2 Modelagem da planta 2
2.1 Obtenção das EDO’s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.1.1 Descrição do sistema mecânico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.1.2 Modelo Matemático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Descrição em Espaço de Estados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3 Função de Transferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 Polos e Zeros da Função de Transferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.4.1 Diagrama de Polos e Zeros do item G11 . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.4.2 Diagrama de Polos e Zeros do item G12 . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.4.3 Diagrama de Polos e Zeros do item G22 . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4 Conclusão 20
1 Descrição do Problema
O desenvolvimento deste trabalho será realizado utilizando como base o Trabalho
de Conclusão de Curso de autoria de Guilherme Saraiva Bueno, Engenheiro Eletricista
formado pela Universidade Federal do Maranhão. Este trabalho tem como problemática
a ser resolvida a implementação de um sistema de controle automático - baseado em
eventos discretos e variáveis contínuas - para a regulagem do nível de líquido em três tan-
ques dispostos em cascata, visando controlar o nível de água nos dois tanques mais elevados.
1
2 Modelagem da planta
2.1 Obtenção das EDO’s
2.1.1 Descrição do sistema mecânico
O sistema de reservatório de três tanques a ser controlado será representado matemati-
camente e esquematicamente de acordo com a figura a seguir:
Onde:
B1 = Bomba 1
B2 = Bomba 2
R1 = Resistência ao fluxo de líquido do tanque 1 [s/m2]
R2 = Resistência ao fluxo de líquido do tanque 2 [s/m2]
q1 = Vazão da Bomba 1 [cm3/s]
q2 = Vazão da Bomba 2 [cm3/s]
q3 = Vazão de saída do tanque 1 [cm3/s]
q4 = Vazão de saída do tanque 2 [cm3/s]
C1 = Capacitância do tanque 1 [144 cm2]
C2 = Capacitância do tanque 2 [144 cm2]
2
Analisando o esquema de tanques montado para o projeto, podemos considerar que o
Reservatório representa o reservatório de uma empresa de distribuição de água, o Tanque
1 representa o reservatório de um bairro e o Tanque 2 representa o reservatório de uma
casa de um determinado consumidor.
O Reservatório pode alimentar o Tanque 1 ou o Tanque 2, conforme o controle
especificado. Em seu funcionamento normal, a água do Reservatório é destinada ao Tanque
1, que, por sua vez, alimenta o Tanque 2. Entretanto, se o Tanque 1 for insuficiente, o
Reservatório pode alimentar diretamente o Tanque 2.
Ambos os tanques possuem sensores de nível máximo (MT1 e MT2) e sensores de nível
mínimo de funcionamento (mT1 e mT2), além das válvulas (R1 e R2) que permitem o
escoamento de água de ambos os tanques.
O sistema deve ser capaz de manter os níveis de referência de líquidos estabelecidos
para cada reservatório, corrigindo perturbações. Caso o nível máximo de algum tanque
seja atingido, o sistema desliga a bomba que o alimenta.
Temos também que a resistência ao fluxo de líquido em uma tubulação é definida como
a variação na diferença de nível necessária para causar uma variação unitária na taxa de
escoamento. Ou seja,
dh
R=
dQ
onde dh é a variação no potencial de nível em metros (m) e dQ é a variação da vazão em
metros cúbicos (m3).
3
Com essas definições em mãos, podemos modelar as equações diferenciais que irão
reger o comportamento dos tanques 1 e 2.
A EDO que representa o sistema do Tanque 1 será dada pela capacitância do Tanque
1 multiplicada pela vazão do mesmo, igualado à vazão de entrada da bomba 1 (q1) menos
a vazão de saída do tanque 1 (q3).
Desta forma:
dh1
C1 = q1 − q3
dt
Sendo assim:
h1
C1ḣ1 = q1 −
R1
q1 h1
ḣ1 = −
C1 R1C1
h1 q2 h2
ḣ2 = + −
R1C2 C2 R2C2
4
2.2 Descrição em Espaço de Estados
Tendo em mãos as equações diferenciais que regem o comportamento do sistema des-
crito, podemos representá-lo no Espaço de Estados:
−1 1
" # R1C1 0 " # C1 0 " #
ḣ1 h1 q1
= * + *
ḣ2
1 −1
h2
1
q2
0
R1C2 R2C2 C1
" # " # " # " # " #
y1 1 0 h1 0 0 q1
= * + *
y2 0 1 h2 0 0 q2
5
Obtendo os dados dos testes realizados para o tanque 2:
6
2.3 Função de Transferência
Sabemos que, ao dispor da representação do sistema em Espaço de Estados, podemos
obter sua função de transferência a partir da seguinte equação:
G(s) = [C(sI − A)−1 B + D]
Nesse caso, temos que:
" # " # " # " #
−0.066711 0 0.00694 0 1 0 0 0
A= ,B= ,C= eD=
0.066711 −0.08504 0 0.00694 0 1 0 0
7
Figura 5: Itens G21 e G22 da matriz de transferência em MATLAB
Fonte: Autoria Própria
8
2.4.2 Diagrama de Polos e Zeros do item G12
9
A partir da análise dos diagramas de polos e zeros das Funções de Transferência
apresentadas, podemos concluir que:
• A função G11 possui dois polos reais negativos localizados em -0.0850 e -0.0667 e um
zero localizado em -0.0850. Sabe-se que um polo cancela um zero, então o sistema
pode ser simplificado para um de primeira ordem.
