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Poluição Atmosférica

Introdução

A poluição atmosférica refere-se a mudanças da atmosfera susceptíveis de causar


impacto a nível ambiental ou de saúde humana, através da contaminação por gases,
partículas sólidas, liquidas em suspensão, material biológico ou energia. A adição dos
contaminantes pode provocar danos diretamente na saúde humana ou no ecossistema,
podendo estes danos ser causados diretamente pelos contaminantes, ou por elementos
resultantes dos contaminantes. Para além de prejudicar a saúde, pode igualmente
reduzir a visibilidade, diminuir a intensidade da luz ou provocar odores desagradáveis.
Esta poluição causa ainda mais impactos no campo ambiental, tendo ação direta no
aquecimento global, sendo responsável por degradação de ecossistemas e potenciadora
de chuvas ácidas.

A concentração dos contaminantes reduz-se à medida que estes são dispersos na


atmosfera, o que depende de fatores climatológicos, como a temperatura, a velocidade
do vento, o movimento de sistemas de alta e baixa pressão e a interacção destes com a
topografia local, montanhas e vales por exemplo. A temperatura normalmente diminui
com a altitude, mas quando uma camada de ar frio fica sob uma camada de ar quente
produzindo uma inversão térmica, a dispersão ocorre muito lentamente e os
contaminantes acumulam-se perto do solo. Para analisar a dispersão, recorre-se a
modelos de dispersão atmosférica, que são modelos computorizados onde através de
formas matemáticas complexas são simulados os comportamentos físico e químicos dos
contaminantes, podendo caracterizar ou prever a acção dos mesmos no meio
envolvente.

Ao longo dos tempos, a comunidade política e civil foi sendo alertada para os efeitos
adversos, tendo sido assinados vários protocolos internacionais no sentido de mitigar
ou resolver alguns dos problemas existentes, como o caso do protocolo de Montreal,
que aboliu o uso dos CFC's, sendo considerado um dos protocolos de maior sucesso, ou
ainda mais recente, o protocolo de Quioto.

Autora: Melanie Grunkraut


“Pense no Meio Ambiente. Só imprima este documento se for realmente necessário”
1) Objetivo Geral
Conscientizar as pessoas sobre o que é a poluição do ar e formas de minimizá-la.

2) Objetivo Específico
Aprofundar os conhecimentos sobre as implicações da poluição atmosférica na
saúde das pessoas e no meio ambiente.

3) Público Alvo: Ensino Médio

4) Número de Aulas: o trabalho será realizado em cinco etapas divididas em aulas


a critério do professor.

5) Áreas Contempladas

Geografia

o Poluição Atmosférica

Aquecimento Global
• Protocolo de Montreal
• Protocolo de Quioto
Chuva Ácida
• Impactos ecológicos
Efeito Estufa
Camada de Ozônio

Temas Transversais

o Meio Ambiente

Preservação
Ecologia
Fontes Poluidoras
Indústria Verde
• Produção Mais Limpa (P+L)

Química

o Ciclos dos poluentes

Produção e emissão de poluentes


• Poluentes primários
Dispersão e transporte
• Poluentes secundários
Deposição

Autora: Melanie Grunkraut


“Pense no Meio Ambiente. Só imprima este documento se for realmente necessário”
6) Metodologia Aplicada

1ª etapa

Saber mais sobre a poluição atmosférica. Veja esse material:

Poluição do ar

A maior parte da poluição do ar é produzida como resultado da queima de


combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Esses combustíveis foram formados
durante milhares de anos a partir de plantas e animais mortos. Os depósitos se
formavam e eram finalmente cobertos por outras rochas e comprimidos. Eles
permaneceram praticamente intactos até a metade do século XIX. Desde então, são
usados em quantidades cada vez maiores para mover veículos, aquecer edifícios nos
países frios e fundir metais como o ferro.

Quando o combustível é queimado, não libera apenas energia, mas muitos produtos
químicos, incluindo enxofre e nitrogênio contidos no material orgânico. Essas
substâncias são dois dos mais importantes ingredientes na chuva ácida. Enxofre e
nitrogênio são subprodutos indesejáveis na queima dos combustíveis, sendo geralmente
lançados diretamente na atmosfera onde se acreditava que se dispersavam sem riscos.

