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Contabilidade
Geral e
Financeira
UNIDADE II
As Contas e a
Normalização
Contabilistíca
2018
INSTITUTO SUPERIOR MONITOR
Ficha Técnica:
Título: Contabilidade Geral e Financeira – As Contas e Normalização Contabilística
Autor: Selma Simango
Revisor: Estrela Charles
Execução gráfica e paginação: Instituto Superior Monitor
1ª Edição: 2011
Readaptação por Instituto Superior Monitor: Janeiro de 2018
© Instituto Superior Monitor
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou
por qualquer processo, electrónico, mecânico ou fotográfico, incluindo fotocópia ou gravação,
sem autorização prévia e escrita do Instituto Superior Monitor. Exceptua-se a transcrição de
pequenos textos ou passagens para apresentação ou crítica do livro. Esta excepção não deve de
modo nenhum ser interpretada como sendo extensiva à transcrição de textos em recolhas
antológicas ou similares, de onde resulte prejuízo para o interesse pela obra. Os transgressores
são passíveis de procedimento judicial
Contabilidade Geral e Financeira
Caro Estudante,
Seja Bem-vindo(a) à unidade II da disciplina de Contabilidade Geral e Financeira I.
Nesta 2.ª unidade, o estudante será capaz de:
• Definir a conta e dominar claramente os seus requisitos;
• Caracterizar a conta nos seus aspectos fundamentais;
• Conhecer as principais classes de Contas preconizadas pelo PGC-NIRF,
• Classificar claramente um elemento patrimonial e alocá-lo na respectiva conta;
• Definir normalização contabilística;
• Conhecer as características e vantagens da normalização contabilística;
• Conhecer as principais normas e princípios contabilísticos;
Cada unidade corresponde a cerca de 5 semanas de estudo. No final de cada unidade de estudo
irá encontrar um teste de avaliação que deverá ser respondido e enviado para o ISM pelas
seguintes vias: correio, entregue presencialmente na sede ou nos centros de recurso ou
digitalizado e enviado para o email: testes@ismonitor.ac.mz. Os testes devem ser enviados ao
fim de cada 5 semanas de estudo por forma a garantir o conhecimento atempado dos resultados
obtidos no mesmo. Não entregue os 3 testes ao mesmo tempo, pois assim não estará a par da
sua progressão e dos seus erros e melhorias que deve levar a cabo para ter sucesso.
Na página do ISM www.ismonitor.ac.mz encontra todos os contactos. Deve estar sempre atento
aos contactos da direcção do seu curso, da coordenação e do tutor de cada uma das disciplinas
que frequenta.
ÍNDICE
UNIDADE II – AS CONTAS E A NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA.......................... 4
ESTRUTURA DA UNIDADE I ............................................................................................. 4
CAPÍTULO I – AS CONTAS................................................................................................. 4
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS DO CAPÍTULO ....................................................................... 4
1.1. CONCEITO E DEFINIÇÃO .......................................................................... 4
1.2. REQUISITOS ................................................................................................. 5
1.3. COMPOSIÇÃO .............................................................................................. 5
1.4. CLASSIFICAÇÃO ......................................................................................... 5
1.5. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA .................................................................... 6
1.6. O PLANO GERAL DE CONTABILIDADE ................................................. 7
1.6.1. CONTAS DO BALANÇO ............................................................................. 9
1.6.2. CONTAS DE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ............................ 15
QUADRO SINÓPTICO .................................................................................................... 21
TRABALHO PRÁTICO ................................................................................................... 21
CAPÍTULO II – A NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA ................................................. 23
2.1. CONCEITO E DEFINIÇÃO ......................................................................................... 23
2.2. VANTAGENS ................................................................................................................ 24
2.3. QUADRO DE CONTAS ................................................................................................ 24
2.4. TERMINOLOGIA ....................................................................................... 24
2.5. MODALIDADES DE FUNCIONAMENTO (REGRAS DE
MOVIMENTAÇÃO de contas) ............................................................................................ 25
2.6.1. DISPONIBILIDADES; ................................................................................ 26
2.6.2. DÍVIDAS DE E A TERCEIROS ................................................................. 28
2.6.3. INVENTÁRIOS E ACTIVOS BIOLÓGICOS ............................................ 28
2.6.4. INVESTIMENTOS DE CAPITAL .............................................................. 30
2.7. PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS ............................................................ 30
2.8. MODELOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .......................... 31
QUADRO SINÓPTICO .................................................................................................... 33
TRABALHO PRÁTICO ................................................................................................... 33
SUGESTÕES PARA LEITURA............................................................................................... 35
CORRIGENDA DO CASO PRÁTICO DO CAPÍTULO I ...................................................... 36
CORRIGENDA DO CASO PRÁTICO DO CAPÍTULO II ............................................. 39
ESTRUTURA DA UNIDADE I
A presente unidade é composta por dois capítulos e pretende dotar o estudante de
conhecimentos básicos e indispensáveis da área de contabilidade.