• A função G12 possui dois polos reais negativos localizados em -0.0850 e -0.0667.
• A função G22 possui dois polos reais negativos localizados em 0.0850 e 0.0667 e um
zero localizado em 0.0667. Também podemos simplificar esse sistema para um de
primeira ordem.
10
3 Respostas do modelo operando em Malha Aberta
Para que consigamos obter as respostas do sistema operando em Malha Aberta para
diferentes tipos de entradas, primeiramente devemos analisar a Matriz de Transferência:
0.006944s + 0.0005906 0.0004633
s2 + 0.1518s + 0.005674 s2 + 0.1518s + 0.005674
g(t) = L−1
0.006944s + 0.0004633
0
s2 + 0.1518s + 0.005674
Irei realizar uma pequena aproximação para os termos da Matriz de Transferência para
fins de praticidade e execução dos cálculos.
0.007s + 0.0006 0.00046
s2 + 0.152s + 0.0057 s2 + 0.152s + 0.0057
g(t) = L−1
0.007s + 0.00046
0
s2 + 0.152s + 0.0057
Agora, irei aplicar as entradas do tipo Degrau Unitário e Impulso Unitário ao sistema
e analisar suas saídas.
0.007s + 0.0006
Y (s) = , para a Entrada 1 e Saída 1
s3 + 0.152s2 + 0.0057s
0.00046
Y (s) = , para a Entrada 1 e Saída 2
s3 + 0.152s2 + 0.0057s
0.007s + 0.00046
Y (s) = , para a Entrada 2 e Saída 2
s3 + 0.152s2 + 0.0057s
11
Agora, podemos aplicar a Transformada Inversa de Laplace a cada um destes termos:
Para a Entrada 1:
Para a Entrada 2:
12
Figura 7: Resposta ao Degrau para a Entrada 2
Fonte: Autoria Própria
Após plotar os gráficos das respostas à entrada Degrau Unitário, podemos mostrar o
valor final da resposta utilizando o Teorema do Valor Final (TVF):
13
Para a Entrada 2 e Saída 2:
0.007s + 0.0006
Y (s) = , para a Entrada 1 e Saída 1
s2 + 0.152s + 0.0057
0.00046
Y (s) = , para a Entrada 1 e Saída 2
s2 + 0.152s + 0.0057
0.007s + 0.00046
Y (s) = , para a Entrada 2 e Saída 2
s2+ 0.152s + 0.0057
14
Agora, podemos aplicar a Transformada Inversa de Laplace a cada um destes termos:
Para a Entrada 1:
Para a Entrada 2:
15
Figura 9: Resposta ao Impulso para a Entrada 1
Fonte: Autoria Própria
0.007s + 0.0006
Y (s) = , para a Entrada 1 e Saída 1
s4 + 0.152s3 + 0.0057s2
0.00046
Y (s) = , para a Entrada 1 e Saída 2
s4 + 0.152s3 + 0.0057s2
0.007s + 0.00046
Y (s) = , para a Entrada 2 e Saída 2
s4 + 0.152s3 + 0.0057s2
16
Agora, podemos aplicar a Transformada Inversa de Laplace a cada um destes termos:
Para a Entrada 1:
para a Saída 1
para a Saída 2
Para a Entrada 2:
para a Saída 2
17
Figura 11: Resposta à Rampa para a Entrada 1 e Saída 2
Fonte: Autoria Própria
18
Figura 13: Resposta à Rampa para a Entrada 2 e Saída 2
Fonte: Autoria Própria
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4 Conclusão
Após a realização da modelagem da planta, da implementação no Espaço de Estados,
obtenção da Matriz de Transferência e aplicação de diferentes sinais a essa matriz, podemos
chegar a conclusão de que essa planta é naturalmente estável, como pudemos concluir
analisando os diagramas de polos e zeros das Funções de Transferência e também de que o
sistema possui uma boa resposta à entrada de Degrau Unitário, possuindo um bom tempo
de subida e de acomodação.
20