Hoje sabemos que não é assim. Eles se convertem rapidamente em dióxido de enxofre e
óxidos de nitrogênio, os quais podem ser julgados prejudiciais ao meio ambiente.

As quantidades lançadas na atmosfera são espantosas: cerca de 24 milhões de


toneladas de dióxido de enxofre por ano na América do Norte e 44 milhões de
toneladas na Europa. É o suficiente para encher completamente cerca de 150
petroleiros! A maior parte do enxofre vem das fábricas e usinas termelétricas.

A quantidade de óxidos de nitrogênio produzida é menor, mas mesmo assim chega a 22


milhões de toneladas na América do Norte e 15 milhões de toneladas na Europa
Ocidental. A maior parte dos óxidos de nitrogênio provém da emissão dos motores dos
veículos. À medida que o tráfego aumenta em até 20% ao ano na Europa, é provável
que o problema se agrave, a menos que se tomem providências imediatas.

Autora: Melanie Grunkraut


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O que acontece com a poluição do ar?

Uma parte da poluição rapidamente se precipita ao solo, antes de ser absorvida pela
umidade do ar. Depositam-se nas árvores, edifícios e lagos, geralmente na área onde
foi produzida. É a chamada precipitação seca. Estes depósitos se formam e mais tarde
se combinam com a água da chuva, transformando-se em ácidos.

O resto da poluição pode permanecer no ar por mais de uma semana e é transportada


pelo vento a longas distâncias. Durante esse período, as substâncias químicas reagem
com o vapor d’água na atmosfera, transformando-se nos ácidos sulfúrico e nítrico
diluídos. Esses ácidos também reagem com outras substâncias químicas na atmosfera
formando poluentes secundários. Destes, o ozônio é um dos mais perigosos, pois
prejudica a vegetação.

Quando a precipitação ácida ocorre sob a forma de neve, os problemas para o meio
ambiente são retardados, mas podem ser muito piores posteriormente. Durante o
inverno, a neve se acumula no solo, retendo seus ácidos. Na primavera, quando a neve
derrete, há um súbito fluxo de água que corre pelo chão até os rios e lagos.
Eventualmente, ácidos que ficaram retidos por seis meses são liberados em poucas
semanas. Estas correntezas ácidas, como são chamadas, são particularmente
prejudiciais para plantas e animais.

A ação do vento

Por volta de 1661, cientistas da Grã-Bretanha descobriram que a poluição industrial


podia afetar a saúde das pessoas e as plantas das redondezas. Com o crescimento
industrial nos séculos XVIII e XIX, aumentaram os danos para a saúde das pessoas e
para o meio ambiente. Entretanto, ninguém pensava que a poluição pudesse ser
transportada para muito longe. Então, em 1881, um cientista norueguês descobriu um
fenômeno que ele chamou de precipitação suja, o qual ocorria na costa oeste da
Noruega, onde não havia indústria poluidora. Ele suspeitou que viesse da Grã-
Bretanha. Hoje os cientistas provam, sem sombra de dúvida, que a poluição é
conduzida pelo ar a grandes distâncias. Se alguma prova adicional fosse necessária,
seria fornecida pelo acidente na usina nuclear de Chernobyl, que produziu chuvas
radioativas em áreas da Europa Ocidental e Oriental. Os efeitos dessa chuva
radioativa sobre o ambiente podem perdurar por dezenas de anos.

Os países escandinavos reconheceram que a chuva ácida era uma das causas
principais da acidificação de seus lagos. Aceitando essa evidência, a maioria dos
países concorda em reduzir suas emissões. Alguns, entretanto, mostram muita má
vontade, e afirmam que são evidências mais contundentes para provar que o dióxido de
enxofre causa de fato um grande malefício ao meio ambiente.

A que distância a poluição pode alcançar?