O Primeiro Capítulo versa sobre as contas, onde o estudante deverá saber enquadrar cada
elemento patrimonial da empresa na sua merecida conta.
No Segundo Capítulo abordar-se a normalização contabilística com destaque de princípios
contabilísticos, movimentação das contas de PGC-NIRF e sua natureza e tratamento dos
diversos eventos no âmbito das normas da contabilidade.
CAPÍTULO I – AS CONTAS
Antes de passarmos para a definição de conta propriamente dita, vamos recordar o objecto de
estudo da contabilidade: O estudo do património e suas variações (Pereira, 1987).
Como podemos depreender, uma empresa efectua um grande número de operações traduzidas
por factos patrimoniais que ocorrem ao longo do período e o processo de registo desses factos
patrimoniais não é uma tarefa fácil.
Ora, é durante esse processo de “estudar” o património e as suas variações, que surge a
necessidade de agrupar os elementos patrimoniais de forma a tornar possível a sua identificação,
mensuração ou quantificação, avaliação, e, por fim, a sua valorização. Para que tal aconteça, os
elementos patrimoniais são agrupados em função da comunidade e semelhança das suas
características. Como forma de facilitar este registo e a tornar menos moroso o processo, a
contabilidade utiliza uma ferramenta chamada conta.
Podemos então afirmar que:
1.2.REQUISITOS
Conforme referido na definição, uma conta reúne elementos com características comuns, por
isso ela obedece a dois requisitos fundamentais:
➢ Homogeneidade – significa que a conta só deve conter elementos que tenham a mesma
característica que ela define; e
1.3. COMPOSIÇÃO
A conta é composta por:
➢ Compreensão, ou seja, a indicação/explicação dos elementos que a compõem;
➢ Código e Título, que é a designação, nome ou terminologia que a identifica,
distinguindo-a das demais; e
➢ Extensão, que expressa o valor em unidades monetárias da respectiva conta.
Também se designa Saldo.
- A compreensão e o título da Conta mantêm-se ao longo tempo (componente estática)
enquanto a extensão (saldo) pode alterar em função dos Factos Patrimoniais ocorridos
(componente dinâmica).
1.4. CLASSIFICAÇÃO
Uma conta pode ser:
– Conta Colectiva, Principal ou totalizadora ou do 1º grau (Conta-mãe) –
Quando é formada por várias contas da mesma natureza, mas de menor grau.
Ex: Banco
– Conta Singular ou indivisa – A que pela sua natureza, não pode ser
decomposta.
Ex: Resultado Líquido do Período: Apenas se refere ao exercício corrente.
As contas têm uma representação gráfica própria. Por tradição e convenção, a conta apresenta-
se com um traçado em forma de “T”.
Este traçado permite a divisão do espaço reservado aos registos em duas colunas:
a) A da esquerda destinada aos débitos (Débito/Deve);
b) A da direita aos créditos (Crédito/Haver)
Esquematicamente:
Código Título (nome; Características dos elementos)
Assim:
▪ Quando a conta recebe um valor do lado esquerdo, dizemos que a conta é debitada;
▪ Quando a conta recebe um valor do lado direito, dizemos que a conta é creditada.
Daí que: o saldo de uma conta constitui a diferença entre a soma dos valores acumulados a
débito e os valores acumulados a crédito.
