Friedrich Hegel (1770-1830), foi um filósofo alemão, considerado um dos
pensadores mais importantes do século XIX, pois abriu novos campos de estudo na História. Tem como principal obra a “Fenomenologia do espírito” (1807), livro onde expõe sua perspectiva epistemológica.
A reflexão acerca da grande importância e influência da filosofia
hegeliana tem seu início com a crítica ao filósofo Kant. Hegel se opunha às verdades colocadas pelos radicais racionalistas que desconfiavam da ciência. Segundo a tradição racionalista de Kant, seria a partir de pressupostos sobre a validez do juízo do Homem que se poderia alcançar o verdadeiro.
Fazendo críticas a teoria do conhecimento segundo os racionalistas,
Hegel coloca que a consciência crítica deve advir da própria experiência, da reflexão, para que o indivíduo obtenha um saber absoluto. Logo, para o filósofo alemão, a reflexão de cunho filosófico deve ter seu início por meio de um exame do processo de formação da consciência. Assim, Hegel começa a trabalhar a questão da relação entre consciência e história, onde a razão permite a explicação dos próprios processos históricos.
No processo de formação da consciência, Hegel traz três componentes:
as relações morais, a linguagem e o trabalho. As relações morais, que tem seu início na família e posteriormente se passa na vida social, permitem que o indivíduo venha a ser um sujeito que é reconhecido pelo outro como sujeito. Logo, só é possível ter o conhecimento sobre si por meio de um terceiro que te reconheça.
Isso posto, entende-se que o caminho para a compreensão de si
mesmo, é um caminho histórico. Ao colocar-se historicamente, o sujeito entende seu lugar e momento na história, consequentemente percebendo o processo histórico. A filosofia de Friederich Hegel foi de grande importância e influência para o século XIX e para os seguintes, sendo uma das correntes substanciais para a formação do pensamento contemporâneo. Hegel foi o primeiro filósofo a desenvolver uma filosofia da história da filosofia. A filosofia é histórica, sendo um fruto histórico produzido por sujeitos históricos, a partir de uma consciência reflexiva.