Se você olhar para a fumaça que sai de uma chaminé, verá que em poucos dias do ano
ela sobe verticalmente. Na maior parte das vezes ela se inclina, porque o ar ao redor
da chaminé está em movimento. Mesmo quando parece haver apenas uma brisa
próxima ao solo, nas camadas mais altas o vento pode ser bem mais forte.

Autora: Melanie Grunkraut


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A poluição que sai das chaminés é levada pelo vento. Uma parte dela pode permanecer
no ar durante uma semana ou mais, antes de se depositar no solo. Nesse período ela
pode ter viajado muitos quilômetros. Mesmo um vento fraco de 16 km/h poderia
transportá-la para além de 1600 km em cinco dias. Quanto mais a poluição permanece
na atmosfera, mais a sua composição química se altera, transformando-se num
complicado coquetel de poluentes que prejudica o meio ambiente.

Nas mais importantes áreas industriais do Hemisfério Norte, o vento predominante


(aquele que sopra com mais frequência) vem do oeste. Isso significa que as áreas
situadas no caminho do vento, que sopra destas regiões industriais, recebem uma
grande dose de poluição. Cerca de 3 milhões de toneladas de poluentes ácidos são
levados a cada ano dos Estados Unidos para o Canadá. De todo o dióxido de enxofre
precipitado no leste canadense, metade dele provém das regiões industriais situadas no
nordeste dos EUA.

Resolvendo os problemas:

Conservação de energia:

O modo de vida ocidental envolve o consumo de grande quantidade de energia no


transporte, na indústria, na refrigeração, na iluminação e na preparação de alimentos.
Todavia, calcula-se que se empregássemos os combustíveis de modo mais eficiente e
adotássemos medidas para conservar energia, ainda poderíamos desfrutar de um alto
padrão de vida consumindo a metade da energia. Quanto menor for a quantidade de
energia consumida, será proporcionalmente menor a quantidade de poluição
produzida.

Uso de fontes alternativas de energia

Carvão, petróleo e gás natural são usados para suprir mais de 75% das exigências
mundiais. Essas fontes fatalmente se esgotarão um dia. É possível utilizar fontes
naturais inesgotáveis de energia. São as chamadas fontes renováveis de energia. Elas
incluem a energia hidrelétrica (uso de energia das quedas d’água para acionar
geradores); Biomassa (queima de matérias orgânicas de origem vegetal ou animal);
energia geotérmica (uso do calor natural das profundezas da crosta terrestre); Energia
das ondas do mar e das marés; E a energia eólica dos moinhos de vento. A energia
nuclear, que é gerada a partir de fissões atômicas, também é renovável e não produz
poluentes como o dióxido de enxofre e os óxidos de nitrogênio. Por outro lado, existe
muita gente que vive atemorizada pelos perigos dos acidentes nucleares e se preocupa
com o acondicionamento do lixo atômico.

Entre os recursos renováveis, a energia hidrelétrica é uma das mais desenvolvidas,


fornecendo 25% da eletricidade mundial. No entanto, essa quantidade poderia ser
extremamente aumentada, com um mínimo de prejuízo para o meio ambiente.
Atualmente, destina-se muito pouco dinheiro para a pesquisa e o desenvolvimento da
energia eólica e das ondas do mar. Com tudo, as fazendas de vento da Califórnia, EUA,
mostram que energia não poluente pode ser produzida de modo economicamente viável
e em quantidade suficiente.

Autora: Melanie Grunkraut


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Uso de combustíveis com baixo teor de enxofre

Nem todo o carvão ou petróleo contém grande quantidade de enxofre. Passando a


explorar essas fontes, a quantidade de poluição poderia ser reduzida. Mas qual seria o
efeito sob aquelas áreas onde as pessoas trabalham na mineração de combustíveis
fósseis com alto teor de enxofre? Haveria muito desemprego?

Remoção da poluição na fonte

O enxofre pode ser removido do combustível antes de ser queimado e vendido para a
indústria como subproduto. Isso realmente melhoraria as perspectivas de empregos nas
áreas de mineração, mas somente o seu carvão ainda pudesse ser vendido por um preço
elevado. Alternativamente, o enxofre pode ser removido da fumaça antes que esta seja
lançada na atmosfera. Pode-se fazer isso utilizando dispositivos chamados
dessulfurizadores, que são instalados nas chaminés. Sua função é borrifar cal sob a
fumaça.