O saldo por sua vez pode assumir três naturezas, à data do relato:
a) Total a Débito> Total a Crédito => Saldo Devedor
b) Total a Débito = Total a Crédito => Saldo Nulo
c) Total a Débito <Total a Crédito => Saldo Credor
Atenção: A conta 11 Caixa apresenta um saldo devedor (Sd) de 3 000,00 porque o total de
débito de 3 500,00 é maior que o total de crédito de 600,00 e para equilibrarmos a conta o saldo
devedor escreve-se no lado direito da conta. Portanto o saldo da conta caixa revela o dinheiro
existente na conta, isto é, se a conta recebeu 3 600,00 e tirou 600,00 evidentemente que ainda
tem 3 000,00.
A Conta Compras saldou, isto é o total de débito é igual ao total de crédito, portanto o saldo é
nulo (0).
A Conta Fornecedores apresenta o saldo credor de 8 000,00 porque tem o total de crédito 16
000,00 e um total de débito de 8 000,00. Entretanto, se tivermos uma dívida de 16 000,00
(crédito de fornecedores) e pagarmos 8 000,00 (débito de fornecedores) claramente que
devemos ou temos que pagar 8.000,00.
Nas contas do activo os saldos devedores indicam os valores que ainda temos nas contas
enquanto os saldos credores das contas do passivo indicam os valores que temos por pagar.
Agora que o estudante já sabe o que é uma conta, recorde que, como já referimos aqui, existe
um quadro de contas organizado para a contabilidade das empresas, denominado PGC –
NIRF. Esse plano deve ser comprado pelos estudantes como instrumento obrigatório desta
disciplina e leva-se para o exame.
Por exemplo:
Conta do 2º Grau
Classe Conta do 1º Grau
3
3 Investimento de Capital
32 Activos Tangíveis
3212
321 Construção
3212 Edifício Administrativo ou Comercial
1 Meios Financeiros
121 12 Bancos
121 Depósito a ordem
5 Capital Próprio
553 55 Reservas
553 Reservas Livres
4……………………………………?
43…………………………………..?
4311
431…………………………………?
4311………………………………...?
Deste modo, é fácil identificar a classe de qualquer subconta, por mais subdividida esta se
encontre.
Para as contas subsequentes, mantêm-se esta regra.
Continuando com o PGC-NIRF, encontra-se no Capítulo “Quadro e lista de contas” os códigos
para todas as contas que ele comporta.
No PGC-NIRF existem 8 classes de contas que se podem distribuir da seguinte forma, tendo
em consideração:
Conta 2.1 - Regista o custo das aquisições de inventários e activos biológicos destinados a
consumo ou venda. Inclui os encargos adicionais suportados nas compras (transporte, despesas
de importação, etc.) até ao local de armazenagem. Esta conta não revela nenhum elemento
patrimonial concreto.
3.2.1 – Construções
Compreende os edifícios e as instalações fixas que lhes são próprias (água, energia, etc.) Inclui
ainda outras construções, designadamente estradas, pontes, barragens, regadios, pistas de
aviação, cais, vias-férreas, túneis, poços, muros, silos, parques, canais, cais e docas. Os edifícios
e as instalações de domínio público, explorados sob o regime de concessão deverão ser
reflectidos em subconta própria.
3.3.3 – Trespasses
Compreende o valor de aquisição do direito à ocupação e exploração de um estabelecimento.
Tal como referido anteriormente, foram aqui apresentadas as contas mais significativas do
Balanço que servirão de base de estudo para a Unidade seguinte, pelo que, como recomendação,
para mais contas, o estudante poderá recorrer ao PGC-NIRF, CAPÍTULO 2.6 –
CONTEÚDO E MOVIMENTAÇÃO DE ALGUMAS CONTAS.
6.3.1 - Subcontratos
Estão abrangidos no âmbito desta conta, os trabalhos relacionados com o processo produtivo
da empresa relativamente aos quais se recorreu ao serviço de outras empresas através de
contratos formalizados ou não.
6.3.2.1.3.1 - Gasóleo
Regista o valor das aquisições de gasóleo, com inclusão do montante do imposto suportado e
não dedutível de acordo com o Código do IVA.
6.3.2.1.3.3 - Lubrificantes
Regista o valor das aquisições de lubrificantes, líquido do imposto suportado.
Regista os encargos com o transporte do pessoal da empresa relacionados com o seu local de
trabalho, quando o mesmo tenha carácter de permanência, e seja efectuado por terceiros.
