio por série de Fourier Determine a expanstio por série de Fourier do movimento da vlvula no sistema came-seguidor mostrado na Figura 1.53. Solugio: Se y(0) denctar o movimento vertical da haste de ‘comando da valvata, o movimento da vélvuls, x(0), pode ser determinado pela rlagao: x _ 0 ee oa bs x(t) Po 1) onte @=rSosrs cs r aot (B.2) © Av precisa sec umn niimoro par para a rogra de Simpson, mas alo pera a regra waperoidal. Ax equagtes (1.97) (1.99) supéem que acondigao de periodicklade xy = xy se vida copra apr = 2 Dein th 4 (0 pode ser expressa como A : x= AG0StSr ia) A Equagio (E.3) € mostrada na Figura 1.46(a). Para cal- cular os coeficientes de Fourier a, € B,, usamos as Equagies (71) a (1.73) tale ate ° of e a2 xa = © [ ada 7 s[ Ode At wat [coment 2 wt sent A [=e at dy OL ” 12. (5) ope ofr b= a -x(0)sen notedt = 2[ A“ sennutedt Th ah “FT At fant = fa] mae sense wT ho Qn w n —,_n = 1,2... " 7 (E.6) ‘Como consegiéncia, a expansio por sécie de Fourier de x()€ x(t) a Ty eat Fe sen Dat — Ae - {sn0r + benzer zL2 + foesars .}] 3 7) Os tr8s primeiros termos so mostrados no grifico da Figura 1.46(b). Pode-se ver que a aproximagio chega ao formato de dente de serra mesmo com um niimero pequeno de terms. / EXEMPLO 1.13 Anélise numérica de Fourier ‘As variagies da pressdo da égua dentro de urn cano medi- das a intervalos de 0,01 segundo so dadas na Tabela 1.1. Essas variagées sio de natureza repetitiva. Faa uma anélise hharménica das variagbes da pressdo e determine as trés pri- meiras harménicas da expanséo por série de Fourier. Solugio: Visto que as variagdes de pressio dadas repetem-se cada 0,12 segundo o periodo é 7 = 0,12 s e a fregtléncia circular da primeira harménica 6 2zr radianos por 0,12 s ou 3 opto 1—Fundaments de vibrages x0 ar parp ar) 4] a i A | | Ne ef [a fies Gap 7 vse} FIGURA 1.52. Vaores da tung pelea x9 em pntos E08 fy TABELA a Estagio de tempo, ‘Tempo (s)¢i Presi (kN/m*, pi comand 0 0 0 1 oo1 20 2 0,02 34 3 0,03 a 4 0,04 49 5 00s 3 bore) 6 0,06 70 y 7 007 0 ; 8 0,08 36 ¢ oe 9 0.09 n 10 010 16 n ol 7 FIGURA 1.59. Sistee come-coguer 2 ona ° TABELA12 7 mad mas EL arf Gay Oat, Ot i 4 a Pa PGi MOI Oo Moa 1 oor 2000 =~=~=«17320 =o tom 17.320, © 20000 2 02 34000 «—«17000=«29.444 17.000 © 29.448 - 34000 ° 3 003 2.000 0 42.000 42.000 ° 0 42.000 4 00s 49000» 24.500 42.434 24500 42.434 49.000 ° 3 00s 53000 45.898 © 26500 25500 45.898 0 53000 6 006 79.000 70.000 0 70,000 ‘0 =70000 ° 7 097 60.000 51960 30.000 30.000 51.960 0 60.000 5 008 36000 18.000 31.175 18.000 31-176» 36.000 0 9 008 22000 0 22000 © —22.000 0 +1600 22.000 10 0.10 16000 «8.000 13.856 8000 — 13.856 0 " on 7000 = Gos =3500 «3500 6.082 0 7000 2 on ° ° ° ° 0 ° ° So toe -t61976w98t6 «BSW BBB 35.000 ~ 14.000 12 ; 6x om 68.166,7 269960 830707. 14167 36083-58333 23533, 32 Wibragdes mecanicas w= 210,12 = 52,36 rad/s. Como o miimero de valores obser- vados em cada onda (N) € 12, obtemos, pela Equasio (1.97) a won BP en Os coeficientes a, € 6, podem ser determinados petas, cequagies (1.98) ¢ (1.99): os 2S pee BE 12 62 pei = 68166,7 2) Os célculos envolvidos nas equagées (E.2) € (E.3) sio maostrados na Tabela 1.2. Por esses célculos, pode-se obter a expansio por série de Fourier das variagées de pressio p() (Equagio 1.70): P(t) = 34083,3 — 26996,0 cos 52,361 + 8307,7 sen 52,361 + 1.416,7 cos 104,721 + 3.608,3 sen 104,72r ~ 5,833.3 cos 157,08 ~ 2.333,3 sen 157,081 + => Nim? 4) 1.12 Exemplos usando MATLAB? EXEMPLO 1.14 Representagio grifica de série de Fourier usando MATLAB Represente em grifico a fungio sua representagio por série de Fourier com quatro termos x, Ale 1 1 xy ARE 7 den 3 o A(z (sner + Senders Fon | ae Qn para0 $13 roomA=lw= mer ==? Solugiio Escreve-se um programa MATLAB para represen- tar em gréfico as Equagées (E.1) ¢ (E.2) com nimeros dife- rentes de termos, como mostrado a seguir: Alot the function x(t) = A+ t / tar for i as 102 eC) = tau + (4n4) /1005 wa) oa ey 7 aay ‘Fobplot (231); pletcern)s Fiaber (x0) Btabet res) aCe) = ateseaw’): saa) = 8s ae ona Suppioe (232) plet(est3 aa) © A2 = A> singed) / pty ona ‘Babpiot (233); plotters) rapsaes), TSC aeo' bemme’); fer lt ton 53) = 8/2 — A wtngwrecdy) J pl = at sinaneecy) / phy t a= ALOses7 ec238)1 Oras e1) Seared x) = Atihaw Umtermo Doistemos 1 yl 1s : 1 ; oa atten 4 s Gg fesceceeeeeeaceeet oat 4 7 oak 4 of 4 1 : 1 1 0 t 2 O59 12% t 2 Tres termos 1 T Os oéigos fone de odos os programas MATLAB so duos nose Web doo,

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