Mudança no nosso comportamento

Há atitudes que cada um de nós pode tomar agora para reduzir os problemas de
poluição. Por exemplo, diminuindo apenas 2° no termostato do aquecimento central
nos países frios, se gastaria bem menos combustível. Em vez de aumentar o
aquecimento, as pessoas poderiam se agasalhar melhor. Dirigindo mais devagar,
reduzindo-se a quantidade de óxido de nitrogênio produzida pelos motores. Em alguns
países, os limites de velocidade poderiam ser reduzidos. Um limite de 80 km/h parece
estabelecer uma boa combinação entre velocidade e a poluição. Uma grande
quantidade de energia e poluição poderia ser poupada, se mais pessoas utilizassem
regulamente o transporte coletivo, em vez de se deslocarem em seus próprios carros.
Isso, evidentemente, exigirá uma atuação mais decidida do poder público para
melhorar esse tipo de transporte.

Educação

A não ser que as pessoas se conscientizem da seriedade do problema, pouco incentivo


haverá para que os cientistas atuem adequadamente.

A educação desempenha, sem dúvida alguma, um papel importante na conscientização


sobre os problemas ambientais.

Sugestão de atividade
o Dividir a classe em grupos e selecionar uma ou mais itens da área
“Resolvendo os problemas”. Pesquisar a dificuldade na implantação dos
mesmos.

Autora: Melanie Grunkraut


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2ª etapa

O mote é o de aprofundar os conhecimentos sobre os poluentes atmosféricos, os ciclos


da poluição e a chuva ácida.

Poluente

Material presente na atmosfera, a partir de fontes naturais ou antropogênicas,


atingindo uma concentração ou um nível tal, que se observa qualquer efeito adverso:

• saúde ou bem estar humanos;


• vida das plantas e dos animais;
• materiais de valor para a sociedade;
• se prevê qualquer alteração do equilíbrio ecológico e físico do Globo.

CICLO DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

1ª FASE DO CICLO: PRODUÇÃO E EMISSÃO DE POLUENTES

A grande maioria das fontes poluidoras encontra-se à superfície do globo e, por isso,
em geral, a concentração da poluição é maior nas camadas inferiores da atmosfera e
menos densa em altitude. Os Poluentes primários são emitidos diretamente para a
atmosfera, apresentando, na generalidade, uma estrutura química muito simples.

O poluente mais abundante é o Dióxido de carbono. (CO2). É lançado na atmosfera


quer através de plantas e animais devido à utilização de combustíveis fósseis
(petróleo, gás natural e carvão). Também são lançadas na atmosfera quantidades
enormes de monóxido de carbono (CO) proveniente, essencialmente, de motores de
combustão interna. O óxido nítrico e o dióxido de azoto são poluentes
frequentemente designados por óxidos de azoto (NOx). Podem ter uma origem
natural como, por exemplo, emissão direta pela ação microbiana do solo, ou uma
origem antropogênica tal como a combustão do carvão e gasolina, transportes
automóveis e aéreos, indústrias e centrais termoelétricas.

Autora: Melanie Grunkraut


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As plantas emitem uma grande variedade de hidrocarbonetos gasosos. Um dos
gases que é lançado na atmosfera, proveniente da decomposição de plantas e
animais é o metano (CH4), também conhecido por gás dos pântanos. O mesmo se
passa com o dióxido de enxofre (SO2), proveniente da oxidação na atmosfera do
ácido sulfurídrico, produto da decomposição da matéria orgânica. O SO2 também
se forma diretamente e é lançado na atmosfera com a queima dos combustíveis
fósseis.

No que respeita às partículas sólidas distribuídas na atmosfera e que constituem o


aerossol, consideram-se uma grande variedade de fontes: vulcões, fogos florestais,
rebentamento das bolhas de espuma das ondas do mar, etc.