6.3.2.2.5 - Honorários
Regista as verbas atribuídas aos trabalhadores independentes.
6.3.2.3.3 - Seguros
Regista os prémios de seguros a cargo da empresa, com excepção dos que estejam relacionados
com pessoal os quais são incluídos na conta 6.2 - Gastos com o pessoal.
Edifícios
21 Um armazém 300,000.00 3.2.1.2 administrativos e
comerciais
22 Edifício em construção 445,000.00 3.4.2 Activos tangíveis
QUADRO SINÓPTICO
Conta Conjunto de elementos
patrimoniais com características
comuns, expressos em unidades de
valor;
Tipos de Contas Contas Divisionárias, Colectivas e
Singulares
Contas do Balanço e de
O Plano de Contas demonstração de Resultados
Terminologia das contas mais
significativas
TRABALHO PRÁTICO
1. Explique por que o uso das Contas assume capital importância no processo
contabilístico?
2. Classifique os seguintes elementos nas devidas Contas, até a última subconta possível,
recorrendo ao PGC-NIRF:
Financiamento bancário, contraído pela empresa, no Banco EEE, por um período de
5 Anos
Renda do escritório, já paga
250 Pacotes de sumos, no armazém da Loja,
Saque nr 001, sobre a empresa Siyavuma, referente a 5 quilolitros de sumo de ananás
As informações prestadas pela contabilidade ultrapassam o âmbito da empresa e dos seus mais
directos colaboradores, revestindo interesse para um vasto conjunto de utilizadores
(investidores, financiadores, fisco, estatísticas nacionais e sectoriais, etc.). Sendo assim, é
necessário que as informações contabilísticas sejam obtidas a partir de métodos e
procedimentos aceites por todos, para que se elaborem elementos susceptíveis de interpretação
e comparáveis com os de outras unidades.
Tal necessidade exige a adopção de uma metodologia semelhante na recolha e tratamento dos
dados, sem o que a comparabilidade das informações obtidas seria posta em causa.
É necessário definir um conjunto de princípios e critérios a serem uniformemente seguidos
pelas diversas unidades económicas na sua contabilidade.
Neste sentido, deverão definir-se regras no que respeita à nomenclatura das contas, ao seu
âmbito e movimentação, às regras de valorização dos elementos à determinação dos resultados
e à elaboração e apresentação das demonstrações financeiras
Conforme referido, a utilidade da informação contabilística reside na comparabilidade dos
dados. Esta necessidade, de todas as empresas, facilita o fornecimento de dados homogéneos
comparáveis, o que leva à normalização contabilística.
Assim, podemos seguramente afirmar que:
a) Elaboração de um quadro de contas que devem ser seguidas pelas unidades económicas;
b) Definição do conteúdo, regras de movimentação e articulação das contas definidas no quadro
indicado em a);
c) Definição dos princípios contabilísticos e dos critérios valorimétricos que devem ser seguidos
na contabilidade das diversas entidades envolvidas;
2.2. VANTAGENS
Vejamos, em pormenor, as vantagens da normalização contabilística:
2.4. TERMINOLOGIA
A Terminologia, em sentido amplo, refere-se simplesmente ao uso e estudo de termos, ou seja,
especificar as palavras simples e compostas que são geralmente usadas em contextos
específicos.
Terminologia também se refere a uma disciplina mais formal que estuda sistematicamente a
rotulação e a designação de conceitos particulares a um ou vários assuntos ou campos de
actividade humana, por meio de pesquisa e análise dos termos em contexto, com a finalidade
de documentar e promover seu uso correcto.
Neste aspecto o PGC-NIRF e legislação afim, tal é o caso do Código do Imposto sobre o Valor
Acrescentado (CIVA), o Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas
(CIRPC) e o Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (CIRPS), que são
as grandes ferramentas do exercício da Contabilidade em Moçambique já especificam
claramente o conteúdo, bem como as circunstâncias legais para uso de cada termo.
