TUBERCULOSE
A tuberculose é transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, e tem como principais sintomas tosse por
mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A tuberculose é transmitida pelo
Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, e tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção
de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito.
A tuberculose, transmitida pelo Mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, é provavelmente a doença infecto-
contagiosa que mais mortes ocasiona no Brasil. Estima-se, ainda, que mais ou menos 30% da população mundial estejam
infectados, embora nem todos venham a desenvolver a doença. Na verdade, as pessoas se comportam como reservatórios
do bacilo, ou seja, convivem com ele porque não conseguem eliminá-lo ou destruí-lo e, uma vez reativado o foco, passarão
a ser infectantes. A primoinfecção ocorre quando a pessoa entra em contato com o bacilo pela primeira vez. Proximidade
com pessoas infectadas, assim como os ambientes fechados e pouco ventilados favorecem o contágio. O bacilo de Koch é
transmitido nas gotículas eliminadas pela respiração, por espirros e pela tosse. Para que a primoinfecção ocorra, é
necessário que ele chegue aos alvéolos. Se não alcançar os pulmões, nada acontece.
A partir dos alvéolos, porém, pode invadir a corrente linfática e alcançar os gânglios (linfonodos), órgãos de defesa do
organismo. A doença evolui quando a pessoa não consegue bloquear o bacilo que se divide, rompe a célula em que está
fagocitado e provoca uma reação inflamatória muito intensa em vários tecidos a sua volta. O pulmão reage a essa
inflamação produzindo muco e surge tosse produtiva. Como o bacilo destrói a estrutura alveolar, formam-se cavernas no
tecido pulmonar e vasos sanguíneos podem romper-se. Por isso, na tuberculose pulmonar, é frequente a presença de tosse
com eliminação de catarro, muco e sangue. Além dos pulmões, a doença pode acometer órgãos como rins, ossos, meninges
etc.
1.Tosse por mais de duas semanas; 2. Produção de catarro; 3. Febre; 4.Sudorese; 5.Cansaço; 6. Dor no peito; 7. Falta de
apetite; 8. Emagrecimento; 9. Escarro com sangue em casos mais graves. Pessoas com esses sintomas associados ou
isoladamente devem procurar um Posto de Saúde o mais rápido possível, pois o tratamento é gratuito e deve ser iniciado
imediatamente.
Diagnóstico. Leva em consideração os sintomas e é confirmado pela radiografia do pulmão e análise do catarro. Ajudam a
confirmar o diagnóstico o teste de Mantoux, que consiste na aplicação de tuberculina (extraída da própria bactéria) debaixo
da pele, a broncoscopia e a biópsia pulmonar.
Tratamento. O tratamento é feito com três drogas diferentes: pirazinamida, isoniazida e rifamicina. Durante dois meses, o
paciente toma os três medicamentos e, a partir do terceiro mês, toma só isoniazida e rifampicina.
O bacilo da tuberculose cresce fora e dentro da célula de defesa. Quando está fora, não só se multiplica muito rápido como
adquire resistência também muito depressa. Para impedir seu crescimento e divisão fora da célula se fazem necessárias as
três drogas e o tempo mais prolongado de tratamento.
Dentro da célula de defesa, ele cresce mais lentamente e a indicação é usar uma droga que penetra na célula a fim de
bloquear o crescimento da bactéria em seu interior. Por isso, os remédios devem ser tomados por seis meses. Já se tentou
reduzir para quatro meses, mas a taxa de recidiva foi muito grande. É fundamental seguir à risca o tratamento. O que se
tentou fazer, e com bons resultados, para facilitar a adesão dos pacientes foi prescrever doses mais altas para serem
tomadas apenas dois dias na semana.
Recomendações. Não suspenda o uso da medicação antes do prazo previsto. Se você começar a tomar os remédios e parar
no meio do caminho, com certeza irá selecionar uma colônia de bactérias resistentes aos medicamentos e ficará mais difícil
ser curado.
1. Lembre-se de que desnutrição, alcoolismo, uso de drogas ilícitas e de medicação imunossupressora aumentam o risco
de contrair a doença;
Professora: Luzanira
2. Familiares e pessoas próximas aos infectados devem manter certos cuidados básicos como forma de afastar o risco de
contágio durante a fase inicial da doença;
3. Portadores do vírus HIV e de doenças como diabetes, por exemplo, podem desenvolver formas graves de tuberculose.
Por isso, devem manter-se sob constante observação médica;
4. Leve seu filho para tomar a vacina BCG contra a tuberculose. Se não foi vacinado, aos cinco anos, deve fazer o teste de
Mantoux, ou PPD. Caso não apresente reação, deve ser vacinado em qualquer faixa de idade.