2ª FASE DO CICLO: DISPERSÃO E TRANSPORTE

Nesta fase que são formados os Poluentes Secundários. Estes resultam de reações
químicas que ocorrem na atmosfera e onde participam alguns poluentes primários.
É necessário algum tempo para a formação deste tipo de poluentes, que ocorre à
medida que as massas de ar se deslocam, atingindo concentrações mais elevadas
em áreas mais afastadas das fontes de emissão (poluição transfronteiriça). Estes
poluentes são responsáveis pelo “smog”, nevoeiro, chuvas ácidas, etc. produzindo
efeitos negativos na saúde, no ambiente e nos materiais. Só podem ser controlados
através da diminuição das emissões dos poluentes primários.

3ª FASE DO CICLO: DEPOSIÇÃO

A poluição que é lançada na atmosfera, depois de se dispersar, de se misturar e


difundir é, finalmente, removida por processos naturais. Os mecanismos mais
eficazes são os da formação das nuvens e o da precipitação. Pode dizer-se que
mais de 80% dos poluentes são removidos pela precipitação. Com a nucleação
heterogênea (formação de nuvens) faz-se uma “limpeza” da atmosfera, que
depois é complementada pela precipitação de chuva, neve ou granizo. Por sua
vez estas, no seu caminho continuam a arrastar, adsorver e a incorporar muitos
poluentes, que assim varrem a atmosfera e atingem o solo. No entanto, os
poluentes de menores dimensões “voam” em torno das gotas de água, não
sendo capturados.

CHUVA ÁCIDA

A “chuva ácida” pode ser definida como precipitação (neve, chuva, granizo,
nevoeiro), com pH inferior a 4,5-5, provocada pela libertação para a atmosfera
de dióxido de enxofre e óxidos de azoto.

Autora: Melanie Grunkraut


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A chuva ácida (deposição ácida) é causada principalmente pelas emissões de
dióxido de enxofre e dos óxidos de azoto. O dióxido de enxofre forma-se pela
queima de combustíveis fósseis com grandes quantidades de enxofre como, por
exemplo, o petróleo. Os dióxidos de azoto provêm de várias atividades
industriais e dos fumos do escape os automóveis. Na atmosfera, os óxidos de
enxofre e azoto são convertidos em ácido sulfúrico e nítrico, após reagirem com
a água, oxigênio, dióxido de carbono e luz solar, caindo sob a forma de chuva
corrosiva. Os ventos podem transportar as nuvens carregadas de “Chuvas
ácidas” até cerca de 3000 km de distância da sua fonte original, dependendo do
vento, da altura das chaminés das fábricas, da frequência das chuvas e das
condições da atmosfera, transformando o controlo destas num problema
internacional.

IMPACTOS ECOLÓGICOS DA CHUVA ÁCIDA

• Efeitos nas florestas

Ao longo dos anos, cientistas e todas as pessoas que lidam com florestas, têm
reparado que as árvores de algumas florestas não crescem como seria de
esperar e que as folhas em vez de estarem verdes e saudáveis, ficam castanhas e
acabam por cair. A chuva ácida não é responsável pela morte das árvores
diretamente. Normalmente enfraquece a árvore matando as suas folhas,
limitando os nutrientes de que precisa ou envenenando o solo com substâncias
tóxicas. Os cientistas acreditam que a água acidificada dissolve os nutrientes
que estão no solo e arrasta-os rapidamente antes que as plantas os possam
utilizar para crescer. Ao mesmo tempo, a chuva ácida pode causar a libertação
de substâncias tóxicas como o alumínio no solo, estas são muito perigosas para
as plantas.

• Efeitos nos ecossistemas aquáticos

O efeito da chuva ácida é facilmente visível em meios aquáticos como lagos,


rios ou pântanos, para onde a chuva ácida escorre depois de cair sobre
florestas, campos, estradas ou construções. A maior parte dos rios e lagos tem
um pH entre 6 e 8, no entanto, se os solos e mesmo a água não têm a
capacidade de neutralizar a chuva ácida, o pH dos lagos pode atingir valores
perto de 5. Este fenómeno pode levar à morte de todos os organismos que
habitam nos meios aquáticos.