Para o caso concreto do PGC-NIRF, melhor elucidação pode ser encontrada no Capítulo 2.6 –
Conteúdo e movimentação de algumas contas
Significado Significado
Contas do Activo Natureza Saldos
de Débito de Crédito
Classes 1, 2 e 3 Os valores que as
contas apresentam
Devedora Aumento Diminuição
41 Clientes e 45 devem ser devedores
Outros devedores ou nulos
Contas do Passivo Os valores que as
contas apresentam
Credora Diminuição Aumento
devem ser credores ou
42; 43 e 46 nulos
Contas Variáveis Os saldos podem ser
Devedora/Credora Variável Variável
44 e 49 1 credores ou devedores
Os valores que as
Classe 5 (Capitais contas apresentam
Credora Diminuição Aumento
Próprios) devem ser credores ou
nulos
Os valores que as
Classe 6 (Gastos e
Devedora Aumento Diminuição contas apresentam
Perdas)
devem ser devedores
Classe 7 Os valores que as
(Rendimentos e Credora Diminuição Aumento contas apresentam
Ganhos) devem ser credores
Os saldos dependem
Classe 8
Credora/ Devedora Diminuição Aumento dos resultados
(Resultados)
apurados
1
Estas contas são do activo se apresentarem saldos devedores e são do passivo se apresentarem saldos credores.
Nota: De forma resumida as contas do activo e gastos e perdas debitam pelos aumentos e
saldos iniciais e creditam pelas diminuições e saldos finais. As contas do passivo, capitais
próprios e rendimentos e ganhos debitam pelas diminuições e saldos finais e creditam
pelos aumentos e pelos saldos iniciais.
Edifícios 1,500,000.00
Dinheiro no cofre 100,000.00
Computadores 350,000.00
Diverso mobiliário de escritório 500,000.00
Depósitos bancários 125,000.00
Empréstimo bancário reembolsável em 18 meses 600,000.00
Contas a pagar 75,000.00
Programas informáticos 120,000.00
INSS por pagar 38,000.00
Saque de Minerva Central "livraria" 55,000.00
Veja a representação dos saldos iniciais dos elementos patrimoniais nos razões esquemáticos:
Relativamente a cada um dos elementos específicos dos Outros Activos financeiros de Curto
Prazo e das outras aplicações de tesouraria, serão utilizados os critérios definidos para os
Inventários, na medida em que lhes sejam aplicáveis.
Exemplo:
Suponha que uma determinada empresa em 01 de Dezembro do ano passado dispunha em
caixa e seus equivalentes as seguintes moedas estrangeiras:
Moedas Montante Taxa de Valor em Meticais
câmbio
Euro (EUR) 1.500,00 60,00 90.000,00
Dólar (USD) 2.000,00 55,00 110.000,00
Rand (ZAR) 5.000,00 3,50 17.500,00
Total 217.500,00
Mas em 31 de Dezembro do mesmo ano para a preparação do balanço final a informação
cambial era a seguinte:
Taxa de
Moedas Montante câmbio Valor em Meticais
Euro (EUR) 1.500,00 65,00 97.500,00
Dólar (USD) 2.000,00 55,00 110.000,00
Rand (ZAR) 5.000,00 3,00 15.000,00
Total 222.500,00
a) Se tivesse apenas Euros ia registar uma diferença favorável de 7.500,00 Mts como os
valores das duas tabelas indicam. (97.500,00 – 90.000,00)
b) Em dólares a empresa não precisaria regularizar porque a taxa de câmbio não alterou.
c) Em Rands a empresa ia regularizar uma perda de 2.500,00 Mts resultante da diminuição
da taxa de câmbio, ou seja, registaria uma diferença de câmbio desfavorável. (15.000,00
– 17.500,00)
Nas indústrias piscatórias, o critério a adoptar para a valorização das existências capturadas será
o custo de produção se não acarretar encargos excessivos ou, em caso contrário, o valor
realizável líquido deduzido da margem normal de lucro.
Construções 2%
Equipamento Básico 10%
Equipamento Informático 16.66%
Mobiliário 10%
Equipamento de Transporte 25%
Para melhor compreensão, convém reter que uma Portaria é, em sede de Direito, um documento
de acto administrativo de qualquer autoridade pública, que contém instruções acerca da
aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de carácter geral, normas de execução de
serviço, nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra determinação da sua competência;
ordens do Governo dadas por um ou mais Ministros.