Taxa de abandono do tratamento da tuberculose no Brasil chega a 9%, quando o máximo estabelecido pela OMS é 5%. Veja
medidas que podem melhorar o quadro.
A tuberculose é um problema sério de saúde pública. O Brasil ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80%
do total de casos em todo o mundo. A principal forma de prevenção é aplicando a vacina BCG (sigla para “Bacilo de
Calmette-Guérin”) em dose única, logo após o nascimento, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. Essa é a
vacina que deixa uma cicatriz no braço, que levamos por toda a vida. No passado, recomendava-se a revacinação caso não
houvesse cicatriz, mas o Ministério da Saúde não faz mais essa orientação.
PREVENÇÃO: A vacina BCG é eficaz contra os tipos mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meningite
tuberculosa, mas é importante ressaltar que não previne 100% contra a tuberculose pulmonar. Ela é contraindicada para
bebês prematuros com menos de 2 kg, pessoas imuno deprimidas e recém-nascidos de mães que, durante a gestação,
utilizaram medicamentos que possam ter provocado imunodepressão no feto.
Apesar de ser uma doença que tem vacina e da elevada taxa de cura, boa parte dos pacientes abandona o tratamento no
meio. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que os programas de tratamento da tuberculose tenham uma taxa
de abandono inferior a 5%. No Brasil, por sua vez, de acordo com as estimativas do Ministério da Saúde, esse número chega
a 9%. Segundo Aglaé Gambirasio, enfermeira do Instituto Clemente Ferreira, referência no tratamento de tuberculose no
Estado de São Paulo, um dos grandes motivos do abandono do tratamento é que os pacientes melhoram rapidamente,
logo nas primeiras semanas. Com apenas quatro comprimidos diários, em aproximadamente 15 dias os sintomas de
inapetência, febre, emagrecimento acentuado e tosse diminuem consideravelmente. A pessoa até deixa de transmitir a
doença, mas a questão é que ela não está curada.
O tratamento é longo porque o bacilo da tuberculose cresce fora e dentro das células de defesa do organismo. Quando
está fora, ele se replica muito depressa e adquire resistência rapidamente. Dentro da célula, cresce mais lentamente, e por
isso é preciso usar uma droga que penetre a estrutura, a fim de bloquear o crescimento da bactéria em seu interior. “No
Instituto, tratamos os casos complicados de tuberculose. São pacientes com doença multirresistente e que já estão em seu
sétimo, oitavo tratamento. O grande problema é que as possibilidades terapêuticas vão diminuindo e um tratamento que
era para durar seis meses perdura por mais de quatro anos. Sem contar que o abandono acaba encarecendo o tratamento”,
esclarece. O Estado de São Paulo possui o maior número absoluto de casos de tuberculose do Brasil. Foram 16.889 casos
novos descobertos em 2015. A Secretaria de Estado da Saúde não soube informar a taxa de desistência do tratamento.
Outra dificuldade é que o paciente que segue o tratamento precisa ir diariamente até o posto para receber os
medicamentos, para garantir que ele irá ingerir os remédios. Como muitos moram longe da unidade básica de saúde, alguns
acabam deixando de comparecer ao posto, o que aumenta ainda mais o prazo de conclusão do tratamento. Para tentar
reverter o quadro, já que muitos dos pacientes com tuberculose são indivíduos em vulnerabilidade social, como pessoas
em situação de rua ou cárcere, pacientes com HIV e aids e dependentes químicos, a nova estratégia de controle da
tuberculose pós-2015 da OMS recomenda algumas ações específicas, como auxílio-alimentação e transporte gratuito.
Segundo dados do último boletim de tuberculose do MS, dos 181 municípios prioritários para o controle da doença no
Brasil, 44% informaram disponibilizar um ou mais tipos de benefício social ou incentivo de adesão ao tratamento da
tuberculose. As unidades de saúde do Estado de SP, por exemplo, fornecem um lanche logo após o paciente receber os
remédios, pois as drogas precisam ser ingeridas em jejum. “É muito importante divulgar para a população que a doença
tem tratamento e pode ser curada. O diagnóstico precoce também é importante, por isso a pessoa deve procurar ajuda
médica se apresentar tosse crônica, com ou sem catarro, há mais de três semanas, perda de peso e dor no peito”,
complementa.
Professora: Luzanira