Autora: Melanie Grunkraut


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• Efeitos em construções

A chuva ácida é responsável pela corrosão de pedra, metal ou tinta.


Praticamente todos os materiais expostos à chuva e ao vento durante muito
tempo degradam-se gradualmente. A chuva ácida vai acelerar este processo,
destruindo estátuas, prédios ou monumentos. Reparar os estragos causados pela
chuva ácida em casas e prédios pode ser muito caro, sendo por vezes impossível
caso degradação seja muito acentuada.

• Efeitos em pessoas

A chuva ácida tem o mesmo aspecto e gosto que a água normal. Os danos
causados às pessoas através não são diretos. Caminhar sobre a chuva ácida ou
mesmo tomar banho num lago acidificado não é muito perigoso. O verdadeiro
perigo para as pessoas é a poluição atmosférica que causa a chuva ácida. O
dióxido de enxofre e os óxidos de azoto são os principais responsáveis pela
chuva ácida. Estes gases podem irritar ou mesmo danificar os nossos pulmões.

Sugestão de atividade
o Formas de minimizar os efeitos da chuva ácida nas pessoas e no
meio ambiente.

4ª etapa

Conhecer a influência das indústrias que podem ser uma fonte de poluição atmosférica,
prejudicando a saúde e o meio ambiente. Veja esse material:

Fontes Poluidoras

A nível nacional destacam-se, pelas suas emissões, as Unidades Industriais e de


Produção de Energia como a geração de energia elétrica, as refinarias, fábricas de
pasta de papel, siderúrgicas, cimenteiras e indústria química e de adubos. A utilização
de combustíveis para a produção de energia é responsável pela maior parte das
emissões de SOx e CO2 contribuindo, ainda, de forma significativa para as emissões de
CO e NOx. O uso de solventes em colas, tintas, produtos de proteção de superfícies,
aerossóis, limpeza de metais e lavanderias é responsável pela emissão de quantidades
apreciáveis de Compostos Orgânicos Voláteis.

Existem outras fontes poluidoras que, em certas condições, se podem revelar


importantes, tais como:

Autora: Melanie Grunkraut


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A queima de resíduos urbanos, industriais, agrícolas e florestais, feita muitas vezes, em
situações incontroladas. A queima de resíduos de explosivos, resinas, tintas, plásticos,
pneus é responsável pela emissão de compostos perigosos;

Os fogos florestais são, nos últimos anos, responsáveis por emissões significativas de
CO2;

O uso de fertilizantes e o excesso de concentração agropecuária, são os principais


contribuintes para as emissões de metano, amoníaco e N2O;

As indústrias de minerais não metálicos, a siderurgia, as pedreiras e áreas em


construção, são fontes importantes de emissões de partículas.

Fontes Móveis

As fontes móveis, sobretudo os transportes rodoviários, são uma fonte importante de


poluentes, essencialmente devido às emissões dos gases de escape, mas também como
resultado da evaporação de combustíveis. São os principais emissores de NOx e CO,
importantes emissores de CO2 e de COV, além de serem responsáveis pela emissão de
poluentes específicos como o chumbo.

Consequências

O aumento da temperatura global e consequentes incêndios, derretimento da calota


polar e as enchentes, alagamentos, mudança de clima e desertificação.

Acidificação

Poluentes como o NOx é o principal responsável pelo problema da acidificação. Em


contato com a água transformam-se em ácidos sulfúrico e nítrico, os quais dissolvidos
na chuva e na neve atingem o solo sob a forma de sulfatos (SO42-), nitratos (NO3-) e
ions de Hidrogênio (H+) - deposição húmida. No entanto o SO2 e os NOx podem ser
depositados diretamente no solo ou nas folhas das plantas como gases ou associados a
poeiras - deposição seca. A acidez é dada pela concentração de (H+) liberados pelos
ácidos e é normalmente indicada pelos valores de pH.