2.7.PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS
Para a consecução dos seus objectivos, que passam pela apresentação de demonstrações
financeiras fidedignas, elaboradas com base nas normas e critérios anteriormente vistos, de
modo a obter uma imagem verdadeira e apropriada da situação financeira e dos resultados das
operações da empresa a contabilidade rege-se pelos seguintes princípios:
➢ Balanço
➢ Demonstração dos resultados
➢ Demonstração de fluxos de caixa
➢ Demonstração das variações no capital próprio
➢ Notas às demonstrações financeiras, de devem conter, dentre outros elementos, os seguintes:
i. Designação da entidade:
ii. Sede:
iii. Natureza da actividade:
iv. Designação da empresa-mãe:
v. Sede da empresa-mãe:
vi. Data e órgão que autorizou as demonstrações financeiras:.
1. Bases de preparação
1.1. Identificação das bases de preparação das demonstrações financeiras bem como a moeda e
unidade de apresentação. Deverá também ser efectuada uma declaração de conformidade com
o PGC - NIRF;
1.2. Indicação e justificação das derrogações às disposições ao PGC - NIRF, bem como os
respectivos efeitos nas demonstrações financeiras, tendo em vista a necessidade de estas darem
uma imagem verdadeira e apropriada da posição financeira e do desempenho da entidade;
1.3. Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos
conteúdos não sejam comparáveis com os de exercícios anteriores.
QUADRO SINÓPTICO
Regras de Funcionamento
ou movimentação Ver a tabela da página anterior.
Demonstrações Financeiras Balanço, Demonstração de Resultados,
obrigatórias Demonstração de Fluxos de Caixa e Notas às
demonstrações financeiras.
TRABALHO PRÁTICO
1. Atendendo aos Princípios Fundamentais da Contabilidade, responda, às seguintes questões:
a. Certa empresa possui um terreno que com o passar do tempo foi valorizado devido à construção
e abertura de um grande supermercado nas imediações. O director da empresa determinou que
o acréscimo da valorização do terreno seja contabilizado como lucro. Poderá o contabilista
obedecer à ordem do director? Que princípio será ferido?
b. Um grupo de amigos decide constituir uma empresa denominada AHI YENI DJONI, para
transporte de passageiros com destino a África do Sul e vice-versa, apenas durante a realização
do Mundial de 2010. Concordaria com a decisão do grupo? Justifique.
c. Pedro Paulo, dono do Botequim Beba-beba, adquiriu mercadorias no valor de 5.000,00Mt.
Como as facturas decorrentes da compra não chegaram no período estipulado pelo contabilista,
ele resolveu efectuar a contabilização sem a devida documentação.
Pergunta-se:
a) O contabilista terá agido correctamente?
b) Que atitudes ele deveria tomar para registar o facto patrimonial?
c) Seu procedimento está de acordo com os princípios de Contabilidade geralmente aceites?
2. “No processo de registo de factos patrimoniais, as empresas não precisam de obedecer a critério
algum, bastando apenas garantir que o registo seja feito segundo a conveniência dos gestores.”.
Comente, fundamentando a sua posição.
3. Imagine que tenha sido convidado a fazer uma apresentação aos seus gestores de topo sobre os
critérios de valorimetria usados na contabilidade. Como procederia?
4. A empresa X adquiriu uma máquina pagando em 1.200,00 dólares. Na contabilidade da empresa
X, essa máquina poderá ser contabilizada em dólar? Argumente.
5. O contabilista do Mango-brown, no manuseamento do seu stock, para valorizar as saídas de
produtos, baseia-se nas informações prestadas pelo fiel de armazém e este, por sua, vez, entrega
sempre em primeiro lugar o produto que estiver na prateleira do meio, por sinal a de fácil acesso.
Analise este procedimento à luz dos critérios de valorimetria. Assumindo que a empresa adopta
o FIFO.
6. A Sociedade Gama Lda que se dedica aos serviços de publicidade em 30 de Novembro
apresentava conforme os valores das tabelas abaixo:
Moeda Montante Taxa de câmbio Valor em Meticais
Nota: Para responder a questão primeiro deve codificar os elementos apresentados e conhecer
a natureza de cada conta.
Bibliografia:
✓ Básica:
• BORGES, António; Rodrigues, Azevedo; Rodrigues, Rogério (2004). Elementos de
Contabilidade Geral, Lisboa.
• IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE (2009) Decreto 70/2009 de 23 de Setembro,
Plano Geral de Contabilidade, BR I Série.