Efeito Estufa

A temperatura da troposfera é pouco afetada pela radiação solar direta, a que é


relativamente transparente, aquecendo sobretudo como resultado da absorção das
radiações de grande comprimento de onda emitidas pela superfície terrestre. A
absorção da radiação terrestre é efetuada por diversos compostos de que se salienta o
CO2, mas também o CH4, Ozono, N2O e os CFC. Estes funcionam assim como os
vidros de uma estufa, deixando passar a radiação solar que aquece o solo e retendo a
radiação terrestre. É por esta razão que o acréscimo na concentração destes poluentes
poderá ter como reflexo o aumento da temperatura do ar. O aumento da temperatura
do globo terá como consequências prováveis o aumento das áreas desérticas bem como
o degelo das calotas polares com a consequente subida do nível das águas dos oceanos.

Autora: Melanie Grunkraut


“Pense no Meio Ambiente. Só imprima este documento se for realmente necessário”
Registraram nos últimos anos aumentos da concentração atmosférica de CO2, numa
amplitude que ultrapassa as oscilações do último milhar de anos e de que as principais
causas serão o aumento de uso de combustíveis fósseis e a deflorestação.

O reconhecimento por parte da Comunidade Internacional, da grande importância da


estabilização dos gases com efeito de estufa a níveis que não afetem o sistema climático
global, levou à adoção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as alterações
climáticas, que entrou em vigor a 21 de Março de 1994.

Redução da Camada de Ozônio

A presença do ozônio na estratosfera (entre 20 e 40 km de altitude) funciona como uma


barreira para a radiação ultravioleta, tornando-se assim essencial para a manutenção
da vida na superfície terrestre. Desde os anos 70 que se tem medido a redução da
concentração de ozônio em locais específicos da atmosfera ("buracos do ozônio" nas
regiões Antártica e Ártica) e de uma forma geral em todo o planeta.

É reconhecido que as emissões à escala mundial de certas substâncias, entre as quais


se contam os hidrocarbonetos clorofluorados (CFC's) e os Halons, podem deteriorar a
camada de ozônio, de modo a existir risco de efeitos nocivos para a saúde do homem e
para o ambiente em geral. Atentos a esta problemática mais de cem países já
ratificaram a Convenção de Viena para a proteção da camada de ozônio e o Protocolo
de Montreal sobre as substâncias que deterioram a camada de ozônio. Este Protocolo
estabelece o controlo da produção e consumo de cerca de 90 substâncias
regulamentadas.

Sugestão de atividade
o Explique esse pequeno texto: “Os efeitos negativos dos poluentes
atmosféricos nos materiais, resultam da abrasão, reações
químicas diretas ou indiretas, corrosão eletroquímica ou devido
à necessidade de aumentar a frequência das ações de limpeza. As
rochas calcárias são as mais afetadas nomeadamente pela
acidificação das águas da chuva.
o Os odores são responsáveis por efeitos psicológicos importantes
estando associados, sobretudo, aos locais de deposição e
tratamento de resíduos sólidos e a algumas indústrias de que são
exemplo as fábricas de pasta de papel.”

5ª etapa

Aprofundar os conhecimentos sobre as Indústrias Verdes e o conceito P+L. Veja esse


material:

Você sabe o que são Indústrias Verdes? Saiba mais sobre o surgimento dessas
organizações e a adoção de métodos produtivos menos poluentes como oportunidades
de negócio.

Autora: Melanie Grunkraut


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Indústrias verdes

Com o crescimento da preocupação em caráter mundial em se conseguir o


desenvolvimento sustentável preconizado pela Rio/92, e o consequente aumento do
poder de pressão do consumidor, cada vez mais exigente em termos ambientais, as
empresas potencialmente poluidoras estão preocupadas com sua imagem, de maneira
que estão procurando adaptar-se aos novos tempos, diminuindo seu potencial
poluidor.

Por sua vez, a competitividade moderna também exige das indústrias adequação a esta
tendência ambiental, o que está propiciando o surgimento de indústrias de produtos e
serviços ambientais, as chamadas "indústrias verdes", que têm suas atividades
especializadas e direcionadas à criação e desenvolvimento de processos programas,
serviços e equipamentos anti-poluidores que visam diminuir ou eliminar a poluição,
como por exemplo: reciclagem de lixo, filtros, catalisadores, etc.