• MARION, J. Carlos, (2006), 8ª Edição. Contabilidade Básica, Atlas, São Paulo.
• PEREIRA, J. M. Esteves (1987), 8ª Edição. Contabilidade Básica, Plátano Editora, Lisboa.
3. PEREIRA, J. M. Esteves (1996). Contabilidade Geral, Plátano Editora.
✓ Complementar:
• OLIVEIRA, António de, Contabilidade Financeira, Editora Reis dos Livros
• PEREIRA, J. M. Esteves, Contabilidade e Escrituração, Plátano Editora, Lisboa.
• SÁ, A. Ribeiro de. Dicionário de Contabilidade, Atlas, São Paulo, 2005, 1ª Edição.
Referências on-line:
www.forma-te.com/.../906-plano-oficial-de-contabilidade.html
www.cnc.min-financas.pt/SNC_projecto/DL_SNC_anexo.pdf
psynando.blogspot.com/2008/02/normalizao-contabilstica.html
www.portal-gestao.com/.../2116-preparado-para-o-novo-sistema-de-normalizacao-
contabilistica
pt.wikipedia.org/wiki/Terminologia
pt.wikipedia.org/wiki/Portaria_(direito)
www.trilogus.pt/downloads/poc_criterios.pdf
2. Classifique os seguintes elementos nas devidas Contas, até ao menor grau aplicável
recorrendo ao PGC-NIRF:
2.2 Mercadorias
2.2.3. Mercadorias em armazém
2.2.3.1 Sumos
4.1 Clientes
4.1.2 Clientes - títulos a receber
4.1.2.1 Siyavuma
4.2 Fornecedores
4.2.2 Fornecedores - Títulos a pagar
4.2.2.1 Ring-Man
6.3.2.2.4 Comunicações
4.4 Estado
4.2 Fornecedores
4.2.2 Fornecedores - C/c
7.1 Vendas
7.1.1 Mercadorias
7.1.1.1.2 Rebuçados
4.6.2 Pessoal
6.3.2.1.3 Combustíveis
6.3.2.1.3.1 Gasóleo
6.3.2.3.3 Seguros
4.1 Clientes
1.
a. O Contabilista não deverá proceder desse modo, sob o risco de ferir o Princípio
do Custo Histórico, que preconiza que os registos contabilísticos devem basear-
se em custos de aquisição ou de produção dos bens ou serviços.
b. Não concordaria com a decisão do grupo, uma vez que este tenciona criar uma
empresa com uma duração já prevista, o que é contra o Princípio da
Continuidade que considera que a empresa opera continuamente, com duração
ilimitada.
c. a) Não.
b) Entrar em contacto com o fornecedor para a obtenção dos documentos. Na
impossibilidade, poderia socorrer-se das contas de acrescimentos e diferimentos
para registar o valor estimado e posteriormente proceder ao ajustamento ou
regularização, já na posse da documentação definitiva.
2.
A afirmação não corresponde à verdade, uma vez que existem normas e critérios
estipulados para o registo contabilístico das transacções. Há que seguir o preceituado
pela normalização contabilística.
6.
a) Se as tabelas reflectirem os valores disponíveis no banco como regularizar?
Diferença Valor
Moeda
850,00 2,00 1.700,00 A diferença de câmbio total é desfavorável
5.000,00 -0,50 -2.500,00 porque a empresa estaria a perder 800,00 Mts na
Total -800,00 regularização conforme ilustra a tabela.
Código
Mesas completas 50.000,00 23
Viatura 130.000,00 32
Máquina de serrar a madeira 32.000,00 32
Madeira 40.000,00 26
Empréstimos bancários 30.000,00 43
Resultados transitados 12.700,00 59
Despesas de energia 5.500,00 63
Mesas vendidas 100.000,00 71
Dívida da 2M 55.000,00 41
Veja que dependendo da natureza de cada conta existem valores que aparecem no débito e
valores que aparecem no crédito, atenção não se trata de contabilização dos elementos, mas
apenas uma representação gráfica das contas dos elementos patrimoniais acima expostos. A
conta 32 Activos Tangíveis aparece duas vezes por isso mostra-se a soma dos seus valores
(130.000,00 + 32.000,00)