Portanto, indústrias verdes são aquelas cuja produção está adequada aos novos
parâmetros ambientais e estão direcionadas a serviços que visem a diminuição da
poluição.

Produção mais Limpa e Prevenção da Poluição

Toda atividade humana, principalmente de caráter empresarial, tem efeitos


ambientais. Há algumas décadas, a geração de poluentes pelas empresas era
entendida como uma consequência inevitável nos processos industriais, o que
provocou um grau de deteriorização ambiental acentuado em muitas regiões do
mundo.

Em 1972 a ONU organizou a I Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, que


resultou na criação de órgãos de proteção ambiental em diversos países. Durante
muito tempo estes órgãos se ocupavam apenas de fiscalizar o atendimento dos padrões
ambientais estabelecidos. Por sua vez as empresas potencialmente poluidoras estavam
preocupadas unicamente em atender à legislação ambiental. À medida que os
problemas ambientais ficaram mais evidentes e a ideia de qualidade total no setor
produtivo ganhou consistência, se percebeu que o controle de impactos ambientais só
seria efetivo através de um Sistema de Gestão Ambiental.

Ao mesmo tempo o foco do controle ambiental migrou das tecnologias de tratamento


de fim de tubo para as ações dentro do setor produtivo, através de Programas de
Prevenção da Poluição e da adoção de Tecnologias Limpas.

A Produção Mais Limpa (P+L) é a aplicação contínua de uma estratégia ambiental


preventiva, integrada aos processos, produtos e serviços, para aumentar a
ecoeficiência e reduzir os riscos ao homem e ao meio ambiente. Sua adoção requer
mudanças de atitude, garantia de gerenciamento ambiental responsável, criação de
políticas nacionais direcionadas e avaliação de alternativas tecnológicas. A P+L
aplica-se a:

Autora: Melanie Grunkraut


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•Processos produtivos: conservação de matérias-primas e energia, eliminação de
matérias-primas tóxicas, redução da quantidade e da toxidade dos resíduos e
emissões;

•Produtos: redução dos impactos negativos ao longo do ciclo de vida de um produto


(desde a extração das matérias-primas até sua disposição final);

•Serviços: incorporação de preocupações ambientais no planejamento e entrega dos


serviços.

A prevenção da poluição é um processo associado à P+L. É a utilização de processos,


práticas, materiais, produtos ou energia que evitem ou minimizem a geração de
poluentes e resíduos na fonte de geração e reduzam os riscos globais para a saúde
humana e para o ambiente.

Sugestão de atividade

Pesquisa na sua cidade de empresas que adotam o P+L e de que forma


isso é feito.

7) Produto Final

Pesquisa histórica sobre a poluição atmosférica. Ressaltar entre outros:


o Hipócrates e o efeito do clima nas doenças;
o Sêneca e a poluição das cidades;
o Rainha Isabel I e a poluição causada pelo carvão;
o Revolução Industrial.

Pesquisar se toda fumaça emitida pelas chaminés das indústrias são sempre
tóxicas e poluidoras.

Pesquisa sobre a poluição causada pelas motos, comparada com os outros


meios de transporte.

Campanha de divulgação do Dia Mundial da Preservação da Camada do


Ozônio - 16 de Setembro

Autora: Melanie Grunkraut


“Pense no Meio Ambiente. Só imprima este documento se for realmente necessário”
8) Sites Pesquisados

http://www.cefetsp.br/edu/eso/poluicaoar261.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o_atmosf%C3%A9
rica
http://ecoguia.cm-mirandela.pt/index.php?oid=88
http://achetudoeregiao.net/ANIMAIS/poluicao_no_ar.htm
http://intranet.meioambiente.ba.gov.br/index.php?option=com_content&
view=article&id=9023:texto-teste&catid=7:dicas-e-
curiosidades&Itemid=99

9) Autoria: Melanie Grunkraut

Autora: Melanie Grunkraut


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